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#Carolina R. Dobrotinic Prática AMBU HAM V Exame físico do sistema nervoso Escala de Glasgow Pontuação: 3-8 trauma grave 9-12 trauma moderado 13-15 trauma leve Avaliação domovimento Pede-se ao paciente que execute movimentos de extensão, flexão, rotação e lateralização da cabeça. Avaliação de provável meningite ➔ Rigidez da nuca Estando o paciente em decúbito dorsal, o examinador coloca uma das mãos na região occipital e, suavemente, tenta fletir a cabeça do paciente. Se o movimento for fácil e amplo, não há rigidez nucal, ou seja, a nuca é livre. Caso contrário, fala-se em resistência, defesa ou simplesmente rigidez da nuca. Esta última situação é frequentemente encontrada na meningite e na hemorragia subaracnóidea. ➔ Prova de Brudzinski Com o paciente em decúbito dorsal e membros estendidos, o examinador repousa uma das mãos sobre o tórax do paciente e, com a outra colocada na região occipital, executa uma flexão forçada da cabeça A prova é positiva quando o paciente flete os membros inferiores ➔ Prova de Kernig Consiste na extensão da perna, estando a coxa fletida em ângulo reto sobre a bacia e a perna sobre a coxa. Considera-se a prova positiva quando o paciente sente dor ao longo do trajeto do nervo ciático e tenta impedir o movimento. Essas provas são utilizadas para o diagnóstico de meningite, hemorragia subaracnóidea e radiculopatia ciática Limitação dos movimentos Solicita-se ao paciente executar movimentos de flexão, extensão, rotação e lateralização da coluna e observa-se a eventual existência de limitação na amplitude dos movimentos e em que grau. Provas de estiramento da raiz nervosa ➔ Prova de Lasègue Com o paciente em decúbito dorsal e os membros inferiores estendidos, o examinador levanta um dos membros inferiores estendido. A prova é positiva quando o paciente reclama de dor na face posterior do membro examinado, logo no início da prova (cerca de 30° de elevação) ➔ Manobra de Patrik Trata-se de uma prova que não faz parte da semiologia da coluna lombossacra, mas é importante fazê-la nesse ponto, já que pode dar informações importantes sobre o estado da articulação coxofemoral: o tornozelo é colocado ao lado medial do joelho contralateral, e o joelho ipsilateral é levemente deslocado em direção à mesa de exame. Isso força a articulação do quadril e, geralmente, não exacerba a compressão verdadeira das raízes nervosas. Em geral, o resultado é positivo na presença de doença da articulação do quadril. Marcha A todo e qualquer distúrbio da marcha, dá-se o nome de disbasia. A disbasia pode ser uni ou bilateral ● Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica ● Marcha anserina ou do pato ● Marcha parkinsoniana ● Marcha cerebelar ou marcha do ébrio Ao caminhar, o doente ziguezagueia como um bêbado. Esse tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesões do cerebelo. ● Marcha tabética Para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no chão; os membros inferiores são levantados abrupta e explosivamente, e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo de modo bem pesado. ● Marcha de pequenos passos. ● Marcha vestibular O paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda; é como se fosse empurrado para o lado ao tentar mover-se em linha reta. ● Marcha escarvante Quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar, toca com a ponta do pé o solo e tropeça. ● Marcha claudicante ● Marcha em tesoura ou espástica Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. Equilíbrio dinâmico A coordenação muscular (taxia) é proporcionada pela sensibilidade profunda e cerebelo. ➔ Prova índex-nariz Pede-se ao paciente para estender o braço e, em seguida, tocar a ponta do nariz com o dedo indicador. Inicialmente o paciente deve estar com os olhos abertos, e posteriormente fechados. Pode-se utilizar variantes da prova índex-nariz como: índex-lobo da orelha; índex-nariz do examinador. ➔ Prova calcanhar-joelho Paciente em decúbito dorsal com ambos os membros inferiores estendidos, pede-se para o paciente tocar o joelho com a ponta do calcanhar do lado oposto. A prova deve ser repetida diversas vezes, com olhos abertos e fechados. Pode-se sensibilizar a prova pedindo para o paciente deslizar o calcanhar ao longo da crista da tíbia após tocar o joelho. ➔ Prova de Stewart-Holmes (do Rechaço) Paciente sentado, pede-se para realizar flexão do antebraço contra resistência feita pelo examinador. O examinador bruscamente relaxa a resistência; em caso de distúrbio cerebelar o paciente terá assinergia muscular (não parando o movimento), de modo à continuar a flexão e bater o braço na região peitoral. O examinador deve estar atento ao realizar a prova, evitando que a continuidade do movimento machuque o paciente. ➔ Prova dos movimentos alternados Determina-se ao paciente que realize movimentos rápidos e alternados, tais como: abrir e fechar a mão, movimento de supinação e pronação, extensão e flexão dos pés. Tais movimentos denominam-se diadococinesia, e a capacidade de realizá-los é chamada eudiadococinesia. Sua dificuldade é designada disdiadococinesia e a incapacidade de realizá-los recebe o nome de adiadococinesia. Equilíbrio estático ➔ Prova de Romberg Solicita-se ao paciente continuar na posição vertical, com os pés juntos, olhando para frente. Nessa postura, ele deve permanecer alguns segundos. Em seguida, ordena-se a ele que feche as pálpebras. No indivíduo normal, nada se observa, ou apenas ligeiras oscilações do corpo são notadas (prova de Romberg negativa). Na vigência de determinadas alterações neurológicas, ao cerrar as pálpebras, o paciente apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência à queda (prova de Romberg positiva). A tendência para a queda pode ser: (1) para qualquer lado e imediatamente após interromper a visão, indicando lesão das vias de sensibilidade proprioceptiva consciente; (2) sempre para o mesmo lado, após transcorrer pequeno período de latência, traduzindo lesão do aparelho vestibular ➔ Motricidade espontânea Solicita-se ao paciente executar uma série de movimentos, especialmente dos membros, tais como: abrir e fechar a mão, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a coxa, fletir e estender a perna e o pé. Durante a execução desses movimentos, é importante observar se eles são realizados em toda a sua amplitude. Não o sendo, cumpre avaliar o grau e a sede da limitação. Nas síndromes piramidais, existe diminuição da velocidade dos movimentos. Nas extrapiramidais, como a parkinsoniana, há também diminuição da velocidade dos movimentos; porém, observa-se progressiva diminuição da amplitude dos movimentos com a realização deles. Força muscular O paciente procura fazer os mesmos movimentos mencionados no exame da motricidade espontânea, só que, desta vez, com oposição aplicada pelo examinador. Nos casos de discreta ou duvidosa deficiência motora dos membros, realizam-se as denominadas provas deficitárias, representadas pelas provas de Barré, Mingazzini e dos braços estendidos ➔ Manobra de Mingazzini Paciente de olhos fechados, estende os braços e os mantém estendidos em pronação por 30 segundos. A prova será deficitária (positiva) caso o membro superior caia. A manobra de Mingazzini pode ser realizada nos membros inferiores: o paciente fica em decúbito dorsal, com os olhos fechados e com as pernas em posição ginecológica, deve-se manter-se na posição por 30 segundos. ➔ Prova de Barré Paciente em decúbito ventral com as pernas flexionadas em 45º, manter-se na posição por 30 segundos Graduação da força ● Grau 0: nenhum movimento. ● Grau I: discreta contração muscular ● Grau II: movimento completo sem a força da gravidade ● Grau III: movimento contra a força da gravidade ● Grau IV: movimento completo contra a força da gravidade e contra certa resistência aplicada pelo examinador● Grau V: força normal Tônus muscular O tônus pode ser considerado como o estado de tensão constante a que estão submetidos os músculos, tanto em repouso (tônus de postura), como em movimento (tônus de ação) O exame do tônus é realizado com o paciente deitado e em completo relaxamento muscular 1. Inspeção Verifica-se a existência ou não de achatamento das massas musculares de encontro ao plano do leito. É mais evidente nas coxas e só tem valor significativo na acentuada diminuição do tônus 2. Palpação das massas musculares Averigua-se o grau de consistência muscular, a qual se mostra aumentada nas lesões motoras centrais e diminuída nas periféricas 3. Movimentos passivos Imprimem-se movimentos naturais de flexão e extensão nos membros e observam-se: A passividade, ou seja, se há resistência (tônus aumentado) ou se a passividade está aquém do normal (tônus diminuído) A extensibilidade, isto é, se existe ou não exagero no grau de extensibilidade da fibra muscular. Assim, na flexão da perna sobre a coxa, fala-se em diminuição do tônus quando o calcanhar toca a região glútea de modo fácil Balanço passivo Na hipotonia, observam-se achatamento das massas musculares no plano do leito, consistência muscular diminuída, passividade aumentada, extensibilidade aumentada. Na hipertonia, encontram-se consistência muscular aumentada, passividade diminuída e extensibilidade aumentada. Reflexos superficiais ➔ Reflexo cutâneo-plantar Estando o paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores estendidos, o examinador estimula superficialmente a região plantar, próximo à borda lateral e desliza no sentido posteroanterior, fazendo um leve semicírculo na parte mais anterior. A resposta normal é representada pela flexão dos dedos. A abolição desse reflexo ocorre quando há interrupção do arco reflexo e, algumas vezes, na fase inicial da lesão da via piramidal. A inversão da resposta normal, ou seja, a extensão do hálux (os demais podem ou não apresentar abertura em forma de leque), constitui o sinal de Babinski que indica lesão da via piramidal ou corticospinal. ➔ Reflexos cutâneo-abdominais Ainda com o paciente em decúbito dorsal, com a parede abdominal em completo relaxamento, o examinador estimula o abdome do paciente no sentido da linha mediana em três níveis: superior, médio e inferior. A resposta normal é a contração dos músculos abdominais que determina um leve deslocamento da cicatriz umbilical para o lado estimulado. Podem estar abolidos quando houver interrupção do arco reflexo, na lesão da via piramidal e, às vezes, mesmo na ausência de alterações do sistema nervoso (obesidade, pessoas idosas, multíparas). ➔ Reflexo palmar (C6-T1) Faz-se um estímulo deslizante através da palma, seguido pela flexão dos dedos ou fechamento da mão. Quando exagerado é denominado reflexo de preensão. Inervado pelos nervos mediano e ulnar. Reflexos profundos Reflexos aquileu, patelar, flexor dos dedos, supinador, pronador, bicipital e tricipital. Classificação: ● Arreflexia ou reflexo abolido: 0 ● Hiporreflexia ou reflexo diminuído: – ● Normorreflexia ou reflexo normal: + ● Reflexo vivo: ++ ● Hiper-reflexia ou reflexo exaltado: +++ Reflexo Músculo Centro medular Sede do estímulo Resposta Aquileu Tríceps sural L5 - S1 Tendão de Aquiles Flexão do pé Patelar Quadríceps L2 - L4 Tendão Rotuliano Extensão da perna Flexor dos dedos Flexores dos dedos da mão C7 - C8 - T1 Face anterior do punho Flexão dedos da mão Supinador Supinadores C5 - C6 Apófise estilóide do rádio Flexão do antebraço Pronador Pronadores C6 - C7 - C8 - T1 Processo estilóide da ulna Pronação da mão e antebraço Biciptal Bíceps C5 - C6 Tendão distal do bíceps Flexão do antebraço Triciptal Tríceps C6 - C7 - C8 Tensão distal do tríceps Extensão do antebraço Sensibilidade ➔ Sensibilidade geral superficial: Sensibilidade tátil: testa-se com um algodão ou pincel macio. O paciente deve nomear ou apontar a área estimulada. Sensibilidade dolorosa: utiliza-se um estilete de ponta romba, que é capaz de provocar dor sem ferir o paciente. Sensibilidade térmica: utiliza-se dois tubos de vidro, um com água fria, outro com água a 45ºC. ➔ Sensibilidade geral profunda: Sensibilidade barestésica (pressão): faz-se compressão digital ou manual. Sensibilidade palestésica (vibratória): pesquisada com diapasão de 128Hz, colocado em saliências ósseas. Sensibilidade cinética postural (artrocinética): desloca-se, suavemente, um segmento corpóreo em várias direções e, pede-se ao paciente para reconhecer a posição. A sensibilidade dolorosa profunda é avaliada mediante compressão moderada de massas musculares e tendões, o que, normalmente, não desperta dor. ➔ Estereognosia Capacidade de reconhecer um objeto com a mão sem o auxílio da visão Nervos cranianos I Nervo olfatório No exame da olfação, empregam-se substâncias com odores conhecidos: café, canela, cravo, tabaco, álcool etc. De olhos fechados, o paciente deve reconhecer o aroma que o examinador coloca diante de cada narina. ● Anosmia: perda do olfato ● Parosmia: percepção alterada do olfato ● Cacosmia: alucinação olfativa ● Normosmia: sensação normal da olfação ● Hiposmia: habilidade reduzida de perceber a olfação II Nervo óptico ➔ Acuidade visual Pede-se ao paciente que diga o que vê na sala de exame (na parede, na mesa) ou leia alguma coisa. Examina-se cada olho em separado. Havendo diminuição da acuidade, fala-se em ambliopia; quando abolida, constitui-se em amaurose. Ambas podem ser uni ou bilaterais ➔ Campo visual Sentado, o paciente fixa um ponto na face do examinador, postado à sua frente. O examinador desloca um objeto nos sentidos horizontal e vertical, e o paciente dirá até que ponto está “percebendo” o objeto nas várias posições. Cada olho é examinado separadamente. ➔ Fundoscopia Podem ser reconhecidos o tecido nervoso (retina e papila óptica) e os vasos (artérias, veias e capilares), que evidenciam fielmente o que se passa com as estruturas análogas na cavidade craniana. Entre as alterações que podem ser encontradas, destacam-se: a palidez da papila, a qual significa atrofia do nervo óptico; o edema de papila que traduz inflamação do nervo ou hipertensão intracraniana, e as modificações das arteríolas, que aparecem na hipertensão arterial. III Nervo oculomotor, IV nervo troclear e VI nervo abducente Inervam os vários músculos que têm por função a motilidade dos globos oculares. Tais músculos são o reto medial, o reto superior, o reto inferior, o oblíquo inferior (inervados pelo oculomotor), o oblíquo superior (inervado pelo troclear) e o reto lateral (inervado pelo abducente) O III nervo inerva também a musculatura elevadora da pálpebra. ➔ Motilidade extrínseca A posição do globo ocular é dada pelo funcionamento harmônico dos vários músculos. Caso haja predomínio de um deles (por paresia ou paralisia de seu antagonista), ocorre o que se chama estrabismo (desvio do olho de seu eixo normal), que pode ser horizontal (convergente ou divergente) ou vertical (superior ou inferior), e isso vai depender se o desvio é em uma ou em outra direção. Na presença de estrabismo, pelo menos na fase inicial, o paciente reclama de visão dupla ou diplopia O exame é feito em cada olho separadamente e, depois, simultaneamente, da seguinte maneira: estando o paciente com a cabeça imóvel, o examinador solicita a ele que desloque os olhos nos sentidos horizontal e vertical. No exame simultâneo, acrescenta-se a prova da convergência ocular, que é feita aproximando gradativamente um objeto dos olhos do paciente. ➔ Motilidade intrínseca Exame de pupila: Com uma lanterna de bolso, deve-se observar o tamanho, formato e posição da pupila. Bem como, os reflexos fotomotores direto (constrição da pupila diretamente estimulada), consensual (estímulo direto gera constrição da pupila não estimulada) e de acomodação (alteração conformacional do cristalino em resposta à variação da distância do foco da visão, por meio do músculo ciliar). V Nervo trigêmeo Raiz motora, representada pelo nervomastigador, que inerva os músculos destinados à mastigação (temporal, masseter e pterigóideos). Avalia-se a lesão unilateral da raiz motora pela observação dos seguintes elementos: ● Atrofia das regiões temporais e masseterinas ● A abertura da boca promove desvio da mandíbula para o lado da lesão e, ao trincar os dentes, nota-se debilidade do lado paralisado ● Há dificuldade do movimento de lateralização da mandíbula Raízes sensitivas que compreendem os nervos oftálmico, maxilar e mandibular, As raízes sensitivas responsabilizam-se pela sensibilidade geral da metade anterior do segmento cefálico. Comprometida a raiz sensitiva, o paciente vai referir dor, limitada à área correspondente à sua distribuição. Em tais casos, usa-se a designação de neuralgia (ou nevralgia) do trigêmeo ou de trigeminalgia. VII Nervo facial Dois ramos – temporofacial e cervicofacial –, os quais se distribuem para a musculatura da mímica facial. Para fazer o exame do nervo facial, solicita-se ao paciente enrugar a testa, franzir os supercílios, fechar as pálpebras, mostrar os dentes, abrir a boca, assobiar, inflar a boca e contrair o platisma ou músculo cutilar do pescoço. Na paralisia unilateral, observam-se lagoftalmia (o olho permanece sempre aberto); ausência do ato de piscar; epífora (lacrimejamento); desvio da boca para o lado normal, sobretudo quando se pede ao paciente que mostre os dentes ou abra amplamente a boca, e incapacidade para contrair o platisma, assobiar e manter a boca inflada. A paralisia da face se chama prosopoplegia e, quando bilateral, fala-se em diplegia facial. No tipo periférico, toda a hemiface homolateral é comprometida, enquanto, na central, somente a metade inferior da face contralateral se mostra alterada. VIII Nervo vestibulococlear É constituído por duas raízes: a coclear, incumbida da audição, e a vestibular, responsável pelo equilíbrio. A raiz coclear é avaliada pelos seguintes dados e manobras: ● Diminuição gradativa da intensidade da voz natural ● Voz cochichada ● Atrito suave das polpas digitais próximo à orelha Prova de Rinne, que consiste em aplicar o diapasão na região mastóide. Quando o paciente deixar de ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo ao conduto auditivo. Em condições normais, o paciente acusa a percepção do som (Rinne positivo). Transmissão óssea mais prolongada que a aérea (Rinne negativo) significa deficiência auditiva de condução. Teste de Weber: com diapasão de 256 ou 512 Hz, coloca-se o cabo do diapasão no meio da região frontal. Na perda auditiva de condução o som será mais alto na orelha afetada. Na perda auditiva neurossensorial, o som será mais alto na orelha normal. O acometimento da raiz vestibular é reconhecível pela anamnese, quando as queixas do paciente incluem estado vertiginoso, náuseas, vômitos e desequilíbrio. A investigação da raiz vestibular compreende a pesquisa de nistagmo, desvio lateral durante a marcha, desvio postural, sinal de Romberg e provas calórica e rotatória. ➔ Provas calórica e rotatória Estímulo dos labirintos com água quente e fria (prova calórica) e uma cadeira giratória (prova rotatória), é possível diagnosticar comprometimento do nervo vestibular e de suas vias. IX Nervo glossofaríngeo e X nervo vago A lesão unilateral do glossofaríngeo pode exteriorizar-se por distúrbios da gustação do terço posterior da língua (hipogeusia e ageusia); Pode aparecer disfagia. Na lesão unilateral dos IX e X nervos, observam-se: desvio do véu palatino para o lado normal, quando o paciente pronuncia as vogais a ou e; desvio da parede posterior da faringe para o lado normal (sinal da cortina) pela cuidadosa estimulação; disfagia com regurgitação de líquidos pelo nariz, e diminuição ou abolição do reflexo velopalatino. A lesão isolada do X nervo, a qual envolve apenas o ramo laríngeo, determina considerável disfonia. A porção autonômica (nervo vago) não é examinada rotineiramente. XI Nervo acessório Inerva os músculos esternocleidomastóideo e a porção superior do trapézio. Avaliar: atrofia desses músculos, deficiência na elevação do ombro (trapézio) e na rotação da cabeça para o lado oposto (esternocleidomastóideo) do músculo comprometido. XII Nervo hipoglosso Investiga-se o hipoglosso pela inspeção da língua – no interior da boca ou exteriorizada –, movimentando-a para todos os lados, forçando-a de modo que vá de encontro à bochecha e, por fim, palpando-a, para avaliação de sua consistência. Nas lesões unilaterais do hipoglosso, observam-se atrofia e fasciculação na metade comprometida. Ao ser exteriorizada, a ponta da língua se desvia para o lado da lesão. Às vezes, ocorre disartria para as consoantes linguais. Nas lesões bilaterais, as manifestações compreendem atrofia, fasciculação, paralisia, acentuada disartria e dificuldade para mastigar e deglutir (a língua auxilia esses atos).
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