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2000 10 30 GM UE rejelta sobretaxa ao aço União Européia rejeita sobr taxa ao aço Assis Moreira e Marco Amônio Moreira de Genebra e Brasília A 'União Européia e os Estados Unidos, as maiores potências co merciais do planeta, preparam se para uma dura disputa no setor de aço. Bruxelas decidiu questionar 16 sobretaxas (direitos compensató rios) sobre o aço importado, origi nário de empresas européias que re ceberam subsídios antes das priva tizações. Se Washington não aceitar derrubar as sobretaxas nos próximos trinta dias,_Bruxelas anuncia em 8 de dezembro que pedirá à Organiza ção Mundial de Comércio (OMC) um panel (comitê de investigação) para decidir os 16 casos. Os Estados Unidos já foram con denados na OMC por violação das regras cometciais num caso envol vendo a ex estatal britânica British Steel. A expectativa, tanto da UE quanto do Brasil e do México, que participaram da disputa como tercei ras partes, era de que os EUA reti rassem as sobretaxas em todos os ou tros casos envolvendo subsídios “an tes de privatização realizada a justo valor de mercado”. Mas, em pleno pe ríodo eleitoral, a administração . americana rejeitou os pedidos. Nesse contexto, é provável que Brasil e México en trem de novo como teroeiras partes ao lado dos europeus contra os EUA. Os dois países indicaram, em junho, que se Washington não sus pendesse as sobretaxas, recorrerlam ã OMC para defender seus Itamaraty acompanha a dlsputa entre EUA o UE porque as sldsrúrglcas do país tarnbent sofrem corn medidas antl subsídio Êr 5° 'IÓÍM Uma representante americana na época acenou com um possível en tendirnento com os brasileiros. A posição dos Estados Unidos é de que os subsídios não desapare cem simplesmente por uma mudan ça de proprietário de uma empresa subvencionada porque o novo dono pagou um valor correto de mercado por ins talações subsi diadas. A exemplo de companhias euro péias, os maiores exportadores de aço do Brasil também foram priva tizados nos anos 90 e estão subme tidos a medidas compensatórias (ou anti subsídios) nos Estados Unidos por causa da mesma alegação. O govemo brasileiro vai acompa nhar com muita expectativa a solu ção da pendência entre Estados Uni dos e União Européia. Segtmdo o Ministério das Relações Exteriores, as siderúrgicas brasileiras também sofrem o mesmo tipo de sobretaxas e podem ser bene ciadas caso a Or ganização Mundial de Comércio en tenda que o procedimento é errado. “Se for constatado que houve vio lação das regras comerciais em re lação às ex estatais européias, de fendemos a tese de que o mesmo tra tamento seja dado às empresas dos demais países”, informou uma fonte do Itamaraty. "Caso contrário, sere mos obrigados a pedir que seja aber to um outro panel. Trata se de um processo demorado, mas é o único instrumento jurídico de que pode mos dispor.”
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