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Revisão
2021/2025
ABORDAGEMTÉCNICA
ATENTATIVAS
DESUICÍDIO
MANUAL
 DE
 REFERÊNCIA
ME 
 TG ÉA CD NR ICO ABAA
 OITE DÍN CT IA UT SI 
V EA DS

Revisão
2020/2022
ABORDAGEMTÉCNICA
ATENTATIVAS
DESUICÍDIO
MANUAL
 DE
 REFERÊNCIA
ME 
 TG ÉA CD NR ICOB AAA
 OT IE DÍN CT IA UT SI 
V EAS
D
A
reprodução,
compartilhamento,
comercialização
ou
 qualquer
 outro
 tipo
 de
 exposição
 da
 obra
 é
expressamente
proibida.
Esta
obra

é
protegida
pela
lei
 
9610/98
com
todo
nºseus
direitos
reservados
ao
autor
e
ao
Corpo
de
Bombeiros
 da
 Policia
 Militar
 do
 Estado
 de
 São
Paulo.

Autor:Revisão:

Desenhistas:
Ilustração
Digital:Diagramação:
Redatores:
Maj
PM
Diógenes
Martins
MunhozCap
PM
Tiago
Régis
FrancoCap
PM
Maria
de
Fátima
Rosa
Franco1º
Ten
PM
Guilherme
Luiz
Santana
de
Araujo1º
Sgt
PM
Rodrigo
Silva
Lacerda2º
Sgt
PM
Priscilla
Regina
Martins2º
Sgt
PM
Edinei
Fernando
dos
SantosCb
PM
Raquel
Gomide
RimoliSd
PM
Lucyanne
Maria
B.
de
CastroSd
PM
MarcílioSd
PM
2ª
Cl
Anderson
Yoshikazu
MinamiSd
PM
2ª
Cl
Mayco
do
PradoSd
PM
2ª
Cl
Pedro
Henrique
Moreira
Vila
NovaSd
PM
2ª
Cl
Lucas
Ferreira
de
BarrosSd
PM
2ª
Cl
Carlos
Rafael
Silva
AbreuSd
PM
2ª
Cl
Fernanda
Poleone
da
SilvaSd
PM
2ª
Cl
Rafaela
Pradella
KodamaSd
PM
2ª
Cl
João
Luiz
Rodrigues
JuniorSd
PM
2ª
Cl
Wiliam
VisacriSd
PM
2ª
Cl
Jéssica
Silva
de
CarvalhoSd
PM
2ª
Cl
Leonel
Silva
Rocha

EDITORAÇÃO
ÍNDICEAULA
01FENÔMENO
SUICIDA
E
OS
TRANSTORNOS
DA
MENTEPÁG.
06AULA
02MITOS
/
GLORIFICAÇÃO
DE
SÍTIO PÁG.
15AULA
03PROCEDIMENTOS
TÉCNICOS PÁG.
21AULA
04FASES
DA
ABORDAGEM
TÉCNICA
 PÁG.
28AULA
05GERENCIAMENTO
OPERACIONAL PÁG.
38AULA
06LIBRAS PÁG.
46REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
 PÁG.
51GLOSSÁRIO
 PÁG.
52
O
 presente
 manual
 destina­se
 a
 orientar
 o
 participante
 no
 Curso
 de
 Abordagem
Técnica
a
Tentativas
de
Suicídio
e
treinamentos
afins
da
mesma
matéria
durante
seus
estudos.
A
proteção
intelectual
deste
arquivo
pertence
ao
autor,
ao
Corpo
de
Bombeiros
da
Policia
Militar
do
Estado
de
São
Paulo
 
e
a
Comissão
Nacional
de
Abordagem
Técnica
 a
 Tentativas
 de
 Suicídio,
 podendo
 ser
 alterado,
 copiado
 ou
 reproduzido
somente
com
a
autorização
expressa
da
diretoria,
conforme
termos
da
lei
vigente.
ME 
 TG ÉA CD NR ICO ABA
AULA
1
Apresentaremos
situações
que
podem
desencadear
o
suicídio,
relatando
as
características
em
geral
que
identificam
os
métodos
utilizados
pelo
tentante.

 FENÔMENO
 SUICIDAE
 OS
 TRANSTORNOS
 DA
 MENTE


ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO06
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 07

 Durante
o
atendimento
a
emergências
deste
tipo,
podemos
lidar
com
pessoas
que
em
seu
desespero
buscam
o
suicídio
como
solução
a
situações
consideradas
insuportáveis
por
elas
mesmas,
tais
como:
SITUAÇÕES
 QUE
 PODEM
 DESENCADEAR
 O
 SUICÍDIO
•
 Suicídio
 como
 vingança
 ou
 punição,
 a
 fim
 de
 suscitar
 remorso
 em
 outras
pessoas
e
fazer
cair
sobre
elas
o
repúdio
da
comunidade;
•

Suicídio
como
pedido
e
chantagem,
visando
pressionar
alguém;
•
Suicídio
como
sacrifício
e
modo
de
atingir
um
valor
ou
estado
considerado
superior;
•

Suicídio
como
brincadeira,
para
pôr
a
si
mesmo
à
prova;
•

Suicídio
por
desgosto
ou
crise
existencial;
•

Suicídio
como
saída
natural
para
uma
conduta
delinquente;•

Suicídio
como
gesto
heroico.
•

Suicídio
em
sinal
de
luto
pela
perda
de
um
componente
da
personalidade
ou
de
um
modelo
de
vida;
•

Suicídio
como
castigo
para
expiar
um
erro
real
ou
imaginário;
•

Suicídio
como
delito,
arrastando
na
morte
uma
outra
pessoa;


 O
fenômeno
do
suicídio
engloba
uma
série
de
comportamentos
autodestrutivos
como
a
tentativa
de
suicídio
e
o
suicídio
completo.
Quem
tenta
o
suicídio
nunca
tem
a
intenção
de
morrer,
os
atos
autodestrutivos
são
um
pedido
de
ajuda
à
família
e
à
sociedade.
BREVE
 ENTENDIMENTO
 DO
 SUICÍDIO
MÉTODOS
 DE
 SUICÍDIO
 MAIS
 FREQUENTES
 A
 gravidade
 da
 tentativa
 deve
 relacionar­se
 com
 a
 "potencialidade
autodestrutiva"
do
método
utilizado.

 De
acordo
com
as
estatísticas
de
atendimento
a
ocorrências
de
tentativas
de
suicídio
efetuadas
pelo
Corpo
de
Bombeiros
nos
últimos
anos,
percebe­se
um
ranking
dos
métodos
mais
 utilizados
 para
 o
 autoextermínio.
 Tais
 métodos,
 ainda
 não
 são
correlacionados
com
fatores
sociais
ou
mesmo
características
pessoais.
Tal
situação,
ainda
carece
de
estudo,
porém,
vejamos
a
seguir
os
métodos
mais
atendidos
nos
últimos

cinco
anos.


6 Abaixo
podemos
verificar
os
métodos
mais
frequentesutilizados
para
o
suicídio.1º
Envenenamento2º
Enforcamento3º
Precipitação4º
Ferimento
com
arma
branca5º
Asfixia
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO08
6º
Autoimolação

 Segundo
estudos
da
Organização
Mundial
da
Saúde
(OMS),
percebe­se
que
a
maioria
das
pessoas
que
tentam
suicídio
pela
primeira
vez,
quando
não
valorizam
seus
próprios
 tratamentos,
 poderão
 vir
 a
 tentar
 novamente.
 Em
 linhas
 gerais,
 algumas
características
notadas
em
determinados
indivíduos

podem
ter
uma
maior
propensão
a
tais
atos.
 A
seguir
apresentaremos
algumas
características
que
podem
ser
observadas:
em
um
tentante. Mais
de
um
motivo:
•

Histórico
de
violência
doméstica;•

Histórico
de
violência
sexual;•

Depressão
e
doença
psiquiátrica;•

Isolamento
social;•

Mudança
nas
condições
de
saúde
ou
de
estado
físico;•

Problemas
econômicos
e
de
desemprego.•

Alcoolismo
e
uso
de
drogas;
•

Tentativas
anteriores
de
suicídio;•

Idealização
de
suicídio
verbalizada;•

Histórico
familiar
de
suicídio
ou
tentativa
de
suicídio;•

Conhecimento
de
casos
recentes
de
suicídio;•

Morte
recente
de
alguém
próximo;•

Fim
de
relacionamento
afetivo;•

Conflitos
familiares;
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 09
COMO
 IDENTIFICAR
 PESSOASCOM
 POSSÍVEL
 RISCO
 DE
 SUÍCIDIO
TRANSTORNOS
 DA
 MENTE
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO10
ª
Termo
utilizado
por
Diógenes
Martins
Munhoz
em
sua
obra
“Abordagem
Técnica
a
Tentativa
de
Suicídio”.
2018.
Editora
AuthenticFire.
Este
termo
substitui
o
termo
“Suícida”,
por
entender
que
para
o
contexto
e
propósito
estabelecido,
adapta­se
de
forma
harmônica.
TRANSTORNOS
 DA
 MENTE
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 11

 O
comportamento
tentante
entre
jovens
envolvem
humor
depressivo,
abuso
de
substâncias,
problemas
emocionais,
familiares
e
sociais,
histórico
familiar
de
transtorno
psiquiátrico,
 rejeição
 familiar,
 negligência,
 além
 de
 abuso
 físico
 e
 sexual
 ainda
 na
infância.
 Doenças
 clínicas
 não
 psiquiátricas
 foram
 associadas
 ao
 suicídio,
 tais
 como
tentantes
 com
 câncer,
 HIV,
 doenças
 neurológicas,
 doença
 de
 Parkinson.
 Outros
eventos
que
precisam
ser
cuidados
são
maus
tratos
na
infância
ou
adolescência.

 Destacam–se
ainda
outros
fatores
de
risco:
a
desesperança,
o
desespero,
o
desamparo
e
a
impulsividade.

 DEFINIÇÃO
DE
SUICÍDIO:
 O
suicídio
pode
ser
definido
como
um
ato
deliberado
executado
pelo
próprio
indivíduo,
cuja
intenção
seja
a
morte,
de
forma
consciente
e
intencional,
usando
um
meio
 que
 ele
 acredita
 ser
 letal.
 Também
 faz
 parte
 do
 comportamento
 tentante
 os
pensamentos,
os
planos
e
a
tentativa
de
suicídio.

 Sendo
assim,
um
comportamento
tentante
tem
por
natureza
a
multifatoriedade
que
é
resultado
da
interação
de
fatores
psicológicos,
biológicos,
genéticos,
culturais
e
sociodemográficos.
 O
Brasil
é
o
oitavo
país
em
número
absoluto
de
suicídios,
no
entanto,
há
que
salientar­se
 que
 estão
 excluídos
 os
 números
 referentes
 a
 uma
 possível


subnotificação,
ou
seja,
os
casos
que
não
entraram
para
a
estatística.
No
manejo
em
ocorrências
que
envolvam
tentativas
de
suicídio,
é
importante
que
avaliemos
os
fatores
de
risco
e
de
proteção
ao
indivíduo,
pois,
é
por
meio
dessa
avaliação
que
podemos
implementar
estratégias
no
sentido
de
evitarmos
a
concretização
da
autopunição.
 Os
dois
principais
fatores
de
risco
são:
a
tentativa
prévia
de
suicídio
e
a
doença
mental.
O
indivíduo
que
tentou
suicídio,
previamente,
tem
de
cinco
a
seis
vezes
mais
chances
 de
 tentar
 suicídio
 novamente.
 Há
 uma
 estimativa
 que
 50%
 dos
 que
 se
suicidaram,
já
haviam
tentado
previamente.
Quanto
a
doença
mental,
estima­se
que
90%
daspessoas
cometeram
suicídio.
 Os
 transtornos
 psiquiátricos
 mais
 comuns
 incluem
 depressão,
 transtorno
bipolar,
dependência
de
álcool
e
outras
drogas
além
de
transtornos
de
personalidade,
Burnout
e
esquizofrenia.

 Um
fator
de
risco
de
adolescentes
é
o
suicídio
de
figuras
proeminentes,
suicídios
em
grupo
ou
comunidades
semelhantes.
 O
risco
de
suicídio
aumenta
entre
aqueles
com
histórico
familiar
de
suicídio
ou
de
tentativa
de
suicídio.
São
fatores
de
proteção:
bom
suporte
familiar,
laços
sociais
bem
estabelecidos
com
a
família
e
amigos,
religiosidade,
ausência
de
doença
mental,
estar
empregado,
 capacidade
 de
 adaptação
 positiva,
 capacidade
 de
 resolução
 de
problemas.
 A
OMS
aponta
três
características
psicopatológicas
comuns
no
estado
mental
dos
tentantes:
 A
ambivalência:
 o
 desejo
 de
 viver
 e
morrer
 se
 confundem
no
 indivíduo.
Muitos
não
desejam
morrer,
querem
resolver
seus
problemas.
 A
impulsividade:
O
suicídio
parte
de
um
ato
que
é
usualmente
motivado
por
eventos
negativos.
O
impulso
é
transitório
e
tem
duração
de
alguns
minutos
ou
horas.
Pode
ser
desencadeado
por
eventos
negativos
do
dia
a
dia
e
por
rejeição,
recriminação,
fracasso,
falência,
etc.
 A
rigidez:
a
pessoa
decide
terminar
com
a
sua
vida,
os
seus
pensamentos,
sentimentos
 e
 ações
 giram
 em
 torno
 disso,
 ela
 fica
 incapaz
 de
 perceber
 outras
maneiras
de
enfrentar
o
problema.
 O
funcionamento
mental
gira
em
torno
de
três
sentimentos:
“não
suportar,”
“sem
saída”,
e
“sem
fim”.
Existe
uma
distorção
da
percepção
de
realidade
com
avaliação
negativa
de
si,
do
mundo
e
do
futuro.

 Outra
doença
que
requer
atenção
é
o
transtorno
bipolar,
que
caracteriza­se
por
alterações
de
humor
que
se
manifestam
como
episódios
depressivos,
alternando­se
com
episódios
de
euforia.
Estima­se
que
até
50%
dos
portadores
tentam
o
suicídio
ao
menos
uma
 vez
 em
 suas
 vidas.
O
 risco
 acontece
 principalmente
 nas
 fases
 depressivas
 ou
quando
há
a
combinação
de
sintomas
ao
mesmo
tempo
depressivos
e
maníacos.

 Voltemos
ao
enfoque
das
doenças
mentais:
 A
depressão
é
uma
doença
que
tende
a
ser
crônica
e
recorrente,
segundo
a
OMS,
é
a
doença
mental
que
mais
está
associada
ao
suicídio
e
caracteriza­se
por
alguns
sintomas,
como
sentir­se
triste
durante
a
maior
parte
do
dia
ou
diariamente,
perder
o
apetite,
ter
perda
ou
aumento
de
peso,
insônia
ou
necessidade
aumentada
de
dormir,
sensação
de
cansaço
o
tempo
todo,
sentir­se
inútil,
culpado
e
sem
esperança,
sentir­se
irritado
o
tempo
todo,
dificuldade
de
concentração,
ter
pensamento
de
morte
e
suicídio
frequentemente.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO12

 Cerca
de
5%
a
10%
das
pessoas
dependentes
de
álcool
terminam
suas
vidas
pelo
suicídio.

 Nos
transtornos
de
personalidade
estão
presentes
alterações
no
jeito
de
sentir,
perceber
a
si
e
ao
mundo
e
se
relacionar.
 Alguns
traços
da
personalidade
psicopata
já
são
notados
por
pais,
professores
e
médicos
na
infância
ou
adolescência.
A
etiologia
é
considerada
multifatorial,
aspectos
biológicos,
sociais
e
psicológicos.
Fatores
desencadeantes
de
suicídio
em
indivíduos
com
 transtornos
 de
 personalidade
 são
 estressores
 sociais,
 como
 problemas
 no
trabalho,
familiares
ou
dificuldade
financeira.

 
A
esquizofrenia
é
uma
doença
crônica
que
afeta
1%
da
população
e
contribui
com
mais
10%
dos
suicídios.

 Caracteriza­se
por
sintomas
como
delírios,
alucinações,
distorção
ou
exagero
da
 linguagem,
 comunicação
 e
 fala,
 além
 de
 comportamentos
 desorganizados,
retraimento
social,
embotamento
afetivo,
passividade,
carência
de
contato,
dificuldade
de
pensamento
abstrato,
falta
de
espontaneidade,
entre
outros.
 Nesse
quadro,
as
tentativas
são
frequentemente
precipitadas
pela
depressão,
estressores
e
sintomas
psicossociais,
de
forma
que
a
principal
 tarefa
diante
de
um
indivíduo
com
esquizofrenia
é
contribuir
com
o
controle
dos
sintomas
e
na
redução
de
recaídas.
 Os
 transtornos
 de
 personalidade
 aumentam
 a
 possibilidade
 do
 indivíduo
cometer
suicídio,
especialmente
o
antissocial
e
Borderline
(limítrofe).
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 13
Fonte:
ww
w.leouve.
com.br

 Síndrome
 de
 Burnout
 ou
Síndrome
 do
 Esgotamento
 Profissional
 é
 um
distúrbio
emocional
com
sintomas
de
exaustão
extrema,
estresse
e
esgotamento
físico
resultante
de
situações
de
trabalho
desgastante,
que
demandam
muita
competitividade
ou
responsabilidade.
 A
principal
causa
da
doença
é
justamente
o
excesso
de
trabalho.
Esta
síndrome
é
comum
em
profissionais
que
atuam
diariamente
sob
pressão
e
com
responsabilidades
constantes,
como
médicos,
enfermeiros,
professores,
policiais,
jornalistas,
dentre
outros.
 A
 Síndrome
 de
 Burnout
 envolve
 nervosismo,
 sofrimentos
 psicológicos
 e
problemas
físicos,
como
dor
de
barriga,
cansaço
excessivo
e
torturas.
 O
estresse
e
a
falta
de
vontade
de
sair
da
cama
ou
de
casa,
quando
constantes,
podem
indicar
o
início
da
doença.
Normalmente
esses
sintomas
surgem
de
forma
leve,
mas
tendem
a
piorar
com
o
passar
dos
dias.
Por
essa
razão,
muitas
pessoas
acham
que
pode
ser
algo
passageiro.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO14
AULA
2
Reconheceremos
as
atuais
estatísticas
brasileiras
sobre
o
fenômeno
Tentante,
a
glorificação
de
sítio
e
os
principais
mitos

sobre
o
tema.
MITOS/
GLORIFICAÇÃO
 DE
 SÍTIO

ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO15
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 16
MITOS
 SOBRE
 O
 SUICÍDIO

 Seguem
abaixo
as
principais
crenças
que
envolvem
o
assunto,
sendo
essas
de
caráter
errôneo,
ou
não:

 Conforme
estudo
realizado
pelo
Conselho
Federal
de
Medicina
(2014),
erros
e
preconceitos
vêm
sendo
historicamente
repetidos,
contribuindo
para
a
formação
de
um
estigma
 em
 torno
 da
 doença
 mental
 e
 do
 comportamento
 tentante.
 O
 estigma
 é
resultado
de
um
processo
em
que
pessoas
são
levadas
a
se
sentirem
envergonhadas,
excluídas
e
discriminadas.PRIMEIRO
MITOAs
pessoas
que
tentam
o
suicídio
realmente
querem
se
matar?
Ambivalência
é
um
sintoma
marcante
nos
tentantes.
Muitos
não
querem
morrer,
querem
simplesmente
escapar
de
uma
situação
insuportável.SEGUNDO
MITOSe
uma
pessoa
tentar
matar-se
uma
vez,
é
menos
provável
que
ela
volte
a
tentar.
Cerca
de
70%
dos
tentantes
que
não
são
acompanhados
ou
não
persistem
nos
tratamentos
adequados,
voltam
a
tentar
ou
consumam
o
suicídio.É
importante
saber
que
as
pessoas
que
querem
atentar
contra
a
própria
vida,
usualmente
sentem­se
assim
durante
um
tempo
e
posteriormente
recuperam­se,
pedem
ajuda
ou
morrem.TERCEIRO
MITOExistem
casos
em
que
as
pessoas
só
querem
chamar
a
atenção,se
quisessem
realmente
se
matar,
já
o
teriam
feito.
Cada
pessoa
reage
de
uma
forma
frente
ao
problema
que
considera
insuportável.
Qualquer
pessoa
que
expõe
sua
vida
ao
risco,
ameaçando
suicídio,
precisa
de
tratamento
adequado
e
merece
toda
atenção
por
parte
das
guarnições
destacadas
para
o
atendimento
da
emergência.
TODO
TENTANTE
QUER
CHAMAR
A
ATENÇÃO.
É
SUA
FORMA
DE
TENTAR
GRITAR
PORAJUDA
E
CHEGAR
ATÉ
ALGUÉM
QUE
POSSA
SOLUCIONAR
SEU
PROBLEMA!Lembre-se:
FALSO!
FALSO!
FALSO!
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO17
QUARTO
MITOTentantes
depressivos
acabam
consumando
mais
o
ato,
pois
encontram-semenos
esperançosos
e
tal
abordagem
por
parte
das
equipesde
socorro
são
sempre
mais
complicadas.
A
letalidade
de
um
tentante
dependerá
de
algumas
variáveis,
porém,
sempre
será
influenciada
pelo
tipo
de
abordagem
do
profissional
da
equipe
de
socorro.
QUINTO
MITOMulheres
acabam
sendo
mais
efetivas
na
consumação
do
suicídio.
De
acordo
com
os
dados
da
OMS
(2012),
há
mais
suicídios
entre
os
homens
(15
para
cada
100
mil
habitantes)
do
que
entre
as
mulheres
(8
para
cada
100
mil
habitantes),
porém,
no
grupo
dos
chamados
“sobreviventes
de
si
mesmos”,
as
mulheres
são
maioria
(80%),
ou
seja,
os
homens,
quando
tentam
se
matar,
são
mais
efetivos,
conforme
consta
no
quadro
abaixo
que
indica
uma
projeção
entre
os
dois
sexos
até
o
ano
de
2020.
FALSO!
FALSO!
3025201510501950 1995 2020
HomensMulheres
LETALIDADE
ENTRE
AS
TENTATIVASDepressivos17% Transtorno
Bipolar33%
Esquizofrênicos21%
TranstornoBipolar Alcoolistas Esquizofrênicos DepressivosAlcoolistas29%
Fonte:
OMS
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 18
SEXTO
MITONo
Brasil
os
índices
de
suicídio
ainda
são
bem
baixos,
pois
se
tratade
um
país
tropical
com
um
povo
muito
alegre.
Acima
de
15De
10
a
15

 O
 Brasil
 aparece
 abaixo
 da
média
mundial
 de
 suicídios,
 mas
 tais
 números
apresentam­se
em
diferentes
maneiras,
pois,
se
no
mundo
a
taxa
média
de
suicídios
é
de
11,4
mortes
por
100
mil
habitantes,
no
Brasil
esse
índice
cai
para
5,8
mortes
por
100
mil
habitantes,
o
que
deixa
o
país
em
uma
posição
aparentemente
cômoda:
133º
lugar,
em
um
ranking
de
172
países.
 Se,
em
números
relativos,
a
posição
do
Brasil
parece
confortável,
em
números
absolutos
o
país
ocupa
a
alarmante
8ª
posição
no
ranking
mundial,
com
11.821
óbitos
por
suicídio
em
2012.
Essa
média
totaliza
32
suicídios
por
dia
no
país.
(TRIGUEIRO,
2015).
FALSO!
Fonte:
Organização
Mundial
da
Saúde
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 19
SÉTIMO
MITOO
suicídio
é
uma
decisão
individual,
já
que
cada
um
tem
pleno
direito
a
exercitar
o
livre
arbítrio



 O
risco
de
suicídio
pode
ser
eficazmente
tratado
e,
após
isso,
a
pessoa
não
estará
mais
em
risco.


 Os
tentantes
estão
passando,
quase
invariavelmente,
por
uma
doença
mental
que
altera
de
forma
radical
a
sua
percepção
da
realidade
e
interfere
em
seu
livre
arbítrio.FALSO!OITAVO
MITOQuando
uma
pessoa
tenta
em
se
suicidar
terá
risco
de
suicídio
para
o
resto
de
sua
vidaFALSO!
NONO
MITO

 A
maioria
dos
que
cometeram
suicídio
falaram
ou
deram
sinais
sobre
suas
ideias
de
morte.
Boa
parte
destes
expressaram
constantemente
aos
profissionais
de
saúde
em
dias
ou
semanas
anteriores

seu
desejo
de
tentativa
de
suicido.


 As
pessoas
que
ameaçam
 se
matar
não
 farão
 isso,
 querem
apenas
chamar
a
atenção. FALSO!
DÉCIMO
MITO

 Se
uma
pessoa
que
se
sente
deprimida
e
pensa
em
tentativa
de
suicídio,
em
um
momento
seguinte
passa
a
se
sentir
melhor
normalmente
significa
que
o
problema
já
passou.

 Alguém
que
pensava
em
tentativa
de
suicídio,
de
repente,
parece
tranquilo
e
aliviado,
não
significa
que
o
problema
já
passou.FALSO!
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 20
A
 GLORIFICAÇÃO
 DE
 SÍTIO
 De
acordo
com
pesquisa
realizada
com
parte
do
efetivo
operacional
do
Corpo
de
Bombeiros
do
estado
de
São
Paulo
em
monografia
de
mestrado
profissional
do
então
Capitão
Diógenes
Munhoz
no
ano
de
2015,
verifica­se,
por
meio
das
estatísticas
de
atendimento
a
esse
tipo
de
ocorrência,
um
fenômeno
conhecido
empiricamente
como
“glorificação
 de
 sítio”,
 ou
 seja,
 constata­se
 que
 os
 locais
 escolhidos
 por
 tentantes
parecem
sempre
ser
repetidos
dentro
de
uma
mesma
região
geográfica.
 Tal
fenômeno
está
diretamente
ligado
ao
fato
de
que,
se
o
local
escolhido
pelo
tentante
também
tenha
sido
escolhido
recentemente
para
esse
fim
por
outro
tentante
e
essa
escolha
tenha
gerado
algum
tipo
de
comoção
social
durante
o
atendimento
àquela
ocorrência,
esses
locais
tendem
a
ser
repetidos
e
“glorificados”
pelos
futuros
tentantes
de
suicídio
naquela
determinada
região.
 Alguns
 dos
 locais
 mencionados
 pelos
 entrevistados
 indicam
 as
 pontes
 da
Marginal
Tietê
como
sendo
pontos
de
constante
réplica
deste
tipo
de
ocorrência,
assim
como
é
possível
verificar
no
mapa
abaixo,
em
que
as
mesmas
encontram­se
plotadas.
Fonte:
Divulgação.

 Tal
assunto
se
tornou
tão
importante
que
é
recorrente
em
várias
doutrinas
que
abordam
o
assunto,
e
a
explicação
para
tal
fenômeno
encontra­se
na
verdadeira
falta
de
informação
dos
órgãos
envolvidos
na
abordagem
ao
tentante,
pois
acabam
criando
alguns
pontos
inexistentes.
AULA
3
Nesta
aula,
citaremos
os
pontos
positivos
e
os
pontos
a
serem
evitados
em
uma
Abordagem
Técnica.PROCEDIMENTOS
 TÉCNICOS
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO21
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 22

 A
observação
e
a
comunicação
são
duas
ações
de
grande
importância
para
ajudar
o
tentante.
O
abordador
deve
observar
as
suas
ações
para
que
possa
ter
uma
leitura
 de
 seu
 estado
 e
 atuar
 com
a
 finalidade
 de
 aliviar
 seu
 sofrimento.
Cabe
 ao
abordador
servir
como
uma
ponte
entre
o
desespero
do
tentante
e
seus
fatores
de
proteção,
que
no
momento
da
tentativo
não
estão
visíveis
para
esse
tentante.
 A
comunicação
pode
ser
feita
através
de
mensagem
verbal
(fala
e
a
escrita)
e
extra
verbal,
realizadas
a
partir
de
expressão
corporal
(postura
e
mímica
facial).
 O
 tentante
 pode
 interpretar
 de
 maneira
 inadequada
 a
 informação
 que
 o
abordador
transmite
a
partir
de
sua
comunicação
extra
verbal.
O
controle
na
linguagem
não
verbal
do
abordador
para
com
o
tentante
se
torna
essencial.

PROCEDIMENTOS
 POSITIVOS
EM
 UMA
ABORDAGEM
 TÉCNICA
TENTAR
FORMAR
VÍNCULO
COM
O
TENTANTE

 O
vínculo
passa
a
existir
de
forma
adequada
quando
o
profissional
passa
a
ter
atitudes
coerentes
na
abordagem
para
com
o
tentante,
o
que
promove
segurança
e
confiança
no
abordador.
 O
abordador
deve
ser
atencioso
e
compreensivo
para
saber
ouvir
e
não
julgar.
Se
 identificar
 de
maneira
 formal
 (nome,
 trabalho,
 função
 e
 o
motivo
 de
 estar
 ali),
realizando
 a
 apresentação
 com
 gentileza,
 receptividade,
 respeito
 e
 expressando
empatia
com
o
sofrimento
do
tentante.
Veremos
isso
mais
a
frente
na
aula
de
Fases
da
Abordagem.
Com
licença.Eu
sou
o
Sd
Brasilino
doCorpo
de
Bombeiros
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO23

A
partir
da
criação
do
vínculo,
deve­se
preservá­lo
com
a
finalidade
de
conseguir
a
desistência
da
ideia
da
morte,
a
qual
só
vira
pela
verdade
na
abordagem,
ou
seja,
não
há
de
se
falar
em
desistência
a
não
ser
pela
verdade
na
abordagem.
 O
uso
da
comunicação
precisa
ser
feito
de
forma
cuidadosa,
para
que
o
vínculo
estabelecido
 com
 tentante
 seja
 preservado.
 Caso
 o
 tentante
 perceba,
 durante
 a
abordagem,
 que
 abusaram
 de
 sua
 fragilidade,
 que
 mentiram,
 ameaçaram
 ou
 o
desafiaram,
podem
ocorrer
atitudes
imprevisíveis
pela
quebra
de
confiança.MANTER
CANAL
DE
COMUNICAÇÃO
ABERTO

 Quando
o
tentante
estiver
desorientado,
modificando
diversas
vezes
o
assunto,
o
profissional,
como
bom
ouvinte,
atuará
limitando
o
diálogo
a
se
fixar
numa
única
linha
de
raciocínio,
retornando
a
conversa
ao
tema
toda
vez
que
fugir
do
assunto.
Para
isso,
veremos
mais
a
frente
uma
ferramenta
essencial
de
recolocação
de
diálogo
chamada
de
paráfrase
resumida.OLHAR
PARA
O
TENTANTE

 Durante
o
atendimento,
o
abordador
deve
manter
os
olhos
no
tentante,
além
de
demonstrar
respeito
e
atenção,
isso
também
garante
a
própria
segurança
das
equipes.

O
fator
surpresa,
no
caso
de
uma
possível
agressão
ao
profissional
é
diminuída,
pois
não
existe
dispersão.
Porém
o
olhar
fixo
nos
olhos
de
um
tentante
poderá
ser
lido
como
um
desafio,
isso
dependerá
do
grupo
de
tentantes
que
fizer
parte.
Veremos
isso
mais
a
frente.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 24
OUVIR
ATENTAMENTE
 Para
demonstrar
atenção,
educação
e
respeito
é
importante
que
o
abordador
ouça
 o
 tentante
 e
 mantenha
 diálogo.
 É
 possível
 que
 ao
 desabafar
 e
 perceber
 a
demonstração
de
interesse
a
ele,
a
tensão
seja
aliviada
e
o
vínculo
se
fortaleça.
O
abordador
 não
 deve
 em
 momento
 algum
 demonstrar
 rejeição,
 rispidez,
 ameaça
moral/física
ou
desafiá­lo
caso
o
mesmo
esteja
confuso
ou
mudando
várias
vezes
de
assunto.
 RESPEITAR
PAUSAS
SILENCIOSAS
 Há
 tentantes
 que
 ao
 relatarem
 seus
 conflitos
 e
 problemas
 podem
 ter
 um
aumento
de
seu
sofrimento
e
por
vezes
necessitam
de
uma
paralisação
(uma
pausa
para
ordenar
o
pensamento
e
aliviar
a
pressão).
 Caso
ocorra
esta
pausa,
o
abordador
deve,
por
alguns
instantes,
mantê­la
e
em
seguida
estimular
o
retorno
da
comunicação.
Na
possibilidade
do
tentante
rejeitar,
o
oriente
a
procurá­lo
quando
achar
conveniente.
 Por
outro
 lado,
não
se
deve
deixar
o
 tentante
por
muito
 tempo
em
silêncio.
Estimule
o
tentante
a
falar.“Quem
mais
 precisa
 falar
 é
 o
 tentante,
 não
 o
 abordador!”NÃO
COMPLETAR
FRASES
PARA
O
TENTANTE

 No
caso
do
tentante
não
conseguir
falar
de
maneira
compreensível,
o
abordadorl
deve
ajudá­lo
quanto
à
dificuldade
demanter
a
comunicação
e
se
mostrar
disponível
quando
necessário.

 Existem
tentantes
que
tem
o
pensamento
lento
e
por
isso
possuem
dificuldades
para
se
expressar.
Não
conseguem
completar
frases,
falar
fluentemente
e
terminar
um
assunto.
O
profissional
deve
estimular
o
tentante
a
concluir
a
frase
com
suas
próprias
palavras
na
tentativa
de
melhorar
este
pensamento
(estímulos).
REPETIR,
RESUMIR
E
RELACIONAR
IDEIAS
PARA
O
TENTANTE
 Quando
o
tentante
mantém
diálogo
e
fornece
várias
informações
importantes,
se
faz
necessário
que,
ao
final,
o
abordador
repita
as
ideias
após
um
pequeno
resumo
das
mesmas
e
verifique
a
reação
do
tentante.
 O
abordador
ao
devolver
essas
ideias
deve
observar
a
comunicação
extra
verbal
do
tentante
assim
como
as
colocações
verbais
que
produzirão.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO25
AJUDAR
O
TENTANTE
A
ENCONTRAR
SOLUÇÕES
 O
 abordador
 pode
 ajudar
 o
 tentante
 na
 tentativa
 de
 resolução
 de
 seus
problemas,
mas
sempre
tendo
em
vista
que
não
deve
dar
opinião
pessoal
ou
conselho.

 O
tentante
é
quem
deve
tomar
as
decisões,
o
profissional
pode
ajudá­lo
fazendo
uma
orientação,
relacionando
ideias,
mostrando
pontos
ou
situações
que
o
mesmo
não
vê
e
resumindo
seu
relato.
 Não
dizer
ao
tentante
o
que
deve
fazer,
mas
sim,
o
influenciar
e
guiá­lo
para
que
ele
mesmo
chegue
a
uma
solução,
para
isso
algumas
ferramentas
de
conversação
serão
vistas
mais
a
frente.ESPAÇO
PARA
O
TENTANTE
PERGUNTAR
 Deve­se
 sempre
 deixar
 um
 espaço
 para
 que
 o
tentante
se
sinta
à
vontade
para
se
expressar.

 O
respeito
ao
sofrimento
e
às
necessidades,
deve
sempre
estar
em
primeiro
plano
para
que
se
possa
aplicar


uma
abordagem
de
dissuasão
eficaz.
PROCEDIMENTOS NEGATIVOS
 EM
 UMA

ABORDAGEM
 TÉCNICAMentir,
prometer
ou
seduzir.
 Não
se
deve,
em
nenhuma
ocasião,
mentir
para
o
 tentante.
Caso
o
mesmo
descubra
a
verdade,
se
sentirá
enganado
e
o
vínculo
que
poderia
existir
será
perdido
.É
literalmente
 impossível
 criar
 um
 vinculo
 com
 o
 tentante,
 a
 não
 ser
 que
 seja
 pela
verdade.
 
 Ao
 prometer
 algo,
 confirme
 que
 esteja
 dentro
 das
 possibilidades,
 com
atuação
adequada.
O
tentante
pode
estar
pedindo
proteção,
ajuda
ou
atenção.
Além
de
necessitar
de
alimentação
ou
de
algum
material
como
café
ou
cigarro.
 Sempre
 utilize
 o
 bom­senso
 frente
 aos
 pedidos
 do
 mesmo.
 Não
 ceda
 aos
pedidos
do
tentante
enquanto
o
mesmo
estiver
em
situação
de
risco.
LINGUAGEM
CORPORAL
 Todos
 os
 envolvidos
 no
 atendimento
 da
 ocorrência
 devem
 estar
 atentos
 à
linguagem
corporal
própria
e
a
do
tentante.
A
partir
desta
leitura,
é
possível
visualizar
se
o
tentante
está
envolvido
na
conversa
ou
não,
bem
como
se
está
prestes
a
consumar
o
ato.
A
boa
postura
corporal
por
parte
da
equipe
de
atendimento
ajuda
a
fortalecer
o
vínculo
com
o
tentante.
O
 QUE

 

 DEVEMOS
 FAZER!!!NÃO
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 26

 Caso
o
pedido
feito
envolva
comida,
água,
celular
ou
algum
outro
item
que
seja
de
fácil
acesso,
deve­se
fazer
o
tentante
compreender
que
o
produto
estará
disponível
assim
que
a
situação
esteja
segura
e
sob
o
acompanhamento
e
controle
do
abordador,
ou
seja,
após
o
mesmo
desistir
da
ideia
de
se
matar.
 Cabe
salientar
que
a
abordagem
de
dissuasão
é
uma
via
dupla
em
todos
os
pontos
positivos
de
uma
comunicação,
ou
seja,
o
respeito,
a
empatia,
a
verdade,
a
humanização.
Em
outras
palavras
o
tentante
é
respeitado
mas
também
deve
respeitar

 Deve
 se
 manter
 atento
 para
perceber
qualquer
situação
de
teste
ou
 manipulação,
 pois
 o
 abordador
não
 deve
 satisfazer
 a
 vontade
 do
tentante,
 principalmente
 caso
 seu
comportamento
seja
inadequado.
 É
 comum
 que
 o
 abordador,
frente
a
essa
situação
e
ao
se
sentir
inseguro
e/ou
com
medo,
satisfaça
a
vontade
do
tentante.
Neste
caso,
a
tendência
do
tentante
é
pedir
cada
vez
mais,
tornando
a
situação
 insustentável.
 Por
 isso,
 logo
 na
 primeira
 tentativa
 de
 teste,
 deve­se
demonstrar
a
percepção
e
limitar
a
ação
do
tentante.CHAMAR
POR
APELIDOS
OU
NOMES
DEPRECIATIVOS
 O
 tentante
 será
 chamado
 pelo
 seu
 nome
 e
 não
 por
 apelidos
 ou
 de
 forma
carinhosa.
Não
utilizar
de
termos
como:
“irmão”,
“tia”,
“avó”,
“mano”,
etc.
Também
não
se
 deve
 fazer
 comentários
 negativos
 sobre
 o
 tentante
 entre
 a
 equipe
 ou
 com
 os
familiares/acompanhantes.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO27
SER
AGRESSIVO
OU
RÍSPIDO
COM
O
TENTANTE
 Em
 nenhum
 momento,
 o
 abordador
 pode
 ser
agressivo,
seja
de
forma
verbal
ou
física
com
o
tentante.
Nos
casos
de
tentante
agressivo,
o
abordador
deve
usar
a
ação
física
somente
para
proteção
de
si
ou
de
terceiros,
mas
de
forma
alguma
para
agredir
o
mesmo.
 Deve­se
 adotar
 a
 técnica
 de
 contenção
 física
 em
ultimo
 caso,
 procurando
 não
 agredir
 o
 tentante
 para
contê­lo.
Também
é
necessário
atuar
de
forma
educada
e
firme
 com
 o
 tentante,
 demonstrando
 atenção,
 sem
 ser
grosseiro,
mal­educado,
ríspido
ou
agressivo
verbalmente.AMEAÇAR
O
TENTANTE
 Para
se
obter
uma
resposta
positiva
do
 tentante,
 não
 deve­se,
 em
 situação
alguma,
 ameaçá­lo
 com
 pressões
 morais,
físicas
ou
de
tratamento.DESAFIAR
O
TENTANTE
 Há
tentante
que
ameaça
o
profissional
frente
a
uma
situação,
mas
o
abordador
deve
saber
lidar
com
a
necessidade
do
mesmo.

 Quando
colocado
frente
a
um
desafio,
deve
mostrar­se
na
função
de
orientador
das
ideias
do
tentante.
Um
exemplo
claro
desta
situação
é
quando
o
abordador
ao
se
aproximar
do
tentante
é
recepcionado
com
xingamentos
e
palavrões.
Isto
é
altamente
positivo
para
as
equipes
de
emergência.
Devemos
lembrar,
que
quem
xinga,
além
de
ter
aberto
o
diálogo,
também
alivia
um
pouco
a
tensãoJULGAR,
DAR
OPINIÃO
PESSOAL
OU
ACONSELHAR
 Mesmo
que
o
tentante
ou
familiar
peça,
não
se
deve
emitir
ou
expressar
opinião
pessoal,
julgar
seus
atos
ou
aconselhar
o
tentante,
pois
isso
pode
piorar
muito
o
estado
do
mesmo. NUNCA
FAZER:
 Ceder
a
qualquer
exigência
do
tentante
que
vá
contra
o
protocolo,
como
fornecer
cigarros,
celulares
ou
refeições.

 Antecipar
a
ação
tática,
efetuar
comemorações
na
frente
do
tentante
ou
levar
parentes
ou
conhecidos
no
local
da
ocorrência.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 28
AULA
4
A
Abordagem
Técnica
é
constituída
por
fases
e
realizada
em
diferentes
grupos
de
tentantes.
Vejamos
nesta
aula
a
forma
correta
de
realizar
uma
abordagem
segura
e
eficaz
nos
três
grupos
de
tentantes
e
como
fazer
isso
utilizando
as
ferramentas
de
comunicação.
FASES
 DA
 ABORDAGEMTÉCNICA
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO29
FASES
 DA
ABORDAGEM
 DE
 DISSUASÃO
1ª
 APROXIMAÇÃOA
aproximação
deverá
ser
calma,
silenciosa
e
com
o
consentimento
do
tentante,
respeitando
o
seu
espaço.
2ª
 SILÊNCIO
 INICIALAlguns
segundos
de
silêncio
entre
a
chegada
e
a
apresentação
são
recomendados
para
o
tentante
acostumar­se
com
a
presença
do
bombeiro.3ª
 APRESENTAÇÃO
 PESSOALO
bombeiro
deve
se
identificar
de
maneira
formal,
dizendo
seu
nome,
trabalho,
função
e
porque
está
ali.4ª
 INÍCIO
 DO
 DIÁLOGOCom
intuito
de
criar
o
vínculo
o
mais
rápido
possível,
o
bombeiro
deve
dizer
ao
tentante
que
percebe
sua
aflição
diante
da
situação.

 1­
PERGUNTA
SIMPLES
 As
perguntas
simples,
que
tem
como
resposta
o
“SIM”
e
o
“NÃO”,
tem
o
objetivo
de
colher
informações
do
próprio
tentante,
verificando
assuntos
que
o
comovem
e
o
emocionam,
ajudando
o
abordador
a
encontrar
o
motivo
principal
de
sua
aflição,
ou
seja,
encontrar
os
fatores
de
proteção
e
os
fatores
de
risco,
sendo
que
esses
últimos
devem
ser
totalmente
eliminados
da
abordagem
de
dissuasão
.
FERRAMENTAS
 DE
 CONVERSAÇÃO
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 30

 Por
 definição
 didática,
 a
 maiêutica
 socrática
 é
 um
 método
 ou
 técnica
 que
pressupõe
que
a
verdade
está
latente
em
todo
ser
humano,
podendo
aflorar
aos
poucos
na
medida
em
que
se
responde
a
uma
série
de
perguntas
simples,
quase
ingênuas,
porém
perspicazes.
Ou
seja,
é
fazer
com
que
o
tentante
deduza
algo
lógico,
sem
impor
afirmativas,
apenas
perguntando
coisas
simples.

 4­
TEIA
DE
INDUÇÃO
 A
Teia
de
Indução
Técnica
é
baseada
em
proporcionar
ao
ouvinte
(tentante)duas
ou
três
opções
de
respostas
a
questões
pré
formuladas
pelo
abordador
a
fim
de
fazer
com
que
o
tentante
vincule­se
à
apenas
uma
das
opções
propostas.
Tal
técnica
de
diálogo
busca
direcionar
o
abordado
e
induzi­lo
a
escolher
e
se
vincular
a
uma
das
opções
propostas
pelo
abordador.Exemplo:­
Mas
você
quer
que
eu
vá
embora
porque
sou
bombeiro,
porque
quer
ficar
sozinho
ou
porque
quer
pensar
melhor
e
daqui
a
pouco
desistir
da
ideia
de
se
matar?
 Perceba
 que
 qualquer
 uma
 das
 opções
 que
 o
 tentante
 escolher
 não
 trará
prejuízo
algum
ao
mesmo.
Ou
seja,
o
abordador
induz
o
tentante
a
escolher
uma
das
opções
que
ele
propôs,
fazendo
com
que
o
diálogo
seja
controlado.
 5­
MAIÊUTICA

 Trata­se
 de
 uma
 síntese,
 feito
 pelo
 abordador,
 do
 que
 foi
 dito
 pelo
 próprio
tentante,
excluindo
assuntos
paralelos
e
direcionando
a
conversa
para
o
problema
em
questão.
O
objetivo
é
diminuir
o
tempo
de
abordagem
psicológica,
atentando­se
ao
fato
principal
que
gerou
o
comportamento
tentante.

 3­
PARÁFRASE
RESUMIDA
 Este
recurso
pode
ser
utilizado
em
qualquer
momento
da
abordagem
quando
o
tentante
desviar­se
do
tema
principal,
motivo
da
tentativa
de
suicídio,
divagando
para
outros
assuntos.
Exemplo:Abordador
pergunta
a
um
tentante
que
perdeu
o
emprego­
Mas
você
já
teve
outros
empregos?Diante
de
uma
afirmativa,
prossegue
com
outro
perguntando­
E
perdeu
esses
emprego?



 2­
PAUSA
SILENCIOSA
 Tal
ferramenta
deve
ser
utilizada
juntamente
com
todas
as
outras
ferramentas
aqui
elencadas.
O
objetivo
é
fazer
uma
pausa
silenciosa
por
parte
do
abordador
para
que
o
tentante
possa
refletir
acerca
de
uma
propositura
ou
questionamento
efetuado
pelo
abordador,
dando
espaço
para
que
esse
possa
criar
uma
ideia
sobre
o
assunto
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO31



 7­
DESISTÊNCIA
IMPOSITIVA



 Com
essas
questões,
leva­se
o
tentante
a
deduzir
que
perdeu
outros
empregos
e
foi
capaz
de
constituir
novos.
Dessa
vez,
também
será
capaz
de
realizar
a
mesma
ação,
ou
seja,
arranjar
outro
emprego.

 É
 possivelmente
 a
 uúltima
 ferramenta
 a
 ser
 utilizada
 
 em
 uma
 abordagem
técnica.
Tem
como
principal
objetivo
acelerar
a
desistência
por
parte
do
tentante
do
seu
ato
suicida.
Baseia­see
em
estimular
o
tentante
a
deixar
o
local
de
risco
ou
mesmo
abandonar
 o
 método
 e
 se
 vincular
 a
 uma
 opção
 dada
 pelo
 abordador
 de
 forma
derradeira.

 Esta
ferramenta
poderá
ser
implementada
quando
o
abordador
verificar
que
o
tentante
já
expressou
a
possibilidade
de
desistência
do
ato
suicida
algumas
vezes.
Dessa
forma,
ele
acelerará
tal
processo
com
uma
imposição
positiva.Exemplo:

João,
então,
eu
vou
dar
alguns
passos
trás,
você
vai
descer
dai
e
vir
me
dar
um
abraço.

 6­
MEMÓRIA
LINKADA
 Trata­se
de
um
mecanismo
de
ativar
lembranças
positivas
em
um
instante
por
meio
de
suas
memórias.
Tal
mecanismo
de
conversação
ajuda
a
ativar
novos
fatores
de
proteção
que
até
então
não
tenham
sido
encontrados.
 Exemplo:
 
Chamar
a
atenção
de
um
tentante
para
sua
casa
e
pedir
para
que
o
mesmo
 possa
 descrever
 momentos
 felizes
 de
 sua
 infância,
 que
 viveu
 naquelas
paredes.
Tal
ferramenta
pode
ser
utilizada
em
que
qualquer
das
fases
da
conversação
a
partir
 do
momento
 do
 qual
 o
 abordador
 encontra
 dificuldade
 para
 localizar
 fatores
protetivos
do
tentante.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO32



 Com
o
tentante
já
sob
controle
da
equipe,
tentar,
de
forma
singela,
enquadrar
o
nervosismo
e
a
aflição
do
mesmo
pelo
assunto
em
questão
dentro
da
normalidade,
evitando
que
ele
se
sinta
constrangido
ou
envergonhado.
 
 TRAZER
O
TENTANTE
PARA
UM
LOCAL
SEGURO,
AFASTANDO­O
DOS
RISCOS
É
OBRIGATÓRIO
QUE
O
ABORDADOR
QUE
REALIZOU
A
ABORDAGEM
ACOMPANHE
O
TENTANTE
NO
INTERIOR
DA
VIATURA
DE
RESGATE
ATÉ
O
P.S.
ESPECIALIZADO,
ONDE
DEVERÁ
PASSAR
O
CASO
À
EQUIPE
MÉDICA.
­
É
perfeitamente
normal
que
uma
pessoa
se
desespere
com
a
perda
de
um
familiar.Exemplo:


 
 DIZER
AO
TENTANTE
QUE
É
NORMAL
QUE
AS
PESSOAS
PERCAM
O
CONTROLE
EM
SITUAÇÕES
DIFÍCEIS
APÓS
 A
 DESISTÊNCIA
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 33











A
ocorrência
de
tentativa
de
suicídio
é
uma
ocorrência
que
por
si
só
gera
imagens
forte
e
impactantes,
mesmo
não
tendo
como
final
a
morte
do
tentante.




 Os
 sinais
 clínicos
 característicos
 são
 apresentados
 pelos
 sintomas
psicopatológicos
divididos
nos
seguintes
grupos:
 O
revivenciar
o
evento
traumático
(através
de
sonhos
constantes,
pesadelos,
pensamentos
incontroláveis,
sentimentos
e
imagines
que
insistentemente
invadem
a
mente,
flashbacks,
etc.);
a
evitação
ou
esquiva
de
estímulos
relacionados
ao
evento
traumático
desencadeante
(o
tentante
poderá
evitar
falar,
lembrar,
ver
alguma
imagem
que
lembre
o
trauma,
falar
com
alguém
que
esteja
relacionado
ao
trauma,
ir
ao
local
onde
aconteceu
o
evento
ou
que
lembre
o
fato,
etc.)
 ABORDAGEM
TÁTICA
 A
abordagem
tática
é
a
ultima
ferramenta
que
deve
ser
utilizada
para
evitar
a
morte
de
um
tentante.
Antes
da
criação
da
abordagem
técnica
a
tentativas
de
suicídio
a
abordagem
tática
era
o
único
recurso
que
as
equipes
possuíam
para
evitar
a
morte
de
tentantes,
 toda
via,
 hoje
após
décadas
de
estudo
 
 a
abordagem
 tática,
 ou
 seja,
 o
confronto
corporal
despendido
a
um
tentante
deve
ser
a
ÚLTIMA
alternativa
dentro
de
desse
tipo
de
ocorrência.
Respeitar
o
espaço
e
o
tempo
de
um
tentante
e
agir
de
forma
indireta
para
evitar
a
criação
de
possíveis
traumas
na
vida
desta
pessoa
do
suicídio.Para
 determinar
 o
 exato
 momento
 no
 qual
 uma
 abordagem
 tática
 deve
 ser
desencadeada,
segue
abaixo
fluxograma.

As
corporações
mantém
programas
altamente
eficientes
quanto
a
esse
autocuidado,
procurar
esses
programas
ou
ser,
encaminhados
a
eles
é
cuidar
não
so
de
si
mas
de
todos
aqueles
que
o
cercam.














































TODA
GUARNIÇÃO
DEVE
ESTAR
CONSCIENTE
DE
QUE
MESMO
REALIZANDO
TODOS
OS
PROCEDIMENTOS
RECOMENDADOS,
O
TENTANTE
PODERÁ
CONSUMAR
O
SUICÍDIO,
E
SE
ISSO
ACONTECER,
A
GUARNIÇÃO
NÃO
TERÁ
CULPA
NENHUMA
SOBRE.
 TRANSTORNO
POR
EXPOSIÇÃO
(ESTRESSE)
PÓS
TRAUMÁTICA
 O
transtorno
(muito
mais
reconhecido
após
a
observação
do
comportamento
dos
 sobreviventes
 de
 guerras)
 desenvolve­se
 a
 partir
 da
 vivência
 de
 um
 evento
traumático
que
deflagra
uma
resposta
intensa
de
medo,
desamparo
ou
horror
e
que
desenvolve
sintomatologia
característica
persistente
ao
longo
de,
pelo
menos,
quatro
semanas
após
o
trauma.







Cuidar­se
e
preservar­se
de
fatos
que
possam
causar
algum
transtorno
posterior
na
vida
do
abordador,
é
necessário
o
acompanhamento
por
parte
de
profissionais
da
área
da
psicologia
e
ou
da
psiquiatria,
é
fundamental
para
que
o
abordador
mantenha­se
são
em
sua
capacidade
mental.
CUIDANDO
DO
CUIDADOR
Realizar a abordagem verificando constantemente o vínculo com o paciente O vínculo /confiança /diálogo está forte? Sim Prosseguir no assuntoque está sendo abordado emanter o abordador!!
Alterar o assunto domomento(mudar o foco)Não O vínculo tornou-se mais forte?Não SimEfetuar a troca doabordador
Agilizar o Back up, poispoderá ser utilizado
Não NãoA troca foi feitacom êxito?Sim Back up pronto paraser acionado?
SimApresenta sinais deConsumo do suicídio?
SimAcionar Back up
Não
1.

Falar
o
menos
possível
para
dar
ao
tentante
oportunidade
de
desabafar;2.

Evite
olhar
diretamente
nos
olhos,
mire
na
raiz
do
nariz;3.

Se
possível,
fique
no
nível
da
tentante,
ou
em
nível
abaixo;
8.

Não
ceda
a
suas
exigências.6.

Em
hipótese
alguma
reaja
a
qualquer
provocação
ou
xingamento;
4.

Quanto
mais
o
tentante
gritar,
mais
fale
baixo;5.

Tente
evitar
palavras
de
negação
como:
não
pode,
não
vai,
etc;7.

Nunca
desafie
o
tentante;
REGRAS
PARA
ABORDAGEM
A
PESSOAS
AGRESSIVAS:

 AGRESSIVOS
 Por
definição,
dentro
de
um
parâmetro
psicológico,
a
pessoa
agressiva
é
aquela
que
reage
a
todo
acontecimento
como
se
fosse
uma
prova,
contenda
ou
disputa
na
sua
leitura
mental.
A
 competição
 passa
 a
 reinar
 na
 alma
 da
 pessoa
 e
 se
 for
 feito
 um
levantamento
 da
 história
 do
 indivíduo,
 descobre­se
 que
 desde
 cedo
 o
 mesmo
 se
esforçou
 em
 demasiapara
 não
 vivenciar
 a
 experiência
 da
 exclusão.
 (ARAUJO,
A
Calves)
 Durante
a
abordagem
de
dissuasao,
 tais
 indivíduos
tendem
a
não
aceitarem
qualquer
tipo
de
imposição
e
de
forma
alguma
devem
ser
confrontados,
pois
isso
só
os
tornaria
mais
agressivos
com
a
tendência
de
consumar
o
atosuicida

 GRUPOS
DE
TENTANTES
 De
acordo
com
os
atuais
atendimentos
realizados
pelo
Corpo
de
Bombeiros
do
Estado
de
São
Paulo
e
também
conforme
os
ditames
da
psicologia
moderna,
pode­se
separar
em
três
grandes
grupos
os
tentantes
de
suicídio
e
de
acordo
com
cada
um
deles
 realizar
 uma
 abordagem
 diferente,
 pois
 suas
 reações
 são
 diversas.
 Cabe
salientar
que
os
grupos
estao
separados
de
acordo
com
a
postura
de
um
tentante
e
nao
com
a
sua
patologia
 Por
exemplo,
quando
o
abordador
se
depara
com
tentantes
agressivos,
tem
a
tendência
de
proferir
as
mesmas
 frases
e
chavões
que
realizaria
para
um
tentante
depressivo,
todavia
a
reação,
em
regra,
de
tentantes
agressivos
são
opostas
àquelas
esperadas
 em
 tentantes
 depressivos,
 logo,
 o
 abordador
 nunca
 deve
 abordá­lo
 da
mesma
forma.

 Segue
abaixo
o
estudo
de
cada
um
desses
grupos
e
como
agir
perante
suas
reações
específicas:
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 35

 Muitas
pessoas
com
doença
depressiva
nunca
procuram
tratamento,
porém,
a
grande
 maioria,
 até
 aquelas
 com
 depressão
 mais
 severa,
 podem
 melhorar
 com
tratamento.
 Pesquisas
 intensivas
 sobre
 a
 depressão
 mostram
 resultados
 em
desenvolvimento
 de
 remédios,
 psicoterapias
 e
 outros
métodos
 de
 tratamento
 para
pessoas
com
transtorno
depressivo.

 Os
sintomas
da
depressão
incluem
humor
triste
persistente,
falta
de
interesse
ou
prazer
 em
 atividade
 que
 outrora
 eram
 prazerosas,
 alterações
 no
 peso
 e
 apetite,
dificuldade
 de
 dormir
 ou
 sono
 exagerado,
 agitação
 ou
 lentidão,
 perda
 de
 energia,
sentimento
de
 falta
de
 importância
ou
culpa
 inapropriada,
dificuldade
de
pensar
ou
concentrar,
pensamentos
recorrentes
de
morte
ou
suicídio.
 Em
 regra,
 esses
 indivíduos
 necessitam
 de
 uma
 orientação
 durante
 a
abordagem,
pois
apresentam
uma
carência
de
aconselhamento
muito
grande,
todavia,
o
abordador
não
deve
adotar
essa
postura,
mas
sim,
ajudar
os
depressivos
e
induzi­los
a
chegar
em
soluções
aparentemente
sozinhos.

 DEPRESSIVOS
3.

Se
possível,
no
mesmo
nível;2.

Abordar
o
tentante
a
sua
frente;1.

Muita
fala
até
conseguir
estabelecer
um
diálogo;4.

Ter
uma
atitude
mais
enérgica,
mas
sem
ser
agressivo;5.

Manipule
o
diálogo
de
modo
que
o
tentante
pense
que
chegou
a
uma
conclusão
por
si
só;6.

Não
aconselhe;7.

Seja
positivo
a
todo
momento.
REGRAS
PARA
ABORDAGEM
A
PESSOAS
DEPRESSIVAS

 PSICÓTICOS

 A
esquizofrenia
apresenta
várias
manifestações,
afetando
diversas
áreas
do
funcionamento
psíquico.
Os
principais
sintomas
são:

 O
surto
psicótico
decorre
de
doenças
como,
por
exemplo,
a
esquizofrenia
que
é
uma
doença
mental
crônica
que
se
manifesta
na
adolescência
ou
início
da
idade
adulta.
Sua
frequência
na
população
em
geral
é
de
1
caso
para
cada
100
pessoas,
havendo
cerca
de
40
casos
novos
para
cada
100.000
habitantes
por
ano.
No
Brasil
estima­se
que
exista
cerca
de
1,6
milhão
de
psicóticos.
A
cada
ano
cerca
de
50.000
pessoas
manifestam
a
 doença
 pela
 primeira
 vez.
 Ela
 atinge
 em
 igual
 proporção
 homens
 e
mulheres,
em
geral
inicia­se
mais
cedo
no
homem,
por
volta
dos
20­25
anos
de
idade,
e
na
mulher,
por
volta
dos
25­30
anos.
Delírios:
São
ideias
falsas
das
quais
o
tentante
tem
convicção
absoluta.
Por
 exemplo,
 ele
 se
 acha
 perseguido
 ou
 observado
 por
 câmeras
escondidas,
acredita
que
os
vizinhos
ou
as
pessoas
que
passam
na
rua
querem
lhe
fazer
mal.1.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO36
Fonte:
Divulgação
Alterações
 de
 afetividade:
 Muitos
 tentantes
 têm
 uma
 perda
 da
capacidade
 de
 reagir
 emocionalmente
 às
 circunstâncias,
 fincando
indiferente
e
sem
expressão
afetiva.
Outras
vezes
o
tentante
apresenta
reações
 afetivas
 que
 são
 incongruentes,
 inadequadas
 em
 relação
 ao
contexto
em
que
se
encontra.
Torna­se
pueril
e
se
comporta
de
modo
excêntrico
ou
indiferente
ao
ambiente
que
o
cerca.Diminuição
da
motivação:
O
tentante
perde
a
vontade,
fica
desanimado
e
apático,
não
sendo
capaz
de
enfrentar
as
tarefas
do
dia
a
dia.
Quase
não
conversa,
fica
isolado
e
retraído
socialmente.

Alucinações:
São
percepções
falsas
dos
órgãos
dos
sentidos,
as
mais
comuns
na
esquizofrenia
são
as
auditivas,
em
forma
de
vozes.
O
tentante
ouve
vozes
que
falam
sobre
ele
ou
que
acompanham
suas
atividades
com
comentários.
Muitas
vezes
essas
vozes
dão
ordens
de
como
agir
em
determinada
circunstância.
Outras
formas
de
alucinação,
como
visuais,
táteis
ou
olfativas
também
podem
ocorrer
na
esquizofrenia.Alterações
 do
 pensamento:
 As
 ideias
 podem
 se
 tornar
 confusas,
desorganizadas
ou
desconexas,
tornando
o
discurso
do
tentante
difícil
de
compreender.
Muitas
 vezes
 o
 tentante
 tem
 a
 convicção
 de
 que
 seus
pensamentos
podem
ser
lidos
por
outras
pessoas,
ou
que
pensamentos
são
roubados
de
sua
mente
ou
inseridos
nela.
2.
3.
4.
5.REGRAS
PARA
ABORDAGEM
A
PESSOAS
COM
SURTOS
PSICÓTICOS:
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 37Fonte:
www.elmedicointeractivo.com
Ainda
não
existe
consenso
sobre
o
modo
de
uma
abordagem
segura
a
este
tipo
de
tentante.
Todavia,
é
altamente
indicado
que
o
abordador
adentre
as
ilusões
e
as
fantasias
do
 tentante
psicótico,
pois
 tais
delírios
podem
 representar
um
 fator
de
proteção
para
a
criação
e
manutenção
do
vínculo.Estatisticamente
são
abordagens
mais
demoradas.
Nunca
leve
para
a

abordagem
de
dissuasão
memórias
ou
lembranças
referentes
ao
tratamento
psiquiátrico
deste
tentante.Geralmente
são
tentantes
já
conhecidos
das
guarnições,
mas
isso
não
deve
ser
lido
como
sendo
uma
abordagem
fácil.Caso
haja,
utilize
abordadores
conhecidos
do
tentante.
1.
2.
3.4.
AULA
5
O
Gerenciamento
Operacional
abordará
todas
as
fases
que
envolvem
os
diversos
métodos
e
cenários
das
ocorrências
de
tentativas
de
Suicídio.
Envolvendo
as
providências
corretas
para
a
solução
da
crise
e
o
reconhecimento
dos
riscos
individuais
de
cada
método
com
a
finalidade
correta
de
minimizá-los.
GERENCIAMENTOOPERACIONAL
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO38
GERENCIAMENTO
 DE
 EMERGÊNCIAS
 ENVOLVENDOTENTATIVAS
 DE
 SUICÍDIO
1)
 DESLOCAMENTO
 E
 CHEGADA
 AO
 LOCAL
 DA
 OCORRÊNCIA•
Coletar
o
maior
número
de
informações
através
do
Centro
de
Comunicações;•
De
acordo
com
o
informado,
definir
o
E.P.I.
adequado
de
acordo
com
o
método
de
suicídio
escolhido
pelo
tentante;•
 Chegar
 de
 forma
 calma
 e
 discreta
 com
 os
 dispositivos
 luminosos
 e
 sonoros
desligados.
Como
toda
emergência,
deve­se
adotar
providências
cabíveis
em
cada
uma
de
suas
fases:PROVIDÊNCIAS
 GERAIS
 DE
 GERENCIAMENTO
2)
 ANÁLISE
 DA
 SITUAÇÃO
•
Presença
de
perigos
elétricos;•
Possibilidade
de
atropelamento;
•
Possibilidade
incêndio
e
queimadura;
•
Presença
de
gases
que
possam
provocar
asfixia;
•
Presença
de
arma
branca;•
Presença
de
arma
de
fogo;
•
Presença
de
gases
inflamáveis;•
Presença
gases
tóxicos;•
Possibilidade
de
queda
de
local
elevado;•
Possibilidade
de
afogamento;
•
Coletar
dados
e
informações
de
fontes
seguras;•
Confirmar
a
localização
e
condições
do
tentante;•
Identificar
o
método
escolhido
pelo
tentante;•
Levantar
as
características
construtivas
e
de
acesso
ao
 local
onde
se
encontra
o
tentante;•
Levantar
os
locais
inseguros
que
devem
ter
restrição
de
acesso.2.2
AVALIAÇÃO
DE
RISCOS•
Levantar
os
riscos
gerados
pelo
método
escolhido
para
a
tentativa;•
Levantar
os
riscos
gerados
pelo
local
escolhido
para
a
tentativa;
•
Confirmar
as
informações
iniciais;
•
Possibilidade
de
contaminação;•
Possibilidade
de
envenenamento;•
Possibilidade
de
enforcamento.
2.1
AVALIAÇÃO
INICIAL
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 39
3)
 PREPARAÇÃO
•
Estabelecer
responsabilidades
pessoais
de
controle;•
 Tornar
 segura
 a
 área
 quente:
 neutralizar
 ou
 minimizar
 os
 riscos
encontrados
durante
a
avaliação
de
riscos;•
Posicionar
a
equipe
encarregada
do
plano
B
prontae
em
condições.
•
Evacuar
local
se
necessário;•
Controlar
tráfego
de
veículos
e
pessoas;
•
Posicionar
cada
equipe
conforme
especialização
no
local
adequado
de
acordo
com
a
função
e
o
risco
estabelecido
para
pronta
atuação;
•
Demarcar
áreas
de
atendimento:
área
quente,
morna
e
fria,
afastando
a
imprensa
e
outros
profissionais
sem
relação
direta
com
a
emergência
ou
que
não
estejam
com
o
E.P.I.
adequado;
•
Determinar
o
pessoal
que
permanecerá
nas
áreas
de
risco;•
Confirmar
o
E.P.I.
necessário
para
cada
equipe
de
trabalho
envolvida
na
emergência
de
acordo
com
os
riscos
a
que
estão
expostos;
4)
 OPERAÇÃO
 DE
 SALVAMENTO
•
Conduzir
o
diálogo
para
que
o
tentante
encontre
uma
solução;•
Iniciar
a
abordagem
psicológica
e
tentar
formar
vínculo
com
o
tentante
o
mais
rápido
possível;•
Afastar
o
tentante
dos
riscos
detectados
e
conduzi­lo
em
segurança
à
viatura
para
transporte
ao
P.S.
•
Dar
início
no
plano
de
ação
definido;•
Posicionamento
da
equipe
encarregada
do
plano
B;•
Aproximar­se
com
calma
e
realizar
contato
com
o
tentante;•
Apresentar­se
formalmente
para
o
tentante;
5)
 ENCERRAMENTO•
Remoção
de
equipamentos
e
ferramentas;•
Estabelecimento
de
responsabilidades
pessoais;•
Conduzir
o
tentante
ao
P.S.;•
Passar
o
caso
ao
médico
responsável.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO40
EQUIPE
 DE
ABORDAGEM

 DO

ABORDADOR

AUXILIAR
 O
 abordador
 auxiliar
 deverá
 ter
 as
 mesmas
 qualidades
 e
 capacidades
 do
abordador
principal
e
acompanhá­lo
em
todas
as
ações,
servindo
assim,
como
reserva
(backup),
caso
haja
necessidade
de
troca
do
abordador;
 Quando
não
houver
necessidade
de
troca,
o
abordador
auxiliar,
se
manterá
com
o
 abordador
 principal,
 auxiliando­o
 na
 formação
 de
 vínculo,
 no
 diálogo
 e
 na
desmotivação
da
consumação
do
suicídio.

 COMPOSIÇÃO
DA
EQUIPE
DE
ABORDAGEM
 A
 equipe
 de
 abordadores
 deve
 estar
 dividida
 em:
 comandante,
 abordador,
abordador
auxiliar,
equipe
de
abordagem
 tática,
equipe
 responsável
pela
coleta
de
informações
sobre
o
tentante
e
segurança.
 DO

COMANDANTE
 O
comandante
deverá
ser
o
abordador
mais
experiente
no
local,
deliberando
qual
será
ação
tática
a
ser
realizada
e
deixar
a
equipe
a
postos
antes
de
começar
a
abordagem
técnica,
sendo
assim,
o
responsável
por
todo
o
cenário
da
ocorrência;
 Estabelecer
 qual
 será
 a
 voz
 de
 comando
 para
 acionamento
 da
 abordagem
tática,
caso
seja
necessária;
 Determinar
as
rotas
de
fuga
antes
de
realizar
a
abordagem
técnica;

 Antes
de
realizar
a
abordagem,
deverá
coletar
o
maior
número
de
informações
possíveis,
 buscando
 os
 fatores
 de
 risco
 e
 proteção,
 e
 o
 fator
 desencadeante
 da
tentativa
(fator
principal);
 Durante
a
abordagem
deverá
tentar
formar
vínculo
com
o
tentante,
ouvindo­o
atentamente.

 DO

ABORDADOR
 É
primordial
que
o
Comandante
tenha
acesso
visual
da
abordagem
técnica
e
contato
via
rádio
com
a
equipe
da
abordagem
tática.

 Verificar
todas
as
equipes,
viatura
e
meios
de
apoio;
 O
comandante
então
se
desloca
junto
com
o
abordador
e
o
abordador
auxiliar
ao
encontro
do
tentante;

 O
abordador
deverá
ter
realizado
o
curso
de
Abordagem
Técnica
a
Tentativas
de
Suicídio
 ou
 ter
 conhecimentos
 nesta
 área.
 Ser
 atencioso,
 observador,
 respeitoso,
calmo,
eloquente,
comunicativo,
que
ouça
com
atenção
e
paciência
e
que
não
julgue
o
tentante;
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 41

 A
 equipe
 de
 abordagem
 tática
 deverá
 ser
 composta
 por
 abordadores
 com
qualificações
 específicas
 para
 cada
 método,
 como,
 por
 exemplo,
 no
 caso
 de
precipitação,
todos
abordadores
que
atuarão,
deverão
ser
especialistas
em
salvamento
em
altura;
 Deverá
 ser
 chefiada
 por
 um
 oficial
 ou
 graduado,
 estando
 este
 sempre
 em
contato
com
o
comandante
passando
as
novidades
e
a
condição
do
pronto
emprego;

 DO
SEGURANÇA

 A
 coleta
 de
 informações
 deverá
 ser
 realizada
 por
 um
 abordador
 ou
 equipe
especifica
para
tal,
devendo
levar
em
conta
a
importância
de
se
utilizar
mais
de
uma
fonte
e
a
todo
o
momento
alimentar
o
comandante
com
as
informações
adquiridas
na
coleta.

 Somente
será
acionada
pelo
comandante
da
ocorrência
e
com
voz
de
comando
previamente
estipulada.

 DA
EQUIPE
DE
ABORDAGEM
TÁTICA

 Em
 caso
 de
 qualquer
 ação
 que
 afete
 as
 condições
 de
 segurança
 dos
abordadores
 da
 ocorrência,
 o
 responsável
 pela
 segurança
 deverá
 informar
 o
Comandante
para
providências
imediatas.

 DA
EQUIPE
RESPONSÁVEL
PELA
COLETA
DE
INFORMAÇÕES

 O
responsável
pela
segurança
deverá
fiscalizar
todas
as
ações
a
respeito
da
segurança
pessoal
de
cada
abordador,
verificando
a
utilização
de
EPI,
as
medidas
de
segurança,
 as
 condições
 do
 local
 da
 emergência,
 a
 mitigação
 de
 riscos,
 as
probabilidades
de
possíveis
danos
a
guarnição
e
verificar
e
estipular
a
rota
de
fuga;

 Deverá
ser
uma
equipe
treinada
e
capacitada
para
tal
ação;
PROVIDÊNCIAS
 PARA
 ADMINISTRAÇÃO
 DE
 RISCOS

 Através
destas
 informações
o
comandante
da
emergência
poderá
 traçar
seu
plano
de
ação,
adotar
medidas
de
segurança
no
local
para
a
equipe
de
serviço
e
para
terceiros
e
então
neutralizar
ou
minimizar
os
riscos.

 É
muito
importante
a
rápida
identificação
do
método
escolhido
pelo
tentante
para
a
tentativa
do
suicídio,
quer
seja
solicitando
maiores
informações
ao
COBOM
durante
o
caminho
para
a
ocorrência,
 quer
 seja
através
de
 rápida
análise
e
 levantamento
de
informações
no
próprio
local
da
ocorrência.
A
gravidade
da
tentativa
relaciona­se
com
a
"potencialidade
autodestrutiva"
do
método
utilizado.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO42
1)
 OCORRÊNCIA
 COM
 ARMA
 BRANCA
•
Caso
o
tentante
reaja
ou
forneça
condições
reais
de
ferir
os
abordadores,
a
equipe
de
abordagem
tática
deverá
acionar
o
esguicho
em
direção
ao
tentante
a
fim
de
neutralizá­lo
e
retirar
a
arma
branca.
•
Acionar
o
policiamento
para
apoio
na
segurança
dos
abordadores
e
da
cena
em
geral;
•
Neste
caso
a
equipe
de
abordagem
tática
atua
junto
com
a
equipe
de
abordagem
técnica,
a
fim
de
protegê­la;•
É
necessária
uma
equipe
de
Suporte
Avançado
e
uma
equipe
de
Suporte
Básico
em
condições
de
pronto
emprego;
•
De
preferência,
o
abordador
deve
permanecer
protegido
por
um
anteparo,
formando
um
obstáculo
entre
o
tentante
e
ele
para
que
atue
em
segurança;
•
Estabelecer
a
rota
de
fuga
antes
da
abordagem
técnica;•
A
abordagem
tática
deverá
ser
realizada
com
mangueira
de
2
½
”
pressurizada
a
no
mínimo
80
PSI;
•
Equipar­se
com
EPI
de
incêndio
para
maior
segurança;
2)
 PRECIPITAÇÃO
•
Em
caso
de
acionamento
da
abordagem
tática,
dois
bombeiros
realizam
o
“Rapel
tático”
em
direção
ao
tentante
com
finalidade
de
tirá­lo
da
zona
de
risco.
•
O
comandante
deverá
indicar
qual
será
o
melhor
meio
de
abordagem
tática
(exemplo:
rapel
tático)
e
de
qual
local
será
a
saída
da
ação;•
 O
 mais
 qualificado
 da
 equipe
 tática
 deverá
 verificar
 qual
 será
 o
 melhor
 tipo
 de
ancoragem
(exemplo:
ancoragem
simples
ou
humana);•
Quando
a
equipe
tática
estiver
em
condições
de
pronto
emprego
deverá
informar
o
Comandante
para
que
então
se
inicie
a
abordagem
técnica;
•
Equipar­se
com
EPI
de
salvamento
em
altura;
•
É
necessária
uma
equipe
de
Suporte
Avançado
e
uma
equipe
de
Suporte
Básico
em
condições
de
pronto
emprego;
3)
 OCORRÊNCIA
 ENVOLVENDO
 EXPLOSIVOS,
 GASES
 ELÍQUIDOS
 COMBUSTÍVEIS•
Equipar­se
com
EPI
de
incêndio
completo;•
Desligar
energia
elétrica;•
Eliminar
possíveis
fontes
de
ignição;•
Determinar
raio
de
isolamento
seguro
aos
populares;•
Realizar
o
máximo
de
aberturas
possíveis,
auxiliando
a
ventilação
natural;•
Estabelecer
a
rota
de
fuga
antes
da
abordagem
técnica;
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 43
•
Caso
o
tentante
reaja
ou
forneça
condições
reais
de
ferir
os
abordadores,
a
equipe
de
abordagem
tática
deverá
acionar
o
esguicho
em
direção
ao
tentante
a
fim
de
neutralizá­lo
e
retirar
a
fonte
de
combustão;•
Retirada
de
material
combustível
do
local;
•
Neste
caso
a
equipe
de
abordagem
tática
atua
junto
com
a
equipe
de
abordagem
técnica,
a
fim
de
protegê­la;•
É
necessária
uma
equipe
de
Suporte
Avançado
e
uma
equipe
de
Suporte
Básico
em
condiçõesde
pronto
emprego;
•
A
abordagem
tática
deverá,
se
necessário,
ser
realizada
com
mangueira
de
2
½
“
pressurizada
a
no
mínimo
80
PSI.
•
Acionamento
de
viatura
de
apoio
para
controle
de
curiosos
e
multidões.4)
 ENFORCAMENTO•
Equipar­se
com
EPI
de
Salvamento,
faca
ou
outro
equipamento
cortante
e
escada
que
alcance
o
local
de
possível
queda
do
tentante;•
Na
ação
tática
deverá
ser
previsto
anteparo
para
suportar
o
peso
do
tentante
até
que
a
corda
seja
cortada;•
 A
 equipe
 de
 ação
 tática
 ficará
 à
 retaguarda
 da
 equipe
 de
 abordagem
 técnica,
verificando
 qual
 é
 o
meio
mais
 rápido
 e
 eficaz
 de
 chegar
 ao
 tentante
 no
 caso
 de
acionamento;•
É
necessária
uma
equipe
de
Suporte
Avançado
e
uma
equipe
de
Suporte
Básico
em
condições
de
pronto
emprego.5)
 SUBIDA
 EM
 TORRE
 TRELIÇADA
•
O
abordador
auxiliar
irá
com
o
sistema
de
salvamento
pronto
debrear
o
tentante
e
auxiliar
na
abordagem.
•
Equipar­se
com
EPI
e
materiais
de
Salvamento
em
Altura
(triângulo
de
salvamento,
cordas,
fitas
tubulares,
mosquetões,
polias,
talabartes);
•
 Para
 a
 abordagem
 técnica
 deverão
 subir
 dois
 bombeiros
abordadores
especialistas
em
salvamento
em
altura;•
O
abordador
acessará
a
vítima
o
mais
rápido
possível
para
iniciar
a
abordagem
técnica;
•
É
necessária
uma
equipe
de
Suporte
Avançado
e
uma
equipe
de
Suporte
Básico
em
condições
de
pronto
emprego;•
Acionar
equipes
de
apoio
para
controle
de
curiosos
e
multidões;
•
Em
caso
de
torres
de
alta
tensão,
acionar
equipe
especializada
da
 concessionária
 para
 corte
 de
 fornecimento
 de
 energia
 e
aterramento,
antes
de
realizar
a
subida;
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO44
6)
 OCORRÊNCIA
 COM
 ARMA
 DE
 FOGO
 •
Esta
é
uma
ocorrência
peculiar,
na
qual
a
abordagem
técnica
direta
ao
tentante
não
será
realizada
pelo
Serviço
de
Atendimento
Pré­Hospitalar,
mas
sim
pelo
Policiamento
de
Área
e/ou
Grupo
de
Ações
Táticas
Especiais.
 •
Ao
Serviço
de
Resgate
caberá
apenas
o
apoio
com
o
Suporte
Básico
de
Vida
em
caso
de
ferimentos
ou
lesões
por
arma
de
fogo,
permanecendo
em
um
primeiro
momento
na
área
fria.OUTRAS
 PROVIDÊNCIAS
Controlar
 acesso
 de
 outros
 órgãos
 e
 autoridades
 que
 estejam
 sem
 o
 E.P.I.
adequado
ou
que
não
tenham
ligação
direta
com
a
emergência;
Afastar
objetos
que
possam
ser
utilizados
pelo
tentante,
como
armas;Em
pontes,
posicionar
uma
embarcação
no
rio,
próximo
ao
local
onde
o
tentante
possa
se
jogar;Solicitar
 à
 Central
 de
 Operações
 para
 que
 entre
 em
 contato
 com
 o
 órgão
responsável
 para
 afastar
 aeronaves
 da
 imprensa
 do
 local
 caso
 as
mesmas
estejam
prejudicando
o
desenrolar
da
emergência.
Qualquer
outra
providência
que
for
julgada
necessária
para
garantir
a
segurança
do
tentante
e
das
guarnições
em
atendimento.
•••
••
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 45
AULA
6
Visando
a
Inclusão
Social
de
pessoas
que
possuem
deficiências
auditivas,
instruiremos
noções
primordiais
para
a
melhor
atuação
do
abordador
para
com
o
tentante
surdo.
LIBRAS
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO46
ABORDAGEM
 TÉCNICA
A
 TENTANTES
 SURDOS
 –
 LIBRAS

 O
Corpo
de
Bombeiros,
junto
a
Comissão
Nacional
de
Abordagem
Técnica
a
Tentativas
de
Suicídio
visa
a
 inclusão
social
de
pessoas
que
possuem
deficiências
auditivas
e
para
que
a
atuação
do
abordador
para
com
o
tentante
surdo
seja
eficaz,
traremos
breves
conceitos
que
o
auxiliarão
na
comunicação.

 Libras
é
a
sigla
da
Língua
Brasileira
de
Sinais.
Um
conjunto
de
formas
gestuais,
utilizado
por
deficientes
auditivos
para
comunicação
entre
eles
e
outras
pessoas,
sejam
elas
surdas
ou
não.

 •

Semântico
(significado).

 LIBRAS
possui
uma
estrutura
gramatical
própria,
Considera­se
LIBRAS
uma
língua
por
possuir
todos
os
níveis
linguísticos:

 E
o
que
vai
diferenciar
essa
 língua
das
demais
é
a
sua
modalidade
visual­espacial,
pois
o
que
denominamos
de
palavra
na
língua
oral­auditiva,
em
LIBRAS
é
representado
pelos
sinais.


 •

Sintático
(função
na
frase);
 •

Morfológicos
(forma);

 A
Língua
de
Sinais
não
é
universal.
CONCEITO
CONTEXTO
 HISTÓRICO
 O
Criador
da
 língua
de
sinais
 foi
o
abade
 francês
Charles­Michel.


 Ela
ganhou
espaço
quando
o
Conde
aceitou
o
convite
de
D.
Pedro
II
para
fundar
a
primeira
escola
para
meninos
surdos
primeiramente
chamada
Imperial
Instituto
de
Surdos
Mudos,
atual
INES
(Instituto
Nacional
de
Educação
de
Surdos).

 Na
metade
do
século
XVIII,
ele
desenvolveu
um
sistema
de
sinais
para
alfabetizar
crianças
surdas
que
serviu
de
base
para
o
método
 usado
 até
 hoje.
 Na
 época,
 as
 crianças
 com
 deficiências
auditivas
 e
 na
 fala
 não
 eram
 alfabetizadas.
O
 abade
 fundou,
 em
1755,
a
primeira
escola
para
surdos,
ensinando
o
alfabeto
a
seus
alunos
 com
 gestos
 manuais
 descrevendo
 letra
 por
 letra.
 Esse
 método
 foi,
 então,
aperfeiçoado
ao
longo
dos
séculos
nos
vários
países
onde
foi
adotado.
“Em
1856,
o
conde
francês
Ernest
Huet,
que
era
surdo,
trouxe
ao
Brasil
a
língua
de
sinais
francesa”.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 47
Fonte:
Di
vulgação

 A
partir
da
 fundação
da
escola,
os
surdos
brasileiros
puderam
então
criar
a
Língua
Brasileira
de
Sinais,
que
se
originou
da
Língua
de
Sinais
Francesa
e
das
formas
de
comunicação
já
utilizadas
pelos
surdos
de
vários
locais
do
país.
 Essa
 conquista
 se
 somou
a
outras
mais
atuais,
 que
 sempre
passaram
pelo
campo
da
legislação.
Nos
últimos
anos,
não
foram
poucas
as
leis
e
recomendações
que
buscaram
regulamentar
aspectos
da
língua
de
sinais
para
propagar
o
seu
uso
e
garantir
direitos
à
comunidade
surda:

 Mesmo
com
todos
esses
avanços,
a
Libras
ainda
é
pouco
conhecida
e
usada
entre
os
ouvintes.
Seu
status
de
língua
oficial
não
é
validado
na
prática.
Para
mudar
essa
realidade
precisamos
tratar
a
Língua
Brasileira
de
Sinais
como
realmente
nossa,
defendendo­a
e
procurando
aprender
mais
sobre
ela.
2004:
Lei
que
determina
o
uso
de
recursos
visuais
e
legendas
nas
propagandas
oficiais
do
governo;2008:
Instituído
o
Dia
Nacional
do
Surdo,
comemorando
em
26
de
Setembro,
considerado
o
mês
dos
surdos;2010:
Foi
regulamentada
a
profissão
de
Tradutor
e
Intérprete
de
Libras;2015:
Publicação
da
Lei
Brasileira
de
 Inclusão
 (ou
Estatuto
da
Pessoa
com
Deficiência),
que
trata
da
acessibilidade
em
áreas
como
educação,
saúde,
lazer,
cultura,
trabalho,
etc.;2016:
Anatel
publica
resolução
com
as
regras
para
o
atendimento
das
pessoas
com
deficiência
por
parte
das
empresas
de
telecomunicações.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO48

 Inclusão
 no
 momento
 de
 crise:
 “Segundo
 dados
 do
 IBGE,
 cerca
 de
 2,6
milhões
de
pessoas
no
país,
são
surdas
e
possuem
(por
causa
dessa
surdez)
algum
tipo
de
dificuldade
de
interação
no
seu
meio.
Preocupados
com
essa
situação,
o
Corpo
de
Bombeiros
do
Estado
de
São
Paulo,
adotou
em
seu
curso
de
Abordagem
Técnica
a
Tentativas
de
Suicídio,
aulas
básicas
de
Libras,
fazendo
com
que
se
essas
pessoas
tentarem
o
suicídio,
possam
ser
abordadas
 também
de
uma
 forma
humanizada.
O
Corpo
de
Bombeiros
também
está
engajado
na
causa
dos
surdos
de
todo
o
Brasil.”
(MUNHOZ,
2019)
LIBRAS
 NA
 ABORDAGEM
 TÉCNICA

 A
utilização
de
Libras
na
Abordagem,
incentiva
o
aproveitamento
adquirido
no
curso
ao
profissional,
promovendo
a
aquisição
de
uma
nova
Língua
ao
mesmo
tempo.
Além
 de
 se
 tornar
 uma
 referência
 deste
 tema,
 na
 respectiva
 unidade,
 pratica
 a
habilidade
de
se
expressar
para
atender
empaticamente
a
todos
que
necessitam
 
e
inclusive
ouvintes.
(Filipe
Macedo)“Faço
 de
 minhas
 mãos
 boca
 para
 que
 seus
 olhos
possam
me
ouvir”
 ALFABETO
 DE
 LIBRAS
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 49
Fonte:wreducacional.com.br
Fonte:
cursodelibras.org
PRINCIPAIS
 EXPRESSÕES“Oi,
você
é
surdo?”“Você
sabe
Libras?”“Vou
chamar
um
intérprete?”“Eu
falo
um
pouco
de
Libras”“Estou
preocupado
com
vocꔓÉ
importante
você
falar
o
que
sente,
desabafa,
pode
falar”“Calma,
eu
espero
você
falar”“Podemos
ir
juntos
ao
hospital?”“Posso
me
aproximar
de
você?”“Sei
que
sua
dor
é
verdadeira”“Sua
vida
é
muito
importante”“Te
dou
meu
apoio,
vamos
ao
hospital”
ALFABETO
 NUMÉRICO
 DE
 LIBRAS
1 2 34
0 1 2 3 45 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A
B
C
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO50
Fonte:
cu
rsodelibra
s.org
MINOIS,
Georges.
História
do
Suicídio
­
São
Paulo,
Unesp,
2018.MUNHOZ.
Diógenes
Martins.
Proposta
de
Capacitação
ao
Efetivo
do
Corpo
de
Bombeiros
para
o
Atendimento
a
Ocorrências
de
Tentativas
de
Suicídio.
Monografia
do
Curso
de
Aperfeiçoamento
de
Oficiais,
2016.
KOVÁCS,
Maria
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Revista
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Psicologia:
Teoria
e
Prática,
2013.MILLER,
Luiz
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Depressão
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Rio
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Janeiro:
Editora
Imago,
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ASSOCIAÇÃO
 BRASILEIRA
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 PSIQUIATRIA.
 Suicídio:
 informando
 para
 prevenir.
Brasília:
2014.BRASIL.
Ministério
da
Saúde.
Prevenção
do
suicídio:
manual
dirigido
a
profissionais
das
equipes
de
saúde
mental,
2006.BERTOLE,
José
Manoel.
O
Suicídio
e
sua
Prevenção.
São
Paulo:
Ed
UNESP,
2012.BARBOSA,
Anne;
 PAULO
 Paula
 Paiva.
Suicídio
 é
 segunda
maior
 causa
 de
 morte
 de
mulheres
jovens
em
SP.
G1,
2015.BOTEGA,
Neury
José.
Crise
Suicida:
avaliação
e
manejo.
Porto
Alegre:
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2015.
FONTENELLE.
 Suicídio:
 O
 Futuro
 Interrompido.
 Guia
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 Paulo:
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2008.
OMS
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técnica
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tentativas
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Perez.
Suicídio:
Uma
morte
Evitável.
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Paulo:
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2006.CORPO
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BOMBEIROS,
Manual
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Abordagem
Técnica
em
Emergências
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Tentativas
de
Suicídio,
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Federal
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Suicídio:
Informando
para
prevenir.
Brasília,
2014.CORPO
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BOMBEIROS,
POP
RES­
09­05,
Distúrbios
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Id
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Crime,
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REFERÊNCIAS
 BIBLIOGRÁFICAS
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 51
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO52
GLOSSÁRIO
Análise
de
situação
­
é
a
avaliação
de
todas
as
variáveis
envolvidas
em
uma
emergência,
 necessária
 para
 o
 estabelecimento
 de
 um
 plano
 de
 ação
 e
 de
 suas
prioridades.
É
composta
pela
avaliação
inicial
e
pela
avaliação
de
riscos.Avaliação
 inicial
 ­
 constitui­se
 do
 levantamento
 de
 todas
 as
 informações
necessárias
para
a
tomada
de
decisão
em
uma
emergência
e
da
análise
do
cenário
inicial
 encontrado.
 Inicia­se
 com
 o
 despacho
 da
 emergência
 e
 o
 recebimento
 das
informações
iniciais
pelo
Centro
de
Comunicações.
Para
os
efeitos
didáticos
consideram­se
os
seguintes
conceitos
e
definições:Abordador
 ­
 é
 o
 profissional
 com
 capacitação
 adquirida
 nos
 cursos
 de
especialização
em
Abordagem
Técnica
a
Tentativas
de
Suicídio
ou
em
treinamento
semelhante
a
esse,
desde
que
reconhecido
oficialmente
pela
CONATTS.Abordador
auxiliar
­
é
o
profissional
com
capacitação
adquirida
nos
cursos
de
especialização
em
Abordagem
Técnica
a
Tentativas
de
Suicídio
ou
em
treinamento
semelhante
a
esse,
desde
que
reconhecido
oficialmente
pela
CONATTS.
Sua
função
é
a
de
acompanhar
o
abordador
em
todas
as
ações
durante
o
atendimento
da
ocorrência,
servindo
assim,
como
reserva
(backup),
caso
haja
a
necessidade
de
substituí­lo
ou
mesmo
servir
como
segurança
do
Abordador.Abordagem
de
Dissuasão
­
é
a
atuação
desejada
do
abordador
para
com
o
tentante,
pautada
na
verdade
e
na
busca
pelo
vínculo,
de
forma
humanizada,
coerente
e
respeitosa,
com
o
intuito
de
descobrir
os
fatores
de
risco
e
de
proteção,
e
utilizá­los
de
forma
acertada,
de
modo
a
conduzir
o
tentante
a
desistir
da
ideia
do
suicídio.Abordagem
Tática
­
é
a
abordagem
de
contenção
do
tentante,
por
equipe
de
militares
do
Corpo
de
Bombeiros,
 realizada
nas
ocasiões
em
que
a
Abordagem
de
Dissuasão
se
torne
contraindicada
ou
ineficaz.
Avaliação
de
riscos
­
constitui­se
da
avaliação
de
todos
os
riscos
envolvidos
no
cenário
 da
 emergência,
 com
 objetivo
 de
 neutralizá­los
 ou
 minimizá­los.
 Requer
 a
análise
 da
 gravidade,
 da
 probabilidade
 e
 da
 exposição
 de
 cada
 risco
 potencial
identificado.
Fator
 de
 proteção
 ­
 São
 elementos
 trazidos
 durante
 o
 transcorrer
 da
Abordagem
de
dissuasão
que
servem
de
apoio
ao
tentante,
gerando
memórias
afetivas
positivas
que
podem
auxiliar
na
desistência
da
ideia
morte.
Ato
inseguro
­
é
todo
comportamento
irregular
que
pode
gerar
acidentes
de
trabalho.
Normalmente,
eles
acontecem
por
falta
de
atenção
ou
por
comportamentos
de
risco
assumidos
durante
os
atendimentos.Comandante
da
Emergência
­
é
o
profissional
de
maior
posto
ou
graduação,
presente
 no
 local
 da
 emergência,
 responsável
 pela
 gestão
 de
 todas
 as
 atividades
emergenciais,
com
autoridade
e
responsabilidade
total
pela
condução
das
operações.CONATTS­
Comissão
Nacional
de
Abordagem
Técnica
a
Tentativas
de
Suicídio.Condições
inseguras­são
os
fatores
presentes
no
cenário
da
emergência
que
proporcionam
riscos
à
integridade
física
e/ou
à
saúde
das
equipes
em
atendimento.Controle
de
perímetro
­
é
o
estabelecimento
do
isolamento
das
áreas
de
risco
e
o
 controle
 de
 acesso
 de
 pessoas
 não
 autorizadas,
 inclusive
 de
 bombeiros
 e
profissionais
 de
 saúde
 sem
 equipamentos
 de
 proteção,
 ou
 não
 requisitados
 no
momento.
Engloba
o
estabelecimento
das
zonas
quente,
morna,
fria,
e
de
exclusão.Equipe
 de
 abordagem
 tática
 –
 é
 a
 equipe
 de
 abordagem,
 composta
 por
profissionais
com
capacitações
específicas
para
atuar
com
segurança
na
contenção
do
tentante,
 considerando
 o
 método
 de
 suicídio
 escolhido,
 nas
 ocasiões
 em
 que
 a
abordagem
 técnica
 se
 torne
 contraindicada
 ou
 ineficaz.
 A
 atuação
 da
 equipe
 de
abordagem
tática
requer,
a
princípio,
o
acionamento
pelo
comandante
da
emergência
por
meio
de
sinal
combinado
ou
voz
de
comando.Fator
de
risco
­
São
elementos
trazidos
durante
o
transcorrer
da
abordagem
de
dissuasão
que
promovem
reações
contrárias
às
desejadas
pelo
abordador
e
podem
provocar
nos
tentantes
atos
que
estimulam
o
ato
de
se
matar.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 53
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO54
Linguagem
 corporal
 ­
 forma
 de
 comunicação
 não­verbal
 que
 abrange
principalmente
os
gestos,
a
postura,
as
expressões
faciais,
os
movimentos
dos
olhos
e
os
movimentos
do
corpo
humano.
A
atenção
na
linguagem
corporal
do
tentante
permite
antecipar
seus
passos,
ações
e
reações.Método
de
suicídio
­meio
escolhido/utilizado
pelo
tentante
para
a
consumação
do
suicídio.Mitigação
 do
 risco
 ­
 ato
 de
 minimizar
 os
 efeitos
 dos
 riscos
 potenciais
identificados
na
avaliação
de
riscos.Neutralização
 do
 risco
 ­
 ato
 de
 eliminar
 os
 efeitos
 dos
 riscos
 potenciais
identificados
na
avaliação
de
riscos.Perigo
­
fonte
ou
situação
com
potencial
para
provocar
danos
em
termos
de
lesão,
doença,
dano
à
propriedade,
meio
ambiente,
local
de
trabalho
ou
a
combinação
destes.Plano
de
Ação
da
Emergência­é
o
planejamento
operacional
específico
para
a
resposta
 a
 um
 incidente.
Compreende
 obrigatoriamente
 a
 análise
 da
 situação
 e
 a
definição
dos
objetivos,
das
estratégias
e
dos
recursos
necessários
para
a
resposta
à
emergência.Responsável
pela
segurança
 ­
 é
o
profissional
 com
a
 função
de
auxiliar
o
comandante
da
emergência
na
identificação,
minimização
ou
neutralização
dos
riscos
inerentes
a
cada
emergência.
Nos
casos
de
atos
inseguros
ou
ações
inseguras
deve
informar
o
Comandante
para
providências
imediatas.Risco
­
combinação
da
probabilidade
de
ocorrência
e
da
consequência
de
um
determinado
evento
perigoso.
SICOE
­Sistema
de
Comando
de
Operações
e
Emergências.Sistema
de
Resgate
a
Acidentados
­Sistema
estadual
composto
pelo
Corpo
de
Bombeiros
(CBPMESP),
o
Comando
de
Aviação
da
Polícia
Militar
(CAvPM),
e
o
Grupo
de
Resgate
e
Atenção
às
Urgências
e
Emergências
(GRAU).
Tentante
­
pessoa
com
a
intenção
de
causar
a
própria
morte.Unidade
 de
 Serviço
 (USv)
 –
 é
 a
 conjugação
 do
 efetivo,
 da
 viatura
 e
 dos
equipamentos,
 devidamente
 registrados
 no
 Sistema
 de
 Gerenciamentode
Ocorrências.Vínculo
­
é
a
união,
a
relação
ou
a
ligação
estabelecida
entre
uma
pessoa
e
outra,
no
caso
entre
o
abordador
e
o
tentante.Zona
quente­é
uma
área
restrita,
situada
imediatamente
ao
redor
do
incidente,
que
se
prolonga
até
o
ponto
em
que
os
riscos
e
seus
efeitos
nocivos
não
possam
mais
afetar
as
pessoas
posicionadas
fora
dela.
Dentro
dessa
área
ocorrerão
as
ações
de
controle,
 sendo
 permitida
 apenas
 a
 presença
 de
 pessoal
 técnico
 qualificado,
devidamente
trajados
com
equipamentos
de
proteção
individual
(EPI)
necessários
à
segurança.Zona
morna
­
é
uma
área
demarcada
após
a
zona
quente,
onde
ocorrerão
as
atividades
de
descontaminação
de
pessoas
e
de
equipamentos,
triagem,
bem
como
suporte
 ao
 pessoal
 em
 atuação
 direta
 à
 emergência.
 Nesta
 área
 será
 permitida
somente
a
permanência
de
profissionais
especializados
e
devidamente
rajados
com
EPI,
os
quais
darão
apoio
às
ações
de
controle
desenvolvidas
dentro
da
zona
quente.
Essa
área
é
destinada
ao
posicionamento
de
equipamentos
que,
porventura,
poderão
ser
utilizados
na
emergência.Zona
fria
­é
uma
área
demarcada
após
a
zona
morna,
destinada
para
outras
funções
de
apoio.
É
o
local
onde
estará
o
Posto
de
Comando,
a
Área
de
Espera,
e
toda
a
logística
do
atendimento.Zona
de
exclusão
­
nesta
área
permanecerão
as
pessoas
e
instituições
que
não
possuem
 qualquer
 envolvimento
 direto
 com
 a
 ocorrência,
 como
 a
 imprensa
 e
 a
comunidade.
ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO 55
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