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TCC CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Lourenço, Tailaine da Luz
Ru: 1638774
Andrade, Eliane Iarek
Ru: 1677913
RESUMO
A Educação Infantil sofreu várias mudanças no decorrer dos anos, entre essas mudanças pode-se destacar a contação de histórias. O ato de contar histórias era visto no passado como uma forma de conversar, de contar lendas e contos, transmitindo conhecimentos e vivencias. Quando as mães começaram a trabalhar nas fábricas e não tinham onde deixar seus filhos, surgiram as creches com intuito de cuidar dessas crianças, com isso, a contação de histórias passou a ser vista como uma forma de divertir, de entreter as crianças sem fins pedagógicos. Com a elaboração da BNCC, a contação de histórias passa a ter outra visão, uma ferramenta utilizada em sala de aula de grande valor no processo ensino-aprendizagem. A formação continuada de professores também se destaca no processo ensino aprendizagem, pois, os mesmos tem oportunidade de se atualizarem, aprofundando melhor em seus estudos e complementando seus currículos, além de ter maior sucesso profissional, dentro e fora da sala de aula.
Palavras-chave: Educação Infantil – Contação de histórias – Aprendizagens.
1. INTRODUÇÃO
Quando se lê ou ouve uma história, os pensamentos viajam sobre o mundo imaginário que o contexto apresenta, isso acontece desde os primeiros anos de vida até os últimos dias de vida de uma pessoa. O hábito de ler deve ser estimulado desde a infância, para o indivíduo entender que ler é algo importante e prazeroso. 
	Filmes e histórias relatam pais contando histórias para os filhos dormirem, fazendo com que essa prática fosse adotada no mundo real pelos pais. Mas com o avanço da tecnologia, esse hábito está sendo esquecido, afastando cada vez mais a contação de histórias, sendo substituída por vários outros recursos que a internet oferece no cotidiano familiar educacional da criança.
	Visando a importância da contação de histórias na Educação Infantil e a falta dela no cotidiano familiar, equipe pedagógica e professores, estão cada vez mais preocupados com o desenvolvimento que ela proporciona nos educandos. Mas para que essa falta seja suprida e a contação de histórias seja mais interessante do que a tecnologia ofereça, os professores devem usar a imaginação para que os alunos desfrutem da história e consigam absorver todos os benefícios dessa atividade tão importante.
	O Presente trabalho, busca enfatizar a contação de histórias na Educação Infantil, baseando-se em natureza bibliográfica, utilizando coletas de dados da internet e em livros, com o seguinte questionamento: Qual a importância da contação de histórias na Educação Infantil? É na Educação Infantil que o aluno desperta os interesses pelos estudos, como também desperta o interesse pelo brincar em grupos, pelas pinturas, pela dança, etc. Porque é na Educação Infantil que os professores aplicam metodologias de ensino eficazes para os alunos se desenvolverem em diversas atividades que contribuam no seu desenvolvimento na vida.
	A contação de histórias na Educação Infantil é muito importante, pois ela desperta a curiosidade, estimula a imaginação, atenção e a memória, desenvolve habilidades de expressão, cria o gosto e hábito pela leitura, contribui no desenvolvimento emocional e cognitivo. As crianças começam a construir sua visão e leitura de mundo, aprendem a lidar com diferentes percepções e sentimentos, ampliam seu vocabulário e constroem seu repertório cultural.
	Para despertar o interesse pela leitura dos alunos desde a Educação Infantil, os professores devem incentivar o contato dos alunos com os livros, trazer diferentes formas de contar a mesma história, por exemplo, contar a história da Chapeuzinho vermelho com o livro, depois levar a mesma história contando com teatro de sombras. Podem contar a história utilizando objetos e acessórios que possam representar os personagens, acontecimentos e lugares, por exemplo, três gizes de cera podem representar os três porquinhos. Podendo também usar imagens recortadas de jornais e revistas. Reprodução de sons feitos por imitações, sons de chuva caindo, passos de pessoas, podem ser confeccionados por materiais recicláveis feitos pelos alunos, ou até reproduzir sons com o próprio corpo.
	A voz de quem está contando a história também é fundamental, mudanças na altura e entonação de voz sinalizam ênfase e revelam emoções diversas. Os gestos, o olhar e as reações também complementam a palavra narrada, manifestando os sentimentos e a capacidade de leitura de expressão. 
	Um ambiente organizado também pode contribuir para o aluno gostar da atividade, então, o professor pode inovar em um cantinho que está sobrando dentro da sala de aula e o tornar o cantinho da leitura, enfeita-lo com uma árvore feita de TNT ou E.V.A, ou até mesmo, apenas uma prateleira com os livros, uma janela com cortinas, uma barraca, ou uma paisagem representando um lugar de uma história, como um castelo por exemplo. 
	A contação de história pode ser muito prazerosa para os alunos e para quem está narrando, basta usar a criatividade e a colocar em prática.
2. DIFERENTES FORMAS DE CONTAR HISTÓRIAS
Ao longo dos anos, a sociedade exige cada vez mais indivíduos críticos, criativos, responsáveis e com convicção. Na Educação Infantil é o momento ideal para a formação desses indivíduos, promovendo a ampliação das experiências sociais, capacidade de escutar, dar sequência lógica dos fatos, ampliação do vocabulário e a potencialização da linguagem oral.
A leitura é um estímulo para desenvolver a capacidade crítica de interpretação e interação social, oferecendo assim, um contato com o mundo imaginário. Para Abramovich (1997, p.16), “é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas histórias, é o início da aprendizagem para ser leitor”. É nesta fase que todos os hábitos se formam, por isso a importância de formar leitores desde pequenos. 	
Mas para que ocorra o desenvolvimento da criança, os professores devem escolher com cautela a metodologia a ser utilizada. Para Villardi (1997, p. 2) “Porque para formar grandes leitores, leitores críticos, não basta ensinar a ler, é preciso ensinar a gostar de ler. [...] com prazer, isto é possível, e mais fácil do que parece”. Para ensinar a criança a gostar de leitura deve-se escolher uma metodologia de contação de história que chame a atenção da criança, que faça o educando imaginar o que está acontecendo no decorrer da narrativa, deixando-a participar da história. 
Desde o inicio da civilização, o homem já tinha o hábito de contar histórias, tratava-se de um costume de transmitir culturas, crenças, mitos e valores através deste momento de interação. A contação de histórias continua presente na vida das pessoas, através das rodas de conversas contando algo que aconteceu, em um acampamento em volta da fogueira contando mitos e lendas, nas conversas de famílias contando sobre o passado, nas redes socias compartilhando e dialogando sobre seu dia. Todas as pessoas ouvem histórias, ela está em nosso dia-a-dia. 
	Mas para as crianças, as histórias devem ser ilustradas de formas diferentes de acordo com cada idade. Pois cada criança, visualiza, entende e se encanta de diferentes formas, então para que a criança preste atenção na história, precisa-se de uma metodologia adequada para tal idade. Existe diversas maneiras de se contar histórias, há muitas formas de se envolver e cada uma delas tem seu valor educativo. 
Tem histórias que são contadas e representadas com desenhos, que podem ser as histórias inventadas, onde o professor desenha e os alunos vão ajudando a montá-la, ou até mesmo os educandos desenham e contam a própria história para a turma toda.
Histórias usando instrumentos musicais, essa é a contação de histórias mais abrangente, onde se trabalha a atenção, memorização, a participação e o vocabulário. Um exemplo que pode ser utilizado é a história da Chapeuzinho vermelho, no decorrer da história canta-se “Pela estrada a fora eu vou bem sozinha, levar esses doces para a vovozinha...” 
Históriascom teatro de sombras, utilizando uma caixa de papelão, figuras representando a história, luzes apagadas e uma lanterna. Esse método pode se trabalhar com a atenção e a imaginação, no teatro de sombras só aparecerá a sombra da figura, sendo que o aluno terá que imaginar os detalhes da história, como é a roupa e a sua cor, como é a paisagem no local, se tem flores, quais suas cores e como é o rosto e as expressões dos personagens.
Representar as histórias com teatro, pode-se trabalhar com uma história conhecida pelas crianças, e fazer elas a representarem usando a imaginação, não necessariamente usando o mesmo vocabulário do livro. Esse trabalho fará que a história fique mais interessante para os educandos, trabalhando também o vocabulário, a imaginação, participação, autoconhecimento, desenvolvimento de expressão, comunicação e o social.
Histórias com fotos da família, pode ser trabalhada quando se estuda a família, as mamães podem fazer a tarefa de casa, escrevendo o que a criança estava fazendo quando tiraram aquela foto, quantos anos tinha, quem estava junto na foto e onde era o lugar. Na sala de aula o professor pode contar para toda a turma a história escrita pela mamãe sobre o aluno na sala.
É bem mais fácil prender a atenção dos pequenos se algum boneco falar e interagir com eles, os fantoches são um ótimo instrumento para isso. São bonequinhos feitos de tecidos ou caixas de recicláveis, utilizados sobre as mãos mexendo a boca, onde o professor faz uma voz diferente representando o boneco. O fantoche pode participar da história, ou apenas contar uma história.
A mala mágica é um ótimo objeto para representar a contação de histórias, nela, pode-se fazer um suspense, pois, nela se carrega a história que irá ser contada na sala de aula. A mala mágica pode ser feita de papelão enfeitada com E.V.A, e dentro estão os personagens da história que o professor tirará de um em um, deixando a história cada vez mais interessante, cobrando assim, a atenção dos alunos.
Usar objetos que criem vínculos com a história também é interessante, pois faz com que os alunos lembrem da história quando ver aquele objeto. Também pode usar os objetos para fazer os sons que contêm na história. 
Outro método interessante da contação de histórias é a caixa surpresa, onde é tirado objetos aleatórios colocados pelo professor ou alunos, e através desses objetos devem ser inventados uma história. 
Os livros são os mais usados na contação de histórias, importante deixar a criança manusear o livro depois que terminar a história, para que a criança crie um vínculo emocional com o livro, despertando o interesse futuro pela leitura. Também é importante quando o professor conta a história, que ele utilize entonações de voz e expressões referentes com decorrer da história, assim fará com q a criança imagine que ela está no mesmo cenário da história.
A contação de histórias é um valioso auxiliar na pratica pedagógica de professores da educação infantil. Para Braga Gonçalves & Soares (2014, p.7) “Quando estimulamos as crianças a interagir com a história contada, ela se apropria do conteúdo, faz relações com suas vivências e imprime a sua própria marca”. As narrativas estimulam a criatividade, a imaginação, a oralidade, facilitam o aprendizado, desenvolvem as linguagens orais, visuais, incentivam o prazer pela leitura, trabalham o senso crítico, as brincadeiras de faz-de-conta, valores, conceitos, colaboram na formação da personalidade da criança, propiciam o desenvolvimento social, afetivo, explorando a cultura e a diversidade. 
2.1 LEITURA PARA BEBÊS DE 0 A 3 ANOS DE IDADE
A Academia Americana de Pediatria recomendou que os pais lessem para os seus filhos pequenos, até mesmo quando eles inda estão no útero. Pesquisas mostram que antes das vinte semanas de gestação, o bebê escuta através de todas as células do seu corpo, fazendo que ele sinta as vibrações. Depois de vinte semanas de gestação, o bebê já tem o ouvido e com 28 semanas de gestação ele já consegue entender o tom de voz de quem fala com ele.
	A academia Americana de Pediatria recomenda que os pais comecem, desde a gestação a ter o hábito de ler para seus bebês, em um lugar tranquilo, podendo ser histórias curtas. Depois que os bebês nascem, pode ser escolhido um momento do dia, preferencia todos os dias para ler para seus pequenos. 
	Na escola, as crianças ingressam com seis meses de idade, e cabe ao professor também fazer um trabalho de leitura adequado para seus alunos. A leitura deve ser prazerosa, e como os bebês de seis meses a três anos de idade perdem facilmente a concentração, deve ser escolhido histórias curtas, livros de plástico e com texturas, para que as crianças possam pegar, manusear sem estragar o livro. 
Histórias com músicas também chamam a atenção deles e os fazem participar até batendo palminhas. Fantoches também são uma escolha importante na interação com os pequenos. Livros com desenhos e cores vibrantes ajudam com que façam que a criança foque sua visão no que está sendo apresentado. Livros com texturas e volumes estimulam o tato. Rimas e ritmo, são divertidos para ler em voz alta e nessa fase as crianças aprende com as repetições. 
	Os benefícios da leitura para crianças ainda na gestação até os três anos de idade, são os maiores vínculos que a criança desenvolve com a pessoa que está lendo a história, estimula a atenção, a concentração, a memória, aumento vocabulário, a linguística, capacidade de se comunicar, favorece a auto confiança, empatia, consciência do mundo, faz com que a criança seja menos agressiva, menos hiperativa e favorece no sono. 
	A criança tem o interesse pelo conhecer, aprender, e isso deve ser despertado, desenvolvido, estimulado, e cabe aos pais, professores e a própria escola desenvolverem esse interesse na criança.
2.2 LEITURA PARA CRIANÇAS DE QUATRO E CINCO ANOS DE IDADE
Crianças tendem a criar vínculos com as histórias que se identificam mais, principalmente na idade de quatro e cinco anos, onde sua imaginação e sua atenção estão mais desenvolvidas. Também é quando as crianças começam a expressar seus sentimentos a falar e fazer muitas perguntas. Por esse motivo, é importante que o professor trabalhe a imaginação da criança, o vocabulário e o social. 
Nessa idade os educandos adoram ouvir histórias que eles já conhecem e que mais se identificam, os professores devem ter paciência, pois é nesse momento que eles estão se conhecendo e desenvolvendo seu lado emocional. Mas o professor pode optar também em escolher outras histórias para ser contadas antes daquelas escolhidas pelos alunos, pois novos conhecimentos transmitidos por outras histórias sempre são importantes. 
Nessa fase as crianças já conseguem imitar os personagens, então, é o momento certo para trabalhar com o teatro na Educação Infantil. Escolhe uma história que as crianças gostam, para ficar mais interessante e mais fácil de caracterizar, dividem os personagens e ensaiam. A primeira apresentação pode ser filmada, para que depois todos os alunos que participaram assistam sua própria encenação. Nos próximos teatros, quando os alunos estiverem mais desinibidos, já podem se apresentar para os outros alunos da escola, professores e até mesmo em apresentações para a comunidade. 
Alunos de quatro e cinco anos também adoram histórias cantadas, eles já conseguem acompanhar as músicas e cantá-las, isso ajuda no desenvolvimento do vocabulário. Histórias inventadas na hora, utilizando objetos como a caixa surpresa ou mala mágica, também tem seu grau de desenvolvimento. As crianças irão acompanhar a história com mais facilidade, vai gerar emoções, trabalha a criatividade, a atenção e a competitividade, pois cada educando quer ter sua ideia na construção da história.
Para Vygotsky, é a linguagem que ajuda a criança a direcionar o pensamento. Ou seja, uma criança que fala pouco ou não utiliza outro tipo de linguagem, não tem seus pensamentos bem organizados. Quando a criança tem contato com a contação de histórias, a criança estará se familiarizando com a linguagemescrita, formando o modo de pensar, formando valores ideológicos, padrões de comportamento de sua sociedade e estará alimentando seu imaginário.
Os poemas, narrativas, textos dramáticos, ilustrações e imagens visuais, faz com que a criança desenvolva habilidades de entendimento e de relação com diversas linguagens. Formando referencias simbólicas e afetivas que irão influenciar no comportamento futuro.
A contação de história na Educação Infantil leva a criança a entender a vida, a sociedade, as pessoas pelo imaginário, ou seja, o livro, põe a criança em contato com o mundo, transmitindo conhecimentos que a criança irá usar para a vida toda. Basta escolher bons livros e uma metodologia correta de contar histórias.
2.3 REALIDADE DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NAS ESCOLAS
	A contação de histórias enquanto forma de conhecimento é aquela que assume um papel informativo na vida das crianças, abrindo as portas do saber, propiciando o acesso ao conhecimento, trazendo informações para a vida prática e solucionando problemas do cotidiano. Pois na verdade as histórias não escapam de referências ao real e ao saber humano. 
	Quando um autor de um livro infantil escreve uma história, ele busca pesquisar dados que ajudem a criança de determinada idade que o livro indica a buscar novos conhecimentos para a sua vida, ou seja, o autor descreve a realidade sobre o mundo que a criança está inserida, descrevendo sobre a cultura e geografia do espaço em que vive, sobre o momento histórico em que está se passando e outros dados que julga necessário para melhor construir o ambiente em que será desenvolvida a história.
	Livros, segundo Jorge da Cunha Lima (2006,p.31), falam “de assuntos sobre os quais não faz sentido dar aula: a paixão, a morte, a amizade, o desconhecido, o imensurável, a busca da felicidade, a astúcia, os sonhos, as emoções humanas, a dupla existência da verdade, a realidade das coisas, etc.” os professores ao escolherem os livros ao seus alunos, devem compreender que a leitura tem muitas faces, finalidades e objetivos. 
Essa diversidade deve estar integrada ao conhecimento dos professores, para que saibam que o livro escolhido não é apenas um passa tempo de final da aula, mas sim um complemento para as atividades que estão sendo propostas para as aulas. 
O aluno deve sentir o prazer da leitura, o prazer do conhecimento que está sendo adquirido através da contação de histórias, essa sensação de um saber mais profundo pode criar no educando as bases para que mais tarde, mesmo afastado do ambiente escolar, possa continuar dando importância a leitura, dando valor aos livros. 
A contação de histórias na Educação Infantil, é marcada pela beleza das linguagens, onde o contador da história transmite esses novos conhecimentos aos alunos e os deixa ansiosos pela continuação da história. Quando o contador, conhece o texto que ser vai apresentado, ele se entregar ao momento deixando seu corpo falar, pois, para que a contação de histórias chame a atenção da criança, as linguagens verbais, corporais e visuais devem estar em sintonia. 
O trabalho de contação de histórias nas escolas está sendo priorizado cada vez mais. Com o mercado de trabalho exigindo mais qualificação, os profissionais buscam se especializar no assunto para tornar suas aulas interessantes. 
No passado, havia um professor na Educação Infantil encarregado pela maior parte das disciplinas em sua sala de aula, incluindo a contação de história. Por esse motivo, o professor se sobrecarregava, esquecendo da importância do momento do contar história, deixando a desejar na escolha de um livro, não planejando a história, ou até mesmo deixando para folhar o livro no final da aula como um passatempo. 
Com as capacitações, os profissionais entenderam a importância da rotina em sala de aula, e dividiram as disciplinas, onde cada professor se especializa em uma área, aplicando seus conhecimentos de forma correta. Na Educação Infantil existem professores que ficam responsáveis pela contação de histórias, tendo mais tempo e profissionalismo para planejar sua aula, deixando-a mais interessante para os educandos.
Quando o educando da Educação Infantil está no berçário entre idades de seis meses a dois anos, a postura do professor contador de histórias muda, a atenção deles se prende a músicas, objetos sonoros, bichos de pelúcia, objetos que eles possam tocar, fantoches e as histórias bem curtas.
Quando o professor for contar histórias no Maternal com crianças de dois e três anos, esse educador já busca mais trabalhar a atenção desse aluno, escolhendo histórias curtas também, mas que porém busque informar novos conhecimentos, conhecimentos sobre os espaço em que vive, sua geografia, história, arte, sobre os obstáculos que a criança está passando, o social e sentimentos. 
Quando a contação de histórias é no Pré-escolar ou no Jardim, com crianças de quatro e cinco anos de idade, as histórias já podem ser mais exploradoras, dificultando um pouco mais o aprendizado do aluno, fazendo com que sua mente trabalhe mais. Pode se escolher histórias mais longas, porém, apresentadas sempre de formas diferentes, para prender a atenção do aluno, podendo usar fantoches, mala mágica ou teatro de sombras. O teatro nessa idade também é importante, ainda mais se trabalhado com as histórias que foram contadas em sala de aula.
Em todas as idades na Educação Infantil, é importante se trabalhar com diferentes formas de contar histórias, usando a mala mágica, fantoches, caixa surpresa, teatros e filmes, quando se planeja, e a aula é prazerosa, está se formando futuros leitores. 
Na Educação Infantil é importante que o educador seja exemplo, um professor que lê, que conta e fala sobre leitura com os alunos. Contar e ler histórias em voz alta, falar sobre os autores e sobre os livros é importante para o conhecimento, desenvolvimento do vocabulário e para a motivação da leitura.
Desde sua entrada na escola, a criança precisa de contato com histórias, poemas, lendas, contados oralmente pelo professor ou mostrados em livros ao alcance dos olhos e do manuseio da criança. O espaço da leitura, o cantinho da contação de história, irá construindo na mente infantil a imagem de uma atividade enriquecedora e prazerosa. 
2.4 CURSOS PROFISSIONALIZANTES PARA PROFESSORES
	É importante destacar a visão da infância que vem sendo adotada ao longo da história, sofrendo várias modificações ao longo dos anos. No que se refere a aprendizagem e escolarização na infância, pode-se definir como um processo lento. 
	No passado, a criança, não era respeitada, era um adulto em miniatura, tendo que trabalhar, cuidar da casa, resolver problemas e guardar seus sentimentos. O sentimento de infância não existia, sofrendo muitas vezes abandono e maus tratos.
	No final do século XVIII, a criança passou a ser vista como realmente uma criança com sentimentos, como sujeitos com necessidades, surgindo assim, as primeiras instituições de educação Infantil.
	No final do século XIX, surgem as primeiras creches com intuito de cuidar, não incluindo fatores educacionais, conquistada pela luta de mulheres que precisam trabalhar e não tinham onde deixar seus filhos. Por conta do processo de industrialização, aumentando a mão de obra feminina no mercado de trabalho na década de 80, expandindo assim a demanda de creches e pré-escola.
	Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, a Educação Infantil passou a fazer parte do sistema nacional de ensino, atribuindo como primeira etapa da educação básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança de 0 a 6 anos de idade, fazendo com que a Educação Infantil se tornasse um nível de ensino. 
	Em 1998, foi criado o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), documento elaborado pelo Ministério da Educação, com objetivo de auxiliar o professor de Educação Infantil no trabalho educativo diário. Esse Referencial trouxe mudanças na área da Educação Infantil, considerando a criança como um ser em processo de construção de identidade, autonomia e de importânciapara a sociedade.
	Ficando clara a importância da educação desde o nascimento da criança, para que a criança possa usufruir de tudo que a educação Infantil tem a lhe oferecer, desde o processo de desenvolvimento motor, intelectual, social, construção de habilidades físicas, cognitivas, emocionais e interacionais, criando e fortalecendo sua identidade. 
	Tendo em vista várias mudanças no decorrer da história da educação, deve-se ressaltar a importância da formação continuada do professor. Assim como o ensino na Educação Infantil teve mudanças no decorrer dos anos, as disciplinas, o modo de como o professor ensina também tem mudanças. Por esse motivo, os professores devem se especializar em cursos profissionalizantes, para se manterem atualizados.
	A formação continuada é necessária não apenas para aprimorar a ação profissional ou melhorar a prática pedagógica, e sim um direito de todos os professores. 
	Durante muito tempo, o contar histórias na Educação Infantil era visto como uma forma de entreter, distrair e relaxar as crianças. Hoje em dia, a contação de histórias é um valioso auxiliar na prática pedagógica de professores de Educação Infantil, pois, as narrativas estimulam na criança a criatividade, o vocabulário, trabalha o senso crítico, incentiva o prazer pela leitura, colabora na formação da personalidade da criança e propiciando o envolvimento social e afetivo. 
A Educação Infantil deve trabalhar com contação de histórias, mas sabendo da idade da criança com cada tipo de livro. Ressaltar diferentes formas de apresentar a história, dar ênfase as linguagens, verbais, visuais e corporais. Dessa forma, propostas de formação e cursos de capacitação de educadores vem sendo incluído em sua metodologia para a preparação do ato de contar histórias. 
Como a história da educação mudou ao decorrer dos anos, a forma do professor atuar em sala de aula muda também, por isso a importância de cursos profissionalizantes para professores na área da educação. O trabalho do professor exige que ele esteja constantemente se atualizando em relação aos conhecimentos produzidos pela sociedade, pois o conhecimento adquirido não é eterno, ao contrário, sofrem constantes transformações á medida que também se transformam histórica e socialmente. 
2.5 BNCC NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
	Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é um documento de caráter normativo, definindo os direitos de aprendizagem de todos os alunos do nosso país, colocando-os como protagonistas do processo de ensino. Ele foi desenvolvido para delinear e respaldar os objetivos essências de aprendizagem que todo aluno deve ter.
	No ano de 2020, as escolas já incorporaram a implementação da BNCC na educação Infantil, onde cada escola organizou seu Projeto Político Pedagógico (PPP), ou sua Organização Curricular conforme um documento único que é a BNCC. Tendo como objetivo principal, o desenvolvimento integral do aluno, ou seja, desenvolvendo o educando desde a Educação Infantil a parte atitudinal, cognitiva e também o procedimental, fazendo com que o aluno seja formado em todas as suas instâncias de processo de aprendizagem. 
	A parte diversificada da BNCC se refere a 40% dos conteúdos da Base que ficou a critério dos municípios, estados ou da própria instituição estabelecer conforme a realidade, ou seja, a regionalização de cada escola. A Base trás consigo as competências gerais, competências específicas por área de conhecimento, competências específicas por componente curricular e desenrolando nas chamadas habilidades, estruturadas em habilidades temáticas ou até eixos de aprendizagem. 
	Ao contar uma história na Educação Infantil, se desenvolve campos de experiencias e habilidades, tais como: escuta, fala, pensamento e imaginação. Quando a criança demonstra o interesse ao ouvir a história contada pelo professor, quando observa ilustrações e movimentos da leitura adulto-leitor e quando a criança interage com a história.
 Já outra habilidade desenvolvida na contação de histórias é: corpo, gestos e movimentos, principalmente com as histórias que tem uma música, onde as crianças interagem com gestos, movimentos, ou até mesmo quando tentam imitar um animal da história, quando tem uma expressão fácil de medo, surpresa ou feliz. 
Também pode-se destacar o campo de experiências e habilidades desenvolvidas na atividade de contação de histórias na educação infantil, O eu, o outro e o nós, pois ao ouvir uma história as crianças estão desenvolvendo experiências e gostos. Também trabalha com o sentimento de cada educando, ao sentir medo ou ficar alegre. 
Quando se trabalha na educação infantil, muitas experiencias podem ser relatadas, e a BNCC ressalta essa importância de registrar a trajetória de desenvolvimento da aprendizagem enquanto os educandos sejam sozinhos ou em grupos, participarem das atividades propostas. 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O presente trabalho apresenta a importância da contação de história na Educação Infantil para formar bons leitores no futuro. No decorrer do trabalho, obteve-se a possibilidade de compreender as diferentes formas de contar histórias para os educandos de acordo com cada idade.
	 Com o novo documento de caráter normativo a BNCC, que foi incorporado em 2020 em todas as escolas do Brasil, a contação de histórias tornou-se um método de aprendizagem que desenvolvem campos de experiências e habilidades que é a escuta, fala, pensamentos e imaginação; corpo, gestos e movimentos; o eu, o outro e o nós. 
	Mas para que se desenvolva esses campos de experiência e habilidades, vários fatores tornam-se importantes, como o ambiente que será desenvolvida a atividade, os materiais utilizados e a forma como o professor interage com os alunos ao contar a história.
	Quando se fala em Educação Infantil, retramamos o cuidar e o educar, pois as crianças que ingressam nas creches, necessitam de um cuidado mais abrangente, eles precisam de atenção, carinho, amor, além de encontrarem esses cuidados entre os colegas e professores, eles encontram também na contação de histórias, ao se identificarem com algum personagem, ao interagir com a história e nos sentimentos que as histórias lhes proporcionam.
	A contação de histórias também está presente no educar, pois ela, desenvolve vários estímulos no educando, trabalha a imaginação, o vocabulário, a atenção, a memória e ainda ajuda a criança a lidar com as dificuldades do dia-a-dia.
Apresenta-se nesse trabalho a importância da formação continuada para professores, sendo exigência para todos os profissionais que querem manter-se atualizados, para que seja possível a realização da função social da escola garantindo a efetivação do processo ensino-aprendizagem. 
A formação continuada deve partir dos problemas reais enfrentados pelos professores em sala de aula no que diz respeito ao desenvolvimento do seu trabalho, como as dificuldades enfrentadas pelos alunos na região em que vivem, levando em consideração a realidade dos educandos, as dificuldades que os professores terão para ensinar esses alunos e os materiais que estarão disponíveis para os professores planejarem suas aulas por exemplo.
Cabe aos municípios, secretarias e instituições criarem projetos para estimular a leitura e a contação de histórias, formando novos profissionais para transmitirem esses novos conhecimentos, para que as crianças desde cedo compreendam a importância do hábito de ler. Tornando uma responsabilidade não só da escola, mas também dos pais e da comunidade.
	
4. REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.
BRAGA, C.B.; GONÇALVES, R.; SOARES, D.C. O canto do conto como ferramenta de disseminação da diversidade étnica nas histórias infantis. Congresso luso-brasileiro de história da educação, 2014.
VILLARDI, R. Ensinando a Gostar de Ler e Formando Leitores para Vida Inteira. 1. Ed. Belo Horizonte: QualityMark, 1997.
LIMA, Jorge Cunha. Leitura, escola e cidadania. Leituras compartilhadas. Rio de Janeiro: LeiaBrasil,2006.
VIGOTSKI, L. S. A CONTRUÇÃO DO PENSAMENTO E DA LINGUAGEM.Disponível em: http://www.campogrande.ms.gov.br/egov/wp-content/uploads/sites/8/2018/08/Texto-1-Prof-Ronny.pdf Acesso em: 24 de fevereiro de 2021.
BARBOSA, C. Ciência e saúde. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/06/pediatras-americanos-recomendam-ler-para-bebes-desde-seu-nascimento.html >Acesso em: 22 de fevereiro de 2021.
CARNEIRO, M.A. LDB fácil: Leitura crítico-compreensiva artigo a artigo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
RAMOS, M. N. BNCC: Construindo um currículo de educação integral. Disponível em: <https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/BNCC/o-que-e-BNCC.html> Acesso em: 26 de fevereiro de 2021.
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