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Prova Câmara de São PauloSP - VUNESP - 2007 - para Procurador Legislativo.pdf

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CONCURSO PÚBLICO
031. PROVA OBJETIVA
Língua Portuguesa e Conhecimentos Específi cos
032. PROCURADOR LEGISLATIVO
INSTRUÇÕES
VOCÊ RECEBEU SUA FOLHA DE RESPOSTAS E ESTE CADERNO CONTENDO 90 QUESTÕES OBJETIVAS.
PREENCHA COM SEU NOME E NÚMERO DE INSCRIÇÃO OS ESPAÇOS INDICADOS NA CAPA DESTE CADERNO.
LEIA CUIDADOSAMENTE AS QUESTÕES OBJETIVAS E ESCOLHA A RESPOSTA QUE VOCÊ CONSIDERA CORRETA.
ASSINE A FOLHA DE RESPOSTAS COM CANETA DE TINTA AZUL OU PRETA E TRANSCREVA PARA ESSA FOLHA, TAMBÉM COM CANETA DE TINTA
AZUL OU PRETA, TODAS AS RESPOSTAS ESCOLHIDAS.
RESPONDA A TODAS AS QUESTÕES.
A DURAÇÃO DA PROVA É DE 4 HORAS.
A SAÍDA DO CANDIDATO DO PRÉDIO SERÁ PERMITIDA APÓS TRANSCORRIDA A METADE DO TEMPO DE DURAÇÃO DA PROVA OBJETIVA.
AO TERMINAR A PROVA, VOCÊ ENTREGARÁ AO FISCAL A FOLHA DE RESPOSTAS E LEVARÁ ESTE CADERNO.
AGUARDE A ORDEM DO FISCAL PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES.
22.07.2007
manhã
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3 CMSP/031-ProcuradorLegislativo
LÍNGUA PORTUGUESA
Texto para responder às questões de números 01 a 07.
Chamada a cobrar soluções
Empresa de callcenter cria curso de combate militante ao 
gerundismo
Toca o telefone. Um rapaz muito simpático quer fazer o novo 
cadastramento da minha linha telefônica. Tento escapar, dizendo 
que a linha estava em nome do meu marido, mas fui “fisgada” 
quando o rapaz se saiu com estas:
– A senhora, por favor, pode estar respondendo a duas ou 
três perguntas?
– Eu vou estar confirmando os dados...
– Nossa empresa vai estar lhe informando...
– A senhora vai estar pagando em conta corrente...
– O relato acima, uma ficção, é exemplo agora comum no trei-
namento dos operadores de callcenter – o serviço de atendimento 
que ganhou má fama de difundir o gerundismo no país.
Os profissionais do ramo se ressentem da reputação. Mas 
o efeito multiplicador é imenso numa profissão que estimula a 
impessoalidade (nunca saberemos se quem nos atendeu será a 
mesma pessoa em outra ligação) e em que cada um dos 555 mil 
telefonistas de empresas no país faz uma média de cem ligações 
diárias. Até o fim do ano serão 615 mil profissionais, segundo a 
Associação Brasileira de Telemarketing.
A proporção epidêmica do problema assustou o setor. O caso 
que abre este texto é da cartilha da Algar Callcenter Service (ACS). 
A empresa de Uberlândia (MG) atende chamadas de 28 grupos, 
como American Express, Tim, Claro e Avon. São 6 500 telefonistas 
na quinta maior do país entre 2 500 empresas terceirizadas.
A ACS faz dieta espartana contra a chamada linguagem 
ambiental, a gíria que circula no meio em que vivemos. Para o 
ingresso na empresa, o conhecimento de português tem o mesmo 
peso do aprendizado técnico. Todo mês, cerca de 300 alunos lotam 
sete salas para atenuar o sotaque mineiro ou corrigir um tropeço de 
concordância. Nada que se compare à repressão do gerundismo, 
que ocupa 60% das aulas.
Há dois anos, as metodologias de avaliação ficaram mais 
rígidas. Na reciclagem semestral para os funcionários que sonham 
com promoção, aumento de salário ou prêmios, é pecado mortal 
usar o gerundismo.(...)
– Não há nada pior do que ser atendido por quem não fala de 
forma clara. Com o gerundismo, o cliente desliga o telefone sem 
saber o que vai acontecer depois – diz Aparecida Garcia, diretora 
de Talentos Humanos da ACS.
Em todo o país, começam a ser notados diferentes níveis 
de combate ao gerundismo. Nos últimos meses, os ataques se 
intensificaram. Ele foi tema de questão eliminatória do vestibu-
lar da Fuvest, alvo de manifestos, blogs e cursos de treinamento 
empresarial, como os da ACS. Desde o ano passado, faz sucesso 
o blog www.chegadegerundismo.zip.net e a comunidade Eu Odeio 
Gerundismo, formada há um ano no Orkut, já recebeu a visita 
entusiasmada de mais de 12 mil integrantes.
(Revista Língua Portuguesa, julho, 2005)
01. A partir da leitura do texto, pode-se considerar que
(A) a escolha dos signos lingüísticos operada pelos falantes, 
no caso os operadores de callcenter, demonstra o grau 
de afetividade necessário entre atendente e usuário.
(B) as situações discursivas de emprego dos signos lingüísti-
cos revelam a identidade social daqueles que os empre-
gam, transmitindo um status positivo ou negativo.
(C) a relação intrínseca que se estabelece entre significante 
e significado tem o intuito de construir os sentidos ne-
cessários à eficácia da mensagem veiculada.
(D) a materialidade do signo lingüístico contribui para a 
construção do sentido, gerando efeitos que são peculiares 
a cada situação de comunicação.
(E) as variantes geográficas representadas pela linguagem 
dos falantes (usuários e atendentes) evidenciam o meio 
urbano em que vivem.
02. Com o intuito de se evitar o uso do gerundismo e sem alterar 
a situação apresentada pelo texto, as expressões pode estar 
respondendo, vou estar confirmando, vai estar pagando
podem ser, correta e respectivamente, substituídas por:
(A) responderá – confirmarei – pagaria.
(B) responde – confirmo – paga.
(C) pode responder – estará confirmado – será paga.
(D) estará respondendo – estará confirmado – estará pagando.
(E) responderia – confirmarei – pagará.
03. Leia as frases.
 I. Espera-se que o combate ao gerundismo esteje surtindo 
efeito entre os operadores de callcenter.
 II. Os problemas que havia com o uso do gerundismo serão 
sanados.
 III. Assisti uma palestra acerca do uso do gerundismo.
 IV. Precisam-se de pessoas que usem a língua portuguesa sem 
gerundismo.
Assinale a alternativa que apresenta apenas frases com vícios 
de linguagem.
(A) I, II e III.
(B) I, III e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) II, III e IV.
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04. A expressão linguagem ambiental, no texto, refere-se
(A) a uma variedade de língua usual em determinada faixa 
etária.
(B) aos termos técnicos usados pelos operadores de
callcenter.
(C) às variedades lingüísticas empregadas pelos funcionários 
da empresa.
(D) à utilização de um padrão de língua no atendimento aos 
consumidores.
(E) ao jargão lingüístico que caracteriza as conversas por 
telefone.
05. Assinale a alternativa em que o uso da expressão mesmo está 
em consonância com a norma culta.
(A) Dominar o vocabulário técnico e saber usar a língua 
portuguesa têm o mesmo peso.
(B) “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo 
encontra-se parado neste andar”.
(C) A senhora pagará em cartão de crédito. Solicitamos que 
aguarde para verificarmos a validade do mesmo.
(D) O uso do gerundismo tem preocupado os lingüistas, pois 
o mesmo não está de acordo com a norma culta.
(E) O funcionário usou muito gerundismo. O mesmo excedeu 
os limites para ser recontratado.
06. Assinale a alternativa correta, no que se refere ao uso da 
colocação pronominal.
(A) Os gerentes não preocupam-se com o uso exacerbado do 
gerundismo.
(B) Se sabe que há várias comunidades do Orkut contra o 
uso do gerundismo.
(C) Em se tratando de gerundismo, deve-se evitar o seu uso.
(D) Quando ensina-se o uso da língua, o gerundismo deve 
fazer parte do conteúdo.
(E) Ninguém lembrou-se de explicar acerca do uso do ge-
rundismo.
07. “A Internet é o portal da nova era, mas apenas 3% da popu-
lação brasileiratem hoje acesso à rede.”
(O Globo, 28.01.2007)
A expressão mas, em destaque, desempenha a função de
(A) reafirmar o significado da primeira parte.
(B) estabelecer relação de sentido entre as duas partes.
(C) permitir a relação aditiva entre as duas partes.
(D) evidenciar uma supressão de informação.
(E) desfazer a ambigüidade de sentido da primeira frase.
 08. Assinale a alternativa em que a flexão verbal está corretamente 
empregada, de acordo com a norma culta.
(A) Os empresários ficarão contentes quando transporem o 
obstáculo das altas taxas de juros.
(B) A economia dos países sul-americanos se modernizou 
sem que a estrutura de renda acompanhou as transfor-
mações.
(C) Quando se fazer previsões acerca da situação econômica, 
deve-se ter em mente as indicações do Banco Mundial.
(D) A polícia interviu na greve dos bancários com hosti-
lidade.
(E) Quando o deputado vir o resultado das eleições, ficará 
exultante.
09. Assinale a alternativa em que não há alteração no sentido dos 
enunciados, apesar da diferença quanto ao uso da regência 
verbal, conforme norma culta.
(A) O presidente informou ao plenário a decisão da Câmara. 
O presidente foi encarregado de informar o plenário da 
decisão da Câmara.
(B) A juíza lembrou-se, com carinho, da funcionária. A juíza 
lembrava uma funcionária.
(C) A informação dada pelo assessor refere a decisão do 
vereador. A informação dada pelo assessor refere-se à 
decisão do vereador.
(D) Não me cumpre tarefa tão árdua. Não se cumpre tarefa 
tão árdua.
(E) Quando se apresentou a oportunidade, socorreu-se do 
amigo. Quando se apresentou a oportunidade, socorreu 
o amigo.
10. Leia as frases.
 I. “O meu último sono, eu quero assim dormi-lo:
 – num largo descampado”
Vicente de Carvalho
 II. “Brasília é uma estrela espatifada”
Clarice Lispector
 III. “Philco-Hitachi – toda a emoção do mundo em suas 
mãos”
Assinale a alternativa em que estão, correta e respectivamente, 
classificadas as figuras de linguagem destacadas.
(A) eufemismo – metáfora – hipérbole.
(B) metonímia – catacrese – sinestesia.
(C) anacoluto – antítese – metáfora.
(D) aliteração – sinédoque – onomatopéia.
(E) perífrase – eufemismo – paradoxo.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
11. Leia o seguinte texto:
“[A constituição] não é uma escritura imobiliária que determi-
na precisamente os limites de seu objeto; ao contrário, é um 
documento que anuncia os princípios fundamentais fazendo 
uso de valores e deixando para as pessoas encarregadas de 
interpretá-la e aplicá-la um espaço amplo para o exercício de 
julgamentos normativos.”
(Laurence Tribe; Michael Dorf. Hermenêutica Constitucional, 2007)
Assinale a alternativa que corresponde à correta interpretação 
do texto.
(A) O texto se refere à interpretação constitucional, con-
sa grando o princípio da unidade constitucional, de-
monstrando que os dispositivos constitucionais são 
par te de um sistema maior e formam um todo lógico e 
teleológico, impedindo que haja interpretação isolada 
de dispositivos.
(B) Trata-se de texto que se refere à importância da interpre-
tação constitucional, já que os textos das constituições 
apresentam uma ampla margem interpretativa, pois as 
constituições possuem em seu texto termos polissêmicos, 
fundados em valores e princípios, necessitando, portanto, 
da atividade interpretativa.
(C) Mais do que tratar de princípios de interpretação dos dis-
positivos constitucionais em si, o texto trata do princípio 
da supremacia constitucional, pelo qual os atos normati-
vos estatais infraconstitucionais devem estar sempre em 
conformidade com as previsões constitucionais, sob pena 
de inconstitucionalidade.
(D) O texto enuncia o princípio da máxima efetividade, prin-
cípio da eficiência ou ainda da interpretação efetiva, o 
qual impõe ao intérprete constitucional que busque, ainda 
que nos limites do texto, sem alterá-lo, a interpretação que 
maior eficácia dê ao dispositivo, já que a Constituição 
não possui termos ou locuções inúteis.
(E) É clara a alusão no texto ao princípio da interpretação 
conforme a Constituição. Este princípio interpretativo, 
normalmente inserido no âmbito de atuação das Cortes 
Constitucionais, define a possibilidade e o âmbito de 
aplicação das normas, na medida em que estas sejam ou 
não compatíveis com o texto constitucional, pautando-
se pela aplicação dos dispositivos infraconstitucionais 
sempre que seja possível a compatibilização destes com 
a Constituição Federal.
12. Leia as seguintes assertivas.
 I. Não é cabível a intervenção de terceiros nas ações di-
retas de inconstitucionalidade, pois este é um processo 
objetivo, que analisa a (in)constitucionalidade da lei ou 
do ato normativo e não há espaço para a subjetivação da 
demanda ou questões individuais. No entanto, a figura do 
amicus curiae é admitida expressamente, desde que haja 
relevância da matéria e representatividade do postulante 
(como entidades, grupos, associações), pluralizando o 
debate constitucional.
 II. O controle de constitucionalidade abstrato se restringe à 
Constituição Federal, sendo que a supremacia da Cons-
tituição Estadual, no âmbito do Estado-membro, não 
é resguardada. Há previsão expressa na Constituição 
Federal do controle concentrado estadual, por meio da 
representação de inconstitucionalidade de lei ou ato nor-
mativo estadual ou municipal, em face da Constituição 
Federal tão somente, sendo o Tribunal de Justiça o órgão 
competente para tal julgamento.
 III. A lei municipal que viole a Constituição Estadual somente 
poderá ser objeto de controle concentrado de constitucio-
nalidade, pela via da Ação Direta de Inconstitucionalida-
de, inexistindo controle difuso de constitucionalidade das 
leis municipais em contrariedade à Carta Estadual.
 IV. A cláusula de reserva de plenário consiste na obrigatorie-
dade de que a inconstitucionalidade seja declarada pela 
maioria absoluta de todos os membros de um Tribunal, 
ou de seu órgão especial. No entanto, pelos princípios da 
economia e da celeridade, o Supremo Tribunal Federal 
já pacificou entendimento que se o Plenário do próprio 
Supremo Tribunal Federal já julgou esta questão de 
inconstitucionalidade, dispensa-se a obrigatoriedade do 
julgamento pelo Plenário dos demais tribunais.
São corretas somente as afirmações
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.
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13. A Constituição Federal de 1988, inovando em relação às Cons-
tituições anteriores, possui um capítulo específico dedicado à 
política urbana. Assinale a alternativa que não contempla um 
instrumento constitucional de desenvolvimento de política 
urbana.
(A) Toda cidade com mais de vinte mil habitantes, obrigato-
riamente, deverá possuir um Plano Diretor, consistente 
em uma lei aprovada pela Câmara Municipal. O Plano 
Diretor deverá ser o instrumento básico de política de 
desenvolvimento e de expansão urbana, destinado a 
garantir o pleno desenvolvimento das funções sociais 
da cidade.
(B) A desapropriação deverá ser precedida de justa inde-
nização, como regra geral. Excepcionalmente, em se 
tratando de desapropriação para fins de reforma urbana, 
o pagamento se dará em títulos da dívida pública, cuja 
emissão deverá ser previamente autorizada pelo Senado 
Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em par-
celas anuais, iguais e sucessivas, assegurado o valor real 
da indenização e os juros legais.
(C) A desapropriação-sanção, para fins de reforma urbana, é 
atribuição municipal esomente poderá ser utilizada após 
comprovado que a implementação de outras medidas 
de uso adequado do solo urbano, como o parcelamento 
ou edificação compulsórios, ou ainda o imposto predial 
territorial urbano progressivo no tempo não tenham sido 
eficazes.
(D) A necessidade de prévia aprovação do Congresso Nacio-
nal para a alienação ou concessão, a qualquer título, de 
terras públicas, com área superior a dois mil e quinhentos 
hectares a pessoa física ou jurídica.
(E) A usucapião constitucional de imóvel urbano com até 250 
metros quadrados, comprovada a posse deste por cinco 
anos ininterruptos, sem oposição, desde que o possuidor 
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural e 
utilize o imóvel para sua moradia ou de sua família.
14. Após a elaboração e aprovação da legislação financeira 
que irá viger durante determinado período, esta será im-
plementada pelo Poder Executivo. A fiscalização contábil, 
financeira e também orçamentária será efetuada pelo Poder 
Legislativo, como determina a Constituição Federal de 
1988. Para tanto, o Tribunal de Contas competente auxilia 
o Poder Legislativo nesta atividade. Com relação a esta 
matéria, é correto afirmar que
(A) a Constituição Federal de 1988 adotou o princípio da 
universalidade orçamentária pelo qual todas as rendas 
e despesas dos Poderes, fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta devem ser contemplados 
na lei orçamentária anual.
(B) a lei de diretrizes orçamentárias compreende as diretrizes, 
objetivos e metas da administração pública para as despe-
sas relativas aos programas de duração continuada; a lei 
do plano plurianual compreende as metas e prioridades da 
administração e orienta a elaboração da lei orçamentária 
anual.
(C) em cumprimento à execução do orçamento anual, e a fim 
de possibilitar o controle da execução orçamentária, o 
Poder Executivo deve fazer publicar um relatório resu-
mido, em até sessenta dias após o final de cada bimestre, 
da execução orçamentária no período.
(D) a lei orçamentária anual é de iniciativa privativa do Chefe 
do Executivo Federal, Estadual ou Municipal. Ao ser 
apreciada pelo Poder Legislativo, esta lei poderá sofrer 
emendas, podendo ser sancionadas ou vetadas. Neste últi-
mo caso, o veto às emendas parlamentares ao orçamento 
poderá ser rejeitada por voto da maioria absoluta.
(E) o texto da Carta da República vigente consagra o prin-
cípio da pureza orçamentária, pelo qual a lei orçamen-
tária não pode conter matérias estranhas ao orçamento, 
fixando apenas despesas e receitas. Este princípio possui 
uma única exceção, que é a autorização para abertura de 
créditos suplementares.
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7 CMSP/031-ProcuradorLegislativo
15. O sistema constitucional da educação prevê princípios edu-
cacionais, indicações curriculares, fontes de recursos finan-
ceiros, entre outras questões. Com relação aos dispositivos 
constitucionais sobre educação, é correto afirmar que
(A) a competência para legislar sobre educação é concorrente, 
pois cabe à União legislar sobre diretrizes e bases da edu-
cação nacional e aos Estados-membros cabe disciplinar 
suas particularidades em matéria educacional e viabilizar 
o acesso à educação.
(B) a Constituição Federal garante o ensino fundamental 
obrigatório e gratuito tão somente para aqueles que se 
encontram em idade escolar e prevê a gradativa univer-
salização do ensino médio gratuito.
(C) o ensino fundamental regular deverá ser ministrado 
em língua portuguesa e, considerando-se que o sistema 
de ensino é inclusivo, nas comunidades indígenas está 
vedado o uso das linguagens maternas e dos processos 
próprios de aprendizagem.
(D) o atendimento educacional aos portadores de deficiências 
deverá ser especializado e ministrado em rede própria, 
adequada às necessidades e às diversas deficiências 
existentes.
(E) os Municípios prioritariamente atuarão no ensino fun-
damental e na educação infantil, aplicando, obrigatoria-
mente, 25% da receita proveniente de impostos, compre-
endida a proveniente de transferências, na manutenção e 
no desenvolvimento do ensino.
16. A organização do Poder Judiciário na Constituição da Repú-
blica Federativa do Brasil de 1988 compreende
(A) a autonomia administrativa e financeira deste, possuindo 
um orçamento próprio, por lei específica, composto das 
custas e emolumentos recolhidos nos processos judiciais, 
que devem custear suas atividades específicas.
(B) o Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores, 
com jurisdição em todo território nacional, cabendo ao 
Supremo Tribunal Federal, exclusivamente, a edição de 
súmulas vinculantes em matéria constitucional.
(C) os juizados especiais, com competência exclusivamente 
de causas cíveis de menor complexidade, podendo ser 
criados no âmbito da União, dos Estados-membros, dos 
Municípios e no Distrito Federal.
(D) a existência obrigatória da Justiça Militar Estadual com-
posta por juízes de primeira instância e de um Tribunal 
de Justiça Militar, desde que o efetivo militar no Estado-
membro seja superior a vinte mil integrantes.
(E) a obrigatoriedade de descentralização dos Tribunais de 
Justiça estaduais, que deverão criar Câmaras Regionais, 
a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à 
justiça em todas as fases do processo.
17. Leia as afirmações a seguir.
 I. As competências comuns previstas no texto constitucional 
são competências de todos os entes federativos. Para que 
haja colaboração e para que União, Estados, Municípios 
e Distrito Federal exerçam essas competências de forma 
equilibrada e cooperativa, necessário se faz editar uma lei 
complementar que discipline os termos dessa cooperação. 
No entanto, é possível que essa lei se restrinja a uma deter-
minada matéria, dentre as várias matérias que são objeto 
de competência comum no artigo 23 da Constituição 
Federal, editando-se tantas leis complementares quantas 
necessárias para regulamentar o artigo constitucional.
 II. O poder constituinte decorrente é o poder de organização 
jurídica do Estado-membro, sendo institucionalizado 
quando da criação de uma Constituição para o Estado-
membro. Caracteriza-se por ser secundário, subordinado 
e jurídico. Portanto, não é possível afirmar, pelo caráter 
jurídico desse poder, que ele tenha o povo como titular, 
já que a criação de uma Constituição Estadual depende 
tão somente da existência de uma Constituição Federal.
 III. Inexiste poder constituinte municipal originário ou deri-
vado. Apesar de o Município ser membro da Federação, 
aos Municípios é atribuída uma competência legislativa, 
de elaborar sua lei orgânica, por meio da Câmara dos 
Vereadores.
 IV. Aos Estados-membros cumpre a missão de criar e orga-
nizar seus Municípios, conferindo a estes as capacidades 
de auto-governo e auto-administração. Da mesma forma, 
compete ao Estado-membro instituir regiões metropo-
litanas constituídas pela aglomeração de Municípios 
limítrofes.
São corretas apenas as afirmações
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) III e IV.
(D) I e III.
(E) II e IV.
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18. Com relação aos impostos municipais, é correto afirmar que
(A) o imposto predial e territorial urbano somente poderá ser 
progressivo no caso de descumprimento da função social 
da propriedade urbana, conforme previsto na Constitui-
ção Federal.
(B) o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis, 
a qualquer título, por ato oneroso é de competência do 
Município no qual foi registrado o ato jurídico que se 
consubstancia em fato gerador, ou seja, onde a transmis-são foi objeto de regular escritura.
(C) o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis, a 
qualquer título, por ato oneroso não incide na realização 
de capital social de pessoa jurídica, desde que a atividade 
do adquirente não seja precipuamente de compra e venda, 
locação ou arrendamento mercantil desses bens.
(D) o imposto sobre serviços de qualquer natureza incide 
em serviços definidos por lei complementar federal, ex-
cluídos os serviços sobre os quais incide o imposto sobre 
circulação de mercadorias e serviços, sendo as alíquotas 
máximas e mínimas fixadas em lei, pelo Município, 
obedecendo, no entanto, ao princípio da anterioridade.
(E) a forma pela qual os incentivos, os benefícios e isenções 
fiscais, relativos ao impostos sobre serviços de qualquer 
natureza, serão concedidos ou revogados será regulada 
por lei complementar estadual.
19. Com relação aos servidores públicos civis, a Constituição 
Federal prevê que
(A) os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo 
em virtude de concurso de provas e títulos tornar-se-ão 
estáveis após dois anos de efetivo exercício, podendo, 
após a aquisição da estabilidade, serem demitidos apenas 
por sentença judicial transitada em julgado ou mediante 
sindicância administrativa.
(B) o servidor público da administração direta ou indireta, 
que venha a ser investido em mandato eletivo ficará 
afastado de seu cargo, emprego ou função, desde que se 
trate de mandato eletivo federal, excluídos, para estes 
fins, os mandatos eletivos estaduais e municipais.
(C) é vedada a criação de quaisquer critérios diferenciados 
para a concessão de aposentadoria para os servidores 
titulares de cargo efetivo de todos os entes federativos, 
exceto apenas para os casos de servidores que exerçam 
atividades de risco ou em condições que prejudiquem 
sua saúde ou integridade física.
(D) poderá o servidor do sexo masculino se aposentar com 
sessenta anos de idade e trinta e cinco anos de contri-
buição, voluntariamente, desde que haja cumprido no 
mínimo dez anos no serviço público e cinco anos no 
cargo em que se dará sua aposentadoria; caso não o faça 
voluntariamente, não fará jus a nenhuma gratificação ou 
abono de permanência.
(E) os proventos de aposentadoria ou pensão de servidores 
titulares de cargo efetivo poderão ser fixados no montante 
máximo previsto para os integrantes do regime geral de 
previdência social, não correspondendo aos subsídios 
percebidos na ativa, desde que o ente federativo ao qual 
pertence o servidor tenha instituído um regime de pre-
vidência complementar.
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9 CMSP/031-ProcuradorLegislativo
20. A autonomia municipal está consagrada no texto da Constitui-
ção Federal de 1988, sendo certo que o Município, por várias 
previsões expressas (como aquelas constantes nos artigos 1.º 
e 18, caput), é considerado um ente federativo. O art. 29 da 
Constituição Federal fixou os parâmetros limitadores do poder 
de auto-organização dos Municípios, sendo correto afirmar 
que
(A) os Municípios possuem a autonomia derivada direta-
mente da Constituição Federal e que as Constituições 
Estaduais somente podem versar sobre o poder municipal 
nos limites que a Constituição Federal expressamente 
determina. O Município deve obedecer à Constituição 
Estadual, mas esta não pode aumentar ou reduzir os 
poderes municipais previstos na Constituição Federal.
(B) a lei orgânica municipal deve ser votada em dois turnos, 
com intervalo mínimo de dez dias entre cada votação e 
deve ser aprovada por três quintos dos membros da Câ-
mara Municipal que, por sua vez, deverá promulgá-la.
(C) em razão das previsões expressas contidas no artigo 29 da 
Constituição Federal, a lei orgânica municipal somente 
poderá versar sobre a organização administrativa do 
Município; o processo legislativo municipal e a disciplina 
contábil, financeira e orçamentária do Município, sendo 
vedada a inserção de qualquer outra matéria, mesmo de 
assuntos de interesse local, pois o rol de matérias atinen-
tes ao Município previsto no referido artigo é taxativo.
(D) a Constituição Estadual deve versar sobre a sucessão e 
substituição do Governador e do Vice-Governador e do 
Prefeito e do Vice-Prefeito, cabendo ao Estado-membro 
disciplinar a ordem de vocação das autoridades esta-
duais e municipais, a sucederem em caso de vacância 
desses cargos e disciplinar, se necessário, a realização 
de eleições.
(E) a lei orgânica, em razão da autonomia municipal no sis-
tema federativo da Constituição Federal de 1988, pode 
estabelecer foro de prerrogativa de função para prefeitos 
e vereadores, como também pode definir os limites da 
inviolabilidade dos vereadores por suas palavras, votos 
e opiniões.
21. Determinado indivíduo nasce na Venezuela, filho de mãe 
brasileira que não estava a serviço oficial de nosso país e 
de cidadão venezuelano. Aos 12 anos de idade, este jovem 
estabelece residência no Brasil, no município de São Paulo. 
Com relação a seus direitos políticos e sua elegibilidade, 
considerando que agora conta com 19 anos de idade, é correto 
dizer que
(A) poderá concorrer ao cargo de Prefeito Municipal quando 
completar 21 anos de idade, desde que tenha optado pela 
nacionalidade brasileira e adquirido direitos políticos, 
pois será cidadão e brasileiro nato.
(B) poderá concorrer ao cargo de Prefeito Municipal quando 
completar 21 anos de idade, desde que tenha optado pela 
nacionalidade brasileira e adquirido direitos políticos, 
pois será cidadão e brasileiro naturalizado, não sendo 
o cargo de Prefeito Municipal privativo de brasileiro 
nato.
(C) não poderá concorrer ao cargo de Prefeito Municipal 
quando completar 21 anos de idade, mesmo que tenha 
optado pela nacionalidade brasileira e adquirido direitos 
políticos, pois será brasileiro naturalizado, e o cargo de 
Prefeito Municipal é privativo de brasileiro nato.
(D) não poderá concorrer ao cargo de Prefeito Municipal 
quando completar 21 anos de idade, mesmo que tenha 
optado pela nacionalidade brasileira e adquirido direitos 
políticos, pois a idade mínima para concorrer ao cargo é 
de 25 anos de idade.
(E) não poderia concorrer a nenhum cargo eletivo, pois ainda 
não preencheu os requisitos necessários à naturalização 
extraordinária. Como pessoa nascida na Venezuela, 
para se tornar brasileiro naturalizado, deverá requerer a 
nacionalidade brasileira, comprovando 15 anos de resi-
dência ininterrupta no Brasil e que não possui nenhuma 
condenação criminal.
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10CMSP/031-ProcuradorLegislativo
22. Considerando a Ação Declaratória de Constitucionalidade 
e a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental, 
como meios de controle concentrado de constitucionalidade, 
é correto afirmar que
(A) a Ação Declaratória de Constitucionalidade tem como 
objeto a lei ou ato o normativo federal ou estadual; a 
Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental, 
por sua vez, tem como objeto, leis ou atos normativos 
federais ou estaduais, que não possam ser objeto de Ação 
Direta de Inconstitucionalidade, como leis promulgadas 
antes da edição da Constituição Federal de 1988.
(B) a Ação Declaratória de Constitucionalidade tem como 
objeto a lei ou o ato normativo federal ou estadual; a 
Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental 
tem como um de seus objetos, os atos do Poder Público, 
evitando ou reparando lesão a preceito fundamental.
(C) a Ação Declaratória de Constitucionalidade tem por 
objeto a lei ou o ato normativo estadual ou municipal; a 
Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental 
tem por objetoa lei ou o ato normativo federal, incluídos 
aqueles anteriores à Constituição Federal vigente.
(D) a Ação Declaratória de Constitucionalidade não pode ter 
como objeto a lei municipal, já que seu objeto é, exclusi-
vamente, a lei ou o ato normativo federal; já a Argüição 
de Descumprimento de Preceito Fundamental, obedecida 
a regra da subsidiariedade deste instrumento processual, 
pode ter como objeto a lei municipal.
(E) a Ação Declaratória de Constitucionalidade tem como 
objeto a lei ou o ato normativo federal, estadual, ou 
municipal, cuja constitucionalidade tenha sido questio-
nada em face da Constituição Federal; a Argüição de 
Descumprimento de Preceito Fundamental tem como 
objeto qualquer ato que viole os direitos e garantias 
fundamentais.
23. Na repartição de rendas tributárias, cabe ao
(A) Município 25% do produto da arrecadação do imposto 
estadual sobre a propriedade de veículos automotores, 
calculado com base no número de veículos registrados 
naquele Município.
(B) Estado o produto da arrecadação do imposto da União 
sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente 
na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por 
ele, suas autarquias e fundações.
(C) Município 50% do produto da arrecadação do imposto 
da União territorial rural, desde que o Município seja 
responsável pelos atos de arrecadação e que isto não 
constitua em renúncia fiscal.
(D) Estado 50% do produto da arrecadação do imposto fe-
deral que a União venha a estabelecer com base em sua 
competência residual, por lei complementar.
(E) Município 50% do produto da arrecadação do imposto 
da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, 
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer 
título, por ele, suas autarquias e fundações.
24. Funcionário público é denunciado perante o órgão Corregedor 
competente e, em conseqüência das denúncias efetuadas por 
terceira pessoa, sofre processos administrativos e criminais. 
Os processos acabam todos sendo arquivados por falta de 
provas ou porque os fatos denunciados não ocorreram, ou 
ainda, o funcionário em questão nunca esteve com eles en-
volvido. O funcionário público considera que as denúncias, 
além de caluniosas, ofenderam sua honra e o expuseram à 
humilhação no meio em que trabalhava. Assim entende ter 
direito de saber quem efetuou tais denúncias para processar 
tal pessoa civil e criminalmente. No entanto, a Corregedoria 
em questão afirma que mesmo para o funcionário público 
denunciado a identidade da pessoa denunciante deve perma-
necer sigilosa. O funcionário público entende que para si não 
haveria de ter sigilo nessa informação, pois é interessado e foi 
prejudicado pela conduta do denunciante. Considerando-se 
que tal informação realmente não deva ser sigilosa, não ao 
menos em relação ao funcionário público, diante da negativa 
da Corregedoria, o remédio constitucional adequado para 
que o funcionário público alcance sua finalidade e conheça 
a identidade de seu denunciante é o
(A) habeas corpus.
(B) habeas data.
(C) mandado de injunção.
(D) mandado de segurança coletivo.
(E) mandado de segurança individual.
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11 CMSP/031-ProcuradorLegislativo
25. No exercício do mandato, ou em razão dele, deputados e sena-
dores gozam da imunidade material, ou seja, não respondem 
civil, penal, administrativa ou politicamente por suas opiniões, 
palavras e votos. Ou seja, não cometem crimes de palavra. Da 
mesma forma, os parlamentares gozam da imunidade formal 
ou processual, com relação à prisão e ao trâmite processual 
contra si. Com relação aos limites destas imunidades, é correto 
afirmar que
(A) o parlamentar, por ser o destinatário da imunidade, pode, 
a qualquer tempo, a ela renunciar, podendo ser proces-
sado por suas manifestações.
(B) após o término do mandato, os atos praticados durante 
a legislatura não mais se encontram sob o manto prote-
tor da imunidade parlamentar, podendo o parlamentar 
responder civil, penal e administrativamente por suas 
opiniões, palavras e votos.
(C) essa imunidade material não cobre ofensas perpetradas 
fora do exercício parlamentar, desde que sejam de todo 
alheias à condição de Deputado ou Senador do agente, 
não guardando qualquer conexão com o mandato ou com 
a condição de parlamentar.
(D) a imunidade processual se protrai no tempo, fazendo 
com que o parlamentar, que goza de foro privilegiado, 
mesmo perdendo a condição de detentor de mandato 
eletivo, continue sendo processado pelo mesmo órgão 
jurisdicional.
(E) caso o parlamentar se afaste do cargo voluntariamente, 
para atuar como Ministro de Estado, por exemplo, conti-
nua a gozar de imunidade material pelos atos praticados 
na nova função.
DIREITO ADMINISTRATIVO
26. Por ocasião da edição dos atos administrativos, o conteúdo 
jurídico do princípio da razoabilidade permite concluir que 
o agente da Administração Pública
(A) possui certa margem de liberdade para a escolha da opção 
mais adequada.
(B) encontra-se totalmente afastado dos limites legais.
(C) encontra-se totalmente vinculado à lei.
(D) está autorizado a desconsiderar os demais princípios 
administrativos aplicáveis.
(E) possui poder discricionário para toda decisão adminis-
trativa vinculada.
27. O regime jurídico-administrativo requer
(A) igualdade entre a Administração Pública e os particulares.
(B) predomínio da vontade do agente público.
(C) parcial submissão à lei.
(D) predomínio do dever e da finalidade.
(E) imposição do interesse do agente público.
28. O Princípio da Legalidade deve ser entendido na Adminis-
tração Pública como
(A) atuar de acordo com a lei e o Direito.
(B) agir somente de acordo com a lei complementar.
(C) atender as decisões proferidas pelo Poder Judiciário.
(D) observar o interesse público em todas as decisões admi-
nistrativas.
(E) tratar igualmente agentes públicos e privados.
29. A alteração unilateral de um contrato administrativo pelo 
Estado é possível quando
(A) existir anuência do contratado.
(B) mantiver intangível a equação econômico-financeira.
(C) existir previsão permitindo a alteração expressa no con-
trato.
(D) a cláusula contratual for desproporcional para as partes.
(E) ocorrer o inadimplemento.
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12CMSP/031-ProcuradorLegislativo
30. A auto-executoriedade dos atos administrativos
(A) é admitida em quaisquer casos.
(B) deve ser indiferente ao interesse público.
(C) não pode contrariar o interesse jurídico legítimo do 
particular.
(D) não poderá ser reapreciada pelo Poder Judiciário.
(E) é contrária ao princípio da razoabilidade.
31. A responsabilidade civil do concessionário de serviço público 
será
(A) subjetiva.
(B) aquiliana.
(C) subsidiária à do poder concedente.
(D) solidária à do poder concedente.
(E) objetiva.
32. A inexistência do motivo que justifica a expedição de deter-
minado ato da autoridade administrativa poderá ser
(A) revogado.
(B) anulado.
(C) suspenso.
(D) cassado.
(E) confirmado.
33. Em caso de omissão, o Estado responderá
(A) solidariamente.
(B) subsidiariamente.
(C) supletivamente.
(D) subjetivamente.
(E) pelo excesso.
34. O ato administrativo unilateral, discricionário e precário, pe lo 
qual a Administração consente na prática de determinada ati-
vidade individual incidente sobre um bem público, é intitulado 
de
(A) concessão de uso.
(B) permissão de uso.
(C) autorização de uso.
(D) convênio de uso.
(E) contrato de uso.
35. A menor unidade de competência integrante da organização 
administrativa é
(A) o cargo público.
(B) a repartição pública.
(C) a secretariapública.
(D) o órgão público.
(E) o poder público.
36. São efeitos que caracterizam o abuso do poder econômico
(A) os altos lucros e o domínio de mercado.
(B) a eliminação da concorrência e as reorganizações socie-
tárias que visam à fusão de empresas.
(C) as fusões, aquisições e incorporações de empresas.
(D) o domínio de mercados e o aumento arbitrário de lucros.
(E) os lucros abusivos e as aquisições empresariais.
37. A modalidade de licitação entre quaisquer interessados para 
escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante 
a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores é
(A) o leilão.
(B) a concorrência.
(C) a tomada de preços.
(D) o convite.
(E) o concurso.
38. Numa concorrência, as exigências do edital concernentes à 
regularidade fiscal dos licitantes diz respeito à fase de
(A) pré-requisito.
(B) idoneidade financeira.
(C) habilitação preliminar.
(D) julgamento.
(E) instrução.
39. A Procuradoria da Câmara Municipal de São Paulo desenvolve 
as suas atividades por intermédio dos setores, sendo um deles o
(A) registrador.
(B) de processo legislativo.
(C) corregedor.
(D) contencioso administrativo.
(E) revisor judicial.
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13 CMSP/031-ProcuradorLegislativo
40. A atuação da administração deve pautar-se pela legalidade 
expressa, em que o administrador ou seus agentes só podem 
exercer atos em conformidade estrita da lei. Se houver atuação 
fora das margens da lei, haverá
(A) atividade discricionária.
(B) atividade vinculada.
(C) atividade subordinada.
(D) prevaricação.
(E) desvio de finalidade.
DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO
41. Sobre os orçamentos, é correto afirmar que
(A) as leis de iniciativa do Poder Legislativo estabelecerão 
o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os or-
çamentos anuais.
(B) o Poder Executivo publicará, até 60 dias após o encerra-
mento de cada bimestre, relatório resumido da execução 
orçamentária.
(C) a lei orçamentária anual não compreenderá dispositivo 
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, 
não se incluindo na proibição a autorização para créditos 
suplementares.
(D) os projetos de lei relativos ao plano plurianual apreciados, 
exclusivamente, por uma comissão técnica de senadores 
e os relativos às diretrizes orçamentárias, de igual modo, 
por uma comissão técnica de deputados.
(E) o orçamento da seguridade social, abrangendo todas 
as entidades e órgãos a ela vinculados, não será com-
preendido pela lei orçamentária anual, posto tratar-se 
de orçamento independente e cujos recursos não serão 
destinados aos cofres da União.
42. Segundo a disciplina constitucional, no tocante à matéria 
orçamentária, é permitida a
(A) inicialização de programa e projetos não incluídos na lei 
orçamentária anual, desde que constem da lei do plano 
plurianual.
(B) realização de despesas ou a assunção de obrigações 
diretas que excedam os créditos orçamentários ou adi-
cionais.
(C) realização de operações de crédito que excedam o mon-
tante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas 
mediante créditos suplementares ou especiais com finali-
dade precisa, ainda que aprovados pelo Poder Legislativo 
por maioria absoluta.
(D) vinculação de receita proveniente de impostos em razão 
da repartição do produto da arrecadação, conforme es-
tabelecida constitucionalmente, à saúde e ao ensino.
(E) concessão ou utilização de créditos ilimitados.
43. Do produto da arrecadação dos impostos sobre a renda e 
proventos de qualquer natureza e sobre produtos industria-
lizados, a União entregará para o Fundo de Participação dos 
Municípios
(A) três por cento.
(B) dez por cento.
(C) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento.
(D) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento.
(E) quarenta e sete por cento.
44. Sobre o indébito tributário, de acordo com as disposições do 
Código Tributário Nacional, é correto afirmar que
(A) a restituição total ou parcial do tributo vence juros ca-
pitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão 
definitiva que a determinar.
(B) o sujeito passivo, em regra, tem direito, mediante prévio 
protesto, à restituição total ou parcial do tributo.
(C) prescreve em 2 anos a ação anulatória da decisão admi-
nistrativa que denegar a restituição.
(D) a restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restitui-
ção, na mesma proporção, dos juros de mora e das penali-
dades pecuniárias quando referentes a infrações de caráter 
formal não prejudicadas pela causa da restituição.
(E) a restituição de tributos que comportem, por sua natureza, 
transferência do respectivo encargo financeiro somente 
será feita a quem prove haver assumido referido encargo 
e, mesmo no caso de tê-lo transferido a terceiro, indepen-
dente da autorização expressa deste último a recebê-la.
45. Excluem o crédito tributário a
(A) remissão e a anistia.
(B) decadência e a prescrição.
(C) compensação e a transação.
(D) isenção e a anistia.
(E) imunidade e a isenção.
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14CMSP/031-ProcuradorLegislativo
DIREITO CIVIL
46. João faleceu em 13 de junho de 1991, sem ter testamento, nem 
herdeiro legítimo notoriamente conhecido, conforme ficou 
demonstrado em processo de arrecadação e de inventário, 
após as diligências reclamadas pela lei para localizá-los, que 
somente findou em 12 de março de 2002. Porém deixou um 
imóvel localizado na rua São João, 64, São Paulo, Capital, com 
metragem superior a 250 m2. Neste imóvel residia Maria Paula, 
que não tinha nenhum laço de parentesco com João ou relação 
de afinidade, sendo certo que começou a possuir o imóvel, sem 
qualquer oposição e como se dona fosse, a partir da morte de 
João. Diante dos fatos relatados, é correto afirmar que Maria 
Paula
(A) por força de usucapião, tornou-se proprietária do imóvel 
em 14 de junho de 2001.
(B) por força de usucapião, somente se tornará proprietária 
do imóvel em 14 de junho de 2011.
(C) não poderá ser proprietária do imóvel, uma vez que o 
imóvel é de propriedade da municipalidade desde 14 de 
junho de 1996.
(D) não poderá ser proprietária do imóvel, uma vez que o 
imóvel é de propriedade da municipalidade desde 13 de 
março de 2007.
(E) não poderá ser proprietária do imóvel, uma vez que o 
imóvel é de propriedade da Universidade de São Paulo 
desde 13 de março de 2007.
47. Assinale a alternativa correta.
(A) A teoria da imprevisão deve ser comprovada por quem a 
alega, sobre a alteração superveniente de circunstâncias 
fáticas.
(B) A imprevisão somente pode ser argüida no Poder Judi-
ciário, mesmo que pactuado de outra forma.
(C) O credor não poderá invocar a imprevisão para rever o 
contrato, mesmo que tenha interesse.
(D) A teoria da imprevisão pode ser invocada juntamente 
com a teoria da impossibilidade econômica.
(E) A imprevisão pode ser alegada pela parte que deu causa 
à inexecução da obrigação, mesmo de forma culposa.
48. Leia as afirmações a seguir.
 I. São duas as ações edilícias: a redibitória e a estimatória 
ou “quanti minoris”.
 II. A ação “quanti minoris” acarreta a redibição do contrato.
 III. A ação redibitória consiste na resolução do contrato.
 IV. Na ação redibitória, se o alienante conhecia o vício, ou o 
defeito, o adquirente fará jus ao recebimento de indeni-
zação pelas perdas e danos sofridos.
 V. Confunde-se com a evicção a venda sob condição sus-
pensiva e a promessa de venda.
É correto apenas o que se afirma em
(A) II, III e IV.
(B) II, III e V.
(C) I, II e V.
(D) I, III e IV.
(E) I, IV e V.
49. Assinale a alternativa correta.
(A) A expectativa de direito e a expectativade fato têm a 
mesma natureza jurídica e os mesmos efeitos.
(B) Poderá haver expectativa de direito sobre um direito real, 
mas não em relação a um direito pessoal.
(C) Quem tem simples expectativa não é titular do direito 
em formação, já que sua formação é progressiva.
(D) Não poderá praticar ato destinado à sua conservação 
aquele que tem simples expectativa de direito.
(E) Há direitos que se adquirem por formação progressiva, 
não tendo expectativa de direito o herdeiro necessário.
50. Considerando a obrigação de pagar alimentos, decorrente da 
condenação em ação de reparação de danos, é correto afirmar 
que
(A) sendo possível a constituição de capital para assegurar 
o cumprimento da obrigação, poderá ser determinada a 
caução fidejussória.
(B) os alimentos fixados poderão ser revistos, desde que exis-
ta uma mudança nas condições econômicas das partes.
(C) a condenação da prestação de alimentos deve ser fixada 
para pagamento mensal, podendo ser determinado que 
o valor seja fixo e pago em uma única vez.
(D) a constituição de capital por títulos da dívida pública não 
é possível, uma vez que não podem ser gravados de ônus 
legais.
(E) não se admite a substituição da caução por desconto em 
folha de pagamento, ainda que notória a solvência do 
devedor.
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15 CMSP/031-ProcuradorLegislativo
51. João Carlos, por compromisso de compra e venda, adquiriu os 
direitos sobre um apartamento da Construtora Nova Aurora, 
que por ela estava hipotecado ao Banco São José. Diante desse 
fato, é correto afirmar que
(A) a hipoteca firmada entre a construtora e o banco não tem 
eficácia perante João Carlos.
(B) o pagamento das prestações importa em exoneração 
correspondente da garantia.
(C) não paga a dívida, poderá o banco ficar com o imóvel dado 
em garantia, desde que haja cláusula que o autorize.
(D) o credor hipotecário não tem direito de seqüela, exceto 
se o contrato declarar ser oponível contra terceiros.
(E) João Carlos é o sucessor hipotecário e não pode remir par-
cialmente a hipoteca, mas apenas em sua integralidade.
52. Leia os fatos.
Sofia recebeu um imóvel por doação, em zona urbana. O 
proprietário do imóvel vizinho ao seu construiu um terraço e 
abriu janela a menos de metro e meio de seu terreno, quando 
na ocasião Sofia contava com 17 anos de idade. Passados 
dois anos do ocorrido, ela ingressou com ação contra seu 
vizinho.
Com base nos fatos descritos, assinale a alternativa correta.
(A) Já decaiu o direito de Sofia requerer a demolição da 
obra, uma vez que já transcorreu mais de ano e dia de 
sua edificação.
(B) Sofia poderá requerer a demolição da obra, assim como 
edificar em sua propriedade ou erguer contramuro, ainda 
que vede a claridade do vizinho.
(C) Sofia não poderá erguer construção que tampe a claridade 
do vizinho, uma vez que este já adquiriu o direito de 
servidão de luz.
(D) Faz-se necessário observar se, quanto à janela, o direito 
do vizinho em abrir janela, se sua visão é direta ou oblíqua 
no que diz respeito à proibição.
(E) A proibição de construção, a menos de metro e meio, 
também se restringe para a parede de tijolos de vidro 
translúcido.
53. Leia as afirmações a seguir.
 I. A dificuldade da definição legal é a de que a qualidade 
de consumidor está vinculada à condição do adquirente 
do produto, a de destinatário final.
 II. A noção de destinatário final não é unívoca. Pode ser 
entendida como o uso que se dê ao produto adquirido.
 III. A doutrina e a jurisprudência vêm ampliando a com-
preensão da expressão ‘destinatário final’ para aqueles 
que enfrentam o mercado de consumo em condições de 
vulnerabilidade.
 IV. A intervenção do Estado na ordem econômica, fundada na 
livre iniciativa, deve observar os princípios do direito do 
consumidor, objeto de tutela constitucional fundamental 
especial.
 V. Com fundamento no Código do Consumidor, a interrup-
ção de fornecimento de energia elétrica de Município 
inadimplente somente é considerada ilegítima quando 
atinge as unidades públicas provedoras das necessidades 
inadiáveis da comunidade.
É correto o que se afirma em
(A) I, II e III, apenas.
(B) II, III e IV, apenas.
(C) II, IV e V, apenas.
(D) III, IV e V, apenas.
(E) I, II, III, IV e V.
54. O Princípio da Intangibilidade das situações definitivamente 
consolidadas significa
(A) que a eficácia retroativa das leis se presume e constitui 
uma excepcionalidade no sistema jurídico brasileiro.
(B) a cláusula de salvaguarda do ato jurídico perfeito apli-
ca-se a qualquer lei editada, ainda que se trate de lei de 
ordem pública.
(C) a revogação tácita da lei ocorre quando lei nova regular 
a matéria, seja inteiramente, ou por conter disposições 
incompatíveis.
(D) toda norma tem por finalidade regular situações jurídicas, 
ou seja, aquelas da vida humana que pareçam relevantes 
ao legislador.
(E) a proibição de que relações jurídicas potestativas possam 
alterar unilateralmente a situação jurídica alheia.
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55. No que diz respeito à eficácia dos negócios jurídicos, é pos-
sível concluir que
(A) a eficácia putativa está sujeita a perder a eficácia, afetada 
pela decretação da nulidade do ato que a produziu.
(B) afeta a definitividade da eficácia a cláusula contida no 
negócio jurídico que permita sua resolução em caso de 
inadimplemento.
(C) a eficácia “ex nunc” é aquela que emana desde a perfei-
ção do ato jurídico, podendo afetar efeitos que se hajam 
produzido no passado.
(D) a resilição negocial opera “ad futurum”, podendo ter 
eficácia retroativa “stricto sensu”.
(E) a eficácia é interimística ou interina quando sua perma-
nência no mundo jurídico é, por natureza, provisória, 
mas que pode se tornar definitiva.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
56. Excesso de execução ou cumulação indevida; penhora 
incorreta ou errônea avaliação, nulidade de execução, por 
não configurar título executivo, são matérias que podem ser 
alegadas
(A) pelo devedor do título executivo judicial, mediante im-
pugnação.
(B) pelo devedor ou por qualquer interessado na execução.
(C) pelo devedor de título executivo extrajudicial, mediante 
Embargos à Execução, que além das matérias constantes 
do enunciado, poderá, ainda, alegar outras matérias de 
defesa que poderiam ser deduzidas em um processo de 
conhecimento.
(D) pelo devedor, mediante Embargos à Execução, mas 
somente nas matérias constantes do enunciado.
(E) a arguição de retenção por benfeitoria não é matéria que 
possa ser alegada em Embargos à Execução.
57. Do Acórdão proferido em decisão interlocutória, em processo 
cautelar e/ou nos embargos à execução
(A) caberá Recurso Especial ou Extraordinário, conforme o 
caso, e eles serão apreciados de imediato.
(B) caberá Recurso Especial ou Extraordinário, o qual ficará 
retido e somente será apreciado se for reiterado pela 
parte interessada, por ocasião de interposição de recurso 
próprio.
(C) não é cabível nas decisões interlocutórias.
(D) será interposto diretamente nos Tribunais Superiores, a 
quem compete o juízo de admissibilidade.
(E) de acórdãos proferidos nos casos previstos no enunciado, 
somente é cabível agravo inominado.
58. A argüição de falsidade documental
(A) se sujeita a preclusão, não sendo cabível sua argüição 
em grau recursal.
(B) somente se processa mediante ação declaratória incidental.
(C) poderá ser suscitada em contestação ou no prazo de 5 dias, 
contados da intimação da juntada do documento.
(D) poderá ser suscitada por petição ao juiz da causa, desde 
que não tenha se encerrado a instruçãoprocessual; após 
a instrução, correrá em apenso.
(E) é de competência originária dos Tribunais.
59. No procedimento ordinário, a incompetência relativa do juízo 
deverá ser alegada
(A) em peça apartada à contestação, mas protocolizada con-
juntamente a esta.
(B) em contestação, alegando matéria preliminar, procedimento 
este cabível em qualquer espécie de incompetência.
(C) argüida a exceção de incompetência, a contestação 
deverá ser apresentada no prazo de 15 dias contados da 
juntada aos autos do mandado de citação devidamente 
cumprido.
(D) por exceção de incompetência, que poderá ser oposta 
em até 15 dias após a juntada aos autos do mandado de 
citação devidamente cumprido, porém, a ausência de 
contestação não gera revelia.
(E) oposta a exceção de incopetência em petição apartada à 
contestação, o prazo para contestar permanece inalterado.
60. Poderão propor Medida Cautelar em Ação Civil Pública:
 I. o Ministério Público, a União, os Estados e os Municípios.
 II. a Câmara Municipal, para proteção dos bens e direitos 
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagís-
tico.
 III. as Autarquias, as empresas públicas, as fundações, as 
sociedades de economia mista e as associações.
 IV. qualquer do Povo.
 V. somente as pessoas de Direito Público interno e externo.
Está correto apenas o que se afirma em
(A) I, II e V.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) II e V.
(E) III e IV.
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61. Na execução de pensão alimentícia,
(A) o devedor será citado para pagar ou nomear bens à pe-
nhora no prazo de 15 dias.
(B) o devedor será citado para, no prazo de 03 dias, pagar, 
provar que pagou ou justificar por que não o fez, sob 
pena de prisão, esta somente sendo cabível quando se 
tratar de alimentos provisionais, assim considerados as 
seis últimas prestações.
(C) o devedor deverá, no prazo 03 dias, pagar, provar que 
pagou ou justificar por que não paga, sob pena de pri-
são, independentemente da natureza da pensão, a qual 
abrangerá as últimas 24 prestações.
(D) em relação aos filhos, o devedor poderá alegar prescrição.
(E) o devedor será citado, para no prazo de 03 dias, pagar, 
provar que pagou ou justificar por que não o fez, sob pena 
de prisão, somente sendo cabível este procedimento das 
três últimas prestações.
62. Nas causas em que forem partes de um lado o Município ou 
pessoa residente no País, e de outro lado Estado estrangeiro 
ou organismo internacional, enseja:
(A) Recurso Ordinário ao Superior Tribunal de Justiça.
(B) Recurso Originário ao Supremo Tribunal Federal.
(C) Recurso Originário do Superior Tribunal de Justiça.
(D) Recurso Ordinário ao Supremo Tribunal Federal.
(E) Recurso Extraordinário.
63. A repercussão geral de questões constitucionais devem ser 
demonstradas pelo recorrente e se caracteriza como pressu-
posto de admissibilidade
(A) de Recurso Ordinário Constitucional para o Supremo 
Tribunal Federal.
(B) de Recurso Extraordinário, que somente será recusado por 
manifestação de 2/3 dos membros do Supremo Tribunal 
Federal.
(C) de Recurso Especial, por ocasião de julgamento de vali-
dade de ato de governo local contestado em face de lei 
federal.
(D) de Recurso Extraordinário, o qual, por ausência de reper-
cusão geral, poderá ser recusado por decisão monocrática 
do relator.
(E) de Recurso Especial e Extraordinário, o qual somente será 
recusado por manifestação, respectivamente, do órgão 
especial do Superior Tribunal de Justiça e do pleno do 
Supremo Tribunal Federal.
64. Não admite ação rescisória, por se tratar de decisão irrecor-
rível, aquela que
(A) julgar procedente ou improcedente a argüição de des-
cumprimento de preceito fundamental, quando proferida 
pelo Supremo Tribunal Federal.
(B) for proferida por Tribunais de Contas dos Estados e do 
Município.
(C) julgar improcedente a argüição de descumprimento de 
preceito fundamental, com efeito inter partes.
(D) julgar procedente ou improcedente a argüição de des-
cumprimento de preceito fundamental, quando proferida 
pelo Superior Tribunal de Justiça.
(E) for proferida pela Mesa Diretora da Câmara Municipal.
65. A ação rescisória poderá ser proposta
(A) somente por quem foi parte no processo, ou por seus 
sucessores, a título universal.
(B) somente por quem foi parte no processo.
(C) por quem foi parte no processo e terceiro prejudicado, 
somente.
(D) somente por qualquer terceiro interessado.
(E) por quem foi parte no processo ou seu sucessor a título 
universal ou singular, o terceiro interessado e o Ministério 
Público, este somente em casos específicos.
DIREITO MUNICIPAL
66. Analise as seguintes afirmativas:
 I. Fusão é a reunião de um Município a outro, perdendo um 
deles a personalidade, que se integra na do território do 
outro.
 II. Anexação é a junção da parte desmembrada de um terri-
tório a Município já existente, que continua com sua 
personalidade anterior.
 III. Desmembramento é a separação de parte de um Município 
para se integrar noutro ou constituir um novo Município.
 IV. A criação de Municípios far-se-á por lei estadual, dentro 
do período determinado por lei ordinária federal, devendo 
ser posteriormente confirmada por referendo da população 
interessada.
Está correto somente o que se afirma em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.
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67. Sobre a intervenção do Estado no Município, é correto afirmar:
(A) O Estado não intervirá em seus Municípios, exceto 
quando deixar de ser paga, sem motivo de força maior, 
por 03 anos consecutivos, a dívida fundada.
(B) A intervenção do Estado no Município far-se-á por De-
creto do Governador, sendo que a ação interventiva deve 
se limitar ao Poder Executivo Municipal, não podendo 
atingir a Câmara Municipal.
(C) O interventor estadual não se sujeita ao controle político-
administrativo da Câmara Municipal e poderá vetar leis 
e expedir decretos.
(D) A intervenção é juridicamente possível se o Município 
deixou de aplicar pelo menos 25%, anualmente, da sua 
receita tributária na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços de saúde.
(E) O não pagamento de precatórios pelo Poder Executivo 
Municipal pode ensejar a intervenção do Estado, podendo, 
entretanto, o Município evitá-la se aprovar uma lei pela 
qual transfira o pagamento para o próximo exercício 
fiscal.
68. No processo legislativo municipal,
(A) as emendas à Lei Orgânica podem ser propostas por, no 
mínimo, um terço dos Vereadores e são aprovadas após dois 
turnos de discussão e votação, quando obtiver, em ambos, 
votos favoráveis de três quintos dos membros da Câmara.
(B) os projetos de resoluções e decretos legislativos desti-
nam-se, as primeiras a disciplinar matéria privativa 
do Legislativo, com repercussão no exterior dele, e os 
segundos a regrar matéria dirigida ao âmbito interno do 
Legislativo.
(C) a aprovação do Regimento Interno da Câmara deve ser 
feita por meio de decreto legislativo.
(D) títulos honoríficos e honrarias devem ser aprovados e 
concedidos por meio da Resolução.
(E) dependerão do voto favorável de três quintos dos mem-
bros da Câmara: o zoneamento urbano; o Plano Diretor 
e o zoneamento geo-ambiental.
69. Nos termos da Lei Orgânica do Município de São Paulo, é 
incorreto afirmar que
(A) o vereador não poderá, desde a expedição do diploma, 
exercer emprego remunerado em sociedade de economia 
mista.
(B) o vereador não poderá, desde a posse, ser titular de mais de 
um cargo ou mandato público eletivo emqualquer nível.
(C) perderá o mandato o vereador que deixar de comparecer, 
em cada sessão legislativa, a dois terços das sessões 
ordinárias, salvo licenças ou missão autorizada pela 
Câmara.
(D) o vereador poderá licenciar-se para desempenhar missões 
temporárias de interesse do Município.
(E) no exercício do seu mandato, o Vereador terá livre acesso 
às repartições públicas municipais, podendo diligenciar 
pessoalmente junto aos órgãos da administração direta e 
indireta, inclusive junto ao Tribunal de Contas do Municí-
pio, devendo ser atendido pelos respectivos responsáveis, 
na forma da Lei.
70. Não são de iniciativa privativa do Prefeito as leis municipais 
que disponham sobre
(A) desafetação, aquisição, alienação e concessão de bens 
imóveis municipais.
(B) organização administrativa, serviços públicos e matéria 
orçamentária.
(C) criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou 
empregos públicos na administração direta, autárquica e 
fundacional.
(D) servidores públicos municipais, seu regime jurídico, 
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria.
(E) o Conselho de Representantes das áreas administrativas 
do Município de São Paulo.
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19 CMSP/031-ProcuradorLegislativo
71. Com relação ao orçamento municipal, é correto dizer que
(A) a Lei Orçamentária Anual deve estabelecer as metas e 
prioridades da Administração Municipal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro subse-
qüente e deverá orientar a elaboração da lei de diretrizes 
orçamentárias.
(B) o Princípio da Exclusividade determina a vinculação dos 
instrumentos orçamentários e planos de governo a uma 
lei orçamentária única.
(C) o Princípio da Unidade estabelece que a lei orçamentária 
anual não conterá dispositivo estranho à previsão de 
receita e à fixação de despesa.
(D) é vedada a vinculação de qualquer tributo a órgão, 
fundo ou despesa, ressalvada a repartição do produto 
da arrecadação de determinados impostos previstos na 
Constituição Federal e a destinação de recursos para as 
ações e serviços públicos de saúde e o desenvolvimento 
do ensino.
(E) se o Município apresentar resultado primário negativo 
entre receitas e despesas fiscais, o financiamento desse 
déficit deve ser feito com captação de receitas não-fiscais.
72. Nos termos da Lei Orgânica do Município de São Paulo,
(A) se, antes de realizado o segundo turno das eleições para 
Prefeito, ocorrer impedimento legal de um dos candidatos, 
convocar-se-ão novas eleições.
(B) o Prefeito não poderá, sob pena de perda do mandato, 
desde a posse, fixar domicílio fora do Município.
(C) vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á 
eleição 60 dias depois de aberta a última vaga.
(D) compete privativamente ao Prefeito apresentar, semes-
tralmente, à Câmara Municipal, relatório sobre o anda-
mento das obras e serviços municipais.
(E) a perda do mandato do Prefeito será decidida pela maioria 
absoluta dos membros da Câmara Municipal.
73. Nos moldes do Estatuto da Cidade, é conferido ao Poder Pú-
blico Municipal o direito de preempção, que deve obedecer 
aos seguintes critérios:
(A) o proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o 
imóvel, para que o Município se manifeste em até 60 dias 
sobre o seu interesse de adquiri-lo.
(B) lei federal delimitará as áreas em que incidirá o direito 
de preempção.
(C) será exercido sempre que o Poder Público necessitar de 
áreas, entre outros fins, para criação de espaços públicos 
de lazer e áreas verdes.
(D) não poderá ser utilizado para constituição de reserva 
fundiária, uma vez que esta deve ser viabilizada por meio 
de lei federal.
(E) transcorrido o prazo para exercer o direito de preempção, 
sem manifestação do Município, o proprietário fica autori-
zado a alienar o imóvel em condições diversas da proposta 
apresentada pelo interessado.
74. A respeito da Mesa da Câmara Municipal, assinale a alterna-
tiva correta.
(A) Sua composição será de 05 membros titulares e 05 su-
plentes.
(B) O mandato da Mesa será de 02 anos, permitida uma 
reeleição.
(C) Pelo voto de 2/3 dos membros da Câmara, qualquer 
componente da Mesa poderá ser destituído, quando ne-
gligente ou omisso no desempenho de suas atribuições 
regimentais.
(D) É competente para dispor como deverá ser utilizado o saldo 
de caixa existente na Câmara no final do exercício.
(E) A matéria constante de projeto de lei rejeitado, incluindo 
os de iniciativa privativa, somente poderá ser reapresen-
tada, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da 
maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
75. Assinale a alternativa que não contém uma sanção decorrente 
do poder de polícia.
(A) Desapropriação.
(B) Fechamento de estabelecimento.
(C) Interdição de atividade.
(D) Demolição de construção.
(E) Proibição de fabricação de certo produto.
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20CMSP/031-ProcuradorLegislativo
76. Os bens públicos
(A) são, em regra, impenhoráveis, mas prescritíveis.
(B) são, em regra, imprescritíveis, impenhoráveis, mas passí-
veis de oneração.
(C) que se destinam à execução dos serviços públicos, com 
destinação especial e finalidade pública permanente, são 
também denominados bens patrimoniais disponíveis.
(D) denominados terrenos de marinha, localizados no perí-
metro urbano, dependem de autorização federal para a 
sua utilização, mas ficam sujeitos a regulamentação e a 
tributação municipais no caso de edificações civis.
(E) imóveis, do patrimônio municipal, para serem alienados 
exigem autorização por lei, avaliação prévia e concor-
rência, sendo exigível esta última formalidade nos casos 
de doação, dação em pagamento, permuta, legitimação 
de posse e investidura.
77. Nos termos do que dispõe a Lei Municipal n.º 8.989/79, o 
funcionário público municipal que exercer a advocacia admi-
nistrativa ficará sujeito à pena disciplinar de
(A) demissão.
(B) suspensão por até 90 dias.
(C) suspensão por até 30 dias.
(D) demissão a bem do serviço público.
(E) repreensão.
78. Um funcionário público municipal tem sua demissão anulada 
por sentença judicial transitada em julgado. Neste caso, 
conforme o disposto na Lei n.º 8.989/79, o funcionário deve 
retornar ao seu cargo público por meio da
(A) reintegração; e o ocupante da vaga, se ocupava outro cargo, 
será a este reconduzido, sem direito a indenização.
(B) reversão; e o ocupante da vaga será exonerado, ou se 
ocupava outro cargo, a este reconduzido, sem direito a 
indenização.
(C) readmissão; e o ocupante da vaga será colocado em 
disponibilidade, com vencimentos proporcionais.
(D) readmissão; e o ocupante da vaga será colocado em dispo-
nibilidade, se não ocupava outro cargo anteriomente.
(E) reintegração; e o ocupante da vaga será colocado em 
disponibilidade, com vencimentos proporcionais, ou se 
ocupava outro cargo, a este será reconduzido, com direito 
a indenização.
79. Considerando o que dispõe o Sistema Previdenciário do 
Município de São Paulo, Lei n.º 13.973/05, é correto afirmar 
que
(A) o abono de permanência do servidor titular de cargo 
efetivo que tenha completado as exigências para a 
aposentadoria voluntária, deve ser incluído na base de 
cálculo dos seus benefícios previdenciários.
(B) a contribuição do Município de São Paulo para o custeio 
do regime previdenciário dos servidores municipais será 
o dobro da contribuição do servidor.
(C) o órgão competente do Instituto de Previdência Municipal 
de São Paulo, para aprovar o plano de contas e os balan-
cetes mensais e os demonstrativos financeiros anuais da 
instituição é o Conselho Fiscal.(D) ao servidor afastado do cargo efetivo, com prejuízo de re-
muneração, não será permitida a manutenção do vínculo 
do regime próprio da previdência social do Município.
(E) os recursos das contribuições previdenciárias serão 
destinados, exclusivamente, para compor o custeio do 
regime próprio de previdência do Município de sua uni-
dade gestora, não podendo ser consignados como receita 
orçamentária.
80. Assinale a alternativa incorreta a respeito do zoneamento 
urbano.
(A) Usos conformes são todos aqueles permitidos para o local 
pelas normas legais pertinentes que, uma vez iniciados, 
geram direito adquirido em face da nova legislação.
(B) Usos desconformes são aqueles que a lei considera in-
compatíveis para o local, e se sobrevierem ao zoneamen-
to, poderão ser impedidos sumariamente e sem qualquer 
indenização.
(C) Usos tolerados são aqueles admitidos em condições espe-
ciais mediante licença do Poder Executivo que, uma vez 
reconhecidos pelo Poder Público, geram direito subjetivo 
ao seu exercício e à sua continuidade.
(D) Zonas mistas são todas aquelas de ocupação promíscua e 
para as quais não há indicação de utilizações específicas 
e excludentes pelas normas edilícias.
(E) Zonas industriais são aquelas reservadas para as fábricas 
e atividades conexas, devendo situar-se distanciadas dos 
bairros residenciais, podendo o Poder Público, para esse 
fim, instituir distritos industriais.
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21 CMSP/031-ProcuradorLegislativo
DIREITO ELEITORAL
81. Os partidos políticos são
(A) associações civis.
(B) pessoas jurídicas de direito público interno.
(C) pessoas jurídicas de direito privado.
(D) entes despersonalizados.
(E) constituídos juridicamente na forma de sociedades de 
fins específicos.
82. O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os
(A) maiores de 60 anos.
(B) militares.
(C) condenados criminalmente.
(D) maiores de 16 e menores de 18 anos.
(E) absolutamente incapazes.
83. A lei que alterar o processo eleitoral
(A) entrará em vigor 45 dias após a sua publicação.
(B) não se aplicará à eleição que ocorra até um ano da data 
de sua vigência.
(C) será aplicada imediatamente às eleições que venham a 
se realizar logo após a sua publicação.
(D) regulará as situações litigiosas referentes a eleições 
pendentes.
(E) entrará em vigor no ano seguinte a sua publicação.
84. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Elei-
toral no prazo de
(A) 5 dias.
(B) 6 dias.
(C) 8 dias.
(D) 10 dias.
(E) 15 dias.
85. É correto afirmar que
(A) a ação de impugnação de mandato tramitará em segredo 
de justiça.
(B) apenas os maiores de 21 anos poderão concorrer ao cargo 
de vereador.
(C) o militar alistável é inelegível.
(D) a incapacidade civil absoluta não justifica a cassação de 
direitos políticos.
(E) os partidos políticos não têm direito a recursos do fundo 
partidário.
DIREITO DO TRABALHO E 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
86. Havendo convenção, acordo ou sentença normativa em vigor, 
o prazo em que deverá ser instaurado o dissídio coletivo, a fim 
de possibilitar ao novo instrumento vigência no dia imediato 
a esse termo, é de
(A) 60 dias anteriores ao respectivo termo final.
(B) 45 dias anteriores ao respectivo termo final.
(C) 30 dias anteriores ao respectivo termo final.
(D) 15 dias anteriores ao respectivo termo final.
(E) até o dia anterior ao respectivo termo final.
87. A Lei n.º 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, criou o órgão 
gestor de mão-de-obra – “OGMO”, tendo como uma das 
finalidades
(A) abrir frentes de trabalho informal.
(B) colocação de mão-de-obra para trabalhadores sem for-
mação técnica.
(C) administrar o fornecimento de mão-de-obra do trabalha-
dor portuário e do trabalhador portuário avulso.
(D) fornecimento de mão-de-obra para trabalhos temporá-
rios.
(E) fornecer trabalhadores eventuais.
88. Segundo a orientação fixada pela Súmula n.º 331 do Colendo 
Tribunal Superior do Trabalho,
(A) é licita a intermediação de mão de obra na atividade meio do 
tomador dos serviços, não se podendo falar em fraude.
(B) a contratação irregular de trabalhador, mediante empresa 
interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos 
da administração pública direta, indireta ou fundacional 
(art. 37, II, da CF/1988).
(C) a contratação de trabalhadores por empresas interpostas é 
legal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador 
dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei 
n.º 6.019/74).
(D) a administração pública direta não tem responsabilidade 
subsidiária pelas dívidas trabalhistas da empresa tercei-
rizada.
(E) os órgãos da administração direta, das autarquias, das 
fundações públicas, das empresas públicas e das so-
ciedades de economia mista respondem sempre subsi-
diariamente pelas dívidas trabalhistas, mesmo que não 
tenham participado da relação processual, e não havendo, 
inclusive, necessidade de que constem do título executivo 
judicial.
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89. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, assinale 
a alternativa que contém os títulos que integram o salário.
(A) As diárias de viagem e a previdência privada.
(B) O seguro de vida e de acidentes pessoais.
(C) As gorjetas e a assistência médica, hospitalar e odontoló-
gica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde.
(D) Os vestuários, equipamentos e outros acessórios forne-
cidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, 
para a prestação de serviço.
(E) As percentagens e as gratificações ajustadas.
90. As nulidades no Processo do Trabalho
(A) devem ser argüidas pela parte, sob pena de perempção.
(B) são acolhidas ex officio pelo juiz, tendo em vista o prin-
cípio de proteção ao hipossuficiente.
(C) somente poderem ser argüidas quando da interposição 
do recurso de revista.
(D) devem ser argüidas na primeira vez que a parte tiver que 
se manifestar nos autos, sob pena de preclusão.
(E) somente podem ser convertidas por meio de ação resci-
sória.
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vunesp 
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CONCURSO PÚBLICO 
 
22.07.2007 
 
 
001. AUXILIAR OPERACIONAL 
Gabarito de Língua Portuguesa e Matemática 
 
1 - C 2 - B 3 - A 4 - D 5 - B 6 - C 7 - B 8 - C 9 - E 10 - E 
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31 - B 32 - D 33 - E 34 - C 35 - D 36 - A 37 - B 38 - C 39 - B 40 - B 
 
002. TÉCNICO ADMINISTRATIVO 
Gabarito de Língua Portuguesa, Matemática e Conhecimentos Gerais 
 
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