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LAPELINC TRANSCRIPTOR: UM SOFTWARE PARA A TRANSCRIÇÃO 
PALEOGRÁFICA DE DOCUMENTOS HISTÓRICOS 
 
Bruno Silvério Costa (UESB/IFBA) 
Aline Silva Costa (UESB/IFBA) 
Jorge Viana Santos (UESB) 
Cristiane Namiuti (UESB) 
 
Palavras-chave: Transcrição, Paleografia, DOViC, LAPELINC. 
 
Resumo: 
A convergência possibilitada pelas Humanidades digitais, agregando em uma única área 
conhecimentos das humanidades e das tecnologias digitais, possibilitou o desenvolvimento de 
novos métodos e técnicas para o desenvolvimento de pesquisas na área de Linguística de Corpus 
(Portela 2013). Essa nova forma de pensar as humanidades possibilitou agregar soluções para 
a representação e a recuperação de informações em corpora de textos, operacionalizados a partir 
de então através do suporte digital da informação (Freitas 2017). Fruto dessa convergência, o 
Corpus DOViC (Corpus de Documentos Oitocentistas de Vitória da Conquista) está sendo 
compilado no âmbito do projeto “Memória conquistense: implementação de um corpus digital”, 
através da transcrição e anotação de documentos históricos em meio digital (Santos e Namiuti 
2016). 
Dentre os documentos que compõe o banco de textos do corpus DOViC, encontram-se 
documentos avulsos e livros de notas que pertencem a uma série que vai de 1 a 21 e datam 
desde 1841 (livro 1) a 1888 (livro 21) - todos provenientes da Imperial Villa da Victoria (atual 
cidade de Vitória da Conquista. Sendo o DOViC um corpus baseado nas diretrizes do CTB 
(Corpus Tycho Brahe) (Galves 2019), vários conceitos teóricos e recursos tecnológicos foram 
herdados como diretrizes de compilação e anotação dos textos. Embora no DOViC haja a 
possibilidade de utilização de software de assistência ao processo de transcrição por meio do e-
Dictor (Paixão de Sousa, Kepler e Faria 2010), essa atividade é normalmente realizada de forma 
manual, uma vez que o referido software apresenta apenas recursos primários de auxílio à 
transcrição, possuindo as suas funcionalidades voltadas ao processo de edição. No DOViC, 
mesmo que o processo conservador de transcrição esteja mais alinhado aos objetivos do projeto, 
a limitação em se expressar algumas ocorrências do texto original acabam em resultar num 
estilo semi-diplomático (Berwanger e Leal 2015), com registro de algumas abreviaturas, nomes 
e símbolos de forma expandida. Essa falta de expressão do software implica na geração de 
algumas limitações à fidedignidade e à fidelidade requeridas ao documento original (Namiuti e 
Santos 2016, M. C. Paixão de Sousa 2006), resultado da impossibilidade de uma transcrição 
estritamente conservadora decorrente das expansões e edições forçadas pela ausência de 
recursos tecnológicos. Isso também tem impacto na variabilidade dos resultados de transcrição 
e de recuperação do texto original, originários nas dificuldades do processo de representação 
do original. Considerando o DOViC um corpus com múltiplos objetivos de estudo (histórico, 
jurídico, filológico e linguístico), há uma demanda de representação o mais fidedigna possível 
ao documento (Santos e Namiuti 2016). 
Objetivando resolver estes e outros problemas no processo de transcrição paleográfica, propõe-
se neste trabalho, como recorte da pesquisa da tese de doutoramento em andamento de Costa 
(2019) no âmbito do LAPELINC/PPGLIN/UESB, um software de assistência ao processo de 
transcrição: o LAPELINC TRANSCRIPTOR. A partir de uma interface que permite a 
visualização e manipulação adequada dos fac-símiles, incluindo operações como 
ampliação/redução de áreas selecionadas, o fatiamento da imagem em linhas de transcrição, o 
alinhamento entre texto transcrito e imagem, além da construção de um abecedário que permita 
a consulta da forma de escrita dos grafemas dos tabeliões e/ou autores. O software ainda permite 
a representação das ocorrências no original, de forma fidedigna, relacionando imagem e 
transcrição para texto em subscrito, sobrescrito, símbolos especiais (Martínez 1988), 
abreviaturas (Borges Nunes 1981) e nomes, além de recursos de visualização da imagem com 
modificação de brilho e contraste, auxiliando ao paleografo na transcrição do documento 
histórico. Está também incluso no software uma interface de busca ao dicionário de escrita de 
abreviaturas (Borges Nunes 1981), permitindo buscar visualizar e escolher formas de grafia e 
transcrição para as abreviaturas catalogadas. 
 
Referências: 
Berwanger, Ana Regina, e João Erípedes Franklin Leal. Noções de Paleografia e de Diplomática. 5ª. 
Santa Maria: Editora UFSM, 2015. 
Borges Nunes, E. Abreviaturas Paelográficas Portuguesas. Lisboa, 1981. 
Costa, Bruno Silvério. “Um framework integrado para a criação, o gerenciamento e a disponibilização 
de corpora digitais em língua portuguesa.” Projeto de Pesquisa de Doutorado 
(PPGLIN/UESB), Vitória da Conquista, 2019. 
Freitas, Cláudia. “Estudos linguísticos e Humanidades digitais: corpus e descorporificação.” 
Gragoatá, setembro-dezembro 2017: 1207-1227. 
Galves, Charlotte. “O Corpus Tycho Brahe: Um corpus sintaticamente anotado do português 
histórico.” RBBA 8 (julho 2019): 181-204. 
Martínez, Tomás Marín. Paleografia y Diplomática. Madrid: Universidad Nacional de Educacion a 
Distancia, 1988. 
Namiuti, Cristiane, e Jorge Viana Santos. “De manuscritos históricos a corpora anotados: do 
Documento Digital Texto (DDT) ao corpus anotado.” Revista A Cor das Letras, 2016: 60-66. 
Paixão de Sousa, M. C., F. N. Kepler, e P. P. F. Faria. E-Dictor: Novas perspectivas na codificação e 
edição de corpora de textos históricos In: Tania Shepherd; Tony Berber Sardinha; Marcia 
Veirano Pinto. (Org.). Caminhos da linguística de corpus. Campinas: Mercado das Letras, 
2010. 
Paixão de Sousa, Maria Clara. “Memória do Texto.” Revista Texto Digital, 2006. 
Portela, Manuel. “Humanidades digitais: as humanidades na era da Web 2.0, Número 38. out 2013.” 
Rua Larga - Revista da Reitoria da Universidade De Coimbra 38 (2013). 
Santos, Jorge Viana, e Cristiane Namiuti. 2016. http://memoriaconquistense.uesb.br/websinc. (acesso 
em 16 de agosto de 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A PENA DO CONDOR – ANÁLISE PALEOGRÁFICA DE EDIÇÕES FAC-
SIMILARES DOS MANUSCRITOS DE CASTRO ALVES 
Kelly Rufino (Universidade de São Paulo) 
Palavras-chave: Filologia – Humanidades Digitais – Paleografia – Castro Alves 
Resumo: 
A comunicação tem como objetivo compartilhar os resultados preliminares da análise 
paleográfica de parte da correspondência ativa de Castro Alves e do manuscrito literário de A 
Cascata de Paulo Affonso, escrito pelo autor em 1870. A análise, que integra a pesquisa de 
mestrado sobre manuscritos inéditos do poeta, foi realizada a partir de edições fac-similares 
digitais. 
O corpus proposto para a pesquisa de mestrado é composto ao todo por 09 manuscritos 
autógrafos originais da correspondência ativa do escritor e pelo manuscrito literário de A 
Cascata de Paulo Affonso, também manuscrito autógrafo, constituído por 99 fólios. 
O foco da comunicação será mostrar o resultado da análise paleográfica feita em recortes do 
corpus supracitado, a saber: carta pessoal escrita por Castro Alves a seu amigo Augusto 
Guimarães, de 02 fevereiro de 1868, recorte composto por 04 fólios opistógrafos, além de dois 
poemas iniciais do manuscrito literário da obra A cascata de Paulo Affonso, escrita em 1870, 
que perfazem 08 fólios opistógrafos. 
A análise paleográfica assenta-se nas metodologias propostas por Berwanger & Leal (2008, 
107-108), Cambraia (2005, 109-126), Fachin (2006) e Monte (2015). Os resultados parciais 
obtidos apontam para diferenças significativas no ductus, ou traçado das letras do escriba, o que 
revelou alta frequência de alografia. Foram observados nesses alógrafos aspectos de escrita 
decorativa com valor conotativo (Cambraia 2005, 117), uso recorrente de abreviaturas, além de 
particularidades da escrita do autor. 
Feita a partir de edições digitais fac-similares, obtidas em ambiente virtual e por mídias digitais, 
a análise comprovou que esse tipo deedição permite a realização de paleográficas 
pormenorizadas, dispensando — ainda que temporariamente — a consulta in loco dos 
manuscritos. Trata-se de um ganho, tendo em vista restrições de acesso presencial aos arquivos 
físicos, em decorrência da pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2. 
No entanto, apesar da acessibilidade propiciada pelas edições digitais fac-similares, é de se 
notar que a edição digital não permite a verificação apurada do instrumento de escrita e da tinta 
utilizada pelo escriba ou ainda das marcas presentes no suporte de escrita dos manuscritos. 
Assim, a investigação da materialidade do documento depende do exame do original. 
 
Referências: 
Alves, Castro.1870. A cascata de Paulo Affonso – Manuscripto de Stenio. Rio de Janeiro: 
Manuscrito original disponibilizado em cópia fac-similar pela Biblioteca Nacional. 
http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_manuscritos/mss159651/mss159651.pdf. 
Berwanger, Ana Regina e João Eurípedes Franklin Leal. 2008. Noções de paleografia e de 
diplomática. Santa Maria: Editora UFSM. 
Bamman, David, Gregory Crane e Alison Jones. 2008. “ePhilology: when the books talk to 
their readers”. In A Companion to Digital Literary Studies, editado por Ray Siemens e 
Susan Schreibman, 29-64. Oxford: Blackwell. 
http://www.digitalhumanities.org/companionDLS/. 
Cambraia, César Nardelli. 2005. Introdução à crítica textual. São Paulo: Martins Fontes. 
Crane, Gregory. 2010. “Give us editors! Re-inventing the edition and re-thinking the 
humanities”. In Online Humanities Scholarship: The Shape of Things to Come, editado 
por Wuk Moyn, 81-98. University of Virginia: Mellon Foundation. 
http://cnx.org/content/m34316/latest/ 
Fachin, Phablo Roberto Marchis. 2006. “Estudo paleográfico e edição semidiplomática de 
manuscritos do Conselho Ultramarino (1705-1719)”. Dissertação de Mestrado, 
Universidade de São Paulo. 
Monte, Vanessa Martins do. 2015. Correspondências Paulistas. As formas de tratamento em 
cartas de circulação pública (1765 – 1775). São Paulo: FAPESP/ Humanistas. 
Monte, Vanessa, e Maria Clara Paixão de Sousa2017. “Por uma filologia virtual: O caso das 
atas da câmara de São Paulo (1562-1596).” Revista da Abralin 16: 239-264. 
https://revista.abralin.org/index.php/abralin/article/view/1317. 
Paixão de Sousa, Maria Clara. 2009. “Conceito material de texto digital: Um ensaio.” Revista 
Texto Digital, 5: 159-187. http://dx.doi.org/10.5007/1807-9288.2009v5n2p159.

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