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• Código de Ética e Disciplina (CED) ➢ foi editado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ➢ Regula a Ética profissional do advogado, ou seja, deveres éticos da classe advocatícia. ➢ O Estatuto da OAB remeteu ao CED o tratamento exaustivo dos deveres éticos do advogado (Art. 33, do estatuto). ➢ CED possui natureza jurídica de ato administrativo normativo que é aplicado aos advogados em seu exercício profissional. ➢ Por ser ato administrativo tem que obedecer ao Estatuto 1. Princípios Fundamentais – Art. 1 ao 7 • Traz as diretrizes básicas que o advogado deve seguir • Art. 1º ➢ Subordina o advogado ao CED e demais diplomas que menciona (estatuto, regulamento geral, provimentos) ➢ Advogado deve ter em sua conduta moral individual, social e profissional • Art. 2º ❖ CAPUT – “O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes.” ➢ Advogado exerce função essencial, advogado como indispensável ➢ A indispensabilidade do advogado está presente no texto constitucional (Art. 133 da CF) ➢ É de interesse público ➢ Busca assegurar a assistência integral aos cidadãos, até mesmo quando não tiverem condições ➢ Características inerentes à advocacia: - ESSENCIALIDADE - INDISPENSABILIDADE ❖ PARÁGRAFO ÚNICO - São deveres do advogado: ❖ Inciso I – “preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia;” ➢ Advogado presta serviço público e exerce função social – mesmo que em caráter privado ➢ Não existe hierarquia ou subordinação entre advogados, promotores e juízes ➢ A atuação do advogado deve observar a jurisdição estatal ➢ Advogado possui imunidade profissional e inviolabilidade pelos atos praticados no exercício da profissão ❖ Inciso II – “atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; ➢ Em seu exercício profissional o advogado deve atuar com boa-fé, honestidade (ser probo) ➢ Advogado é independente – sua independência deve ser preservada ➢ A independência do advogado está diretamente ligada à existência de um Estado de Direito – uma vez que é instrumento para controlar abusos das autoridades e para respeitar o ordenamento jurídico pelo próprio governo ➢ Deve ser fiel a verdade, não pode mentir, podendo ser enquadrado na litigância de má-fé e também violação de um dever processual ❖ Inciso III – “velar por sua reputação pessoal e profissional;” ➢ velar por sua reputação pessoal e profissional – isso se dá, pois, uma conduta praticada pode repercutir negativamente para toda a classe ❖ Inciso IV – “empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;” ➢ Deve prezar pela boa formação e aprimoramento para desempenhar a profissão ➢ A atuação profissional que reiteradamente é permeada por erros, indicando inépcia profissional resultará em infração ética – gera suspensão dos quadros da OAB ❖ Inciso V – “contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;” ➢ Deve buscar aprimorar as instituições, o direito e as leis ❖ Inciso VI – “estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios;” ➢ Deve estimular a conciliação a qualquer tempo ➢ Deve deixar a conciliação como uma possibilidade constante ❖ Inciso VII – “desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica” ➢ Deve realizar um exame prévio de viabilidade jurídica, observando se há ou não uma pretensão de ingresso em lide temerária ➢ Existindo lide temerária, o advogado deve desaconselhar a sua propositura ➢ LIDE TEMERÁRIA = litigância de má-fé, ação que visa obter vantagem, quando o advogado altera os fatos ocorridos e induz o juiz a erro, lide que não possui fundamentação jurídica apta ➢ Ex lide temerária: advogado que ingressa com ação judicial, e anexa em sua petição inicial documento que sabe ser falsificado, só pelo fato desse documento trazer benefícios ou prejudicar a outra parte. ❖ Inciso VII – “abster-se de: ❖ a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;” ➢ Ex: advogado que atua também como procurador de determinado município, ele não pode advogar contra a Fazenda Pública e nem utilizar de sua influência como procurador para obter benefícios para seus clientes. ➢ Não pode utilizar de sua influência para beneficiar-se ou beneficiar seu cliente ➢ Falta com ética o advogado que atua em processo no qual o Juiz seja seu parente, amigo ou tenha relação negocial. ❖ “b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos;” ➢ Diz respeito aos atos praticados pelo advogado que podem gerar repercussão negativa para a classe ➢ O empreendimento deve ser escuso e não mais duvidoso ➢ Deve provar que era de conhecimento do advogado ❖ “c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana;” ➢ Deve se abster de colaborar ou atuar com aqueles que não seguem a ética, moral, honestidade e a dignidade da pessoa humana ➢ Advogado como instrumento fundamental para a realização da justiça, deve se maneira especial, observar a efetivação da dignidade da pessoa humana. ❖ “d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste;” ➢ Para qualquer forma de estabelecimento, o advogado deve estabelecer contato com o advogado da parte contrária, dando-lhe ciência sobre tal ato, bem como o cliente deve autorizar seu estabelecimento ➢ A conduta configura infração ética (Art. 34, VIII, do EOAB) ❖ “e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha vínculos negociais ou familiares; ➢ Forma específica da utilização da influência prevista no Art. 2º, VIII, “a”, do CED ➢ Consiste na propositura de demandas perante autoridades em que o advogado tenha algum vínculo ➢ Os arts. 144, III, e 145, I, ambos do CPC, preveem as hipóteses de suspeição e impedimento do juiz, que são diretamente ligadas ao advogado que na ação. ❖ “f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.” ➢ Os honorários devem respeitar o valor mínimo da Tabela de honorários da OAB ➢ Não pode fixar os honorários com valores abaixo dessa tabela ➢ A conduta de fixar honorários irrisórios atinge toda a classe e ofende a dignidade da advocacia ❖ Inciso IX – “pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais, coletivos e difusos;” ➢ Advogado por meio de sua atuação deve buscar pela efetivação dos direitos individuais, coletivos e difusos dos cidadãos ❖ Inciso X – “adotar conduta consentânea com o seu papel de elemento indispensável à administração da justiça;” ➢ Reafirma o dever de o advogado sempre considerar a repercussão social da sua atuação ❖ Inciso XI – “cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na representação da classe;” ➢ Quando o advogado assumir cargos da OAB, como por exemplo integrar uma de suas comissões, esse deve cumprir as exigências desse cargo. ➢ As comissões podem ter regimentos internos próprios, que podem fixar as responsabilidades de seus integrantes ➢ Esse dispositivo aplica-se também para aqueles que representam a classe dos advogados ❖ IncisoXII – “zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;” ➢ Os valores encontram-se no Art. 44, I e II do EAOAB ➢ Tais valores devem ser seguidos por todos os advogados ❖ Inciso XIII – “ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.” ➢ Quando houver a impossibilidade da defensoria pública atuar será nomeado um defensor dativo, esse não poderá recusar a nomeação e deve empregar o mesmo zelo que teria com qualquer outra causa • Art. 3º ❖ “O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir igualdade a todos.” ➢ O advogado é indispensável para a realização da justiça e em sua atuação exerce função social, isso leva à exigência de o mesmo atuar no sentido de reduzir as desigualdades sociais ➢ Assegura que independente da condição social o constituído terá voz em Juízo, logo, acesso à realização da justiça. ➢ Nesse caso fala-se do advogado dativo nomeado em virtude da impossibilidade da defensoria pública ➢ O Art. 34, XII, do EOAB tipifica a recusa de prestar assistência jurídica como infração ética • Art. 4º ❖ “O advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, ou como integrante de departamento jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência.” ❖ “Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de causa e de manifestação, no âmbito consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe seja aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado anteriormente.” ➢ Enfatiza a independência do advogado ➢ Busca assegurar a livre atuação dos advogados ➢ A independência do advogado deve ser assegurada nos atos judiciais ou públicos, como também nas relações com seus clientes, independentemente se são de cunho empregatício ou de caráter habitual ➢ Não deve se envolver como parte nos casos de que trata ➢ Na advocacia, quando há relação empregatícia envolvendo advogado, portanto há subordinação, o advogado não deve acatar cegamente as ordens do empregador ➢ Mesmo nas relações de emprego os advogados devem manter sua independência, sendo ele quem decide as medidas a serem adotadas, sem intervenção do empregador ➢ O advogado poderá recusar o patrocínio de uma causa quando essa contrariar alguma de suas convicções • Art. 5º ❖ “O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização.” ➢ Advocacia não é prática empresarial, o que faz com que seja incompatível com procedimentos de mercantilização ➢ Advogado pratica atividade de confiança (confiança entre advogado e cliente) ➢ A mercantilização fragiliza os princípios fundamentais da atividade do advogado ➢ Por isso a angariação de clientes e causa é infração ética (Art. 34, III e IV do EOAB) – Cliente que deve chegar no advogado e não inverso ➢ Exemplos de mercantilização da advocacia: A) Quando o advogado através do pagamento de comissão utiliza agenciador para conseguir clientes; B) Publicidades nitidamente mercantilista; C) quando divulga a atividade advocatícia junto com outras atividades ➢ Novo CED autoriza o pagamento de honorários através do cartão de crédito • Art. 6º ❖ “É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via administrativa falseando deliberadamente a verdade e utilizando de má fé” ➢ Dever fundamental do advogado atuar com boa-fé, sendo fiel à verdade ➢ O papel do advogado não é ganhar a causa a qualquer custo ➢ O advogado que não atuar em conformidade com esse dispositivo praticará infração ética, sendo essa punível com censura (Art. 36, II, doo EOAB) • Art. 7º ❖ “É vedado o oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ou indiretamente, angariar ou captar clientela” ➢ Captação de clientela = uma das formas de mercantilização ➢ Advogado não pode ofertar seus serviços profissionais como se fossem mercadorias - Do escritório/local de trabalho - instrumentos de trabalho - correspondência - tudo que disser respeito ao exercício da advocacia - Visa proteger a liberdade de atuação -Caso de mandado de busca e apreensão – indícios de autoria e materialidade em crime praticado por advogado - Em qualquer situação -Especialmente nos casos de clientes presos - Toda a troca de informação é protegida pelo Sigilo Profissional - Pode esclarecer quaisquer dúvidas ou replicar acusações - Pode reclamar contra desacato à lei, regulamento ou regimento - Pode consultar quaisquer processos judiciais/administr ativos, em cartórios ou repartições - Pode pedir vista dos autos sempre que estiver dentro do prazo legal - salvo quando for segredo de justiça – vai precisar da procuração * A violação dos incisos II, III IV, V e XIV, do Art. 7º do EAOAB – configura crime de abuso de autoridade • Art. 8º ❖ “As disposições deste Código obrigam igualmente os órgãos da advocacia pública, e advogados públicos, incluindo aqueles que ocupem posição de chefia e direção jurídica. ❖ §1º O advogado público exercerá suas funções com independência técnica, contribuindo para a solução ou redução de litigiosidade, sempre que possível. ❖ §2º O advogado público, inclusive o que exerce cargo de chefia ou direção jurídica, observará nas relações com os colegas, autoridades, servidores e o público em geral, o dever de urbanidade, tratando a todos com respeito e consideração, ao mesmo tempo em que preservará suas prerrogativas e o direito de receber igual tratamento das pessoas com as quais se relacione.” ➢ Serão impostos aos advogados públicos (procuradores federais, estaduais e municipais) os mesmos deveres dos advogados em geral ➢ Advogados públicos estarão sujeitos a um duplo regramento = CED e aquele a que estejam vinculados • Art. 9º ❖ “O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda. Deve, igualmente, denunciar, desde logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qualquer circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe a consulta ou confiar-lhe a causa.” 2. Advocacia Pública – Art. 8 3. Das Relações com o Cliente – Art. 9 ao 26 - TODOS que não exercem advocacia pública - inclusive advogados das sociedades de economia mista e das empresas públicas (Administração Pública Indireta = PJ de D. Privado) - Os integrantes da Advocacia Geral da União, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, das autarquias e das fundações públicas; - É obrigatória a inscrição na OAB para o exercício de suas atividades; - Os integrantes da advocacia pública são elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB. ➢ O advogado deve informar com clareza ao cliente as variáveis que podem ocorrer da pretensão e as consequências geradas por ela ➢ Haverá infração ética quando o advogado ocultar tais dados com o nítido objetivo de seduzir o cliente ➢ É uma quebra de confiança na relação entre advogado e cliente • Art. 10 ❖ “As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca. Sentindo o advogado que essa confiança lhe falta, é recomendável que externe ao cliente sua impressão e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie.” ➢ Advogado deve exporos fatos com total transparência ao cliente ➢ É imprescindível a existência de confiança entre advogado e cliente ➢ A outorga do mandato cria vínculo jurídico – advogado representará os interesses do cliente ➢ Outorga do mandato decorre diretamente da existência de confiança entre as partes ➢ Deve haver CONFIANÇA RECÍPROCA ➢ O advogado tendo dúvidas sobre a confiança que o cliente lhe deposita, deve esclarecer tal situação com o cliente. Ainda assim, caso ainda exista tal dúvida o advogado deve RENUNCIAR ao mandato ou substabelecer sem reservas ➢ Falta de confiança leva à rutura do vínculo jurídico existente pelo mandato outorgado • Art. 11 ❖ “O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.” ➢ Frisa a necessidade de confiança entre cliente-advogado e a independência do advogado ➢ O advogado é patrono da parte ➢ Deve traçar estratégias e adotar as medidas que entenda necessárias para atender os interesses do cliente ➢ A independência do advogado não se subordina às intenções do cliente – a definição de estratégia não subordina-se ao cliente ➢ O advogado deve esclarecer ao cliente as medidas a serem adotadas e as possíveis consequências advindas dela • Art. 12 ❖ “A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários. ❖ Parágrafo único. A parcela dos honorários paga pelos serviços até então prestados não se inclui entre os valores a ser devolvidos.” ➢ Finalizada a causa o advogado deverá restituir ao cliente os bens, documentos, valores adiantados para pagamento de custas, que instruíram o processo ➢ O advogado deve prestar contas de tudo ➢ Não pode haver recusa injustificada quando o cliente solicitar prestação de contas ➢ No caso de o cliente recusar a prestação de contas ou não for localizado pelo advogado, deverá ser ajuizada ação de prestação de contas ➢ Ainda que o advogado preste contas posteriormente, a recusa anterior basta para configurar infração ética • Art. 13 ❖ “Concluída a causa ou arquivado o processo, presume-se cumprido e extinto o mandato.” • Art. 14 ❖ “O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis.” ➢ Arts. 13 e 14 possuem relação ➢ Presumirá EXTINTO o mandato quando houver o arquivamento do processo ou quando o objeto do mandato for concluído ➢ Nesse caso, quando tratar-se de autos arquivados que posteriormente, tem o seu desarquivamento requerido pela parte através de outro advogado, esse não precisará dar ciência prévia ao advogado anterior, justamente por considerar o mandato extinto ➢ Há duas hipóteses em que o advogado poderá ingressar nos autos no qual já tem patrono constituído: 1) motivo plenamente justificável; 2) tomada de medidas urgentes e inadiáveis (ex: tutela de urgência). ➢ Salvo essas hipóteses, o advogado que ingressar no processo sem dar ciência prévia ao advogado já constituído, cometerá infração ética, ainda que não cause prejuízo ao outro advogado • Art. 15 ❖ “O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo as causas sob seu patrocínio, sendo recomendável que, em face de dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que lhe tenham sido solicitadas, renuncie ao mandato.” ➢ O advogado deve praticar todos os atos necessários ao bom andamento do processo ➢ Deve informar o cliente sobre os motivos que o impossibilita de cumprir com o mandato ➢ Não confunde-se a demora do andamento do processo com a desídia do advogado ➢ O advogado que abandonar a causa sem justo motivo praticará infração ética ➢ Ex: advogado que abandona a causa por motivos de saúde – justo motivo – não pratica infração • Art. 16 ❖ “A renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção do motivo que a determinou, fazendo cessar a responsabilidade profissional pelo acompanhamento da causa, uma vez decorrido o prazo previsto em lei (EAOAB, art. 5º, § 3º).” ➢ RENÚNCIA = Advogado quem pratica ➢ Renúncia é uma forma de extinção do mandato ➢ Ato unilateral, independe da vontade do cliente ➢ Renúncia Obrigatória = A) quando tiver conflito de interesses entre clientes do advogado – nesse caso o advogado dele escolher um e renunciar aos demais; B) conflito de interesses entre o advogado e o cliente; ➢ O advogado permanece responsável pela causa pelos 10 dias subsequentes à renúncia, SALVO se o cliente constituir outro advogado antes ➢ Renúncia deve ser apresentada formalmente ao cliente, se não comunicar ao cliente sobre a renúncia, esse ainda permanecerá responsável pela causa • Art. 17 ❖ “A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente em face do serviço efetivamente prestado.” ➢ REVOGAÇÃO = cliente quem pratica ➢ Ato unilateral do cliente e que não necessita do consentimento do advogado ➢ Havendo a revogação sem que o advogado tenha dado motivo, esse ainda terá o direito de receber, proporcionalmente, os honorários contratados e a sucumbência eventualmente fixados ➢ Sucumbência é do advogado e não da parte ➢ Os honorários contratuais devem ser pagos proporcionalmente sob pena de o cliente incorrer em vantagem indevida ➢ Sendo caso de contratação com clausula de êxito (integral ou majoritária), e o cliente revogar injustamente, logo impedindo o resultado, esse deverá remunerar o advogado de forma proporcional ➢ Honorários possui natureza alimentar ➢ Havendo a revogação, no mesmo ato, o cliente deve constituir outro advogado para representá-lo • Art. 18 ❖ “O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de tempo, salvo se o contrário for consignado no respectivo instrumento.” ➢ REGRA GERAL= mandato não possui prazo determinado ➢ Caso as partes desejem podem fixar prazo de vigência do mandato • Art. 19 ❖ “Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, clientes com interesses opostos.” ➢ Advogados não podem representar cliente com interesses opostos (autor e réu) ➢ Mesma coisa para a sociedade de advogados ➢ O mandato do advogado que integra sociedade, deve obrigatoriamente constar o nome da sociedade, número de registro na OAB e seu endereço completo • Art. 20 ❖ “Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes e não conseguindo o advogado harmonizá- los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional.” ➢ Tendo interesse de conflitos inconciliáveis entre clientes do advogado, esse deve escolher um cliente e renunciar aos demais ➢ Sigilo Profissional deve sempre ser preservado ➢ O advogado que patrocina simultaneamente partes contrárias na mesma causa pratica o crime de patrocínio infiel (Art. 355 do CP) • Art. 21 ❖ “O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional.” ➢ Ocorrendo do advogado atuar em causa contra ex-clientes ou ex-empregadores, não deve fazer uso de informações privilegiadas obtidas em razão de sua função de advogado ➢ O sigilo da relação é um direito e dever do advogado, advindo da própria natureza da relação mantida entre advogado e cliente (Confiança recíproca) ➢ O advogado poderá advogar contra ex- cliente em causas posteriores que não tenham qualquer relação com causa anteriormente tratada com seu ex-cliente ➢ Jurisprudência entende que é necessário aguardar o prazo de no mínimo 2 anos entre a extinção do mandato e a possibilidade de advogar contra ex-cliente • Art. 22 ❖ “Ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à validade ou legitimidade de ato jurídico em cuja formação haja colaborado ou intervindo de qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ou da sociedade que integre quando houver conflito de interesses motivado por intervenção anterior no trato de assunto que se prenda ao patrocínio solicitado.” ➢ Diz respeito à proteção do sigilo profissional ➢ O advogado que participou da constituição de determinado ato jurídico não poderá, posteriormente, questionar a validade ou legitimidade do ato ➢ Ex: advogado que elabora escritura de divórcio extrajudicial – não poderá questionar a validade desse ato • Art. 23 ❖ “É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado. ❖ Parágrafo único. Não há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir, como defensor, no sentido de que a todos seja concedido tratamento condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias constitucionais.” ➢ Independentemente do crime cometido, o sujeito tem assegurado pela CF o direito ao contraditório e à ampla defesa ➢ Dever do advogado observar tais direitos ➢ Não existe causa criminal que seja classificada como indigna de defesa ➢ Não cabe ao advogado fazer juízo de valor sobre a culpa ou inocência do seu cliente • Art. 24 ❖ “O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo.” ➢ Ainda sobre a liberdade e independência do advogado ➢ O advogado não é obrigado aceitar imposição do cliente de que outro profissional atue ou interfira na causa em que está atuando • Art. 25 ❖ “É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.” ➢ A figura do preposto não se confunde com a do advogado ➢ Preposto = nomeado para representar um sujeito em juízo, normalmente uma empresa (sócio ou administrador que nomeia) – não pode praticar atos privativos de advogado no processo. ➢ Advogado= representa tecnicamente seu cliente, exerce capacidade postulatória • Art. 26 ❖ “O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato pessoal do advogado da causa.” ➢ Substabelecimento = ato praticado pelo advogado no qual transfere poderes a outro advogado, ato pessoal seu ➢ Substabelecimento com reservas = transfere parte dos poderes para outro advogado, porém com reserva, ou seja, continua sendo titular exclusivo dos direitos e deveres do mandato judicial outorgado ➢ Permanece atuando na causa ➢ Ambos atuarão em defesa do cliente. ➢ não se exige concordância do cliente ➢ NÃO extingue o mandato ❖ “§1º O substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente.” ➢ Substabelecimento sem reservas = transfere totalmente os poderes para outro advogado, sem reservar quaisquer poderes para si ➢ Leva à renúncia do mandato, extinguindo-o ➢ Nesse caso deve ser dado prévio conhecimento ao cliente ❖ “§2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorários com o substabelecente.” ➢ Substabelecimento com reservas de ato pessoal do advogado da causa = o advogado substabelecido com reservas não pode cobrar honorários diretamente do cliente do advogado que o substabeleceu ➢ O advogado que substabelecer outro, deverá combinar com esse o valor dos seus honorários Confiança Recíproca ADVOGADO CLIENTE • Art. 27 • Art. 28 • Art. 29 • Art. 30 ❖ “No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de forma que a parte por ele assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio. ❖ §1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional. ❖ §2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado. ❖ §3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político- partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de clientela.” ➢ ADVOCACIA PRO BONO = “para o bem”, exercida por advogado em favor de instituições sociais SEM fins econômicos e aos seus assistidos, que NÃO possuam condições financeiras ➢ Dever ético de atuar com o mesmo empenho das outras causas ➢ Admite-se a advocacia pro bono ➢ Deve ser exercida com discrição, sem dar imoderada publicidade, com o intuito de promoção pessoal do advogado 4. Das Relações com os colegas, agentes políticos, autoridades, servidores públicos e terceiros – Art. 27ao 29 5. Advocacia Pro Bono – Art. 30 • Dificuldades insuperáveis ou inercia do cliente • Não pode mencionar o motivo • Comunicar o cliente por escrito e depois ao Juiz • Continuará na causa os 10 dias seguintes Advogado= Substabelecimento do mandato OU Renúncia ➢ Não pode ser exercida com o inuito de angariar clientes ➢ Provimento nº 166/2015 do Conselho Federal da OAB = traz uma situação de impedimento ➢ Impede que por 3 anos o advogado atue de forma remunerada para o sujeito que se beneficiou dos seus serviços pro bono • Art. 31 • Art. 32 • Art. 33 • Art. 34 • Art. 35 ❖ “O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão. ❖ Parágrafo único. O sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado tenha tido conhecimento em virtude de funções desempenhadas na Ordem dos Advogados do Brasil.” ➢ Sigilo é inerente à profissão – não precisa estar previsto em contrato ➢ Relação de confiança ➢ Violação do sigilo leva à infração ética e crime previsto no Art. 154 do CP ➢ Quaisquer fatos que o advogado tenha acesso em razão do exercício da profissão e pelas funções desempenhadas dentro da OAB, serão protegidos pelo SIGILO PROFISSIONAL • Art. 36 ❖ O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente. ❖ §1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente. ❖ §2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional. ➢ Sigilo profissional = o advogado tem a OBRIGAÇÃO de não revelar as informações obtidas em decorrência do exercício da profissão, até mesmoquando o cliente tiver autorizado ➢ Ainda que o cliente acabe não contratando o advogado, esse deve manter o sigilo profissional ➢ Sigilo é de ordem pública, implícito, presumido e natural da relação ➢ Cliente não precisa solicitar sigilo ➢ quando o advogado atuar no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, o sigilo também será mantido ➢ CED e EOAB dizem respeito aos fatos decorrentes do processo, do patrocínio e da comunicação com o cliente ➢ Os fatos conhecidos através da habilidade e inteligência do advogado, ou fatos que não estão relacionados ao exercício profissional, esses NÃO estão sob o manto do sigilo ➢ Sigilo incidirá independentemente do âmbito do exercício profissional, ou seja, nacional ou internacional, desde que a relação envolva advogado brasileiro ➢ Provimento 91/2000 do Conselho Federal = sociedades de consultoria em direito 6. Do exercício de cargos e funções na OAB e na Representação da Classe – Art. 31 ao 34 7. Do Sigilo Profissional – Art. 35 ao 38 estrangeiro e os próprios consultores em direito estrangeiro – também devem respeitar o sigilo profissional • Art. 37 ❖ “O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria.” ➢ O sigilo não é absoluto ➢ Ocorrerá a quebra do sigilo profissional em circunstâncias excepcionais que garantam justa causa, como por exemplo: direito à vida, à honra, ou para defesa própria. • Art. 38 ❖ “O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional.” ➢ Assegura o direito de o advogado não depor sobre fatos que dizem teve ciência em decorrência da relação profissional ➢ Sigilo NÃO é direito disponível • Art. 39 ❖ “A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.” • Art. 40 ❖ “Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: ❖ I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; ❖ II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade; ❖ III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público; ❖ IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras; ❖ V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail; ❖ VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela. ❖ Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39. ➢ Publicidade deve ter caráter meramente informativo ➢ Focar na discrição e sobriedade ➢ Não pode visar captação de clientela ➢ Advocacia não é compatível com a empresarialidade e mercantilização ➢ Publicidade deve ser objetiva 8. Da Publicidade Profissional – Art. 39 ao 47 • Art. 41 ❖ “As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela.” ➢ É permitido que o advogado tenha blog ou site próprio com o intuito de divulgar artigos ou matérias jurídicas de interesse geral. ➢ Não pode usar tais meios como forma de promoção pessoal e/ou como forma de induzir litígios p/ captação de clientela • Art. 42 ❖ “É vedado ao advogado: ❖ I – responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social; ❖ II – debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado; ❖ III – abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega; ❖ IV – divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas; ❖ V – insinuar-se para reportagens e declarações públicas.” ➢ Participação do advogado na mídia deve restringir-se sobre assuntos de interesse geral ➢ Não pode ter como intuito a promoção pessoal ou de captação de clientela Apesar de ser proibida a publicidade em painéis luminosos, o CEDOAB permite, exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas • Não pode ser habitual - EVENTUAL; • assuntos de interesse geral • tratar o assunto de forma abstrato • Não pode ser meio de promoção pessoal ou da sociedade de advogados que integra • Art. 43 ➢ Não pode dar sua opinião sobre casos que outro advogado atua ➢ Não pode comprometer a dignidade da profissão ➢ Deve evitar o debate de caráter sensacionalismo • Art. 44 ➢ Trata sobre os elementos permitidos e vedados nos anúncios publicitários de advogados e escritórios ➢ Caráter informativo ➢ Não pode divulgar que atua simultaneamente em cargo público e na advocacia privada ➢ Único que pode ser divulgado é professor universitário • Art. 45 • Art. 46 ➢ Passou a permitir a publicidade pela ou outros meios eletrônicos ➢ É vedada a divulgação dos serviços de advocacia juntamente com a de outra atividade • Art. 47 ➢ Têm natureza alimentar ➢ Direito do advogado ➢ Os honorários podem ser: convencionados, arbitrados judicialmente e de sucumbência. ➢ CONVENCIONADOS= em razão de contrato com cliente, forma de pagamento é livre ➢ Se não houver convenção sobre a forma de pagamento será: 1/3 no início, 2/3 até a decisão de 1ª instância e 3/3 no final ➢ os honorários devem ser fixados respeitando- se o limite mínimo da Tabela de Honorários Advocatícios ➢ ARBITRADOS JUDICIALMENTE = P. Judiciário que arbitra 9. Honorários Profissionais – Art. 48 ao 54 CONVENCIONADOS ARBITRADOS JUD. - Contrato com cliente -forma de pagamento livre - P. Judiciário que arbitra -Dúvida do valor - Parte vencida que paga - Entre 10 e 20% do valor da condenação SUCUMBÊNCIAIS • A decisão judicial que fixa ou arbitra honorários, bem como contrato escrito, são TÍTULOS EXECUTIVOS e constituem crédito privilegiado na falência, recuperação judicial, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial • Execução de honorários = pode ser promovida dentro da ação que o advogado tenha atuado • Prazo Prescricional AÇÃO DE COBRANÇA dos honorários é de 5 anos • COBRANÇA DE HONORÁRIOS = Pode a compensação de crédito e sistema de cartão de crédito • CONSELHO FEDERAL ➢ Órgão supremo/máximo ➢ Jurisdição em todo país ➢ Personalidade jurídica própria ➢ Sede na capital da República ➢ O voto é tomado por delegação, em ordem alfabética, seguidos dos ex-presidentes o COMPOSIÇÃO ➢ 81 Conselheiros federais ➔ Integrantes das delegações de cada unidade federativa ➔ total de 81 Conselheiros Federais distribuídos pelas 27 delegações ➔ DELEGAÇÃO é composta por 3 conselheiros federais – são eleitos em conjuntocom o conselho SECCIONAL - cada delegação tem direito a 1 voto (maioria entre os 3 votos define o voto daquele estado) ➢ Presidente nacional da OAB ➢ Seus Ex-presidentes o ÓRGÃOS DE DELIBERAÇÃO ➢ Conselho Pleno ➢ Órgãos Especial do Conselho Pleno ➔ Decide em última instância, os recursos contra decisões do Presidente do Conselho Federal e da sua Diretoria, do Presidente do próprio Órgão Especial, e das Câmaras ➔ Julga por maioria dos votos ou que violem a constituição ou a legislação pertinente à OAB. ➔ Delibera também sobre as divergências e conflitos entre os órgãos da OAB e sobre as determinações às Seccionais para instauração de processos disciplinares. ➢ Primeira, Segunda e Terceira Câmaras ➔ 1ª = trata das prerrogativas, inscrição, incompatibilidade e impedimentos, e exame da OAB ➔ 2ª = ética e disciplina ➔ 3ª = estrutura e órgãos internos da OAB, processo eleitoral, sociedade de advogados, prestações de contas. ➢ Diretoria ➔ Composta pelo: - Presidente - Vice-Presidente - Secretário-Geral - Secretário-Geral Adjunto - Tesoureiro ➢ Presidente • CONSELHO SECCIONAL ➢ Abrangência estadual ➔ Estão em seus respectivos estados e no DF ➢ Presente em cada unidade da federação o COMPOSIÇÃO ➢ Conselheiros ➢ Presidente ➢ Ex-Presidente • SUBSEÇÕES ➢ SEM personalidade jurídica própria ➢ São uma extensão do conselho seccional, ampliação da atuação do conselho ➢ Podem abranger um município, parte de um município ou vários municípios • CAIXA DE ASSISTÊNCIA ➢ Abrangência estadual ➔ Estão em seus respectivos estados e no DF ➢ Objetiva investigar as supostas infrações e irregularidades praticadas por Advogados e aplicar as respectivas penas Conselho Federal> Conselheiros Federais > Presidente > Ex-Presidentes Conselhos Seccionais > Presidente > Ex-Presidentes > Conselheiros Subseções Caixa de Assistência ➢ Os advogados, estagiários e terceiros terão 15 dias para manifestarem nos processos em geral da OAB ➔ Inclui a interposição de recursos ➔ Prazo começa a contar a partir do primeiro dia útil seguinte ao da publicação no diário oficial, ou da data do recebimento da notificação o COMPETÊNCIA P/ PROCESSAMENTO E JULGAMENTO ➢ REGRA = Conselho Seccional que ocorreu a infração ➔ Nem sempre vai ser o conselho seccional que o advogado possui inscrição principal Ex: advogado possui inscrição principal no Goiás e pratica infração disciplinar em SP, quem processa e julga essa infração é o conselho de SP ➔ o conselho seccional que o representado tem sua inscrição principal deverá ser comunicado para fazer as devidas anotações da decisão condenatória irrecorrível ➔ Ex: advogado com inscrição principal em MG, cometeu infração em SP, o Tribunal de ética de SP julgará seu processo disciplinar e o Conselho Seccional de SP aplicará a sanção, sendo a decisão condenatória irrecorrível, o conselho de SP comunicará o de MG para que esse faça constar a condenação no assentamento do advogado ➢ EXCEÇÃO = quando a infração for cometida perante o Conselho Federal, esse que irá punir • INÍCIO DO PROCESSO, INSTAURAÇÃO: ➢ É vedado o anonimato ➢ É necessário ter a narração dos fatos da suposta infração disciplinar ➢ Provas da infração disciplinar ➢ Qualquer autoridade ou pessoa pode instaurar o processo ➢ Subsidiariamente aplica ao processo disciplinar as regras do Processo Penal ➢ Aos demais processos aplicam-se, nessa ordem, as regras do procedimento administrativo e do processo civil o DE OFÍCIO ➢ Conselho é informado sobre a possível infração através de uma fonte idônea ➢ Autoridade competente comunica ao conselho o REPRESENTAÇÃO ➢ Qualquer pessoa poderá perante o Presidente do Conselho Seccional ou Subseção comunicar a infração disciplinar, apresentando também as provas dela ➢ Essa representação poderá ser por escrito ou verbal ➢ O Tribunal de ética da seccional que ocorreu a infração irá julgar os processos disciplinares ➔ CED determina as suas competências INSTAURAÇÃO ➢ A instauração deve ser formulada ao Presidente do C. Seccional ou ao Presidente da Subseção ➢ Após instaurado o processo, esse tramitará em sigilo até seu término ➔ Somente as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente que terá acesso as informações do processo disciplinar REPRESENTAÇÃO RECEBIDA ➢ Quando a representação for recebida o Presidente do Conselho Seccional ou o da Subseção, designará o relator para presidir a instrução processual: ➔ Atendendo os critérios de admissibilidade, o relator instruirá o processo e emitirá parecer propondo a instauração do processo ou arquivamento liminar da representação – PRAZO DE 30 DIAS ➔ O representado/Réu do processo terá amplo direito de defesa, podendo acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador ➔ O relator deverá determinar a notificação dos interessados para prestarem esclarecimentos ou a do representado para apresentar defesa prévia – 15 DIAS ➔ O representado, após ser notificado poderá oferecer defesa prévia DEFESA PRÉVIA ➢ Prazo para apresentação da defesa prévia poderá ser prorrogado quando houver motivo relevante ➢ No caso do representador for revel, ou não for encontrado, o Presidente do Conselho ou da Subseção designará defensor dativo ➢ Será revel quando não apresentar defesa prévia ➢ Efeito da revelia é a nomeação de defensor dativo ➢ No caso de oferecimento de defesa prévia, o relator poderá pedir o indeferimento liminar da representação ➔ Presidente do C. Seccional decidirá pelo arquivamento ou não INSTRUÇÃO ➢ No caso de oferecida a defesa prévia, essa deve estar acompanhada dos documentos necessários para sua instrução e do rol de testemunhas (até 5) ➢ Será proferido despacho saneador e, se for o caso, será designada audiência para oitiva do representante do representado e das testemunhas ➢ O relator pode determinar a realização de diligências que achar necessárias – cumpre a ele dar andamento no processo ADMITIDA A REPRESENTAÇÃO – CONCLUÍDA A INSTRUÇÃO ➢ Quando finalizada a instrução, o relator profere parecer liminar a ser submetido ao Tribunal de ética, devendo esse dar o enquadramento legal dos fatos ➢ Abre-se prazo de 15 dias para a apresentação de razões finais TRIBUNAL DE ÉTICA ➢ Após, o processo é encaminhado do C. Seccional para o Tribunal de ética ➢ O Presidente do Tribunal de ética, após receber o processo, devidamente instruído, designará, POR SORTEIO, novo relator para proferir o voto ➢ Após a distribuição ao relator, o processo será incluído em pauta na primeira sessão de julgamento ➢ Com 15 dias de antecedência as partes serão notificadas para comparecerem à sessão de julgamento JULGAMENTO ➢ Na sessão de julgamento, após o voto do relator, é facultada a sustentação oral pelo tempo de 15 minutos ➢ Sustentação oral ➔ 1º = representante ➔ 2º = representado ➢ Do julgamento do processo disciplinar será lavrado acórdão ➔ Procedente = constará – enquadramento legal da infração, sanção aplicada, quórum de instalação e de deliberação, indicação se foi pelo voto do relator ou em voto divergente, agravante, atenuantes razões de possível conversão da censura pela advertência sem registro nos assentamentos do advogado ➢ O conselho seccional onde o representado tem inscrição principal será comunicado para fazer os devidos assentamentos quando a decisão condenatória for irrecorrível REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR ➢ Será permitida nos casos de: ➔ Erro de julgamento ➔ Condenação baseada em falsa prova ➢ Tem legitimidade para pedir revisão: ➔ Advogado punido ➢ O órgão competente para o julgamento será: ➔ O mesmo queproferiu a decisão final ➢ Essa revisão pode ser pedida a qualquer tempo, desde que haja o tr. em julgado da decisão condenatória ➢ A jurisdição administrativa disciplinar da OAB não exclui a comum, quando os fatos constituírem crime ou contravenção, comunicando-se as autoridades competentes ➔ OU SEJA, pode correr processo disciplinar perante a OAB e processo criminal, ➢ Instrução do processo disciplinar não acontece no Tribunal de ética, mas sim no CONSELHO SECCIONAL ou na SUBSEÇÃO ➢ Após a instrução o processo é remetido ao Tribunal de ética → esse irá proferir decisão ➢ A representação será processada e julgada pelo CONSELHO FEDERAL quando for contra: ➔ Membros do C. Federal ➔ Presidentes de C. Seccionais ➔ Membros honorários Vitalícios ➔ Detentores da Medalha Rui Barbosa *A representação contra dirigente de SUBSEÇÃO é processada e julgado pelo CONSELHO SECCIONAL podendo o advogado ser punido em ambos os casos também ➢ É aplicado o princípio do DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO ➔ Os recursos são dirigidos ao órgão superior competente e interpostos perante a autoridade ou órgão que proferiu a decisão recorrida ➢ Há a interposição de recursos em casos específicos • CABIMENTO o CONSELHO FEDERAL ➢ Julgará as questões decididas pelos Conselhos Seccionais ➔ Decisões definitivas não unânimes, ou quando unânimes, que contrariem o estatuto, decisão do conselho federal, ou de outro conselho seccional, regulamento geral, o Código de Ética e Disciplina e os Provimentos ➢ Tem legitimidade para interpor este recurso ➔ as partes interessadas ➔ Presidente do conselho seccional o CONSELHO SECCIONAL ➢ Julga as questões decididas por: ➔ Seu presidente ➔ Pelo Tribunal de Ética e Disciplina - julga os processos disciplinares instruídos pelas SUBSEÇÕES ou por Relatores do Conselho ➔ Pelas diretorias das Subseções ➔ Caixa de Assistência dos Advogados *Esses são os chamados recurso inominados/específicos ➢ Além desses recursos há também os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ➔ São dirigidos ao relator da decisão recorrida - não tem duplo grau de jurisdição ➔ Seu seguimento pode ser negado – fundamentadamente, quando for protelatório, intempestivos ou estiver sem os pressupostos legais para interposição ➔ O presidente do C. FEDERAL pode embargar as decisões NÃO UNÂNIMES proferidas pelo órgão ➢ REGRA= TODOS os recursos terão efeito SUSPENSIVO ➢ EXCEÇÃO = no caso de tratar sobre eleições, suspensão preventiva decidida pelo Tribunal de ética, cancelamento de inscrição obtida com falsa prova Decisões definitivas NÃO UNÂNIMES proferidas pelo Conselho SECCIONAL Decisões UNÂNIMES do C. SECCIONAL que contrariem: •EAOAB •Decisão do C. Federal ou de outro C. Seccional •Regulamento geral •CED •Provimentos Decisões proferidas pelo Presidente do C. SECCIONAL Decisões proferidas pela DIRETORIA da SUBSEÇÃO ou da Caixa de Assistência dos Advogados PRAZO = 15 dias, inclusive para interposição de recursos PRESCRIÇÃO = a prescrição da pretensão punitiva é de 5 anos e a intercorrente 3 anos SIGILO = durante toda a sua tramitação correrá em juízo, tendo acesso somente as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente. - Após seu julgamento haverá a publicidade da decisão
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