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Hanseníase - IESC 7

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1 
Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
 
IESC VII 
Característica que diferencia as lesões de 
hanseníase das outras lesões: SEMPRE 
apresentam alteração de sensibilidade 
AE: Mycobacterium leprae. 
Incubação: em média 5 anos. Os sintomas podem 
ocorrer dentro de 1 ano, mas também podem 
levar até 20 anos ou mais. 
 Afeta: a pele, os nervos periféricos, a 
mucosa do trato respiratório superior e 
os olhos. 
 A doença é curável com 
poliquimioterapia. 
 Não tratada: pode causar danos 
progressivos e permanentes 
Transmissão: por gotículas, do nariz e da boca, 
durante o contato próximo e frequente com 
casos não tratados. 
Classificação operacional: 
 Paucibacilares: até 5 lesões cutâneas ou 
com baciloscopia negativa 
 Multibacilares: > 5 lesões cutâneas ou com 
baciloscopia de raspado positiva 
Classificação de Madri: 
 Hanseníase indeterminada (PB) 
 Tuberculóide (PB) 
 Dimorfa (MB) 
 Virchowiana (MB). 
OBS: O médico deve realizar o exame clínico 
dermato-neurológico do paciente. Se houver 
alteração da sensibilidade nas lesões de pele, 
está confirmado o diagnóstico de hanseníase 
(BRASIL, 2017). 
 
 
Indeterminada: 
 Mancha: Manchas pigmentares ou 
discrômicas 
 Apresentam perda de sensação térmica 
 
Tuberculóide: 
 Placa: totalmente anestésica ou por placa 
com bordas elevadas, bem delimitadas e 
centro claro (forma de anel ou círculo). 
 
Dimorfa: 
 Múltiplas placas anulares eritematosas, 
simetricamente distribuídas. 
 Apresenta: presença de espessamento em 
nervos – fibular 
 
2 
Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
Virchowiana: 
 Infiltração em face e pavilhões 
auriculares 
 Múltiplas pápulas e nódulos (hansenomas) 
eritematosos difusos por toda pele 
 Infiltração difusa: corpo e/ou face (fácies 
leonina) 
 Madarose 
 
Baciloscopia - como realizar: 
 Detectar bacilos no raspado intradérmico 
de quatro sítios 
 Lóbulos da orelha D e E 
 Cotovelo D 
IMPORTANTE: Não aguardar o resultado da 
baciloscopia para iniciar a PQT - o tratamento 
deve ser iniciado o mais precocemente possível, 
baseado no diagnóstico clínico e epidemiológico. 
Se o tratamento para PB for iniciado e a 
Baciloscopia veio positiva (indicando que é MB): 
 Mudar o esquema terapêutico para MB. 
Se a baciloscopia vier negativa: 
 Não mudar a conduta 
Diagnóstico: 
 Lesão e ou área da pele com alteração de 
sensibilidade 
 Acometimento de nervos periféricos, com 
ou sem espessamento, associado a 
alterações sensitivas, motoras ou 
autonômicas 
 Baciloscopia de esfregaço intradérmico ou 
biópsia positiva para bacilo de Hansen 
Exame padrão ouro: A biópsia e o exame 
histopatológico 
A demonstração de bacilos álcool-ácido 
resistentes nos nervos é patognomônica da 
hanseníase. 
A demonstração de bacilos álcool-ácido 
resistentes em um paciente durante ou após a 
conclusão do tratamento não indica 
necessariamente doença ativa. 
 O M. leprae morto pode permanecer nos 
tecidos por vários anos. 
 O M. leprae morto é lentamente removido 
do corpo como 'partículas estranhas'. 
 O tratamento antimicrobacteriano 
prolongado não acelera esse processo 
TESTAR: Sensibilidade 
A primeira a se alterar é a térmica. Dada a 
sequência: 
 Térmica 
 Dolorosa 
 Tátil 
Tratamento 
Doses supervisionadas a cada 28 dias + 
doses autoadministradas diárias 
 6 cartelas de PQT-PB em até 9 meses. 
 12 cartelas de PQT -MB em até 18 meses. 
Grávidas, lactantes, crianças peso 50 kg: 
 Mesmas cartelas de PQT para adultos. 
Crianças com peso entre 30 e 50kg: 
 Devem utilizar as cartelas infantis. 
Início do tratamento: 
 Notificar 
Pedir: 
 Dosagem sérica de creatinina 
3 
Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
 TGO 
 TGP 
 Fosfatase alcalina 
 Gama GT 
 Hemograma completo 
 EAS e EPF 
 Avaliação odontológica 
Medicamentos: R – D – C – D - C 
Multibacilar - 12 cartelas 
Supervisionada Mensal: R – D - C 
 Rifampicina 600 mg – 2 cp de 300 mg. 
 Dapsona 100 mg – 1 cp 
 Clofazimina 300 mg – 3 cp de 100 mg 
Autoadministradas diárias: D - C 
 Dapsona 100 mg – 1 cp/dia 
 Clofazimina 50 mg – 1 cp/dia 
 
 
Paucibacilar – 6 cartelas 
Supervisionada mensal: R – D 
 Rifampicina 600 mg – 2 cp de 300 mg 
 Dapsona 100 mg – 1 cp 
Autoadministradas diárias: D 
 Dapsona 100 mg – 1 cp/dia 
 
 
Acompanhamento 
Paucibacilar: 
Blister PB – todos os meses – TTO 
Mês 1: pedir 
 Baciloscopia 
 Avaliação neurológica 
 Notificação SINAN 
 Hemograma 
 TGO, TGP 
 EAS, EPF 
Meses 3 e 6 realizar: 
 Avaliação neurológica 
Multibacilar: 
Blister PB – todos os meses – TTO 
Mês 1: 
 Baciloscopia 
 Avaliação neurológica 
 Notificação SINAN 
 Hemograma 
 TGO, TGP 
 EAS, EPF 
Meses 3, 6, 9 e 12 realizar: 
 Avaliação neurológica 
Condutas para pacientes irregulares: 
4 
Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
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Não completaram o tratamento preconizado, 
sendo: 
 PB – Em até 9 meses 
 MB – Em até 18 meses 
Deverão ser avaliados -> reinício ou possibilidade 
de aproveitamento de doses anteriores, visando à 
finalização do tratamento dentro do prazo 
preconizado. 
Como proceder após o termino do tratamento: 
Critérios de encerramento do tratamento na alta 
por cura: 
 Regularidade ao tratamento 
 Número de doses 
 Tempo de tratamento 
 Avaliação neurológica simplificada 
 Avaliação do grau de incapacidade 
Reações Hansênicas 
 
 
Aumento da atividade da doença 
 Forma aguda antes, durante ou após o 
final do tratamento 
 Edema, calor, rubor, dor e perda da função 
 Rápido diagnóstico e manejo da reação - 
a maior causa de lesão no nervo periférico 
(avaliar função neural). 
 Investigar infecção 
Tratamento da reação tipo 1: 
 Prednisona 1 mg/Kg/Dia 
 Imobilizar o membro afetado em caso de 
neurite associada 
 Avaliar a função neural sensitiva e motora 
antes do início da corticoterapia 
 Reduzir a dose de corticoide conforme a 
resposta terapêutica 
Na utilização de corticoide: 
 Registrar: peso, PA e glicemia para 
controle 
 Tratar Strongyloides stercoralis: 
o Tiabendazol 50 mg/KG/Dia por 2 
dias ou 1,5 g em dose única 
o Albendazol 400 mg/dia por 3 a 5 
dias 
 Profilaxia de osteoporose: cálcio 1.000 
mg/dia associado a vitamina D 400-800 
UI/dia 
Tratamento da reação tipo 2: ENH 
 Talidomida 100 a 400 mg/dia 
 PDN 1 mg/Kg/Dia 
 Associar corticoide se houver 
comprometimento de nervos 
 Imobilizar o membro afetado em caso de 
neurite 
 Monitorar função renal sensitiva e motora 
 Na associação de talidomida com 
corticoide, usar AAS 100 mg/Dia – 
profilaxia 
 Pentoxifilina 400 mg 8/8h 
INCAPACIDADE FÍSICA NA HANSENÍASE: GIF 
 Mão em garra 
 Pé caído 
 Lagoftalmia 
 
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Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
Indicação de BCG: 
 Sem cicatriz: dar 1 dose 
 Com uma cicatriz: dar uma dose 
 Com duas cicatrizes: não prescrever 
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GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro 
Ceratti; DIAS, Lêda Chaves. Tratado de 
medicina de família e comunidade: 
princípios, formação e prática. 2. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2019.

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