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2 AV RECUPERACAO E FALENCIA EMPRESARIAL COLEGIADA 2020 2

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AVALIAÇÃO COLEGIADA
DISCIPLINA: RECUPERAÇÃO E FALÊNCIAS
PROFESSOR: STAEL SENA LIMA
ALUNO: ______JULICE COSTA PIMENTEL_______________ 
MATRÍCULA: _170249999__________TURMA: 4NNA
OBSERVAÇÕES:
. A prova está valendo 10,0 (pontos). Cada questão vale 1,0 ponto. 
. Para fins de correção das questões objetivas, será considerado APENAS o preenchimento do quadro, favor, não se esquecer de preenchê-lo, sob pena de não ter a atribuição do ponto no caso de acerto. Evite rasura!
. Marque as questões objetivas no quadro abaixo:
	QUESTÃO
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	LETRA
	C
	E
	B
	E
	D
	E
	C
	D
	D
	C
ESTADO, ECONOMIA E DIREITO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Por Carolina Miranda Cavalcante e Vinicius Figueiredo Chaves
Crises globais não constituem fenômeno recente. Elas marcam a trajetória humana. Estiveram presentes em diversas épocas e atravessaram diferentes formas de Estado, regimes de governo/políticos e sistemas econômicos/de produção.
As crises trazem inegáveis prejuízos humanos e, uma vez postas, não nos resta senão enfrentá-las.  O que diferencia as sociedades é a forma como compreendem e buscam soluções para as crises. Onde uns veem um beco sem saída, outros encontram caminhos alternativos, traçando os novos horizontes da humanidade.
A História nos mostra que a reposta das sociedades às crises reorganiza o posicionamento dos agentes no jogo geopolítico mundial.
Crises possuem causas e consequências de variadas facetas e dimensões, por vezes combinadas entre si: humanitárias, religiosas, econômicas, financeiras, monetárias, políticas, sociais... Delas resultam mortes, estagnação/recessão/depressão econômica, falências de empresas, desemprego, redução da renda das famílias, fome... Ficam, também, ensinamentos para o presente e para o futuro.
A crise que vivemos tem como causa direta uma questão sanitária. Dada a centralidade da dimensão econômica na vida humana, essa crise sanitária acaba por transbordar para o funcionamento dos mercados, ameaçando não apenas a saúde física das pessoas, mas também sua segurança alimentar.
Transformou-se numa pandemia, isto é, a propagação de uma enfermidade epidêmica a uma escala mundial. Encontra-se atualmente disseminada por todos os continentes e por praticamente todos os países do globo.
Portanto, não pode ser entendida e tratada isoladamente, como uma crise de um único país, uma região ou um continente. É um problema de todos nós.
Não é o momento de procurar supostas culpas e culpados. Não é tempo de omissões, mas, sim, de busca de soluções.
Como em todas as demais crises de escala global, haverá graves consequências de diversas ordens. Algumas já se fazem presentes; outras estão por vir.
Consequências menos ou mais impactantes, dramáticas até, a depender da capacidade de atuação coordenada da comunidade internacional e, também, da ação dos Estados nacionais em seus respectivos planos internos.
No plano supranacional, deve-se empreender uma governança global, fruto de uma nova racionalidade para a atuação da comunidade internacional, verdadeiramente em prol de objetivos comuns e pautada na solidariedade. Deve-se buscar atuação coordenada e deixar de lado as disputas ideológicas, geopolíticas e estratégicas no seio dos organismos internacionais. Deve-se abandonar os conflitos (bélicos e comerciais) históricos e os circunstanciais, suspender embargos econômicos...
Seria importante, talvez, a instituição de um organismo internacional para lidar não apenas com a pandemia, mas também com as consequências da crise sobre a realidade econômica. No campo da saúde, as coisas parecem andar de forma mais articulada, mas no campo econômico e no político existe uma enorme desarticulação, que reflete conflitos de classe e de interesses isolados de cada país. Assim como o coronavírus se disseminou rapidamente pelo planeta, a crise econômica também não ficará localizada em economias específicas, uma vez que existe uma interconexão global dos capitais.
Algumas ideias, consideradas utópicas até alguns meses atrás, vêm à mente como possíveis soluções para reflexão, como a renda básica universal, neste momento uma política keynesiana tradicional de manutenção da demanda agregada, e a tributação global de grandes fortunas, que poderia amenizar o problema fiscal dos Estados. Além do mais, seriam formas de fazer o capital sair um pouco da esfera financeira para a esfera produtiva, que gera empregos, máscaras, respiradores, alimentos...
No plano interno, devem-se abandonar as oposições políticas em prol da construção e do reforço de molduras compartilhadas, para o estabelecimento de sintalidade e sinergia jamais verificadas. Agentes políticos e servidores públicos, mais do que nunca, precisam dignificar e honrar as respectivas funções. Meios de comunicação precisam informar de modo diligente, transparente e adequado, sem distorções e sem perseguições. A iniciativa privada e as pessoas em geral necessitam compreender a relevância de seus respectivos papeis junto à ordem econômica e social.
Em meio a esse contexto, paralelamente às imprescindíveis e prioritárias medidas voltadas à preservação da vida, à contenção da proliferação do vírus (com base em relatórios e orientações técnico-científicas DA ÁREA DA SAÚDE) e à salvaguarda (principalmente, mas não exclusivamente) das pessoas mais suscetíveis aos seus impactos, ajustes econômicos precisam ser implementados. E com urgência.
Essas adaptações econômicas não devem gozar de ordem de hierarquia em relação aos cuidados com as pessoas e o com sistema de saúde, mas são simultaneamente necessárias. Precisamente porque o tempo de isolamento social imposto acarretará em curto prazo em uma conjuntura local (e também regional, nacional e internacional) de desaceleração brusca do ritmo normal da atividade econômica em inúmeros segmentos.
Reduzir-se-ão drasticamente o consumo e a prestação de serviços, com impactos diretos na diminuição dos fluxos de caixa de empreendedores e de empresas (em todas as suas dimensões) e nas rendas das famílias. Com menos ingressos de recursos, comprometer-se-á a capacidade de cumprimento de obrigações tributárias, trabalhistas, previdenciárias, civis e comerciais, o que implicará na diminuição da arrecadação dos entes da federação e no aumento do desemprego.
Nesse sentido, o Brasil não deve recuar ante a necessidade de ampliação de gastos públicos para a manutenção da demanda, o que significa principalmente garantir a renda das classes mais pobres e das classes médias, que tendem a revertê-la na totalidade ou quase totalidade em consumo. As classes de altas rendas consomem proporcionalmente pouco do seu total, então não é dessa demanda que se espera uma queda abrupta. Pelo lado da oferta, o Estado deveria ter um protagonismo maior para a manutenção dos empregos e reconversão de plantas industriais: ninguém está pensando em trocar de carro agora, mas precisamos de instalações para produzir materiais hospitalares em massa para o mercado interno e o externo.
Não podemos esperar que os agentes privados simplesmente respondam de forma coordenada às necessidades sociais imediatas. Essa ação privada precisa ser coordenada pelo Estado. O que vai diferenciar as economias pós-Covid-19 será a resposta econômica que está sendo oferecida agora.
O Estado que não tomar as medidas de manutenção do emprego e da renda neste momento, e isso vai ter um custo fiscal para todas as economias (para as que abrirem os cofres e para as que os bloquearem), sairá economicamente enfraquecido dessa crise, com dificuldades e sem capacidade para revertê-la.
São, portanto, imperiosos ajustes econômicos de distintas ordens e variadas intensidades, que realizar-se-ão por intermédio de emendas constitucionais, edição de leis, medidas provisórias, atos normativos, etc., com alto grau de complexidade em razão de sua relevância para a manutenção ou a retomada da estabilidade, o enfrentamento e a mitigação dos impactos da crise sobre a economia.
As respostas jurídicas à crise demandam agilidade na concepção e na tramitação, mas desafiam, em igual medida, planejamento,articulação e coordenação. Devem-se evitar as iniciativas (proposições legislativas, por exemplo) isoladas baseadas em crenças pessoais sobre o certo e o errado (que, tão somente, sobrecarregarão a agenda legislativa/regulatória com impasses que supostamente atrasariam as tramitações). Devem-se identificar e definir, de modo articulado e coordenado, pautas específicas com as demandas e os setores prioritários que requerem possíveis soluções de curto e médio prazos (principalmente), e em que dimensões (nacional, regional ou local), sempre com reflexão prévia e permanente monitoramento do impacto regulatório das medidas.
Carolina Miranda Cavalcante é professora de Economia Política da FND/UFRJ.
Vinicius Figueiredo Chaves é professor permanente do PPGD da UNESA, professor de Direito Comercial da FND/UFRJ e professor de Direito Comercial da UFF.
Revista Consultor Jurídico, 16 de abril de 2020, 6h35
FONTE: https://www.conjur.com.br/2020-abr-16/cavalcante-chaves-estado-economia-direito-pandemia?imprimir=1
1. A massa falida no sentido objetivo envolve o conjunto de bens que integram o acervo do falido, derivados, principalmente, da arrecadação. A massa falida no sentido subjetivo, por sua vez, refere-se ao conjunto de credores do falido, a denominada massa falida subjetiva, oriunda, principalmente das habilitações de crédito. Assim, a massa falida indica o conjunto de bens e credores do falido. São ineficazes em relação à massa falida:
a) a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o pagamento de todos os credores, a esse tempo existentes, independentemente de ter restado ou não ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo
b) os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por título oneroso ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados dentro do termo legal.
c) o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizado dentro do termo legal, por qualquer forma que não seja a prevista pelo contrato, tenha ou não o credor conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores.
d) o pagamento de dívidas não vencidas realizado pelo devedor dentro do termo legal, por qualquer meio extintivo do direito de crédito, sempre que o credor tenha conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor.
e) a constituição de direito real de garantia, inclusive a retenção, dentro do termo legal, independentemente de quando tenha sido contraída a dívida.
2. A recuperação judicial viabiliza a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a permitir a manutenção da fonte produtora, permitir a manutenção do emprego dos trabalhadores e permitir a proteção dos credores. Assim, busca-se assegurar a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. A decisão que defere o processamento da recuperação judicial em favor de determinada sociedade limitada devedora
a) suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio.
b) enseja a nomeação do administrador judicial e, portanto, a suspensão dos direitos de administração e representação até então exercidos pelos administradores nomeados pelas instâncias deliberativas da sociedade.
c) será publicada na imprensa oficial, a partir de cuja data tem início o prazo de cento e oitenta dias para que a sociedade devedora apresente o plano de recuperação.
d) autoriza desde logo o administrador judicial a promover a venda e alienação dos ativos da sociedade devedora, visando assegurar os direitos de credores a serem apurados ao longo do processo recuperacional.
e) acarreta a suspensão de todas as ações e execuções contra o devedor, ressalvadas as ações trabalhistas até apuração do referido crédito, as ações ilíquidas até sua liquidação, ações e execuções de natureza fiscal, bem como créditos não submetidos aos efeitos da recuperação judicial tais como créditos garantidos por propriedade fiduciária.
3. Deferido o plano de recuperação judicial, no prazo improrrogável de 60 dias a empresa recuperanda apresentará em juízo o seu plano de recuperação judicial, sob pena de convolação judicial em falência, caso descumprido o prazo. Em relação aos institutos da recuperação judicial e extrajudicial das empresas, dispõe a Lei Falimentar:
a) O plano de recuperação extrajudicial não poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos, e, após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão desistir da adesão ao plano, salvo se ainda não publicado o edital de convocação de todos os credores do devedor, para apresentação de suas impugnações ao plano de recuperação extrajudicial.
b) Na recuperação extrajudicial, no prazo do edital, deverá o devedor comprovar o envio de carta a todos os credores sujeitos ao plano, que terão prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do edital de convocação dos credores do devedor, para impugnarem o plano, juntando a prova de seu crédito, cuja impugnação, uma vez apresentada, será aberto prazo de 5 (cinco) dias para que o devedor sobre ela se manifeste.
c) O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 90 (noventa) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 6 (seis) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial.
d) No procedimento da recuperação judicial, havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação, cuja data não excederá 120 (cento e vinte) dias contados do deferimento do processamento da recuperação judicial, o qual será aprovado pelo comitê de credores.
e) Deferido o processamento da recuperação judicial, os credores poderão, no prazo de 30 (trinta) dias, requerer a convocação de assembleia geral para a constituição do Comitê de Credores ou substituição de seus membros, não podendo o devedor desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu processamento, salvo se obtiver aprovação por unanimidade do Comitê de Credores.
4. A Lei 11.101/2005 possibilita ao devedor empresário em crise econômico-financeira negocie diretamente com seus credores acordo que lhe permita erguer-se no mercado, estabelecendo com eles plano de recuperação extrajudicial. Em se tratando de empresa nacional, é competente para homologar plano de recuperação extrajudicial e deferir a recuperação judicial o juízo do(a)
a) residência dos sócios acionistas.
b) sede da empresa do credor principal.
c) domicílio do administrador judicial.
d) local da realização da assembleia geral de credores.
e) principal estabelecimento do devedor.
5. A expressiva paralisação da atividade econômica, resultado da Emergência Sanitária e Epidemiológica (COVID-19, 2020) fez com que a recessão chegasse intensa às portas do Brasil, com depressão e queda crescente do poder aquisitivo da população. Todavia, não se deve deixar de prestar a atenção ao quadro geral das empresas, muitas fechando, despedindo ou colocando placa de aluga-se ou passa-se o ponto. No âmbito da falência empresarial, é vedado ao administrador judicial, em relação ao falido ou à massa falida,
a) comunicar-se com o comitê de credores.
b) avaliar os bens arrecadados.
c) representar a massa falida em juízo.
d) abater dívidas não recebidas sem a aprovação do juízo.
e) disponibilizar documentos aos credores.
6. É ponto pacífico que uma recuperação judicial se justifica e legitima na capacidade de uma empresa em convencer os seus credores de que é possível superar a crise por meio de um novo plano estratégico - o qual, se bem-sucedido, propiciará o pagamento das dívidas. Para recuperação judicial nos termos legais, as microempresas e as empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, poderão apresentar plano especial de recuperação judicial,o qual
a) deverá abranger todos os credores, sendo possível em qualquer hipótese a inclusão posterior dos credores não habilitados na recuperação judicial.
b) não deverá abranger os créditos vincendos na data do pedido de recuperação judicial.
c) deverá prever o parcelamento em até sessenta parcelas, iguais e sucessivas, atualizadas monetariamente, mas sem acréscimo de juros.
d) deverá prever o pagamento da primeira parcela no prazo máximo de sessenta dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial.
e) não deverá acarretar a suspensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não abrangidos pelo plano de recuperação judicial.
7. A insolvência empresarial se dá quando os ativos da empresa são insuficientes para a satisfação das dívidas. Neste contexto, a declaração de falência tem por finalidade o afastamento do dirigente da administração da companhia. A Falência é o regime jurídico aplicável à empresa que esteja em dificuldade e sem potencialidade para a recuperação. Com relação à disciplina legal da Falência, marque a alternativa correta.
a) A Lei nº 11.101, de 2005, não se aplica à empresa pública, à sociedade de economia mista e ao empresário individual.
b) Na falência, não são exigíveis do devedor as obrigações a título gratuito, nem as despesas dos credores para tomar parte na falência e as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor.
c) O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição.
d) É necessária a intimação do Ministério Público nas modalidades de alienação dos ativos da massa falida que não envolvam a manifestação da assembleia de credores, sendo que a ausência de tal intimação acarreta nulidade.
e) O prazo prescricional relativo às obrigações do falido recomeça a correr a partir da data da sentença do encerramento da falência.
8. Em relação a empresa em dificuldade, “o instituto da recuperação vem desenhado com o fim de promover a viabilização da superação desse estado de crise, motivado por um interesse na preservação da empresa desenvolvida pelo devedor. Enfatize-se a figura da empresa sob a ótica de uma unidade econômica que interessa manter, como um centro de equilíbrio econômico social. [...] A sua manutenção consiste em conservar o ‘ativo social’ por ela gerado. A empresa não interessa apenas ao seu titular – o empresário –, mas a diversos outros atores do palco econômico, como os trabalhadores, os investidores, os fornecedores, as instituições de crédito, ao Estado e, em suma, aos agentes econômicos em geral. Quanto ao instituto da recuperação judicial e extrajudicial, assinale a opção correta.
a) O devedor poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu processamento, independentemente da aprovação da desistência pela assembleia geral dos credores.
b) Se garantida a manutenção do emprego, o plano de recuperação judicial poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial.
c) O devedor permanecerá em recuperação judicial até que se cumpram todas as obrigações previstas no plano, sem limitação de prazo.
d) O devedor que há menos de cinco anos obteve concessão de recuperação judicial não é elegível a novo pedido de recuperação judicial, até que transcorrido esse prazo.
e) O devedor poderá negociar com parte de seus credores plano de recuperação extrajudicial, ficando, contudo, obrigado a requerer sua homologação em juízo.
9. Após deferido o pedido de falência da empresa, os atos de execução concernentes a crédito trabalhista incidentes sobre o patrimônio da massa falida devem ser processados pelo juízo universal, mesmo nos casos de penhora anterior. O entendimento, consolidado no Superior Tribunal de Justiça, tem sido utilizado pelo Judiciário ao conceder liminar para suspender as execuções promovidas pela Justiça do Trabalho contra empresas em processo de falência. Assim, o juízo falimentar é universal: atrai todas as ações e os interesses da sociedade falida e da massa falida. Conforme a regra geral da Lei de Falências, essa atratividade ocorrerá na ação em tramitação em que a massa falida figure na condição de
a) sujeito passivo de uma execução tributária.
b) autora ou litisconsorte ativa em ações não reguladas na Lei de Falências.
c) sujeito passivo de uma reclamação trabalhista.
d) sujeito passivo no cumprimento de sentença líquida por reparação de danos.
10. A Falência de uma empresa não impede que os sócios respondam, pessoal e solidariamente, pela reparação dos prejuízos causados e pelo adimplemento das obrigações pactuadas. Em relação à responsabilidade dos sócios e dos administradores na falência da sociedade, é correto que
a) as sociedades falidas serão representadas na falência por seus administradores ou liquidantes, os quais terão os mesmos direitos, mas não estão sujeitos às mesmas obrigações que cabem ao falido, por serem personalíssimas.
b) a responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos controladores e dos administradores da sociedade falida será apurada nos próprios autos da falência, após realização do ativo e da prova da sua insuficiência para cobrir o passivo.
c) a decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem.
d) a ação de responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos controladores e dos administradores da sociedade falida prescreverá em cinco anos, contados da data do trânsito em julgado da sentença de encerramento da falência.
e) o juiz poderá, na ação de responsabilidade pessoal dos sócios, administradores e controladores da sociedade falida, ordenar a indisponibilidade e sequestro de seus bens particulares, desde que e somente se formulado requerimento expresso por parte dos credores.

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