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Posturologia na visão Osteop[atica

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POSTUROLOGIA OSTEOPÁTICA® 
 www.posturologiaosteopatica.com.br 
 
2 
 
Leandro Reche 
Rômulo Ordine 
 
 
 
Índice 
1) HISTÓRIA DA POSTUROLOGIA 3 
2) POSTURA 7 
3) DIAFRAGMA 16 
4) CICATRIZES 26 
5) TENDÃO CENTRAL 36 
6) ENTRADA OCULAR 40 
7) ENTRADA DENTO-OCLUSAL 54 
8) ENTRADA PODAL 73 
9) BAROPODOMETRIA 93 
10) MARCHA 
 
 
 
 
 
11) 
101 
12) PALMILHAS 103 
13) ELEMENTOS 105 
14) MATERIAL 116 
15) AVALIAÇÃO 117 
16) CONFECÇAO DE PALMILHA BÁSICA 124 
17) CONFECÇAO DE PALMILHA MOLDADA 128 
18) EXERCICIOS 130 
19) REFERÊNCIAS 133 
20) FICHA DE AVALIAÇÃO (original) 
21) 
138 
 
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3 
 
 
 
 
 
História da 
Posturologia 
HISTÓRIA DA POSTUROLOGIA 
 
“A posturologia clínica surgiu como a organização de conhecimentos dispersos, 
validando uma sintomatologia mal conhecida” (Gagey) 
 
POSTUROLOGIA OSTEOPÁTICA® 
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4 
A posturologia é um método de avaliação global do corpo que tem como objetivo 
evitar desequilíbrios crônicos ocasionados pelos desajustes posturais. A preocupação com a 
postura humana surge em primeira instância como uma necessidade e preocupação 
artística. 
• 1837 – Charles Bell se pergunta: “Como faz um homem para manter uma postura 
direita ou inclinada contra o vento? “ 
• 1880 – Vierordt descreve a oscilação permanentemente do corpo humano em 
posição ortostática. 
• 1953 – Ranquet constrói a primeira plataforma de estabilometria. 
• 1955 - Baron apresenta as modificações proprioceptivas interferindo na postura. 
• 1980 – Da Cunha, é o primeiro a estudar a “Síndrome do déficit Postural” 
• 1984 – Criada a primeira Associação de Posturologia na França. 
• 1994- Marino e Villeneuve, relacionaram o sistema estomatognático ao sistema 
postural; 
• 1996- Barral, Upledger, Jones, entre outros, relacionaram a TERAPIA MANUAL x 
POSTUROLOGIA; 
O que é a posturologia? 
Ciência do equilíbrio humano → surge da necessidade do homem de conhecer certos 
mecanismos posturais. 
Começa-se a compreender as vias através das quais o homem é capaz de manter-se 
erguido e de adaptar-se aos fenômenos gravitacionais. 
O termo posturologia tem sido usado para descrever a disciplina que estuda as 
relações entre as diversas posturas corporais e distúrbios funcionais. 
É importante para reconhecer a anatomia e a relação funcional entre algumas atitudes 
posturais e condições patológicas. 
Desde o século XVII estudiosos já buscavam aplicar os princípios físicos descritos por 
Galileu ao equilíbrio humano. Vierordt descreve no século XIX, oscilações permanentes do 
corpo humano na posição ortostática e cria a primeira escola de Posturografia em 1890 na 
Alemanha. Em 1955 Baron relata em sua tese que as modificações proprioceptivas 
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5 
interferem na postura e muitas patologias podem ser tratadas com estimulações posturais 
ao nível dos órgãos sensoriais. 
 
Em 1984 foi criada a Associação Francesa de Posturologia que posteriormente, em 
1995, tornou-se a Associação Postural e do Equilíbrio. Villeneuve, em 1985, utilizou os 
conhecimentos da área da podologia no estudo e tratamento postural. 
 
Em 2001, Lacour programou um curso denominado "Posturologia Clínica", dando ao 
estudo do pé uma importância postural e auxiliando na explicação teórica do sistema 
postural fino, além de relacioná-lo ao tratamento postural. 
 
Com as descobertas clínicas em reeducação neuromotora de Mezieres (1948); 
Alexander (1957); Feldenkrais (1967); Piret-Beziers (1971) e Struyf-Denys (1976), a 
Posturoterapia passou a ser considerada como um método de organização postural 
funcional. 
 
Desta forma, os estudos realizados em uma centena de anos relatam a importância de 
se considerar o sistema postural, com entradas múltiplas, tendo muitas funções 
complementares como: 
• lutar contra a gravidade e manter a postura; 
• opor-se às forças externas 
• situar-se no espaço-tempo estruturado que nos envolve; 
• guiar e reforçar o movimento; 
• equilibrar-nos durante o movimento. 
Para que o corpo consiga esta organização funcional, o organismo se utiliza de 
diferentes fontes: 
• exteroceptores, mandando informações sobre o meio externo (tato, visão, 
audição); 
• proprioceptores, informando sobre a posição, movimento do corpo e grau de 
estiramento e força de contração muscular; 
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6 
• os centros superiores que integram os seletores de estratégias, os processos 
cognitivos e tratam os dados recolhidos das duas fontes precedentes. 
Em termos gerais a Posturologia se encarrega de estudar, analisar, diagnosticar e 
tratar o Sistema Tônico Postural (STP). Tem aplicação nos mais variados campos: pediatria, 
neurologia, reumatologia, ortopedia, no esporte, na saúde ocupacional e muitos outros. 
 
Resumindo então, a Posturologia se define como o estudo da organização geométrica 
e biomecânica dos distintos segmentos de um indivíduo no espaço e de seus processos de 
regulação, conjuntamente com os mecanismos e substratos neurológicos que permitem a 
estabilização destes elementos no espaço e tempo durante a posição ortostática e a marcha. 
É um método de avaliação e tratamento que tem como meta prevenir os desequilíbrios 
CRÔNICOS causados pelos desequilíbrios posturais. Estes desequilíbrios são gerados pelas 
alterações das entradas posturais. 
Entradas posturais: 
✓ Pés 
✓ Olhos 
✓ Sistema dento-oclusal 
✓ Pele (cicatrizes) 
✓ Sistema vestibular 
 
 
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7 
 
 
 
POSTURA 
POSTURA 
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8 
 
A postura segundo Enoka (2000) é uma resposta neuromecânica que se relaciona com 
a manutenção do equilíbrio. Diz ainda que um sistema está em equilíbrio mecânico quando 
a somatória de forças que atuam sobre ele é igual a zero. Entretanto, esse sistema tem 
estabilidade somente se após uma perturbação o mesmo retornar a sua posição de 
equilíbrio. 
Para Magee é um composto das posições das diferentes articulações do corpo num 
dado momento. A postura correta é a posição na qual um mínimo de estresse é aplicado em 
cada articulação. 
Define postura como qualquer posição que determine a manutenção do equilíbrio 
com o MÁXIMO de estabilidade, MÍNIMO consumo energético e mínima sobrecarga nas 
estruturas anatômicas. 
Saad et al. (1997), relatam que estudos recentes em neurociências mostram que as 
mudanças ocorridas no sistema tônico-postural não dependem exclusivamente do ouvido 
interno, mas na maioria dos casos de receptores sensitivos internos e externos sendo os 
mais importantes os olhos e os pés. 
É extremamente complexo e intervém de forma permanente no ato de levantar-se, 
sentar-se, manter-se em pé e, se opor as forças externas contribuindo para o início dos 
movimentos. 
Sistema tampão na posturologia é o local onde se compensa um desequilíbrio 
postural. São eles: cintura escapular, cintura pélvica e pés. 
Pêndulo invertido: O homem está em constante oscilação 
graças ao trabalho das diferentes cadeias posturais, que se adaptam 
de maneira permanente para permitir que este pêndulo invertido 
suspenso pelos pés, mantenha sua posição vertical na mais estrita 
economia de energia. 
 A representação deste pêndulo invertido é compreendida 
através da ligação das fáscias da vértebra atlas até os pés. 
 Por este motivo é que dizemos que o homem é capaz de se equilibrar em seu 
desequilíbrio. 
 
 
 
SISTEMA TÔNICO POSTURAL 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=9yLQdPgl5rw4zM&tbnid=6lY77aHQ9LWF3M:&ved=0CAUQjRw&url=http://apoiofisiofono.blogspot.com/&ei=w496UZrdOKq10QGrs4DAAg&bvm=bv.45645796,d.dmQ&psig=AFQjCNHetpeFeujlihswmESPZXQkTojq2g&ust=1367073020660325POSTUROLOGIA OSTEOPÁTICA® 
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9 
Gagey desenvolveu o conceito do Sistema Tônico Postural 
 
O sistema que processa as informações provenientes de várias entradas. 
Conjunto complexo de interações entre aferências e eferências dadas pelos receptores 
posturais → controlado pelo SNC ao nível córtico-espinhal e através de reflexos neuro-
sensitivo motores. 
 
Organizado pelo sistema nervoso central e periférico a partir das informações 
proprioceptivas e exteroceptivas provenientes das entradas posturais, TENDO COMO 
ÓRGÃOS EFETORES OS MÚSCULOS POSTURAIS TÔNICOS E TÔNICOS FÁSICOS. 
 
 
 
 
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10 
 
Sistema Cibernético: 
➢ Auto-mantido 
➢ Auto-adaptado 
A entrada postural não tem condições para se auto corrigir, o mesmo tem a 
capacidade de se adaptar. 
As dores aparecem quando o corpo não apresenta mais condições de adaptação. 
 
PACIENTE POSTURAL 
Segundo Da Cunha (1987) citado por Gagey (2000), a síndrome da deficiência postural se 
caracteriza por um quadro composto por sinais e sintomas estabilométricos e clínicos: 
➢ Dificuldade de se manter em pé ou sofrimento nesta posição; 
➢ Estabilometria fora dos parâmetros de normalidade; 
➢ Assimetria anormal do Sistema Tônico Postural (exame clínico); 
➢ A manipulação de uma ou mais entradas posturais modifica imediatamente certos 
sinais de assimetria. 
 
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PERGUNTAS A SEREM RESPONDIDAS 
➢ Tônus assimétrico? 
➢ Relação com alguma entrada postural? 
➢ Conseguimos alterar esse tônus com a manipulação das entradas posturais? 
 
PARÂMETROS DE NORMALIDADE 
 
Manfio et al., descreve que aproximadamente: 
• 60% do peso corporal estão distribuídas nos calcanhares 
• 5,2% localizam-se no meio do pé 
• 31% a 38% na região da cabeça dos metatarsos 
• 2% na região dos dedos. 
 
 
 Projeção do centro de gravidade do corpo no meio do quadrilátero de sustentação. 
 
 
 
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Plano Sagital 
 
No plano sagital o eixo vertical do corpo passa pelo vértex, apófise 
odontóide de C2, corpo vertebral de L3, projetando-se no centro do 
quadrilátero de sustentação, 30mm posterior. 
 
 - Plano escapular e das nádegas – alinhados; 
 
 - Flecha lombar - 4 a 6 cm (3 a 4 dedos); 
 
 - Flecha cervical - 6 a 8 cm (4 a 5 dedos); 
 
 - Fecha occipital - 1,5cm (2 dedos). 
 
 
” Valores indicaram que, após um minuto de uso de palmilha, foi eficiente no realinhamento postural 
dos planos escapular e do quadril, pois favoreceu a redução dos valores acentuados de cada curva, 
com significância nas flechas cervical (p<0,02), occipital (p<0,03) e lombar (p<0,03). (Mantovani; A. 
M. et al, 2010). 
 
 
Plano Horizontal 
➢ Analisar o alinhamento da cintura escapular e pélvica quanto as rotações. 
 
 
 
 
 
 
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Plano Frontal 
• linha entre as pupilas; 
• linha entre os dois mamilos; 
• linha da cintura escapular e pélvica; 
 
 
 
➢ Solicitação: 
➢ Pré Disposição: 
➢ Disponibilidade do Sistema: 
 
ALTERAÇÕES POSTURAIS 
Plano Sagital 
 
 
 
 
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Avaliação do plano postural 105 pacientes: 
• 95 - anteriorizado = 90,48% 
• 10 - posteriorizado = 9,52% 
• 100% melhoraram o plano postural 
• 91,57% tiveram mudança para melhor na dor (leve, moderado e total). 
 
Plano Frontal 
 
 
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Plano Horizontal 
 
 
 
AVALIAÇÃO POSTURAL 
 
➢ Avaliação do plano postural; 
 
➢ Cintura escapular; 
 
➢ Cintura Pélvica; 
 
 
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DIAFRAGMA 
 
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17 
DIAFRAGMA 
Diafragma e seu papel postural 
 
Relações anatômicas: 
Diafragma por definição é qualquer membrana ou placa que divide duas cavidades ou 
duas partes da mesma cavidade. O nome diafragma tem origem do grego dia (através) 
juntamente a phragma (feixe). É uma lâmina musculotendínea, larga e fina, em forma de 
cúpula que compõe o assoalho da cavidade torácica, através de sua face superior convexa, e 
o teto da cavidade abdominal, por meio de sua superfície inferior côncava, separando assim 
duas cavidades. 
O músculo diafragma é descrito como um feixe muscular e tendinoso, que separa a 
cavidade torácica da cavidade abdominal. Seu centro é fibroso (centro frênico) enquanto as 
partes periféricas são musculares. Pode-se considerar o diafragma como formado por 
pequenos músculos digástricos (com dois ventres), intermediadas por tendões, os quais 
formam o centro tendíneo. Desta forma o músculo possui uma porção muscular periférica e 
uma porção aponeurótico central. 
Inserção anterior: processo xifoide do osso esterno 
Inserção posterior: pilar direito (vértebras de L1 até L3-L4); pilar esquerdo (vértebras 
L1 a L2-L3). 
➢ Ligações fasciais e conectivas entre o diafragma e o assoalho pélvico e o resto do 
corpo. 
➢ Relação das fáscias do diafragma com diversas outras estruturas do corpo. 
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18 
➢ Uma alteração fisiológica em qualquer parte do corpo afetará tudo o que é coberto 
por essa folha conectiva. 
 
Quando consideramos que os pilares diafragmáticos podem ter uma ação para cima, a 
partir de um ponto fixo sobre o centro frênico, que está ligado à coluna de C7 a T4 
(ligamento vertebro pericárdico), podemos pensar que o diafragma é lordosante por tração 
sobre L1 e L2 e sobre os 12º arcos costais, assim como sobre T12 indiretamente. 
A ação combinada do diafragma sobre T12-L1 e L2 e dos psoas sobre L3, 
particularmente, que resulta a curva lombar fisiológica. Esta lordose é indispensável para a 
boa fisiologia dos discos intervertebrais. 
Para que esta lordose permaneça fisiológica é preciso um antagonista para os 
músculos lordosantes, a fim de garantir o jogo sutil da lordose suficiente mas não excessiva. 
Para certos autores, o transverso do abdome pode representar este papel. 
A contração do diafragma na inspiração de tipo dinâmico acarreta o abaixamento 
instantâneo do centro frênico, que empurra a massa visceral para baixo (que permanece 
contida graças a tonicidade do transverso do abdome, que dirige a pressão para cima e evita 
que ela se comunique com a pelve menor). 
A pressão enquanto aumento no abdômen diminui brutalmente no tórax. Por outro 
lado o aumento da pressão abdominal comprime as veias, empurrando o sangue venoso 
para o tórax. Desta forma, a atividade diafragmática ao alternar as pressões entre cavidade 
torácica e cavidade abdominal, favorece o retorno venoso para o coração. 
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19 
 
 
Este estudo demonstrou os resultados do diafragma na respiração e na estabilidade da 
coluna vertebral. O fato de manter a pressão intra-abdominal é um fator importante para 
manter o apoio da coluna em sua parte anterior, apresentando desta forma um papel chave 
no tratamento de dores nas costas, hérnias, etc. Esses fatos também suportam a capacidade 
do diafragma de papel na manutenção da boa estabilidade do tronco. 
 
 
 
 
 
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20 
 
Neste estudo observaram que as excursões 
diafragmáticas (inspiratórias e expiratórias) não 
apresentou modificações sem alterações de tarefas 
posturais. Porém o diafragma apresentou um 
movimento reduzido quando foi realizada uma 
contração isométrica contra resistência em flexão 
de membros superiores ou inferiores. 
Os resultados deste estudo sustentam 
também a teoria de que ospacientes com queixas 
de dor lombar apresentam a função diafragmática 
comprometida, que pode desempenhar um papel 
importante na estabilidade de tronco. 
 
 
 
 
 
 
 
Este artigo sugere em seus resultados que o tratamento do diafragma é uma forma 
eficaz e viável de aumentar a potencia dos músculos estabilizadores da coluna lombar, como 
transverso abdominal, e multífidos. 
 
 
 
 
 
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21 
 
Paul Hodges já em 1997 comenta em seu artigo que a contração do diafragma pode 
aumentar a estabilidade do tronco, minimizando o deslocamento do conteúdo abdominal 
no tórax, mantendo a geometria dos músculos abdominais. 
 
 
➢ Estudos sugerem que a hemicúpula esquerda do diafragma tenha um papel maior de 
estabilizador postural do que um músculo respiratório. 
➢ No grupo ICT (instabilidade cronica do tornozeo) foi verificada uma redução da 
contratiblidadade diafragmatica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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22 
AVALIAÇÃO DO DIAFRAGMA 
 
(1) Tendão central 
(2) Cúpula diafragmatica anterior 
(3) Area xifoidea 
(4) Area costal 
(5) Ligamentos mediais 
(6) Ligamentos laterais 
(7) Aorta. 
 
 
1. As mãos devem estar posicionadas 
lateralmente às costelas para apreciar os 
movimentos costais durante a respiração. 
 
 
 
2. As mãos devem estar posicionadas 
anteriormente às margens das costelas para 
apreciar os movimentos costais durante a 
respiração. 
 
 
 
 
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23 
 
3. Para avaliar as cúpulas diafragmáticas, o 
antebraço do avaliador fica paralelo ao 
abdômen do paciente, com a região tenar 
e hipotênar ao nível da margem anterior 
das costelas; um pequeno impulso em 
direção cranial deve ser realizado 
sentindo a resposta elástica do tecido 
para ambos os lados. 
 
 
4. Para avaliar a área xifoide é usada 
para verificar se existe elasticidade 
tecidual durante a inspiração e 
expiração. A mão e o antebraço 
devem estar posicionados como para 
a avaliação das cúpulas, mas na área 
xifoide. Um pequeno impulso em 
direção cranial deve ser aplicado. 
 
5. Para testar os ligamentos mediais e 
laterais o avaliador deve posicionar as 
mãos nos espaços interesepinhosos 
de T11 e T12 e segurar com as ultimas 
falanges (de uma de das duas mãos) 
esta região. Utilizar um impulso em 
direção ao teto e realizar uma 
extensão passiva da vértebra 
verificando a informação da elasticidade tecidual. 
 
 
 
 
 
 
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24 
TRATAMENTO DO DIAFRAGMA 
RELAXAMENTO DAS FIBRAS ANTERIORES DO DIAFRAGMA 
Paciente em decúbito dorsal. 
Terapeuta: contato na região infra costal, com o 
bordo ulnar das mãos apoiando nas duas cúpulas 
diafragmáticas. 
Técnica: na expiração levar as costelas em direção 
caudal, associando-se a um movimento de desvio radial, 
mantendo as costelas baixas e o bordo lateral das 
últimas costelas se aproximando da linha média. 
Durante a inspiração, realiza-se restrição ao 
movimento de elevação e abertura das costelas. 
 
RELAXAMENTO DOS PILARES DO DIAFRAGMA 
Paciente em decúbito dorsal, com cotovelos em 
“duplo V” com o cotovelo apoiado na região de 
processo xifoide. Realiza uma retroversão pélvica no 
momento da expiração forçada. 
Terapeuta: contato da mão caudal na região de 
T12-L1 em direção aos cotovelos do paciente. A mão 
cranial vai tomar contato no cotovelos do paciente em 
direção à T12-L1. 
Técnica: no momento expiratório as mãos do 
terapeuta se aproximam, realizando resistência na fase 
inspiratória. 
 
 
 
 
 
 
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MANOBRA DIAFRAGMÁTICA – COLUNAS DE PRESSÃO 
Paciente em decúbito dorsal, membros inferiores 
fletidos. 
Terapeuta toma contato com as mãos espalmadas 
na região inferior das cúpulas diafragmáticas. 
Técnica: durante a expiração do paciente as 
costelas são levadas em direção caudal, fechando as 
costelas em direção medial. Resistindo-se à inspiração 
por alguns ciclos respiratórios (aprox.. 30seg). No último 
ciclo inspiratório um movimento brusco de soltar as 
costelas deve ser realizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CICATRIZES 
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27 
CICATRIZES 
Anatomia - Interação entre os tecidos 
Toda alteração relacionada ao tecido fascial, principalmente aderências cicatriciais podem, e 
na maioria das vezes irão afetar o movimento. 
 
 
Vamos pensar em uma cirurgia de cesariana. 
A cicatriz de cesariana é localizada na região supra púbica, medindo por volta de 10 a 
20 cm. De maneira simplificada o corte acontece em 6 camadas de tecido da pele até o 
útero. A primeira camada é a pele (derme e epiderme), seguida da fáscia superficial 
composta de camada de tecido adiposo, fáscia superficial e mais uma camada de tecido 
adiposo, em seguida fáscia muscular (empesa) e o próprio músculo, logo o peritônio parietal 
e peritônio visceral e por fim o próprio útero. 
Portanto, qualquer perda de deslizamento entre as camadas teciduais, pode 
sobrecarregar ou dificultar o movimento. 
De forma simplificada vamos abordar um pouco sobre os tipos celulares. 
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28 
- Queratinócitos (80 a 90%) são células diferenciadas do tecido epitelial (pele) responsáveis 
pela síntese da queratina. Presentes principalmente no tecido da epiderme. 
A principal função dos queratinócitos é produzir queratina, uma proteína 
fibrosa que faz, por exemplo, da epiderme uma camada protetora. 
Um atrito persistente, por exemplo por um sapato pouco adaptado ao pé, provoca um 
engrossamento da epiderme, com queratinócitos, denominado calo. 
- Melanócitos: Os melanócitos são células dendríticas que produzem a melanina, essas 
células são encontradas entre a junção da derme com a epiderme ou entre os queratinócitos 
da camada basal da epiderme. A célula melanócitos tem origem na crista neural embrionária 
tendo o citoplasma globoso onde os prolongamentos que surgem penetram em 
reentrâncias das células na camada basal e espinhosa fazendo assim, a transferência da 
melanina para as células que estão presentes nesta camada. A melanina é a pigmentação da 
cor na pele. Proteção de raios UV e participação no sistema imunológico. 
- Células de Langehans: são originárias da medula óssea. São células dendríticas abundantes 
na epiderme. Elas estão normalmente presente em linfonodos, podendo ser encontradas 
em outros órgãos na condição de histiocitose. Participam de reações imunológicas. São 
células móveis e dendríticas responsáveis pela imunovigilância cutânea. Têm a função de 
captar, processar e apresentar os antígenos aos linfócitos T. Representam 3-6% de todas as 
células epidérmicas. 
- Células de Merkel: localizam-se na camada basal da epiderme (o local mais profundo da 
epiderme, onde estão ligadas a terminais nervosos, em pele grossa especialmente) podendo 
ser encontradas também na bainha radicular de grandes folículos pilosos. Estas células 
apresentam uma função sensorial. Através das células de Merkel e das terminações 
nervosas livres presentes na epiderme e também de vários tipos de terminações nervosas 
sensitivas presentes na derme, a pele recebe informações do meio ambiente e as envia para 
o sistema nervoso central. 
A pele é repleta de terminações nervosas. E quando pensamos em sistema nervoso 
aferente, estamos falando de uma entrada sensorial. 
As principais terminações nervosas na pele são: 
 - Nociceptores: são terminações nervosas responsáveis pela nocicepção. A nocicepção é 
uma das duas possíveis manifestações de dorpersistente. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diferencia%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_(histologia)%22%20%5Co%20%22Tecido%20(histologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epit%C3%A9
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele%22%20%5Co%20%22Pele
https://pt.wikipedia.org/wiki/Queratina%22%20%5Co%20%22Queratina
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulas_dendr%C3%ADticas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epiderme
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linfonodos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Histiocitose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epiderme
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29 
- Pacini: é um mecanorreceptor que se encontra no tecido conjuntivo, tanto na derme, 
como nas vísceras, tendões e nas articulações. Neste caso, executam ações relacionadas 
com a propriocepção. 
- Meissner: são um tipo de mecanorreceptor, mais especificamente um corpúsculo táctil. 
Encontram-se distribuídos pela pele, mas se concentram em áreas particularmente sensíveis 
a toques leves, como nas pontas dos dedos, nas palmas das mãos, nas solas dos pés, 
nos lábios, na língua, na face, nos mamilos e na pele externa dos genitais masculinos e 
femininos. 
- Ruffini: é um tipo de mecanorreceptor de adaptação lenta que ocorre na pele e no tecido 
subcutâneo dos seres humanos. Pode também dar a percepção do calor. Responde ao 
deslocamento das fibras colágenas (estiramento). 
Para darmos continuidade, precisamos falar um sobre o tecido conjuntivo. 
A maior parte dos tecidos conjuntivos origina-se das células do folheto germinativo 
intermediário dos tecidos embrionários conhecido como mesoderma, (enquanto a pele se 
origina do ectoderma). Estas células possuem muitos prolongamentos citoplasmáticos e são 
imersas em uma matriz extracelular abundante e viscosa com poucas fibras. As células 
mesenquimais migram de seu lugar de origem e envolvem e penetram nos órgãos em 
desenvolvimento e dão origem também a tecidos epiteliais. 
Tecido conjuntivo (conectivo) caracteriza-se por apresentar variados tipos celulares, 
que são separados por uma matriz extracelular composta de fibras e substância 
fundamental. Também se refere ao grupo de tecidos orgânicos responsáveis por: 
- Unir e ligar tecidos; 
- Nutrir; 
- Proteger (sistema de defesa); 
- Sustentar os outros tecidos; 
- Servir de meio de trocas; 
- Reparo tecidual. 
Cabe aqui um breve comentário sobre as fáscias, as quais, não deixam de ser um tipo 
de tecido conjuntivo. 
Definição de pele e fáscia - O tegumento é composto pela epiderme e pela derme, que 
derivam de diferentes folhas embriológicas. A epiderme é o epitélio de superfície que se 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mecanorreceptor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conjuntivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Derme
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADscera
https://pt.wikipedia.org/wiki/Articula%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Propriocep%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mecanorreceptor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dedo
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A9
https://pt.wikipedia.org/wiki/Boca
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua
https://pt.wikipedia.org/wiki/Face
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mamilo
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_sexual
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mecanorreceptor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_subcut%C3%A2neo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_subcut%C3%A2neo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_sapiens
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesoderme
https://pt.wikipedia.org/wiki/Matriz_extracelular
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30 
origina em o ectoderma, o que significa que faz parte das estruturas que estão em contato 
com o exterior mundo. 
Entre as outras estruturas derivadas do ectoderma, identificamos a sistema nervoso 
central e periférico, a glândula pituitária, o epitélio dentário e a glândula mamária. Aqui 
podemos encontrar não só queratinócitos (que representam o primeira barreira 
imunológica, pois atuam como sentinelas), mas também melanócitos e células imunes 
(como as células de Langerhans e os linfócitos T). Há também células tácteis, diferenciados 
para toque seletivo. A fáscia é um tecido onipresente que permeia todo o corpo. Ela 
envolve, suporta, suspende, protege, conecta e divide os componentes musculares, 
esqueléticos e viscerais do organismo (Kumka e Bonar, 2012). 
Seus papéis fisiológicos e funcionais relacionados à estabilidade articular, coordenação 
geral do movimento, propriocepção, nocicepção (Tozzi, 2012), transmissão de forças 
mecânicas (Huijing, 2009); e está associado com a cicatrização de feridas, reparação de 
tecidos e muitas patologias do tecido conjuntivo. 
A fáscia incorpora o elemento de interconectividade estrutural em torno, dentro e 
entre o corpo constituintes, permitindo simultaneamente movimentos deslizantes e 
deslizantes simultâneos. 
Os fibroblastos podem formar aderências e junções comunicantes níveis intercelulares 
de contato, permitindo também uma resposta mais harmoniosa ao carregamento mecânico 
(Ko et al., 2000). 
 
Cicatrização x cicatriz 
A cicatrização é um processo natural de reparação de tecidos orgânicos lesados feito 
por meio das fibras colágenas derivadas dos mio fibroblastos que migram para o local ferido. 
Essas fibras recobrem a área lesada com tecido conjuntivo fibroso e, assim, o tecido 
epitelial pré-existente fica temporária ou permanentemente substituído por ele. 
Chama-se cicatriz à alteração tecidual que resulta deste processo de cicatrização. Ao 
seu final, o processo de cicatrização pode deixar na pele uma cicatriz e uma alteração da 
sensibilidade local duradoura ou permanente. 
 
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Existem quatro etapas principais na cicatrização da pele: hemostasia, inflamação, 
proliferação e remodelação. 
 
O sangue plaquetas entram em contato com o colágeno exposto e com outros 
elementos da matriz extracelular. Esse contato induz a liberação de importantes fatores de 
crescimento, fator de crescimento beta [TGF-b􀁂] e fator de crescimento derivado de 
plaquetas [PDGF]), enquanto os coagulantes iniciam a reconstituição do processo. 
A coagulação pertence ao primeiro estágio de reconstituição do tecido lesado, 
hemostasia. Este processo resulta em depósito de fibrina e outras substâncias similares, o 
que representa uma matriz provisória de sucessivos eventos de cura. 
Os fatores de crescimento, como TGF-b, PDGF e citocinas são os mais importantes, os 
quais, iniciam o segundo estágio da pele processo de cicatrização; ou seja, inflamação. O 
PDGF produz a quimiotaxia (ou seja, movimentos em direção a um estímulo) e outros 
elementos do processo, como neutrófilos, macrófagos, fibroblastos e células musculares 
lisas. 
A citocina, em contraste, atrai outros macrófagos e induz a secretar de mais citocinas, 
controlando a ação do PDGF juntamente com a produção / secreção de colágeno e das 
enzimas relevantes que degradam o colágeno. Dentro de 24 horas da lesão, a inflamação é 
aumentada por neutrófilos, que entram na lesão e limpam tudo. Esta ação pode durar até 
mais do que uma semana. Os mastócitos que secretam várias substâncias tais como 
leucotrienos, interleucinas e outras enzimas, com os neutrófilos, são responsáveis pelos 
sintomas de inflamação e vasodilatação: vermelhidão, calor, inchaço e dor. Outras 
substâncias, como monócitos, são ativadas dentro de 2 dias. Eles indicam o início de um 
subsequente estágio de sobreposição; ou seja, proliferação. Portanto, uma vez que a ferida 
foi limpa, dentro de 8 a 14 dias após a lesão, começa a terceira fase de cura, envolvendo a 
migração dos fibroblastos em direção à matriz extracelular provisória feita de fibrina e 
colágeno. À medida que essa etapa avança, liberação de TGF-􀁂 produzido por diferentesgrupos de células controla as numerosas funções dos fibroblastos. 
No início, a taxa de colapso produção excede a diminuição de outras substâncias como 
fibroblastos, que são estimulados pelo fator de crescimento, são divididos em mio 
fibroblastos comparáveis com células musculares lisas. A quebra simultânea da matriz 
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extracelular provisória interrompe a atividade do fibroblastos. O último estágio de 
cicatrização, remodelação, então começa. 
A remodelação pode durar anos e depende do tamanho e natureza da ferida. Nesta 
fase, o colágeno tipo 3 é substituído por uma fibra mais forte, como colágeno tipo 1, mas é 
alinhado sem uma ordem específica e é menor que o colágeno de uma superfície da pele 
não danificada. Isto resulta em mais força, mas menos elasticidade. Gradualmente, 
enquanto a cura processo segue um curso fisiológico de ação, a cicatriz perderá sua 
aparência eritematosa. O processo de cicatrização submetidos aos órgãos internos, por 
exemplo, após a cirurgia, é o mesmo que o observado para a pele. 
O que acontece, no entanto, se esses processos forem alterados? A cicatriz pode 
mudar o processo de cura para um estado não fisiológico, dando origem a uma cicatriz 
hipertrófica (HS), uma cicatriz queloide (KS) ou uma cicatriz atrófica (AS), cada uma com uma 
etiologia diferente. Cicatrizes aparecem após traumas, cirurgia ou queimaduras. O HS é, por 
definição, um processo de cicatrização que aumenta em altura, mas sempre confinado à 
área do original. A KS não só aumenta em altura, mas também prolifera além das bordas da 
lesão original. O AS aparece como uma depressão cutânea. 
Quando a derme e as fáscias são afetadas por cicatrizes, essas estruturas são 
alteradas, e sua função e capacidade de interação com o ambiente externo e interno fica 
comprometida. 
Muitas são as razões que provocam tais eventos, desde predisposição genética, a 
idade, mas eles ainda não são claramente entendidos. Neste momento, o panorama 
científico oferece várias hipóteses, mas a mais endossada é principalmente a 
neuroinflamatória ou hipótese de inflamação neurogênica. 
De acordo com algumas linhas de pensamento, um excesso de neuroinflamatório 
estímulos e liberação de neuropeptídios (substância P e peptídeos que liberam calcitonina) 
podem ser observados, que prolongam a produção de fatores de crescimento e citocinas, 
gerando uma matriz extracelular em excesso. A hiperestimulação neuroinflamatória é 
provavelmente resultado de arco reflexo no nível medular, que vem da lesão (nervos 
sensoriais com fibras não mielinizadas do tipo C e fibras delta) e depois retorna como sinal 
neuroinflamatório, com consequente excesso de atividade dos neuropeptídios. Foi 
confirmado um aumento de nervos na região das cicatrizes, particularmente HSs e um 
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acúmulo de neuropeptídios. O que significa que uma cicatriz pode apresentar estímulos 
diários, permitindo-nos compreender vários sintomas. 
O que gera essa superestimulação inflamatória? 
De acordo com alguns livros didáticos, esfregar a pele estimula resposta inflamatória 
neurogênica, e um vestido apertado é o suficiente para estimular um arco reflexo 
neurogênico, em cicatrizes patológicas isso realmente pode perturbar o sistema aferente. 
De acordo com outro pensamento corrente, essa resposta neuroinflamatória é 
causada principalmente por estímulos de tensão anômala originada na lesão. Esse processo 
provoca uma liberação de neuropeptídios de células nativas da matriz extracelular 
(portanto, não apenas aqueles pertencentes às terminações nervosas), estimulando um arco 
reflexo inflamatório. Com referência a essa ideia, a tensão sobre a lesão depende da direção 
da lesão em si; por exemplo, em uma direção vertical ou horizontal em comparação com o 
eixo da perna. Sendo que uma cicatriz horizontal, poderá apresentar uma tensão três vezes 
maior. 
Estudos recentes provaram que suas margens são puxadas para fora, com 
considerável periferia tensão, enquanto a área central está sujeita a uma leve tensão. 
As tropas mecânicas podem ser percebidas por dois tipos de receptores: o 
mecanorreceptor e o nociceptor mecanossensitivo, ambos transmitem informações 
somáticas. Podemos supor logicamente que na presença de uma cicatriz, esses receptores 
podem experimentar alteração, resultando na transmissão de sinais não fisiológicos e 
criando um arco reflexo patológico. Vale a pena lembrar que a linguagem da célula é, 
precisamente, a tensão, que ativa a mecanotransdução (isto é, a quimiotobiológica e 
resposta metabólica à tensão) . Essa resposta será diferente dependendo de como a tensão 
surge e dependendo de parâmetros diferentes. No entanto, é geralmente ignorado que se o 
tecido onde a tensão é observada está em uma condição desequilibrada, como no caso em 
que uma cicatriz, as células não podem interpretar corretamente a mensagem, dando 
consequentes respostas anômalas. 
Traumas profundos também podem afetar a fáscia e as vísceras, que então passam 
por um processo de cura idêntico. O fáscia é rica em corpúsculos (isto é, os casos de Golgi, 
Pacini e corpúsculos de Ruffini), com propriedades proprioceptivas e informação periférica 
significativa, bem como com probabilidade função nociceptiva. Além disso, o tecido fascial é 
feito de fibras contráteis, que podem produzir espasmos e disfunção consequente e dor. 
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Através de vias pós-sinápticas do corno posterior da medula e do trato espinotalâmico, as 
vísceras enviam sinais para a medula espinhal, que transmitem informações relacionadas a 
dor e a alterações interoceptivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cicatriz e Postura 
 Encurtamento adaptativo dos tecidos moles e fraqueza muscular envolvida. A causa 
pode ser maus hábitos posturais prolongados ou resultado de contrações e adesões 
formadas durante a cicatrização dos tecidos após trauma ou cirurgia. 
• Encontradas alterações posturais pós abdominoplastia (cabeça 
anteriorizada e postura cifótica). 
• Buscar por cicatrizes. Verificando-se aderências cicatriciais, faz-se 
necessário liberar primeiro a cicatriz para depois avaliar com os elementos. 
• As cicatrizes geralmente bloqueiam a ação das palmilhas. 
Avaliação da cicatriz 
TRAUMA CIRÚRGICO 
INFLAMAÇÂO POR DANO 
TECIDUAL 
MECÂNICO 
REMODELAÇÃO/ 
CICATRIZAÇÃO 
+ TENSÕES TECIDUAIS = 
CICATRIZAÇÃO RUIM 
- TENSÕES TECIDUAIS = 
CICATRIZAÇÃO BOA 
FIBROSE 
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• Determinar na anamnese relação entre o início da patologia e a intervenção 
cirúrgica; 
• Existência de hiperestesia ou ausência de sensibilidade; 
• Hipertrófica ou retraída (estirar longitudinalmente para sentir algum relevo); 
• Dificuldade de deslizamento tecidual (avaliar diferentes profundidades e 
direções); 
• Fase inflamatória – toque no tecido mais mole; 
• Fase proliferativa - toque no tecido mais rígido; 
• Fase remodelagem – quando a cicatriz evolui sem rigidez. 
• Coloração (características de inflamação); 
• Modificação do pulso radial quando a tocamos suavemente; 
• Neutralizar momentaneamente a cicatriz (frio ou calor); 
• Neutralizar a entrada sensorial com toque. 
 
Avaliação 
Teste de neutralização: pedir para o paciente realizar o movimento que 
reproduza o sintoma. O terapeuta palpa e realiza uma pequena sustentação da cicatriz 
enquanto o paciente reproduz o movimento. Caso a sintomatologia e/ou a amplitude 
de movimento melhore é indicativo que a cicatriz está influenciando no quadro do 
paciente. 
 
Tratamento 
- Inicialmente a melhora coisa é a imobilização. Repouso, postura antálgica quando 
necessário e bandagem rígida (aproximando os tecidos) = apoptose. 
Em seguida o maior objetivo é aliviaras tensões envolta da cicatriz, em todas as 
direções. Normalizar informações neurológicas e articulares. 
 
 
 
 
 
 
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TENDÃO CENTRAL 
 
Dentro do conceito que consideramos, é a continuidade de uma série de tecido 
conjuntivo visualizada através de várias estruturas, assim como músculos, tendões, 
ligamentos, aponeuroses, fáscia e etc. 
 
 
 
 
Podemos iniciar essa viagem pelo assoalho pélvico. Seguimos com o músculo psoas, 
esse através do ligamento arqueado medial (espessamento da fáscia do psoas) chega até o 
diafragma. Uma outra via ascendente seria pela bexiga, através do ligamento uraco segue 
através do ligamento redondo e falciforme, chegando ao diafragma pelo fígado. 
 
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Na sequência temos que o tendão central se continua pelo ligamento vertebro-
pericárdio, ligamento esse que interliga a transição cérvico-torácica com o saco pericárdio. 
Depois temos os ligamentos que fixam o saco pericárdio no esterno: ligamentos esterno-
pericárdio e ligamentos que fixam o saco pericárdio no diafragma: ligamento frênico-
pericárdio. 
 
 
 
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Existe uma relação importante entre o ligamento vertebro-pericárdio e o músculo 
constritor inferior da faringe, logo seguimos pelo médio e superior, este se liga na base do 
crânio e pode interferir na dura-máter. 
 
 
Outra via segue com a relação desses músculos com bucinador e ao mesmo tempo 
toda uma relação com a musculatura extrínseca da língua. Conectando mandíbula, 
temporal, palato e acaba chegando na base de crânio. 
 
Quando pensamos nos ligamentos esterno-pericárdio podemos seguir pela pelo 
esterno e conectar os infra e supra-hioideos. 
 
Se começarmos a explicar pelo crânio, temos que o tendão central inicia-se através 
das membranas de tensões recíprocas: a foice do cérebro e a foice do cerebelo. A foice do 
cérebro tem inserção na crista etmoidal e na crista do frontal anteriormente e vai até a 
protuberância occipital interna posteriormente continuando através da Tenda do Cerebelo 
que possui uma inserção na porção petrosa dos temporais, no occipital, nos parietais e vai 
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até os processos clinóides posteriores do esfenoide, emitindo um pequeno ramo até os 
processos clinóides anteriores do esfenoide para formar a tenda hipofisária (diafragma da 
sela túrcica). 
 
 
Na continuidade da foice do cérebro e da tenda do cerebelo, temos a dura-máter 
espinhal, uma membrana inelástica que fixa-se no occipital e vai até a segunda vértebra 
sacral, transmitindo dessa forma toda tensão pelos receptores da coluna vertebral. E 
também temos os músculos suboccipitais que estão na parte posterior da região cervical 
alta (C0-C1-C2). Os músculos suboccipitais são 4, reto maior, reto menor, oblíquo superior e 
oblíquo inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ENTRADA OCULAR 
 
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41 
ENTRADA OCULAR 
Uma das mais importantes entradas da posturologia, por proporcionar relação do 
corpo com os objetos no meio ambiente. Funciona como um endocaptor (relacionado com a 
propriocepção e musculatura ocular) e exterocaptor (relacionado com a visão), intervindo 
prioritariamente no equilíbrio estático e dinâmico. 
Segundo Mossi (2002), na manutenção da estática ereta o elemento mais importante 
não é visão central, mas sim a periférica que irá atingir a evolução completa aos 12 anos. 
Estudo realizado por Baron 1951 mostrou a relação da secção do reto lateral com 
atitudes escolióticas em peixes; 
Estudos demonstram que 85% dos indivíduos têm problemas ligados ao desequilíbrio 
do olho. 
Do ponto de vista evolutivo, as informações da visão têm três utilidades principais: 
• Observação de objetos móveis e imóveis; 
• Percepção de sua própria posição no espaço; 
• Manutenção de uma postura adequada. 
 
Segundo Latash (1998), o equilíbrio é extremamente influenciado pelo sentido da 
visão e a estabilidade da postura corporal torna-se mais complicada com os olhos fechados. 
Porém, muitas vezes observa-se o contrário quando temos alterações primárias desta 
entrada postural 
 
 
 
 
 
 
Olho Aberto Olho Fechado 
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42 
Estudos realizados por neurofisiologistas determinou que os músculos de ambos os 
olhos, os músculos do pescoço e de todo o corpo estão estritamente relacionados e 
qualquer modificação no funcionamento dos músculos oculares pode acarretar alterações 
posturais. 
Todos os desequilíbrios dos músculos oculomotores terão como resultado evidente 
um desequilíbrio dos músculos do corpo apresentando básculas e rotações. 
VIAS OCULOCEFALOGÍRIAS 
Divisão didática feita por Busquet: 
• Via oculogiria - que permite os movimentos conjugados de ambos globos oculares 
por meio dos nervos III, IV e VI, cujos núcleos estão relacionados com o lado oposto 
para manter a coordenação e o paralelismo do olhar. 
• Via cefalogiria – Faz a ligação da rotação da cabeça e do pescoço, com os 
movimentos dos olhos. Esta função passa pelo nervo acessório (XI), que inerva os 
músculos trapézio e esternocleidomastoídeo. 
 
ANATOMIA OCULAR 
Os músculos motores dos olhos: 
 
Reto Superior: Ação principal elevação olho, auxilia na 
adução e rotação medial; inervação - nervo 
Oculomotor (III); 
Reto Inferior: Ação principal depressão do olho, auxilia na rotação externa; inervação - 
nervo Oculomotor (III); 
Reto Medial: Ação principal adução do olho (convergência); inervação - nervo Oculomotor 
(III); 
Obliquo Inferior: Ação principal rotação lateral do olho (extorsão) e auxilia na elevação; 
inervação - nervo Oculomotor (III); 
Reto Lateral: Ação principal abdução do olho (divergência); inervação - nervo Abducente 
(VI); 
Oblíquo Superior: Ação principal rotação medial do olho (intorsão), auxilia na depressão; 
inervação – nervo Troclear (IV). 
 
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43 
Movimentos isolados dos olhos: capacidade de movimento de cada um dos olhos, 
isoladamente. 
 
 
 
 
 
 
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44 
Movimentos conjugados dos olhos: capacidade de movimento dos dois olhos em uma 
mesma direção e velocidade. 
 
DUÇÕES: são os movimentos do olhos - adução (rotação do olho em direção nasal), 
abdução (rotação do olho em direção à têmpora), supradução ou elevação (rotação do olho 
para cima), infradução ou abaixamento (rotação do olho para baixo), inciclodução (rotação 
do olho em torno do eixo ântero-posterior, de forma que a parte superior do seu meridiano 
vertical inclina-se medialmente) e exciclodução (rotação do olho de forma que a parte 
superior do seu meridiano vertical inclina-se lateralmente). 
 
VERSÕES: são os movimentos dos olhos na mesma direção - dextroversão (os dois 
olhos movimentam-se para a direita), levoversão (os dois olhos movimentam-se para a 
esquerda), supraversão (os dois olhos movimentam-se para cima), infraversão (os dois olhos 
movimentam-se para baixo), dextrocicloversão (os dois olhos inclinam-se para a direita), 
levocicloversão (os dois olhos inclinam-se para a esquerda). 
 
 
VERGÊNCIAS: são os movimentos dos olhos em direções opostas - convergência (o 
olho direito movimenta-se para a esquerda e o olho esquerdo movimenta-se para a direita), 
divergência (o olho direito movimenta-se para a direita e o olho esquerdo movimenta-se 
para a esquerda), inciclovergência (o olho direito inclina-se para a esquerda e o esquerdo 
inclina-se para a direita), exciclovergência (o olho direito inclina-separa a direita e o 
esquerdo inclina-se para a esquerda). 
 
 
 
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45 
 
RELAÇÃO DOS OLHOS E CADEIAS MUSCULARES 
 
 
Vascularização: 
Recebe 70% do aporte sanguíneo pela artéria oftálmica – carótida interna; os 30% vem 
da carótida externa. A drenagem venoso é feita pelas veias oftálmicas superior e inferior. 
 
ALTERAÇÕES Da ENTRADA OCULAR 
Distúrbios de refração: Ocorre um erro de refração quando a córnea e o cristalino 
não conseguem focalizar nitidamente a imagem de um objeto na retina. Existem diversas 
causas para a córnea e o cristalino não conseguirem dirigir corretamente os raios de luz 
para a retina. 
- miopia 
- hipermetropia 
- astigmatismo 
- presbiopia 
 
 
 
 
 
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46 
Distúrbios de Convergência: Função pela qual os dois retos mediais se contraem 
(movimento de adução bilateral), ajustando o direcionamento dos eixos visuais a um objeto 
próximo. A hipoconvergência é a incapacidade de realizar esta adução completa com um 
olho, ou com ambos. 
 
CONVERGÊNCIA NORMAL 
 
 
HIPOCONVERGÊNCIA 
 
Forias ou desvio compensado: Distúrbio ocular caracterizado pela falta de 
alinhamento de um ou ambos os olhos, podendo ser um distúrbio nasal ou temporal de 
ambos ou de apenas dos olhos 
 
Tropia ou desvio não compensado: Distúrbio ocular caracterizado pelo desvio 
manifesto, por parte de um olho, da posição normal ou própria, quando ambos os olhos 
estão abertos e descobertos (estrabismo). 
• Esoforia – globo ocular descansa para dentro e vai para fora; 
• Exoforia – globo ocular descansa para fora e vai para dentro; 
• Hiperforia - globo ocular descansa para cima e vai para baixo; 
• Hipoforia – globo ocular descansa para baixo e vai para cima 
 
Primárias: Relação com traumas cranianos ou cervicais. 
Secundárias ou adaptativas: adaptação de outras entradas posturais. 
 
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47 
Relação dos Canais Semicirculares e músculo extra oculares: 
 
 
Leitura e movimentos oculares: 
 
Movimentos sacádicos: são os deslocamentos que os olhos realizam, a cada segundo 
para a realização de uma tarefa onde seja necessário o controle ocular fino. Esses 
movimentos sacádicos ligam todas as fixações oculares entre si, possibilitando por exemplo, 
a leitura e a escrita. 
A leitura é um processo multissensorial, e durante sua realização diversos processos 
estão envolvidos, entre eles: percepção visual, MOVIMENTO OCULAR, associação viso-
auditiva, reconhecimento auditivo, processamento fonológico, memória visual e auditiva, 
expressão oral e processos verbais superiores. 
 
Sinais e Sintomas 
• Dor principalmente no final do dia; 
• Cefaleias; 
• Cervicalgias; 
• Vertigens; 
• Alterações posturais. 
 
Sinais Específicos 
• Sensação de queimação, lacrimejamento e coceira; 
• Impressão de ter areia no olho; 
• Vermelhidão nos olhos; 
• Sonolência na televisão ou computador; 
• Visão dispersa, chegando às vezes a diplopia. 
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AVALIAÇÃO DA ENTRADA OCULAR 
➢ Teste de Mobilidade: Permite avaliar a mobilidade dos olhos nas seis direções do 
olhar, realizando movimentos em oito. 
 
 
➢ Teste de Convergência: Aproxima-se a ponta do lápis lentamente nos planos dos 
olhos ate à raiz do nariz, mantendo a cabeça do indivíduo estabilizada. Em um 
indivíduo normal a convergência dos dois olhos devem ser harmoniosas, simétrica e 
simultânea, até este nível. 
São considerados patológicos: 
- um olho que converge por saltos; 
- convergência mais lenta de um olho em relação a outro; 
- um olho que para o movimento antes da convergência completa; 
- um olho que volta o movimento de convergência antes de 8 a 10 segundos. 
 
 
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➢ Cover Teste: Este teste deve ser praticado toda vez que os testes realizados 
anteriormente forem normais, principalmente em crianças e adolescentes, permite 
colocar em evidência as heteroforias. A ponta do lápis é colocada no plano dos olhos 
a uma distancia de aproximadamente 20cm do paciente. O examinador vai de forma 
sucessiva e alternada cobrir um olho e depois o outro várias vezes em seguida, 
quando a tela e suspensa, o olho deve continuar sem movimento algum. 
 
 
ESOFORIA 
 
 
EXOFORIA 
 
 
HIPERFORIA 
 
 
HIPOFORIA 
 
 
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➢ Haste de Maddox: Teste para avaliar as forias. Se coloca o cristal de Maddox em 
frente do olho direito e pedimos ao paciente que fixe no foco luminoso ou na luz da 
cruz de Maddox. Os raios se colocam verticais para explorar os desvios horizontais, e 
horizontais para os desvios verticais. Se o raio de luz passa pelo foco luz, o paciente é 
ortofórico. 
 
ESOFORIA
 
HIPER
FORIA 
EXOFORIA
 
HIPOFORIA
 
 
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TRATAMENTO DA ENTRADA OCULAR 
Crânio 
Técnica funcional para os olhos 
Paciente: deitado em decúbito dorsal com os olhos fechados; 
Terapeuta: sentado à cabeça do paciente; 
Contato: realizar o contato no globo ocular com a polpa dos dedos. Contato com 3 
ou 4 dedos; 
Execução: realizar os movimentos oculares de elevação e depressão (acumular o 
mais fácil), adução e abdução (acumular o fácil), intorsão e extorsão (acumular o 
mais fácil) – manter os três parâmetros de facilidade até que os tecidos se relaxem. 
Músculo Energia do músculo reto lateral 
Paciente: deitado em decúbito dorsal com os olhos fechados; 
Terapeuta: sentado à cabeça do paciente; 
Contato: realizar o contato no globo ocular com a polpa dos dedos. Contato com 3 
ou 4 dedos; 
Execução: realizar o movimento de adução do olho com hipoconvergência, pedir 
para paciente realizar a abdução enquanto o terapeuta resiste o movimento. 
Serão realizados 3 ciclos de 3 contrações sendo que a cada ciclo o terapeuta ganha 
nova amplitude em adução do olho. 
 
EXERCÍCIOS OCULARES: 
Empalmação (paciente realiza em casa, podendo ser feito várias vezes ao dia). 
Ponha-se em posição confortável com algum anteparo onde possa apoiar os 
cotovelos. Cubra os olhos com a palma das mãos. Essas devem ficar em concha e não 
tocar na vista, assentando-se as palmas nas maçãs do rosto e os dedos de uma das 
mãos cruzando sobre os dedos da outra, interceptando completamente a luz e sem 
exercer a mínima pressão contra os olhos (veja a ilustração para a posição das mãos 
sobre os olhos). Os olhos mantêm-se suavemente fechados. Quando estiverem 
inteiramente relaxados, o fundo da vista ficará preto. O tempo requerido para isto se 
realizar varia de dois a dez minutos e, em alguns casos, são necessárias algumas 
semanas de prática antes de se atingir uma boa percepção do negror absoluto. 
Não deve ser feita qualquer tentativa de ver o negror. Não dê atenção à vista mas 
ocupe sua mente com pensamentos agradáveis, tranquilos e a vista se encarregará 
de si mesma. O negror aparecerá automaticamente quando o olhar e mente se 
relaxarem. 
A empalmação é benéfica em qualquer caso de cansaço de vista como um meio de 
repousar os olhos o máximo possível no menor lapso de tempo. 
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Exercício circular com a caneta 
Exercício para o paciente fazer em casa. 
O próprio paciente segura a caneta em 45 graus e fixa a ponta da caneta e a 
aproxima em direção a raiz do nariz, realizando movimentos circulares. Quando a 
ponta da caneta for percebida desfocada e a ponta começa ficar duplicada, deve-se 
recomeçar o exercício. 
Hipoconvergência nos dois olhos: caneta no centro dos dois olhos; 
Hipoconvergência unilateral: caneta pode ir em direção ao olho são. 
* Realizado 1min para cada lado. 
 
 
Exercício coma placa de Berna (Deve ser feito 10x 10segundos cada ponto) 
Exercício para o paciente fazer em casa. A placa é colocado sobre a crista nasal, o 
objetivo é convergir a visão partindo do ponto mais distal e seguir a linha de forma a 
forçar a convergência até o ponto mais próximo do nariz. Se já estiver fácil pedir ao 
paciente que faça o mesmo processo, porém pulando os pontos azuis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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53 
Exercício do Relógio (este exercício pode ser indicado para o paciente realizar em casa) 
Paciente: deitado em decúbito dorsal com os olhos fechados; 
Terapeuta: sentado à cabeça do paciente – irá realizar estímulo sensitivo e verbal para 
indicar onde o paciente deve olhar; 
Execução: pedir para que o paciente olhe nas 8 direções indicadas na figura. 
Estes movimentos devem ser realizados 3 vezes para cada lado com graus de força 
leve, moderado e forte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios combinados entre olhos, cervical e mandíbula 
Paciente: deitado em decúbito dorsal com os olhos fechados; 
Terapeuta: sentado à cabeça do paciente – irá realizar estímulo sensitivo e comando 
verbal para indicar os movimentos a baixo: 
 
1) Olho D + Cabeça D 
2) Olho E + Cabeça E 
3) Olho E + Cabeça D 
4) Olho D + Cabeça E 
5) Mandíbula D + Cabeça D 
6) Mandíbula D + Cabeça E 
7) Olho E + Mandíbula E + Cabeça E 
8) Olho D + Mandíbula D + Cabeça D 
9) Olho E + Mandíbula D + Cabeça E 
10) Olho E + Mandíbula D + Cabeça D 
11) Olho D + Mandíbula D + Cabeça E 
12) Olho E + Mandíbula E + Cabeça D 
 
• este exercício pode ser indicado para o paciente fazer em casa, respeitando o nível 
de dificuldade que o paciente suporta 
 
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ENTRADA DENTO-
OCLUSAL 
ENTRADA DENTO-OCLUSAL 
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• Unidade funcional do organismo onde diferentes tecidos vão atuar 
harmoniosamente na realização de diversas tarefas funcionais. 
• É um sistema que compreende: maxila, mandíbula, tecidos moles (glândulas, 
vascular e nervosa), dentes, ATM e os músculos. 
• Este sistema deve oferecer uma posição mandibular favorável para a ATM e para a 
relação oclusal (dentes). 
 
Se esta entrada postural não atua diretamente na regulação tônica postural, suas 
perturbações serão elementos desestabilizadores através do: 
- Sistema muscular; 
- Sistema óculo-motor e diferentes formações centrais; 
- Descompensação do nervo acessório (NC XI); 
- Descompensação craniana. 
 
Considerando o aparelho estomatognático um sistema constituído da mandíbula, 
ATM, osso hioide, coluna cervical e dos músculos que se originam desta estrutura, permite-
nos melhor compreensão de como as alterações dos receptores podálicos podem interferir 
no equilíbrio oclusal (alterações ascendentes) e vice-versa, desequilíbrio oclusal alterar o 
apoio plantar (alteração descendente) (BRACCO,ARMANDI,CERRATO, 2005). 
 
 
 
• 1988 Bataglion et al → associações de desordens temporomandibulares e 
cervicalgia. 
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56 
• SNC recebendo aferências de receptores localizados na cavidade oral, músculo e 
ATM. 
• Todo desequilíbrio do aparelho mastigatório poderá, repercutir sobre o conjunto 
do sistema tônico postural (BRICOT, 2001; OKESON, 2000) 
A postura anterior da cabeça tem sido associada à diminuição da dimensão vertical de 
oclusão. Mudanças da postura corpórea têm sido mostrada para concluir que a ativação dos 
músculos podem afetar a posição de repouso mandibular. Os efeitos da postura de cabeça 
pode ser especialmente importante baseado na relação da estabilização entre postura 
crânio-cervical e a morfologia craniofacial. 
Fisiologia articular ATM 
Abertura da boca 
1⁰ tempo rotação: movimento menisco mandibular= a repouso articular. 
2⁰ tempo translação: movimento temporomeniscal= a aumento da pressão interna 
articular. 
Músculos motores: pterigoideo externo e digástrico bilateralmente. 
Amplitude do movimento 40- 55mm. Capacidade funcional é 70% da abertura total. 
Fechamento da boca 
1⁰ tempo translação: deslizamento posterior, ocorre na articulação temporomeniscal. 
2⁰ tempo rotação: movimento menisco mandibular. 
Músculos motores: masseter, temporais, pterigoideo interno e feixe superior do 
pterigoideo externo. 
 
Protrusão da boca 
Movimento de deslizamento anterior da mandíbula, em relação aos dentes superiores. 
 Movimento temporomeniscal (deslizamento anterior). 
Movimento limitado por tensão meniscal posterior. 
Amplitude de movimento 1,5 cm. 
Músculos motores: pterigoideo externo e interno e temporal (sustenta o peso da 
mandíbula). 
Retrusão da boca 
Desfaz a protrusão e centra a mandíbula. 
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Movimento de pequena amplitude pela compressão dos elementos retro 
mandibulares. 
Músculos motores: feixe posterior do digástrico, feixes profundos do masseter, feixe 
posterior do temporal e geniohioideo. 
 
Desvio lateral (didução) 
Movimento lateral da mandíbula. 
Amplitude de movimento 10- 15mm. 
Desvio lateral direito: côndilo direito gira sobre seu eixo longitudinal enquanto o 
côndilo esquerdo vai a frente, abaixo e para dentro. 
Músculos motores: contração das fibras posteriores e médias do temporal direito e no 
lado esquerdo contração dos pterigoideos externo, interno e feixe anterior do temporal. 
 
Relação 4 a 1 
Cada milímetro em lateralidade representa 4 mm em abertura. 
• Normal seria ter uma amplitude de movimento de 10mm nas lateralidades para 
que a abertura fosse de 40mm. 
• Se o movimento de lateralidade for de 5mm a abertura é de 20mm. 
• Se a amplitude de movimento for de 5mm para a esquerda e 10 mm para a 
direita significa que ao abrir a boca o lado direito vai ter uma abertura de 20 mm 
e o lado esquerdo uma abertura de 40. Neste caso existe um desvio para a direita 
da mandíbula ao abrir a boca. 
O Tratamento para melhorar a amplitude em abertura da boca consiste em restaurar 
as lateralidades. 
 
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58 
 
Oclusão 
Entende-se por oclusão todo e qualquer contato estático entre um ou vários dentes 
superiores e inferiores. A posição de repouso é definida como a distância constante e 
inconsciente entre os maxilares e a mandíbula, estando corpo e cabeça em posição ereta. 
• Dentes inferiores circunscritos pelos superiores; 
• Incisivos superiores recobrindo um terço dos inferiores; 
• Classe I 
• Músculos com tensão simétrica bilateral; 
• Todos os dentes; 
• Língua centralizada; 
• Respiração feita pelas vias aéreas; 
• Sem contato prematuro; 
• Abertura da boca de 3 a 4 dedos. 
 
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Classes de Angle 
• 1890 – Classificações das mal oclusões por Angle. 
• Oclusão normal: primeiros molares superiores estão em “chave de oclusão” – a 
primeira cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior oclui no sulco 
vestibular do primeiro molar inferior. 
• Descreve então 3 tipos de mal oclusão baseando-se na relação oclusal dos molares 
superiores e inferiores. Mal oclusão deriva da mandíbula para frente ou para trás. 
 
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Classe 1: 
 Os molares mandibulares devem estar meio dente para frente dos molares 
maxilares. Os incisivos maxilares devem cobrir 1/3 dos incisivos mandibulares. 
 
Classe 2 – Divisão 1: 
 Recuo relativo da mandíbula, molares maxilares e mandibulares perdem a distância 
normal. Incisivos orientados para frente (disfunção lingual). 
 
Classe 2 – Divisão 2: 
 Recuo relativo da mandíbula,molares maxilares e mandibulares perdem a distância 
normal. Incisivos orientados para trás. 
 
Classe 3 
 Caracterizado pela prognasia da mandíbula. 
 
Sinais clínicos das disfunções 
• Predominância da sintomatologia no final da noite e antes de se levantar 
• Acorda com nuca rígida, desbloqueio progressivo; 
• Normalmente a sintomatologia é alta: cervicalgias, cefaleias, dor na ATM e dentes; 
• Dor facial 
• Dor temporal. 
 
Avaliação da oclusão. 
• Heineken teste: Colocar um elemento entre os dentes do paciente e pedir para o 
mesmo movimentar os dentes e deglutir. 
 
Prova dinâmica de abertura da boca: 
 
 
Abertura 
Protusão 
Diducção 
esquerda 
Diducção 
direita 
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61 
Diagnóstico da ATM 
 
Anamnese: pesquisar sobre afecções anteriores (sinusite, otites, transtornos digestivos ou 
da salivação, deglutição e fonação). 
• Traumas? Cronologia, local etc. 
• Patologias reumáticas, transtornos nervosos, vertigens... 
• Tratamentos anteriores, dentais, ortodontia, extrações dentais e próteses. 
• Localização da dor, características e tipo? 
• Ruídos articulares? 
• Transtorno de mobilidade: subluxação, bloqueios, limitações, dificuldade para 
mastigar... 
• Sintomas auriculares: zumbidos, dores ou sensação de obstrução, cefaleias e 
neuralgias. 
 
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62 
Sequência de avaliação: 
• Avaliação do espaço suboccipital (C0- C2). 
• Avaliação linha zigomático malar. 
• Teste de rotação para C1 e C2. 
• Avaliar o desvio lateral na abertura da boca (Prova dinâmica da abertura) 
• Avaliação da oclusão (classes de Angle e mordidas cruzadas). 
• Prova de HEINEKEN: Colocar um elemento entre os dentes do paciente e pedir para 
mover seus dentes e deglutir. 
• Avaliação da lateralidade da mandíbula. 
• Palpação da musculatura hioídea, mastigadora, cervical e língua. 
Cefalometria de Rocabado 
• Relação angular do crâneo e coluna cervical. 
• Distância da base do occipital com atlas. 
• Posição do osso hióide na determinação das curvas fisiológicas da coluna cervical. 
• Relação cervical, hióide e posição de repouso da língua. 
• Vias aéreas 
Pontos e definições 
• Plano de Mc Gregor- espinha nasal posterior a base do occipital. 
• Plano odontóide- borda antero inferior e ápice da odontóide. 
• Ângulo crâneo vertebral- Normal 96 – 106 graus. 
• Base do occipital e arco posterior do atlas 4-9 mm 
• Ângulo anteroinferior da terceira cervical. 
• Ponto mais anterior e superior do hióide. Triangulo hioideo 5 mm (+- 2) 
• Retrognatio, ponto mais inferior e posterior da sínfise mandibular. 
 
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63 
 
 
Avaliação do espaço sub- occipital 
Paciente: sentado 
Terapeuta: de pé atrás do paciente. 
Teste: o terapeuta palpa a espinhosa de C2 e o occipital, primeiro ponto ósseo, a 
distância entre esses dois pontos deve ser de dois dedos do paciente. 
 
Linha zigomático malar 
Em uma vista lateral o osso zigomático deve estar no mesmo alinhamento que a parte 
anterior do esterno. Esta posição de cabeça corresponde ao ponto de menor atividade 
eletromiográfica da musculatura antigravitacional (repouso). 
 
Avaliar a Rotação de C2 
Paciente: sentado. 
Terapeuta: ao lado do paciente, com a mão anterior contato na região frontal e a mão 
posterior realiza uma pinça na espinhosa de C2. 
Teste: realizar uma inclinação lateral da cabeça do paciente com a mão que está em 
contato com o frontal e a mão sensitiva que se encontra em C2 avalia a rotação vertebral. 
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64 
Resultado: C2 deve rodar para o mesmo lado da inclinação vertebral. 
Exemplo: ao inclinar a cabeça para a direita a espinhosa de C2 apresenta uma boa 
mobilidade para mover a esquerda, e ao inclinar a cabeça para a esquerda a espinhosa de C2 
não move com facilidade a direita, a vertebra C2 está rodada a direita. 
 
Avaliação de C1 
Paciente: sentado 
Terapeuta: de pé a frente do paciente. 
Teste: o paciente realiza flexão cervical máxima e roda para a direita e esquerda. A 
rotação deve ser simétrica para ambos os lados. 
Exemplo: com flexão cervical máxima o paciente roda mais à esquerda que a direita 
significa que que C1 está rodada a esquerda. 
 
Avaliação da lateralidade da mandíbula 
 
Paciente: decúbito dorsal. 
Terapeuta: sentado a cabeça do paciente. Realizar um contato sensitivo nos côndilos 
mandibulares. 
Teste: pedir ao paciente uma abertura mandibular mínima, o suficiente para que não 
exista contato dentário, e de forma ativa o paciente desvia a mandíbula para ambos os 
lados. 
Resultado: se o desvio for maior para o lado esquerdo em relação ao direito, significa 
que o côndilo direito vai bem anterior e o esquerdo posterior. Já o côndilo direito não vai 
bem anterior e/ou o esquerdo não vai bem posterior. 
NORMAL É O MOVIMENTO SER SIMÉTRICO COM AMPLITUDE DE 10MM PARA CADA LADO. 
 
 
 
 
 
 
 
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65 
Língua 
 
 
A língua é um órgão muscular, revestido por uma camada mucosa, que é essencial 
para a mastigação, deglutição, gustação e articulação das palavras. Está dividida 
anatomicamente em ápice, dorso, face inferior e raiz. 
O dorso possui seu dois terços anteriores situados na cavidade oral e seu terço 
posterior já se encontra na orofaringe. Esta divisão é delimitada pelo sulco terminal, que 
apresenta uma forma em V sendo seu ápice posterior. 
A raiz é a parte faríngica da língua e é o ponto das inserções musculares. 
A face inferior está na cavidade oral, exclusivamente, e possui uma conexão mucosa 
via frênulo da língua com o assoalho da boca. 
O ápice é a região mais anterior e fina da língua. 
Músculos da língua 
 
 
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66 
O sistema muscular da língua é dividido em músculos extrínsecos, que fixam o órgão a 
estruturas vizinhas, e músculos intrínsecos. 
Os músculos intrínsecos são os longitudinais superiores e inferiores, transverso e 
vertical. A musculatura extrínseca é composta pelos músculos genioglosso, estiloglosso, 
palatoglosso e hioglosso. A inervação é através do XII par craniano (nervo hipoglosso), 
exceto o músculo palatoglosso que é inervado por fibras cervicais do nervo acessório. 
A porção anterior do genioglosso, o hioglosso e estiloglosso são responsáveis por 
retrair a língua. A porção superior do genioglosso faz o abaixamento e a protusão da língua. 
A vascularização é suprida pela artéria lingual, que é ramo da carótida externa, via 
ramos dorsais da língua e artéria profunda da língua. A drenagem é feita através das veias 
dorsais que desembocam na veia lingual e pela veia profunda da língua que se une a veia 
sublingual. Todos esses vasos direta ou indiretamente desembocam na veia jugular interna. 
Na língua temos uma sensibilidade geral e uma específica. A sensibilidade geral é 
através do nervo lingual para os dois terços posteriores, e o terço anterior é via 
glossofaríngeo. O nervo facial é responsável pela sensibilidade especial dos dois terços 
anteriores, já o glossofaríngeo inerva o terço posterior e o nervo vago é o responsável pela 
sensibilidade gustativa da epiglote. 
 
 
TRATAMENTO DA ENTRADA DENTO-
OCLUSAL 
Contra indicações 
• Fraturas recentes do côndilo ou da mandíbula 
• Lesões reumáticas da ATM 
• Tumores 
 
 
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Técnica de Jones 
Objetivo: suprimir as aferências patológicas responsáveis de uma facilitação dos influxos 
que mantém o arco reflexo neurogênico. 
Princípios: 
- Palpar os pontos dolorosos; 
- Manter a pressão sobre o ponto para desencadear a dor; 
- Buscar a posição que faz desaparecer a dor e manter durante90 segundos. 
- A dor deve haver desaparecido totalmente depois do tratamento. 
 
Técnicas Neuromuscular 
Objetivo: suprimir os espasmos, os pontos triggers e a dor referida dos músculos, e liberar 
os ossos relacionados com esses músculos. 
Princípios: 
- Se realiza uma massagem profunda e muito lenta em deslizamento longitudinal ao 
longo dos músculos espasmados na direção da orientação das fibras musculares. 
- Se passa três vezes sobre cada músculo. 
Principais músculos (as técnicas descritas aqui podem ser feitas em quaisquer músculos, 
respeitando sua origem e inserção e descrição de pontos gatilhos) 
 
Masseter 
Técnica de Jones 
Paciente: Em decúbito dorsal. 
Terapeuta: Sentado a cabeça do paciente. 
Contato: Com uma mão na mandíbula e a outra palpando o músculo. 
Execução: O terapeuta após achar o ponto trigger irá fazer a digito pressão, e com a 
mão mandibular vai buscar o posicionamento que alivia a dor. A técnica dura 90 
segundos, ao final volta se lenta e passivamente. A dor deve ter desaparecido. 
 
Técnica Neuromuscular. 
Paciente: Em decúbito dorsal com rotação cervical, estando o lado a ser tratado para 
cima. 
Terapeuta: Sentado a cabeceira do paciente. 
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68 
Contato: Uma mão estabiliza a cabeça do paciente e traciona a pele cranialmente logo 
acima do osso zigomático. A outra mão irá realizar os traços. 
Execução: O terapeuta estabiliza a cabeça do paciente e traciona a pele em direção 
cranial enquanto a outra mão realiza os traços paralelo ao músculo. 
Temporal anterior, médio e posterior 
Técnica de Jones 
Paciente: Em decúbito dorsal com rotação cervical, estando o lado a ser tratado para 
cima. 
 Terapeuta: Sentado a cabeceira do paciente. 
Contato: Com uma mão na mandíbula e a outra palpando o músculo. 
Execução: O terapeuta após achar o ponto trigger irá fazer a digito pressão, e com a 
mão mandibular vai buscar o posicionamento que alivia a dor. A técnica dura 90 
segundos, ao final volta se lenta e passivamente. A dor deve ter desaparecido. 
 
 
Técnica Neuromuscular 
Paciente: Em decúbito dorsal com rotação cervical, estando o lado a ser tratado para 
cima. 
Terapeuta: Sentado a cabeceira do paciente. 
Contato: Uma mão estabiliza a cabeça do paciente e traciona a pele cranialmente 
logo acima da inserção do músculo temporal (osso parietal). A outra mão irá realizar 
os traços. 
Execução: O terapeuta estabiliza a cabeça do paciente e traciona a pele em direção 
cranial enquanto a outra mão realiza os traços paralelo ao músculo. 
 
 
Digástrico 
 
Técnica de Jones 
Paciente: Em decúbito dorsal. 
Terapeuta: Em pé a cabeça do paciente. 
Contato: Uma mão vai tomar o contato sobre o músculo digástrico, ventre anterior, e 
a outra vai estar localizada no occipital. 
Execução: O terapeuta irá realizar a digito pressão, e realizar a flexão da cervical, 
posição que alivia a dor. Para melhor estabilizar o paciente o terapeuta mantém a 
flexão cervical descansando a cabeça do paciente sobre seu joelho. A técnica dura 90 
segundos, ao final volta se lenta e passivamente. A dor deve ter desaparecido. 
 
 
 
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69 
Estiramento para supra e infra hioideos. 
Paciente: Em decúbito dorsal. 
Terapeuta: Sentado a cabeça do paciente. 
Contato: Infra hioideos, uma mão contato no osso hioideo e a outra no esterno. 
 Supra hioideos, uma mão no osso hioideo e a outra na mandíbula. 
Execução: Avaliar qual direção de movimento está mais restrito e realizar 
estiramentos rítmicos sobre essa restrição. Estabilizar o osso hioide e realizar 
movimentos com a mão do tórax ou da mandíbula. 
 
 
Técnica articulatória ATM 
Paciente: Em decúbito dorsal. 
Terapeuta: De pé ao lado do paciente a altura da cabeça. 
Contato: Com a mão cranial o terapeuta deve estabilizar a cabeça do paciente, com um 
contato sobre o osso frontal. A mão caudal irá fazer um contato em pinça sobre a mandíbula 
contra lateral, estando o polegar dentro da boca do paciente sobre seus dentes e os demais 
dedos na parte inferior do ramo da mandíbula. 
Execução: O terapeuta realiza uma leve tração caudal da mandíbula e aprecia o movimento 
de deslizamento anterior e posterior. A técnica consiste em manter a tração e articular a 
mandíbula em sua direção mais restrita. A técnica termina após o movimento restrito ter 
melhorado. 
 
Técnica Neuromuscular para a língua. 
Paciente: decúbito dorsal 
Terapeuta: de pé a altura da cabeça e ao lado do paciente. 
Contato: em pinça, polegar indicador, na raiz da língua e a outra mão estabiliza a cabeça. 
Técnica: após tomar o contato em pinça na base da língua o terapeuta deve fazer um 
compressão na língua e realizar um deslizamento da raiz da língua em direção ao ápice. Esse 
traço deve ser lento e ser feito de 3 a 5 vezes. 
 
 
Técnica Stretching da língua 
Paciente: sentado. 
Terapeuta: de pé e em frente ao paciente. 
Contato: com uma gaze o terapeuta vai tomar contato no terço anterior da língua, e a outra 
mão estabiliza a cabeça. 
Técnica: o terapeuta realiza trações anteriores da língua para promover um relaxamento da 
musculatura lingual. 
 
 
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Reposicionamento da língua- essencial para o tratamento desse sistema. 
A posição de repouso da língua é sobre o palato duro estando o ápice da língua contra as 
rusgas palatinas, e sem contato nos dentes anteriores e laterais. Essa posição cria uma 
pressão negativa que sustenta a mandíbula. 
 
Tração cervical 
Paciente: decúbito dorsal. 
Terapeuta: sentado a cabeça do paciente. Contatos de ambas as mãos, região tenar, na 
cabeça do paciente, occipital e mastoide, dedos repousando na cervical do paciente. 
Técnica: realizar uma leve tração da cabeça do paciente em direção cranial. A técnica deve 
ser realizada seis vezes de seis a dez segundos cada vez. 
Essa técnica deve ser realizada no começo e final do atendimento. Sempre realizar uma 
tração ao termino de qualquer técnica. 
 
Rotação anterior da cabeça 
 
Paciente: decúbito dorsal. 
Terapeuta: sentado a cabeça do paciente. Com uma mão o terapeuta toma contato com o 
occipital e a outra no frontal estando os dedos em direção aos pés. 
Técnica: terapeuta induz uma rotação de 15 graus da cabeça do paciente anterior realizando 
uma tração com a mão occipital enquanto a mão frontal faz um movimento em direção aos 
pés do paciente. Realizar esta técnica seis vezes de 6 a 10 segundos. 
 
Mobilização de C2 em lateralidade de cabeça. 
 
Paciente: decúbito dorsal. 
Terapeuta: sentado a cabeça do paciente. Dedo indicador e médio de ambas as mãos estão 
em contato com a parte lateral da espinhosa de C2 enquanto a mão toma contato com a 
região lateral da cabeça do paciente. 
Técnica: terapeuta realiza uma inclinação lateral da cabeça do paciente e ao mesmo tempo 
aplica uma força para mobilizar a espinhosa de C2 para o lado oposto (rotação de C2 para o 
mesmo lado da inclinação da cabeça). 
Obs.: essa técnica pode ser usada como teste para apreciar a rotação de C2. 
A técnica deve ser realizada até que as rotações de C2 fiquem simétricas. Estabilizar o novo 
posicionamento de C2 com o paciente resistindo isometricamente as forças impostas pelo 
terapeuta em lateralidade de cabeça é muito importante 
 
 
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Abertura espaço C0- C2 
 
Paciente: decúbito dorsal. 
Terapeuta: sentado a cabeça do paciente. Com uma mão contato global no occipital e a 
outra em pinça nas transversas de C2. 
Técnica: realizar uma leve tração com a mão occipital enquanto a mão que se encontra em 
C2 estabiliza a vertebra. 
Repetir a técnica seis vezes com a tração durando de 6 a 10 segundos. 
 
Técnica para desrrotação de C1 
 
Exemplo para uma rotação a esquerda de C1 
Paciente: decúbito dorsal. 
Terapeuta: sentado a cabeça do

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