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Adaptações para Alunos Surdocegos em Escolas Regulares

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ISSN 21774013 
ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O ALUNO SURDOCEGO ADQUIRIDO NA 
ESCOLA DE ENSINO REGULAR 
 
 
Tais Pereira de Sousa Lima 
Ma. Cyntia Moraes Teixeira 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – câmpus SP 
Eixo Temático: Desenho Universal e Acessibilidade 
 
 
Acessibilidade, Surdocegueira, Escola Regular. 
 
 
1. Introdução 
 
O presente trabalho é o resultado de uma pesquisa para o trabalho de conclusão de 
curso da licenciatura em ciências biológicas e apresenta uma revisão bibliográfica acerca das 
adaptações necessárias para a entrada e permanência dos alunos surdocegos adquiridos no 
ensino regular. 
A perda da visão e da audição, concomitantemente, em diferentes graus é chamada de 
surdocegueira. As causas da surdocegueira podem estar relacionadas ao pré-natal, perinatal e 
pós-natal. A pessoa surdocega tem dificuldades para se comunicar, interagir socialmente, 
obter informação e acesso à educação, geralmente, necessitam de um guia-intérprete ou um 
professor mediador para auxiliá-lo. Dessa forma, com a lei de inclusão, a escola possui a 
obrigação de incluir e oferecer as adaptações necessárias tais como materiais didáticos, por 
exemplo, em relevo ou em Braille; sala de aula; espaço para locomoção adequada; técnicas de 
orientação e mobilidade para o aluno ter segurança, autonomia, autoestima elevada e se 
desenvolva cognitivamente. Considerando essa importância, há a necessidade em desenvolver 
pesquisas e trabalhos que contribuam para auxiliar os profissionais, aluno e toda comunidade 
escolar. Nesta perspectiva, este trabalho teve como objetivo identificar e discutir, por meio de 
revisão bibliográfica, as adaptações necessárias para o aluno surdocego adquirido nas escolas 
de ensino regular. 
 
ISSN 21774013 
 
1. Desenvolvimento 
 
Sabendo que a surdocegueira é uma deficiência única, e que durante muito tempo não 
foi constatada corretamente, por conta da aproximação à surdez e à cegueira, foi percebida a 
necessidade de iniciar a pesquisa dialogando com as referências históricas, a fim de 
compreender como em nosso país, foi iniciada as práticas educacionais chamadas como 
Educação Especial. 
Para esse trabalho foram consultados teses, dissertações e artigos científicos 
conduzidos por meio de pesquisa na base de dados do portal da Capes, Scielo, portal do 
Mackenzie, Ufscar, USP, UCS, UEL, como também foram consultadas as literaturas 
elaboradas pelo Ministério da educação- MEC1. 
 Como critérios de busca para identificar estudos publicados em português que 
relatassem as adaptações necessárias para o aluno surdocego adquirido na escola de ensino 
regular, foram utilizados os seguintes descritores: surdocegueira; surdocego adquirido; guia-
intérprete e surdocego; surdocegueira e educação. Os critérios de inclusão foram adotados 
todas as pesquisas que abordaram a relação entre o surdocego adquirido e a escola de ensino 
regular. Os critérios de exclusão foram desconsiderados estudos que identificaram a educação 
do surdocego pré-linguístico, surdocego pré-linguístico e a escola de ensino regular, 
atendimento educacional especializado para surdocego. 
Mediante pesquisa na bases de dados foram encontrados 35 estudos com os descritores 
utilizados, 16 trabalhos foram encontrados no portal CAPES, sendo 4 trabalhos encontrados 
simultaneamente no Scielo e na CAPES, 2 teses encontradas unicamente no portal 
Mackenzie, 4 trabalhos na biblioteca digital UFSCAR, 4 trabalhos na biblioteca digital USP, 
1 trabalho na biblioteca digital UCS, 6 trabalhos na biblioteca digital UEL e 2 fascículos no 
portal do MEC (Ministério da Educação). Destes, foram utilizados apenas 4 os quais atendiam 
aos critérios de inclusão e exclusão, propostos para o presente estudo. Ainda foi utilizado o 
estudo apresentado no III Seminário sobre inclusão na Universidade de Londrina. 
Dos 5 registros selecionados, 2 informavam a adaptação da sala de aula de ensino 
regular e 1 dentre esses 2 informava também a adaptação do material didático; 1 relatava a 
 
1 Disponível em: http://www.portal.mec.gov.br. 
 
ISSN 21774013 
função do profissional na adequação de materiais didáticos; 1 descrevia a orientação e 
mobilidade do surdocego pós-linguístico como possível adaptação do espaço escolar; e 1 
discorria sobre a percepção de professoras especialistas para o atendimento do aluno 
surdocego como "caminho" para as adaptações na escola. Especificamente em relação ao 
aluno surdocego pós-linguístico e as adaptações realizadas nas escolas de ensino regular, não 
foram encontrados muitos estudos sobre o assunto. Como afirma Masini (2011), que há um 
número reduzido de produções bibliográficas e documentais acerca da surdocegueira, 
geralmente as pesquisas têm sido produzidas pelas universidades em Dissertações de 
Mestrado. 
 
 
2. Conclusões 
Diante do objetivo proposto para o presente trabalho e dos resultados encontrados, 
sugere-se que as adaptações, tais como na sala de aula, do material didático e a orientação e 
mobilidade, realizadas na escola de ensino regular podem auxiliar os alunos surdocegos 
adquiridos a desenvolverem a interação social, comunicação e aprendizagem, bem como 
auxiliar toda equipe escolar envolvida com os alunos surdocegos. Dessa forma as adaptações 
são favoráveis para a aprendizagem dos alunos surdocegos. Para Vygotsky (1991) as crianças 
ao interagirem umas com as outras conseguem desenvolver a aprendizagem, pois 
compartilham e trocam informações. 
Segundo Cação e Carvalho (2012); Maia et al (2012) a escola ao reelaborar o 
currículo escolar consegue atuar frente as habilidades e as dificuldades do aluno surdocego. 
Para isso, a construção do currículo deve ter a colaboração dos professores e o apoio da 
família do aluno para discutir as especificidades de cada aluno surdocego e propor soluções 
para que estes alunos sejam inclusos. 
De acordo com a Declaração de Salamanca (1994) a escola é inclusiva quando 
reconhece as necessidades dos seus alunos a fim de auxiliar o seu desenvolvimento escolar. 
Perante as literaturas pesquisadas foi possível considerar que as adaptações realizadas 
na escola de ensino regular ainda são poucas, pois há falta de capacitação profissional e 
empenho desses profissionais em incluir o aluno surdocego. Ainda devido aos poucos 
trabalhos encontrados pode-se considerar que: há poucos profissionais na área da 
surdocegueira para que se possam elaborar as adaptações para as escolas, como essas 
 
ISSN 21774013 
adaptações estão sendo realizadas a favor da especificidade de cada aluno surdocego e quais 
adaptações contribuem para o desenvolvimento escolar de forma a diminuir o número de 
evasão. 
Apesar de terem meios para fazer as adaptações necessárias nas escolas, e leis que 
incluam os alunos deficientes sabe-se que as escolas de ensino regular ainda apresentam 
dificuldades para incluir o aluno surdocego. Dessa forma é necessário que as leis sejam 
realmente cumpridas nas escolas e que ocorra o desenvolvimento de mais pesquisas na área a 
fim de auxiliar os alunos surdocegos e a equipe escolar, bem como pesquisas que discutam as 
ações que têm sido desenvolvidas por algumas instituições escolares. 
 
 
 
Referências 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Saberes e práticas da inclusão: dificuldades de 
comunicação e sinalização: surdocegueira/ múltipla deficiência sensorial. Secretaria da 
Educação Especial. Brasília, DF, 2006. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão 
Escolar. Surdocegueira e Deficiência Múltipla. Secretaria da Educação Especial. Brasília, 
DF, 2010. 
 
CAÇÃO, M. I.; CARVALHO, S. H. E. de (Org.). Políticas e práticas pedagógicas em 
atendimento educacional especializado. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. 
 
CADER-NASCIMENTO, F. A. A. A. Implementaçãoe avaliação empírica de programas 
com duas crianças surdocegas, suas famílias e a professora. 2003. 266 f. Tese. (Doutorado 
em Educação Especial)- Educação Especial. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos. 
 
CAMBRUZZI, R. de C. S. Análise de uma experiência de atitudes comunicativas entre 
mãe e adolescente surdocega. Construção de significados compartilhados. 2007. 209 f. 
Dissertação (Mestrado em Educação Especial)- Educação Especial, Universidade Federal de 
São Carlos, São Carlos. 
 
CARILLO, E. F. P. Análise das entrevistas de quatro surdocegos adquiridos sobre a 
importância do guia-intérprete no processo de orientação e mobilidade. 2008. 128 f. 
Dissertação (Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento) – Distúrbios do Desenvolvimento, 
Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo. 
 
CORMEDI, M. A. Referências de currículo na elaboração de programas educacionais 
individualizados para surdocegos congênitos e múltiplos deficientes. 2005. 216 f. 
 
ISSN 21774013 
Dissertação (Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento) – Distúrbios do Desenvolvimento, 
Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo. 
 
FABRI, R. T. O cotidiano escolar de uma professora de apoio com aluna surdocega na rede 
regular de ensino estadual no município de londrina. In: Seminário sobre inclusão no ensino 
superior – O estudante cego e surdocego. III., 2012. Londrina. Anais..Paraná: Universidade 
Estadual de Londrina, 2012. p. 65-72. 
 
FALKOSKI, F. C.; FRONZA, C. de A. Aluno surdocego pré-simbólico: Linguagem, 
língua e escola. São Leopoldo: Tecnoevento, 2014. Disponível em: 
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GALVÃO, N. de C. S.S. A comunicação do surdocego no cotidiano da escola inclusiva. 
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MAIA, S. R.; A Educação do Surdocego: Diretrizes básicas para pessoas não 
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MARTINS, E. F.; IVANOV. N. Identificação das formas de comunicação em portadores de 
surdocegueira para planejamento da intervenção terapêutica. ACTA FISIATR. Brasília, v. 
16, n.1, p.10-13, 2009. 
MASINI, E. F. S. Pesquisas sobre surdocegueira e deficiências sensoriais múltiplas. Constr. 
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MOREIRA, M. A; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de Ausubel. São 
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SALAMANCA. Declaração de Salamanca: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área 
das Necessidades Educativas Especiais. Espanha. 1994.

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