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slide 3 Sistemas de Esgotamento Sanitário e Tratamento de Efluentes Industriais

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WBA0390_v1.0
Sistemas de esgotamento 
sanitário e tratamento de 
efluentes industriais
Acepção e tratabilidade dos 
efluentes industriais
Bloco 1
Ana Claudia Guedes Silva
Efluentes industriais
Todo e qualquer tipo de resíduo líquido, orgânico e inorgânico, gerado nas 
operações e processos de alguma atividade industrial:
• Águas das lavagens de máquinas e instalações. 
• Águas dos sistemas de resfriamento e geradores de vapor.
• Águas usadas diretamente no processo industrial. 
• Águas utilizadas nos sanitários dos colaboradores.
Efluentes industriais
• A caracterização das águas residuárias industriais está relacionada ao tipo 
e porte da indústria, da matéria-prima utilizada e processamento 
utilizado.
• Por isso, existe a dificuldade em padronizar os parâmetros qualitativos 
dos efluentes industriais.
Efluentes industriais
Há a necessidade de que os efluentes industriais sejam avaliados 
individualmente, dos mais diversos ramos manufatureiros.
Figura 1 – Exemplos de diferentes processos agroindustriais - laticínio e cervejaria
Fonte: MartinM303/iStock.com.Fonte: RossHelen/iStock.com.
Características e classificação dos efluentes industriais
(VON SPERLING, 2014, p. 88)
Podem estar em suspensão ou dissolvidos no efluente, 
sendo de composição orgânica ou inorgânica. 
Classificação - natureza química:
• Sólidos voláteis (composição orgânica).
• Sólidos não voláteis/ fixos (composição inorgânica 
ou mineral).
Sólidos:
Os principais parâmetros a serem analisados para caracterizar os efluentes 
industriais, visando seu tratamento, são:
Características e classificação dos efluentes industriais
• A matéria orgânica pode ser encontrada suspensa
ou dissolvida no efluente, nas formas de proteínas, 
carboidratos e lipídios.
• Normalmente, a matéria orgânica é medida de 
forma indireta pelas demandas bioquímica de 
oxigênio (DBO) e demanda química de oxigênio
(DQO) – expressas em mg/L.
Indicadores de 
matéria orgânica:
Características e classificação dos efluentes industriais
• O termo pH expressa a intensidade da condição 
ácida (pH < 7), básica (pH > 7) ou neutra (pH = 7) de 
um determinado meio.
• Pode tornar o meio ácido ou básico, conforme a 
origem da água residuária.
• Influi decisivamente na escolha do processo de 
tratamento.
pH:
Características e classificação dos efluentes industriais
• É o parâmetro de controle da poluição térmica, 
advindo de métodos para perda de energia 
calorífica (resfriamento) ou de reações exotérmicas 
(aquecimento) ocorridas nas águas utilizadas no 
processo industrial.
Temperatura:
Características e classificação dos efluentes industriais
• São os elementos metálicos e os poluentes 
recalcitrantes. 
• Alguns possuem alta estabilidade química, 
fotoquímica, taxa de biodegradação muito lenta no 
meio ambiente e a ocorrência de bioacumulação
nos organismos.
Compostos 
tóxicos:
Características e classificação dos efluentes industriais
• Efluentes coloridos são considerados substâncias 
potencialmente tóxicas aos corpos receptores, 
devido sua composição ser, normalmente, de 
corantes sintéticos.
Cor:
• Os sólidos em suspensão são os principais
constituintes responsáveis pela turbidez.
• Interferem na passagem de luz na água, conferindo 
uma aparência turva.
Turbidez:
Efluentes industriais especiais
• A presença de compostos tóxicos, não biodegradáveis ou de difícil 
degradação em corpos d’água, acaba reduzindo as fontes de oxigênio da 
água, dificultando os posteriores processos de tratamento.
• Assim, afetam a qualidade de vida dos microrganismos aquáticos, a biota 
terrestre e, por consequência, o ser humano.
Efluentes industriais especiais - contém: óleos e graxas, surfactantes e 
fenólicos.
Acepção e tratabilidade dos 
efluentes industriais
Bloco 2
Ana Claudia Guedes Silva
Etapas do tratamento de efluentes
É faz necessário utilizar, muitas vezes, múltiplas etapas de tratamento para 
os efluentes industriais, por causa de suas características complexas. Pode-se 
classificar essas múltiplas etapas em quatro fases de tratamento:
(NUNES, 2001, p. 63)
Primário.
Secundário.
Preliminar.
Terciário ou
avançado.
Processos físicos, químicos e biológicos
Para o tratamento de efluentes, essas etapas utilizam os processos: 
(NUNES, 2001, p. 61)
FÍSICOS
Caracterizados, principalmente, pela separação sólido-líquido.
Alguns dos processos mais utilizados de predominância física são os 
processos de decantação (tratamento primário) e o de filtração (tratamento 
terciário).
Processos físicos, químicos e biológicos
Para o tratamento de efluentes, essas etapas utilizam os processos: 
(NUNES, 2001, p. 125)
QUÍMICOS
• São caracterizados pela utilização de produtos químicos ao efluente a ser 
tratado, agente coagulante: sulfato de alumínio.
• Raramente são adotados isoladamente. Normalmente, são utilizados 
concomitantemente com processos físicos (tratamento físico-químico) ou 
quando os processos biológicos não tem eficácia garantida.
Processos físicos, químicos e biológicos
Para o tratamento de efluentes, essas etapas utilizam os processos: 
BIOLÓGICOS
• Utiliza-se reatores com biomassa ativa, que consumirão a matéria 
orgânica e/ou nutrientes em suspensão no efluente para utilizar em seus 
processos metabólicos.
• Esses reatores podem se valer de diversas formas, conforme o 
metabolismo microbiológico (aeróbios e anaeróbios).
Exemplo de uma ETE industrial
Figura 2 – Ilustração de uma ETE industrial, com utilização de lodos 
ativados no tratamento secundário
(adaptado de VON SPERLING, 2014, p. 303)
Acepção e tratabilidade dos 
efluentes industriais
Bloco 3
Ana Claudia Guedes Silva
Padrão de lançamento de efluentes industriais após o tratamento
Os padrões que os efluentes industriais tratados devem obedecer são os 
mesmos que os efluentes domésticos estão submetidos.
Resolução CONAMA n. 430/2011: que dispõe sobre os padrões de 
lançamento de efluentes.
(BRASIL, 2011)
Enquadramento do corpo hídrico receptor
Os padrões que os efluentes industriais tratados devem obedecer são os 
mesmos que os efluentes domésticos estão submetidos.
Resolução CONAMA n. 357/2005: que dispõe sobre o enquadramento de 
corpos d’água (corpo receptor do efluente).
(BRASIL, 2005)
Enquadramento do corpo hídrico receptor
Figura 3 – Classes de enquadramento dos corpos d’água confome CONAMA 357/2005
Fonte: (BRASIL, 2005)
Resumindo 
Tabela 1 – Padrões de qualidade da água e normas de lançamento
Padrões de qualidade Legislação Federal
Lançamento de águas no corpo 
receptor. CONAMA 357/2005.
Qualidade das efluentes no 
corpo receptor. CONAMA 430/2011.
Fonte: elaborada pela autora.
Teoria em prática
Bloco 4
Ana Claudia Guedes Silva
Reflita sobre a seguinte situação
• Em uma estação de tratamento de efluente de galvanoplastia, se faz 
necessária a redução do cromo hexavalente (Cr6+) para que seja removido 
nas etapas posteriores, sendo que a vazão média de efluente é de 9 m³/h 
e a indústria funciona durante oito horas por dia. 
• Por meio de análise, constatou-se a concentração de 11 mg/L de Cr6+. 
Sabendo que são necessários 5,36 kg de NaHSO3 (bissulfito de sódio) 
para reduzir 1 kg de Cr6+, quantos quilogramas por dia são utilizados 
nessa indústria?
Norte para a resolução
Começamos com a obtenção de vazão diária e quantidade de cromo por dia 
no efluente: 
• Vazão diária:
Q = 9 m³/h * 8h
Q = 72 m³/d
• Quantidade diária de Cr6+:
Cr6+ = 72 m³/d * 0,011 kg/m³
Cr6+ = 0,792 kg/d
Norte para a resolução
Sabemos que para reduzir 1 kg de cromo hexavalente é necessário 5,36 kg de 
NaHSO3 (bissulfito de sódio), sendo assim:
1 kg de Cr6+ --------- 5,36 kg de NaHSO3
0,792 kg de Cr6+ -------- X
X= 4,24 kg de NaHSO3 por dia
Portanto, são necessários 4,24 kg de bissulfito de sódio, por dia, para 
reduzir 0,792 kg de cromo hexavalente. 
Dica da professora
Bloco 5
Ana Claudia Guedes Silva
Indicações
• Artigo: 
Diretrizes para tratamento de efluentes oriundos de umaindústria 
alimentícia.
Autores: Laís Oliveira Amaral, Selma Souza Alves Santos. Revista 
Cientefico. v. 17, n. 36, 2017.
Indicações
• Vídeos: 
Tratamento de efluentes da Cervejaria Germânia com biorreator à 
membrana.
Eduardo Pacheco – Portal Tratamento de Água.
Estação de tratamento de efluentes industriais biológica e físico-
química - como funciona.
Águas Claras Engenharia – Etapas do tratamento de efluentes.
Referências
AMARAL, L. O.; SANTOS, S. S. A. Diretrizes para tratamento de efluentes oriundos 
de uma indústria alimentícia. Revista Cientifico. v. 17, n. 36, 2017. Disponível em: 
https://revistacientefico.adtalembrasil.com.br/cientefico/article/view/227. 
Acesso em: 02 mar. 2020.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. 
Resolução CONAMA n. 357 de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação 
dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento. Brasília, 
DF, 2005.
https://revistacientefico.adtalembrasil.com.br/cientefico/article/view/227
Referências
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. 
Resolução CONAMA n. 430 de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre as condições e 
padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução n. 357. 
Brasília, 2011.
NUNES, J. A. Tratamento físico-químico de águas residuárias industriais. 3 ed. 
Aracaju: Editora Triunfo, 2001.
VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de 
esgotos. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, 
UFMG, v. 1, 3. ed., 2014. 
Bons estudos!
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	Enquadramento do corpo hídrico receptor
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	Resumindo 
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	Reflita sobre a seguinte situação
	Norte para a resolução
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