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1 Universidade De Brasília Instituto de Geociências MAPEAMENTO GEOLÓGICO 1 RELATÓRIO FINAL - ÁREA 2 Caio Rolim Constantino - 160115141 Júlio Cesar da Silva Castro-160051649 Marina Ribeiro de Abreu Mendes - 170041727 Teotônio Menezes Macedo - 190129689 Brasília, agosto de 2022 2 Sumário 1. introdução ............................................................................................................................ 3 1.1 Objetivos ................................................................................................................................. 3 1.2 Localização ............................................................................................................................. 4 2. Aspectos fisiográficos.......................................................................................................... 4 3.1.clima ................................................................................................................................................. 4 2.2. vegetação ........................................................................................................................................ 4 2.3. Geomorfologia ................................................................................................................................ 5 2.4. pedologia e uso do solo ................................................................................................................... 5 3. Geologia regional ................................................................................................................ 5 3.1 Província Tocantins .......................................................................................................................... 6 3.2 Faixa Basília ...................................................................................................................................... 6 3.3 Unidades Litoestratigráficas ............................................................................................................. 8 4. Metodologia ....................................................................................................................... 11 5. resultados ................................................................................................................................ 13 5.2Mapa Geológico Area 2 ................................................................................................................... 14 5.3 descrição de Fácies ......................................................................................................................... 15 5.4 correlação estratigráfica ........................................................................................................ 25 6 estrutural .................................................................................................................................. 26 6.1estruturas observadas ..................................................................................................................... 27 7 discussão e conclusão .............................................................................................................. 30 8 Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 31 Anexos ........................................................................................................................................ 33 anexo 1- Mapa geológico Integrado .................................................................................................... 33 3 Anexo 2- mapa de pontos .................................................................................................................. 34 Anexo 3- tabela de pontos ................................................................................................................... 34 1. INTRODUÇÃO Este é um relatório de atividades desenvolvidas disciplina de Mapeamento Geológico 1, realizada no 1º semestre de 2022 do curso de Geologia da Universidade de A disciplina foi composta de 10 alunos agrupados em 3 áreas, com 2 grupos de 3 alunos e 1 grupo composto por 4 alunos, com o intuito de produzir um mapa geológico integrado em escala 1:25000 de uma área de aproximadamente 48km. O trabalho contou com a coordenação e colaboração dos docentes Henrique Llacer Roig, Martino Giorgioni e Tati de Almeida. Afloram na região de mapeamento, rochas da porção superior do grupo Paranoá, que não ocorrem na seção tipo, rochas da formação Jequitaí e rochas da porção inferior do Grupo Bambuí. 1.1 OBJETIVOS O principal objetivo foi a elaboração de um mapa geológico integrado das 3 áreas mapeadas e descritas em um relatório final para a apresentação em seminário com banca examinadora. Objetivos secundários foram as práticas de atividades que englobam a aplicação de diversas técnicas, ferramentas e conhecimentos adquiridos até o presente período do curso de graduação em Geologia, sendo: técnicas de sensoriamento remoto, fotointerpretação, habilidades de mapeamento de campo como o uso de GPS de mão, uso de bússola geológica, descrição de rochas e feições, além de interpretações realizadas em campo. 4 1.2 LOCALIZAÇÃO A área se localiza 17 quilômetros ao norte do Distrito de Bezerra-GO e 12 quilômetros ao Sul do Povoado Pé da Serra-GO. Pertencentes ao Município de Formosa-GO, no extremo leste do estado de Goiás. O principal acesso para as áreas é às margens da Rodovia 020, no KM 48, próximo à entrada da Fazenda ecológica Bisnáu. Outro acesso seria na porção mais a oeste nas vias vicinais, próximo ao povoado de Crixalândia-GO. 2. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS 3.1.CLIMA A partir de dados coletados entre 1985 e 2015, na Estação Climatológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) instalada na zona urbana de Formosa, a temperatura média do mês mais frio acontece em junho, e atinge os 20°C, e a temperatura mais elevada no ano acontece em outubro (24,2°C). Os meses com maior precipitação pluviométrica são novembro, dezembro e janeiro, e os meses mais secos maio, junho, julho e agosto, sendo a quantidade média de chuva anual de 1.383 mm. 2.2. VEGETAÇÃO A partir de dados coletados entre 1985 e 2015, na Estação Climatológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) instalada na zona urbana de Formosa, a temperatura média do mês mais frio acontece em junho, e atinge os 20°C, e a temperatura mais elevada no ano acontece em outubro (24,2°C). Os meses com maior precipitação pluviométrica são novembro, dezembro e janeiro, e os meses mais secos maio, junho, julho e agosto, sendo a quantidade média de chuva anual de 1.383 mm. Figura 1- Mapa de localização da região de mapeamento e Area 2. 5 2.3. GEOMORFOLOGIA A geomorfologia da região, foi definida por Latrubesse e Carvalho (2006) em cinco unidades geomorfológicas, todas pertencentes a sistemas denudacionais :Superfícies Regionais de Aplainamento IVA e IIA (SRAIVA e SRAIIA), Zona de Erosão Recuante (ZER), unidade de Morros e Colinas (MC) e unidade de Estruturas Dobradas formando Hogbacks (HB). As Superfícies regionais de aplainamento formam-se a partir do arrasamento de uma porção do terreno entre determinadas cotas. Na área de estudo encontra-se a SRAIVA, que é uma unidade situada entre as cotas 400-800 m, gerada pelo arrasamento da SRAIIA (cotas 900-1250 m). Entre estas superfícies há uma ZER, região na qual se processa a erosão das superfícies de aplainamento mais antigas, gerando outras superfícies de aplainamento. Por esta característica, a ZER acaba funcionando como uma zona de transição entre diferentes superfícies. Dispersas pela área, há também unidades correspondentesa estruturas formadas por dobramentos (HB), nas quais o mergulho das rochas é superior a 20º, e outras associadas ao intemperismo diferencial das rochas (MC). 2.4. PEDOLOGIA E USO DO SOLO Segundo (Mendonça e Teixeira, 2020) devido as condições climáticas de precipitações sazonais elevadas, se deu a origem de três classes de solos dominantes na região de Bezerra: Latossolos, Cambissolos e Neossolos Litólicos. O uso do solo como pastagem possui a maior área no município, juntamente com o Cerrado sendo restrito e florestas de galeria. A área destinada a agricultura tem maior relevância no planalto do Bezerra e alguns pontos isolados do vale do Paranã. No local de mapeamento predomina a pastagem de gado e à extremo leste das áreas ocorrem grandes lavouras do tipo pivô radial 3. GEOLOGIA REGIONAL A área de estudo da disciplina de Mapeamento Geológico 1 2022/1, está situada em um contexto geológico denominada faixa Brasília, marcada pela abertura e fechamento de mares através da separação choque entre Crátons, durante o Neoproterozóico (Ciclo Brasiliano) que contribuiu para a consolidação da América do Sul. A Faixa Brasília pertence à Província Estrutural do Tocantins, e está próxima à borda ocidental do Cráton do São Francisco Figura 2- Mapa geomorfologico area 2, segundo a classificação de Latrubesse e Carvalho, 2006.Em vermelho a Superfície Regional de Aplainamento SRAIVA; Em azul Morros e Colinas (MC) e em Amarelo Estruturas Dobradas formando Hogbacks (HB). 6 Afloram na área de estudo, rochas mesoproterozóicas e neoproterozóicas pertencentes aos grupos Paranoá, Bambuí e formação Jequitaí, portanto essas unidades serão melhor analisadas e discutidas a seguir. 3.1 PROVÍNCIA TOCANTINS Situada entre os Crátons Amazônico e São Francisco e limitada a norte e a sul pelas bacias do Parnaíba e Paraná, a província estrutural Tocantins foi primeiramente sistematizada por Almeida et al. (1977,1981). Na luz dos dados da época, os autores descreveram que as rochas mais antigas dessa província datavam de 2.6 Ga, sendo composta por diversas gerações de gnaisses, rochas granulíticas, algumas ocorrências de migmatitos e granitóides de idades contrastantes e rochas metassedimentares. O reconhecimento de uma subdivisão com base em critérios estruturais também foi postulado, correspondendo a três regiões; a primeira sendo um núcleo mais antigo denominado Maciço de Goiás e duas faixas de dobramento que seriam as faixas Uruaçu-Brasília e Paraguai-Araguaia. O surgimento de um grande volume de dados de campo, juntamente com a evolução da qualidade dos dados geocronológicos propiciaram novas atualizações nas propostas originais, destacando-se aquelas de Fuck et al. (1993) e Fuck et al. (1994), cuja quais embasaram programas de mapeamento sistemático, como os de Schobbenhaus et al. (2003, 2004) e posteriormente a síntese de Hasui (2010), e sua visão sobre a setorização da província. Segundo essa visão, a compartimentação da província pode ser clarificada pela existência de três cinturões orogênicos; Brasília, Araguaia e Paraguai. Cada um desses cinturões foi posteriormente compartimentado em domínios tectônicos separados por zonas de cisalhamento. 3.2 FAIXA BASÍLIA A Faixa Brasília, possui aproximadamente 1200 Km de comprimento por 300 Km de largura e compõe um dos domínios da província Tocantins, correspondendo a sua porção leste e distribuindo-se na direção N-S junto ao limite oeste do Cráton do São Francisco. Figura 3- Domínios tectônicos da Província Tocantins (Hasui, 2010). 7 As evidências das análises estruturais e isotópicas levam a intepretação de que a edificação da Faixa Brasília resulta de episódios tafrogênicos e orogênicos diácronos que ocorreram entre 1.1 a 0.6 Ga como reflexo da interação entre os Crátons do São Francisco-Congo com o Paranapanema ao sul, assim como com o Amazônico ao norte. A primeira interação resultaria na Faixa Brasília Meridional (FBM), sendo que a segunda definiria a Faixa Brasília Sententrional (FMS) e Central. Os eventos terminariam com a consolidação da parte ocidental do supercontinente Gondwana durante o Cambriano-Ordoviciano (Valeriano et al. 2014). A sua compartimentação foi primeiramente proposta por Fuck (1994) e mais tarde analisada em termos estruturais por Uhlein et al. (2013) . São definidas três zonas; uma cratônica, uma externa e outra interna. Essas zonas são balizadas por importantes sistemas de falhas transpressivas, transcorrentes, de empurrão e inversas. A Zona Cratônica é definida como a porção sem ,ou , com baixa deformação. A Zona externa contém os metassedimentos dos Grupos Canastra, Paranoá, Ibiá, além dos Grupos Araí/Natividade e porções do seu embasamento situados mais ao norte da faixa. Já a Zona interna corresponde essencialmente aos Grupos Araxá e Serra da Mesa, partes do embasamento, referentes ao Maciço de Goiás intensamente deformados, assim como complexos máfico- ultramáficos e sequências vulcanossedimentares. Todas essas unidades mostram uma polarização da deformação com a intensidade decrescendo de leste a oeste rumo a zona cratônica (Uhlein 2013). Diversos indicadores de deformação, como lineações e foliações metamórficas são características de cada zona e utilizadas como parâmetros de intepretação da intensidade do metamorfismo. Figura 4-Mapa estrutural simplificado da faixa Brasília marcando as porções interna e externa 8 3.3 UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS A geologia de Bezerra, município de Formosa- GO, envolve as três sequências sedimentares proterozóicas mais extensas no Brasil Central - grupos Paranoá, Bambuí e Formação Jequitaí. 3.3.1 Grupo Paranoá Estendendo-se desde a região de Alto Paraíso a norte, até Cristalina, em uma faixa E-W de cerca de 200 km, o Grupo Paranoá compreende predominantemente psamitos e pelitos. Dardenne & Faria (1995) propuseram uma coluna estratigráfica (Segundo a seção-tipo) para o Grupo Paranoá composta por 11 unidades denominadas, da base para o topo, Ribeirão São Miguel ,Córrego Cordovil ,Serra da Boa Vista ,Serra Almécegas ,Serra do Paranã, Ribeirão Piçarrão ,Ribeirão do Torto ,Serra da Meia-Noite ,Ribeirão Contagem, Córrego do Sansão e Córrego do Barreiro . Na Região de Bezerra e Cabeceiras, Guimarães ,1997 identificou e descreveu uma sequência de metasedimentos terrígenos com pequena contribuição carbonática, na qual se destacam níveis glauconíticos e Arenitos arcósesos e ritmitos .Tal sequência foi atribuída a porção superior do Grupo Paranoá, porém não ocorre na seção tipo descrita por Dardenne & Faria (1995). Essa sequência do Grupo Paranoá foi descrito nas seguintes unidades: 1) Quartzito Inferior: Arenitos ortoquartzíticos brancos, puros de granulação média e poucos feldspatos 2) Ritmito Inferior: Intercalações de siltitos e arenitos finos a grossos com lentes carbonáticas e dolomíticas. 3) Nível Arcoseano: Constituído por níveis de Arenito arcóseo e sub-arcóseo médio à grosso, moderadamente selecionado, intercalações de conglomerados finos com seixos e grânulos de feldspatos, quartzo e fragmentos líticos. Incluídos os siltitos, dolomitos e folhelhos. Figura 5-Nomenclatura litoestratigráfica na Bacia do São Francisco. ATP, Sequência Arcoseana topo Paranoá; Qzt., Quartzito; PI-C, Unidade Pelito-carbonatada. Ma, idade em zircão detrítico. Adaptada de (Faria, 1995; Martins, 1999; Zalán e Romero Silva, 2007). 9 4) Ritmito Superiros: É formado por siltitos laminados, intercalações rítmicas de siltito, argilito e arenito. Corpos lenticulares de arenitos grossos, folhelhos pretos, níveis glauconíticos, além de lentes carbonáticas, por vezes estromotolíticas. Segundo Dardenne (2000), idades obtidas por U-Pb para essa unidade, indicam uma idade de sedimentação entre 1.2 Gaa 900 Ma. A região de Bezerra mostra um padrão dobrado evidenciado por colinas orientadas NW-SE. A porção superior do Grupo Paranoá é composta majoritariamente por ritmito, argila e lamas carbonatadas. Esta sucessão superior mostra uma tendência geral ascendente no tamanho do grão e alta textura e mineralogia maturidade e indica redução de energia e deposição aluvionar (Seraine et.al.2020). Segundo Campos e cols. (2013) a parte superior é interpretada como um ambiente marinho transgressivo. O Nível Arcóseo contrasta com esta tendência, sendo textura e mineralogicamente imaturo, e seu significado na história evolutiva da bacia ainda não é claro. Quanto a posição estratigráfica dessas litologias do grupo Paranoá, que ocorrem na área 2, a Guimarães (1997), descreveu e propôs que as litologias Ritmito Superior, Nível Arcóseo, Ritmito inferior e quartzito superior, pertencessem ao topo do Supergrupo Paranoá. A partir da análise de isótopos U/Pb de zircões encontrados na área por Seraine et. al. ,2020, foi possível atribuir o Ritmito Superior e o Nível Arcóseo à Fm. Córrego do Barreiro, já o Ritmito inferior e o quartzito superior foram atribuídos a Fm. Córrego do Sansão e Fm. Ribeirão Contagem, respectivamente. 3.3.2 Formação Jequitaí Entre o topo do Grupo Paranoá e a base do Grupo Bambuí, que o sucede, ocorre de forma descontínua a Formação Jequitaí, com espessura inferior a 50 metros recoberta por carbonatos dolomíticos (Alvarenga & Trompette 1992, Alvarenga et al. 2007). Alguns autores separam a Formação Jequitaí do Grupo Bambuí por questões diversas, e alguns até a inserem como pertencente ao grupo macaúbas. Couto & Bez (1978) discutiram a questão com argumentos estratigráficos e paleoclimáticos. Contudo, a estratigrafia de sequências e a confirmação da possibilidade de gênese de carbonatos em ambientes frios Figura 6- Coluna estratigráfica do Grupo Paranoá, correlacionado o Nível Arcóseo- da regiao de regional de paleocorrentes. (seraine et. al. ,2020) 10 (dolomitos de capa) permitem afirmar que rochas glaciogênicas e carbonatos estejam associados em termos ambientais e temporais, pertencendo à mesma sucessão sedimentar. Repousa em discordância erosiva sobre unidades distintas em paleovales do Grupo Paranoá, sendo, dessa forma, útil na caracterização do paleo relevo pré-brasiliano. Possui caráter descontínuo e localmente apresenta espessura máxima de 36 m, podendo variar regionalmente de 0 a 150 m (Uhlein et al. 2004, Cukrov et al. 2005). Diversos autores têm atribuído origem glacial às rochas da Formação Jequitaí (Uhlein et al. 1999, Martins-Neto et al. 1999, Rocha-Campos & Hasuí 1981), baseados nas feições sedimentares que esses registros apresentam e nas ocorrências correlatas em várias localidades. Sua localidade tipo (Jequitaí, MG) foi inicialmente interpretada como glacio-terrestre (Karfunkel & Hoppe 1988) e posteriormente como glacio-marinho (Uhlein et al. 1999, Martins-Neto et al. 1999, Uhlein et al. 2004). Nas demais em que ocorre, a variação dependendo das feições que apresenta ou da diferença de interpretação de feições similares por cada autor. Karfunkel & Hoppe (1988) ilustram a heterogeneidade lateral dos sedimentos glaciogênicos na Formação Terra Branca, onde relatam tilitos terrestres (fácies Jequitaí) a Oeste, seguidos por fácies glaciomarinhas (fácies Cagaratiba) e, finalmente, sedimentos marinhos (fácies Turmalina) a Leste. Na região de bezerra a Formação Jequitai é identificada como níveis descontínuos de Diamictitos. Entretanto, outras rochas, são também atribuídas a essa unidade, como: Siltitos vermelhos laminados ou maciços, Margas, Dolomitos e Arenitos. Os Diamictitos são compostos principalmente por clastos angulosos, milimétricos á Decimétricos de Quartzito, Arenito, Dolomitos, Arcóseos e Rochas de composição Granítica. Os clastos são sustentados por uma matriz siltico-argilosa-carbonática, de coloração esverdeada a vermelha. Essa formação polêmica vem sendo interpretada como representante de um evento glacial, ocorrido entre 900-500 Ma .Rochas glaciogênicas são conhecidas em sucessões Neoproterozóicas em vários continentes, evidenciando eventos climáticos globais, distribuídas nos períodos glaciais do Sturtian (~760-700Ma) e do Marinoan (~620-520 Ma). 3.3.3 Grupo Bambuí Sequência psamo-pelítico carbonatada depositada em bacia intracratônica em mar epicontinental, subdividida em seis formações da base para o topo (Costa & Branco, 1961 e Dardenne, 1978),Sete Lagoas (facies mistas pelitos-carbonatadas, e margas com granocrescência ascendente ), Serra de Santa Helena Figura 7-Coluna Estratigráfica situando a Formação Jequitaí associada aos Grupos Bambuí e Paranoá na região de Bezerra. 11 (siltitos, folhelhos e margas esverdeados , com estratificação e laminação plano-paralela), Lagoa do Jacaré (calcários oolíticos a pisolíticos, brechas intraclásticas com marcas onduladas e estratificações cruzadas e margas intercaladas com siltitos e folhelhos esverdeados .Serra da Saudade (siltitos, siltitos argilosos e folhelhos de cor esverdeada, finamente laminados) e Três Marias (arcóseos, arenitos, com estratificações cruzadas acanaladas e sigmoidais siltitos esverdeados, lentes de argilitos). A porção superior do Grupo Bambuí é marcada pelo desaparecimento abrupto de fácies carbonáticas (Alvarenga et al 2012), e há, predominantemente, pelitos com camadas pouco espessas de arenito na formação Serra da Saudade seguida por pelitos com arenito arcóseo da formação Três Marias. Essa sequência superior do Grupo Bambuí interpretada como parte distal de uma sequência progradante de terrígenos marinhos em uma plataforma dominada por tempestades, finalizada por depósitos flúvio-deltaicos da Formação Três Marias cujos sedimentos foram depositados por influência de tempestade e ondas (Chiavegatto, 1992, Martins, 1999; Martins e Lemos, 2007). A interpretação de que grande parte do Grupo Bambuí se contextualiza em uma bacia de antepaís é atestada pelas idades U-Pb de ~640 Ma de zircões detríticos apresentadas por Rodrigues (2008) e Pimentel et al. (2011), caracterizando-o como coevo à orogenia da faixa Brasília. 4. METODOLOGIA A metodologia empregada neste trabalho se baseou na divisão em três etapas: pré-campo, campo e pós-campo. Na primeira etapa foram feitas atividades de escritório (geoprocessamento e levantamento bibliográfico), as quais visam a organização e o planejamento de campo de modo a facilitar o Figura 8-Coluna estratigráfica do Grupo Bambuí, que pertence ao supergrupo São Francisco-Mora (2015). 12 entendimento da área a ser mapeada. Já a segunda etapa consiste no mapeamento geológico em si, de modo a observar as litologias, estruturas e outros tipos de feições geológicas em campo, para que assim, pudesse gerar um mapa geológico final. Por fim, a etapa pós-campo tratou da análise e interpretação dos dados coletados, com o intuito de confeccionar um relatório final e apresentar o trabalho para uma banca examinadora. 4.1 PRÉ-CAMPO Etapa pré campo teve como principal objetivo o reconhecimento do local e o contexto geológico a partir da leitura de materiais referentes a geologia regional e da análise fotogeológica da área de estudo. A fotointerpretação possibilitou o reconhecimento preliminares de residências, drenagens e acessos. O planejamento de campo, o qual englobou a confecção do mapa base, do mapa foto interpretado da área e do mapa geológico preliminar, de modo que esses materiais auxiliassem durante a navegação em campo e no trabalho de escritório. 4.2 CAMPO Com o auxílio dos produtos cartográficos gerados na etapa pré-campo, pode-se definir caminhamentos diários na área de estudo. Durante os caminhamentos, a cada afloramento encontrado,sistematicamente, amostras de rochas eram descritas, planos de acamamento e fratura eram aferidos com a bússola geológica, coordenadas eram registradas por GPS de mão e um ponto era plotado no mapa impresso de campo, as amostras e o afloramento eram fotografados com escala. Perfis e colunas estratigráficas eram desenhados simultaneamente com o caminhamento á medida que variavam as unidades litológicas. No final de cada dia, os dados de litotipo, atitudes e contatos litológicos eram plotados em um mapa impresso integrado. Dessa forma no fim desta etapa, já se tinha um mapa geológico preliminar impresso. 4.3 PÓS-CAMPO Na etapa pós campo, compilou-se os dados de todas áreas e foi produzido um mapa geológico digital integrado, incluindo as litologias e características estruturais observadas em campo. Para tal, foram utilizadas técnicas e ferramentas de geoprocessamento, a partir do software ArcGis Pro. As medidas estruturais foram plotadas em estereogramas a partir do software OpenStereo . O diálogo e trabalho em equipes foram essenciais para uma boa interpretação do contexto geológico. A confecção do presente relatório e a realização de uma apresentação a uma banca examinadora, fecharão essa etapa final. 13 5. RESULTADOS 5.1 ZONAS HOMÓLOGAS Zona homóloga 1: Zona com baixa densidade de elementos estruturais e texturais, Possui uma rede de drenagem de densidade baixa, com sinuosidade curva, com angularidade baixa, tropia bidirecional, assimetria fraca, não foram encontradas formas anômalas. A encosta horizontal com intensidade baixa, grau de tropia baixo, com densidade da lineação em série nula. Zona Homóloga 2: Zona com presença de elementos estruturais e texturais, rede de drenagem com densidade baixa, sinuosidade mista, angularidade baixa, unidirecional, assimetria baixa. A encosta é do tipo reta com intensidade média, grau de tropia moderado, densidade da lineação em série moderada. Zona Homóloga 3: Zona com presença marcante de rede de drenagem no padrão dendrítico, com densidade alta, com sinuosidade mista, angularidade média, tropia multidirecional, assimetria fraca, alguns arcos. Encosta concava, com intensidade média, grau de tropia baixo, densidade de lineação em série baixa. Zona homóloga 4: Rede de drenagem presente na zona, com padrão de drenagem mais paralela, com densidade média, com sinuosidade mista, angularidade baixa, tropia unidirecional, assimetria fraca, possui um meandro isolado e arco. Encosta horizontal de intensidade baixa, não foi percebido nenhum tipo de lineação na zona em questão. Zona Homóloga 5: Rede de drenagem ausente na zona descrita. No entanto marcante presença de elementos estruturais como as lineações em feixe e série. Encosto do tipo convexa de intensidade alta, grau de ordenamento moderado, com densidade alta da lineação em série. Zona Homóloga 6: Zona com uma rede de drenagem de baixa densidade com um padrão do tipo dendrítica, curvos, angularidade alta, multidirecional, assimetria fraca. Encosta convexa de alta intensidade, sem presença de lineações na zona. Figura 9-Mapa de zonas homólogas da área 2. 14 Zona homóloga 7: Zona com ausência de rede de drenagem, com encosta reta de alta intensidade, possui lineações em feixe e em série, com ordenamento moderado, com densidade alta das lineações em série. Zona homóloga 8: Zona com uma presença marcante da rede de drenagem de padrão treliça com alta densidade, retilíneos, bidirecional, com assimetria forte, tipo de encosta reta de alta intensidade, grau de tropia moderado, densidade de lineação em série alta. Zona Homóloga 9: Zona com rede de drenagem Paralela de alta densidade, sinuosidade mista, angularidade média, unidirecional, assimetria fraca. Tipo de encosta reta de alta intensidade, grau de tropia moderado, densidade de lineação em série moderada. Zona Homóloga 10: Rede de drenagem com densidade baixa, sinuosidade curvo, angularidade baixa, tropia unidirecional, assimetria fraca, alguns meandros isolados e cotovelos. Tipo de encosta horizontal, nula, com grau de tropia nulo e lineações em série nula. 5.2MAPA GEOLÓGICO AREA 2 Mapa Geológico e Perfil da área 2 15 5.3 DESCRIÇÃO DE FÁCIES Tabela de facies: Grupo Formação Fácies Descrição Estruturas sedimentares Sigla Paranoá Quartzito inferior Quartzoarenito Siliciclástica de granulomertia areia média com textura sacaroidal Estratificação plano paralela Q Paranoá Ritmito inferior Dolomito Cristalino Carbonática dolomítica Estratificação plano paralela D Paranoá Ritmito inferior Dolomito Calcário Carbonática dolomito calcário com estruturas de tração Estratificação plano paralela Dc Paranoá Ritmito inferior Marga Clástica carbonática com silte Laminação plano paralela M Paranoá Ritmito inferior Quartzorenito com silte Siliciclástica de granulometria lama a areia fina Laminação plano paralela Qs Paranoá Unidade arcósio Quartzoarenito Siliciclástica clasto suportada de granulometria areia fina a média, pode ter fragmentos líticos Estratificação plano paralela, gretas de sinerese Ql Paranoá Unidade arcósio Arcóseo Siliciclástica cuja granulometria varia de areia média a grossa Estratificação varia de cruzada a revirada A Paranoá Unidade arcósio Subarcóseo conglomerático SIliciclástica clasto suportada de granulometria areia média a seixo Estrutura maciça Sc Paranoá Ritmito superior Siltito SIlicilcástica de granulometria argila Laminação plano paralela S Bambuí Jequitaí Diamictito SIliciclástica matriz suportado de granulometria lama a matacão Estrutura maciça Di Bambuí Jequitaí Siltito com areia Siliciclástica de granulometria lama com lentes de rocha clástica de granulometria areia fina Laminação plano paralela Sa Bambuí Sete Lagoas Calcilutito recristalizado Clástica carbonática de granulometria lama com recristalização Estratificaçao ondulada Cr Bambuí Sete Lagoas Calcarenito com estrutura de tração Clástica carbonática de granulometria areia fina com estruturas de tração Estratificação plano paralela Ct Bambuí Santa Helena Siltito com mica Siliciclástica de granulometria lama com mica detrítica Laminação plano paralela Sm Grupo Paranoá Separado nas quatro unidades a seguir, descritas por Guimarães, 1997; e Costa-Neto, 2006. Quartzito Inferior Unidade estratigráfica inferior do Grupo Bambuí, encontrada em curto trecho na Área 2 que está relacionado à parte superior interna da Zona Homóloga 3. Fácies Quartzarenito (Q) Os principais afloramentos dessa rocha foram observados no topo do morro a oeste da área. Foi encontrado um afloramento de dimensão plurimétrica, alterado pelo intemperismo. A camada é contínua, mas não é possível observar contato com outras litologias, pois a camada está coberta por solo. 16 Rocha de textura clástica, siliciclástica, com grãos de tamanho areia muito fina a grossa, de seleção moderada (Figura 10). A rocha apresenta textura sacaroidal, os grãos estão envoltos por cimento silicoso, e, portanto, não é possível avaliar arredondamento e esfericidade. Grão suportada, composta unicamente por grãos de quartzo. Trata-se de um quartzarenito. Como característica marcante, a rocha é bastante friável, e frequentemente apresenta estratificações cruzadas tabulares. Figura 10 – (a) Amostra de mão da fácies Q. (b) Afloramento da fácies Q. Levando as características acima descritas em conta, é possível interpretar que a deposição desta unidade ocorreu em sistema de fluxo moderado unidirecional. Ritmito Inferior A unidade do Grupo Paranoá com maior frequência de afloramentos encontrados na Área 2. Pode ser relacionada ao restante da Zona Homóloga 3, e às Zonas Homologas 6 e 8. Fácies Dolomito cristalino (D) Essa rocha foi mais evidente próxima à uma drenagem entre dois morros ao extremo leste da área, dentroda fazenda Bisnau. As camadas são de dimensão métrica a plurimétrica com continuidade lateral frequente, raramente ocorre como blocos rolados. Rocha de textura cristalina, carbonática, de composição dolomítica. Os cristais são submilimétricos de forma subangular. É um dolomito cristalino (Figura 11). 17 Figura 11 – (a) Amostra de mão da fácies D, com planos de fratura. (b) Afloramento da fácies D. Fácies Dolomito Calcáreo com estruturas de tração (Dc) Essa rocha foi observada próxima à onde está o dolomito cristalino, mas comumente aparece como bloco rolado. Rocha de textura clástica, categoria carbonática, de granulometria silte/argila, não sendo possível ver os grãos. Há uma intercalação entre lâminas plurimilimétricas de composição aparentemente diferente, testada pela aplicação de HCl à concentração 10%. As lâminas de composição dolomítica parecem ter granulometria mais fina que as de calcário. Em certos afloramentos foram encontradas estruturas de compactação, e estratificação plano paralela exclusiva à fração calcítica. Dolomito calcáreo com estruturas de tração (Figura 12). Figura 12 - (a) Amostra de mão da fácies Dc. (b) Afloramento da fácies Dc, onde é visto o acamamento e planos de fratura. Fácies Marga (M) Essa rocha foi observada onde tem os dolomitos cristalinos e dolomitos calcários, e também no morro na região central da área. São afloramentos de camadas que não apresentam continuidade. 18 Rocha clástica de categoria mista, carbonática e siliciclástica, não sendo possível separar uma parte da outra. Os grãos não são visíveis à lupa. Ocorre a intercalação entre lâminas milimétricas de cor amarelada, com lâminas centimétricas de cor bege (Figura 13), em que ambas as partes reagem ao ácido. A rocha foi nomeada Marga laminada. Figura 13– Amostra de mão da fácies M, onde é possível ver as laminações Fácies Quartzoarenito fino (Qf) Essa rocha foi observada nos 3 corpos em baixas altitudes, é comum principalmente onde há pouca vegetação, os afloramentos são contínuos, mas estão cobertos por solo Rocha clástica, de categoria siliciclástica. Grãos de tamanho areia muito fina a fina, clasto suportada com matriz siltosa. Seleção moderada, grãos subangulosos de baixa esfericidade. Arenito Siltoso (Figura 14). Figura 14 – (a) Amostra de mão da fácies Qf. É possível notar a diferença entre a rocha fresca e a camada intemperizada. (b) Afloramento da fácies Qf, onde são observadas camadas centimétricas. 19 As fácies atribuídas ao Ritmito Inferior podem ser relacionadas ao processo deposicional de decantação, o que significa que ocorreu em um sistema de baixa energia. Possivelmente houveram curtos eventos de aumento de energia, que justificam a deposição da fácies Qf. Nível Arcoseano Unidade litológica correspondente às Zonas Homólogas 2, 5 e 7. Fácies Quartzarenito (Ql) São rochas que aparecem principalmente como blocos rolados próximos ao topo dos corpos de alto relevo ao oeste, centro e leste da área. Rocha clástica, siliciclástica. Granulometria variando de areia fina até areia média, bem selecionada; os grãos são subarredondados, de alta esfericidade. Em alguns casos a rocha estava em processo de recristalização. Composta de quartzo e fragmentos líticos, a rocha foi classificada como um Arenito Médio (Figura 15). Em um afloramento apresentava gretas de sinerese. Figura 15– (a) Amostra de mão da fácies Ql. (b) Afloramento com estrutura sedimentar. Fácies Arcóseo (A) Comumente ocorre junto com as fácies Ql e Sc, mas também aparece como bloco rolado. Esta rocha clástica, siliciclástica, apresenta grãos com tamanho variando de areia fina até areia grossa, em seleção moderada. É clasto suportada, e possui grãos angulosos e de baixa esfericidade; por vezes apresentava alguma porosidade intergranular. Composta por quartzo e feldspato, este em quantidade variando de 5% a 35%, esta fácies é composta por Subarcóseos e Arcóseos, imaturos textural e composicionalmente. Foram vistas estruturas de tração, como laminação revirada e laminação cruzada acanalada (Figura 16). 20 Figura 16 – (a) Amostra de mão da fácies A. Nota-se o feldspato bastante alterado. (b) Afloramento da fácies A com estratificação convoluta. Fácies Subarcóseo Conglomerático (Sc) Essa rocha também foi observada como blocos rolados em condições similares às das fácies QI e A. Rocha clástica, siliciclástica, com grãos variando de areia média até seixos, pobremente selecionada. O suporte é feito pelos grãos, que são subarredondados, de baixa esfericidade (Figura 17). Composta principalmente por quartzo, com a porcentagem de feldspato alcançando no máximo 20%. Subarcóseo conglomerático com areia. Figura 17 – (a) Amostra de mão da fácies Sc, com detalhe em grão de quartzo tamanho grânulo. (b) Afloramento da fácies Sc com capa de intemperismo. Essa associação de fácies sugere que a deposição do Nível Arcoseano ocorreu por correntes predominantemente unidirecionais, sob fluxo de alta energia. As eventuais laminações reviradas indicam que houve mudança na direção do fluxo durante a deposição da fácies A. Ritmito Superior 21 No topo do Grupo Paranoá, esta unidade só foi vista na Área 2 em um único afloramento, porém foi significativo o suficiente para entrar na estratigrafia descrita. Fácies Siltito (S) Essa rocha foi observada na subida do morro ao leste da área, próximo à entrada da fazenda Bisnau.Rocha de textura clástica, de categoria siliciclástica. Os grãos não eram visíveis, mas a sensação ao toque sugere que a granulometria principal é de tamanho silte, o que leva a recha a ser nomeada um Siltito (Figura 18). Figura 18 – (a) Amostra de mão da fácies S, com plano de fratura. (b) Afloramento da fácies S, onde é possível ver a conjugação de planos de fratura em padrão losangular. A escassez de afloramentos dessa unidade prejudica a sua interpretação, principalmente ao considerar que o Ritmito Superior na verdade contém uma grande variedade de fácies. Ainda assim, fazendo uma associação ao trabalho de Guimarães, 1997, é possível inferir que a deposição da fácies S ocorreu em situação de aumento da profundidade da água, com o ambiente se tornando cada vez mais calmo e profundo. Formação Jequitaí Aflorante em um único ponto, exatamente no contato com o Nível Arcoseano do Grupo Paranoá. Foi possível descrever duas fácies. Ambas fácies são do mesmo afloramento localizado no leito do rio Bisnau, próximo ao morro da região central do mapa. Fácies Siltito com lentes de areia (Sa) Rocha de textura clástica, siliciclástica, de granulometria silte com lentes arenosas chegando até areia fina, de grãos angulosos e de baixa esfericidade. Siltito com lentes de areia (Figura 19). Essa rocha é a mais abundante e mais evidente no afloramento com camadas de espessura centimétrica e com extensão plurimétrica. 22 Figura 19 – (a) Amostra de mão da fácies As. Apesar do desfoque, é possível notar a granulometria fina. (b) Afloramento das fácies Sa e Di, mostrando as duas direções de planos de fratura. Fácies Diamictito (Di) Rocha de textura clástica, siliciclástica, com grãos em tamanho grânulo até seixo, dispersos em uma matriz siltosa, portanto, é muito mal selecionada (Figura 20). Os grãos são angulosos com baixo grau de esfericidade, e grande variedade composicional, existindo clastos de quartzo, feldspatos, e fragmentos líticos tanto siliciclásticos como também carbonáticos. É matriz suportada. Pode ser classificada como um Diamictito. Essa rocha é pouco evidente no afloramento, mas as camadas são de espessura centimétrica a pluricentimétrica. Figura 20 – (a) Amostra de mão da fácies Di. (b) Afloramento que mostra as fácies Sa e Di intercaladas, com planos conjugados de fraturas. É consenso entre pesquisadores (Isotta et al, 1969; Hettich & Karfulkel, 1978;Walde, 1978; Dardenne & Walde, 1979; Hoppe et al, 1984; Karfulkel & Hoppe, 1988) afirmar que as fácies da Formação Jequitaí correspondem a processos típicos de ambientes de glaciação. As fácies Sa e D provavelmente estão relacionadas ao final da glaciação, resultantes dos processos de degelo. Grupo Bambuí 23 Na presente área de estudo, é representado por duas Formações, descritas a seguir. Formação Sete Lagoas Correspondente à porção leste central e oeste central da área. São, em grande parte planícies onde provavelmente tinha camadas de silte as quais foram intemperizadas, formando solo que cobre a rocha o que impossibilita a observação de afloramentos de siltito. Fácies Calcilutito recristalizado (Cr) Rocha clástica carbonática, com grãos invisíveis à lupa, se tratando de lama micrítica de composição calcítica. São visíveis minúsculos pontos brilhantes, que indicam um grau leve de recristalização (Figura 21). Essas rochas foram observadas na planície ao leste da área em morrotes onde há poucas árvores as quais parecem estar queimadas durante a seca, e as camadas são de espessura centimétrica a pluricentimétrica. Figura 21 – (a) Amostra de mão da fácies Cr. (b) Afloramento da fácies Cr, onde é destacado o eixo de uma dobra. Fácies Calcarenito com estruturas de tração (Ct) Clástica, carbonática, grãos areia fina muito bem selecionada. Os clastos são subarredondados e apresentam baixa esfericidade (Figura 22). A composição é calcítica. Em diversos afloramentos, foram vistas estruturas de tração como estratificações plano paralelas e cruzadas. Essas rochas foram observadas em um morrote próximo ao do calcilutito, na porção central da área, as camadas são de espessura pluricentimétrica a métrica. 24 Figura 22 – (a) Amostra de mão da fácies Ct. (b) Afloramento da fácies Ct com uma dobra em foco. Sugere-se que a deposição destas fácies da Formação Sete lagoas tenha ocorrido em ambiente de águas rasas, com predomínio de baixa circulação, porém as estruturas de tração mostram associação com condições de energia um pouco mais alta. Formação Serra de Santa Helena Condiz com a parte do extremo leste da área. Fácies Siltito com mica detrítica (Sm) Rocha de textura clástica, siliciclástica, caracterizada por uma intercalação entre lâminas submilimétricas a milimétricas com variação granulométrica entre silte e argila (Figura 23). Ao fim de cada ciclo encontram-se planos de micra detrítica. Essas rochas estão cobertas por solo no extremo oeste da área, mas é possível observar afloramentos em áreas com alteração antropológica que o solo foi cavado para armazenar água para gado. As camadas são milimétricas a centimétricas e é bem evidente a cor rósea. 25 Figura 23– (a) Amostra de mão da fácies Sm. É possível ver as laminações. (b) Afloramento da fácies Sm no chão. A interpretação dada a esta fácies é que a sua deposição ocorreu por processo de decantação sob águas tranquilas, com ritmicidade sazonal. 5.4 CORRELAÇÃO ESTRATIGRÁFICA Após as descrição e classificação das fácies foi possível interpretar as relações estratigráficas e associar essas fácies às formações do Grupo Paranoá, Bambuí e à formação Jequitaí com base no trabalho de Guimarães 1997. Em relação ao grupo Paranoá, a fácies Q foi associada à formação Quartzito Inferior por se tratar de um quartzo arenito e estar abaixo de uma camada de ritmito, enquanto as fácies D, Dc, M e Qs foram definidas como parte da formação Ritmito inferior, visto que essas rochas estão presentes onde há pouca vegetação, pela presença de dolomito associado ao carbonato e pelo arenito com silte que é diferente do quartzo arenito. O principal indício que as fácies Ql, A e Sc fazem parte da unidade nível arcoseano é que as rochas dessas fácies apresentam feldspato na composição e frequentemente afloram com diversas estruturas sedimentares evidentes, como: estratificação plano paralela, estratificação cruzada acanalada, estratificação revirada e convolutas. Já a fácies S foi associada ao ritmito superior por apresentar camadas de silte em contato acima do nível arcoseo e que não estavam associadas a arenito como no ritmito inferior. Em relação à formação de jequitaí, foram incorporadas as fácies Dm e Sa principalmente por conta da presença de uma rocha composta por fragmentos líticos angulosos, indicando um ambiente de alta energia, e também por ter siltito com lentes de areia média que é diferente do observado no ritmito inferior. Outro fator importante é o contato com rochas da Unidade nível arcóseo. Por fim, em relação ao Grupo Bambuí, as fácies Cr e Ct foram associadas à formação Sete Lagoas, por estar acima estratigraficamente, em relação ao nível Arcóseo, e por ser rochas clásticas 26 predominantemente carbonáticas. Já a fácies Sm foi associada à formação Serra da Santa Helena por conta da presença de mica detrítica e por estar acima, estratigraficamente, em relação a Fm. Sete Lagoas. 6 ESTRUTURAL A área de mapeamento está inserida porção externa da Faixa de Dobramentos Brasília (Fig.4).Nesse contexto compressivo ,as rochas dessa porção costumam se encontrar em baixo grau de metamorfismo com dobras assimétricas , apresentando vergência para leste ,em direção ao Cráton São Francisco. Serras alinhadas na direção padrão NNW e SSE se destacam na região pelos tamanhos e forma alongadas. As serras foram identificadas nesse estudo como sendo grandes anticlinais .Entre as serras ocorrem baixadas planas que foram identificadas como grandes sinclinais. Os grandes anticlinais são formados por metassedimentos predominantemente terrígenos da porção superior do grupo Paranoá. Uma unidade descrita como Arenito Arcóseo sustenta o relevo serrano apresentando uma boa resistência à erosão . Já os grandes sinclinais são formados pelos metassedimentos terrígenos e carbonáticos o grupo Bambuí e Fm. Jequitaí. As rochas dessas unidades possuem no geral, uma baixa resistência à erosão e intemperismo configurando relevos planos. De uma forma geral, todas as unidades na Área apresentam-se em dobras normais abertas assimétricas, com flancos mergulhando aproximadamente, para Leste e Oeste. Os flancos Leste possuem maior mergulho variando 50°-75° já os flancos Oeste menor mergulho variando entre 30°-45°.O eixo é orientado NNW-SSE com baixo mergulho para NNW , na porção norte da área, e com baixo mergulho para SSE na porção sul. Por definição, diferentes tipos de rochas respondem de maneira distinta os esforços compressivos. Os fatores que controlam a deformação e geometria das dobras depende: Das propriedades mecânicas das litologias, do contraste de competência, da espessura entre as camadas adjacentes e do volume de material envolvido. Dentre esses fatores o que mais se destaca é a Competência. Camadas mais competentes respondem de maneira rígida e se deformam com mais dificuldade, estando mais sujeitas a falhamentos e fraturas, quando o limite de plasticidade é excedido. Por outro lado, camadas incompetentes respondem de maneira mais plástica deformando com mais facilidade e dobrando-se mais intensamente. Dessa forma uma ordem de competência decrescente pode ser atribuída as Formações geológicas da área: Quartzito inferior > Nível Arcóseo > Fm. Jequitaí > Ritmito Inferior > Fm. Sete Lagoas > Fm. Serra de Santa Helena > Ritmito Superior. No entanto, tal ordem pode variar localmente com a mudança de fácies de cada unidade. A partir do contraste de competência, durante o dobramento pode ocorrer o deslizamento flexural, quando os estratos mais competentes deslizam sobre outros menos competentes. O deslizamento flexural produz, lineações nas camadas (Sliken lines), Dobras parasíticas (2° ordem) e espações vazios nas zonas de charneira. 27 6.1ESTRUTURAS OBSERVADAS Com base nos conceitos de competência e deslizamentoflexural acima, pode-se apresentar as diferenças entre os padrões de dobras nas rochas da região. Quartzito inferior- Apenas um afloramento encontrado dessa unidade, um quartzo-arenito apresentavam-se como uma charneira curva de uma dobra normal aberta anticlinal assimétrica, de primeira ordem, com vergência para leste. Medidas aproximadas dos flancos foram aferidas. Flanco oeste: 245°/25° Flanco Leste: 064°/42. É um tanto raro encontrar as charneiras bem preservadas dessas unidades, por serem mias competentes fraturamentos costumam ocorrer tornando a charneira mais susceptível à erosão. Nível Arcóseo: Diversos afloramentos foram descritos, sempre se encontrava apenas um dos flancos, com uma certa dificuldade de encontrar planos preservados e aferíveis e “in situ”. No entanto com as medidas aproximadas dos flancos foi possível classificar as dobras dessa unidade em: Dobra normal aberta, assimétrica de primeira ordem. Fm. Jequitaí: O único afloramento dessa unidade exibia o contato concordante com o Nível Arcóseo. Foi identificado apenas um flanco com atitude 180°/30, próximo a região de charneira e fechamento de uma dobra anticlinal. Fraturas com strike 070°/83° e 350°/80°, também foram observadas. Ritmito Inferior: Foram vistos vários afloramentos, no geral as fácies terrígenas de camadas intercaladas de silte e areia fina apresentavam um padrão de dobras parasíticas normais, apertadas ou abertas com sliken lines interestratais devido à diferença de competência entre o siltito e o arenito fino, caracterizando o deslizamento flexural. Já as lentes carbonáticas apresentavam um padrão de dobras parasíticas predominantemente abertas. Fm. Sete Lagoas: Os Calcilutitos e Calcarenitos desta unidade apresentavam num contexto sinclinal um padrão de dobras Parasíticas normais apertadas e charneiras angulosas, com espaços vazios na região de charneira, evidência de dobramento flexural. Fm. Serra de Santa Helena: No único afloramento visto dessa litologia inserido num contexto sinclinal, foram vistas camadas de silte mergulhando 242°/70°. Figura 24-Perfil estrutural da Area 2 , mostrando dobras parasíticas nas camadas menos competentes. 28 Fm. Ritmito Superior: No único afloramento visto desta litologia, próximo ao contato com o nível Arcóseo, Siltitos em dobras parasíticas, normais, isoclinais com flancos mergulhando 250°/82°. Figura 25-A-Dobra apertada com charneira angular e vacância indicada pela seta em Calcilutito da Fm. Sete Lagoas.B-Sliken sides interestratais em siltito intercalado com arenito fino do ritmito inferior.C-Charneira curva em quartzo-arenito do Quartzito inferior. 29 Analisando os estereogramas das 3 áreas na Fig. 26, é possível notar que as camadas mergulham pra NE-SW. Já o eixo é sub-horizontal e o mergulho varia, entre as áreas. Na área 1 o eixo mergulha levemente para NW, na área 2 o eixo é horizontal, já na área 3 o eixo mergulha levemente para SW.O padrão dos polos indica uma dobra aberta como na Fig.28, também indica uma assimetria com flanco SW mergulhando em ângulo mais baixo que o flanco NE. Afim de entender a geometria exótica dos sinclinais em visão de planta, na porção sudoeste do mapa , falhas Transcorrentes Dextrais e Sinistrais foram fotointerpretadas seguindo grandes lineamentos e a relação com as litologias. No entanto não houve nenhuma evidência concreta da presença de tais estruturas nos caminhamentos realizados. O estereograma de fraturas da área 2 (Fig. 27), apesar de conter baixa amostragem mostrou um padrão de fraturas condizente com as direções de esforços principais, Sigma 1,2 e 3. Figura 26-Mapa Geológico e estereogramas salientando a variação do caimento do eixo e camadas na porção norte, centro e sul da região de mapeamento. Figura 28-Associação do padrao de polos no estereograma com o ângulo interflancos e curvatura de charneira. (R. J. Lisle) and P. R. Leyshon 2004). Figura 27- Estereograma de fraturas na área 2, com os vetores de esforços indicados. 30 7 DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Na área de mapeamento ocorrem rochas pertencentes a porção superior do grupo Paranoá, Formação Jequitaí e porção inferior do Grupo Bambuí. Foram identificas 14 Fácies correlacionadas estratigraficamente com as mesmas descritas e interpretadas por Guimarães,1997. As serras e baixadas orientadas NW-SE são compostas por dobras normais assimétricas com vergência para leste sendo 3 grandes anticlinais (serras) e 2 grandes sinclinais (baixadas). A partir da análise de estereogramas das atitudes de camadas de todas áreas, foi possível observar uma variação no caimento do eixo NW-SE sub horizontal. Na área 1 o eixo apresenta mergulho de 8 graus para NW, na área 2 o eixo é horizontal e na área 3 apresenta leve mergulho de 3 ° para SW o que indica uma linha de charneira levemente curva. Além disso, nas sequências de menor competência foram identificadas estruturas de dobramento flexural caracterizadas por dobras parasíticas apertadas, sliken lines iterestratais e vacâncias nas zonas de charneira. Na porção SW do mapa geológico, com o intuito de interpretar a geometria exótica (em visão de planta) dos anticlinais fragmentados, falhas transcorrentes foram fotointepretadas seguindo grandes lineamentos geomorfológicos, porém não houve evidências em campo da existência dessas estruturas. Os afloramentos das formações Serra de Santa helena, Jequitaí e Siltito Superior, ocorrem raramente na Area. A formação serra de santa helena, por ser composta de siltitos que formam espessas camadas de solo, aflorando apenas em cortes de estradas, o contato entre essa unidade e a Fm. Sete Lagoas foi foto interpretado seguindo um grande lineamento e diferenças bruscas nos padrões de drenagem. A Fm. Jequitaí o Ritmito inferior, apresentam- se em raros afloramentos sem muita continuidade lateral, por estarem em contato erosivo com as rochas do grupo Paranoá e Bambuí. Na porção extremo Leste da área 3, atribuídas ao Ritmito Inferior (anexo 1) predominavam camadas espessas e compridas (NW-SE) de dolomito (Dc) e lentes de siltito intercalado com quartzoarenito fino (Qs). Guimarães,1997 descreve a unidade como: “constituída por Ritmitos finos, que contem, localmente, lentes carbonáticas”. Tal relação entre as fácies, contradiz em parte a literatura, pois o esperado seria encontrar lentes de dolomito ou carbonatos em meio a extensa camada de siltito intercalado com arenito fino. 31 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVARENGA, Carlos J.S. et al. Meso-Neoproterozoic isotope stratigraphy on carbonates platforms in the Brasilia Belt of Brazil. Precambrian Research 251 (2014), [S. l.], p. 164–180, 20 jun. 2014. http://dx.doi.org/10.1016/j.precamres.2014.06.011 ALVARENGA, Carlos J.S. et al. Estratigrafia da borda ocidental da Bacia do São Francisco. B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2 (2011/2012), [S. l.], p. 145-164, 20 nov. 2012. 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Geonomos, 20(2), CPMTC-Centro de Pesquisa Professor Manoel Teixeira da Costa, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, [S. l.], p. 1-14, 31 ago. 2013. https://revistas.ufg.br/geoambiente/article/view/59 https://doi.org/10.1016/j.jsames.2019.102397 33 ANEXOS ANEXO 1- MAPA GEOLÓGICO INTEGRADO 34 ANEXO 2- MAPA DE PONTOS ANEXO 3- TABELA DE PONTOS Tabela de pontos de amostragem:anexo PONTOS X Y LITOLOGIA DESCRIÇÃO/ESTRUTURAS ATITUDES 1 267577.74 8302645.24 solo 2 267704.16 8303227.12 sollo leve mudança de cor do solo 3 267840.55 8303650.69 solo solo com laterita 4 268259.68 8304095.7 silte textura clástica, silte, camadas milimétricas, mica detrítica camada : 242/70 5 269411.17 8303903.02 arenito (blocos rolados) variação de granulometria em diferentes fácies, estruturas convolutas, plano paralelas e de revirada 6 269678.75 8304076.11 arenito textura clástica granulometria areia fina 7 269707.61 8304073.41 silte 8 269763.03 8304117.58 9 269994.93 8304162.08 slte + arenito clástica, granulometria lama, bem selecionada camadas: 295/25 220/25 230/25 245/38 248/25 230/35 10 270023.76 8304157.21 silte + arenito afloramento de extensão métrica com dobra flancos de dobra: 115/23 e 260/30 11 270186.09 8304239.89 arcóseo clástica, granulometria fina com quartzo e feldspato, testuralmente bem selecionada e composicionalmente moderadamente selecionada, apresenta estratificação convoluta (ondulada) 35 12 270294.64 8304268.82 arcóseo clástica, gráo suportada, granulometria média, composicionalmente imaturo (quartzo + feldpato) 13 270234.97 8304290.47 quartzoarenito charneira dedobra 14 270118.84 8304300.9 silte + arenito clástica, granulometria lama, bem selecionada 15 270006.17 8304309.54 silte laminações milimétricas e centimétricas de silte e argila e presença de fraturas 16 269828.34 8304376.42 arenito fino variação de granulometria de silte para areia com fraturas 020 e 310 17 269629.22 8304279.07 silte predominentemente rocha de granulometria fina com camadas de silte e argila com dobra fratura 230/60 18 269294.17 8304330.55 arcóseo (arenito) rocha bem selecionada de granullometria media a grossa e com estratificação de revirada e ondulada 19 269272.98 8304315.25 arcóseo camadas centimétricas de arenito fino 20 268874.3 8304354.61 arenito com estratificação plano paralela 21 268256.46 8304219.83 silte 22 273198.89 8302329.25 arcóseo rocha clástica, vom variação de granulometria e de composição 23 273093 8302252.29 nivel arcoseano + jequitaí contato entre camadas do nível arcoseano (pluricentimpetricas) e camadas de silte com camadas de diamictito (centimétricas) camadas: 180/30 180/30 193/24 174/30 fraturas: 70/85 350/subvertical 70/subvertical (lineamento) 24 273131.78 8302378.94 arenito acósio mais imaturo composicionalmente e texturalmente 25 273624.58 8302848.63 calcilutito clástica carbonática, composta por lama micrítica (não é possivel ver grãos), apresenta veios por consequência de dobras. flancos de dobras: 1° par de flancos = 35/63 e 237/60 2° par = 255/58 e 15/28; 235/66 e 35/38 eixo: 310/23 26 273509.11 8303042.89 calcilutito clástica carbonática com lama micrítica com poucas estruturas sedimentares flancos: 1° = 230/70 e 36/20 com eixo 323 2° =30/32 e 232/subvertical com eixo 328/25 27 273473.2 8303130.82 calcarenito rocha clástica carbonática de granulometria areia fina e com estrutura de estratificação plano paralela 28 273440.68 8303193.56 calcarenito dobras são pouco evidentes, mas há estruturas sedimentares de tração camadas: 240/70 29 274009.85 8303289.32 arenito + silte clástica de granulometria silte e dobras pouco evidentes camada: 250/82 (silte) e 240/60 (silte com areia fina) com fratura 75/subvertical 30 274011.66 8303443.28 arenito camadas centimétricas de silte com mica detritica com camdas pluricentimétricas de arenito fino camada com lentes espessas: 175/30 e 158/35 e fratura de 60 de srtike 31 274026.37 8303710.73 blocos de arenito fino (arcósio) fácies com variação de granulometria e variam conforme estruturas sedimentares observadas (laminação revirada, laminação cruzada acanalada, estratificação plano paralela) 32 273380.74 8303395.78 calcarenito camada com dobra e com estruturas de tração flancos de dobra: 70/44 e 235/50 33 273137.12 8303384.62 arcósio rocha com variação de composição e granulometria e estruturas de estratificação cruzada e convoluta 34 271330.55 8303987.68 calcarenito aloramento em estrada de terra de camadas estreitas de rocha cçástica arbonática de granulometria areia camada: 065/65 e 068/56 35 271094.74 8303903.53 calcarenito camadas contimétricas de rocha clástica carrbonatica de granulometria areia intercaladas com camadas de silte, apresenta estrutura sedimentar ondulada camada: 265/35 36 36 271013.97 8303867.03 calcarenito rocha clástica carbonatica de granulometria areia com matriz de silte (imaturidade textural e composicional) camada: 250/15 37 270873.98 8303858.75 arenito rocha clástica siliciclástica moderadamente selecionada, mas composicionalmente matura 38 270678.86 8303740.99 blocos rolados fácies variadas de mesma composição (quartzo) 39 270643.37 8303684.04 subarcósio rocha clástica siliciclástica de granulometria média a grossa, com quartzo, pouco fedspato e poros. Imaturidade textural e composicional 40 270630.16 8303642.1 quartzoarenito rocha clástica siliciclástica friável, de granulometria areia grossa e a textura tembém é sacaroidal 41 270501.07 8303627.46 arenito com silte camadas de rocha clástica de granulometria variando de silte a areia fina camada: 98/55 42 270482.68 8303785.31 arenito e calciarenito com silte camadas de arenito com sile próximas a camadas de calciarenito com silte camada: 280/67 e 275/72 43 270516.58 8303887.76 arenito (arcósio) e siltito cotato entre camada de arenitos do nível arcosiano com camadas de siltito 44 270478.58 8304090.17 silte aforamento em trilha de rocha clástica de granulometria silte, muito friável e as camadas variam de espessura centimétricas a pluricentimétricas camada: 282/90 45 270469.06 8304161.6 blocos rolados ponto de controle 46 270480.16 8303266.01 silte com areia "brecha de falha" rocha clástica de granulometria areia fina com silte 47 270447.15 8303002.7 calcarenito rocha clástica carbonática de granulometria areia fina e com estrutura de estratificaçãoplano paralela camada: 95/50 48 270408.88 8302981.62 silte intercalado com arenito intercalação de camadas de arenito com siltito e há fechamento de dobra flancos de dobra: 88/47 e 250/42 49 270478.05 8302704.76 carbonato com silte carbonático rocha clástica carbonática com silte carbonático, camadas centimétricas camada: 250/40 e 240/40 50 271610.18 8304071.56 calcilutito rocha clastica carbonática intercalada com camadas centimétricas de silte flancos de dobra: 58/60 e 58/60 51 271892.63 8304121.35 calcilutito afloramento no flanco oeste da dobra assimétricaem uma drenagem com camadas centimétricas de calcilutito intercaladas com camadas milimétricas de siltito camada: 250/70 (flanco oeste de dobra) 52 271975.21 8304187.22 arcóseo blocos rolados de rocha clástica siliciclástica de granulometria média, bem selecionada, mas imatura composicionalmente, pois tem feldspato 53 274190.02 8304036.52 arenito + silte afloramento de camada de arenito intercalado com siltito camada: 255/18 54 275273.83 8302501.87 dolomito com veios rocha carbonática dolomítica com laminações milimétricas de silte carbonático e a camada concorda com o fechamento da dobra camada: 125/22 (charneira) 55 274558.62 8303830.71 dolomito afloramento de paredão de rocha carbonática dolomítica com várias estruturas tectônicas e pós- tectônicas (Sn +1) camada: 70/72 e 70/65. Sn +1: 015/20 56 274808.37 8303168.33 arenito boco in situ de dimensões plurimétricas de rocha clástica siliciclástica de granulometria areia média com quarzto, mas sem feldspato Sn + 1: 015/32 57 274921.97 8303059.65 dolomito afloramento de rocha carbonática dolomítica com estrutura pós-tectônica Sn+1 camada: 245/80 Sn+1: 70/25 58 274956.37 8302633.27 dolomito + silte camadas de rocha carbonática dolomítica intercaladas com camadas de silte (ambos de espessura centimétrica) camada: 205/50 e 205/52 59 274864.81 8302689.12 dolomito afloramento de camada de rocha carbonática dolomítica dobrada camada: 120/55 100/50 37 60 274793.57 8302739.82 Dolomito e calcário alfloramentos de dolomito e de calcário, próximos um do outro, apenas nas rochas de calcário foram observadas estruturas sedimentares de estratuficasão cruzada, cruzada acanalada e de revirada camada dolomito: 135/25 125/28 140/22 105/28 camada calcário: 232/30 e 200/20 61 274583.87 8303040.24 Dolomito + calcário intercaladação entre camadas de rocha carbonática dolomítica com calcário, ambos com silte camada: 230/40 245/42 62 274331.25 8303348.52 Dolomito afloramento de camada de rocha carbonática dolomítica camada: 245/55 63 275537.34 8302370.12 Calcário calcário com dissolução 64 275965.93 8302185.75 Arcóseo afloramento de camada de rocha arcóseo próxima a um rio camada: 230/75 e 235/80 65 276057.33 8302209.86 Arenito + conglomerado blocos rolados de arenito médio/grosso (bem selecionado) com gradação para um conglomerado de clastos subcentimétricos, os ciclos são de 5 cm camada: 053/77 66 276084.84 8302234.95 Arenito Arenito médio bem selecionado, clasto suportado, com grãos subarredondados de baixa esfericidade. Apresenta gretas de sinérese (escape de fluidos). camada: 055/75 38
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