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O gás natural no Brasil A utilização do gás natural no Brasil começou bem tardia e de forma modesta por volta de 1940, com as descobertas de óleo e gás na Bahia, atendendo a indústrias localizadas no Recôncavo Baiano. Após alguns anos, as bacias do Recôncavo, Sergipe e Alagoas destinavam-se quase em sua totalidade, para a fabricação de insumos industriais e combustíveis para a Refinaria Landulpho Alves – RELAM e o Polo Petroquímico de Camaçari. Com a descoberta da Bacia de Campos, as reservas praticamente quadruplicaram no período 1980-95. O desenvolvimento da bacia proporcionou um aumento no uso da matéria-prima, elevando em 2,7% sua participação na matriz energética nacional. Com a entrada em operação do Gasoduto Brasil-Bolívia em 1999, com capacidade para transportar 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia (equivalente à metade do atual consumo brasileiro), houve um aumento expressivo na oferta nacional de gás natural. Esse aumento foi ainda mais acelerado depois do apagão elétrico vivido pelo Brasil em 2000-2001, quando o governo optou por reduzir a participação das hidrelétricas na matriz energética brasileira e aumentar a participação das termoelétricas movidas a gás natural. Nos primeiros anos de operação do gasoduto, a elevada oferta do produto e os baixos preços praticados favoreceram, uma explosão no consumo, tendo o gás superado a faixa de 10% de participação na matriz energética nacional. Nos últimos anos, com as descobertas nas bacias de Santos e do Espírito Santo, as reservas brasileiras de gás natural tiveram um aumento significativo. Existe a perspectiva de que as novas reservas sejam ainda maiores e, somadas a região "pré-sal", tenha reservas ainda maiores. Apesar disso, o baixo preço do produto e a dependência do gás importado são apontados como inibidores de novos investimentos. A insegurança provocada pelo rápido crescimento da demanda e pelas interrupções intermitentes no fornecimento boliviano após o processo do gás na Bolívia, levaram a Petrobras a investir mais na produção nacional e na construção de infraestrutura de portos para a importação de Gás Natural liquefeito - GNL. Principalmente depois dos cortes ocorridos durante uma das crises resultantes da longa disputa entre o Governo Evo Morales e os dirigentes da província de Santa Cruz obrigarem a Petrobras reduzir o fornecimento do produto para as distribuidoras de gás do Rio de Janeiro e São Paulo no mês de outubro de 2007. Assim, apesar do preço relativamente menor do metro cúbico de gás importado da Bolívia, a necessidade de diminuir a insegurança energética do Brasil levou a Petrobras a file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br decidir por uma alternativa mais cara, porém mais segura: a construção de terminais de importação de GNL no Rio de Janeiro e em Pecém, no Ceará. Ambos os terminais já começaram a funcionar e permitem, ao Brasil importar de qualquer país praticamente o mesmo volume de gás que hoje o país importa da Bolívia. Para ampliar ainda mais a segurança energética do Brasil, a Petrobras pretende, simultaneamente, ampliar a capacidade de importação de gás construindo novos terminais de GNL no sul e sudeste do país até 2012, e ampliar a produção nacional de gás natural nas reservas de Santos. Como se decide que se deve investir em gás natural? Essa decisão é tomada da mesma forma que para a maioria dos combustíveis fósseis? Ao contrário do que ocorre com a maioria dos combustíveis fósseis, facilmente armazenáveis, a decisão de investimento em gás natural depende da negociação prévia de contratos de fornecimento em longo prazo, do produtor ao consumidor. Essas características técnico-econômicas configuram num modo de organização no qual o suprimento do serviço depende, previamente, da implantação de redes de transporte e de distribuição, bem como da implantação de um sistema de coordenação de fluxos, visando ao ajuste da oferta e da demanda, sem colocar em risco a confiabilidade do sistema. Devido às fortes barreiras à entrada de novos concorrentes, o modelo tradicional que predominou do pós-guerra até o início dos anos 1980, mesmo com variantes de um país a outro, em função de contextos jurídicos e institucionais, é estruturado por três atributos principais: integração vertical, monopólios públicos de fornecimento e forma de comercialização baseada em contratos bilaterais em longo prazo. Para a indústria de gás natural, esse modelo permitiu, na Europa e nos Estados Unidos, uma forte expansão da produção de gás e o incremento significativo da participação do gás no balanço energético desses países. No Brasil, até 1997, predominou o modelo de monopólio estatal da Petrobras na produção e no transporte de gás natural, ficando as distribuidoras estaduais a cargo da distribuição e venda de gás aos consumidores residenciais e industriais. Também existiam casos em que a Petrobras fornecia gás diretamente a alguns grandes consumidores. Após 1997, com anova lei do Petróleo, a Petrobras perdeu o monopólio sobre o setor. Para se adequar à "lei do livre acesso", a Petrobras viu-se obrigada a criar uma file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br O que é um gasoduto? O gasoduto é uma rede de tubulações que leva o gás natural das fontes produtoras até os centros consumidores. O gasoduto Bolívia-Brasil transporta o gás proveniente da Bolívia para atender os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Transporta grandes volumes de gás, possui tubulações de diâmetro elevado, opera em alta pressão e somente se aproxima das cidades para entregar o gás às companhias distribuidoras, constituindo um sistema integrado de transporte de gás. O gás é comercializado por meio de contatos de fornecimento com as Companhias Distribuidoras de cada Estado, detentoras da concessão de distribuição. A Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S/A TBG, proprietária do gasoduto, é responsável pelo transporte do gás até os pontos de entrega (Companhias Distribuidoras). empresa para operar seus gasodutos – A Transpetro até 3 de março de 2009, o setor carecia de uma legislação específica. Com a publicação da lei n° 11.909, de 4 de março de 2009, foram criadas normas para "exploração das atividades econômicas de transporte de gás natural por meio de condutos e da importação e exportação de gás natural" (Art. 1°). Petrobras confirma construção de mais uma planta de GNL CIRILO JUNIOR da Folha Online, no Rio, a Petrobras confirmou nesta segunda-feira que vai construir mais um terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito - GNl no país. Será o terceiro da empresa e, segundo a diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, "muito provavelmente" será feito na região Sul, em local próximo à malha de gasodutos da empresa. A estatal já inaugurou uma unidade em Pecém (CE) e vai iniciar, em breve, operações no terminal da Baía de Guanabara (RJ). O terceiro projeto estava em avaliação e foi confirmado desta vez "Vai ter esse terminal, é fato, mas não na loucura e correria dos outros dois, que antecipamos em pelo menos cinco meses em relação ao cronograma file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br original. Muito provavelmente será no Sul, e ainda não há um ponto exato", afirmou, após participar do 2° Fórum Internacional do Direito do Petróleo e Gás Natural, promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos do Direito da Energia – IBDE. Foster observou que pretende começar o desenvolvimento do projeto básico da nova planta de GNL no ano que vem, e que é preciso fazer com "bastante cuidado e cautela". Ela destacou que a opção por construir a planta longe da malha de gasodutos encareceria o custo de infraestrutura, e consequentemente, o preço do gás. Em relação a possíveis prejuízos da crise financeira sobre projetos da Petrobras, a executiva afirmou que os bons projetos terão financiamento garantido, em um momento de crédito curto. Para Foster, a crise já não aparenta ser o "terror" que se apresentava, mas admitiu que o momento é de reavaliar os projetos. "Existia um pouco demais no futuro e um pouco de menos no presente, na interpretação da real situação financeira". A diretora destacou a "robustez e reservas inquestionáveis" da Petrobras e que por isso não enxerga pessimismo para a estatal diante da crise. Ela lembrou que os projetos de exploração de petróleo são viáveis com o barril de petróleo tipo Brent, cotado a US$ 35, como o pré-sal. "Se a gente fala de pré-sal, o futuro é bastante otimista. Para bons projetos, a economia vai buscar soluções", salientou. Foster não confirmou possíveis parcerias entre a Petrobras e a russa Gazprom, uma das principais produtoras de gás natural do mundo. Ela, no entanto, admitiu que existe uma aproximação entre as empresas, com interesse mútuo. "Não sei como ela vem, sei que está vindo. Mas não há nenhum fato com a Petrobras que tenha acelerado essa vinda", explicou, lembrando que as duas companhias assinaram, há alguns anos, memorando de entendimentos para avaliar possíveis parcerias. COMPOSIÇÃO DO GÁS NATURAL Segundo a lei n° 8.478/97, “gás natural ou gás é todo hidrocarboneto que permaneça em estado gasoso nas condições atmosféricas normais, extraído diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou gaseíferos, incluindo gases úmidos, secos, residuais e gases raros”. O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves encontrada no subsolo, na qual o metano tem uma participação superior a 70 %em volume e contém outros gases como nitrogênio, etano, CO2 ou restos de butano ou propano, densidade menor que 1 (mais file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br leve que o ar) e poder calorífico superior entre 8.000 e 10.000 kcal/m3, dependendo dos teores de pesados (etano e propano principalmente) e inertes (nitrogênio e gás carbônico). No Brasil, a composição do gás para comercialização é determinada pela Portaria nº 104 de 8 de julho de 2002, da Agência Nacional do Petróleo -ANP. Essa Portaria estabelece tanto a especificação do gás natural de origem nacional e importado, a ser comercializado em todo o território nacional e agrupou o gás natural em três famílias, segundo a faixa de poder calorífico. O gás comercializado no Brasil enquadra-se predominantemente no grupo M (médio), cujas especificações são estas: Poder calorífico superior (PCS) a 20°C e 1atm: 8.800 a 10.200 kcal/m3 ; Densidade relativa ao ar a 20°C: 0,55 a 0,69; Enxofre total: 80 mg/m3 máximo; H2S: 20 mg/m3 máximo; CO2: 2 %em volume máximo; Inertes: 4 %em volume máximo; O2: 0,5 %em volume máximo; Ponto de orvalho da água a 1atm: -45°C máximo; Isento de poeira, água condensada, odores objetáveis, gomas, elementos formadores de goma hidrocarbonetos condensáveis, compostos aromáticos, metanol ou outros elementos sólidos ou líquidos. A composição do gás natural pode variar bastante, dependendo de fatores relativos ao campo em que o gás é produzido, condicionado, processado e transportado. Apesar de conter vários gases na sua composição, conforme já mencionado, alguns desses gases são eliminados porque não possuem capacidade energética (nitrogênio ou CO2) ou porque podem deixar resíduos nos condutores devido ao seu alto ponto de ebulição em comparação ao do gás natural (butano e propano). O gás natural é encontrado no subsolo, por acumulações em rochas porosas, isoladas do exterior por rochas impermeáveis, associadas ou não a depósitos petrolíferos. É o resultado da degradação da matéria orgânica de forma anaeróbica oriunda de quantidades extraordinárias de microrganismos que, em eras pré-históricas, se acumulavam nas águas litorâneas dos mares da época. Essa matéria orgânica foi soterrada a grandes profundidades e, por isto, sua degradação se deu fora do contato com o ar a grandes temperaturas e sob fortes pressões. file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br Pode ser encontrado de duas formas, diluído em óleo ou mesmo em composição gasosa, além de se apresentar isoladamente próximo à superfície terrestre. Esse tipo de fonte energética tem sido bastante usada no mundo como combustível, por isso responde por 20% de todas as energias produzidas. É empregado como combustível em indústrias, casas e automóveis, após ser tratado e processado. É considerado uma fonte de energia mais limpa que os derivados do petróleo e o carvão. Nos países de clima frio, seu uso residencial e comercial é predominantemente para aquecimento ambiental. Já no Brasil, esse uso é quase exclusivo no cozimento de alimentos e no aquecimento de água. Na indústria, é utilizado como combustível para fornecimento de calor, geração de eletricidade e de força motriz, como matéria-prima nos setores químico, petroquímico e de fertilizantes, e como redutor siderúrgico na fabricação de aço. Na área de transportes, é utilizado em ônibus e automóveis, substituindo o óleo diesel, a gasolina e o álcool. O gás natural é uma fonte de energia mais limpa. O que ele tem de diferente das outras fontes de energia? Por estar no estado gasoso, o gás natural não precisa ser atomizado para queimar. Isso resulta numa combustão limpa, com reduzida emissão de poluentes e melhor rendimento térmico, o que possibilita redução de despesas com a manutenção e melhor qualidade de vida para a população. A sua combustão é completa, liberando como produtos o dióxido de carbono e o vapor de água, sendo os dois componentes não tóxicos, o que faz do gás natural uma energia ecológica e não poluente. A Figura apresenta um comparativo do aumento da %de emissão de CO2 em relação ao gás natural para a mesma geração de energia. file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br Figura: Quadro comparativo do aumento % de emissão de CO2 em relação ao gás natural para a mesma geração de energia Apesar dessas vantagens apresentadas, o gás natural apresenta desvantagens em relação ao butano: é mais difícil de ser transportado, devido ao fato de ocupar maior volume, mesmo pressurizado, e mais difícil de ser liquificado, requerendo temperaturas da ordem de 160°C, mais explosivo e mais tóxico. Além dessas desvantagens apresentadas, algumas jazidas de gás natural podem conter mercúrio associado. Trata-se de um metal altamente tóxico e deve ser removido no tratamento do gás natural. O mercúrio é proveniente de grandes profundidades no interior da terra e ascende junto com os hidrocarbonetos, formando complexos organometálicos. Atualmente estão sendo investigadas as jazidas de hidratos de metano. Estima-se haver reservas energéticas muito superiores às atuais de gás natural. Mercado de gás natural apresenta queda de 6% em julho utilização para geração de energia cai 57% em três meses O mercado de gás natural apresentou queda de 6% em julho comparado com o mês anterior. O motivo, segundo a Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br Renováveis do Ministério de Minas e Energia – MME, foi a redução do consumo na geração de energia elétrica. A oscilação no despacho termelétrico tem tido impacto forte no mercado de gás natural nos últimos meses. Entre março e abril, houve redução de 38% no consumo do setor. De maio para julho a redução foi ainda maior 57%. Essa queda no uso de gás natural para geração de energia se deve a excelente condição dos reservatórios das usinas hidrelétricas brasileiras. Com 83,26%, a região Sul do país apresenta o maior índice, seguida do Nordeste (76,44%1, Sudeste/Centro-oeste (71,84%1 e Norte (65%1. Essa condição permite que a geração de energia no Brasil seja realizada, basicamente, por meio de hidrelétricas, mais baratas e menos poluentes. A importação de gás natural boliviano apresentou queda de 11 %em julho, fechando o mês em 24,7 milhões de m3/dia. A previsão é de que em agosto esse volume caia para 22 milhões de m3/dia, em razão do aproveitamento adicional de gás natural associado e do baixo nível de despacho das usinas termelétricas. A média do ano está em 22,84 m3/dia. BIOCOMBUSTÍVEIS Segundo a lei n° 8.478/97, "biocombustível é o combustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna ou, conforme regulamentos para outro tipo de geração de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil (Incluído pela lei n° 11.097, de 2005)". Os biocombustíveis são combustíveis de origem biológica. São fabricados a partir de vegetais, tais como milho, soja, cana-de-açúcar, mamona, canola, babaçu, cânhamo, entre outros. O lixo orgânico também pode ser usado para a fabricação de biocombustível, ou seja, é um combustível diesel de queima limpa derivado de fontes naturais e renováveis. É uma alternativa renovável, que resolve dois problemas ambientais ao mesmo tempo: aproveita resíduo, aliviando os aterros sanitários, e reduz a poluição atmosférica. É uma alternativa para os combustíveis tradicionais, como o gasóleo, que não são renováveis. O biocombustível reduz 78% das emissões poluentes, como o dióxido de carbono, o gás responsável pelo efeito de estufa que está alterando o clima à escala mundial, e 98% de enxofre na atmosfera. Trata-se de uma fonte renovável que, além de trazer benefícios ambientais, também possibilita a geração de empregos, tanto na fase de coleta quanto de processamento. file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br Promove o desenvolvimento da agricultura nas zonas rurais mais desfavorecidas, criando emprego e evitando a desertificação, porque reduz a dependência energética do nosso país e a saída de divisas pela poupança feita na importação do petróleo bruto. Mas por outro lado, a produção de biocombustíveis tem diminuído a produção de alimentos no mundo. Buscando lucros maiores, muitos agricultores preferem produzir milho, soja, canola e cana-de-açúcar para transformar em biocombustível. Os óleos vegetais podem reagir quimicamente com um álcool, para produzir ésteres. Esses ésteres, quando usados como combustíveis, levam o nome de biodiesel. Atualmente, o biodiesel é produzido por um processo chamado transesterificação. O óleo vegetal é filtrado processado com materiais alcalinos para remover gorduras ácidas. É então misturado com álcool e um catalizador. As reações formam ésteres e glicerol, separado. O biodiesel pode ser utilizar em motores diesel, em mistura com o gasóleo (geralmente, na proporção de 5% a 30%) ou puro. Também pode ser utilizado como geração de energia elétrica. Exige, por vezes, pequenas transformações do motor, de acordo com a percentagem de mistura e o fabricante/modelo do motor. Apesar de ser um combustível renovável, a sua capacidade de produção é limitada, pois depende das áreas agrícolas disponíveis (que terão, também, de ser usadas para fins alimentares) e, portanto, só poderá substituir, parcialmente, o gasóleo. O preço do biodiesel é ainda elevado, mas as novas tecnologias permitirão reduzir os custos da sua produção. O biodiesel ainda esbarra em vários obstáculos, como a falta de regulamentação e os preços atuais do diesel derivado do petróleo. Estima-se que, no começo do próximo século, teremos condições de gerar biodiesel correspondente a 8% de todo o diesel consumido. Os motores a óleo vegetal possibilitam uma redução de 11 % a 53% na emissão de monóxido de carbono, e os gases da combustão do óleo vegetal não emitem dióxido de enxofre, um dos causadores da chamada chuva ácida. O Brasil também tem a preocupação em reduzir poluentes. Desde 1997 fazemos óleo diesel com menos partículas de enxofre. Atualmente já existem veículos que utilizam o biodiesel - quatro viaturas ligeiras e duas pesadas da Câmara Municipal de Lisboa, Portugal (mistura de 30%) e 18 autocarros da Carris (17 com mistura de 5% e 1 com 30%), ao longo de 6meses e durante a Expo'98. A seguir são apresentados os principais biocombustíveis existentes: Biomassa: é uma fonte de energia limpa e renovável disponível em grande abundância e derivada de materiais orgânicos. Todos os organismos capazes de realizar fotossíntese (ou derivados deles) podem ser utilizados como biomassa. Exemplo: restos de madeira, estrume de gado, óleo vegetal ou até file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br mesmo o lixo urbano. Outro fator importante é que a humanidade está produzindo cada vez mais lixo e esse lixo também é capaz de produzir energia. Isso ajuda a resolver vários problemas: diminuição do nível de poluição ambiental, contenção do volume de lixo das cidades e aumento da produção de energia; Biodiesel: é derivado de lipídios orgânicos renováveis, como óleos vegetais e gorduras aninais, para utilização em motores de ignição por compressão (diesel). É produzido por transesterificação e é também um combustível biodegradável alternativo ao diesel de petróleo, criado a partir de fontes renováveis de energia, livre de enxofre em sua composição. É obtido a partir de óleos vegetais, como óleo girassol, nabo forrageiro, algodão, mamona, soja; Bioetanol: é a obtenção do etanol através da biomassa, para ser usado diretamente como combustível ou se juntar com os ésteres do óleo vegetal e formar um combustível. A esse processo se dá o nome de transesterificação. O etanol é um álcool incolor, volátil, inflamável e totalmente solúvel em água, derivado da cana-de-açúcar, do milho, da uva, da beterraba ou de outros cereais, produzido através da fermentação da sacarose. Comercialmente, é conhecido como álcool etílico e sua fórmula molecular é C2H5OH ou C2H6O. O etanol, atualmente, é um produto de diversas aplicações no mercado, largamente utilizado como combustível automotivo na forma hidratada ou misturado à gasolina. Também tem aplicações em produtos, como perfumes, desodorantes, medicamentos, produtos de limpeza doméstica e bebidas alcoólicas. Merece destaque como uma das principais fontes energéticas do Brasil, além de ser renovável e pouco poluente. O Brasil é o maior produtor mundial de etanol, que, quando utilizado como combustível em automóveis, representa uma alternativa à gasolina de petróleo. Destacam-se na produção do etanoI os estados de São Paulo e Paraná, respondendo juntos por quase 90% da safra total produzida. Além disso, o Brasil lidera a produção mundial de cana-de-açúcar (principal matéria-prima do etanol), sendo essa uma indústria que movimenta vários bilhões de dólares por ano. Isso representa uma menor dependência do Brasil ao petróleo. file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
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