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Universidade Federal de Ouro Preto DEMEC - Departamento de Engenharia Mecânica Escola de Minas - Campus Universitário Morro do Cruzeiro Introdução a Sistemas de Refrigeração Proponente: Dr. Edson Alves Figueira Júnior Um fluido refrigerante (ou simplesmente um refrigerante) pode ser um líquido ou um gás, com função de transferência de calor de um sistema para outro. A transferência de energia pode acontecer mediante troca de calor latente (evaporação, condensação) e/ou mediante troca de calor sensível (aquecimento, arrefecimento). Amônia R22 - HFC R134a - HFC R600a Fluidos Refrigerantes Fluidos Refrigerantes DANFOSS, 2020 - https://assets.danfoss.com/documents/157093/AD224586434178en-000803.pdf https://theengineeringmindset.com/thermostatic-expansion- valves-work/ https://theengineeringmindset.com/thermostatic-expansion-valves-work/ Refrigeradores Sistemas de Refrigeração Bombas de calor Sistemas de Refrigeração 𝐶𝑂𝑃𝑅 = 𝑆𝑎í𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑎 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 = 𝐸𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑓𝑟𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 = 𝑄𝐿 𝑊𝑙𝑖𝑞,𝑒𝑛𝑡 𝐶𝑂𝑃𝐵𝐶 = 𝑆𝑎í𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑎 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 = 𝐸𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑞𝑢𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 = 𝑄𝐻 𝑊𝑙𝑖𝑞,𝑒𝑛𝑡 𝐶𝑂𝑃𝐵𝐶 = 𝐶𝑂𝑃𝑅 + 1 Sistemas de Refrigeração Ciclo de Carnot Reverso É o ciclo de refrigeração mais eficiente que opera entre dois níveis especificados de temperatura COP aumenta com a redução de ∆T Sistemas de Refrigeração 𝐶𝑂𝑃𝑅,𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 = 1 ൗ 𝑇𝐻 𝑇𝐿 − 1 Refrigeradores Máquinas térmicas que transferem calor de um meio de baixa temperatura para um meio de alta temperatura. 1-2: Compressão isentrópica no compressor 2-3: Rejeição de calor a pressão constante em um condensador 3-4: Estrangulamento em um dispositivo de expansão 4-1: Absorção de calor a pressão constante em um evaporador Sistemas de Refrigeração o COP melhora de 2 a 4% para cada ℃ de elevação da temperatura de evaporação ou para cada ℃ de diminuição da temperatura de condensação. Sistemas de Refrigeração Sistemas de Refrigeração Ciclo ideal de Refrigeração Sistemas de Refrigeração Sistemas de Refrigeração Fórmulas: Ciclo ideal de Refrigeração 𝐶𝑂𝑃 = 𝑞𝐿 𝑤𝑙𝑖𝑞,𝑒𝑛𝑡 = 𝑞𝐿 𝑤𝑒𝑛𝑡 = ℎ1 − ℎ4 ℎ2 − ℎ1 Coeficiente de performance 𝑞𝐿 = ℎ1 − ℎ4 Evaporadora 𝑤𝑒𝑛𝑡 = ℎ2 − ℎ1 Compressor 𝑞𝐻 = ℎ2 − ℎ3 Condensadora ℎ3 = ℎ4 Válvula de expansão 𝑞𝐻 = 𝑞𝐿 + 𝑤𝑒𝑛𝑡 COP > 1 remoção de calor do espaço refrigerado trabalho fornecida ao compressor rejeição de calor para o ambiente A p lic an d o a p ri m ei ra L ei d a Te rm o d in âm ic a p ar a o s d is p o si ti vo s Condensadora Rejeitar o calor recebido pelo refrigerante durante sua passagem no evaporador, onde retira calor de um meio qualquer e o calor recebido pelo refrigerante durante o trabalho de compressão, para uma fonte fria. • desuperaquecimento, • condensação e • subresfriamento. Sistemas de Refrigeração Válvula de expansão • Tubos capilares de pequeno diâmetro são utilizados como dispositivo de expansão. • O tubo capilar é usado em uma vasta gama de equipamentos, desde o refrigerador doméstico à bomba de calor. • É um tubo de diâmetro muito pequeno, com comprimento cuidadosamente medido, que produz uma queda de pressão predeterminada no sistema. O capilar não possui partes móveis. Sistemas de Refrigeração Válvula de expansão Sistemas de Refrigeração Exercício: Ciclo ideal de Refrigeração 1) Um refrigerador utiliza R-134a como fluido de trabalho e opera em um ciclo de refrigeração por compressão de vapor entre 0,14 MPa e 0,8 MPa. Se a vazão mássica do refrigerante é for de 0,05 kg/s, determine a taxa de remoção de calor do espaço refrigerado ሶ𝑄𝐿 , a potência fornecida ao compressor ሶ𝑊𝑒𝑛𝑡 , a taxa de rejeição de calor para o ambiente ( ሶ𝑄𝐻) e o COP. 0,14 MPa 0,8 MPa Sistemas de Refrigeração Rendimento isentrópico de: Compressores Definida como a razão entre o trabalho considerando o processo isentrópico e o trabalho resultante do processo real. ENTROPIA Rendimento isentrópico de: Compressores 𝜂𝐶 = 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡𝑟ó𝑝𝑖𝑐𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝑤𝑠 𝑤𝑟 𝜂𝐶 = 𝑤𝑠 𝑤𝑟 = ℎ2𝑠 − ℎ1 ℎ2𝑟 − ℎ1 𝜂𝐶 ≈ 0,8 − 09 ENTROPIA Exemplo 2: Um refrigerador utiliza R-134a como fluido de trabalho e opera em um ciclo de refrigeração por compressão de vapor entre 0,12 MPa e 0,7 MPa. Se a vazão mássica do refrigerante é for de 0,05 kg/s. Mostre o ciclo T – s e determine a taxa de remoção de calor do espaço refrigerado ሶ𝑄𝐿 , a potência fornecida ao compressor ሶ𝑊𝑒𝑛𝑡 , a taxa de rejeição de calor para o ambiente ( ሶ𝑄𝐻) e o COP. Determine a temperatura para o estado 2r considerando o rendimento isentrópico do compressor de 0,9. Difere do ciclo ideal devido as irreversibilidades • Atrito do fluido • Transferência de calor Ciclo real de refrigeração Estado 1 • O fluido deve entrar no compressor como vapor saturado, entretanto não é possível controlar o estado do refrigerante de maneira precisa, por isso o refrigerante entra no compressor levemente superaquecido. Consequência: vapor superaquecido possui maior volume especifico, logo o compressor irá demandar mais trabalho para comprimir o refrigerante Ciclo real de refrigeração Processo 1 – 2 Aumenta a entropia devido as irreversibilidades do compressor Processo 1 – 3 Processo isentrópico (ideal) Processo 1 – 2’ Processo desejável, possível de ser realizado, resfriando o fluido no compressor. Ciclo real de refrigeração Estado 4 • O fluido deve sair do condensador como líquido saturado. Processo 4 – 5 : Sub-resfriamento do refrigerante Ciclo real de refrigeração Desprezando as perdas de carga e a transferência de calor nas tubulações Ciclo real de refrigeração Baixa perda de carga, as tubulações possuem baixo comprimento equivalente Utiliza-se isolantes nas tubulações. Exemplo 3: R134a entra no compressor de um refrigerador como vapor superaquecido a 0,14 MPa e -10 ℃, a uma taxa de 0,05 kg/s, e sai a 0,8 MPa e 50 ℃. O refrigerante é resfriado no condensador até 26 ℃ e 0,72 MPa e é estrangulado até 0,15 MPa. Desprezando a transferência de calor e a perda de carga nas linhas determina a taxa de remoção de calor do espaço refrigerado, a potência do compressor, eficiência isentrópica do compressor e o COP. Software – EES, Octave+CoolProp Conservação de alimentos 82% Aplicações do frio Conservação de alimentos Aplicações do frio Ar condicionado Aplicações do frio Ar condicionado Aplicações do frio Distribuição indireta Aplicações do frio https://carrierdobrasil.com.br/modelo/downloads/meu-negocio/17/aquaforce-30xw https://carrierdobrasil.com.br/modelo/downloads/meu-negocio/17/aquaforce-30xw ÇENGEL, Yunus A.; BOLES, Michael A. Termodinâmica. AMGH Editora, 2013. 1018 p. VAN WYLEN, G. J.; SONNTAG, R. E.; BORGNAKKE, C. Fundamentos da Termodinâmica. São Paulo: Blücher, 2013, 730 p. www.theengineeringmindset.com Referências