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DOSAGEM DA PROTEÍNA SÉRICA TOTAL: MÉTODO COLORIMÉTRICO E 
REFRATOMÉTRICO. DOSAGE OF THE TOTAL SERUM PROTEIN: 
COLORIMETRIC AND REFRATOMETRIC METHODS 
 
I.A. TAVARES, R. K. Takahira. Departamento de Clínica Veterinária/Laboratório 
Clínico Veterinário, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus de 
Botucatu, SP. 
 
As proteínas são as macromoléculas mais importantes das células, e constituem 
mais da metade do peso seco de muitos organismos. O fígado sintetiza quase todas 
as proteínas do plasma, com exceção das imunoglobulinas (produzidas por tecidos 
linfóides), e mantêm o equilíbrio osmótico atuando conjuntamente com ânions no 
equilíbrio ácido-básico do organismo. A concentração de proteína no soro depende 
de vários fatores, incluindo a extensão, duração, e a natureza da desordem hepática 
e da presença de desordens em outros órgãos. O valor médio da concentração de 
proteína total no soro nos animais domésticos é de 5,0 a 8,0 gramas por decilitro e 
também depende da ingestão hídrica. Para diferenciar as frações da proteína no 
soro é necessária a realização de provas colorimétricas adicionais ou de eletroforese 
e o cálculo posterior do valor absoluto de cada uma delas. A dosagem da proteína 
total é um recurso importante para o clínico que necessita do resultado com urgência 
para auxiliar no diagnóstico. Muitas vezes, a proteína total é dosada pelo método de 
refratometria, que é rápido, e de baixo custo; ao passo que na técnica bioquímica 
colorimétrica, além do custo ser maior, o tempo também é um fator crítico. O objetivo 
do presente trabalho foi o de comparar os valores das dosagens de proteínas totais 
de 100 cães, independente da raça, sexo ou idade, pelos métodos colorimétrico e 
refratométrico. A determinação colorimétrica dos teores séricos de proteína total 
foram realizadas através do método do biureto. As análises foram medidas com 
auxílio de um Espectrofotômetro da marca Celm, modelo SB – 190, utilizando kit do 
laboratório Katal; cuja metodologia consiste em utilizar 50 microlitros da amostra, 
com 2,5 mL do reagente biureto, repousar durante 15 minutos em temperatura 
ambiente e, em seguida ler no espectrofotômetro com comprimento de onda 545 
nm, zerando com o branco do reativo. Através de suas ligações peptídicas, com os 
íons cúpricos em meio alcalino contido no reagente de biureto, os complexos 
resultantes apresentam máximo de absorção em 545 nm e a intensidade de cor 
formada é proporcional à concentração de proteínas no meio. Para o método 
refratométrico foi utilizado o refratômetro portátil, marca Atago, empregando uma 
gota do soro para obter a refração que é dada numa escala de 0 a 12 g/dL. Os 
resultados médios foram comparados por meio do teste t pareado e a correlação 
entre as duas técnicas realizada pelo teste de correlação de Pearson, ambos ao 
nível de 5% de significância. A média encontradas para análise da proteína pelo 
método colorimétrico foi de 6,74 g/dL, enquanto para a refratometria foi 7,34 g/dl. 
Apesar da correlação (p<0,05; r=0,809) entre as técnicas, os resultados médios 
apresentarem diferença estatisticamente significativa (p<0,05). Os valores mais 
elevados encontrados na refratometria em relação à análise colorimétrica podem ser 
explicados pela presença de alguns artefatos (lipemia, hemólise, cristais, etc) 
presentes nas amostras que interferem no índice de refração da luz, resultando num 
valor falsamente elevado.

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