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CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO DE ÁREA EDE ÁREA E ATMOSFERAATMOSFERA EXPLOSIVAEXPLOSIVA Autor: Eduardo Coimbra de Almeida Autor: Eduardo Coimbra de Almeida Co-Autor: Roberto Ferreira Coelho FilhoCo-Autor: Roberto Ferreira Coelho Filho CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO DE ÁREA EDE ÁREA E ATMOSFERAATMOSFERA EXPLOSIVAEXPLOSIVA Este é um material de uso restrito aos empregados da PETROBRAS que atuam no E&P. É terminantemente proibida a utilização do mesmo por prestadores de serviço ou ora do ambiente PETROBRAS. Este material oi classifcado como INFORMAÇÃO RESERVADA e deve possuir o tratamento especial descrito na norma corporativa PB-PO-0V4-00005“TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES RESERVADAS". Órgão gestor: E&P-CORP/RH Ao nal desse estudo, o treinando poderá: • Compreender os principais conceitos relacionados à combustão, classicação de área e atmosfera explosiva; • Denir áreas classicadas, reconhecendo suas “zonas” e fontes de risco e as diferentes normas referentes à classicação de áreas; • Identicar as normas aplicáveis, distinguindo os critérios de classicação especicados pelas mesmas; • Reconhecer a importância da utilização de equipamentos elétricos adequados a cada área classicada; • Identicar a importância da ventilação na denição de uma área classicada; • Reconhecer o que é o plano de classicações de áreas e os documentos que o compõe. Autor: Eduardo Coimbra de Almeida Co-Autor: Roberto Ferreira Coelho Filho CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA E ATMOSFERA EXPLOSIVA Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades prossionais na Companhia. É com tal experiência, reetida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desaos com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados e a reciclagem de antigos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência Programa Alta Competência Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila está organizada e assim facilitar seu uso. No início deste material é apresentado oobjetivo geral, o qual representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. Autor Ao nal desse estudo, o treinando poderá: • Identicar procedimentos adequados ao aterramento e à manutenção da segurança nas instalações elétricas; • Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao aterramento de segurança; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. ATERRAMENTO DE SEGURANÇA Como utilizar esta apostila Objetivo Geral O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos especícos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C a p í t u l o 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fnal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 1.4. Exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança l l l - - – l l - - l - l l - l l - l l l l _ l _ - l l l l l l - l l - - l l - 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das ormas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l 1.7. Gabarito Objetivo Especíco Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas denições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identicados, pois estão em destaque. 49Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais vericados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 dene o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. Alta Competência . Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. – _ 3.4. Glossário Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliograa ao nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. Alta Competência CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira.Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410.Instalaçõeselétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmoséricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. l - l l l l _ l _ - l l l l l l - l l - - l l - l l l l l l - l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l 1.6. Bibliografa É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! i i i i i i i i i i i i i i i Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento prossional! Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... i i i i i i i i i i i i i i i ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. i i i i i i i i i i i i i i i SumárioSumário Introdução 15 Capítulo 1 - A combustão e sua relação com áreas classicadas Objetivos 17 1. A combustão e sua relação com áreas classicadas 19 1.1. Temperatura 20 1.2. Limites de inamabilidade 21 1.3. Densidade relativa de gás ou vapor 23 1.4. Triângulo do fogo 24 1.5. Relação entre combustão, classicação de área e atmosfera explosiva 25 1.6. Exercícios 26 1.7. Glossário 29 1.8. Bibliograa 30 1.9. Gabarito 31 Capítulo 2 - Áreas classicadas Objetivos 33 2. Áreas classicadas 35 2.1. O conceito de “zona” 35 2.2. Fonte de risco 36 2.3. Eventos catastrócos 37 2.4. Exercícios 39 2.5. Glossário 41 2.6. Bibliograa 42 2.7. Gabarito 43 Capítulo 3 - Classicação de áreas Objetivos 45 3. Classicação de áreas 47 3.1. Critérios da International Electrotechnical Commission (IEC) 49 3.1.1. Tipo de indústria 49 3.1.2. Tipo de substância 49 3.1.3. Temperatura de ignição das substâncias inamáveis 50 3.2. Critérios da American Petroleum Institute (API) 51 3.3. Exercícios 53 3.4. Glossário 54 3.5. Bibliograa 55 3.6. Gabarito 56 Capítulo 4 - Equipamentos elétricos em áreas classicadas Objetivos 57 4. Equipamentos elétricos em áreas classicadas 59 4.1. Tipos de proteção 60 4.1.1. À prova de explosão (Ex d) 60 4.1.2. Pressurizado (Ex p) 61 4.1.3. Imerso em óleo (Ex o) / Imerso em areia (Ex q) / Imerso em resina (Ex m) 62 4.1.4. Segurança aumentada (Ex e) 63 4.1.5. Segurança intrínseca (Ex i) 63 4.1.6. Não acendível (Ex n) 64 4.1.7. Especial (Ex s) 64 4.2. Grau de proteção 64 4.3. Certicado de conformidade dos equipamentos 66 4.4. Exercícios 69 4.5. Glossário 71 4.6. Bibliograa 72 4.7. Gabarito 73 Capítulo 5 - Infuência da ventilação em áreas classicadas Objetivo 75 5. Inuência da ventilação em áreas classicadas 77 5.1. Exercícios 80 5.2. Glossário 81 5.3. Bibliograa 82 5.4. Gabarito 83 Capítulo 6 - Plano de classicação de áreas Objetivos 85 6. Plano de classicação de áreas 87 6.1. Documentação 87 6.1.1. Plantas de classicação de áreas 87 6.1.2. Listas de dados para áreas classicadas 89 6.2. Exercícios 93 6.3. Glossário 95 6.4. Bibliograa 96 6.5. Gabarito 97 15 Introdução Aclassicação de áreas é uma das regras que permiteavaliarmos o grau de risco da presença de uma misturainamável em uma unidade industrial. Essa classicação contém informações sobre o tipo de substância inamável que pode estar presente no local, sobre a probabilidade dessa substância estar presente no meio externo e quais os limites da área com risco de presença de atmosfera explosiva. Os equipamentos elétricos, ao operarem em atmosferas potencialmente explosivas, podem se constituir em fontes de ignição ocasionadas por centelhamento normal, conseqüente da abertura e fechamento de seus contatos, ou simplesmente pelo fato de apresentarem temperatura elevada. Essa temperatura elevada pode ser intencional, com o m de atender a uma função própria do equipamento ou provocada por correntes de defeito. Para que a energia elétrica das plataformas não se constitua em perigo, é necessário que se providenciem meios de segurança e proteção das instalações elétricas. A fabricação dos equipamentos elétricos, sua montagem e manutenção seguem, portanto, normas técnicas que garantem um nível de segurança aceitável para as instalações. Esse nível de segurança depende de uma avaliação cujo resultado é a classicação de áreas, representada por um desenho básico utilizado no desenvolvimento de toda instalação elétrica da indústria. RESERVADO RESERVADO PREFÁCIO C a p í t u l o 1 A combustão e sua relação com áreas classicadas Ao nal desse capítulo, o treinando poderá: • Denir combustão, identicando os componentes e parâmetros necessários para que esta aconteça; • Estabelecer a relação entre combustão e classicação de áreas. RESERVADO 18 Alta Competência RESERVADO 19 Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classicadas 1. A combustão e sua relação com áreas classicadas A combustão é um dos fenômenos que ocorrem rotineiramente em nosso cotidiano, mesmo que não percebamos, em cozinhas, automóveis, fábricas e diversos outros contextos da nossa vida. Podemos denir esse fenômeno como: Uma reação química que envolve uma substância combustível e uma substância comburente, promovida a partir de uma fonte de calor inicial. Durante a combustão ocorre a formação da reação em cadeia, e a liberação de energia na forma de luz e calor. Como conseqüência, são gerados subprodutos na forma de gases (vapor d’água, monóxido, dióxido de carbono, dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio) além de cinzas e resíduos de carbono (carvão, fuligem, coque etc.). Para que haja combustão é necessária a presença de: Combustível: material sólido, líquido ou gasoso capaz de reagir com o comburente, em geral o gás oxigênio, através de uma reação de combustão. Comburente: material gasoso que permite que ocorra a reação de oxidação de um material combustível, produzindo assim a combustão. Fonte de ignição: condição ou agente que, ao introduzir a energia mínima necessária, pode dar início ao processo de combustão na mistura combustível/comburente. O senso comum nos faz associar as fontes de ignição à presença de chama (fogo), mas também são exemplos superfícies e atmosferas aquecidas, centelhas, atrito etc. RESERVADO 20 Alta Competência Alguns conceitos são de extrema relevância para o entendimento do processo de combustão e classicação de área. Vejamos estes conceitos a seguir. 1.1. Temperatura A temperatura de uma substância é inuenciada pelo meio e pelo processo aos quais está submetida. Serão vericados, a seguir, alguns conceitos associados a essa inuência. Podemos denir como: Parâmetro físico que descreve um sistema associado a noções de frio e calor e a transferências de energia térmica. A temperatura está associada à combustão quando falamos em fontes de ignição e inamabilidade de substâncias. a) Fontes de ignição As ontes de ignição mais comuns na instalação industrial são de origem elétrica. No entanto, não são as únicas fontes existentes. O quadroa seguir apresenta exemplos de fontes de ignição de origem elétrica e não elétrica. Origem elétrica • Equipamento elétrico do tipo comum; • Arco elétrico; • Centelha devido a curto circuito. Origem não elétrica • Centelha ou fagulha gerada mecanicamente; • Chama exposta; • Cigarro; • Superfície quente. RESERVADO 21 Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classicadas b) Ponto de ulgor É a menor temperatura na qual o líquido libera vapor em quantidade suciente para formar uma mistura inamável. Na presença de uma fonte de ignição, resulta em um fash, que representa o início da combustão. Nessa temperatura, a quantidade de vapor não é suciente para dar continuidade à combustão. A norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), NBR 7505 (Armazenagem de líquidos inamáveis e combustíveis) dene líquidos inamáveis e combustíveis, baseados no ponto de fulgor do líquido, da seguinte forma: Classicação Classe Comportamento do líquido Infamável I Possuem ponto de fulgor inferior a 37,8 ºC. Combustível II Possuem ponto de fulgor igual ou superior a 37,8 ºC e inferior a 60 ºC. III Possuem ponto de fulgor igual ou superior a 60 ºC. c) Ponto de combustão Trata-se da temperatura com poucos graus acima do ponto de fulgor. Nesta temperatura, o líquido libera vapor em quantidade suciente para iniciar e dar continuidade à combustão na presença de uma fonte de ignição. d) Ponto de ignição O ponto de ignição é a menor temperatura de uma superfície ou de uma centelha, capaz de iniciar a combustão. 1.2. Limites de infamabilidade Os limites de infamabilidade referem-se à concentração da mistura formada entre o ar e o gás inamável ou vapor inamável. RESERVADO 22 Alta Competência Algumas substâncias possuem amplas faixas de inamabilidade, portanto são mais perigosas que outras com faixas menores. Os limites de inamabilidade são: Limite Inerior de Infamabilidade (LII): é a concentração mínima na qual a mistura se torna inamável. Também é chamado de Limite Inferior de Explosividade (LIE). Limite Superior de Infamabilidade (LSI): é a concentração que passa a ter produto inamável em quantidade excessiva para a combustão. Também chamado de Limite Superior de Explosividade (LSE). Esses conceitos podem ser entendidos observando-se a ilustração a seguir: Faixa de inflamabilidade do gás hipotético Mistura pobre Mistura rica ATENÇÃO Substâncias com baixos valores de LIE merecem atenção especial, pois rapidamente podem formar uma mistura inamável com o ar. Existem três faixas de concentração referentes aos limites de inamabilidade: mistura pobre, mistura rica e mistura ideal. RESERVADO 23 Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classicadas As faixas de concentração que compõem a escala de inamabilidade são: Mistura pobre Faixa de concentração em que existe muito oxigênio e pouco produto inamável. Nesta região não há fogo, pois não há combustível suciente para a combustão. É limitada de zero até o Limite Inferior de Inamabilidade (LII). Mistura rica Faixa de concentração em que existe muito produto inamável e pouco oxigênio. Da mesma forma que na mistura pobre, não há fogo nesta região, porém, nessa faixa, é o oxigênio que é deciente. Está no Limite Superior de Inamabilidade (LSI), até 100% de concentração, ou seja, 100% de produto inamável. Mistura ideal É a mistura inamável, onde há a concentração ideal entre o ar e o gás/vapor em que a combustão acontece. Está limitada entre a faixa que começa no LII e termina no LSI. 1.3. Densidade relativa de gás ou vapor Densidade de um gás ou vapor relativamente à densidade do ar, nas mesmas condições de pressão e temperatura, considerando-se a densidade do ar igual a 1.0. Basicamente, quando se tem um gás ou vapor com densidade menor do que 1.0 diz-se que este gás/vapor é mais leve que o ar, portanto é facilmente dispersado em movimento ascendente. Podem ser citados, como exemplos, o acetileno, o metano e o hidrogênio DH2< 1 H 2 Nuvem leve Hidrogênio RESERVADO 24 Alta Competência Se o gás/vapor possui densidade maior do que 1.0, diz-se que é mais pesado que o ar, portanto tende a acumular mais abaixo e possui dispersão mais lenta. Que a maioria dos gases e vapores são mais pesados que o ar? VOCÊ SABIA?? Nuvem pesada GLP < 1 D GLP GLP 1.4. Triângulo do ogo Para que haja fogo, é necessário que os três elementos essenciais que promovem o início de uma combustão estejam presentes. Esses três elementos geram o que é conhecido como “triângulo do fogo”. Comburente Fonte de ignição Combustível RESERVADO 25 Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classicadas São eles: Material comburente (em geral o oxigênio);• Material combustível;• Fonte de ignição.• 1.5. Relação entre combustão, classicação de área e atmosera explosiva Quando uma atmosfera é potencialmente explosiva, essa área é caracterizada como “área classicada”. Os conceitos relacionados à combustão nos auxiliarão no entendimento da possibilidade ou não da instalação de determinados equipamentos elétricos em áreas classicadas. Além disso, auxiliará também a entender que determinadas situações no dia-a-dia da plataforma precisam ser evitadas. Como exemplos de situações do dia-a-dia, podemos citar: Solda É importante que as soldas em áreas classicadas sejam feitas mediante a monitoração contínua da concentração da mistura inamável do ambiente através do detector de gás portátil. Equipamentos elétricos comuns portáteis A utilização de equipamentos elétricos comuns portáteis em área classicada só é permitida a partir do monitoramento contínuo da concentração da mistura inamável do ambiente através do detector de gás portátil. RESERVADO 26 Alta Competência 1) Correlacione os termos relacionados à combustão, essenciais à classicação de área e atmosfera explosiva, às suas respectivas denições: 1. Ponto de fulgor 2. Ponto de combustão 3. Ponto de ignição 4. Combustão 5. Triângulo de fogo ( ) Presença dos elementos essen- ciais que promovem o início de uma combustão. ( ) Refere-se a um dos fenômenos que ocorrem rotineiramente em nosso cotidiano, mesmo que não percebamos, em cozinhas, automóveis, fábricas e diversos outros contextos da nossa vida. ( ) Trata-se da menor temperatura na qual o líquido libera vapor em quantidade suciente para formar uma mistura inamável. ( ) Menor temperatura de uma superfície ou de uma centelha capaz de iniciar a combustão. ( ) É a temperatura, poucos graus acima do ponto de fulgor, na qual o líquido libera vapor em quantidade suciente para ini- ciar e dar continuidade à com- bustão, na presença de uma fonte de ignição. 1.6. Exercícios RESERVADO 27 Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classicadas 2) Os conceitos que envolvem os tipos de mistura são apresentados a seguir. Indique o tipo de mistura, de acordo com o conceito apresentado, preenchendo as lacunas: a) Trata-se de uma mistura inflamável. Onde há a concentração ideal entre o ar e o gás/vapor em que a combustão acontece. Está limitada entre a faixa que começa no Limite Inferior de Inflamabilidade (LII) e termina no Limite Superior de Inflamabilidade (LSI). _____________________________________________________________ b) Não há fogo nesta região, porém, nessa faixa, há deciência do oxigênio. Está no Limite Superior de Inamabilidade (LSI) até 100% de concentração, ou seja, 100% de produto inamável. Possui faixa de concentração em que existe muito produto inamável e pouco oxigênio. _____________________________________________________________ c) Não há fogo nesta região já que não há combustível suciente para a combustão. É limitada de zero até o Limite Inferior de Inamabilidade (LII). Faixa de concentração em que existe muito oxigênio e pouco produto inamável. _____________________________________________________________ RESERVADO 28 Alta Competência 3) As alternativas a seguir apresentam a relação entre combustão, classicação deárea e atmosfera explosiva. Marque com um X a(s) alternativa(s) que elucidam essa relação de forma correta: ( ) Auxilia no entendimento de que determinadas situações no dia-a-dia da plataforma precisam ser evitadas. Como exemplos dessas situações podemos citar atividade de solda e utilização de equipamentos elétricos comuns portáteis. ( ) Uma atmosfera potencialmente explosiva nem sempre ca- racteriza uma área classicada. ( ) A utilização de equipamentos comuns portáteis em área classicada só é permitida a partir do monitoramento con- tínuo da concentração da mistura inamável do ambiente através do detector de gás. ( ) Conceitos relacionados à combustão auxiliam para o enten- dimento da possibilidade ou não da instalação de determi- nados equipamentos elétricos em áreas classicadas. ( ) É importante que as soldas em áreas classicadas sejam feitas mediante a monitoração contínua da concentração da mistura inamável do ambiente através do detector de gás. RESERVADO 29 Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classicadas ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Arco elétrico - uxo de corrente elétrica através do ar entre dois condutores ou um condutor e a terra, liberando uma grande quantidade de energia em um tempo pequeno, resultando em altas temperaturas. LIE - Limite Inferior de Explosividade. Concentração mínima na qual a mistura se torna inamável. Também é chamado de Limite Inferior de Inamabilidade (LII). LII - Limite Inferior de Inamabilidade. Concentração mínima na qual a mistura se torna inamável. Também é chamado de Limite Inferior de Explosividade (LIE). LSE - Limite Superior de Explosividade. Concentração que passa a ter produto inamável em quantidade excessiva para a combustão. Também chamado de Limite Superior de Inamabilidade (LSI). LSI - Limite Superior de Inamabilidade. Concentração que passa a ter produto inamável em quantidade excessiva para a combustão. Também chamado de Limite Superior de Explosividade (LSE). NBR - Norma Brasileira. 1.7. Glossário RESERVADO 30 Alta Competência ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT.Armazenagem de líquidos infamáveis e combustíveis, NBR-7505. 2000. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de instalações elétricas em indústrias químicas, petroquímicas e de petróleo: atmoseras explosivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2002. 1.8. Bibliografa RESERVADO 31 Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classicadas 1.9. Gabarito 1) Correlacione os termos relacionados à combustão, essenciais à classicação de área e atmosfera explosiva, às suas respectivas denições: 1. Ponto de fulgor 2. Ponto de combustão 3. Ponto de ignição 4. Combustão 5. Triângulo de fogo ( 5 ) Presença dos elementos essenciais que promovem o início de uma combustão. ( 4 ) Refere-se a um dos fenômenos que ocorrem rotineiramente em nosso cotidiano, mesmo que não percebamos, em cozinhas, automóveis, fábricas e diversos outros contextos da nossa vida. ( 1 ) Trata-se da menor temperatura na qual o líquido libera vapor em quantidade suciente para formar uma mistura inamável. ( 3 ) Menor temperatura de uma superfície ou de uma centelha capaz de iniciar a combustão. ( 2 ) É a temperatura, poucos graus acima do ponto de fulgor, na qual o líquido libera vapor em quantidade suciente para iniciar e dar continuidade à combustão, na presença de uma fonte de ignição. 2) Os conceitos que envolvem os tipos de mistura são apresentados a seguir. Indique o tipo de mistura, de acordo com o conceito apresentado, preenchendo as lacunas: a) Trata-se de uma mistura inamável. Onde há a concentração ideal entre o ar e o gás/vapor em que a combustão acontece. Está limitada entre a faixa que começa no Limite Inferior de Inamabilidade (LII) e termina no Limite Superior de Inamabilidade (LSI). Mistura ideal. b) Não há fogo nesta região, porém, nessa faixa, há deciência do oxigênio. Está no Limite Superior de Inamabilidade (LSI) até 100% de concentração, ou seja, 100% de produto inamável. Possui faixa de concentração em que existe muito produto inamável e pouco oxigênio. Mistura rica. c) Não há fogo nesta região já que não há combustível suciente para a combustão. É limitada de zero até o Limite Inferior de Inamabilidade (LII). Faixa de concentração em que existe muito oxigênio e pouco produto inamável. Mistura pobre. RESERVADO 32 Alta Competência 3) As alternativas a seguir apresentam a relação entre combustão, classicação de área e atmosfera explosiva. Marque com um X a(s) alternativa(s) que elucidam essa relação de forma correta: ( X ) Auxilia no entendimento de que determinadas situações no dia-a-dia da plataorma precisam ser evitadas. Como exemplos dessas situações podemos citar atividade de solda e utilização de equipamentos elétricos comuns portáteis. ( ) Uma atmosfera potencialmente explosiva nem sempre caracteriza uma área classicada. ( X ) A utilização de equipamentos comuns portáteis em área classicada só é permitida a partir do monitoramento contínuo da concentração da mistura infamável do ambiente através do detector de gás. ( X ) Conceitos relacionados à combustão auxiliam para o entendimento da possibilidade ou não da instalação de determinados equipamentos elétricos em áreas classicadas. ( X ) É importante que as soldas em áreas classicadas sejam eitas mediante a monitoração contínua da concentração da mistura infamável do ambiente através do detector de gás. RESERVADO PREFÁCIO C a p í t u l o 2 Áreas classicadas Ao nal desse capítulo, o treinando poderá: • Denir área classicada, discriminando suas zonas; • Identicar as fontes de riscos denidas pela norma Petrobras N-2154 - Classicação de áreas para instalações elétricas em regiões de perfuração e produção. RESERVADO 34 Alta Competência RESERVADO 35 Capítulo 2 - Áreas classicadas 2. Áreas classicadas Aclassicação de áreas está baseada em eventos e situaçõesassociados às operações normais ou anormais, porém previstas,de uma instalação industrial. Áreas classicadas são áreas nas quais há a ocorrência ou a possibilidade de ocorrência de uma atmosfera potencialmente explosiva. 2.1. O conceito de “zona” As atmosferas potencialmente explosivas que resultam em áreas classicadas podem surgir a partir de operações de perfuração ou testes de produção em poços, e também em torno de equipamentos e instalações de produção onde gases e líquidos inamáveis são armazenados, processados ou manuseados. A classicação da variação das possibilidades das ocorrências de uma atmosfera explosiva é denominada “zona”. O quadro a seguir apresenta as “zonas” que classicam uma área potencialmente explosiva (área classicada). Zona 0 É a área onde continuamente está presente uma atmosfera potencialmente explosiva ou a mesma ocorre por longos períodos. Zona 1 É a área onde é provável a ocorrência de uma mistura potencialmente explosiva durante a operação normal de uma instalação/equipamento. Zona 2 É a área onde é pouco provável a ocorrência de uma mistura potencialmente explosiva durante a operação normal ou anormal esperada de uma instalação/equipamento (exemplos: vazamentos em válvulas e anges). Ainda que exista a ocorrência, será por curtos períodos. RESERVADO 36 Alta Competência Em uma instalação industrial, a classicação de áreas deve ser feita, preferencialmente, por equipe multidisciplinar, englobando prossionais de processo, utilidades, segurança, elétrica, operação e VAC (Ventilação e Ar Condicionado). A correta classicação de áreas por “zonas” é fundamental para que os equipamentos elétricos instalados nessas áreas não sejam fontes de ignição dessa atmosfera potencialmente explosiva. Zona 2 raio 3 m Fonte de risco de grau secundário Zona 1 raio 1.5 m Fonte de risco de grau primário Zona 2 Zona 0 Fonte de risco de grau contínuo Representaçãode “zonas” nos planos de classificação de áreas Zona 0 : Zona 1 : Zona 2 : Exemplo de classicação de áreas de um tanque com líquido inamável em áreas abertas e adequadamente ventiladas ATENÇÃO Toda instalação industrial, sempre que passar por qualquer modicação, deve ter sua classicação de área analisada e revisada, caso necessário. 2.2. Fonte de risco Para auxiliar na identicação das áreas classicadas por “zonas”, o conceito e a gradação da onte de risco são importantes e estão denidos na Norma Petrobras N-2154 (Classicação de áreas para instalações elétricas em regiões de perfuração e produção). De acordo com essa norma, fonte de risco é o ponto ou local no qual uma substância pode ser liberada para formar uma atmosfera inamável e/ou explosiva. RESERVADO 37 Capítulo 2 - Áreas classicadas A fonte de risco recebe uma classicação de acordo com o grau do risco envolvido, como é mostrado a seguir: Fonte de risco• - ponto ou local no qual uma substância pode ser liberada para formar uma atmosfera inamável e/ou explosiva; Fonte de risco de grau contínuo• - a liberação da substância ocorre continuamente por longos períodos ou freqüentemente por curtos períodos; Fonte de risco de grau primário• - a liberação da substância ocorre periodicamente ou ocasionalmente, em condições normais de operação, ou é causada por operações de reparo, manutenção freqüente, rompimento, falha no equipamento de processo, condições que sejam anormais, porém previstas, e onde aparecem, simultaneamente, mistura explosiva e fonte de ignição elétrica; Fonte de risco de grau secundário• - a liberação da substância ocorre em condições anormais de operação ou causadas por rompimento, falha no equipamento de processo que sejam anormais, porém previstas, ou infreqüentes, por curtos períodos. O quadro a seguir relaciona a gradação das fontes de riscos quanto à classicação de áreas por “zonas”. Fonte de risco Zona Grau contínuo Resulta em zona 0 Grau primário Resulta em zona 1 Grau secundário Resulta em zona 2 2.3. Eventos catastrócos Para a classicação de áreas, não se deve levar em consideração os eventos catastrócos geralmente associados a liberações de inventário de hidrocarbonetos. Pelos conceitos de classicação de áreas, a presença de uma atmosfera potencialmente explosiva poderá ser anormal, desde que esperada a ocorrência, o que não é o caso de grandes vazamentos de óleo e gás. RESERVADO 38 Alta Competência Exemplos de eventos catastrócos: Blow-out • ; Ruptura de vasos ou tubulações com hidrocarbonetos.• Esses eventos são vericados no escopo de uma avaliação mais profunda e são realizados à luz de estudos denominados Análise de Riscos. RESERVADO 39 Capítulo 2 - Áreas classicadas 1) Dena área classicada: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Correlacione a classicação das “zonas” às suas respectivas descrições: 1. Zona 0 2. Zona 1 3. Zona 2 ( ) Área onde é pouco provável a ocorrência de uma mistura potencialmente explosiva durante a operação normal ou anormal esperada. ( ) Área onde, continuamente, está presente uma atmosfera potencialmente explosiva ou a mesma ocorre por longos períodos. ( ) Área onde é provável a ocorrência de uma mistura potencialmente explosiva durante a operação normal de uma instalação/equipamento. 3) Indique a alternativa que apresenta o objetivo da gradação que envolve as fontes de riscos: ( ) Evitar acidentes. ( ) Auxiliar na identicação das áreas classicadas por “Zonas”. ( ) Classicar áreas. ( ) Instalar equipamentos elétricos. 2.4. Exercícios RESERVADO 40 Alta Competência 4) Relacione as fontes de riscos aos seus respectivos conceitos: 1. Fonte de risco ( ) A liberação da substância ocorre periodicamente ou ocasionalmente em condições normais de operação, ou é causada por operações de reparo, manutenção freqüente, rompimento, falha no equipamento de processo, condições que sejam anormais, porém previstas, e onde aparecem, simultaneamente, mistura explosiva e fonte de ignição elétrica. 2. Fonte de risco de grau contínuo ( ) A liberação da substância ocorre em condições anormais de operação ou causadas por rompimento, falha no equipamento de processo que sejam anormais, porém previstas, ou infreqüentes, por curtos períodos. 3. Fonte de risco de grau primário ( ) A liberação da substância ocorre continuamente por longos períodos ou freqüentemente por curtos períodos. 4. Fonte de risco de grau secundário ( ) Instalar equipamentos elétricos. RESERVADO 41 Capítulo 2 - Áreas classicadas Atmosera potencialmente explosiva - uma atmosfera é denida como potencialmente explosiva quando em seu estado normal ela não é perigosa, mas existe a possibilidade que em circunstância anormal ela se torne explosiva. Por exemplo, no caso de uma vazamento de gás ou na vaporização de um vazamento líquido. Blow-out - poço uindo totalmente sem controle, podendo criar sérias conseqüências, tais como danos aos equipamentos da sonda, acidentes pessoais, perda total ou parcial do reservatório, poluição e dano ao meio ambiente. Flange - elemento que permite a união de dois componentes de um sistema de tubulações. Inventário - quantidade de substância que existe dentro de um determinado recipiente ou tubulação. VAC - Ventilação e Ar Condicionado. 2.5. Glossário RESERVADO 42 Alta Competência JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de Petróleo: Atmoseras Explosivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2002. PETROBRAS. Classicação de áreas para instalações elétricas e regiões de peruração e produção. N-2154. Rio de Janeiro, 2000. SUZUKI, Helio Kanji; OLIVEIRA, Roberto Gomes. Instru-Ex - Instruções gerais para instalações em atmoseras explosivas. Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção. Rio de Janeiro: 2002. 2.6. Bibliografa RESERVADO 43 Capítulo 2 - Áreas classicadas 1) Dena área classicada: É a área na qual há a ocorrência ou a possibilidade de ocorrência de uma atmosera potencialmente explosiva. 2) Correlacione a classicação das “zonas” às suas respectivas descrições: 1. Zona 0 2. Zona 1 3. Zona 2 ( 3 ) Área onde é pouco provável a ocorrência de uma mistura potencialmente explosiva durante a operação normal ou anormal esperada. ( 1 ) Área onde, continuamente, está presente uma atmosfera potencialmente explosiva ou a mesma ocorre por longos períodos. ( 2 ) Área onde é provável a ocorrência de uma mistura potencialmente explosiva durante a operação normal de uma instalação/equipamento. 3) Indique a alternativa que apresenta o objetivo da gradação que envolve as fontes de riscos: ( ) Evitar acidentes. ( X ) Auxiliar na identicação das áreas classicadas por “Zonas”. ( ) Classicar áreas. ( ) Instalar equipamentos elétricos. 4) Relacione as fontes de riscos aos seus respectivos conceitos: 1. Fonte de risco ( 3 ) A liberação da substância ocorre periodicamente ou ocasionalmente em condições normais de operação, ou é causada por operações de reparo, manutenção freqüente, rompimento, falha no equipamento de processo, condições que sejam anormais, porém pre- vistas, e onde aparecem, simultaneamente, mistura explosiva e fonte de ignição elétrica. 2. Fonte de risco de grau contínuo ( 4 ) A liberação da substância ocorre em condições anor- mais de operação ou causadas por rompimento, falha no equipamento de processo que sejam anormais, po- rém previstas, ou infreqüentes, por curtos períodos. 3. Fonte de risco de grau primário ( 2 ) A liberação da substância ocorre continuamente por lon- gos períodos ou freqüentemente por curtos períodos. 4. Fonte de risco de grau secundário ( 1 ) Instalar equipamentos elétricos. 2.7. Gabarito RESERVADO RESERVADO PREFÁCIOPREFÁCIO C C a a p p í í t t u u l l o o 3 3 ClassicaçãoClassicação de áreasde áreas Ao nal desse capítulo, o treinando poderá:Aonal desse capítulo, o treinando poderá: • Identicar as normas aplicáveis à • Identicar as normas aplicáveis à classicação de áreas;classicação de áreas; • Distinguir os critérios de classicação do• Distinguir os critérios de classicação do International International Electrotechnical CommissionElectrotechnical Commission (IEC)(IEC) e de daa American PetroleumAmerican Petroleum InstituteInstitute (API).(API). RESERVADORESERVADO 4646 Alta CompetênciaAlta Competência RESERVADORESERVADO Capítulo 3. Classicação de áreasCapítulo 3. Classicação de áreas 4747 3. Classicação de áreas3. Classicação de áreas AApós a identicação da área classicada por “zonas”,pós a identicação da área classicada por “zonas”,identicamos a classicação de áreas seguindo identicamos a classicação de áreas seguindo as denições dasas denições dasnormas aplicáveis. A partir destas normas, há o normas aplicáveis. A partir destas normas, há o detalhamentodetalhamento da área classicada.da área classicada. No que se refere ao assunto sobre áreas classicadas, seguimos asNo que se refere ao assunto sobre áreas classicadas, seguimos as normas da Petrobras que, por sua vez, acompanham as normas danormas da Petrobras que, por sua vez, acompanham as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que, por conseguinte,por conseguinte, cumprem as normas dacumprem as normas da International Electrotechnical CommissionInternational Electrotechnical Commission (IEC).(IEC). No caso especíco do E&P, para as plataformas de produção, tambémNo caso especíco do E&P, para as plataformas de produção, também seguimos alguns critérios das normas daseguimos alguns critérios das normas da American Petroleum American Petroleum InstituteInstitute ((API), desde que sejam mais API), desde que sejam mais rigorosos que os apresentados nas normasrigorosos que os apresentados nas normas da IEC.da IEC. A seguirA seguir, apresentaremos as normas aplicáveis , apresentaremos as normas aplicáveis à classicação de áreas:à classicação de áreas: International ElectrotechnicInternational Electrotechnical Commission al Commission ( ( •• IECIEC ) ) Órgão internacional de normalização para o setor eletrotécnico,Órgão internacional de normalização para o setor eletrotécnico, responsável por normas internacionais, que tem como objetivosresponsável por normas internacionais, que tem como objetivos denir critérios universalmente aceitos.denir critérios universalmente aceitos. O quadro a seguir apresenta algumas das normas da IEC utilizadasO quadro a seguir apresenta algumas das normas da IEC utilizadas para classicação de áreas:para classicação de áreas: 60079-1060079-10 - - Classication of Classication of Hazardous AreasHazardous Areas.. 60079-1460079-14 - Electrical Installations in - Electrical Installations in Explosive Gas AtmospExplosive Gas Atmospheres (Other than Mines).heres (Other than Mines). 60079-1760079-17 -- Recommendation for Inspection and Maintenance of Electrical Installations in Recommendation for Inspection and Maintenance of Electrical Installations in Hazardous Areas (Other than Mines).Hazardous Areas (Other than Mines). 60092.50260092.502 - Electrical Installations in Ships - Tankers - Special Features.- Electrical Installations in Ships - Tankers - Special Features. 61892-761892-7 - Mobile and - Mobile and Fixed Offshore Units - Fixed Offshore Units - Electrical Installations - Hazardous Areas.Electrical Installations - Hazardous Areas. 60079-2060079-20 - Data for Flammable Gases and Vapours Relating to the Use of Electrical Apparatus.- Data for Flammable Gases and Vapours Relating to the Use of Electrical Apparatus. 6.0079-06.0079-0 - Electrical Apparatus for - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - General Requirements.Explosive Gas Atmospheres - General Requirements. RESERVADORESERVADO 48 Alta Competência 6.0079-1 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Flameproof enclosures “d”. 60079-2 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Pressurized Enclosures “p”. 60079-11 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Intrinsic Safety “i”. 6.0079-7 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Increased Safety "e". 6.0079-6 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Oil-Immersion “o". 6.0079-5 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Powder Filling “q". 6.0079-15 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Type of Protection "n". 6.0079-18 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Construction, Test and Marking of Type of Protection Encapsulation "m" Electrical Apparatus. Observação: Como estas são normas internacionais, ainda não há tradução para as mesmas. American Petroleum Institute• (API) Trata-se de uma norma nacional, com validade no território de um determinado país, neste caso os Estados Unidos. No Brasil, as normas de outros países são chamadas de normas estrangeiras, que é o caso das normas API. O quadro a seguir apresenta a norma da API utilizada para classicação de áreas: API RP 505 - Recommended Practice for Classication of Locations for Electrical Installations at Petroleum Facilities Classied as Class I, Zone 0, Zone 1 and Zone 2. Observação: Como esta é uma norma internacional, ainda não há tradução para a mesma. A seguir, serão apresentados os critérios das normas IEC e API que resultam no detalhamento da classicação de áreas. RESERVADO Capítulo 3. Classicação de áreas 49 3.1. Critérios da International Electrotechnical Commission (IEC) Os critérios da IEC estão relacionados: Ao tipo de indústria;• Ao tipo de substância inamável;• À temperatura de ignição das substâncias inamáveis.• 3.1.1. Tipo de indústria A IEC classica em dois grupos os ambientes nos quais pode ocorrer a presença de produtos inamáveis. São eles: Grupo I Indústrias de mineração subterrânea. Grupo II Indústrias de superfície. 3.1.2. Tipo de substância A Petrobras é uma indústria de superfície Grupo II. Para esse grupo, a IEC apresenta critérios associados a uma gradação da periculosidade das substâncias inamáveis. Essa gradação é subdividida em grupos de substâncias (gases ou vapores) com propriedades físicas semelhantes, durante a ocorrência de uma explosão. RESERVADO 50 Alta Competência Essa subdivisão é apresentada no quadro a seguir: Nível de periculosidade Grupos Substâncias + - Grupo IIA Metano, butano, propano, gás natural, álcool, benzeno, gasolina. Grupo IIB Etileno, éter etílico, ciclopropano, sulfeto de hidrogênio. Grupo IIC Hidrogênio e acetileno. 3.1.3. Temperatura de ignição das substâncias infamáveis Outro critério de muita importância na classicação de áreas é a classe de temperatura, que dene a temperatura máxima que um equipamento elétrico pode atingir por qualquer parte ou superfície. A partir dessa classe, é possível identicar as possibilidades de ignição de uma atmosfera potencialmente explosiva nas proximidades do equipamento que será instalado em área classicada. Os mesmos deverão possuir uma marcação de temperatura para orientar sua aplicação. Essa marcação está ilustrada na tabela a seguir: CLASSE DE TEMPERATURA ABNT / IEC T1 T2 T3 T4 T5 T6 85 100 135 200 300 450 TEMPERATURA MÁXIMA DE SUPERFÍCIE (ºc) Classe de temperatura RESERVADO Capítulo 3. Classicação de áreas 51 Um equipamento de uma determinada classe de temperatura pode ser usado na presença de qualquer gás que tenha a temperatura de ignição maior que a temperatura da categoria do equipamento, desde que atenda ao critério do Grupo de Gás. Na maior parte de nossas instalações de produção do E&P, a classe de temperatura exigida é a T3 devido a algumas frações da produção possuírem temperatura de ignição superior a 200oC. Esses equipamentos da classe de temperatura T3 podem ser instalados em qualquer atmosfera cujo gás/vapor tenha temperatura de ignição maior que200oC. Para essa atmosfera também podem ser utilizados equipamentos de classe de temperatura T4, T5 e T6. VOCÊ SABIA?? 3.2. Critérios da American Petroleum Institute (API) Atualmente, no Brasil, devemos seguir a normalização internacional IEC. Entretanto, a maior parte das instalações na Petrobras possui equipamentos elétricos especicados de acordo com as normas do API, sendo, portanto, importante identicar essa classicação. O quadro a seguir apresenta classicação americana que divide os ambientes em classes: Classe I Gases e vapores inamáveis. Classe II Poeiras combustíveis. Classe III Fibras combustíveis. Da mesma forma que a IEC, existe a subdivisão de acordo com a semelhança das propriedades das substâncias: Classe I• - subdividida em Grupo A, Grupo B, Grupo C e Grupo D; Classe II• - subdividida em Grupo E, Grupo F e Grupo G; Classe III• - não apresenta subdivisões. RESERVADO 52 Alta Competência Nesta classicação, o que se aplica às nossas instalações do E&P é a Classe I e, por isso, serão mostradas algumas substâncias de acordo com a classicação: Grupo A Acetileno. Grupo B Hidrogênio, butadieno, óxido de etileno. Grupo C Etileno, éter etílico, ciclopropano, sulfeto de hidrogênio. Grupo D Metano, butano, propano, gás natural, álcool, benzeno, gasolina. A tabela a seguir mostra as principais diferenças entre as normas. Observe que a classicação API é inversa à classicação IEC. Na classicação API, a periculosidade da substância é decrescente, ou seja, a mais perigosa é a do Grupo A, já no caso da IEC, a mais perigosa é do Grupo IIC. IEC x API Substância IEC / ABNT API Acetileno Grupo IIC Classe I – Grupo A Hidrogênio Grupo IIC Classe I – Grupo B Etileno Grupo IIB Classe I – Grupo C Propano Grupo IIA Classe I – Grupo D RESERVADO Capítulo 3. Classicação de áreas 53 1) Indique a(s) alternativa(s) que apresenta(m) a(s) norma(s) aplicada(s) à classicação de áreas no sistema Petrobras: ( ) Normas Petrobras. ( ) Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). ( ) Normas do Ministério do Meio Ambiente. ( ) Normas internacionais da International Electrotechnical Com- mission (IEC). ( ) Normas internacionais do American Petroleum Institute (API). 2) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as armativas referentes à classicação de áreas segundo os critérios IEC e API: ( ) Os ambientes nos quais pode ocorrer a presença de produ- tos inamáveis são classicados em grupos pela IEC. ( ) No Brasil, é válida a classicação API. A classicação IEC é válida somente para instalações mais antigas da Petrobras. ( ) A classicação das áreas somente em “zonas” é suciente para a correta instalação de um equipamento elétrico. ( ) A classe de temperatura deve ser considerada na classicação de áreas. ( ) Todo equipamento elétrico instalado em área classicada deve possuir uma marcação de classe de temperatura. 3.3. Exercícios RESERVADO 54 Alta Competência ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. API - American Petroleum Institute - Instituto Americano do Petróleo. Atmosera potencialmente explosiva - uma atmosfera é denida como potencialmente explosiva quando em seu estado normal ela não é perigosa, mas existe a possibilidade que em circunstância anormal ela se torne explosiva. Por exemplo, no caso de uma vazamento de gás ou na vaporização de um vazamento líquido. IEC - International Electrotechnical Commission - Comissão Internacional Eletrotécnica. 3.4. Glossário RESERVADO Capítulo 3. Classicação de áreas 55 JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de Petróleo: Atmoseras Explosivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2002. SUZUKI, Helio Kanji; OLIVEIRA, Roberto Gomes. Instru-Ex - Instruções gerais para instalações em atmoseras explosivas. Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção: 2002. 3.5. Bibliografa RESERVADO 56 Alta Competência 1) Indique a(s) alternativa(s) que apresenta(m) a(s) norma(s) aplicada(s) à classicação de áreas no sistema Petrobras: ( X ) Normas Petrobras. ( X ) Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). ( ) Normas do Ministério do Meio Ambiente. ( X ) Normas internacionais da International Electrotechnical Commission (IEC). ( X ) Normas internacionais da American Petroleum Institute (API). 2) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as armativas referentes à classicação de áreas segundo os critérios IEC e API: ( V ) Os ambientes nos quais pode ocorrer a presença de produtos inamáveis são classicados em grupos pela IEC. ( F ) No Brasil, é válida a classicação API. A classicação IEC é válida somente para instalações mais antigas da Petrobras. Justicativa: atualmente, no Brasil, os critérios adotados são da IEC. ( F ) A classicação das áreas somente em “zonas” é suciente para a correta instalação de um equipamento elétrico. Justicativa: além da classicação de áreas por “zonas”, os critérios das normas aplicáveis contribuem para a instalação de equipamentos elétricos adequados em áreas classicadas. ( V ) A classe de temperatura deve ser considerada na classicação de áreas. ( V ) Todo equipamento elétrico instalado em área classicada deve possuir uma marcação de classe de temperatura. 3.6. Gabarito RESERVADO PREFÁCIO C a p í t u l o 4 Equipamentos elétricos em áreas classicadas Ao nal desse capítulo, o treinando poderá: • Reconhecer a adequação necessária para a instalação de equipamentos elétricos em áreas classicadas; • Reconhecer a importância do certicado de conformidade dos equipamentos; • Identicar os tipos de equipamentos elétricos adequados a cada área classicada, interpretando a simbologia utilizada nos equipamentos. RESERVADO 58 Alta Competência RESERVADO Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classicadas 59 4. Equipamentos elétricos em áreas classicadas E m áreas classicadas, o cuidado com instalação de equipamentos elétricos é essencial. Essas instalações devem ser feitas a partir de uma regra básica: Só instalar equipamentos elétricos ou outros equipamentos que possam gerar fonte de ignição que sejam estritamente essenciais para a operação da unidade. Os equipamentos elétricos permitidos em áreas classicadas têm como obrigatoriedade o certicado de conformidade, solicitado por Portaria do INMETRO. Esse certicado é importante, pois atesta que o equipamento elétrico poderá ser instalado em áreas classicadas. A certicação de conformidade está associada ao atendimento dos requisitos que são utilizados na construção dos equipamentos, presentes em normas aplicáveis, também chamados de requisitos construtivos. Esses requisitos determinam os tipos de proteção adequados ao equipamento. É comum que a classicação por grau de proteção seja confundida como a classicação dos tipos de proteção devido à semelhança dos termos e sua aplicação. Apesar de não ser especíco para equipamentos elétricos de uso em áreas classicadas, o conceito de grau de proteção deve ser conhecido para que essa confusão não comprometa a segurança das pessoas e da instalação. ATENÇÃO Nunca deverão ser utilizados em áreas classicadas equipamentos elétricos que não possuam certicado de conformidade. RESERVADO 60 Alta Competência 4.1. Tipos de proteção Os equipamentos elétricos comuns são considerados como possíveis fontes de ignição em uma atmosfera potencialmente explosiva e, por isso, necessitam de requisitos técnicos especícos para isolar e até mesmo eliminar suas fontes de ignição, que é um dos três elementos que compõem o triângulo de fogo. Os tipos de proteção dos equipamentos estão associados à classicação de áreas por “zonas”: Zona 0: é a área onde continuamente está presente uma atmosfera potencialmente explosiva ou a mesma ocorre por longos períodos. Zona 1: é a área onde é provável a ocorrência de uma mistura potencialmente explosiva durante a operação normal de uma instalação/equipamento. Zona 2: é a área ondeé pouco provável a ocorrência de uma mistura potencialmente explosiva durante a operação normal ou anormal esperada (exemplos: vazamentos em válvulas e flanges) de uma instalação/equipamento. Ainda que ocorra, será por curtos períodos. Cada equipamento tem o requisito técnico designado por uma simbologia especíca. A simbologia a ser utilizada para a designação do tipo de proteção deve ser composta da sigla Ex (explosão), seguida de uma letra. A seguir, serão apresentados os tipos de proteção, suas simbologias e características. 4.1.1. À prova de explosão (Ex d) Este tipo de equipamento é capaz de suportar uma explosão interna, sem permitir que essa explosão se propague para o meio externo. Tem como método de proteção o connamento da explosão dentro de um invólucro robusto. RESERVADO Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classicadas 61 São adequados para utilização em áreas classicadas como “zona 1” e “zona 2”. Esquema de um equipamento Ex d Estes invólucros podem ser de tampas angeadas ou roscadas, conforme imagens a seguir. Tampa angeada Tampa roscada 4.1.2. Pressurizado (Ex p) São invólucros cuja pressão interna é maior que a pressão atmosférica, ou seja, pressão positiva, que utiliza a segregação de faíscas como método de proteção. Dessa forma, isola-se sicamente a atmosfera potencialmente explosiva das possíveis fontes de ignição de um equipamento/componente elétrico. RESERVADO 62 Alta Competência Geralmente são pressurizadas com ar seco ou gás inerte e, em caso de despressurização do invólucro, o equipamento é desenergizado. São adequados para utilização em áreas classicadas como “zona 1” e “zona 2”. Esquema de um equipamento Ex p 4.1.3. Imerso em óleo (Ex o) / Imerso em areia (Ex q) / Imerso em resina (Ex m) Estes invólucros, da mesma forma que os invólucros pressurizados, utilizam a segregação de faíscas como método de proteção. Neste caso, as partes que podem causar centelhas ou alta temperatura situam-se em um meio isolante que pode ser óleo, areia ou resina. São adequados para a utilização em áreas classicadas como “zona 1” e “zona 2”. Atmo sfera po tencialmente explosiva Meio isolant e Invólucros Esquema de um equipamento Ex o, Ex q e Ex m RESERVADO Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classicadas 63 4.1.4. Segurança aumentada (Ex e) Usam como medida de proteção a prevenção, na qual se controla a fonte de ignição de forma a não possuir energia elétrica e térmica sucientes para detonar a atmosfera potencialmente explosiva. São equipamentos elétricos nos quais são aplicadas medidas construtivas adicionais que, em condições normais de operação, não produzem arcos, centelhas ou altas temperaturas. É uma alternativa à utilização de equipamentos elétricos do tipo à prova de explosão devido à instalação e manutenção mais simples, não necessitando de ocinas qualicadas de serviços especializados e credenciadas pelos fabricantes. São adequados para a utilização em áreas classicadas como “zona 1” e “zona 2”. 4.1.5. Segurança intrínseca (Ex i) São equipamentos elétricos com dispositivo ou circuito que, em condições normais ou anormais (curto-circuito) de operação, não possuem energia suciente para inamar a atmosfera explosiva. São divididos em dois tipos: Ex ia e Ex ib. A categoria Ex ia pode ser utilizada em zona 0, pois é fabricada de modo que o equipamento possa sofrer até dois defeitos consecutivos e simultâneos, sem a ignição da atmosfera explosiva. Os equipamentos de categoria Ex ib, por sua vez, podem ser utilizados em “zona 1” e “zona 2” e, caso haja um único defeito no circuito, não provoca a ignição da atmosfera explosiva. RESERVADO 64 Alta Competência Área não-classificada (Alta energia manipulada/armazenada) Área classificada (Baixa energia) Fonte de energia Barreira limitadora de energia Curto-circuito aqui Não provoca ignição Equipamento Ex i Esquema do método de proteção de um equipamento Ex i 4.1.6. Não acendível (Ex n) São equipamentos de energia limitada e, em condições normais de operação, não são capazes de provocar a ignição de uma atmosfera explosiva. Este tipo de equipamento só é permitido para a utilização em áreas classicadas como “zona 2”. 4.1.7. Especial (Ex s) Esta simbologia é utilizada para equipamentos ainda não previstos em normas. Dependendo do tipo, pode ser utilizado em áreas classicadas como “zona 0”, “zona 1” e “zona 2”. 4.2. Grau de proteção O grau de proteção refere-se à proteção gradativa que o invólucro dá ao equipamento, levando em consideração a penetração de objetos sólidos, inclusive mãos e dedos, e a penetração de líquidos. RESERVADO Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classicadas 65 A simbologia a ser utilizada para a designação do grau de proteção de invólucros deve ser composta da sigla IP (proteção de invólucro), seguida de dois dígitos característicos do grau especicado, ou seja, IP-XY. O primeiro dígito (X) refere-se à proteção contra penetração de objetos sólidos. Já o segundo dígito (Y), refere-se à proteção contra a penetração de água. Exemplo: Um equipamento com proteção IP-54 signica que é protegido contra poeira e contato, como também contra penetração de água projetada de qualquer direção. A seguir será ilustrado este conceito. ALTA TENSÃO ALTA TENSÃO ALTA TENSÃO ALTA TENSÃO ALTA TENSÃO ALTA TENSÃO Não protegido. Protegido contra contato acidental do corpo (exemplo: mão) e contra corpos com diâmetro > 50 mm. Protegido contra contato por um dedo padrão e corpos médios diâmetro >12 mm; comprimento > 50 mm. Protegido contra contato por ferramentas, fios etc. Diâmetro > 2,5 mm e corpos pequenos. Protegido contra contato por ferramentas, fios etc. Diâmetro > 1,0 mm e corpos pequenos. Completamente protegido contra contato; à prova de pó; não estanque a pó. Completamente protegido contra contato; estanque a pó; não há ingresso de pó. Proteção de pessoas contra contato a partes vivas e móveis no interior do invólucro e proteção contra o ingresso de corpos sólidos Primeiro Dígito RESERVADO 66 Alta Competência Segundo Dígito Proteção contra o ingresso de água Não protegido. Protegido contra queda vertical de água (água de condensação).1 2 3 4 5 6 7 8 Protegido contra água com inclinação de até 15º em relação à vertical (à prova de pingos). Protegido contra água de chuva com inclinação de até 60º à prova de chuva. Protegido contra respingo em todas as direções à prova de respingo. Protegido contra jato d’água. Água projetada em todas as direções não prejudicam o equipamento. Protegido contra condições encontradas em decks de navios, ondas do mar ou jatos potentes. Protegido contra imersão. O equipamento opera imerso em água sob condições de tempo e pressão. Protegido contra submersão. O equipamento é projetado para operar continuamente submerso. 0 4.3. Certicado de conormidade dos equipamentos Para que um equipamento elétrico possa ser instalado em área classicada, é necessário que seja atestado que o produto foi fabricado segundo requisitos construtivos determinados em normas ou especicações técnicas aplicáveis. Essa garantia é obtida a partir da emissão do certicado de conormidade. A manutenção mal executada de um equipamento elétrico compromete a validade da certicação de conformidade. VOCÊ SABIA?? No Brasil, este certicado é emitido por um Organismo de Certicação de Produto (OCP), sendo este uma entidade pública, privada ou mista, de terceira parte e acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). RESERVADO Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classicadas 67 A Portaria n.º 83/2006, do INMETRO, mantém a obrigatoriedade da certicação para todos os equipamentos elétricos, eletrônicos, associados, acessórios e componentes que serão utilizados em atmosferas potencialmente explosivas. ATENÇÃO Freqüentemente o INMETRO divulga, através de seu site na Internet, atualizações para as portarias existentes. Fiqueatento e procure manter-se sempre informado sobre todas as atualizações. http://www.inmetro.gov.br/ Todos os equipamentos certicados devem possuir identicação mínima exigida por portarias. O Instru-Ex (Instruções gerais para instalações em atmosferas explosivas), apresenta o modelo com os principais itens de marcação de equipamentos Ex de origem brasileira, conforme ilustração a seguir: RESERVADO 68 Alta Competência Br Ex ia IIC T6 In dica o g rup o p ara o q ua l o equipamento fo i const ru ído Tipo d e prot eção “ d ” “ p” “ m” “ o ” “ q ” “ e” “ i a ” “ i b ” “ n” " s" – À prova de explosão – Pressurizado – Encapsulado – Imerso em óleo – Imerso em a reia – Segurança aumen ta da – Segurança intrínseca, categ oria “ a” – Segurança intrínseca, categ oria “ b” – Nã o acend ível – Especial Certificação In d ica q u e a Ce rt if ica çã o é Brasileira Proteção In d ica q u e o e q u ip a m en t o p o ssu i a lg u m t ip o d e p ro t eçã o p a ra a tmosfera potencia lmente explosiva Indica o t ipo de proteção que o eq uipamento possui : Grupo GRUPO IIC GRUPO IIB GRUPO IIA Temperatura In d ica a cla s se d e t e m p era t u r a de superf ície do inst rumento T1 (450º), T2 (300º), T3 (200º), T4 (135º), T5 (100º), T6 (85º) ATENÇÃO Equipamentos Ex certicados para uso em “zona 1”, como, por exemplo, os do tipo à prova de explosão (Ex d), podem ser utilizados em “zona 2”. Porém, o contrário não é válido, ou seja, equipamentos certicados para “zona 2”, como os do tipo não acendível (Ex n), não podem ser utilizados em “zona 1”, pois são de concepção mais simples (requisitos construtivos menos rigorosos que os adotados para “zona 1”). RESERVADO Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classicadas 69 1) Sobre a adequada instalação de equipamentos elétricos em áreas classicadas, marque V (verdadeiro) ou F (falso): ( ) A Portaria do INMETRO n.º 83/2006 obriga que os equipa- mentos elétricos permitidos em áreas classicadas tenham o certicado de conformidade. ( ) Só devem ser instalados equipamentos elétricos ou outros equipamentos que possam gerar fonte de ignição quando forem estritamente essenciais para a operação da unidade. ( ) O certicado de conformidade do INMETRO atesta que o equipamento elétrico poderá ser instalado em áreas classicadas. ( ) Não é permitido, sob nenhuma hipótese, a instalação de equipamentos elétricos em áreas classicadas. ( ) O atendimento dos requisitos construtivos não determina os tipos de proteção adequados ao equipamento, porém, estão associados à certicação de conformidade. 2) Sobre o certicado de conformidade é correto armar: ( ) Obrigatório para que um equipamento elétrico possa ser instalado em área classicada. ( ) Atesta que o produto foi fabricado segundo requisitos construtivos determinados em normas ou especicações técnicas aplicáveis. ( ) É exigido pelas normas internas Petrobras. ( ) No Brasil, é emitido por um OCP (Organismo de Certicação de Produto). ( ) Torna desnecessária a manutenção dos equipamentos. 4.4. Exercícios RESERVADO 70 Alta Competência 3) Todos os equipamentos certicados devem possuir identicação mínima exigida por normas. Complemente a descrição dos principais itens de marcação de equi- pamentos no modelo de identicação reproduzido a seguir: Br Ex d IIA T4 RESERVADO Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classicadas 71 Atmosera potencialmente explosiva - uma atmosfera é denida como potencialmente explosiva quando em seu estado normal ela não é perigosa, mas existe a possibilidade que em circunstância anormal ela se torne explosiva. Por exemplo, no caso de uma vazamento de gás ou na vaporização de um vazamento líquido. Ex - simbologia utilizada para identicar equipamento elétrico destinado a ser instalado em atmosfera potencialmente explosiva. Flange - elemento que permite a união de dois componentes de um sistema de tubulações. INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Instru-Ex - Instruções gerais para instalações em atmosferas explosivas. OCP - Organismo de Certicação de Produto. 4.5. Glossário RESERVADO 72 Alta Competência JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de Petróleo: Atmoseras Explosivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2002. SUZUKI, Helio Kanji; OLIVEIRA, Roberto Gomes. Instru-Ex - Instruções gerais para instalações em atmoseras explosivas. Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção. Rio de Janeiro: 2002. 4.6. Bibliografa RESERVADO Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classicadas 73 1) Sobre a adequada instalação de equipamentos elétricos em áreas classicadas, marque V (verdadeiro) ou F (falso): ( V ) A Portaria do INMETRO n.º 83/2006 obriga que os equipamentos elétricos permitidos em áreas classicadas tenham o certicado de conformidade. ( V ) Só devem ser instalados equipamentos elétricos ou outros equipamentos que possam gerar fonte de ignição quando forem estritamente essenciais para a operação da unidade. ( V ) O certicado de conformidade do INMETRO atesta que o equipamento elétrico poderá ser instalado em áreas classicadas. ( F ) Não é permitido, sob nenhuma hipótese, a instalação de equipamentos elétricos em áreas classicadas. Justicativa: é permitido instalar equipamentos elétricos adequados para a área classicada. ( F ) O atendimento dos requisitos construtivos não determina os tipos de proteção adequados ao equipamento, porém, estão associados à certicação de conformidade. Justicativa: a certicação de conormidade está associada ao atendimento dos requisitos que são utilizados na construção dos equipamentos, presentes em normas aplicáveis, também chamados de requisitos construtivos. Esses requisitos determinam os tipos de proteção adequados ao equipamento. 2) Sobre o certicado de conformidade é correto armar: ( X ) Obrigatório para que um equipamento elétrico possa ser instalado em área classicada. ( X ) Atesta que o produto oi abricado segundo requisitos construtivos determinados em normas ou especicações técnicas aplicáveis. ( X ) É exigido pelas normas internas Petrobras. ( X ) No Brasil, é emitido por um OCP (Organismo de Certicação de Produto). ( ) Torna desnecessária a manutenção dos equipamentos. 4.7. Gabarito RESERVADO 74 Alta Competência 3) Todos os equipamentos certicados devem possuir identicação mínima exigida por normas. Complemente a descrição dos principais itens de marcação de equipamentos no modelo de identicação reproduzido a seguir: Certificação brasileira Classe de temperatura T4 (135º) Adequado para o Grupo IIAEquipamento Ex com tipo de proteção à prova de explosão Br Ex d IIA T4 À prova de explosão RESERVADO PREFÁCIO C a p í t u l o 5 Infuência da ventilação em áreas classicadas Ao nal desse capítulo, o treinando poderá: • Identicar a importância dos critérios de ventilação adotados na classicação de áreas. RESERVADO 76 Alta Competência RESERVADO Capítulo 5. Infuência da ventilação em áreas classicadas 77 5. Infuência da ventilação em áreas classicadas Aventilação inuencia de forma considerável a classicaçãode áreas. Áreas com pouca ventilação tendem a possuir umcritério mais rigoroso de classicação. Portanto, os critérios de ventilação adotados nos projetos deverão ser atendidos durante a vida útil da instalação, pois toda instalação elétrica nesses locais estará adequada a esses critérios. As denições a seguir foram retiradas da Norma Petrobras N-2784 - Conabilidade e análise de risco, e servem para ilustrar alguns conceitos utilizados. Ambiente com ventilação natural Ambiente que não possui nenhum obstáculo ao movimento do ar. Ambiente com ventilação articial Ambiente (sala, prédio ou invólucro) que possui sistema articial de insuamento de ar, de modo a evitar a formação de mistura explosiva. Área connada Entende-se o espaço tridimensional (sala, prédio), fechado por mais do que 2/3 da áreasupercial projetada no plano e de tamanho suciente para permitir a entrada de pessoas. Para um prédio típico, isto requer a existência de mais do que 2/3 de paredes, teto e/ou piso. Os ambientes fechados (áreas connadas), que são considerados como áreas classicadas para a instalação de equipamentos elétricos, devem ser ventilados adequadamente, pois a falta desta ventilação altera a classicação de área, podendo levar à ocorrência de uma explosão. Exemplo: O hood (invólucro) de turbogeradores possui uma taxa de ventilação excessiva, justamente por causa da área classicada, e em caso de perda desta ventilação o gerador é desligado. RESERVADO 78 Alta Competência As áreas classicadas connadas que possuem ventilação mecânica e promovem pressão menor que a pressão atmosférica (chamada de pressão negativa) em relação à área classicada de menor risco, devem ser mantidas desta forma, pois a falta deste diferencial de pressão poderá contaminar o ambiente adjacente, podendo também levar à ocorrência de explosão. Geralmente, é o caso da sala de baterias (área classicada) com os ambientes adjacentes (áreas não classicadas). As salas de baterias são projetadas com redundância no sistema de ventilação e, na falha de um deles, o outro é acionado automaticamente. Além disso, caso a concentração de hidrogênio na sala ultrapasse determinada concentração, o sensor de gás dispara automaticamente o ventilador reserva, além de alarmar. Fica claro, assim, que uma boa dispersão do ar interno nesse ambiente faz com que a concentração que abaixo do Limite Inferior de Inamabilidade (LII), ou seja, uma mistura pobre, que não pega fogo. Os ambientes não são considerados áreas classicadas e que, por necessidade, precisam estar dentro ou adjacente a áreas classicadas, são projetados com uma ventilação que causa uma pressão positiva em relação a essas áreas classicadas. Exemplo: Presença de salas de controle de módulos de compressão em plataformas de produção ou até mesmo contêiner de controle de mergulho, onde a falha desta ventilação deve desenergizar todos os equipamentos internos que não são adequados a áreas classicadas. Veja a seguir uma ilustração que demonstra essa situação: M > p Área não classificada Zona 2 Pressão positiva Porta com dispositivo automático de retorno Ventilador Alarme visual e sonoro RESERVADO Capítulo 5. Infuência da ventilação em áreas classicadas 79 Mas, se um dos exemplos precisar ser instalado dentro de uma área classicada como zona 1, é necessário utilizar outro recurso além da pressurização positiva: antecâmara (air-lock ). A ilustração a seguir exemplica esta situação. M > p Área não classificada > p Zona 2 Zona 1 Antecâmara Alguns locais abertos, como no caso do convés principal de plataformas do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Ofoading), são considerados áreas classicadas com um critério mais rigoroso, mesmo estando ao ar livre e com ventilação natural. Nesse caso, o connamento do local gerado pelas estruturas e módulos é tamanho, que impede a boa circulação de ar. RESERVADO 80 Alta Competência 1) Considerando que a ventilação interfere de forma considerável na classicação de áreas, responda às questões a seguir: a) Por que os ambientes fechados que são áreas classicadas devem ser ventilados adequadamente? __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ b) Por que devem ser atendidos os critérios de ventilação? __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ 2) Correlacione os tipos de ambientes listados a seguir quanto à ventilação, com suas respectivas descrições: a) Ambiente com ventilação natural; b) Ambiente com ventilação articial; c) Área connada. ( ) Espaço tridimensional, fechado por mais de 2/3 da área su- percial projetada no plano e de tamanho suciente para permitir a entrada de pessoas. ( ) Ambiente que não possui nenhum obstáculo ao movimento do ar. ( ) Ambiente que possui sistema articial de insuamento de ar de modo a evitar a formação de mistura explosiva. 5.1. Exercícios RESERVADO Capítulo 5. Infuência da ventilação em áreas classicadas 81 Contêiner - grande caixa, de tamanho e características padronizados, para acondicionamento de carga, a m de facilitar o seu embarque, desembarque etc. FPSO - Floating, Production, Storage and Ofoading. Sistema Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência. Hood - invólucro. LII - Limite Inferior de Inamabilidade. Concentração mínima na qual a mistura se torna inamável. Também é chamado de Limite Inferior de Explosividade (LIE). Turbogerador - gerador elétrico acionado por uma turbina a gás ou a diesel. 5.2. Glossário RESERVADO 82 Alta Competência FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da língua portuguesa. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. IEC 60092-502. Electrical Installations in Ships - Tankers - Special Features. JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de Petróleo: Atmoseras Explosivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2002. PETROBRAS. Conabilidade e Análise e Riscos, N-2784. 2005. SUZUKI, Helio Kanji; OLIVEIRA, Roberto Gomes. Instru-EX - Instruções gerais para instalações em atmoseras explosivas. Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção. Rio de Janeiro: 2002. 5.3. Bibliografa RESERVADO Capítulo 5. Infuência da ventilação em áreas classicadas 83 1) Considerando que a ventilação interfere de forma considerável na classicação de áreas, responda às questões a seguir: a) Por que os ambientes fechados que são áreas classicadas devem ser ventilados adequadamente? Os ambientes echados (áreas connadas), que são considerados como áreas classicadas para a instalação de equipamentos elétricos, devem ser ventilados adequadamente, pois a alta desta ventilação altera a classicação de área podendo levar à ocorrência de uma explosão. b) Por que devem ser atendidos os critérios de ventilação? Os critérios de ventilação adotados nos projetos deverão ser atendidos durante a vida útil da instalação, pois toda a instalação elétrica nestes locais estará adequada a esses critérios. 2. Correlacione os tipos de ambientes listados a seguir quanto à ventilação, com suas respectivas descrições: a) Ambiente com ventilação natural; b) Ambiente com ventilação articial; c) Área connada. ( c ) Espaço tridimensional, fechado por mais de 2/3 da área supercial projetada no plano e de tamanho suciente para permitir a entrada de pessoas. ( a ) Ambiente que não possui nenhum obstáculo ao movimento do ar. ( b ) Ambiente que possui sistema articial de insuamento de ar de modo a evitar a formação de mistura explosiva. 5.4. Gabarito RESERVADO RESERVADO PREFÁCIO C a p í t u l o 6 Plano de classicação de áreas Ao nal desse capítulo, o treinando poderá: • Conceituar o plano de classicação de áreas, identicando seu objetivo; • Identicar os documentos que compõem o plano de classicação de áreas. RESERVADO 86 Alta Competência RESERVADO Capítulo 6. Plano de classicação de áreas 87 6. Plano de classicação de áreas Oplano de classicação de áreas é utilizado para o conhecimentodetalhado da área classicada de uma unidade industrial. Suanecessidade é embasada pela norma Petrobras N-2706 (Plano de classicação de áreas) que o dene da seguinte forma: Conjunto de documentos que fornecem as informações sobre as áreas classificadas da unidade industrial. Compõe-se das plantas de classificação de áreas, das listas de dados de substâncias inflamáveis, das listas de dados das fontes de risco e, no caso de recintos
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