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FARMACOLOGIA E COSMETOLOGIA NA PODOLOGIA

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1 
 
FARMACOLOGIA E COSMETOLOGIA APLICADA A 
 PODOLOGIA 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-
sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação 
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos 
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Sumário 
FARMACOLOGIA E COSMETOLOGIA APLICADA A PODOLOGIA..................... 1 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2 
1 – INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4 
2 – FARMACOLOGIA – INTRODUÇÃO ..................................................................... 5 
História da Farmacologia .......................................................................................... 5 
2.1 Conceitos básicos .................................................................................................. 6 
2.3 Farmacocinética (remédio/movimento) ............................................................ 12 
2.4 Farmacodinâmica ............................................................................................... 18 
2.5 Farmacovigilância .............................................................................................. 18 
3 - COSMETOLOGIA: INTRODUÇÃO ....................................................................... 20 
3.1 História da cosmetologia .................................................................................... 20 
3.2 Cosméticos na podologia .................................................................................... 22 
3.3 Hidratantes, emulsões, leites, loções e manteigas ............................................ 23 
3.3.1 Hidratantes oclusivos e umectantes ............................................................... 23 
3.4 Cosmiatria podológica de unhas ....................................................................... 24 
3.5 Proteção solar e fotoenvelhecimento de mãos e pés......................................... 27 
3.6 Peelings químicos e físicos .................................................................................. 28 
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 29 
6 – REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Win/Downloads/AP.%20FARMACOLOGIA%20E%20COSMETOLOGIA%20APLICADA%20A%20PODOLOGIA.docx%23_Toc63002466
 
 
 
4 
1 – INTRODUÇÃO 
 
A farmacologia é sem dúvida umas das principais ferramentas para pro-
fissionais da área de saúde, ou em sentido mais amplo, para todos os profissio-
nais que necessitam ou lidam diretamente e indiretamente com fármacos e me-
dicamentos. A compreensão do modo com o qual os fármacos agem no orga-
nismo é de fundamental importância para o melhor emprego dos medicamentos. 
Em sua fundamentação, a farmacologia compreende o entendimento his-
tórico, propriedades físico-químicas, composição, bioquímica, efeitos fisiológi-
cos, mecanismo de ação, absorção, distribuição, biltra afirmação, excreção e te-
rapêutica, relacionadas a substâncias químicas que conseguem alterar a função 
normal do organismo humano. 
Além disso, lidar com vidas pode ser decisivo: resultados que transfor-
mam ou que podem causar decepções. Por essas questões, a farmacologia atua 
hoje como uma ciência decisiva e de caráter obrigatório nos tratamentos e cui-
dados com o corpo humano. É necessário entender todas as vertentes que en-
volvem a utilização de produtos cosméticos, para que o sucesso seja alcançado 
no tratamento e para acertos e ganhos como profissional. 
Abaixo você irá ver os conceitos de cosmetologia, a função dos compo-
nentes químicos, as funcionalidades dos hidratantes, emulsões, leites, loções e 
manteigas, além de compreender acerca da proteção solar e fotoenvelhecimento 
de mãos e pés, entre outros conteúdos. 
Os principais objetivos são levar o aluno a entender as vertentes da far-
macologia na aplicabilidade da podologia e a obter conhecimento sobre os cos-
méticos e suas especificações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
2 – FARMACOLOGIA – INTRODUÇÃO 
 
 
Em seu sentido mais amplo, a Farmacologia (do Grego, pharmakos, 
droga, e logos, estudo) é a ciência que aborda o estudo das substâncias quími-
cas e a sua interação com os sistemas biológicos. Para compreender os efeitos 
de um medicamento no organismo, foram necessários muitos anos de pesquisa 
e investimento nesta área do conhecimento. 
 
História da Farmacologia 
 
Na Antiguidade, as doenças eram usualmente consideradas como pos-
sessões demoníacas ou resultantes da raiva dos deuses. Para tratá-las, os po-
vos utilizavam produtos naturais e rituais religiosos. Como ciência, a Farmacolo-
gia nasceu em meados do século XIX. O primeiro registro histórico que menciona 
os fármacos foi o Papiro de Smith, datado de 1600 a.C. 
A partir de uma melhor compreensão da natureza das enfermidades e o 
desenvolvimento da química orgânica, com a identificação e isolamento das pri-
meiras drogas, foi possível a evolução da antiga disciplina de Matéria Médica 
para a farmacologia moderna. A morfina foi a primeira droga isolada, em 1805 
por Sertüner, que a extraiu do ópio. Em 1847, Rudolf Buchheim fundou o primeiro 
Instituto de Farmacologia, na Universidade de Dorpat, na Estônia. 
 
 
 
6 
É importante ressaltar que, embora seja diretamente voltada para o es-
tudo dos efeitos e mecanismos de ação das substâncias químicas, essa disci-
plina tem contribuído bastante para o conhecimento do funcionamento dos seres 
vivos. 
 
2.1 Conceitos básicos 
 
Conhecer os diversos conceitos da farmacologia facilita a compreensão dessa 
ciência. Alguns dos principais conceitos dessa ciência são: 
 Estudos dos fármacos: fonte, solubilidade, absorção, destino no orga-
nismo, mecanismo de ação, efeito, reação adversa (RAM) 
 
 Fármaco: é a principal substância da formulação do medicamento, res-
ponsável pelo efeito terapêutico. Fármaco também é um composto quí-
mico obtido por extração, purificação, síntese ou semi-síntese. São os fár-
macos que dão origem aos medicamentos, sendo o princípio ativo da 
forma terapêutica. 
Seguindo as definições oficiais que regulamentam a área de saúde no 
Brasil, conforme Portaria ministerial n 3.916/MS/GM do Ministério da Sa-
úde, fármaco é a substância química que é o princípio ativo do medica-
mento. E por medicamento entende-se ser o produto farmacêutico com 
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. 
 
 Medicamento: produto tecnicamente elaborado contendo um ou mais fár-
macos. Os outros componentes do medicamento recebem a denomina-
ção de excipientes, os quais podem ter as mais variadas funções, como 
melhorar o sabor, odor e até mesmo atuar como conservantes do mesmo; 
lembrandoque do ponto de vista terapêutico o excipiente é inerte, não 
devendo também, interagir com o fármaco. Os medicamentos podem ser 
classificados em: magistrais, oficiais e oficinais; por sua vez, os medica-
mentos oficiais por sua vez podem ser classificais em: referencia similares 
e genéricos. 
 
 
 
 
7 
 Remédio: O conceito de remédio é bem amplo. Pode ser considerado 
como todo e qualquer tipo de cuidado utilizado para curar ou aliviar doen-
ças, sintomas, desconfortos e mal-estar; 
 
 Dose: quantidade de fármaco capaz de provocar alterações no orga-
nismo. Esta dose pode eficaz (DE), letal (DL), ataque ou de manutenção. 
A DE é dose capaz de produzir o efeito terapêutico desejado, podendo 
ser classificada em mínima eficaz e máxima tolerada. A DL por sua vez é 
a dose capaz de causar mortalidade. Em ambos os casos (DE e DL) a 
eficácia pode ser determinada em porcentagem, portanto, DE50 é a dose 
eficaz em 50% dos tecidos ou pacientes. 
 
 Droga: qualquer substância que modifica a função fisiológica; 
 
 Posologia: Posologia é a forma de utilizar os medicamentos, ou seja, o 
número de vezes e a quantidade de medicamento a ser utilizada a cada 
dia – que varia em função do paciente, da doença que está sendo tratada 
e do tipo de medicamento utilizado. A posologia está relacionada com o 
tempo de ação e a dose terapêutica do medicamento em questão. Um 
esquema posológico racional baseia-se na pressuposição de que existe 
uma concentração-alvo que irá produzir o efeito terapêutico desejado. 
Após vários estudos, chegou-se ao conceito de janela terapêutica, que 
compreende a concentração plasmática mínima da droga necessária para 
fazer o efeito e a concentração máxima acima da qual o fármaco irá apre-
sentar efeitos tóxicos. 
 
 Efeito indesejado: efeito provocado pela ação do fármaco no organismo 
indiferente do planejado. Pode se classificado em previsível e imprevisí-
vel. Os efeitos previsíveis podem se dividir em: toxicidade por superdosa-
gem, efeito secundário (reação provocada pelo efeito principais do fár-
maco em um sítio diferente do alvo principal), efeito colateral e interações 
medicamentosas. Por sua vez, o efeito imprevisível pode ser dividido em: 
idiossincrático, alérgico e intolerância. 
 
 
 
 
8 
 Índice terapêutico: relação entre a DL50 e a DE50 pode ser um indicati-
vo da segurança do fármaco. 
 
 Janela terapêutica: faixa entre a dose mínima eficaz e máxima eficaz 
 
 Interação medicamentosa: efeito resultante da infeção entre dois fárma-
cos, podendo como resultado final ocorrer o aumento, redução ou atenu-
ação do efeito farmacológico de ou mais fármacos envolvidos. 
 
 Forma farmacêutica: a forma farmacêutica é a forma final em que se apre-
senta o medicamento ao paciente, depois de uma série de operações far-
macêuticas realizadas com o princípio ativo e os excipientes adequados, 
ou sem os excipientes também, com o objetivo de atingir o sucesso tera-
pêutico de acordo com a via de administração mais adequada. Abaixo à 
principais vantagens e desvantagens, bem como suas especificidades 
das formas farmacêutica 
 
As formas farmacêuticas líquidas destacamos 
 
 
 
9 
As soluções que são compostas por uma ou mais substâncias dissolvidas em 
um determinado solvente ou mistura de solventes miscíveis entre si que seja 
adequada. 
As soluções podem ser ainda classificadas como xaropes e elixires. 
Xaropes - São preparações aquosas com altas concentrações de açúcar ou al-
gum adoçante substituto, podem conter flavorizantes, que são agentes que con-
fere um aroma característico à formulação e o princípio ativo. Os xaropes podem 
ser simples, flavorizados e sem açúcar. 
Elixires – São preparações hidroalcoolicas, que são mistura contendo de 20% a 
50% de álcool. São edulcorados e flavorizados, além disso, quase sempre con-
tém propilenoglicol, glicerina e xaropes nas formulações. São menos viscosos e 
doces que os xaropes. Os elixires podem ser medicamentosos ou não. 
As principais vantagens das preparações líquidas são a facilidade na adminis-
tração, a rápida absorção e a facilidade para o ajuste de dose. Como desvanta-
gens destacamos a maior susceptibilidade à contaminação e alterações físico-
químicas, devido ao maior teor de umidade entre outros fatores, além disso há 
maior dificuldade para suavizar ou mascarar odor e sabor indesejáveis. 
 
As suspensões são preparações líquidas que contém o princípio ativo em par-
tículas finamente divididas e distribuídas uniformemente em um veículo onde o 
fármaco apresenta uma mínima solubilidade. 
As suspensões podem ser administradas pelas vias oral, parenteral e tópica. 
As principais vantagens das suspensões são a possibilidade de empregar prin-
cípios ativos insolúveis em veículos mais comuns, além da maior estabilidade se 
comparadas às soluções, bem como melhor odor e sabor. 
 
As emulsões são dispersões de duas fases de uma mistura não miscíveis entre 
si, que com o auxílio de um agente tensoativo, um emulsionante, são capazes 
de formar um sistema homogêneo. 
As emulsões podem ser administradas pelas vias oral, parenteral, intramuscular, 
intravenosa e tópica. 
As emulsões podem ser de quatro tipos: 
 
 
 
 
10 
 Óleo/água- Formulação de óleo disperso em água, esse é o tipo de emul-
são mais utilizada. 
 Água/óleo- Formulação de água dispersa em óleo é comumente empre-
gada em produtos cosméticos devido à sua maior espalhabilidade. 
 Emulsões múltiplas- Formulações com propriedades mistas, tanto 
óleo/água quanto água/óleo, por isso formam sistemas óleo/água/óleo e 
água/óleo/água. 
 Microemulsões- Formulações compostas por partículas finamente dividi-
das elaboradas com altas concentrações de emulsionantes, o que garante 
uma propriedade de alta permeabilidade cutânea. 
 
As formas farmacêuticas sólidas podem ser classificadas em cápsulas, drágeas, 
comprimidos, grânulos, supositórios e pós. 
 
As cápsulas são formas compostas por um envoltório comestível, que normal-
mente é à base de gelatina. Dentro desse envoltório, está princípio ativo. As 
cápsulas são administradas por via oral. 
As principais vantagens são a facilidade na liberação e administração do fár-
maco, melhor conservação e apresentação, além de permitir a prescrição perso-
nalizada e maior velocidade na execução da formulação. Já entre as desvanta-
gens, destaca-se que não pode ser cortado/partido, além de ser inviável para 
fármacos muito solúveis, como também a limitação de uso para crianças e ido-
sos devido ao tamanho da cápsula. Deve ser armazenada em condições de tem-
peratura e umidade adequadas. 
 
As drágeas são formas farmacêuticas em que o princípio ativo está em um in-
vólucro constituído por diversas substâncias, como resinas, gelatinas, gomas, 
açúcares, ceras. São chamados também de comprimidos revestidos. 
As principais vantagens são a estabilidade físico-química, facilidade na adminis-
tração, a possibilidade de proteger princípios ativos facilmente oxidáveis além 
de viabilizar a desintegração entérica. Como desvantagens temos a dificuldade 
na preparação, o alto custo, e a impossibilidade de ajuste de dose. 
Podem ser classificadas em cápsulas moles, duras, gastrorresistentes e de libe-
ração controlada. 
 
 
 
11 
 
Os comprimidos são preparações sólidas obtidas pela compressão de princí-
pios ativos secos. Podem apresentar vários formatos, como ovais, cilíndricos, 
redondos, entre outros. 
As principais vantagens são a facilidade na execução da preparação, o baixo 
custo, melhor estabilidade físico-química, além da facilidade na administração, a 
precisão na dosagem. E entre as desvantagens tem-se a impossibilidade de 
ajustar a dose no produto final. 
Podem ser de vários tipos: revestidos por películas, com revestimento entérico, 
de liberação controlada, efervescentes, sublinguais, mastigáveis, entre outros. 
 
Os grânulos são preparações que apresentam formatode grãos ou grânulos 
irregulares. Podem ser administrados diretamente ou de serem utilizados em for-
mulações. 
 
Os supositórios e os óvulos possuem formato cônicos ou ogivais, para aplica-
ção retal e vaginal, respectivamente. São usados em substituição à via oral, no 
caso de lesão na mucosa do trato gastrointestinal ou quando o paciente apre-
senta quadro de vômito ou dificuldade de deglutição. 
 
Os pós são preparações para uso externo e interno. São compostos por uma 
mistura de fármacos finamente divididos e secos. Podem ser classificados em 
simples, quando derivados de uma droga ou em compostos quando derivados 
de uma mistura de duas ou mais drogas. 
 
As principais vantagens das preparações solida são a facilidade na absorção 
devido à maior superfície de contato, a ausência de umidade que melhora a con-
servação, facilidade no transporte e armazenamento. Já entre as desvantagens 
destacamos o sabor que pode ser desagradável, a dificuldade na deglutição, a 
impossibilidade de usar outras vias de administração além da oral e da tópica. 
 
As formas farmacêuticas semissólidas incluem as pomadas, os cremes e as 
pastas. 
 
 
 
12 
As pomadas são preparações de consistência pegajosa e macia, monofásica, 
empregadas para uso externo. 
 
Os cremes são formulações com excipientes emulsivos (óleo/água ou 
água/óleo), para uso externo, podendo conter um ou mais princípios ativos. São 
chamados também de emulsões de alta viscosidade. 
 
As pastas são preparações compostas por pós finamente dispersos numa pro-
porção que varia de 20% e 60%, sendo mais firmes e espessos que as pomadas 
e menos gordurosas também. As pastas são aplicáveis para uso externo. 
 
 
 
2.3 Farmacocinética (remédio/movimento) 
 
A farmacocinética estuda quantitativamente utilizando metodologia mate-
mática para descrever a cronologia dos processos de administração, absorção, 
distribuição, biotransformação e eliminação das drogas (SILVA, 2010). 
São algumas contribuições da farmacocinética: 
 
 
 
13 
 
Antes de mostrar os processos farmacocinéticos, vamos falar sobre as 
vias de administração de medicamentos, suas características e de que modo 
influenciam nos processos farmacocinéticos. 
 
Vias de administração: 
Para que um medicamento atue e produza seus efeitos característicos, deve pri-
meiro ser absorvido e então atingir uma concentração eficiente em seu local de 
ação. A absorção da droga geralmente é definida como a passagem da droga 
de seu local de administração para a corrente sanguínea (ADAMS, 2003). 
A via de administração é determinada primariamente pelas propriedades do fár-
maco (p. ex., hidro ou lipossolubilidade, ionização) e pelos objetivos terapêuticos 
(p. ex., necessidade de um início rápido de ação, necessidade de tratamento por 
longo tempo, ou restrição de acesso a um local específico). As principais vias 
incluem as enterais como oral, sublingual, bucal e retal e as parenterais, como 
endovenosa, muscular e outras (WHALE et al., 2016). 
 
De acordo com Silva (2010) as principais vias e sistemas de administração das 
drogas são as seguintes: 
1. Oral 
2. Sublingual ou bucal 
3. Parenteral 
4. Tópica 
5. Transdérmica 
 
 
 
14 
6. Intraocular 
7. Intrarrespiratória 
8. Retal 
9. Intravaginal 
10. Intrauterina 
11. Uretral e peniana 
12. Novos sistemas de administração de drogas 
 
1. Absorção 
Absorção é a transferência de um fármaco do seu local de administração para a 
corrente sanguínea. A velocidade e a eficiência da absorção dependem do am-
biente onde o fármaco é absorvido, das suas características químicas e da via 
de administração (o que influencia sua biodisponibilidade) (WHALEN et al., 
2016). 
Para que um fármaco seja absorvido pelo corpo e possa se distribuir pelos líqui-
dos corporais, é preciso transpor barreiras teciduais que são compostas, em úl-
tima análise, por membranas celulares que apresentam natureza lipoproteica. 
Assim, um composto químico, para se difundir através dessas membranas, de-
penderá de suas propriedades físico-químicas de miscibilidade em um meio pre-
dominantemente oleoso (LEONARDI, 2019). 
Dependendo das propriedades químicas, os fármacos podem ser absorvidos do 
Trato Gastrointestinal (TGI) por difusão passiva, difusão facilitada, transporte 
ativo ou endocitose (WHALEN et al., 2016): 
 
 Difusão Passiva: O fármaco se move da região de concentração alta para 
a de concentração baixa. A difusão passiva não envolve transportador, 
não é saturável e apresenta baixa especificidade estrutural. A maioria dos 
fármacos é absorvida por esse mecanismo. 
 
 Difusão Facilitada: Os fármacos entram na célula por meio de proteínas 
transportadoras transmembrana especializadas que facilitam a passagem 
de moléculas grandes. Ele não requer energia, pode ser saturado e pode 
ser inibido por compostos que competem pelo transportador. 
 
 
 
 
15 
 Transporte Ativo: Ele é capaz de mover fármacos contra um gradiente de 
concentração – ou seja, de uma região com baixa concentração de fár-
maco para outra com concentração mais elevada. Esse processo é satu-
rável. Os sistemas de transporte ativo são seletivos e podem ser inibidos 
competitivamente por outras substâncias cotransportadas. 
 
 Endocitose e exocitose: Estes tipos de absorção são usados para trans-
portar fármacos excepcionalmente grandes através da membrana celular. 
A endocitose envolve o engolfamento de moléculas do fármaco pela 
membrana e seu transporte para o interior da célula pela compressão da 
vesícula cheia de fármaco. A exocitose é o inverso da endocitose. 
 
A absorção é influenciada pelas seguintes propriedades das drogas: 
1. Lipossolubilidade, o que vale dizer solubilidade da droga na bicamada lipídica 
das membranas biológicas, permitindo fácil travessia dessas por difusão pas-
siva; 
2. Hidrossolubilidade, que só permite absorção quando existem nas membranas 
sistemas transportadores específicos ou canais e poros hidrofílicos; 
3. Estabilidade química da molécula da droga; 
4. Peso molecular, tamanho e volume da molécula da droga; 
5. Carga elétrica da molécula da droga (polaridade, ionização; Ph do meio); 
6. Forma farmacêutica (comprimidos, cápsulas, soluções etc.) em que a droga é 
administrada; 
7. Velocidade de dissolução da droga e, quando administrada por via oral, com-
patibilidade com as secreções gastrointestinais; 
8. Concentração da droga no local de absorção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
2. Distribuição de fármacos 
 
A distribuição consiste no caminho que o medicamento faz depois de atravessar 
a barreira do epitélio do intestino para a corrente sanguínea, podendo estar na 
forma livre, ou ligado às proteínas plasmáticas, podendo depois atingir vários 
locais: 
 Local de ação terapêutica, onde vai exercer o efeito pretendido; 
 Reservatórios teciduais, onde vai ser acumulado sem exercer efeito tera-
pêutico; 
 Local de ação inesperada, onde vai exercer uma ação indesejada, provo-
cando efeitos colaterais; 
 Local onde são metabolizados, podendo aumentar a sua ação ou serem 
inativados; 
 Locais onde são excretados. 
 
Quando um medicamento se liga às proteínas plasmáticas, não consegue atra-
vessar a barreira para atingir o tecido e exercer ação terapêutica, por isso um 
medicamento que tenha alta afinidade para estas proteínas, vai ter uma menor 
distribuição e metabolismo. No entanto, o tempo de permanência no organismo 
vai ser maior, porque a substância ativa demora mais tempo a chegar ao local 
de ação e a ser eliminado. 
 
3. Metabolismo/biotransformação 
 
De acordo com Silva (2010) o metabolismo das drogas apresenta as quatro mo-
dalidades seguintes: 
 Inativação: As drogas, na sua maioria, e seus metabólitos são inativados 
ou transformados em produtos menos ativos. 
 Metabólito ativo de droga ativa: Muitas drogas são parcialmente transfor-
madas em um ou mais metabólitos ativos.Os efeitos observados são cau-
sados pela droga original e pelos seus metabólitos. 
 
 
 
17 
 Ativação de droga inativa: Algumas drogas, chamadas pró-drogas ou pró-
fármacos, são inativas e necessitam ser metabolizadas para se tomarem 
ativas. 
 Ausência de metabolismo: Certas drogas, como penicilinas e anestésicos 
gerais inalatórios, são excretadas em forma inalterada, sem sofrer meta-
bolismo, devido às suas propriedades físico-químicas peculiares. 
 
 
4. Excreção de fármacos 
 
As três principais vias de eliminação são biotransformação hepática, eliminação 
biliar e eliminação urinária. 
 Os fármacos são eliminados do organismo sem alterações pelo processo 
de excreção ou convertidos em metabólitos, com exceção dos pulmões, 
os órgãos excretores eliminam mais eficientemente os compostos polares 
que as substâncias altamente lipos solúveis. Assim, os fármacos liposso-
lúveis não são facilmente eliminados até que sejam metabolizados em 
compostos mais polares. 
 O rim é o órgão mais importante para a excreção dos fármacos e seus 
metabólitos. As substâncias excretadas nas fezes são predominante 
mente fármacos não absorvidos depois da ingestão oral, ou metabólitos 
excretados na bile ou secretados direta mente no trato intestinal e que 
não foram reabsorvidos. A excreção dos fármacos no leite materno é im-
portante não apenas em razão das quantidades eliminadas, mas também 
 
 
 
18 
porque os fármacos excretados produzem efeitos farmacológicos indese-
jáveis no lactente amamentado. A excreção pulmonar é necessária prin-
cipalmente para a eliminação dos gases anestésicos. 
 A eliminação de fármacos pelos rins na urina envolve os processos de 
filtração glomerular, secreção tubular ativa e reabsorção tubular passiva. 
 
 
2.4 Farmacodinâmica 
 
A farmacodinâmica consiste no estudo da interação dos fármacos com os 
seus receptores, onde exercem o seu mecanismo de ação, produzindo um efeito 
terapêutico. 
 
1. Local de ação 
Os locais de ação são os locais onde as substâncias endógenas, que são subs-
tâncias produzidas pelo organismo, ou exógenas, que é o caso dos medicamen-
tos, interagem para produzir uma resposta farmacológica. Os principais alvos 
para a ação das substâncias ativas são os receptores onde se costumam ligar 
substâncias endógenas, canais iônicos, transportadores, enzimas e proteínas 
estruturais. 
 
2. Mecanismo de ação 
O mecanismo de ação é a interação química que uma determinada substância 
ativa exerce com o receptor produzindo uma resposta terapêutica. 
 
3. Efeito terapêutico 
O efeito terapêutico é o efeito benéfico e desejado que o medicamento provoca 
no organismo quando administrado. 
 
2.5 Farmacovigilância 
 
A Farmacovigilância (FV) pode ser definida como a ciência e as atividades 
relacionadas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adver-
sos ou qualquer outro problema relacionado a medicamentos. A Organização 
 
 
 
19 
Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu seu Programa de Monitoramento Interna-
cional de Medicamentos em resposta ao desastre da talidomida detectado em 
1961.1 
Os objetivos da farmacovigilância são: melhorar o atendimento ao paci-
ente e a segurança do paciente em relação ao uso de medicamentos; e apoiar 
programas de saúde pública, fornecendo informações confiáveis e equilibradas 
para a avaliação efetiva do perfil de risco-benefício dos tratamentos. 
Medicamentos modernos mudaram o modo como as doenças são geren-
ciadas e controladas. No entanto, apesar de todos os seus benefícios, as evi-
dências continuam a demonstrar que as reações adversas aos medicamentos 
(RAM’s) são uma causa comum, ainda que evitável, de doença, incapacidade e 
até morte. Em alguns países, as reações adversas a medicamentos estão entre 
as 10 principais causas de mortalidade. 
Além dos perigos intrínsecos associados aos próprios produtos, os paci-
entes podem apresentar sensibilidades particulares e imprevisíveis para certos 
medicamentos. Além disso, se mais de um medicamento for prescrito, há sempre 
o risco de interações com resultados indesejados. 
A seleção e o uso dos melhores – e mais seguros – medicamentos requer 
considerável habilidade por parte do prescritor, prevenindo ou reduzindo os da-
nos aos pacientes, através de mecanismos que possam avaliar e monitorar a 
segurança dos medicamentos em uso clínico. Na prática, isso significa ter um 
sistema de farmacovigilância bem organizado. A farmacovigilância é um compo-
nente chave dos sistemas eficazes de regulação de medicamentos, prática clí-
nica e programas de saúde pública. 
Os principais objetivos dos programas de farmacovigilância são: 
 Melhorar o atendimento e a segurança do paciente em relação ao uso de 
medicamentos e todas as intervenções médicas e paramédicas; 
 Melhorar a saúde pública e a segurança em relação ao uso de medica-
mentos; 
 Contribuir para a avaliação dos benefícios, danos, eficácia e risco dos 
medicamentos, encorajando seu uso seguro, racional e mais eficaz (in-
clusive com boa relação custo-benefício); 
 
 
 
20 
 Promover a compreensão, a educação e a formação clínica em farmaco-
vigilância e sua comunicação efetiva com os profissionais de saúde e o 
público geral. 
 
3 - COSMETOLOGIA: INTRODUÇÃO 
 
 
3.1 História da cosmetologia 
 
A Cosmetologia é a ciência que serve de suporte à fabricação dos produ-
tos de beleza e permite verificar as suas propriedades, estuda as matérias-pri-
mas e os produtos cosméticos destinados ao embelezamento, limpeza, manu-
tenção e melhoria das características do cabelo, pele e seus anexos. 
Obviamente, um dos focos principal da cosmetologia é o cosmético, cujo 
termo originalmente, era dado às substâncias naturais destinadas a suavizar o 
cabelo e dar-lhe brilho. 
O uso de cosméticos remonta há pelo menos 30.000 anos. Os homens 
da pré-história faziam gravações em rochas e cavernas, e também pintavam o 
corpo e se tatuavam. 
Rituais tribais praticados pelos aborígines dependiam muito da decoração 
do corpo para proporcionar efeitos especiais, como a pintura de guerra. A religião 
era, também, uma razão para o uso desses produtos: Cerimônias religiosas fre-
quentemente empregavam resinas e unguentos de perfumes agradáveis. A 
queima de incenso deu origem à palavra perfume, que no latim quer dizer “atra-
vés da fumaça”. 
 
 
 
21 
Aparentemente os Egípcios foram os primeiros usuários de cosméticos e 
produtos de toucador em larga escala. Alguns minérios foram usados como som-
bras de olhos e rouge, assim como usavam extratos vegetais, como a henna. A 
famosa Cleópatra se banhava com leite de cabra para ter uma tez suave e macia, 
e incorporou o símbolo da beleza eterna. Também nesta época os faraós eram 
sepultados em sarcófagos que continham tudo o que era necessário para se 
manter belo. No sarcófago de Tutankamon (1400 aC) foram encontrados cre-
mes, incenso e potes de azeite usados na decoração e no tratamento. 
Durante a dominação Grega na Europa, 400 aC, os cosméticos tornaram-
se mais do que uma ciência, estavam menos conectados aos religiosos do que 
aos cientistas, que davam conselhos sobre dieta, exercícios físicos e higiene, 
assim como, sobre cosméticos. 
Nos manuscritos de Hipócrates, considerado o pai da medicina, já se en-
contravam orientações sobre higiene, banhos de água e sol, a importância do ar 
puro e da atividade física. Nesta época, século II aC, venerava-se uma deusa da 
beleza feminina, chamada Vênus de Milo. 
Na era Romana, por volta do uno 180 dC, um médico grego chamado 
Claudius Galen realizou sua própria pesquisa científica na manipulação de pro-
dutos cosméticos, iniciando assim a era galênica dos produtos químico-farma-
cêuticos. Galen desenvolveu um produto chamado Unguentum Refrigerans, o 
famoso Cold cream, baseado em cera de abelha e bórax. 
Os famosos banhos romanos eram centro de discussões e reuniões soci-
ais para os senadorese aristocratas da época, mas caíram posteriormente em 
atos imorais condenados pela religião. 
Também nesta época surgiu a alquimia, uma ciência oculta que se utiliza-
vam de formulações cosméticas para atos de magia e ocultismo. Também foi 
nesta época que Ovídio escreveu um livro voltado a beleza da mulher "Os pro-
dutos de beleza para o rosto da mulher”, onde ensina a mulher a cuidar de sua 
beleza através de receitas caseiras. 
Os cosméticos e produtos de toucador eram feitos em casa, cada família 
tinha suas próprias e favoritas receitas. 
No início do século XX, os cosméticos saíram das cozinhas e passaram a 
ser produzidos industrialmente. A liberação da mulher foi o fator fundamental 
para o sucesso dos cosméticos, uma vez que a mostra ao corpo promoveu uma 
 
 
 
22 
procura maior por meios de embelezar o que até então estava escondido sobre 
vestes extremas. 
Em 1902, Helena Rubinstein, uma jovem polonesa chegou a Melbourne, 
na Austrália trazendo consigo alguns frascos contendo cremes para a pele, pre-
parados com receitas da família, e observando que a pele das mulheres austra-
lianas sofria devido aos efeitos do calor, do clima seco, abriu seu primeiro salão 
de beleza. Mais tarde foi para os Estados Unidos e se tornou a principal força no 
desenvolvimento da indústria de beleza. 
 
3.2 Cosméticos na podologia 
 
Em procedimentos podológicos devem ser usados cosméticos destinados 
exclusivamente aos pés, de procedência conhecida e com certificado da AN-
VISA. Assim o profissional e o cliente terão a segurança de estar oferecendo 
produtos dentro das normas previstas. Manipular loções e emolientes por conta 
própria é uma atitude inconsequente, pois coloca em risco a saúde do profissio-
nal e do cliente. Os produtos mais seguros são aqueles de origem natural, sem 
química em sua composição. Na Podologia utilizamos: 
- Álcool 70°(assepsia) 
- Antisséptico (loção que limpa e higieniza a pele) 
- Emoliente (amolece cutículas/peles e unhas) 
- Hidratante (hidrata e protege a pele) 
- Creme cicatrizante de alta hidratação para fissuras e calosidades 
- Antifúngico: óleo de melaleuca 
- Fortalecedor de unhas previne a micose e antisséptico: óleo de cravo 
- Hemostático e bactericida: óleo de copaíba 
 
Nas hidratações: 
- Hidratação rápida: Esfoliante leve/Regenerador celular/Fixador (Filme)/Creme 
hidratante. 
- Hidratação profunda: Loção Antisséptica/Loção Tônica/Creme Esfoliante abra-
sivo/ Creme Regenerador/Fixador/Hidratante/Gel relaxante 
 
 
 
 
23 
3.3 Hidratantes, emulsões, leites, loções e manteigas 
 
Hidratar significa: manter com água. Assim, tudo que pode manter água 
na pele é uma substância hidratante, porém com uma ação específica: as subs-
tâncias hidratantes se diferenciam das emolientes, umectantes e oclusivas por-
que possuem a capacidade de permear a camada córnea (camada externa e 
superficial da pele), por isso, agem mais profundamente. São os produtos que 
geralmente carregam junto com a água outros ativos antioxidantes, anti-inflama-
tórios, vitaminas e outros, que realmente nutrem a pele, uma vez que conseguem 
permear na camada córnea. 
 
3.3.1 Hidratantes oclusivos e umectantes 
 
Oclusivos: Os produtos desta categoria não hidratam a pele, mas criam 
uma barreira protetora que impede a perda de água. É preciso tomar cuidado 
com os produtos oclusivos porque se eles forem aplicados com a pele seca e 
desidratada, este quadro se agrava. O produto impede que um agente hidratante 
penetre na pele depois. O melhor uso para esta categoria de hidratante é nutrir 
a pele antes com um bom ingrediente específico para isso (preferencialmente 
após o banho, com a pele ainda úmida) e selar a hidratação com o ingrediente 
oclusivo. São exemplos deste grupo os derivados do petróleo como o óleo mi-
neral (como o Johnson’s Baby), a parafina (como o creme Nívea) e a vaselina 
(como o Vasenol). 
 
Umectantes: Umectar significa deixar “úmido”, assim os umectantes são 
substâncias que contêm água em sua formulação e, quando aplicadas na pele, 
criam uma camada protetora, que protege a pele de perder água para o meio 
externo, mantendo-a umedecida. Essas substâncias não permeiam no estrato 
córneo, elas formam um filme hidrofílico sobre a pele, retendo água na superfície 
da camada córnea. Também são adicionadas nos cosméticos para melhorar a 
consistência do produto, e para que não ocorra cristalização do mesmo. Entre 
os agentes umectantes, destacam-se: glicerina, D-pantenol e ácido hialurônico. 
 
 
 
 
 
24 
3.4 Cosmiatria podológica de unhas 
 
O tratamento para micose de unha pode ser feito com remédios como 
Fluconazol, Itraconazol ou Terbinafina ou com uso de loções, cremes ou esmal-
tes como por exemplo, loceryl, Micolamina ou Fungirox, com laser ou mesmo 
com a ajuda de remédios caseiros. Antes de realizar o tratamento, deve-se ir ao 
dermatologista, que vai indicar qual o tratamento mais adequado e se este deve 
ser feito com remédios ou esmaltes comprados na farmácia ou com ambos. 
O tratamento para micose de unha com loções, cremes ou esmaltes deve 
ser mantido por 6 meses, no caso de micose de unha da mão e por 9 a 12 meses, 
no caso de micose de unha do pé, por causa do tempo de crescimento da unha. 
 
1. Tratamento com remédios de farmácia 
 
Os remédios usados para tratar a micose de unha são os vernizes e soluções 
adequadas para a aplicação nesta região, como Andriodermol, Loceryl, Onicoryl 
ou Lakesia, por exemplo. 
Em casos mais graves ou que em que o tratamento com remédios tópicos não é 
suficiente, pode ser necessário recorrer a medicamentos de uso oral, como ter-
binafina ou itraconazol, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
2. Tratamento com laser 
 
O tratamento para micose de unha com laser, chamado de terapia fotodinâmica, 
utiliza o corante azul de metileno, que depois de aquecido pelo laser terapêutico 
vermelho é capaz de eliminar o fungo da micose e promover o crescimento da 
unha. As sessões da terapia fotodinâmica geralmente ocorrem 1 vez por se-
mana, mas há casos onde pode ser necessário realizar até 2 ou 3 sessões por 
semana e o tempo do tratamento varia entre 1 a 3 meses. Outra opção é o tra-
tamento para micose de unha com LED, que funciona da mesma forma que o 
laser, pois a luz emitida pelo LED também reage com o corante, facilitando a 
eliminação do fungo. 
 
3. Tratamento caseiro 
 
Um ótimo tratamento caseiro para micose de unha é o óleo de copaíba, porque 
esta planta medicinal possui propriedades antifúngicas, anti-inflamatórias, emo-
lientes e cicatrizantes. 
 
 
 
26 
Para fazer este tratamento natural, basta ir a uma farmácia de manipulação e 
pedir para preparar um creme ou loção com o óleo de copaíba e aplicar sobre a 
unha afetada, pelo menos 3 vezes ao dia. 
Outra opção de tratamento para micose de unha é com água oxigenada, uma 
vez que tem propriedades antissépticas. Para isso, basta mergulhar os pés em 
uma bacia com água oxigenada a 3% e água, nas mesmas proporções, durante 
30 minutos por dia, durante alguns meses, até obter resultados. 
 
 
Dicas para um tratamento eficaz 
 
Algumas dicas que podem ajudar no tratamento da micose de unha são: 
 Evitar roer as unhas; 
 Lavar e secar bem as unhas após o banho; 
 Usar sapatos abertos de preferência e que não sejam apertados; 
 Usar meias de algodão; 
 Evitar partilhar lixas de unhas e objetos de manicure ou pedicure; 
 Desinfetar com álcool os objetos de manicure ou pedicure antes de os 
utilizar; 
 Levar o próprio material de unhas como alicate, lixas, esmalte ou palito 
quando for à manicure ou pedicure em salão de beleza. 
 
Se o indivíduo com micose de unha tiver uma profissão em que tenha que utilizar 
as mãos, como esteticista, massoterapeuta ou manicure, por exemplo, ele de-
verá ter o cuidado de usar luvas estéreis para não contaminar o cliente. 
 
Avaliação dos resultados 
 
O tratamento da micosede unha pode ser difícil de tratar e pode levar 
algum tempo para que se obtenham resultados. Assim, à medida que o tempo 
passa, a pessoa deve ir analisando os sinais e os sintomas e perceber se há 
alguma evolução. 
 
 
 
 
 
 
27 
Quais os sinais de melhora: 
Os sinais de melhora da micose de unha dependem do tipo de tratamento esco-
lhido, por isso, uma visita regular ao dermatologista é fundamental para verificar 
os sinais de melhora que incluem o desaparecimento da cor amarelada ou 
branca da unha e o crescimento saudável da unha. 
 
Quais os sinais de piora: 
Os sinais de piora da micose de unha surgem quando o tratamento não é feito, 
não é adequado ou é realizado de forma incorreta e incluem a deformidade da 
unha e a transmissão da infecção para outras unhas. 
 
Possíveis complicações: 
A micose de unha quando não é tratada pode originar complicações como a 
paroníquia que é uma infecção bacteriana da região ao redor da unha. Nos dia-
béticos ou em indivíduos com o sistema imune comprometido, o risco de infec-
ção é maior. 
 
3.5 Proteção solar e fotoenvelhecimento de mãos e pés 
 
O fotoenvelhecimento é um processo sistemático degenerativo que en-
volve a pele e o seu sistema de suporte. É um processo cumulativo e depende 
principalmente do grau de exposição ao sol e pigmentação da pele, sendo a 
radiação ultravioleta (UV) do sol o principal fator ambiental que provoca o enve-
lhecimento da pele humana. Esta radiação invoca uma sequência complexa de 
respostas moleculares específicas que provocam danos no tecido conjuntivo. 
A pele fotoenvelhecida tem como características a perda da elasticidade, 
manchas escuras ou claras, rugas finas e profundas e a alteração da superfície 
da pele, que se pode apresentar mais áspera, ressecada e descamativa. Há 
também um aumento do desenvolvimento de neoplasias benignas e malignas 
na pele como consequência do fotoenvelhecimento. 
A prevenção deve ser iniciada desde muito cedo devendo ser tomadas 
várias medidas, sendo uma das principais a proteção solar. A pele necessita 
ainda de alguns cuidados diários como a limpeza e a hidratação, que são essen-
ciais na prevenção. É de notar que quando se fala em tratamento, neste caso, 
 
 
 
28 
este apenas consiste em reduzir a longo ou médio prazo os sinais do fotoenve-
lhecimento, não a reverter o processo. 
 
Tipos de protetor: 
 O protetor solar é indispensável, ele é responsável por proteger a pele contra a 
radiação solar que, além de queimaduras incômodas, pode gerar problemas sé-
rios, como o câncer de pele. Atualmente, é possível encontrar no mercado uma 
grande variedade de tipos de protetor solar. Existem diferenças entre eles que 
os tornam mais recomendados dependendo do tipo de pele, região a ser prote-
gida e até conforto e comodidade na hora de usar. 
 
Protetor solar químico vs físico: 
Quando falamos do bloqueio solar, existem dois tipos diferentes de protetores: 
os físicos e os químicos. Enquanto o físico cria uma camada que impede que a 
radiação chegue na pele, os químicos usam agentes específicos para evitar a 
absorção dos raios UV. 
Não há um consenso médico para qual seja a melhor opção. A principal vanta-
gem da versão física está no efeito quase que imediato de proteção, diferente-
mente do químico, que demora cerca de 20 minutos para iniciar o bloqueio efe-
tivo. É especialmente recomendado para grávidas, crianças, bebês e quem pos-
suem alergias. 
O protetor químico é preferido de quem gosta de algo discreto, que não apareça 
na pele e deixe a sensação de não estar usando nada. No entanto, pessoas com 
pele sensível podem sofrer reações desagradáveis, sendo mais indicado utilizar 
a versão física. 
 
3.6 Peelings químicos e físicos 
 
O PEELING é um tratamento para remover peles mortas ou pele hiper-
queratinizadas, como nos excesso de calosidades plantares ou em volta das 
unhas (cutículas). Era muito comum ouvir falar em tratamentos de peelings fa-
cial, mas não os pés e unhas. Esse tratamento nos pés tem como objetivo remo-
ver camadas hiperqueratinizadas (calosidades) e deixando os pés mais finos e 
suaves 
 
 
 
29 
 
Peeling Físico: O Peeling físico se dá por meio de agentes que induzem a des-
camação, desde lixas e cremes abrasivos até aparelhos que realizam uma mi-
croabrasão na pele por fluxo de cristais ou microdermoabrasão – Peeling de 
Cristal – ou lixas de pontas de diamantes – Peeling de Diamante. É um método 
indolor, seguro e por meio do qual o paciente percebe melhora imediata no 
tônus, textura e pigmentação da pele. 
 
Peeling Químico: Peelings químicos são feitos com a aplicação de agentes, 
como os ácidos salicílico e retinoico, que removem as camadas superficiais da 
pele, para que depois ela se regenere com uma aparência melhor. Eles são uti-
lizados para a atenuação de rugas, manchas e, também, no auxílio do trata-
mento de sinais da acne. Mas não se preocupe, a equipe da Terapia dos Pés 
irá lhe oferecer as melhores recomendações com base nas suas condições e 
necessidades específicas. 
 
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Atualmente o campo de atuação da podologia cresce consideravelmente, 
e conhecer a farmacologia é de suma importância para o entendimento sobre a 
forma como produtos cosméticos atuam e agregam valores aos tratamentos de 
podologia. Essa ciência, em constantes atualizações e descobertas, estuda os 
efeitos causados por qualquer substância química utilizada nos seres humanos. 
Todas as áreas que envolvem o atendimento de pacientes merecem toda aten-
ção e dedicação possível. 
Observou-se no desenvolvimento dessa apostila, que o aprimoramento 
técnico-científico é imprescindível para o profissional da podologia e conhecer a 
fundo sobre a farmacologia e a cosmetologia é um fator importante para desen-
volver um bom trabalho. 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
6 – REFERÊNCIAS 
 
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ABREU, Mafalda. Farmacocinética e Farmacodinâmica: o que é e quais as di-
ferenças. Tuasaúde. [ ] Disponível em: < https://www.tuasaude.com/farmacoci-
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__________________. O que é farmacovigilância? Biossimilares Brasil. [2018] 
Disponivel em: < https://www.biossimilaresbrasil.com.br/biossimilares/o-que-e-
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_________________. Tipos de hidratantes: hidratantes, Emolientes, Umectan-
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__________________. Tratamento para micose de unha. Tua Saúde. [2020] 
Disponivel em: < https://www.tuasaude.com/tratamento-para-micose-de-unha/ 
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SOFIA, Marina. Fotoenvelhecimento: Prevenção e Tratamento. [2014] Disponí-
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___________________. Peeling. Terapia dos Pés. [ ] Disponivel em: < http://te-
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https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/farmacia-formas-farmaceuticas-artigo-tudo-que-voce-precisa-saber
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https://www.tuasaude.com/tratamento-para-micose-de-unha/#:~:text=Tratamento%20para%20micose%20de%20unha&text=%E2%80%8BO%20tratamento%20para%20micose,a%20ajuda%20de%20rem%C3%A9dios%20caseiros
https://core.ac.uk/download/pdf/61528028.pdf
http://terapiadospes.bsb.br/servicos-13.html
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