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TCC - FIA - Final - Imprimir - 08 06 2018

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO 
UNINOVE 
 
 
 
 
 
ANDERSON OLIVEIRA FÉLIX – RA: 915104068 
JOABE ROSENO DA SILVA – RA: 915124475 
JULIA TATIANA DA SILVA LINS – RA: 915105161 
 
 
 
 
 
 
 FUNDO PARA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA UMA MANEIRA DE 
CONTRIBUIR PARA UMA SOCIEDADE MELHOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2018 
 
 
 
 
 
ANDERSON OLIVEIRA FÉLIX – RA: 915104068 
JOABE ROSENO DA SILVA – RA: 915124475 
JULIA TATIANA DA SILVA LINS – RA: 915105161 
 
 
 
 
 
 FUNDO PARA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA UMA MANEIRA DE 
CONTRIBUIR PARA UMA SOCIEDADE MELHOR 
 
 
 
 
 
Projeto de TCC apresentado como exigência 
para a obtenção do título de Bacharel em 
Ciências Contábeis, a Universidade Nove de 
Julho – UNINOVE, sob a orientação do 
Professor Ricardo Tanaka. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2018 
 
 
 
 
 
ANDERSON OLIVEIRA FÉLIX – RA: 915104068 
JOABE ROSENO DA SILVA – RA: 915124475 
JULIA TATIANA DA SILVA LINS – RA: 915105161 
 
 
 
 
 FUNDO PARA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA UMA MANEIRA DE 
CONTRIBUIR PARA UMA SOCIEDADE MELHOR 
 
Projeto de TCC apresentado como exigência 
para a obtenção do título de Bacharel em 
Ciências Contábeis, a Universidade Nove de 
Julho – UNINOVE, sob a orientação do 
Professor Ricardo Tanaka. 
 
São Paulo, 08 de junho de 2018. 
 
_____________________________________________ 
Presidente da Banca examinadora: 
 
______________________________________________ 
Membro da Banca examinadora: 
 
 
 
 
São Paulo 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a minha família que sempre me ajudou, pela paciência 
que tiveram comigo nas épocas de provas e pelas palavras de apoio. 
Anderson Oliveira Félix 
 
Hoje e sempre dedico esse trabalho aos meus amigos que sempre estiveram 
presentes me ajudando nessa longa jornada e aos meus pais pelo incentivo em 
fazer uma graduação em contabilidade. 
Joabe Roseno da Silva 
 
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus, por sempre estar presente em 
minha vida ao longo dessa caminhada acadêmica, aos meus pais, pelo apoio 
incondicional e a empresa em que trabalho por contribuir com o meu 
desenvolvimento profissional. 
Julia Tatiana da Silva Lins 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Nossos agradecimentos a Deus por nos permitir desfrutar o dom da vida, aos 
nossos familiares pela presença constante, sejam nos momentos difíceis ou nos 
bons momentos, aos amigos que sempre estiveram dispostos a nos ajudar 
explicando aquelas matérias complicadas ou até mesmo montando grupos de 
estudos. 
Ao professor Euclides Bezerra que nos remete ao professor de primeira série, 
aquele mestre que tem toda a paciência do mundo em ensinar, que realiza as 
correções dos exercícios, que explica e se faz entender. 
O mestre em matemática o professor Paulo Sérgio, que pode nos 
proporcionar aulas divertidas em se tratando do conteúdo da matéria, com sua 
maestria em se fazer claro, tornando todos nós apaixonados por matemática. 
Márcio Jucinei David, sem sombra de qualquer dúvida o nosso eterno 
agradecimento, hoje e sempre, por nos permitir conhecer o verdadeiro mundo da 
contabilidade e toda a sua complexidade. 
Nossos orientadores do TCC os mestres Olair Nunes e Ricardo Tanaka, por 
sua dedicação e paciência com a nossa inexperiência nessa nova empreitada de 
elaboração do trabalho de conclusão do curso de ciências contábeis. 
Também agradecemos a todos os outros professores que contribuíram e 
muito ao longo dessa jornada de quatro anos de graduação do curso de ciências 
contábeis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado... Resignação para 
aceitar o que não pode ser mudado... E sabedoria para distinguir uma coisa da 
outra.” 
Francisco de Assis 
 
 
RESUMO 
 
O atual trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação 
em ciências contábeis pretende demonstrar a partir do artigo Fundo da Infância – 
Um Desconhecido dos Contabilistas, qual principal objetivo do fundo e difundir a sua 
existência, tornando assim o conceito responsabilidade social mais próxima dos 
novos contadores. Perfil das empresas que colaboram com o “FIA” são empresas 
com o DNA de fazer uma boa ação, além de trazer bons produtos ou prestação de 
serviços no mercado, vem com a missão de proporcionar um futuro melhor para 
crianças carentes, ajudando em projetos sociais, aumentando a visibilidade das 
mãos do saber, criando novas oportunidades e todos juntos apostando nessa nova 
geração e das que virão pra mudar essa história e que empresa com perfil de 
apostar persistiu na educação, motivando e proporcionando uma boa educação para 
as crianças que hoje sonham em alcançar um futuro brilhante e promissor, além das 
empresas conseguirem auxiliar nesses projetos e apostarem as fichas em um futuro 
melhor, eles conseguem ter um benefício de abatimento no imposto de renda 
conforme Lei n° 9.532, de 10/12/97, art. Decreto 794, de 05/04/93 - Estabelece limite 
de dedução do Imposto de Renda das pessoas jurídicas, tendo esse incentivo não 
existem motivos para as empresas não serem optantes por essa causa do bem, que 
vem melhorando a educação de muitas crianças em diversas regiões do nosso país, 
conseguindo fazer com que milhares de crianças tenham acesso a uma educação 
de qualidade abrindo novas portas e dando grandes chances de uma educação 
digna e justa. Responsabilidade social é de financiar projetos que ajudem crianças e 
adolescente a ter um futuro diferenciado com grandes oportunidades, atuando em 
lugares onde existe uma baixa renda e pouca estrutura para oferecer oportunidades 
de ensinos e inclusão social das crianças na sociedade, trabalhando com criação de 
novos projetos culturais todos voltados para o desenvolvimento, estimulação do 
aprendizado e conhecimento para as crianças do nosso país. O estimulo do FIA é 
saber que por onde ele passa consegue mudar muitas vidas, proporcionando novas 
experiências, novos horizontes as crianças e adolescente que fazem parte desse 
projeto, além de levar uma boa educação e firmando novas parcerias, fazer com que 
a sociedade tenha mais jovens bem instruídos de alcançar novas portas para um 
futuro digno e cheio de possibilidades. FUNDO PARA INFÂNCIA E 
 
 
ADOLESCÊNCIA, projeto qual tem por objetivo levar a cultura e melhoria de 
educação, engajamento para inclusão de crianças e adolescentes na sociedade, 
com vários projetos ligados a cultura e educação, o FIA alcança milhares de 
crianças país a fora, levando oportunidades e conhecimentos de sobra. E devem ser 
compostos por várias receitas (recursos financeiros depositados em uma ou várias 
contas bancarias), as quais são investidas a partir da deliberação dos conselhos de 
direitos da criança e adolescente, em âmbito municipal, o FIA é gerido pelo CMDCA, 
junto com os demais órgãos encarregados do planejamento e finanças do município, 
seguindo as regras da lei n° 4.320/64. A destinação de parte do Imposto de Renda 
devido de pessoas físicas e jurídicas tem como propriedade financiar projetos 
destinados às crianças e aos adolescentes dos municípios onde residem, pois dessa 
forma não perdem e nem gasta nada além do que já terão que pagar ao governo, 
que por menor que seja o valor no final irá ser um valor significativo, diferente de 
pagar de forma integral ao governo, sendo que todo imposto de renda arrecadado 
vai para uma única conta, onde as prioridades são definidas a nível federal e 
municipal. Os fundos arrecadados para organização e elaboração de projetos 
infanto-juvenil são fundamentais para criação de grandes oportunidades de novos 
conhecimentos para crianças e adolescentes, auxiliando na inclusão social de 
jovens e adolescentes na sociedade, a importância desses projetos é que ele atua 
em lugares onde são escassos os conhecimentose falta de oportunidades para 
nossas crianças e adolescentes, com grandes parceiros auxiliando nesses projetos 
as chances de dar um futuro melhor para nossas crianças são grandes. Sempre 
apostando em novos projetos e arrumando parceiros, o FIA pode-se dizer que sim, 
ele está aí para mostra que juntos podemos ter um país melhor, com crianças mais 
Instruídas e bem preparadas para se lançar no mundo do saber e juntos todos nos 
apreendemos, passando de geração a geração as oportunidades e coragem para 
podermos lutar por um país melhor. 
 
Palavras-chave: 
Responsabilidade Social. Sociedade. Educação. 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The current final project presented to the undergraduate degree in accounting 
science aims to demonstrate from the article Childhood Fund – An unknown 
Accountant, which main purpose of the Fund and spread your existence, thus making 
the social responsibility concept closer to the new counters. Profile of companies who 
collaborate with the "FIA" are companies with the DNA to do a good deed, in addition 
to bringing good products or services on the market, comes with the Mission of 
providing a better future for underprivileged children, helping in social projects, 
increasing the visibility of the hands, creating new opportunities and all together in 
this new generation of betting to come to change that story and that companies with 
bet, persist in education, motivating and providing a good education for children who 
dream of today reach a future bright and promising, in addition companies can assist 
in these projects and bet the chips in a better future, they can have a benefit of 
reduction in income tax according to law n° 9,532, 10/12 /97, art. Decree 794, 
05/04/93-defines a limit of deduction of income tax of legal entities, having this 
incentive does not exist reasons for companies not be choosers for this cause, that 
comes through better education of many children in various regions of the our 
country, managing to make thousands of children have access to a quality education 
by opening new doors and giving great chances of a dignified and fair education. 
Social responsibility is to finance projects that help children and teenager having a 
distinguished future with great opportunities in places where there is a low income 
and little structure to offer teaching opportunities and social inclusion of children in 
society, working with creating new cultural projects all geared to development, 
stimulation of learning and knowledge to the children of our country. The stimulus of 
the FIA is knowing where it passes can change many lives, providing new 
experiences, new horizons children and adolescents that are part of this project, 
besides taking a good education and establishing new partnerships, make society 
has more young well instructed to achieve new doors for a dignified and full of 
possibilities. FUND for childhood and adolescence, a project which aims to bring the 
culture and improvement of education, engagement for inclusion of children and 
adolescents in society, with several projects related to culture and education, the FIA 
reaches thousands of children country outside, taking opportunities and plenty of 
 
 
knowledge. And must be composed of various recipes (financial resources deposited 
in one or more bank accounts), which are invested from the deliberation of the Board 
of rights of children and adolescents, at the Hall, the FIA is managed by CMDCA, 
along with the other agencies in charge of planning and Finance of the municipality, 
in accordance with the rules of law No. 4,320/64. The allocation of part of the income 
tax due from individuals and legal entities has as property fund projects intended for 
children and adolescents of the municipalities where they reside, because that way I 
don't lose and not spend anything beyond that will have to pay Government, that for 
less than the value at the end will be a significant value, other than pay fully to the 
Government, and all income tax collected goes to a single account, where the 
priorities are set at the federal and municipal levels. The funds raised for the 
Organization and preparation of children's projects are key to creating great 
opportunities for new knowledge to children and adolescents, assisting in the social 
inclusion of young people and adolescents in society, the importance of these 
projects is that it acts in places where are scarce knowledge and lack of opportunities 
for our children and adolescents, with great partners assisting in these projects the 
chance to give a better future to our children are large. Always betting in new projects 
and setting up partners, the FIA could say that, he's there to show that together we 
can have a better country, with children more instructed and well prepared to launch 
into the world of know and together we all were seized from generation to generation 
opportunities and courage so that we can fight for a better country. 
Keywords: 
Social Responsibility. Society. Education. 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Doações Efetuadas em espécie código 80 ............................................... 35 
Figura 2 - Rendimentos Isentos e Não tributáveis - Transferências patrimoniais ..... 36 
Figura 3 - Sicalc - Cálculo de DARF .......................................................................... 37 
Figura 4 - Sicalc - Cálculo de DARF .......................................................................... 37 
Figura 5 - DARF - Gerada pelo Sicalc ....................................................................... 39 
Figura 6 - Doações Efetuadas ................................................................................... 40 
Figura 7 - Doações Efetuadas ................................................................................... 41 
Figura 8 - Doações Efetuadas código 40 ECA .......................................................... 41 
Figura 9 - Doações efetuadas - Específicas .............................................................. 42 
Figura 10 - DARF gerada pelo programa do IRPF .................................................... 43 
Figura 11 - Doações Efetuadas - Doação de bens e direitos código 81 .................... 44 
Figura 12 - Escolha de Bens e Direitos ..................................................................... 45 
Figura 13 - Descrição do Proprietário dos Bens e Direitos ........................................ 46 
Figura 14 - Descrição do Bens e Direitos .................................................................. 47 
Figura 15- DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais ..................... 51 
Figura 16 - Dedução Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente .................... 61 
Figura 17 - Apuração do IRPJ ................................................................................... 61 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Declaração com Imposto a Restituir: ........................................................ 48 
Tabela 2 - Declaração com Imposto a Pagar: ........................................................... 48 
Tabela 3 - Demonstração do Resultado do Exercício ............................................... 56 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
FIA: Fundo da Infância e Adolescência 
DNA: Ácido desoxirribonucléico 
ECA: Estatuto da Criança e do Adolescente 
CMDCA: Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente 
MDH: Ministério dos Direitos Humanos 
CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 
RFB: Receita Federal do Brasil 
CONANDA: Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente 
CPF: Cadastro de Pessoa Física 
DARF: Documento de Arrecadação de Receitas Federais 
SICALC: Sistema de Cálculo de Acréscimos Legais da Receita Federal 
DD: Dia 
MM: Mês 
AAAA: Ano 
CONDECA: Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente 
S/A: Sociedade AnônimaSRF: Secretaria da Receita Federal 
SPED: Sistema Público de Escrituração Digital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SÍMBOLOS 
 
 
§: Inciso 
%: Porcentagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 19 
2. O PERFIL DAS EMPRESAS DE HOJE ................................................................ 21 
3. RESPONSABILIDADE SOCIAL ............................................................................ 22 
4. O QUE É O FIA – FUNDO PARA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA ........................ 23 
5. IMPORTÂNCIA DO FUNDO PARA A SOCIEDADE ............................................. 25 
6. PROCEDIMENTOS PARA CADASTRO DO FUNDO NO MUNICÍPIO ................. 26 
7. QUEM PODERÁ SER GESTOR DO FUNDO ....................................................... 28 
8. CONANDA ............................................................................................................ 30 
9. PERFIL DAS INSTITUIÇÕES QUE PODEM SER BENEFICIADAS PELOS 
RECURSOS DO FIA ................................................................................................. 32 
10. QUEM PODE EFETUAR DOAÇÕES PARA O FUNDO ...................................... 33 
11. PROCESSO DE DOAÇÃO PARA PESSOA FÍSICA ........................................... 34 
11.1. DOAÇÃO VIA DEPÓSITO BANCÁRIO ........................................................ 34 
11.2. EMISSÃO DE DARF NO SICALC PARA DOAÇÃO AO FIA ......................... 36 
11.3. DOAÇÃO DIRETA PELO PROGRAMA DO IRPF ........................................ 40 
11.4. COMO DECLARAR NO IMPOSTO DE RENDA DOAÇÕES DE BENS ....... 44 
12. QUANTO DESTINAR RESPEITANDO OS LIMITES PARA DEDUÇÕES DO 
IMPOSTO DEVIDO ................................................................................................... 48 
12.1. MODELO DE IMPOSTO A RESTITUIR E A PAGAR ................................... 48 
13. DEMONSTRAR O CÁLCULO DESTACANDO O VALOR A SER DOADO. ........ 49 
14. COMO PESSOA FÍSICA PODERÁ COMPROVAR SUA DEDUÇÃO NO 
IMPOSTO DE RENDA POR MOTIVOS DE DOAÇÃO AO FUNDO .......................... 50 
15. MODELO DE DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS FEDERAIS 
(DARF) ...................................................................................................................... 51 
16. PROCESSO DE DOAÇÃO PARA PESSOA JURÍDICA ...................................... 52 
17. LUCRO REAL ..................................................................................................... 53 
18. DOAÇÃO PESSOA JURÍDICA VIA DEPÓSITO BANCÁRIO .............................. 55 
19. DOAÇÃO PESSOA JURÍDICA A PARTIR DA APURAÇÃO DO IMPOSTO 
DEVIDO..................................................................................................................... 56 
20. MODELO DE RECIBO DE COMPROVAÇÃO DE DOAÇÃO AO FIA ................. 58 
21. DAS DOAÇÕES REALIZADAS VIA DEPÓSITO AS DEDUÇÕES A SEREM 
REALIZADAS NO SPED ECF ................................................................................... 60 
 
 
22.CONCLUSÃO ....................................................................................................... 62 
23.REFERÊNCIAS .................................................................................................... 64 
 
 
 
19 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Nos dias de hoje o profissional contador, apresenta um novo perfil, que deve ser 
comunicativo com as outras áreas dentro da empresa, não mais ficando restrito aos 
temas contábeis e fiscais. O novo contador deverá ter uma formação cultural, estar 
inteirado sobre o que acontece ao seu redor, na comunidade, em seu município, 
estado, país e no mundo. 
Esse profissional deverá estar constantemente se atualizando, tornando-se cada vez 
mais consciente de sua responsabilidade social e profissional. 
Partindo do novo perfil do contador foi escolhido para o trabalho de conclusão de 
curso apresentado ao curso de graduação em ciências contábeis o artigo Fundo da 
Infância – Um Desconhecido dos Contabilistas. 
No decorrer desse trabalho, ficará demonstrado o principal objetivo do Fundo para a 
Infância e Adolescência, sua principal fonte de arrecadação de recursos e em contra 
partida será detalhado o lado dos doadores, sendo elas pessoas físicas ou pessoas 
jurídicas. 
Pessoa física as maneiras de realizarem suas doações e como deduzir suas 
contribuições no imposto de renda de acordo com a legislação vigente. Também 
será demonstrado às maneiras utilizadas pelas pessoas jurídicas em realizarem 
doações ao fundo, informar como as mesmas poderão deduzir suas doações ao 
fundo mesmo quando essas poderão escolher a instituição a ser beneficiada de 
acordo com deliberações dos gestores do fundo, surgindo assim à questão problema 
que é: Quem tem a soberania sobre o tema, é a lei Federal ou as deliberações do 
conselho no âmbito Estadual, isso seria uma sonegação, elisão ou crime fiscal? 
Evidenciar que no mundo de hoje, na era da globalização o profissional da área 
contábil tem que estar atento a todas as maneiras eficientes e eficazes de inserir os 
seus clientes no âmbito da tão falada responsabilidade social – RSE. 
Sociedade cobra das empresas o seu envolvimento com a população a qual está 
localizada e até mesmo a mensagem que essa pretende passar para o mundo, ou 
seja, as empresas têm que contribuir de maneira positiva para melhorar a qualidade 
de vida da sociedade como um todo. 
As empresas demonstram iniciativas para ajudar, porém desejam que essas tão 
sonhadas responsabilidades sociais não lhe sejam mais onerosas além dos 
20 
 
impostos já pagos no Brasil. Cabe aos contadores se atualizarem e apresentarem as 
empresas maneiras de não majorar a carga tributária com a devida propriedade no 
assunto. Cabe a esse novo perfil de profissional auxiliar a diretoria na escolha dos 
valores a serem destinados e até mesmo a maneira correta de se realizar essa 
doação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
2. O PERFIL DAS EMPRESAS DE HOJE 
O perfil das empresas que colaboram com o “FIA” são empresas com o DNA de 
fazer uma boa ação, além de trazer bons produtos ou prestação de serviços no 
mercado, vem com a missão de proporcionar um futuro melhor para crianças 
carentes, ajudando em projetos sociais, aumentando a visibilidade das mãos do 
saber, criando novas oportunidades e todos juntos com nossas apostando nessa 
nova geração e nas próximas gerações que virão pra mudar essa história que em 
lugares carentes de que não se tem pessoas capacitadas para ocupar cargos e 
posições na sociedade, empresas com perfil de apostar e persisti na educação e 
motivando e proporcionando uma boa educação para as crianças que hoje sonham 
em alcançar um futuro brilhante e promissor, além das empresas conseguirem 
auxiliar nesses projetos e apostarem as fichas em um futuro melhor, eles 
conseguem ter um benefício de abatimento no imposto de renda conforme Lei n° 
9.532, de 10/12/97, art. 10 - Veda a dedução para pessoa jurídica optante pelo lucro 
presumido e arbitrado e art. 22 - Dispõe sobre os novos limites de dedutibilidade dos 
incentivos fiscais relativos às pessoas jurídicas e físicas a partir do ano-calendário 
de 1998. Decreto 794, de 05/04/93 - Estabelece limite de dedução do Imposto de 
Renda das pessoas jurídicas, tendo esse incentivo não existem motivos para as 
empresas não serem optantes por essa causa do bem, que vem melhorando a 
educação de muitas crianças em diversas regiões do nosso país, conseguindo fazer 
com que milhares de crianças tenham acesso a uma educação de qualidade abrindo 
novas portas e dando grandes chances de uma educação digna, justa e de boa 
qualidade. 
Art. 10. Do imposto apurado com base no lucro arbitrado ou no lucro presumido não 
será permitida qualquer dedução a títulode incentivo fiscal. 
Art. 22. A soma das deduções a que se referem os incisos I a III do Art. 12 da lei nº 
9.250 de 1995, fica limitada a seis por cento do valor do imposto devido, não sendo 
aplicáveis limites específicos a quaisquer dessas deduções. 
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, 
da constituição, e tendo em vista o disposto no art. 260 da lei nº 8.069. de 13 de 
julho de 1990, com a redação dada pelo art. 10 da lei nº 8.242, de 12 de outubro de 
1991, e no art. 38 da lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, 
Decreta 
Art. 1º O limite máximo de dedução do imposto de renda devido na apuração mensal 
das pessoas jurídicas, correspondem ao total das doações efetuadas no mês, é 
fixado em um por cento. 
Art. 2º Excepcionalmente, no ano-calendário de 1992 e, na hipótese de a pessoa 
jurídica usufruir da prerrogativa conferida pela portaria MEFP nº 441, de 27 de maio 
de 1992, o limite máximo de que trata o artigo anterior será de um por cento do 
imposto de renda devido, apurado no balanço ou balancete semestral. 
Art. 3º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação 
Brasília, 5 de abril de 1993; 172º de independência de 105º da república. 
22 
 
3. RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
Responsabilidade social é quando as empresas decidem voluntariamente contribuir 
para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. O conceito de 
responsabilidade social,pode ser compreendido em dois níveis interno, relaciona-se 
com os trabalhadores e, a toda as partes afetadas pela empresa e que, podem 
influenciar no alcance de seus resultados. O nível externo são as consequências das 
ações de uma organização sobre o meio ambiente, os seus parceiros de negócios e 
o meio em que são inseridos. A responsabilidade social implica a noção de que uma 
empresa não tem apenas o objetivo de gerar lucro e de trazer benefícios financeiros 
às pessoas que trabalham na empresa, também deve contribuir socialmente para o 
seu meio envolvendo. Desta forma, a responsabilidade social muitas vezes envolve 
medidas que trazem cultura e boas condições para a sociedade. 
A responsabilidade social é de financiar projetos que ajudem crianças e 
adolescentes a ter um futuro diferenciado com grandes oportunidades de ter um 
futuro melhor, atuando em lugares onde existe uma baixa renda e pouca estrutura 
para oferecer oportunidades de ensino e inclusão social das crianças na sociedade, 
trabalhando com criação de novos projetos culturais todos voltados para o 
desenvolvimento e estimulação do aprendizado e conhecimento para as crianças do 
nosso país. O estimulo do FIA é saber que por onde ele passa consegue mudar 
muitas vidas, proporcionando novas experiências e novos horizontes às crianças e 
adolescentes que fazem parte desse projeto, além de levar uma boa educação e 
firmando novas parcerias, fazem com que a sociedade tenha mais jovens bem 
instruídos de alcançar novas portas para um futuro digno e cheio de possibilidades. 
Mostrando que mesmo em lugares onde existe uma condição de vida social baixa ali 
também pode nascer flores e bons cidadãos qualificados e instruídos para se ocupar 
uma posição na sociedade. 
 
 
 
 
23 
 
4. O QUE É O FIA – FUNDO PARA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 
 
O FIA tem sustentação legal no artigo nº 88 inciso IV do Estatuto da Criança e do 
Adolescente – ECA – Lei de nº 8.069 de 13 de junho de 1990. O FIA tem como meta 
captar e destinar recursos para o atendimento de crianças e adolescentes em 
situação de risco, onde poderá ser observado nos artigos 88 e 90. 
 
Art.88. IV – manutenção de fundo nacional, estaduais e municipais 
vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criança e do adolescente; 
 
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das 
próprias unidades, assim como pelo planejamento e execução de programas de 
proteção e sócio educativos destinados a crianças e adolescentes, em regime de 
I - orientação E apoio sócio familiar; 
II – Apoio sócio educativo em meio aberto; 
III - colocação familiar; 
I V - abrigo; 
IV - Acolhimento institucional; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
V - Liberdade assistida; 
V - Prestação de serviços à comunidade; (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 
2012) (Vide) 
VI - Semiliberdade; 
VI - Liberdade assistida; (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 
VII - internação. 
VII - semiliberdade; e (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 
VIII - internação. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 
 
 
É um fundo público que tem como objetivo financiar projetos que atuem na garantia 
da proteção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Esse fundo deve ser 
criado por lei para captar recursos que serão destinados especificamente para 
crianças e adolescentes, tendo a finalidade de financiar programas, projetos e toda e 
qualquer que seja ação voltada para defesa dos direitos da criança e do 
adolescente. E devem ser compostos por várias receitas (recursos financeiros 
depositados em uma ou várias contas bancárias), as quais são investidas a partir da 
deliberação dos conselhos de direitos da criança e adolescente, em âmbito 
municipal, o FIA é gerido pelo CMDCA, junto com os demais órgãos encarregados 
do planejamento e finanças do município, seguindo as regras da lei n° 4.320/64. 
Bem como as demais normas relativas à gestão dos recursos públicos. O Fundo 
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, conhecido também 
por Fundo da Infância e Adolescência- FIA, é de grande valia no atendimento das 
políticas das crianças e dos adolescentes de nosso município, já que os recursos 
por ele arrecadados financiam projetos nesta área. A destinação de parte do 
Imposto de Renda devido de pessoas físicas e jurídicas tem como propriedade 
24 
 
financiar projetos destinados às crianças e aos adolescentes do município onde 
reside, pois dessa forma não perdem e nem gastar nada além do que já terão que 
pagar ao governo, que por menor que seja o valor no final irá ser um valor 
significativo, diferenciando de pagar de forma integral ao governo, sendo que todo 
imposto de renda arrecadado vai para uma única conta, onde as prioridades são 
definidas a nível federal e municipal. Assim como menciona o escritor Paulo Arnaldo 
Olak em seu livro Contabilidade para Entidades sem Fins Lucrativos. 
Os associados, sócios, membros, contribuintes, colaboradores, doadores e 
subventores, responsáveis pelo fornecimento dos recursos e que, portanto, delegam 
poderes para gestão de tais recursos, e de outro, a administração a quem tais 
poderes são delegados. A este relacionamento de autoridades e responsabilidade 
denominamos de "accountability", ou seja, prestação de contas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
5. IMPORTÂNCIA DO FUNDO PARA A SOCIEDADE 
 
Os fundos arrecadados para organização e elaboração de projetos infantojuvenil são 
fundamentais para criação de grandes oportunidades de novos conhecimentos para 
crianças e adolescentes, auxiliando na inclusão social de jovens e adolescentes na 
sociedade, a importância desses projetos é que ele atua em lugares onde são 
escassos os conhecimentos e faltas de oportunidades para nossas crianças e 
adolescentes, com grandes parceiros auxiliando nesses projetos as chances de dar 
um futuro melhor para nossas crianças são grandes. 
Além de proporcionar e aumentar a capacitação das crianças no dia-a-dia, e na vida 
profissional e educacional desenvolvendo uma grande melhoria e trazendo uma 
grade gigantesca e um leque grande com novas oportunidades para nossas 
crianças. O FIA vai além de projetos que beneficiam crianças, ele vai a locais 
carentes onde não existem grandes chances e oportunidades de conhecimentos e 
educação. Sempre apostando em novos projetos e arrumando parceiros, o fia pode-
se dizer que sim, ele está aí para mostra que juntos podemoster um país melhor, 
com crianças mais instruídas e bem preparadas para se lançar no mundo do saber e 
juntos todos nos apreendemos, passando de geração a geração as oportunidades e 
a garra para podermos lutar por um país melhor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
6. PROCEDIMENTOS PARA CADASTRO DO FUNDO NO MUNICÍPIO 
 
Para criação de um fundo no município, deve verificar se existe uma lei no município 
que permita a criação do fundo, se a lei não existir, deve se criar um escopo de lei e 
encaminhar a câmara municipal para análise, discussão e aprovação. Depois de 
aprovada a lei, pode dar início à criação do fundo e podendo já obter ajudas de 
empresas ou pessoas jurídicas que queiram ajudar no projeto. A Lei que deverá 
estabelecer, no mínimo, a qual órgão está vinculado, os objetivos, a vinculação ao 
Conselho dos Direitos, a receita, a destinação dos recursos, a gestão, a execução e 
a prestação de contas, deve estar adequada aos artigos 71 a 74 da Lei Federal nº 
4.320/64, e as exigências contidas nos artigos 260 a 260-K, do ECA. Uma vez 
criado, a própria lei estipulará prazo para a regulamentação do Fundo Municipal, a 
qual será feita por Decreto do Prefeito Municipal, após acordo com o CMDCA. Todo 
esse processo deve envolver a participação direta de amplos setores, 
especialmente, das Organizações da Sociedade Civil. Todas as cidades que se 
interessam no projeto “FIA” devem apresenta uma proposta onde visa melhorias 
para educação e comprovação de que realmente necessita desse benefício, lugares 
onde existe pessoas carentes que precisam de ajuda na educação, tendo em mãos 
a provação pelo órgão competente, basta agir na criação de projetos sociais 
voltados para o público Infantojuvenil. Art. 1º Esta Portaria dispõe sobre o 
cadastramento, junto ao Ministério dos Direitos Humanos - MDH, de Fundos dos 
Direitos da Criança e do Adolescente com número de inscrição no Cadastro 
Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ em situação regular, para fins de seu 
encaminhamento à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB. Parágrafo único. 
Para os fins desta Portaria entende-se como CNPJ em situação regular aquele com 
registro de matriz e natureza jurídica de fundo público, código 120-1, nos termos da 
Instrução Normativa RFB nº 1143, de 1º de abril de 2011, e cujo nome empresarial 
ou título do estabelecimento mencione a temática dos direitos da criança e do 
adolescente. 
Art. 71. Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se 
vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultadas a adoção 
de normas peculiares de aplicação. 
Art. 72. A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a fundos especiais far-se-
á através de dotação consignada na Lei de Orçamento ou em créditos adicionais. 
Art. 73. Salvo determinação em contrário da lei que o instituiu, o saldo positivo do 
fundo especial apurado em balanço será transferido para o exercício seguinte, a 
crédito do mesmo fundo. 
27 
 
Art. 74. A lei que instituir o fundo especial poderá determinar normas peculiares de 
controle, prestação e tomada de contas, sem de qualquer modo, elidir a 
competência especifica do tribunal de contas ou órgão equivalente. 
 
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar doações aos Fundos dos Direitos da 
Criança e do Adolescente nacional, distrital, estaduais ou municipais, devidamente 
comprovadas, sendo essas integralmente deduzidas do imposto de renda, 
obedecidos os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 
1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido apurado pelas pessoas jurídicas 
tributadas com base no lucro real; e (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) 
(Vide) 
 
II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado pelas pessoas físicas na 
Declaração de Ajuste Anual, observado o disposto no art. 22 da Lei no 9.532, de 10 
de dezembro de 1997. (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 
 
§ 1º - As deduções a que se refere este artigo não estão sujeitas a outros limites 
estabelecidos na legislação do imposto de renda, nem excluem ou reduzem outros 
benefícios ou abatimentos e deduções em vigor, de maneira especial as doações a 
entidades de utilidade pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
7. QUEM PODERÁ SER GESTOR DO FUNDO 
O gestor do “FIA” deve ser nomeado juridicamente, por seleção a pessoa que irá se 
comprometer a gerir o fundo, deve ser uma pessoa competente de boa índole e 
estar dentro dos padrões e seguir a cartilha, plano de ação e de aplicação e as leis 
que gerem o fundo, bem como menciona o juiz Marcus Vinícius Pereira Júnior em 
seu livro FIA, Aspectos teóricos e práticos: da implantação à execução, Capítulo 
2:2.2.2.1.5.1, páginas 57 e 58. 
O Plano de Ação é mais que o Plano de Aplicação, ou seja, é o documento que 
define os objetivos e metas da política de atendimento infantojuvenil, de acordo com 
as deliberações do Conselho de Direitos respectivo, devendo no referido documento 
ser especificadas as prioridades de determinada comunidade, com a inclusão de 
todas as necessidades do público infantojuvenil de determinado Município, por 
exemplo. 
Assim, no Plano de Ação deve o Conselho de Direito deliberar, por exemplo, que 
uma política pública de apoio à recuperação de dependentes químicos em 
determinada comunidade é mais importante que outra que visa conscientizar os 
adolescentes acerca das consequências de uma gravidez precoce, o que pode não 
ser realidade em outra comunidade, onde a prioridade seria a concretização de uma 
política pública de esporte e lazer, tendo em vista que as outras áreas já estão 
sendo atendidas. 
Segundo o ECA, art. 260-E e a Resolução do CONANDA 137, art. 21, destacam-se 
as seguintes atribuições do Gestor/Junta/Ordenador, nomeado pelo Poder 
Executivo: coordenar a execução do Plano Anual o gestor do fundo é responsável 
por emitir empenhos, cheques e ordens de pagamento, fornece comprovante de 
doação ao contribuinte, especificando se a doação foi em espécie ou em bens, 
apresentar trimestralmente, ou quando solicitada pelo Conselho, a análise e a 
avaliação da situação do Fundo, através de balancetes e relatórios de gestão, 
informar anualmente à SRF as doações recebidas com as informações previstas na 
Lei. Nas providências para a liberação dos recursos, observar o princípio da 
prioridade absoluta. Aplicação dos Recursos do Fundo, manter conta bancária 
específica destinada exclusivamente a gerir os recursos do Fundo, executar e 
acompanhar o ingresso de receitas e o pagamento das despesas, manter um 
registro próprio dos recursos do Fundo, de modo que a disponibilidade de caixa, a 
receita e a despesa fiquem identificadas de forma individualizada e transparente. 
 
29 
 
Art. 21. O Gestor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, nomeado pelo 
Poder Executivo conforme dispõe o artigo 6º, caput, desta Resolução, deve ser 
Responsável pelos seguintes procedimentos, dentre outros inerentes ao cargo: 
I - Coordenar a execução do Plano Anual de Aplicação dos recursos do Fundo dos 
Direitos da Criança e do Adolescente, elaborado e aprovado pelo Conselho dos 
Direitos da Criança e do Adolescente; 
II - Executar e acompanhar o ingresso de receitas e o pagamento das despesas do 
Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente; 
III - emitir empenhos, cheques e ordens de pagamento das despesas do Fundo dos 
Direitos da Criança e do Adolescente; 
IV - Fornecer o comprovante de doação/destinação ao contribuinte, contendo a 
Identificação do órgão do Poder Executivo, endereço e número de inscrição no 
CNPJ 
No cabeçalho e, no corpo, o n° de ordem, nome completo do doador/destinador, 
CPF/CNPJ, endereço, identidade, valor efetivamente recebido, local e data, 
Devidamente firmado em conjunto com o Presidente do Conselho, para dar a 
Quitação da operação; 
V - Encaminhar à Secretaria da Receita Federal a Declaração de Benefícios Fiscais(DBF), por intermédio da Internet, até o último dia útil do mês de março, em 
Relação ao ano calendário anterior; 
VI - Comunicar obrigatoriamente aos contribuintes, até o último dia útil do mês de 
Março a efetiva apresentação da Declaração de Benefícios Fiscais (DBF), da qual 
Conste, obrigatoriamente o nome ou razão social, CPF do contribuinte ou CNPJ, 
Data e valor destinado; 
VII - apresentar, trimestralmente ou quando solicitada pelo Conselho dos Direitos 
Da Criança e do Adolescente, a análise e avaliação da situação econômico-
financeira Do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, através de 
Balancetes e relatórios de gestão; 
VIII - manter arquivados, pelo prazo previsto em lei, os documentos 
Comprobatórios da movimentação das receitas e despesas do Fundo, para fins de 
Acompanhamento e fiscalização; e 
IX - Observar, quando do desempenho de suas atribuições, o princípio da prioridade 
Absoluta à criança e ao adolescente, conforme disposto no art. 4º, caput e 
Parágrafo único, alínea b, da Lei n° 8.069 de 1990 e art. 227, caput, da 
Constituição Federal. 
Parágrafo único. Deverá ser emitido um comprovante para cada doador, mediante a 
apresentação de documento que comprove o depósito bancário em favor do Fundo, 
ou de documentação de propriedade, hábil e idônea, em se tratando de doação de 
bens 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
8. CONANDA 
O Conselho Nacional dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes - CONANDA é 
um órgão colegiado permanente de caráter deliberativo e composição paritária, 
previsto no artigo 88 da lei no 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA). Integra a estrutura básica da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência 
da República. Um dos órgãos responsáveis de gerir o FIA dando um suporte legal e 
mostrando um norte para que haja uma boa formação e montagem de projetos 
sociais para crianças e adolescentes. O Conanda é um órgão colegiado de 
composição paritária integrado por 28 conselheiros titulares e 28 suplentes, sendo 
14 representantes do Poder Executivo e 14 representantes de entidades não-
governamentais que possuem atuação em âmbito nacional e atuação na promoção 
e defesa dos direitos de crianças e adolescentes. 
Art. 88. São diretrizes da política de atendimento: 
 
I - municipalização do atendimento; 
 
II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e 
do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das ações em todos os níveis, 
assegurada a participação popular paritária por meio de organizações 
representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais; 
 
III - criação e manutenção de programas específicos, observada a descentralização 
político-administrativa; 
 
IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos 
respectivos conselhos dos direitos da criança e do adolescente; 
 
V - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, 
Segurança Pública e Assistência Social, preferencialmente em um mesmo local, 
para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente a quem se atribua 
autoria de ato infracional; 
 
VI - mobilização da opinião pública no sentido da indispensável participação dos 
diversos segmentos da sociedade. 
 
VI - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, 
Conselho Tutelar e encarregados da execução das políticas sociais básicas e de 
assistência social, para efeito de agilização do atendimento de crianças e de 
adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar ou institucional, com 
vista na sua rápida reintegração à família de origem ou, se tal solução se mostrar 
comprovadamente inviável, sua colocação em família substituta, em quaisquer das 
modalidades previstas no art. 28 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 
2009) Vigência 
 
VII - mobilização da opinião pública para a indispensável participação dos diversos 
segmentos da sociedade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
 
VIII - especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas 
diferentes áreas da atenção à primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre 
direitos da criança e sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 
2016) 
 
31 
 
IX - formação profissional com abrangência dos diversos direitos da criança e do 
adolescente que favoreça a intersetorialidade no atendimento da criança e do 
adolescente e seu desenvolvimento integral; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
 
X - realização e divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre 
prevenção da violência. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
9. PERFIL DAS INSTITUIÇÕES QUE PODEM SER BENEFICIADAS 
PELOS RECURSOS DO FIA 
 
Podem ser beneficiadas com os recursos arrecadados as instituições que atuam 
com a promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. 
Entidades da sociedade civil organizada deverão ainda ter seus projetos aprovados 
em conformidade com critérios específicos constantes em edital de chamamento 
público próprio. É de competência do CMDCA, (Conselho Municipal dos Direitos da 
Criança e do Adolescente), sem prejuízo da possibilidade e utilização da estrutura 
administrativa da prefeitura para sua utilização, a forma na qual serão utilizados os 
recursos captados pelo FIA, (Fundo para Infância e Adolescência), deve está 
previsto, em linhas gerais pela lei municipal que criou, cabendo ao CMDCA, dentro 
dos parâmetros legais estabelecidos, definir quais os programas que serão 
beneficiados, é de suma importância não perder a vista que os recursos captados 
pelo FIA são recursos públicos que, como tal, estão sujeitos as mesmas normas e 
princípios relativos à implementação dos recursos públicos geral. A seleção dos 
projetos a serem contemplados com recursos do FIA, portanto deve ser a mais 
criteriosa e transparente possível, não sendo admissível sua utilização para 
manutenção das entidades que os executam, o que compreende o pagamento dos 
salários de seus dirigentes. Cabe ao CMDCA protagonizar o direcionamento dos 
recursos captados pelo FIA para o atendimento das demandas mais problemáticas e 
complexas existentes no município, e não aguardar, passivamente o envio de 
projetos pelas entidades. Os recursos captados pelo FIA, preferencialmente, devem 
ser utilizados para sanar as falhas existentes na rede de proteção à criança e 
adolescente que, na forma da lei todo município tem o dever de implementar e 
executar. 
 
 
 
33 
 
10. QUEM PODE EFETUAR DOAÇÕES PARA O FUNDO 
 
Algumas das doações são previstas pelo próprio ECA, (Estatuto da Criança e do 
Adolescente), como as multas administrativas aplicadas em razão da prática de 
infrações, das multas impostas em sede de ação civil pública, cabendo ao promotor 
de justiça instaura o procedimento e o juiz determina o valor da multa dentro dos 
limites previstos, e as chamadas doações subsidiadas de pessoas físicas ou 
jurídicas, ou seja, os contribuintes que optarem pelo modelo completo da declaração 
do imposto de renda previstas no art. 260, Estatuto da Criança e do Adolescente , 
Lei de nº 8.069 de 13 de junho de 1990, que poderão ser deduzidas do imposto de 
renda dos doadores até o limite legal de 1% (um por cento) para pessoa jurídica e 
6% (seis por cento) para pessoa física. Os contribuintes têm maior autonomia sobre 
a destinação do imposto de renda. Dessa forma podem decidir se parte do imposto 
devido será destinado a Receita Federal ou para algum financiamento de projeto de 
atendimento à população infanto-juvenil. 
 
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar doações aos Fundos dos Direitos da 
Criança e do Adolescente nacional, distrital, estaduais ou municipais, devidamente 
comprovadas, sendo essas integralmente deduzidas do imposto de renda, 
obedecidos os seguintes limites.34 
 
11. PROCESSO DE DOAÇÃO PARA PESSOA FÍSICA 
 
As pessoas físicas poderão destinar sua doação desde que optem pelo modelo 
completo da declaração, sendo assim podem deduzir até 6% (seis por cento) do 
valor do imposto devido para doações realizadas durante o Ano-calendário da 
declaração de ajuste anual, os depósitos deverão ser efetuados dentro do exercício 
fiscal, ou seja, até 31 de dezembro do ano corrente. 
Portanto isso significa que a pessoa que destinar recursos ao Fundo da Criança e do 
Adolescente entre 1° de janeiro e o último dia útil de abril poderá deduzi-la do IR 
devido do ano em ajuste, caso durante o ano anterior a pessoa tenha feito uma 
destinação abaixo do limite poderá complementá-la para atingir o teto de 6% (seis 
por cento). 
 
11.1. DOAÇÃO VIA DEPÓSITO BANCÁRIO 
 
No processo de doação via deposito bancário o doador realizará a doação através 
do Banco do Brasil 001, agência 1897-X, conta corrente 8947-8, CNPJ 
13.885.657/0001-25, feito isso fazer o envio dos comprovantes para o conselho 
emitir o recibo junto com os demais dados: Nome completo, CPF, endereço 
completo, data e valor do deposito. 
Essas doações devem ser informadas na declaração do imposto de renda, tanto 
pelo doador como por quem recebe a doação. 
A doação de dinheiro em espécie deve ser declarada pelo contribuinte doador na 
ficha Doações Efetuadas com o código 80- Doações em espécie conforme 
mostrado na figura abaixo: 
 
35 
 
Figura 1 - Doações Efetuadas em espécie código 80 
 
Fonte: Programa IRPF 
 
O recebedor ou donatário da doação em dinheiro não precisa declarar o valor se 
utilizou no ano passado com itens que não precisam ser declarados, como gastos 
diversos do dia-a-dia ou aquisição de bens com valor inferior a 5 mil reais. 
Se o donatário investiu o valor recebido com a doação em uma aplicação financeira 
ou adquiriu bens como imóveis e veículos, deve então declarar o valor recebido da 
ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis além de registrar a aquisição do 
bem ou do investimento na ficha de Bens e Direitos. A figura abaixo apresenta a 
ficha de rendimentos isentos para recebimento de doação, o código a ser utilizado é 
14-Transferências patrimoniais-doações e heranças. 
 
 
 
36 
 
 
É preciso avaliar a legislação de cada estado para saber se existe a cobrança de 
ITCMD- o imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação (ITCMD) é um 
imposto brasileiro de competência dos Estados e do Distrito Federal, que incide 
quando da transmissão não onerosa de bens ou direitos, tal como ocorre na herança 
(causa mortis) ou na doação (inter-vivos). 
 
11.2. EMISSÃO DE DARF NO SICALC PARA DOAÇÃO AO FIA 
 
O Sicalc serve para auxiliar a calcular o valor em débitos federais, incluindo os 
acréscimos legais por atraso. Além de calcular os custos de multa e juros nas 
cobranças efetuadas após a data de vencimento, o programa também serve para 
imprimir a DARF, seja para quem está com a cobrança em atraso ou em dia, o 
sistema funciona também como uma segunda via para imprimir o boleto. 
 
 
Figura 2 - Rendimentos Isentos e Não tributáveis - Transferências patrimoniais 
37 
 
• 1° Passo 
Preencher de forma correta todos os campos com os dados pessoais e código certo. 
 
Fonte: Programa Sicalc 
 
• 2° Passo 
Aqui serão inseridos os valores em reais, preencher o valor do imposto de será 
recolhido. 
Fonte: Programa Sicalc 
 
Figura 3 - Sicalc - Cálculo de DARF 
Figura 4 - Sicalc - Cálculo de DARF 
38 
 
 
Feito o preenchimento no programa do SICALC com todos os dados corretos basta 
gerar a DARF. 
DARF é o Documento de Arrecadação da Receita Federal, sendo o instrumento de 
cobrança para débitos administrados por esse órgão. Por meio do boleto se você 
optou pelo Simples Nacional, pode pagar todas as taxas relativas aos impostos, 
onde acaba auxiliando muito a vida do empreendedor, já que unifica os tributos em 
um único documento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
Figura 5 - DARF - Gerada pelo Sicalc 
 
Fonte: Programa Sicalc 
 
 
40 
 
11.3. DOAÇÃO DIRETA PELO PROGRAMA DO IRPF 
 
Destine parte de seu Imposto de Renda Devido para o Fundo Estadual dos Direitos 
da Criança e do Adolescente de São Paulo. Assim você contribui para a realização 
de projetos e de um futuro com mais oportunidades para as crianças e adolescentes 
do nosso Estado. 
A dedução do imposto de renda devido em sua apuração deve respeitar os limites 
legais na atual regulamentação como determina, baixe o programa no site da 
Receita Federal e siga o passo a passo. 
 
• 1º passo: 
Preencha o formulário completo. 
 
Só pode destinar parte do imposto quem declara pelo modelo completo. 
 
Figura 6 - Doações Efetuadas 
 
Fonte: Programa IRPF 
 
 
 
41 
 
• 2º passo 
Na barra lateral, clique em “Resumo da declaração”. 
 
Figura 7 - Doações Efetuadas 
 
Fonte: Programa IRPF 
 
• 3º passo 
Clique em “Doação diretamente na declaração – ECA” 
 
Figura 8 - Doações Efetuadas código 40 ECA 
 
Fonte: Programa IRPF 
42 
 
 
• 4º passo 
Selecione o “Tipo de Fundo” como “Estadual” ou “Municipal”, Escolha o Estado “São 
Paulo” ou o município desejado (os que estiverem cadastrados junto à Receita 
Federal), Digite o “valor” que você deseja doar, Clique em “ok” para encerrar, clique 
no ícone imprimir na barra superior e em seguida realizar o pagamento da DARF até 
o dia 30 de abril, para que o valor possa ser deduzido. 
 
Figura 9 - Doações efetuadas - Específicas 
 
Fonte: Programa IRPF 
43 
 
Figura 10 - DARF gerada pelo programa do IRPF 
 
Fonte: Programa IRPF 
 
Após o pagamento da DARF é preciso comunicar a entidade (a maioria pede o envio 
de um e-mail) com as seguintes informações: comprovante de pagamento da DARF; 
dados pessoais (nome completo, CPF, endereço e telefone); e a frase “Doação 
direcionada à entidade XXXX”. Essa comunicação é fundamental para que a 
entidade solicite a doação para si. 
 
44 
 
11.4. COMO DECLARAR NO IMPOSTO DE RENDA DOAÇÕES DE BENS 
 
A doação de bens é uma prática comum que pode ser por antecipação legítima de 
herança ou transferência de bens. Tanto quem recebe quanto quem faz a doação de 
valores, imóveis ou carros devem ficar atentos sobre como declarar corretamente, e 
deve seguir o passo a passo para dedução no IRPF. 
No IRPF, a doação de imóvel deve ser declarada pelo contribuinte doador na ficha 
Doações Efetuadas com o código 81 – Doações em bens e direitos conforme 
mostrado na figura abaixo: 
 
Figura 11 - Doações Efetuadas - Doação de bens e direitos código 81 
 
Fonte: Programa IRPF 
 
Se o imóvel era parte do patrimônio do doador nas declarações de anos anteriores, 
será necessário dar baixa do bem da ficha Bens e Direitos. Na coluna Situação 
XX/XX/XXXX o contribuinte deve declarar o valor informado na declaração do ano 
anterior e, na coluna Situação em XX/XX/XXXX, deve-se lançar o valor 0. No 
campo Discriminação deve-se informar que o bem foi doado e o nome, CPF ou 
CNPJ de quem recebeu a doação. 
Se o imóvel foi comprado em X ano, a coluna Situação em XX/XX/XXXX deve-se 
ficar zerada. Na declaração do ano seguinte, a doação não precisará mais ser 
declarada. 
O recebedor ou donatário da doação do imóvel deve informar o bem recebido na 
ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis com o código 14 – Transferências 
patrimoniais – doações e heranças e registrar a posse do bem na ficha Bens e 
Direitos com o código correspondente ao imóvel. No campo Discriminação deve-
45 
 
se declarar que o bem foi recebido por doação, com o nome e CPF do doador, data 
de transferência e dados do imóvel. O contribuinte deve lançar o valor 0 na coluna 
Situação em XX/XX/XXXX e o valor do imóvel na coluna Situação em 
XX/XX/XXXX. 
 
Figura 12 - Escolha de Bens e Direitos 
 
Fonte: Programa IRPF 
 
Se o donatário recebeu e vendeu o imóvel em XXXX deve também declarar na ficha 
“Bens e Direitos”.Os campos “Situação em XX/XX/XXXX” e “Situação em 
XX/XX/XXXX” deverão ficar zerados. No campo “Discriminação” deve-se declarar 
o recebimento da doação e a venda, os dados do doador e comprador, além da 
descrição do bem. 
No IRPF 2018, a doação de veículo automotor deve ser declarada pelo contribuinte 
doador na ficha Doações Efetuadas com o código 81 – Doações em bens e 
direitos conforme mostrado na figura abaixo: 
 
46 
 
Figura 13 - Descrição do Proprietário dos Bens e Direitos 
 
Fonte: Programa IRPF 
 
Se o veículo era parte do patrimônio do doador nas declarações de anos anteriores, 
será necessário dar baixa do bem da ficha Bens e Direitos. Na coluna Situação em 
31/12/2016 o contribuinte deve declarar o valor informado na declaração do ano 
anterior e, na coluna Situação em 31/12/2017, deve-se lançar o valor 0. No campo 
Discriminação deve-se informar que o bem foi doado e o nome e CPF ou CNPJ de 
quem recebeu a doação. 
Se o veículo foi comprado em 2017, a coluna Situação em 31/12/2016 deve-se 
discar zerada. Na declaração do ano seguinte, a doação não precisará mais ser 
declarada. 
O recebedor ou donatário da doação do veículo deve informar o bem recebido na 
ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis com o código 14 – Transferências 
patrimoniais – doações e heranças e registrar a posse do bem na ficha Bens e 
Direitos com o código correspondente ao veículo. No campo Discriminação deve-
se declarar que o bem foi recebido por doação, com o nome e CPF do doador, data 
de transferência e dados do veículo. O contribuinte deve lançar o valor 0 na coluna 
Situação em 31/12/2016 e o valor do imóvel na coluna Situação em 31/12/2017. 
 
47 
 
Figura 14 - Descrição dos Bens e Direitos 
 
Fonte: Programa IRPF 
 
Se o donatário recebeu e vendeu o veículo em 2017 deve também declarar da fica 
“Bens e Direitos”. Os campos “Situação em 31/12/2016” e “Situação em 31/12/2017” 
deverão ficar zerados. No campo “Discriminação” deve-se declarar o recebimento da 
doação e a venda, os dados do doador e comprador, além da descrição do bem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
12. QUANTO DESTINAR RESPEITANDO OS LIMITES PARA 
DEDUÇÕES DO IMPOSTO DEVIDO 
 
A dedução do imposto de renda devido em sua apuração deve respeitar os limites 
legais na atual regulamentação, veja anexo A. 
Pessoa física optante pelo modelo completo, do imposto de renda apurado na 
declaração de ajuste anual poderão ser deduzidos nas contribuições feitas aos 
fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos 
da Criança e do Adolescente até o limite de 6% (seis por cento), ficando as 
importâncias deduzidas a título de doações sujeitas à comprovação por meio de 
documentos emitidos pelo Conselho, conforme determina Instrução. 
 
12.1. MODELO DE IMPOSTO A RESTITUIR E A PAGAR 
 
Tabela 1 - Declaração com Imposto a Restituir 
DECLARAÇÃO COM IMPOSTO A RESTITUIR: 
S/DESTINAÇÃO C/DESTINAÇÃO 
IMPOSTO DE RENDA DEVIDO 7.000,00 7.000,00 
DOAÇÃO AO FUNDO DE DIREITOS - 400,00 
IMPOSTO DE RENDA DEVIDO 7.000,00 6.600,00 
IR/FONTE OU CARNÊ LEÃO 8.000,00 8.000,00 
IR A PAGAR 1.000,00 1.400,00 
Fonte: elaborada pelos autores 
 
Tabela 2 - Declaração com Imposto a Pagar 
DECLARAÇÃO COM IMPOSTO A PAGAR: 
S/DESTINAÇÃO C/DESTINAÇÃO 
IMPOSTO DE RENDA DEVIDO 7.000,00 7.000,00 
DOAÇÃO AO FUNDO DE DIREITOS - 400,00 
IMPOSTO DE RENDA DEVIDO 7.000,00 6.600,00 
IR/FONTE OU CARNÊ LEÃO 6.500,00 6.500,00 
IR A PAGAR 500,00 100,00 
Fonte: elaborada pelos autores 
49 
 
13. DEMONSTRAR O CÁLCULO DESTACANDO O VALOR A SER 
DOADO. 
 
Os contribuintes que fizerem suas doações ao Fundo, devem informar seus dados 
ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, para que possa 
ser emitido um recibo que será os comprovantes de que o Fundo efetivamente 
recebeu o recurso, podendo desta forma apresentar a Receita Federal, tais como: 
a) Nome completo; 
b) CPF; 
c) Endereço completo; 
d) Data e valor depositado; 
e) Comprovante de deposito. 
 
O recibo deve ser nominal ao doador e atender as instruções da Receita Federal 
conforme Instrução Normativa RFB n° 1.311, de 28 de dezembro de 2012, Seção I, 
Subseção III, artigo 4º, para o caso de pessoas físicas, nos comprovantes dos 
contribuintes que fizeram doações de bens, deverá conter também a identificação e 
o valor do bem doado, mediante sua descrição em campo próprio ou em relação 
anexa, informando também se houve avaliação, o número de inscrição no CPF do 
responsável pela avaliação. 
 
Art. 4º Os órgãos responsáveis pela administração das contas dos Fundos dos 
Direitos da Criança e do Adolescente Nacional, estaduais, distritais e municipais, 
beneficiados pelas doações, devem emitir recibo em favor do doador, assinado por 
pessoa competente e pelo presidente do Conselho correspondente, especificando: 
I - O número de ordem. 
 II - O nome, número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) 
e o endereço do emitente. 
III - o nome, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do doador. 
IV - A data da doação e valor recebido. 
V - O ano-calendário a que se refere à doação. 
 
 
 
50 
 
14. COMO PESSOA FÍSICA PODERÁ COMPROVAR SUA DEDUÇÃO 
NO IMPOSTO DE RENDA POR MOTIVOS DE DOAÇÃO AO FUNDO 
 
A destinação é deduzida do imposto de Renda devido apurado na declaração de 
ajuste anual, respeitando os limites legais. O valor destinado é considerado como 
um adiantamento do imposto. O contribuinte apenas direciona parte do imposto 
devido á criança e ao adolescente de sua cidade, pois quem paga é o governo. 
Cada contribuinte deve manter a primeira via do recibo devidamente autenticada 
junto com os documentos e sua declaração de Imposto de Renda, por cinco anos. 
Sobre a instrução normativa n° 86/94, os Conselhos de Direitos devem entregar a 
Secretaria da Receita Federal até o mês de junho do ano subsequente, controle das 
doações recebidas, tais como, emitir anualmente relação contendo: CPF ou CNPJ 
dos doadores e especificando se em dinheiro ou em bens e os valores 
individualizados de todas as doações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15. MODELO DE DOCUMENTO
FEDERAIS (DARF) 
 
DARF comum utilizada para pagamento de receitas federais pelas pessoas físicas e 
jurídicas, antes esse modelo era vendido aos montes em qualquer papelaria de 
bairro, hoje com era da informática existe um programa Sicalc web disponibil
no site da receita federal, que realiza o cálculo e imprimir a DARF, basta inserir os 
dados e o programa preenche automaticamente os dados para pagamento, porém 
aqui segue demonstração de preenchimento manual da mesma:
 
Figura 15- DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais
Fonte: http://www.referencial-rs.com.br/tabela_1_8.html
 
Campo 1: Inserir nome e telefone do contribuinte;
Campo 2: DD/MM/AAAA, data
Campo 3: Número da inscrição no cadastro de pessoa física o CPF;
Campo 4: Código da receita que está sendo paga
Campo 6: DD/MM/AAAA data do vencimento da receita
Campo 7: Valor da receita principal que est
Campo 11: Autenticação mecânica do agente arrecadador.
DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO
DARF comum utilizada para pagamento de receitas federais pelas pessoas físicas e 
jurídicas, antes esse modelo era vendido aos montes em qualquer papelaria de 
bairro, hoje com era da informática existe um programa Sicalc web disponibil
no site da receita federal, que realiza o cálculo e imprimir a DARF, basta inserir os 
dados e o programa preenche automaticamenteos dados para pagamento, porém 
aqui segue demonstração de preenchimento manual da mesma: 
Documento de Arrecadação de Receitas Federais
rs.com.br/tabela_1_8.html 
Campo 1: Inserir nome e telefone do contribuinte; 
Campo 2: DD/MM/AAAA, data da ocorrência ou do encerramento do período base;
Campo 3: Número da inscrição no cadastro de pessoa física o CPF;
Campo 4: Código da receita que está sendo paga 
Campo 6: DD/MM/AAAA data do vencimento da receita 
Campo 7: Valor da receita principal que está sendo paga. 
Campo 11: Autenticação mecânica do agente arrecadador. 
51 
ARRECADAÇÃO DE RECEITAS 
DARF comum utilizada para pagamento de receitas federais pelas pessoas físicas e 
jurídicas, antes esse modelo era vendido aos montes em qualquer papelaria de 
bairro, hoje com era da informática existe um programa Sicalc web disponibilizado 
no site da receita federal, que realiza o cálculo e imprimir a DARF, basta inserir os 
dados e o programa preenche automaticamente os dados para pagamento, porém 
 
Documento de Arrecadação de Receitas Federais 
 
da ocorrência ou do encerramento do período base; 
Campo 3: Número da inscrição no cadastro de pessoa física o CPF; 
 
52 
 
16. PROCESSO DE DOAÇÃO PARA PESSOA JURÍDICA 
 
Todas as pessoas jurídicas poderão realizar doações ao fundo para a infância e 
adolescência. As doações poderão ser realizadas através de depósito bancário ou 
até mesmo doações de bens. Porém, para obter algum benefício tributário vigente 
pela legislação de acordo com a disposição da Instrução Normativa SRF nº 267 de 
dezembro de 2002, Capítulo II, Incentivos Fiscais de Dedução do Imposto, Seção II. 
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, a entidade deverá ser tributada 
pelo Lucro Real e só poderá deduzir até do imposto devido 1% (um por cento) em 
cada período, caso o valor ultrapasse o limite o restante poderá ser deduzido nos 
meses seguintes, não ultrapassando o ano da apuração. É importante lembrar que 
as destinações ao FIA são independentes de outros incentivos fiscais, ou seja, não é 
acumulativo podendo a empresa realizar doações para fundos diversos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
17. LUCRO REAL 
 
Lucro Real é uma forma de tributação que usa como base o lucro contábil (total de 
receitas menos os gastos explícitos), ou seja, conforme a legislação vigente a base 
de cálculo se dará pelo lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões 
ou compensações de acordo com o decreto lei nº 1.598 de 26 de Dezembro de 
1977, Capítulo II, Lucro Real, Conceito, Artigo 6º. 
Adições ao lucro líquido previsto no decreto lei 1.598 d 26 de dezembro de 1977, 
Capítulo II, Lucro Real, Conceito, Artigo 6º, § 2º, item a e b. 
 
§ 2º - Na determinação do lucro real serão adicionados ao lucro líquido do exercício: 
a) Os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros 
valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação 
tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real; 
b) Os resultados, rendimento, receitas, quaisquer outros valores não incluídos na 
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser 
computados na determinação do lucro real. 
 
 
Exclusões ao lucro líquido de acordo com o decreto lei 1.598 d 26 de dezembro de 
1977, Capítulo II, Lucro Real, Conceito, Artigo 6º, § 3º, item a e b. 
§ 3º - Na determinação do lucro real poderão ser excluídos do lucro líquido do 
exercício: 
a) Os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham 
sido computados na apuração do lucro líquido do exercício; 
b) Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na 
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam 
computadas no lucro real; 
 
 
Compensações ao lucro líquido decreto lei 1.598 d 26 de Dezembro de 1977, 
Capítulo II, Lucro Real, Conceito, Artigo 6º, § 3º, item c. 
 
§ 3º - Na determinação do lucro real poderão ser excluídos do lucro líquido do 
exercício: 
c) Os prejuízos de exercícios anteriores, observado o disposto no artigo 64. 
 
 
A apuração do Lucro real poderá ser realizada trimestral ou anual por estimativa 
mensal, porém o mais utilizado nas empresas é o anual com antecipação mensal 
pelo regime de estimativa. 
Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real as pessoas jurídicas 
que se enquadram nos seguintes casos: 
54 
 
Receita total, no ano anterior, seja superior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito 
milhões de reais), ou proporcional ao número de meses do período; quando inferior 
a doze meses; 
Quando as suas atividades sejam de Bancos, sendo eles, investimentos, bancos 
comerciais, desenvolvimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, 
sociedade de crédito imobiliário, corretoras de valores imobiliários, títulos, câmbio, 
empresas de seguros privados, previdência privada, capitalização; 
Entidades com lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior; 
Pessoas jurídicas que autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios 
fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; 
Empresas com atividade de factoring, ou seja, assessoria creditícia, mercadológica, 
gestão de crédito, seleção e riso, administração de contas a pagar e a receber, 
compra de direitos de duplicatas. 
 
55 
 
18. DOAÇÃO PESSOA JURÍDICA VIA DEPÓSITO BANCÁRIO 
 
Segundo o CONDECA-SP, o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do 
Adolescente do Estado de São Paulo, as entidades interessadas em realizar 
doações para o Fundo da Infância e do Adolescente, deverão entrar em contato com 
o conselho, condeca@seds.sp.gov.br ou (11) 3222-4441, (11) 3223-9346, (11) 3361-
8451, para obter os dados bancários do FIA, Banco o Brasil 001, agência 1897-X, 
conta corrente 8947-8, CNPJ 13.885.657/0001-25 e posteriormente enviar o 
comprovante de depósito para que o mesmo emita o recibo. 
Em resposta a solicitação o conselho também enviará o modelo da carta de 
destinação onde o doador poderá informar se tem algum projeto específico que 
queira destinar o valor depositado, veja modelo da declaração no anexo B. 
O conselho na utilização de seus plenos poderes delibera em Abril de 2014 sobre o 
Direcionamento de Recursos para o Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do 
Adolescente - DELIBERAÇÃO Nº 001/2014, artigo 11: 
 
Artigo 11 - A pessoa física ou jurídica, valendo-se de mecanismo legal de incentivo 
tributário, poderá destinar, através de ofício dirigido ao presidente do CONDECA-SP 
e contendo cópia do comprovante de depósito no FUNDO ESTADUAL DOS 
DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE DE SÃO PAULO, o projeto ou eixo 
previamente aprovado, cujo desenvolvimento pretenda auxiliar. 
 
 
56 
 
19. DOAÇÃO PESSOA JURÍDICA A PARTIR DA APURAÇÃO DO 
IMPOSTO DEVIDO. 
 
As entidades tributadas pelo Lucro Real deverão aplicar a alíquota de 15% (quinze 
por cento) sobre o lucro contábil e sobre o valor que exceder a R$ 240.000,00 
(duzentos e quarenta mil reais) aplicar a alíquota de 10% (dez por cento). 
Segue uma Demonstração do Resultado do Exercício, elaborado pelos autores, para 
ilustrar a apuração do imposto de renda pessoa jurídica devido e a destinação para 
doação: 
 
Tabela 3 - Demonstração do Resultado do Exercício 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
1º Trimestre de 2018 
( + ) RECEITA OPERACIONAL DE VENDAS R$ 5.000.000,00 
( + ) Vendas de produtos 
( + ) Vendas de Mercadorias 5.000.000,00 
( + ) Prestação de Serviços 
( - ) IPI 
( = ) RECEITA OPERACIONAL DE VENDAS BRUTAS R$ 5.000.000,00 
( - ) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA R$ (1.876.250,00) 
( - ) Abatimento e Descontos Incondicionais (100.000,00) 
( - ) Devolução de Vendas (500.000,00) 
( + ) Reversão impostos sobre Devolução de Vendas50.000,00 
( - ) ICMS (810.000,00) 
( - ) PIS (74.250,00) 
( - ) COFINS (342.000,00) 
( - ) ISS 
( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA R$ 3.123.750,00 
( - ) CUSTOS DAS VENDAS R$ 1.256.258,00 
( - ) Custos dos Produtos Vendidos 
( - ) Custos das Mercadorias (1.256.258,00) 
( - ) Custos dos Serviços Prestados 
( = ) LUCRO BRUTO R$ 1.867.492,00 
( - ) DESPESAS OPERACIONAIS R$ - 
( - ) Despesas Comerciais 
( - ) Despesas Gerais e Administrativas 
( + ) Outras Receitas Operacionais 
( - ) Outras Despesas Operacionais 
( =) RESULTADO ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS R$ 1.867.492,00 
( + / - ) RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS R$ - 
( + ) Receitas Financeiras 
57 
 
( - ) Despesas Financeiras 
( + ) Variações Monetárias e Cambiais Ativas 
( - ) Variações Monetárias e Cambiais Passivas 
( = ) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO ANTES DO IRPJ E CSSL R$ 1.867.492,00 
( - ) DESPESAS COM TRIBUTOS SOBRE O RESULTADO OPERACIONAL R$ (610.947,28) 
( - ) Despesas com Provisão de Contribuição Social Sobre o Lucro (168.074,28) 
( - ) Despesas com Provisão de Imposto de Renda (442.873,00) 
( = ) RESULTADO LÍQUIDO OPERACIONAL R$ 1.256.544,72 
( + / - ) RESULTADO LÍQUIDO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 
( + ) Vendas de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante 
( - ) Custos de Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante 
( - ) Despesas com Tributos sobre o Resultado das Operações Descontinuadas 
( = ) RESULTADAO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES R$ 1.256.544,72 
( - ) PARTICIPAÇÕES NO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
( - ) Debêntures 
( - ) Participações dos Empregados 
( - ) Participações de Administradores 
( - ) Partes Beneficiárias 
( - ) Fundos de Assistência e Previdência para Empregados 
( = ) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO R$ 1.256.544,72 
 
LUCRO O PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR AÇÃO DO CAPITAL SOCIAL 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
Pode-se observar em destaque que o valor devido do imposto de renda é de R$ 
442.873,00 (quatrocentos e quarenta e dois mil e oitocentos e setenta e três reais) 
desse valor a empresa Futuro Promissor S/A, poderá deduzir até 1% (um por cento), 
ou seja, poderá deduzir até R$ 4.428,73 referente a doações realizadas ao FIA 
conforme descreve Instrução Normativa SRF nº 267 de Dezembro de 2002, Capítulo 
II, Incentivos Fiscais de Dedução do Imposto, Seção II. Fundos dos Direitos da 
Criança e do Adolescente, artigo 11: 
 
Art.11. A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido em cada período de 
apuração o total das doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do 
Adolescente – nacional, estaduais ou municipais – devidamente comprovadas, 
vedada a dedução como despesa operacional. 
§ 1º A dedução está limitada a um por cento do imposto devido em cada período de 
apuração. 
§ 2º Para fins de comprovação, a pessoa jurídica deverá registrar em sua 
escrituração os valores doados, em assim manter em boa guarda a documentação 
correspondente. 
 
 
58 
 
20. MODELO DE RECIBO DE COMPROVAÇÃO DE DOAÇÃO AO FIA 
 
Os conselhos, sejam eles municipais, estaduais ou até mesmo nacional dos direitos 
da criança e do adolescente deverão emitir os recibos aos doadores como está 
previsto na descreve Instrução Normativa SRF nº 267 de dezembro de 2002, 
Capítulo II, Incentivos Fiscais de Dedução do Imposto, Seção II. Fundos dos Direitos 
da Criança e do Adolescente, artigo 12: 
 
Art.12. Os Conselhos Municipais, Estaduais, ou Nacional dos Direitos da Criança e 
do Adolescente, controladores dos fundos beneficiados pelas doações, deverão 
emitir comprovante em favor do doador que especifique o nome, o número de 
inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do doador, a data e o 
valor efetivamente recebido. 
§ 1º O comprovante deverá: 
I – conter o número de ordem, o nome, o número de inscrição no CNPJ e o 
endereço do emitente; 
II – ser firmado por pessoa competente para dar a quitação da operação. 
 
RECIBO Nº 001/2018 
Declaro, para os devidos fins, que o Fundo XXXX para a Criança e o Adolescente, 
CNPJ do fundo, recebeu em XX de XXX, de 2018, de XXXXXX (nome da 
contribuinte pessoa física ou jurídica), CNPJ N.º XXXXXXXX-XX, o montante de R$ 
XXXX, XX (valor por extenso), referente ao ano calendário de XXXX (informar ano). 
Documento de Arrecadação: ____________________________________________ 
Município, xx de xxxx de 2018. 
 __________________________________ 
Presidente do Conselho XXX dos Direitos da Criança e do Adolescente 
__________________________________ 
Ordenador de Despesa do Fundo 
Endereço do Fundo em questão 
 
 
Já os comprovantes dos doadores que realizarem doações de bens deverão conter 
o valor do bem doado, bem como a sua comprovada propriedade, detalhar se 
ocorreu avaliação do mesmo e identificar o avaliador também, situação descrita na 
Instrução Normativa SRF nº 267 de dezembro de 2002, Capítulo II, Incentivos 
59 
 
Fiscais de Dedução do Imposto, Seção II. Fundos dos Direitos da Criança e do 
Adolescente, artigo 12, § 2º e § 3º: 
§ 2º No caso de doação em bens, o comprovante deverá conter a identificação 
desses bens, mediante sua descrição em campo próprio ou em relação anexa, 
informando também se houve avaliação e o número de inscrição no Cadastro de 
Pessoa Física (CPF) ou no (CNPJ) dos responsáveis por essa avaliação. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, o doador pessoa jurídica deverá: 
I – comprovar a propriedade dos bens, mediante documentação hábil; 
II – considerar como valor dos bens doados o valor contábil; 
III – proceder à baixa dos bens doados na escrituração comercial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
21. DAS DOAÇÕES REALIZADAS VIA DEPÓSITO AS DEDUÇÕES A 
SEREM REALIZADAS NO SPED ECF 
 
As empresas ao realizarem a apuração do IRPJ com base no lucro real na ECF 
junto ao SPED deverão verificar após o ato de importação dos dados de seu sistema 
interno para a plataforma do SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL, no 
registro N630, no código 11 de deduções a apresentação do valor ou valores das 
doações realizadas ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente; o sistema 
realizará os devidos cálculos. 
 
61 
 
Fonte:Sped ECF 
Fonte:Sped ECF 
Figura 17 - Apuração do IRPJ 
Figura 16 - Dedução Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente 
62 
 
22. CONCLUSÃO 
 
Os novos profissionais de contabilidade detentores de novos conhecimentos, mais 
participativos nas decisões das entidades na qual prestam seus valiosos serviços. O 
Fundo da Infância e Adolescência – FIA mais uma ferramenta dos novos contadores 
em mostrar seu engajamento com a sociedade e a habilidade de inserir a entidade 
no âmbito da responsabilidade social. 
Conforme demonstrado nos capítulos anteriores, foi descrito a principal forma de 
arrecadação do Fundo da Infância e Adolescência, as maneiras utilizadas por 
pessoas físicas e jurídicas para comprovarem suas doações e posteriormente 
realizarem as deduções junto à receita federal no ato da declaração do imposto de 
renda. 
Detalhado o passo a passo para realização do cálculo da apuração do imposto de 
renda, valor base de destinação ao fundo, sua contabilização e sua dedução no 
sistema público de escrituração digital. 
Ficou evidente que o Estado na tentativa de cumprir sua obrigação na totalidade cria 
leis que assegura a proteção da criação e do adolescente e em contrapartida cria 
mecanismos para arrecadar recursos financeiros. Também regulamenta a formação 
de conselhos com o objetivo de trabalhar em prol das crianças e adolescentes, onde 
os mesmos deverão elaborar, destinar e fiscalizar projetos desenvolvidos com

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