Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tecido ósseo é um tecido vivo complexo e dinâmico que está sempre em um processo continuo de remodelação O osso é um órgão composto de vários tecidos vivos diferentes atuando em conjunto: tecido ósseo, cartilagem, tecido conjuntivo denso, epitélio, tecido adiposo e tecido nervoso sustenta os tecidos mole e fornece pontos de inserção para os tendões da maioria dos músculos esqueléticos protege os órgãos internos mais importantes (como o encéfalo, o pulmão, o coração a coluna vertebral) os músculos quando se contraem tracionam o osso e produzem o movimento armazena vários minerais, mas principalmente cálcio e fosforo que vão contribuir com a forca e resistência do osso; conforme for necessário, os ossos liberam os minerais na corrente sanguínea para manter o equilíbrio necessário no corpo o tecido conjuntivo presente no interior de alguns ossos (medula óssea vermelha) fica responsável por produzir hemácias, leucócitos e plaquetas por um processo chamado hematopoese; a medula óssea vermelha é formada por células do sangue em desenvolvimento, adipócitos, fibroblastos e macrófagos em uma rede de fibras reticulares a medula óssea amarela é formada principalmente de adipócitos que armazenam triglicerídeos (potencial reserva de energia química); no recém- nascido a medula óssea é vermelha e participa da hematopoese, porem com o avanço da idade, grande parte da medula óssea se transforma em medula óssea amarela O formato dos ossos nos possibilita encontrar informações sobre suas funções, como a força física e o tipo de forças a que foi submetido quando movimentado pelo musculo Nós possuímos, quando adultos, 206 ossos no esqueleto São reconhecidos 5 tipos de ossos no nosso corpo: longos, curtos, planos, irregulares e sesamoides Outro tipo de osso que não é classificado pelo formato são os ossos suturais; são SISTEMA ESQUELÉTICO pequenos e são localizados nas suturas (articulações) de determinados ossos do crânio Ossos longos Tem comprimento maior que a largura e a espessura; Consistem em uma diáfise (corpo do osso) e um número variável de epífises (extremidades) São ligeiramente encurvados para aumentar a força (quando um osso é curvo, ele absorve o estresse do peso do corpo em diferentes pontos fazendo com que o peso seja distribuído igualmente) Contêm principalmente substancia compacta (densa e tem espaços menores), mas também apresentam uma quantidade considerável de substancia esponjosa (espaços maiores) EX: úmero, a ulna e o rádio, fêmur, a tíbia e a fíbula, os metacarpais, os metatarsais e as falanges (dos pés e mãos) Ossos curtos São aproximadamente cúbicos e tem comprimento, largura e espessura similares São formados por substancias esponjosa, menos na superfície que apresentam uma cada de substancia compacta EX: maioria dos ossos carpais e tarsais Ossos planos Normalmente são finos e compostos por duas laminas quase que paralelas de substancia compacta que encerram uma camada esponjosa Propiciam uma considerável proteção e oferecem áreas extensas para inserção dos músculos EX: ossos do crânio, o esterno e as costelas Ossos irregulares Tanto o formato quanto as quantidades de substancias esponjosas e compactas são variáveis Estão presentes nas vertebras, alguns ossos da face e o calcâneo Ossos sesamoides Se desenvolvem em determinados tendões, locais de considerável atrito, compressão e estresse físico São pequenos, menos as duas patelas (localizadas no tendão do musculo quadríceps femoral) que são os maiores ossos sesamoides do corpo Protege os tendões contra o desgaste excessivo Aumenta a vantagem mecânica em uma articulação Nos membros superiores, geralmente ocorrem apenas nas articulações da fac palmar das mãos Nos membros inferiores, além das patelas, existem mais 2 sesamoides que estão na face plantar de cada pé, nos tendões do musculo flexor curto do hálux Um osso longo é coberto por cartilagem articular, nas superfícies articulares de suas epífises proximal e distal, e por periósteo, ao redor de todas as outras partes; é formado pelas seguintes partes (exemplo da imagem é o úmero): é o corpo do osso, a parte principal cilíndrica e longa do osso são as extremidades proximal e distal do osso são regiões situadas entre a diáfise e a epífise; em um osso em crescimento, cada metáfise contém uma lâmina epifisial (uma camada de cartilagem hialina que possibilita o crescimento longitudinal da diáfise) - Quando o crescimento longitudinal cessa (entre 14 e 24 anos), a cartilagem na lamina epifisial é substituída por osso e a estrutura óssea resultante é conhecida como linha epifisial uma camada fina de lamina de cartilagem hialina que cobre a parte da epífise onde o osso forma articulação com outro osso; tem função de reduzir o atrito e absorver o choque em articulações livremente moveis uma bainha de tecido conjuntivo resistente e a irrigação sanguínea associada a ela circundando a superfície do osso nas parte que não possuem cavidades contendo ar em seu interior e localizam-se no crânio (EX: frontal e esfenoide) são cobertas pela cartilagem articular; composto de uma lâmina fibrosa externa de tecido conjuntivo denso não modelado e lâmina osteogênica interna de células - Tem função de proteger o osso, auxiliar na consolidação de fraturas, ajudar na nutrição do tecido ósseo e atuar como ponto de inserção para ligamentos e tendões espaço cilíndrico e oco no interior da diáfise que cintem medula óssea amarela adiposa e numerosos vasos sanguíneos em adultos; mínima o peso do osso já que reduz a quantidade de material ósseo denso membrana fina que reveste a cavidade medular Os ossos apresentam texturas e contornos externos diferentes que variam e são elementos estruturais adaptados para funções especificas A superfície de um osso é caracterizada por diversas protuberâncias, sulcos, endentações, projeções e orifícios Surgem ao longo da vida em resposta a determinadas forças Protuberâncias, cristas ou áreas rugosas são indícios de locais onde os tecidos moles (como tendões e ligamentos) se inserem no osso Os tendões inserem o ventre muscular esquelético no osso e os ligamentos estabilizam um osso e outro osso Impressões semelhantes a sulcos ou orifícios indicam as localizações nas quais nervos e vasos sanguíneos atravessam o osso Superfícies lisas indicam áreas de movimentos entre ossos vizinhos Depressão de uma superfície lisa acomoda uma projeção de superfície lisa de outro osso para formar faces articulares fazendo com que os ossos se encaixem Existem dois tipos principais de acidentes ósseos formam articulações ou possibilitam passagem de tecidos moles (vasos sanguíneos e nervos) ajudam a formam articulações ou atuam como pontos de inserção para o tecido conjuntivo (como ligamentos e tendões) Processos projeção arredondada grande; tem superfície rugosa e irregular (EX: túber do osso do quadril) margem estreita do osso, geralmente proeminente; projeção alongada (EX: crista ilíaca do osso do quadril) processo, muito grande, truncado e de formato irregular (único exemplo é o Trocânter do fêmur) margem estreita de osso, menos proeminente do que uma crista; elevação ou borda longa e estreita (EX: linha áspera do fêmur) pequena projeção arredondada; (EX: tubérculo maior do úmero) área elevada sobre ou acima de um côndilo; projeção geralmente rugosa (EX: epicôndilo medial do fêmur) projeção afiada, delgada e muitas vezes pontiaguda; (EX: processo espinhoso da vertebra) qualquer proeminência óssea; projeção articular arredondada,muitas vezes se articula com uma fossa correspondente (EX: côndilo lateral do fêmur) superfície articular lisa, quase plana; levemente côncava ou convexa (EX: faceta articular superior da vertebra) expansão óssea esferoide sustentada por um colo estreito; projeção articular geralmente arredondada (EX: cabeça do fêmur) Depressões abertura redonda ou oval através de um osso; orifício pelo qual passam vasos sanguíneos, nervos ou ligamentos (EX: canal óptico do esfenoide) sulco ao longo de uma superfície óssea que acomoda um vaso sanguíneo, nervo ou tendão (EX: sulco intertubercular do úmero) abertura estreita; fenda estreita entre partes adjacentes de ossos pelas quais passam vasos sanguíneos ou nervos (EX: fissura orbital superior do esfenoide) entalhe (corte, incisão, ranhura) na extremidade de uma estrutura; depressão em forma de bacia de um osso, muitas vezes servindo como uma superfície articular; depressão rasa (EX: fossa coronóidea do úmero) orifício tubuliforme; semelhante a um canal de passagem articular (EX: meatos acústicos externo e interno do osso) cavidade dentro de um osso, preenchida com ar e revestida com membrana mucosa; Tecido ósseo contem matriz extracelular abundante que circunda células muito separadas (característica do tecido conjuntivo); A matriz extracelular desse tecido é composta por 15% de agua, 30% de fibras colágenas e 55% de sais minerais cristalizados; matriz orgânica e inorgânica; O sal mais abundante é o fosfato de cálcio [Ca3(PO4)2] que irá se combinar com o hidróxido de cálcio [Ca (OH)2] com a finalidade de formar cristais de hidroxiapatita [Ca10(PO4)6(OH)2] Os cristais se combinam ainda com outros sais minerais, como carbonato de cálcio e íons como magnésio, fluoreto, potássio e sulfato Esses sais se cristalizam e o tecido endurece, processo chamado de calcificação; é iniciado por osteoblastos (células que produzem osso) A calcificação só ocorre na presença das fibras colágenas; os sais minerais começam a se cristalizar nos espaços microscópicos entre as fibras e após o preenchimento, esses sais se acumulam ao redor das fibras colágenas; A rigidez do osso depende dos minerais e a flexibilidade depende das fibras colágenas (conferem a força tensora e a resistência ao estiramento ou à ruptura Existem 4 tipos de células no tecido ósseo: osteogênicas, osteoblastos, osteócitos e osteoclastos Osteogênicas Células-tronco não especializadas derivadas do mesênquima São as únicas células ósseas que sofrem divisão células; as células que serão geradas vão se tornar osteoblastos São encontradas ao longo da parte interna do periósteo, no endósteo e nos canais internos de ossos que contem vasos sanguíneos Osteoblastos São células produtoras de osso; sintetizam e secretam fibras colágenas e outros componentes orgânicos necessários para formar a matriz extracelular do tecido ósseo Conforme essas células ficam envolta da matriz extracelular, são aprisionados em suas secreções e se tornam osteócitos Osteócitos Células ósseas maduras que mantem o metabolismo diário do tecido Fazem troca de nutrientes e resíduos com o sangue Osteoclastos Derivadas da fusão de até 50 monócitos (um tipo de leucócito); estão concentradas no endósteo Sua membrana plasmática apresenta dobras profundas e forma uma borda pregueada no lado da celula que é voltado para a superfície do osso Libera enzimas lisossômicas potentes e ácidos que digerem a proteína e os componentes minerais da matriz extracelular subjacente do osso (reabsorção óssea; é a parte do desenvolvimento, crescimento, manutenção e consolidação normais do osso) constitui a maior parte das diáfises de ossos longos; oferece proteção, apoio e resistência às forças produzidas pelo peso e o movimento do corpo É constituída de unidades chamadas ósteons que são formados por lamelas concêntricas ao redor de um canal osteônico LAMELAS CONCÊNTRICAS: lâminas circulares de matriz extracelular mineralizada de diâmetro crescente em torno da pequena rede de vasos sanguíneos e nervos no canal central Entre as lamelas existem pequenos espaços que são chamados de lacunas que contêm osteócitos; Os canalículos preenchidos por liquido extracelular vão se irradiar em todas as direções a partir das lacunas Os osteócitos adjacentes se comunicam via junções comunicantes Os canalículos conectam as lacunas entre si e aos canais centrais, formando um intricado sistema pequeno de canais interconectados em todo osso (fornece muitas vias para que nutrientes e o oxigênio cheguem aos osteócitos) Essa substancia tende a ser mais espessa nas regiões do osso em quem as forças são aplicadas em poucas direções A organização dos ósteons não é estática; se alteram com o tempo devido às demandas físicas exercidas sobre tal esqueleto As áreas entre ósteons vizinhos contem lamelas intersticiais que são fragmentos de ósteons antigos que foram parcialmente destruídos durante a reconstrução ou o crescimento dos ossos Os vasos sanguíneos e os nervos do periósteo penetram na substancia compacta através dos canais interosteônicos transversais Os vasos e nervos dos canais interosteônicos se conectam aos da cavidade medulas, do periósteo e dos canais centrais Em torno de toda a circunferência externa e interna do corpo de um osso longo há lamelas diretamente sob o periósteo e conectadas ao periósteo por fibras perfurantes (lamelas circunferenciais externas) e lamelas que revestem a cavidade medular (lamelas circunferenciais internas) não contem ósteons; está localizada na parte interior do osso e protegida por uma substancia compacta Consiste em lamelas dispostas em um padrão irregular de colunas delgadas, as trabéculas Entre as trabéculas existem espaços que vão ser preenchidos por medula óssea vermelha em ossos que são responsáveis por produzir eritrócitos e por medula óssea amarela (tecido adiposo) em outros ossos Os dois tipos de medula apresentam vários vasos sanguíneos pequenos que fazem a nutrição dos osteócitos Cada trabécula é formada por lamelas concêntricas, osteócitos situados nas lacunas e por canalículos que se irradiam das lacunas para fora Constitui maior parte do tecido ósseo interno dos ossos curtos, planos, sesamoides e irregulares Nos ossos longos forma a parte central das epífises sob a lamina de substancia compacta e forma uma margem estreita variável em torno da cavidade medular da diáfise Estão orientadas ao longo das linhas de estresse, o que ajuda os ossos a resistirem ao estresse e transferirem a força sem que haja fraturas Tente a ser encontrada em áreas que os ossos são submetidos a grande estresse em direções variadas É leve e responsável por diminui o peso total do osso facilitando a movimentação quando o osso é tracionado pelos músculos As trabéculas sustentam e protegem a medula óssea vermelha A substancia esponjosa nos ossos do quadril, nas costelas, no esterno, nas vertebras e nas extremidades proximais do úmero e do fêmur é o único lugar que armazena medula óssea vermelha; é onde ocorre a hematopoese em adultos (produção de células sanguíneas) Os vasos sanguíneos vao ser mais numerosos em ossos que apresentam medula óssea vermelha pequenas artérias acompanhadas por nervos vão entrar na diáfise por meio dos canais interosteônicos e irrigar o periósteo e a parte externa da substancia compacta perto do centro da diáfise, essa artéria entra na substância compacta por meio de um forame nutrício (acidente ósseo); ao penetrar na cavidade medular vão se dividir em ramos proximal e distal indo em direção a cada extremidade As extremidades dos ossos longos são irrigadas pelas artérias metafisárias e epifisárias entram na metáfise do osso longo, juntamente com a artéria nutrícia vão irrigar a medula óssea vermelha e o tecido ósseo das metáfises entram nas epífises de um osso longo e irrigam a medula óssea vermelha e o tecido ósseo das epífises As veias que drenam o sangue dos ossos longos são evidentes em três locais 1. Uma ou duas veias nutrícias vão acompanhar a artéria nutrícia e saem do osso por meio da diáfise 2. Várias veias epifisárias e metafisárias acompanham suas artérias e saem do osso por meio das epífises 3. Muitas veias periosteais pequenas acompanham a artéria periosteais e saem por meio do periósteo O periósteo é rico em nervos sensitivos, alguns conduzem sensação de dor e são especialmente sensíveis a tensões e lacerações Processo conhecido como ossificação ou osteogênese A formação óssea ocorre em 4 situações diferentes: 1. Formação inicial dos ossos no embrião ou feto 2. Crescimento dos ossos durante a lactância, infância e adolescência 3. Remodelação dos ossos (substituição de osso antigo por tecido ósseo novo durante toda a vida) 4. Consolidação de fraturas No início o esqueleto embrionário é formado por mesênquima no formato geral dos ossos (mesênquima é o tecido conjuntivo encontrado no embrião e é o tecido a partir do qual se desenvolve a maioria dos outros tecidos conjuntivos) Existem dois métodos para a formação inicial do osso: ossificação intramembranosa (formação mais simples; se forma diretamente dentro do mesênquima condensado) e ossificação endocondral (formação mais complexa; osso se forma dentro da cartilagem hialina que também se desenvolve a partir do mesênquima) Ossificação intramembranosa - Formação da maioria dos ossos da face, mandíbula e a parte medial da clavícula - As áreas moles (fonticulos) que ajudam o crânio fetal a atravessar o canal de parto enrijecem posteriormente à medida que ocorre a ossificação intramembranosa 1. DESENVOLVIMENTO DO CENTRO DE OSSIFICAÇÃO: mensagens químicas especificas causam aglomeração (centro de ossificação) e diferenciação das células mesênquimais (primeiramente em células osteogênicas e depois em osteoblastos) no local onde posteriormente vai se desenvolver o osso; osteoblastos irão secretar matriz extracelular orgânica até que esse tipo celular seja circundado por ela 2. CALCIFICAÇÃO: a secreção de matriz ira parar e os osteoblastos que serão denominados osteócitos vão estar em lacunas e estendem seus longos processos citoplasmáticos ate o interior dos canalículos; alguns dias depois vai ocorrer a deposição de cálcio e outros sais fazendo com que a matriz endureça/calcifique 3. FORMAÇÃO DE TRABÉCULAS: a matriz extracelular se transforma em trabéculas que vão se fundir umas às outras formando a substância esponjosa; o tecido conjuntivo que está associado aos vasos sanguíneos nas trabéculas se diferencia em medula óssea vermelha 4. DESENVOLVIMENTO DO PERIÓSTEO: ao mesmo tempo que são formadas as trabéculas, o mesênquima localizado na periferia do osso se condensa e vira o periósteo Ossificação endocondral - Processo mais observado em ossos longos 1. DESENVOLVIMENTO DO MODELO CARTILAGINOSO: sinais químicos específicos vão gerar aglomeração de células mesênquimais no formato geral e no local do futuro osso, logo após, as células vão ser diferenciadas em condroblastos; essas novas células secretam matriz extracelular cartilaginosa gerando, então, o modelo cartilaginoso (posteriormente será a diáfise) constituído de cartilagem hialina; ao redor desse modelo aparece o revestimento mesenquimal com nome de pericôndrio 2. CRESCIMENTO DO MODELO CARTILAGINOSO: depois de estarem alojados na matriz extracelular, os condroblastos têm nome de condrócitos; a modelo irá crescer em comprimento a partir da divisão celular dos condrócitos (crescimento intersticial); o crescimento em espessura (aposicional) ocorre com a deposição de material de matriz na superfície da cartilagem do modelo por novos condroblastos (surgem a partir do pericôndrio); A medida que o modelo cresce, ocorre o aumento de tamanho dos condrócitos na região media (hipertrofia); a matriz começa a se calcificar e outros condrócitos dentro da cartilagem em calcificação morrem; Conforme os condrócitos vão morrendo, os espaços deixados por eles se fundem em cavidades chamadas lacunas; 3. DESENVOLVIMENTO DO CENTRO DE OSSIFICAÇÃO PRIMARIA: uma artéria nutrícia entra no periocondrio e no modelo cartilaginoso em calcificação por meio do forame nutrício na região media; estimula a diferenciação das células osteogênicas em osteoblasto; quando o osso começa a se formar o pericôndrio vira periósteo; Os capilares periosteais crescem de um centro de ossificação primaria (região na qual tecido ósseo substituirá a maior parte da cartilagem) Os osteoblastos vão começar a depositar matriz extracelular óssea sobre a cartilagem calcificada, formando trabéculas de substancias esponjosas 4. DESENVOLVIMENTO DA CAVIDADE MEDULAR: os osteoclastos decompõem algumas das trabéculas com finalidade de formar uma cavidade, a cavidade medular na diáfise (a maior parte da parede da diáfise será substituída pela substancia compacta) 5. DESENVOLVIMENTO DOS CENTROS DE OSSIFICAÇÃO SECUNDÁRIA: geralmente perto do nascimento surgem os centros de ossificação secundaria que é quando os ramos da artéria epifisária entram nas epífises; no centro de ossificação secundaria a substância esponjosa permanece no interior das epífises (sem formação de cavidade medular) 6. FORMAÇÃO DA CARTILAGEM ARTICULAR E DA LÂMINA EPIFISAL: a cartilagem hialina que recobre as epífises vira a cartilagem articular; antes da fase adulta essa cartilagem hialina fica entre a diáfise e a epífise tendo o nome de lamina epifisial (região responsável pelo crescimento longitudinal) Ocorre o crescimento aposicional para aumentar a espessura do osso O aumento do comprimento dos ossos longos é por crescimento intersticial Crescimento em comprimento: O crescimento de um osso longo compreende o crescimento intersticial da cartilagem no lado epifisário da lamina epifisial e a substituição da cartilagem por osso por meio da ossificação endocondral no lado diafisário da lamina epifisial camada de cartilagem hialina na metáfise de um osso em crescimento, possui uma divisão em 4 zonas 1. ZONA DE CARTILAGEM EM REPOUSO: mais próxima da epífise; condrócitos pequenos dispersos; suas células não participa do crescimento do osso; ancoram a lamina epifisial à epífise do osso 2. ZONA DE CARTILAGEM DE PROLIFERAÇÃO: condrócitos um pouco maiores, participam do crescimento intersticial conforme as células se dividem e secretam a matriz; suas células se dividem com finalidade de substituir as que morrem no lado diafisário da lâmina 3. ZONA DE CARTILAGEM HIPERTRÓFICA: condrócitos grandes, estão em processo de maturação e organizados em colunas 4. ZONA DE CARTILAGEM CALCIFICADA: condrócitos mortos por causa da calcificação da matriz ao seu redor; osteoclastos vão dissolver a cartilagem calcificada para que os osteoblastos junto com capilares (que vem da diáfise) invadirem essa região; a matriz extracelular óssea vai ser depositada pelos osteoblastos (substituindo a cartilagem calcificada); forma a nova diáfise A atividade da lâmina epifisial é a única forma de ocorrer o crescimento do comprimento da diáfise Enquanto os ossos crescem, os condrócitos se proliferam no lado epifisário da lâmina A espessura da lâmina se mantem “constante”, mas o osso aumento de comprimento no lado diafisário Em uma fratura que danifique a lâmina epifisial, o osso afetado podeser mais curto que o normal quando chegar na estatura adulta porque a cartilagem (avascular) acelera o fechamento da lamina epifisial pela parada da mitose nesse tecido (inibição do crescimento longitudinal) Quando a adolescência termina (por volta dos 18 anos nas mulheres e dos 21 nos homens), as laminas epifisiais se fecham, as células da cartilagem epifisial param de se dividir e o osso toma lugar da cartilagem que resta O fechamento da lâmina epifisial ocorre em média 2 a 3 anos antes nas mulheres A lâmina desaparece e só fica uma estrutura chama da linha epifisial e esse processo interrompe totalmente o crescimento do osso em comprimento O processo de fechamento da lâmina ajuda a determinar a idade óssea, prever a altura no adulto e estabelecer, a partir dos ossos, a idade com que uma pessoa morreu Nos ossos longos esse crescimento do comprimento não acorre igualmente nas duas extremidades; existe uma extremidade dominante (sempre cresce se afastando do ângulo de orientação do forame nutrício) - Extremidades do fêmur, tíbia e fíbula em direção ao joelho são laminas epifisiais em crescimento dominante - Extremidades do úmero, da ulna e do rádio opostas ao cotovelo são as lâminas epifisiais de crescimento dominante Crescimento em espessura: A espessura do osso só aumenta por crescimento aposicional 1. Na superfície do osso, as células periosteais vão se diferenciar em osteoblastos que secretam a matriz extracelular óssea; -Esses osteoblastos vão ficar envoltos pela MEC que secretaram e se transformam em osteócitos; - Com esse processo há a formação de cristas ósseas nos dois lados de um vaso sanguíneo periosteal; essas cristas aumentam devagar e criam um sulco para esse vaso sanguíneo 2. As cristas se unem e se fundem, o sulco se torna um túnel que contém o vaso sanguíneo; o periósteo inicial se torna o endósteo que vai revestir esse túnel recém-formado 3. Os osteoblastos depositam matriz extracelular no endósteo formando, então, novas lamelas concêntricas (se orientam internamente em direção ao vaso sanguíneo periosteal; o túnel é preenchido e um novo ósteon é criado 4. Nesse processo de formação de um ósteon, os osteoblastos sob o periósteo vão depositar novas lamelas circunferenciais (aumento adicional da espessura do osso) Conforme o novo tecido ósseo vai ser depositado na superfície externa do osso, o tecido ósseo que reveste a cavidade medular é degradado por osteoclastos no endósteo A cavidade medular se expande enquanto o osso aumenta sua espessura é a substituição continua de tecido ósseo antigo por tecido ósseo novo; inclui reabsorção óssea (remoção de sair minerais e fibra colágenas pelos osteoclastos) e deposição de osso (acréscimo de minerais e fibras colágenas por osteoblastos) Também remove o osso danificado, substituindo-o por novo tecido ósseo; pode ser desencadeada por fatores como exercício, modificação no estilo de vida e alterações na alimentação Como a força dos ossos esta relacionada com o grau de tensão a qual é submetido, se o osso recém-formado receber grandes cargas ele será mais espesso e mais forte que o osso antigo ORTODONTIA: o movimento dos dentes por aparelhos ortodônticos exerce estresse sobre o osso que forma alvéolos dentais; em resposta a esse estresse induzido artificialmente, os osteoclastos e os osteoblastos remodelam os alvéolos e corrigem o alinhamento dos dentes Osteoporose Porosidade dos ossos; A reabsorção óssea supera a deposição do osso (decomposição > formação) A quantidade de cálcio perdida na urina/fezes/suor é maior que a quantidade adquirida pelos alimentos Forças mecânicas do dia-a-dia podem causar fraturas; provoca diminuição das vertebras, redução da altura, cifose e dor óssea GRUPO DE RISCO: pessoas de meia idade e idosos das quais 80% são mulheres DIAGNOSTICO: histórico familiar e densitometria óssea (mede a densidade dos ossos O esqueleto de um adulto é formado por 206 ossos, enquanto de lactantes e crianças possui mais de 206 porque alguns dos ossos ainda A maioria dos ossos é par (ossos que compõem membros do lado direito e esquerdo do esqueleto) Os ossos do esqueleto adulto são divididos em duas partes: ESQUELETO AXIAL: composto por 80 ossos; são os ossos que estão em torno do eixo longitudinal do corpo; ossos do crânio, ossículos da audição, hioide, costelas, esterno e ossos da coluna vertebral ESQUELETO APENDICULAR: composto por 126 ossos; são os ossos dos membros superiores e inferiores e superiores Crânio Contem 22 ossos, além dos ossos da orelha média Inclui os ossos do crânio e da face que protegem e suportam os delicados órgãos dos sentidos especiais (visão, gustação, olfação, audição e equilíbrio) formam a cavidade do crânio que encerra e protege o crânio; são 8 ossos: 1 osso frontal 2 ossos parietais 2 ossos temporais 1 osso occipital 1 ossos esfenoide 1 osso etmoide protegem e fornecem suporte às entradas para o sistema digestório e respiratório; são 14 ossos: 2 ossos nasais 2 maxilas 2 ossos zigomáticos 1 mandíbula 2 ossos palatinos Conchas nasais inferiores e vômer Formam a cavidade craniana que abriga o encéfalo e várias outras cavidades menores (cavidade nasal e as orbitas que se abrem para o exterior) Os ossos do crânio contem cavidades chamadas de seios paranasais; são revestidas por uma túnica mucosa e se abrem na cavidade nasal Ainda nos ossos do crânio existem pequenas cavidades das orelhas media e interna nos ossos temporais (alojam estruturas relacionadas com audição e equilíbrio) Os ossículos da audição, o osso occipital e o osso da mandíbula são os únicos moveis no crânio Muitos dos ossos do crânio são unidos por suturas que são articulações que fixam os ossos e são perceptíveis na superfície externa do crânio Possui várias aberturas que possibilitam a passagem de nervos e vasos sanguíneos As faces internas do crânio se fixam nas meninges para estabilizar a posição do encéfalo, dos vasos sanguíneos e dos nervos As faces externas desses ossos possibilitam pontos de inserção de alguns músculos participantes das expressões faciais articulação imóvel que mantem unida a maioria dos ossos do crânio; as suturas no crânio de recém- nascidos e crianças normalmente são moveis (centros de crescimento no crânio que está em desenvolvimento); em idosos as suturas, muitas vezes, se fundem e se tornam completamente imóveis SUTURA CORONAL: une frontal com parietais SUTURA SAGITAL: une os dois parietais na linha mediana superior do crânio SUSTURA LAMBDÓIDEA: une os dois parietais ao occipital SUTURA ESCAMOSA: unem o parietal e o temporal nas faces laterais do crânio são cavidades no interior de determinados ossos do crânio e da face próximos da cavidade nasal; são revestidos por túnicas mucosas e as secreções produzidas por ela drenam para a parede lateral da cavidade nasal; presente no osso frontal, esfenoide, etmoide e maxilas; possibilitam que o crânio aumente de tamanho sem alteração do peso do osso Hioide Único osso do esqueleto axial que não se liga a nenhum outro Localizado no Trigono cervical anterior entre a mandíbula e a laringe Sustenta a língua e serve como inserção de alguns músculos da língua e de músculos do pescoço e da faringe Coluna vertebral Formada por osso e tecido conjuntivo que circunda e protege o tecido nervoso da medula espinhal Atua como haste forte e flexível com elementos que podem ir parafrente, para trás e girar Protege a medula espinhal, sustenta a cabeça e é um ponto de articulação para as costelas, cíngulo do membro inferior e dos músculos do dorso e dos membros superiores No início do desenvolvimento são 33 vertebras totais, após desenvolvimento diversas vertebras se fundem e formam a coluna adulta com 26 vertebras: 7 vértebras cervicais 12 vértebras torácicas 5 vértebras lombares 1 sacro formado por 5 vértebras sacrais fundidas 1 cóccix formado por 4 vértebras coccígeas fundidas curvaturas normais são as 4 curvas suaves vistas de perfil da coluna vertebral de um adulto; as curvaturas cervical e lombar são convexas enquanto as curvaturas torácicas e sacral são côncavas; tem função de aumentar a sua forca, ajudam a manter o equilíbrio e absorvem impactos e protegem as vértebras de fraturas No feto existe apenas uma curvatura côncava, por volta do 3 mês de vida quando o lactante começa a sustentar a própria cabeça, a curvatura cervical começa a se desenvolver Quando a criança senta, fica de pé e anda, a curvatura lombar começa a se desenvolver; todas as curvaturas já estão bem desenvolvidas aos 10 anos de idade CURVATURAS PRIMARIAS: preservam a curvatura original da coluna vertebral embrionária (curvatura torácica e sacral) CURVATURA SECUNDÁRIA: se formam meses depois do nascimento (curvaturas cervical e lombar) ficam entre os corpos das vertebras desde a segunda vértebra cervical até o sacro; permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem impactos verticais exagero das curvaturas normais ou curvatura lateral ESCOLIOSE: curvatura lateral da coluna vertebral, geralmente na região torácica; pode ser causada por má formação durante a gravidez; paralisia dos músculos de um lado da coluna, ma postura ou uma perna mais curta que a outra CIFOSE: aumento na curvatura torácica da coluna vertebral; no idoso a degeneração dos discos intervertebrais leva a cifose; pode ser provocada, também, por raquitismo e má postura; é comum em mulheres com osteoporose avançada LORDOSE: exagero da curvatura lombar; pode resultar de aumento de peso no abdome, como na gravidez ou obesidade extrema, má postura, raquitismo, osteoporose se estende posteriormente a partir do corpo vertebral e junco com o corpo da vertebra tem função de circundar a medula espinhal; é formado por várias projeções ósseas que oferecem fixação e braços de alavanca para os músculos; a base do arco vertebral é formado por dois processos curtos e espessos; as laminas são as partes planas que unem para formar a parte posterior do arco vertebral se originam do arco vertebral; na junção da lamina com o pedículo, os processos transversos se estendem no sentido posterolateral (um de cada lado); um processo espinhoso se projeta posteriormente a partir da junção das laminas; processo espinho e os dois transversos são os que atuam como braços e alavanca para os músculos; outros 4 processos formam articulações com outras vertebras acima ou abaixo, os dois processos articulares superiores se articulam com os processos articulares inferiores (da vertebra superior) e dois processos articulares inferiores se articulam com dois processos articulares superiores (da vertebra inferior) Tórax Parte do corpo entre o pescoço e o diafragma; a caixa torácica é formada pelo esterno, pelas costelas, suas cartilagens costais e pelos corpos das vertebras torácicas e contem e é responsável pela proteção dos órgãos presentes na cavidade torácica e abdominal superior; prove sustentação para os membros superiores e participa da respiração é a parte entre a cavidade torácica e o pescoço; traqueia, esôfago, nervos, vasos sanguíneos que irrigam a cabeça, o pescoço e os membros superiores atravessam essa estrutura; é a parte entre a cavidade torácica e a cavidade abdominal; esôfago, nervos e grandes vasos sanguíneos podem passar por essa estrutura; osso estreito e plano; está no centro da parede torácica anterior; composto por 3 partes: manúbrio (parte superior), corpo (parte media e maior; se forma pela fusão de segmentos menores chamados de esternébras) e processo xifoide (parte inferior menor) numeradas de 1 a 12 em sentido superoinferior; dão sustentação estrutural aos lados da cavidade torácica; cada costela se articula com a vertebra torácica correspondente; as costelas do 1° ao 7° par se fixam diretamente ao esterno por uma faixa de cartilagem hialina- cartilagem costal (contribuem para elasticidade e impede a fratura do esterno em casos de golpe); COSTELAS VERDADEIRAS: costelas que têm as cartilagens costais e se fixam diretamente no esterno COSTELAS FALSAS: 5 pares de costelas que tem suas cartilagens costais conectadas indiretamente com o esterno ou não são fixas ao esterno (costelas 11 e 12 são flutuantes pois não se ligam ao esterno) Membros superiores Cada esqueleto do membro superior (lado direito e lado esquerdo) apresentam 32 ossos (totalizando 64) e formam duas regiões: cíngulo do membro superior (ombros) e parte livre do membro superior Os cíngulos dos membros superiores conectam os ossos da parte livre no esqueleto axial; cada um dos cíngulos é composto por uma clavícula (osso anterior) e uma escápula (osso posterior) A extremidade medial da clavícula é chamada de extremidade esternal; articula-se com o manúbrio do esterno e forma a articulação esternoclavicular; a extremidade lateral é chamada de extremidade acromial e se articula com o acrômio da escapula formando a articulação acromioclavicular A clavícula tem uma crista proeminente chamada de espinha da escapula; a extremidade lateral da espinha se projeta na forma de um processo plano e expandido chamado acrômio (ponto alto do ombro) Membros inferiores Cada esqueleto do membro inferior (lado direito e lado esquerdo) apresentam 31 ossos (totalizando 62) e formam duas regiões: cíngulo do membro inferior (quadril) e parte livre do membro inferior Os ossos do quadril se unem anteriormente em uma articulação chamada de sínfise púbica e posteriormente se unem com o sacro em uma articulação chamada de articulações sacroilíacas O anel completo, composto pelo osso do quadril, sínfise púbica, articulações sacroilíacas, sacro e cóccix formam uma estrutura chamada pelve que é responsável por fornecer suporte estável e resistente para a coluna vertebral e para os órgãos da parte inferior do abdome e pélvicos O cíngulo do membro inferior também une os ossos da parte livre com o esqueleto axial, transferindo forças proveniente dos membros inferiores para movimentar toda a massa do corpo durante a locomoção
Compartilhar