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INTRODUÇÃO 
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA 
O presente trabalho tem o intuito de descrever um breve resumos sobre os seguintes 
assuntos: 
 
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES 
DECORRENTES DE OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A 
RECUPERAÇÃO JUDICIAL - Fátima Nancy Andrighi 
II. ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E 
DA AÇÃO REVOCATÓRIA FALIMENTAR - Luiz Guilherme Marinoni 1 Ricardo 
Alexandre da Silva 
 
III. RECUPERAÇÃO E FAL ÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS 
– A LEI COMPLEMENTAR N. 147/2014 -Carlos Henrique Abrão 
 
Já na sequência do trabalho, realizar uma resenha crítica de ambos, 
indicando sua relação. 
 
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES 
DECORRENTES DE OBRIG AÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR 
DURANTE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
 
A Lei 11.101/05 – Lei de Falências e Recuperação de Empresas (“LFRE”) conferiu 
um privilégio de pagamento, no caso de convolação da recuperação em falência, aos 
credores que contratarem ou darem continuidade ao fornecimento de bens e serviços 
para a recuperanda. Os créditos gerados após o deferimento do processamento da 
Recuperação Judicial serão então classificados como extraconcursais. 
Essa vantagem visa a beneficiar o credor que colaborou em certa medida para a 
tentativa de superação da crise da empresa em recuperação, e evit ar o completo 
afastamento do crédito, principalmente dos fornecedores. 
Créditos sujeitos à recuperação judicial 
De acordo com o artigo 49 da LFRE, os créditos decorrentes de negócios celebrados 
até 
a data em que a empresa devedora ajuizar pedido de recuperação judicial ficarão 
sujeitos a Recuperação Judicial e às suas condições de pagamento, mesmo que as 
obrigações ainda não estejam vencidas 
 
Extraconcursais são os créditos originários de negócios jurídicos realizados após a 
data em que foi deferido o pedido de processamento de recuperação judicial. 
Inicialmente, impõe-se assentar como premissa que o ato deflagrador da 
propagação dos principais efeitos da recuperação judicial é a decisão que defere o 
pedido de seu processamento. Importa ressaltar, ainda, que o ato que defere o 
pedido de processamento da recuperação é responsável por conferir publicidade à 
situação de crise econômico-financeira da sociedade, a qual, sob a perspectiva de 
fornecedores e de clientes, potencializa o risco de se manter relações jurídicas com 
a pessoa em recuperação. 
Esse incremento de risco associa-se aos negócios a serem realizados com o 
devedor em crise, fragilizando a atividade produtiva em razão da elevação dos 
custos e do afastamento de fornecedores, ocasionando, assim, perda de 
competitividade. 
De acordo com o artigo 49 da LFRE, os créditos decorrentes de negócios celebrados 
até a data em que a empresa devedora ajuizar pedido de recuperação judicial ficarão 
sujeitos a Recuperação Judicial e às suas condições de pagamento, mesmo que as 
obrigações ainda não estejam vencidas. 
Serão créditos extraconcursais os que decorrerem de negócios celebrados com 
empresas já em processo de recuperação judicial. 
O artigo 67 da LFRE estabelece que ‘os créditos decorrentes de obrigações 
contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles relativos a 
despesas com fornecedores de bens ou serviços e contratos de mútuo, serão 
considerados extraconcursais, em caso de decretação de falência, respeitada, no que 
couber, a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei’. 
A referida norma tem por objetivo beneficiar os credores que assumiram os riscos de 
contratar com empresas em crise, privilegiando o seu pagamento em detrimento de 
outros, no caso da recuperação judicial ser convolada em falência. 
O mesmo benefício é concedido para novos negócios celebrados pelos credores que, 
apesar de terem crédito sujeito à recuperação judicial inscrito na classe dos 
quirografários, continuarem a fornecer bens ou serviços para a recuperanda, 
conforme previsto no parágrafo único do artigo 67. 
O privilégio conferido aos credores nas condições expostas acima, está disposto no 
artigo 84, V, da LFRE: 
Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência 
sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a: 
V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação 
judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos 
relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a 
ordem estabelecida no art. 83 desta Lei. 
Em acórdão publicado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Ministra Nancy 
Andrighi estabeleceu entendimento sobre o tema a partir da interpretação dos 
dispositivos da LFRE, assinalando que classificam-se como extraconcursais os 
créditos de obrigações que se originaram após o deferimento do processamento da 
recuperação. 
aprovado o plano de recuperação da empresa, a qualidade de crédito extraconcursal 
permanecerá por ainda mais 2 (dois) anos. Ou seja, um crédito extraconcursal pode 
ser gerado a partir de negócios realizados no lapso compreendido entre o 
processamento da recuperação judicial (o início) e o prazo de 2 anos contados da 
aprovação do plano de recuperação da empresa (o fim). 
Ultrapassados 2 (dois) anos, a empresa cumpridora do plano recuperação se libera 
do status “em recuperação judicial” e todos os negócios celebrados com ela a partir 
desse momento deixam de conferir o benefício de recebimento privilegiado ao credor 
na eventual decretação de falência. 
De início vamos falar do primeiro falho da nossa lei que está na omissão de qualquer 
tratamento voltado à disciplina da recuperação dos grupos societários, inclusive para 
as situações em que há sociedades estrangeiras envolvidas. O Poder Judiciário 
conseguiu, até o momento, solucionar adequadamente a omissão legislativa, porém 
o mercado teria muito a ganhar em termos de segurança jurídica com uma previsão 
específica e detalhada possibilitando a recuperação conjunta de entidades 
juridicamente autônomas, mas com atividades interdependentes. 
 
O segundo ponto que merece destaque é o engessamento derivado da tipificação 
legal das classes de credores, o que tem impedido a aprovação de planos 
desenhados à efetiva recuperação de empresas com perfis de endividamento 
específicos, em razão dos interesses heterogêneos que compõem cada qual das 
quatro classes legalmente previstas." 
 
II. ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR 
O assunto está diretamente relacionado ao instituto da fraude contra credores, 
considerando-se que a ação revocatória falimentar é uma especialização da ação 
pauliana do direito civil e ineficácia objetiva falimentar adota sistemática muito 
similar à da fraude à execução. Em todas as hipóteses o que se visa é o combate 
ao ato fraudulento praticado pelo devedor em prejuízo de seus credores. 
Na esfera falimentar, no entanto, a fraude contra credores assume contornos 
próprios, marcada pelas peculiaridades do processo falimentar e características do 
mercado empresarial. Decretada a falência, há uma presunção legal de insolvência 
do devedor, a qual, por sua vez, gera uma presunção de dano a coletividade de 
credores existentes ao tempo da quebra. 
A repulsa fraude contra credores no processo de falência adquire, nesta medida, 
caráter coletivo, em virtude do qual todos os credores reunidos detêm interesse na 
ineficácia do ato fraudulento, e a decisão que assim declarar beneficiaria a todos 
eles, de maneira indiscriminada. 
Na vigente lei 11.101/05 a ineficácia dos atos praticados pelo falido no período que 
antecede o decreto falimentar veio disciplinada pelos artigos129 a 138. Mantendo a 
tradição das legislações precedentes, adota-se uma dicotomia entre: os atos para 
os quais se dispensa o conluio fraudulento, que poderão ser declaradosineficazes 
independentemente do ajuizamento de ação própria, inclusive de oficio e os atos 
cuja declaração de ineficácia, por meio de ação revocatória falimentar, exige prova 
de conluio fraudulento e efetivo prejuízo a massa falida. 
 
III. RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS 
O Diploma Normativo 11.101/05 (Lei de Recuperação e Falência) alcançou 
praticamente 13 anos em vigência, já sofreu algumas alterações e precisaria de 
uma reforma pontual. Evidentemente, não aquela pretendida pela pasta da 
Fazenda, criando empoderamento maior do setor financeiro, mas uma reforma que 
tocasse na ferida e retirasse a ineficiência da lei atual. 
Abordada assim essa circunstância, a assembleia geral de credores, de duvidosa 
funcionalidade, não deveria ser preservada. O prazo de 180 dias de blindagem 
poderia alcançar sócios, desde que comprovadamente de boa-fé, com prorrogação 
máxima de 90 dias, definindo-se desde logo os bens materiais e imateriais 
essenciais à viabilidade da empresa e a superação do estado de crise. 
A fixação da responsabilidade do administrador judicial é fundamental, além do que 
as macroempresas se hospedam em gestões corporativas, o que 
emblematicamente disponibiliza, antes de mais nada, auditorias que realizaram 
suas atividades preteritamente para as empresas recuperandas. 
A simplificação do plano de microempresas e empresas de pequeno porte passa 
inexoravelmente pela equação do custo-benefício, e uma das alternativas seria levar 
o procedimento para o Juizado Especial, nele enraizando pessoal e infraestrutura 
especializados, inclusive juízes. Isso daria maior informalidade, melhor velocidade e 
simplificação plural para que se deliberasse e reduzisse ao máximo o furor recursal 
que apenas impede a homologação do plano e também a fiscalização do seu 
cumprimento. 
O Ministério Público e a magistratura assumem papel relevante, tanto na 
recuperação como principalmente quando da quebra, para a apuração dos atos de 
responsabilidade e desvios administrativos gerenciais, inclusive para o atingimento 
do patrimônio individual dos maus gestores. 
No caso de microempresas e empresas de pequeno porte, o que falta é um canal de 
comunicação amparando a repaginação do negócio – espaço que poderia ser 
ocupado pelo Sebrae, ou ainda pela Federação do Comércio ou pela da Indústria, 
dependendo do ramo principal de atividade daquele que se submete ao regime de 
recuperação judicial. 
A mudança de mentalidade é fundamental, e a construção de um mercado sólido, 
baseado no empreendedor, daria condições às microempresas e empresas de 
pequeno porte para se alastrarem Brasil afora, combatendo a crise do desemprego, 
melhorando os níveis dos juros cobrados pelos bancos, priorizando a concorrência, 
evitando um modelo parasitário e oferecendo ao consumidor preços compatíveis 
com economias em vias de desenvolvimento. 
Não se perca de vista ainda que o produtor rural participa do congraçamento 
relacionado ao estado de crise e ao procedimento da recuperação judicial, desde 
que atenda aos requisitos e comprove inscrição no registro de empresas há 2 anos. 
Consequentemente, o infinito número de produtores rurais responsáveis pelo 
fortalecimento do nosso Produto Interno Bruto colheria bons frutos se o legislador 
priorizasse mecanismo compatível com a infraestrutura, disciplinando mais e melhor 
o procedimento afeto ao pequeno e médio produtores rurais. 
A superação do impasse econômico, sem a menor dúvida, passa pela atenção do 
Parlamento em relação à definição do modelo consentâneo com microempresas e 
empresas de pequeno porte, além, é claro, de políticas públicas creditícias que 
consolidem regras de amplitude do mercado, favorecendo a exportação e nichos de 
tratados internacionais. 
Para tanto, precisamos alcançar padrões internacionais de qualidade em relação a 
rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, mas também, e antes de mais nada, de 
conferirmos ao microempresário a integração entre a produção e a prestação de 
serviços, com regime tributário simplificado e racional, a fim de que possam, 
contratando mão de obra, reequacionar a hoje insuplantável crise de desemprego 
que flagela milhões de brasileiros excluídos do consumo.

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