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Os sedimentos acumulam contaminantes, sendo o principal destino para as substâncias introduzidas nos oceanos. Os métodos ecotoxicológicos são uma importante ferramenta para a avaliação da qualidade dos sedimentos, permitindo estimar os efeitos potenciais produzidos pela sua contaminação. O presente estudo visa analisar a toxicidade do sedimento da porção marinha do Parque Estadual Xixová-Japuí, a partir da realização de ensaios crônicos e agudos com o copépodo Tisbe biminiensis e o anfípoda Tiburonella viscana, respectivamente. A análise dos resultados obtidos foi feita por meio do teste t’-student ou o não paramétrico Mann-Whitney, determinando se as amostras produziram efeitos significativos, ou seja, se eram tóxicas ou não. Foi encontrada toxicidade aguda nos sedimentos das estações P1 (voltada para a Praia Grande), P2 (Ponta de Itaipu) e P4 (entre as praias do Comandante e de Itaquitanduva). Já o ensaio de toxicidade crônico realizado com Tisbe biminiensis não identificou toxicidade significativa para nenhuma das estações, porém a fecundidade das estações 1, 3, 4 e 6 foram baixas, indicando um indício de toxicidade. Este estudo mostra que o PEXJ não está cumprindo com sua função de proteção da biodiversidade e que devem ser tomadas medidas mitigadoras e de controle das fontes de poluição para a porção marinha do parque.
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