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Antiguidade Grega: Formação e Sociedade

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[História]
Antiguidade
Grécia
[1650-146 a.C.]
Formação
A localização geográfica e o solo pouco fértil transformaram o comércio na principal atividade econômica desses grupos. O que levou à colonização de vários pontos ao longo do Mediterrâneo.
Período Homérico
A sociedade se baseava nos genos, comunidades agrícolas autossuficientes. Na chamada comunidade gentílica, a propriedade era comunal e a política era comandada pelo pater, geralmente, o homem mais velho.
O crescimento demográfico levou à disputa de terras e à consequente união de vários genos, o que pôs fim à divisão interna desses genos. Surgindo uma elite proprietária de terras.
Além disso, as condições do território e as constantes disputas, levaram ao isolamento desses grupos e à posterior formação das cidades-estado.
Período Arcaico 
Cada cidade possuía completa autonomia política e econômica, bem como suas próprias práticas religiosas e culturais. A partir da Acrópole, se organizava a administração da pólis, era uma oligarquia.
Situa nesse período as primeiras manifestações da arte grega.
Atenas
→ Século X a.C.
· Era uma monarquia, na qual o poder era concentrado nas mãos do chamado basileu, proprietário mais poderoso. 
· A deposição do último basileu, entretanto, levou à formação de um regime oligárquico, baseado no Arcontado.
· Os arcontes eram escolhidos para ocuparem mandatos anuais.
· O governo era uma aristocracia.
→ Entre os séculos VIII a.C. e VI a.C.
· Uma grave crise social mergulhou Atenas em violência.
· Dracon - transformou em registro escrito o conjunto de leis baseado na tradição oral ateniense.
· Sólon - aboliu a escravidão por dívidas, enfatizou o direito de qualquer pessoa prestar queixa e propôs uma divisão censitária da sociedade, ou seja, de acordo com a renda de cada indivíduo. As medidas de Sólon agravaram os problemas sociais, proporcionando o surgimento das tiranias.
· Foi somente em 510 a.C. que Clístenes retirou do poder o último tirano e instalou em Atenas as condições para a implantação da democracia.
→ Democracia
· Era direta.
· Na Ágora, era organizada a Eclésia, assembleia que se reunia cerca de quarenta vezes por ano para discutir assuntos políticos, questões de guerra e paz, bem como temáticas referentes à religião e às festas.
· Para participar dessa assembleia, o sujeito deveria ser livre. Desse modo, os membros da Eclésia deveriam possuir escravos para que, livres das atividades manuais e do trabalho, pudessem praticar a política.
· Eram considerados cidadãos os homens, filhos de pai e mãe atenienses, maiores de 18 anos.
· A democracia ateniense, portanto, excluía alguns grupos, como as mulheres, os estrangeiros (chamados metecos) e os escravos.
· A força da democracia antiga: nela, os relativamente pobres tinham o mesmo poder de decisão que os mais ricos.
· Bulé era encarregada de analisar os projetos de lei e de supervisionar a administração pública, a diplomacia e os assuntos militares. A ocupação dos cargos da Bulé se dava por sorteio, e seus ocupantes eram remunerados. 
· Magistrados, incumbidos de executar as decisões da Eclésia.
· Para reforçar os princípios da justiça, os gregos instituíram, ainda, o ostracismo, que consistia no banimento por um período de dez anos de todo indivíduo considerado uma ameaça à democracia.
→ Sociedade
· A sociedade ateniense era dividida em três grupos principais: os cidadãos, os metecos e os escravos.
· Metecos - Em sua maioria, eram estrangeiros e pagavam uma taxa para viver na pólis.
· Escravos - Um indivíduo poderia se tornar escravo por nascimento, caso fosse filho de escravo, por dívida ou por ser prisioneiro de guerra.
Esparta
· Apresentava terras férteis.
· Era controlada por uma oligarquia guerreira que dominava o Estado e a propriedade da terra.
· Oligárquica e aristocrática.
· A política era debatida em uma assembleia conhecida como Apela.
· A religião e o Exército ficavam a cargo de dois reis na chamada diarquia.
· A sociedade se dividia entre espartanos, periecos e hilotas.
· Os periecos eram livres e não possuíam direitos políticos, dedicando-se ao comércio e ao artesanato.
· Os hilotas eram servos do Estado e estavam presos à terra e estavam submetidos a maus-tratos sem que lhes coubesse proteção legal.
· Os homens, desde a infância, eram treinados na arte da guerra, e a preocupação com a excelência física era fundamental.
Guerras Médicas
496 a.C.: rebelião dos gregos contra o domínio persa com o apoio de Atenas – pois os persas decidem invadir a Grécia.
Para fazer resistência frente aos fortes exércitos persas, as cidades-estado formaram a Liga de Delos - União militar financiada pelas cidades-estados participantes. Liderada por Atenas!
Vitória dos gregos. Atenas insistiu na manutenção da Liga, dando início a um período de submissão das demais cidades a seu poder. Essa fase recebeu o nome de imperialismo ateniense.
Guerra do Peloponeso
As demais cidades, porém, não aceitaram pacificamente o domínio ateniense e, comandadas por Esparta, formaram a Liga do Peloponeso.
Em 404 a.C. confirmou-se a vitória dos espartanos.
A partir desse período, ocorreu diversos conflitos entre as cidades, no todas foram conquistadas pelo Alexandre, o Grande.
Período Helenístico 
Abrange o período da expansão territorial e cultural da Grécia, que se deu especialmente pelo Oriente. 
O principal responsável por essas transformações foi Alexandre, o Grande, imperador da Macedônia, que havia conquistado a região da Grécia.
Essa expansão não resistiu, no entanto, à morte de Alexandre. O Império Macedônico desintegrou-se, formando monarquias. As cidades gregas mantiveram suas instituições e parte de sua cultura.
	
Roma
Monarquia
A partir do século VII a.C., prevaleceu o poder dos reis etruscos que invadiram a península e a dominaram. 
O rei possuía caráter sagrado, exercia o Poder Executivo e era o chefe militar e religioso. 
O poder do rei era controlado pelo Senado. 
Existia uma Assembleia ou Cúria, formada por homens em idade militar que podia ratificar ou não as decisões do Senado.
A sociedade romana era dividida entre os patrícios (elite econômica, concentrando a propriedade da terra, e o poder político, já que controlavam o Senado.), os plebeus (homens livres, não tinham direitos políticos) e os escravos (Eram a força de trabalho e se encontravam nessa situação por dívidas ou por derrotas nas guerras.).
O último rei etrusco foi retirado do poder após uma série de revoltas da plebe, que passou a exigir maior participação política.
República
O ideal republicano era que, segundo o qual a coisa pública (res publica) deve se sobrepor aos interesses privados.
Teve características oligárquicas. O poder passou a ser dividido entre os demais representantes da elite.
Dois cargos ocupavam a instituição política mais importante – a Magistratura: o de cônsul (nomeados aos pares, representavam o Poder Executivo e podiam propor leis) e o de pretor (era responsável pela administração da Justiça).
À Assembleia Popular cabia representar os interesses da plebe tanto que, após uma série de revoltas e motins, os plebeus tiveram seus desejos de participação política atendidos com a criação dos tribunos da plebe, que, após serem eleitos por eles próprios, poderiam vetar, inclusive, as decisões do Senado.
Mesmo com algumas exigências atendidas, os plebeus ainda entraram em conflito com os patrícios.
Entre os séculos V a.C. e III a.C., ocorreu a expansão geográfica e comercial de Roma. Essa expansão só foi possível graças ao domínio do Mar Mediterrâneo.
Os territórios conquistados deviam à Roma submissão e uma pesada carga de impostos. As populações derrotadas normalmente eram transformadas em mão de obra escrava. No entanto, foi justamente esse crescimento que provocou a decadência da República Romana.
Um dos problemas que contribuiu para a crise romana foi a grande concentração de terras. E a corrupção e o poder dos militares aumentavam as tensões sociais.
A transição para o Império, portanto, se deu em meio às guerras civis instaladas nos domínios romanos em decorrência das insatisfaçõespopulares.
O fortalecimento do Exército durante as conquistas territoriais havia enfraquecido o Senado. Assim, a partir de 60 a.C., houve a formação dos Triunviratos, ou seja, um governo comandado por três homens em pé de igualdade.
Após derrotar seus adversários, com apoio do Senado, Otávio recebe o título de imperador e se proclama Augusto. Inicia-se, em 31 a.C., o Império Romano.
Império
O era poder concentrado nas mãos do Imperador, subordinando o Senado à força, e passou a ser considerado uma figura sagrada.
Para evitar os conflitos com a elite, foi criada uma vasta burocracia imperial, que possuía uma série de privilégios.
Com o objetivo de amenizar as tensões entre as classes baixas, foi criada a Política do Pão e Circo, que consistia em distribuir trigo e promover espetáculos para o grupo de desempregados que vivia no Império.
Em Roma, por exemplo, a escravidão não esteve vinculada a uma questão étnica. O escravo poderia executar as mais diversas tarefas no interior da sociedade, não ficando relegado apenas ao trabalho manual. O homem poderia se tornar escravo após a derrota em uma guerra, devido a uma dívida ou mesmo de forma voluntária, na tentativa de conquistar uma melhor posição social, como no caso daqueles que se tornavam altos funcionários do Império.
A expansão do Império voltou a se intensificar a partir do ano 96 d.C. e se encerrou no século III d.C., quando se iniciou a crise do Império Romano.
A grande extensão do Império dificultava o controle desse vasto território e sua expansão. As longas distâncias geraram dificuldades de comunicação, e os povos dominados, assim como a resistência dos vizinhos do Império, passaram a dificultar o controle nas fronteiras romanas.
A retração das conquistas teve como consequência a diminuição do fluxo de prisioneiros. Assim, houve um grande aumento dos preços dos escravos e o consequente aumento dos preços dos produtos.
Na tentativa de solucionar a crise escravista, foi instituído o colonato, que buscava o aumento da produtividade no campo. Nesse sistema, escravos e camponeses passaram a gozar de nova posição jurídica, a de colonos. O camponês, dessa forma, teria direito ao arrendamento de uma porção de terra e, em troca disso, pagaria ao proprietário em dias de trabalho e em produtos.
Os gastos excessivos do Império também colaboraram para a sua desagregação.
Como consequência, o Império passou por um período de instabilidade, denominado anarquia militar. Nesse período, os militares lutavam pela ocupação do posto de imperador.
No final do século III e durante o século IV, os chefes políticos tomaram medidas que visavam à contenção da crise, iniciando um período de intervenção direta do Estado na vida social.
Com Teodósio (378-395), o Império foi dividido em dois: o Império Romano do Ocidente, com sede em Roma, e o do Oriente, com sede em Constantinopla.
Além dos fatores internos já citados, as migrações dos povos germânicos colaboraram para a derrocada do Império Romano. O evento, que durante muito tempo ficou conhecido como invasões bárbaras, representou o fim do domínio de Roma. Para os romanos, assim como para os gregos, bárbaros eram todos aqueles que não falavam o seu idioma e não professavam sua cultura.
Foram os hérulos, em 476 d.C., que tomaram Roma, destituindo seu último imperador, Rômulo Augusto.
	
Mesopotâmia
Aspectos geográficos 
· Oriente Médio
· Entre os rios Tigre e Eufrates
· Crescente Fértil
· Entre o Planalto do Irã e o Deserto da Arábia.
Economia
· Modo de produção asiático: propriedade estatal da terra, agricultura de regadio e servidão coletiva
· Sociedade hidráulica
· Deposição de matéria orgânica (húmus) nas margens dos rios Tigre e Eufrates
· Pastoreio
· Produção de tecidos
· Construção naval
· Babilônia = importante entreposto comercial do Oriente.
Sociedade
· Sociedade estamental (posição social determinada por critério de nascimento e hereditariedade)
· Estrutura social:
Política
· Teocracia → rei = poder político + poder religioso
Religião e Cultura
· Escrita cuneiforme
· Código de Hamurábi – primeiro código de leis escritas da humanidade. “Olho por olho, dente por dente”
· Religião politeísta e antropomórfica
· Não acreditavam em vida após a morte
· Arquitetura desenvolvida: zigurates e Jardins Suspensos
· ↑ astronomia
· ↑ matemática
	
Egito
Economia
· Modo de produção asiático: propriedade estatal da terra, agricultura de regadio (trigo, cevada e linho) e servidão coletiva.
· Sociedade hidráulica.
· Deposição de matéria orgânica (húmus) nas margens do rio Nilo.
· Pastoreio.
· ↑ artesanato (tecelagem).
· Ourivesaria.
· ↑ comércio.
Sociedade
· Sociedade estamental (posição social determinada por critério de nascimento e hereditariedade)
· Estrutura social:
Política
· Teocracia → rei = poder político + poder religioso.
→ Antes de 3200 a.C.
· Fragmentação política (sociedade dividida em clãs).
→ Antigo Império (3200-2200 a.C.)
· Unificação política (Alto Egito + Baixo Egito);
· 1º faraó = Menés;
· Capital = Tínis;
· Construção das pirâmides de Gizé (Quéops, Quefrem e Miquerinos).
→ Médio Império (2000-1750 a.C.)
· Nova dinastia;
· Capital: Tebas;
· Expansão p/ o sul;
· Invasão dos hicsos (1750-1580 a.C.).
→ Novo Império (1580-1085 a.C.)
· Expulsão dos hicsos pelo faraó Amósis I;
· Expansionismo durante os reinados de Tutmés III e Ramsés II: conquista de Israel, da Síria e da Núbia;
· Reforma religiosa de Amenófis IV (Akhenáton) visando diminuir a influência dos sacerdotes = ↑ monoteísmo (culto do deus Áton = disco solar);
· Restauração politeísta c/ Tutancámon;
· Invasões: 1º assírios; 2º persas; 3º macedônios; 4º romanos.
Religião e Cultura
· Religião politeísta.
· Zoomorfismo, antropozoomorfismo e antropomorfismo.
· Crença na vida após a morte.
· ↑ mumificação.
· Livro sagrado= Livro dos mortos.
· Arquitetura desenvolvida: pirâmides e templos.
· ↑ escultura e pintura.
· ↑ matemática (operações aritméticas e sistema decimal), astronomia e medicina (anatomia e cirurgia).
· Escrita: hieroglífica, hierática e demótica.

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