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1 
 
2 
 
 
UNESP – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
Faculdade de Ciências e Letras – Araraquara - Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários 
 
 
 
 
 
PROGRAMAÇÃO E CADERNO DE RESUMOS 
 
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação 
em Estudos Literários da UNESP/Araraquara 
IV Seminário Internacional de Estudos Literários 
IV Workshop do Grupo de Pesquisasem Dramaturgia e 
Cinema (GPDC) 
“O cinema e seus duplos” 
 
 
 
 
18 a 22 de junho de 2018 
 
 
Déborah Garson Cabral 
Leonardo Vicente Vivaldo 
Brunno V. G. Vieira 
 (Orgs.) 
 
 
ISBN: 978-85-8359-055-2 
 
XIX Seminário Araraquara p. 1-102 2018 
 
 
3 
 
XIX SEMINÁRIO DE PESQUISA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO 
EM ESTUDOS LITERÁRIOS 
IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS LITERÁRIOS 
IV WORKSHOP DO GRUPO DE PESQUISASEM DRAMATURGIA E CINEMA (GPDC) 
“O CINEMA E SEUS DUPLOS” 
 
 
Realização 
Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários 
GPDC - Grupo de Pesquisa em Dramaturgia e Cinema (CNPq) 
 
Comissão Organizadora 
Brunno V. G. Vieira (Coordenador do PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Renata Soares Junqueira (UNESP/Araraquara/GPDC) 
Fabiane Renata Borsato (UNESP/Araraquara/Coordenadora do Projeto Cine Campus) 
Fernanda Barini Camargo (PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Déborah Garson Cabral (PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Geisa Cristina Semensato (PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Leonardo Vicente Vivaldo (PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Mariana Veiga Copertino Ferreira da Silva (PPGEL/UNESP/Araraquara) 
 
Comitê Científico 
Profa. Dra. Ana Portich (UNESP/Marília) 
Prof. Dr. André Luís Gomes (UnB) 
Prof. Dr. António Preto (Escola Superior Artística do Porto – ESAP) 
Profa. Dra. Aparecida de Fátima Bueno (FFLCH/USP) 
Prof. Dr. Carlos Francisco de Morais (Universidade Federal do Triângulo Mineiro/GPDC) 
Profa. Dra. Claudia Barbieri Masseran (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/GPDC) 
Profa. Dra. Flávia Nascimento Falleiros (UNESP/São José do Rio Preto) 
Prof. Dr. Gilberto Figueiredo Martins (UNESP/Assis) 
Profa. Dra. Márcia Regina Rodrigues (pós-doutoranda UNESP/GPDC) 
Profa. Dra. Maria do Rosário Lupi Bello (Universidade Aberta de Portugal) 
Prof. Dr. Mário Fernando Bolognesi (UNESP/Instituto de Artes) 
Profa. Dra. Milca Tscherne (GPDC) 
Prof. Dr. Pedro Maciel Guimarães (UNICAMP) 
Profa. Dra. Silvana Pessôa de Oliveira (UFMG) 
 
Comissão de Trabalho 
Brunno V G. Vieira (Coordenador do PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Renata Soares Junqueira (UNESP/Araraquara/GPDC) 
Fernanda Barini Camargo (PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Mariana Veiga Copertino Ferreira da Silva (PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Geisa Cristina Semensato (PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Déborah Garson Cabral (PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Leonardo Vicente Vivaldo (PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Carlos Eduardo Monte (PPGEL/UNESP/Araraquara) 
Cristiane Passafaro Guzzi (UNESP/Araraquara/Prof. Letras) 
Jéssica Fabrícia da Silva (Grad./UNESP/Araraquara) 
 
Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários (19. : 2018 : Araraquara, SP) 
 
Programação e Caderno de Resumos da XIX Semana de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em 
Estudos Literários, IV Seminário Internacional de Estudos Literários e IV Workshop do Grupo de Pesquisas em 
Dramaturgia e Cinema “O cinema e seus duplos” / Organizadores Déborah Garson Cabral, Leonardo Vicente 
Vivaldo, Brunno V. G. Vieira; Araraquara, 2018 (Brasil). – Documento eletrônico. - Araraquara : FCL-UNESP, 
2018. – Modo de acesso: <http://fclar.unesp.br/#!/pos-graduacao/stricto-sensu/estudos-literarios/publicacoes/>. 
 
1. Literatura. 2. Literatura -- Estudo e ensino. 3. Cinema. I. Título. II. Seminário Internacional de Estudos 
Literários (4. : 2018 : Araraquara, SP) III. Workshop do Grupo de Pesquisas em Dramaturgia e Cinema (4. : 2018 : 
Araraquara, SP). IV. Cabral, Déborah Garson. V. Vivaldo, Leonardo Vicente. VI. Vieira, Brunno V. G. 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da FCLAr – UNESP. 
4 
 
Prezados participantes, 
 
 Vimos dar as boas vindas a todos os pesquisadores que atenderam ao nosso 
convite para debater o tema “O cinema e seus duplos”, em especial, aos debatedores e a 
nossos pós-graduandos que aceitaram o desafio do diálogo e da troca de ideias sem os 
quais o conhecimento não se efetiva. 
 O cinema é chamado de “sétima arte” porque surgiu depois das seis que o 
antecederam na história das artes: música, teatro, pintura, escultura, arquitetura e 
literatura. Ao longo de toda a sua evolução desde o final do século XIX, o cinema, pelo 
esforço dos seus fautores (realizadores, teóricos e críticos), não tem feito senão variados 
exercícios com a finalidade de libertar-se da tutela das outras artes – sobretudo da 
literatura e do teatro –, propondo-se como linguagem específica que, podendo embora 
beneficiar-se de todas as outras linguagens artísticas (como, aliás, também ocorre com o 
teatro), é capaz de sugerir sentidos com formas próprias, alcançadas com exclusividade 
pelo dispositivo técnico que gera a arte cinematográfica. A técnica que permite o close-
up, por exemplo, oferece ao espectador de cinema o privilégio de ver as imagens (de 
rostos, objetos etc.) com detalhes que ao espectador de teatro não é dado visualizar. 
 Para refletir sobre essas especificidades, concentramos o XIX Seminário de 
Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários, o IV Seminário 
Internacional de Estudos Literários e o IV Workshop do Grupo de Pesquisas em 
Dramaturgia e Cinema numa proposta única: confrontar diferentes exercícios de análise 
fílmica e suscitar, pelo intercâmbio de perspectivas diversas, discussões sobre o cinema 
enquanto linguagem específica que articula, com os seus meios próprios, outras 
linguagens artísticas como a da literatura, a do teatro, a da pintura, a da música, a da 
arquitetura etc. Destaque especial é dado ao cinema de Manoel de Oliveira (1908/2015), 
objeto de pesquisa de vários dos integrantes do GPDC, que propõem um ciclo 
oliveiriano de filmes para estimular o debate sobre o cinema e seus duplos. 
 
Renata Soares Junqueira 
Brunno V. G. Vieira 
p/ Comissão Organizadora 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
PROGRAMAÇÃO GERAL 
 18/06/2018 19/06/2018 20/06/2018 21/06/2018 22/06/2018 
9:00h às 
10:00h 
(Anfiteatro 
B) 
Conferência de 
abertura: 
O Cinema e seus 
Duplos 
Profa. Dra. Maria do 
Rosário Lupi Bello – 
Universidade Aberta, 
Lisboa, Portugal 
Moderador: Prof. 
Dr. Brunno V. G. 
Vieira 
 
Expediente 
suspenso na 
UNESP, na 
parte da 
manhã, 
Of. Circular 
005/2018-
PROPEG 10:00h às 
12:00h 
(Anfiteatro 
B) 
Mesa-Redonda: 
“Literatura, Teatro e 
Cinema” 
 
“O diálogo entre o 
cinema e o teatro no 
Expressionismo 
alemão” 
Prof. Dr. Carlos 
Francisco de Morais 
(UFTM) 
 
“Jogos e Cenas de 
Eduardo Coutinho” – 
Prof. Dr. Gilberto 
Martins (FCL/ 
Assis/UNESP) 
 
Moderador: Prof. 
Dr. Brunno V. G. 
Vieira 
Palestra: “Os 
duplos do cinema 
em A Divina 
Comédia, de 
Manoel de 
Oliveira” 
 
Profa. Dra. Renata 
Soares Junqueira 
– FCL/Araraquara 
 
 
 
Participação: 
Profa Ma. 
.Edimara Lisboa 
(GPDC - USP); 
Profa. Ma. 
Fernanda Barini 
(GPDC - UNESP) 
e Profa. Ma. 
Mariana 
Copertino. 
(GPDC - UNESP) 
Depoimento: 
“Como trabalha 
um conselheiro 
literário? 
Considerações 
sobre o filme A 
Carta” 
 
Jacques Parsi, 
historiador de 
cinema, tradutor 
e conselheiro 
literário de 
Manoel de 
Oliveira 
 
 
Moderadora: 
Profa Ma. 
Mariana 
Copertino 
(GPDC UNESP) 
Palestra: “Das 
servidões do 
amor (sobre 
Party, de Manoel 
de Oliveira)” 
 
Profa. Dra. 
Silvana Pessôa de 
Oliveira – 
FALE/UFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
Moderadora: 
Profa 
Dra.Claudia 
Barbieri 
Intervalo para almoço 
14:00h às 
15:30h 
(Salas 12, 13, 
14 e 15) 
 
Sessões de 
Comunicação 
 
 
 
Sessões de 
Comunicação 
 
 
 
Sessões de 
Comunicação 
 
 
 
Sessões de 
ComunicaçãoSessões de 
Comunicação 
Coffee break 
16:00h às 
17:30h 
(Salas 12, 13, 
14 e 15; Anf 
C e Anf D) 
 
Debates de Projetos 
de Pesquisa 
 
Debates de 
Projetos de 
Pesquisa 
 
Debates de 
Projetos de 
Pesquisa 
 
Debates de 
Projetos de 
Pesquisa 
 
Debates de 
Projetos de 
Pesquisa 
 
17:30h às 
19:30hs 
(Anfiteatro 
B) 
 
Palestra de 
encerramento: 
“O sorriso de 
Ema: 
considerações 
sobre o ator 
oliveiriano” 
Prof. Dr. Pedro 
Maciel Guimarães 
– UNICAMP 
 
Moderadora: 
Profa Dra Márcia 
Rodrigues 
19:30h às 
22:30h 
 
Ciclo de 
Cinema 
Manoel de 
Oliveira 
(Anfiteatro 
D) 
Exibição de filme 
para debate: A Divina 
Comédia (1991) 
 
 
Exibição de filme 
para debate: A 
carta (1999) 
 
 
Exibição de 
filme para 
debate: Party 
(1996) 
 
 
 
Exibição de filme 
para debate: Vale 
Abraão (1993) 
 
 
 
 
6 
 
PROGRAMAÇÃO GERAL 
18/06/2018 – SEGUNDA-FEIRA das 9h às 10h Anf. B 
 
SESSÃO DE ABERTURA 
Prof. Dr. Cláudio Cesar de Paiva (Diretor da FCL/UNESP/Araraquara) 
Profa. Dra. Renata Soares Junqueira (Líder do GPDC-PPGEL/UNESP) 
Prof. Dr. Brunno Vinicius Gonçalves Vieira (Coordenador do PPGEL/UNESP) 
 
 
CONFERÊNCIA DE ABERTURA 
O cinema e seus duplos 
Profa. Dra. Maria do Rosário Lupi Bello – Universidade Aberta, Lisboa, Portugal 
Moderador: Prof. Dr. Brunno V. G. Vieira 
 
 
18/06/2018 – SEGUNDA-FEIRA das 10h às 12h Anf. B 
MESA REDONDA 
Literatura, Teatro e Cinema 
“O diálogo entre o cinema e o teatro no Expressionismo alemão” 
Prof. Dr. Carlos Francisco de Morais (UFTM) 
“Jogos e Cenas de Eduardo Coutinho” – Prof. Dr. Gilberto Martins (FCL/ 
Assis/UNESP) 
Moderador: Prof. Dr. Brunno V. G. Vieira 
 
\ 
 
18/10/2017 – SEGUNDA-FEIRA das 14h às 15h30 
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO 
 
 SC 1. Romance Moderno e Romance Contemporâneo Sala 12 
Coordenador: Gustavo de Mello Sá Carvalho Ribeiro 
 
1. Gustavo de Mello Sá Carvalho Ribeiro: Testemunho da iniquidade: Justiça e 
Direito em Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos. (UNESP/ CAPES) 
2. Elisa Domingues Coelho: Entre o Social e o Religioso: o entre-lugar dos 
personagens do romance de 30. (FCLAr/ UNESP) 
3. Naiara Speretta Ghessi: (Des)filiações, orfandades e o papel (trans)formador da 
arte nos romances de Milton Hatoum. (FCLAr/ UNESP) 
4. Pedro Barbosa Rudge Furtado: A perspectiva do EU sobre a visão de mundo do 
outro em O amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos. (FCLAr/ UNESP) 
 
 
7 
 
SC2. Vertentes de crítica literária Sala 13 
Coordenador: André Luiz Alselmi 
 
1. André Luiz Alselmi: “Eu não sou o que escrevo ou sim, mas de muitos jeitos”: os 
diferentes ÉTHE discursivos na correspondência de Caio Fernando Abreu. (Centro 
Universitário Barão de Mauá/ UNESP) 
2. Claudimar Pereira da Silva: O Fogo, a Madressilva e o Rio: uma isotopia do 
poético em O som e a fúria e Enquanto agonizo, de William Faulkner. (FCLAr/ 
UNESP) 
3. Marcelo Branquinho Massucatto Resende: De Orlando a Orlanda: performances 
literárias da transexualidade no século X. (FCLAr/ UNESP) 
4. Marina Venâncio Grandolpho: Machado de Assis e a formação do crítico. (FCLAr/ 
UNESP) 
 
 
SC3. Relações entre Literatura e Cinema Sala 14 
Coordenadora: Deborah Garson Cabral 
 
1. Deborah Garson Cabral: O efeito da névoa na construção do espaço nas obras de 
Umberto Eco e a referência ao Cinema Noir. (FCLAr/UNESP) 
2. Ana Claudia Rodrigues: Borges e Bertolucci: o verso e o anverso na estética 
tradutória. (UNESP) 
3. Juliana Cristina Minaré Pereira: Da literatura para o cinema, uma distorção 
inevitável? (FCLAr/ UNESP) 
4. Manuela Rodrigues Furtado: Os planos de Lulu! (PUCRS) 
 
 
SC4. Gênero e ficção I Sala 15 
Coordenadora: Leila de Almeida Barros 
 
1. Leila de Almeida Barros: A correlação entre maternidade e morte em Enquanto 
agonizo (1930) e Palmeiras selvagens (1939). (FCLAr/UNESP) 
2. Laís Rodrigues Alves Martins: Ficção Pós-moderna: o passado no tempo presente. 
(FCLAr/UNESP)/ 
3. Marcelo Maciel Cerigioli: A representação da mulher nos romances espanhóis 
sobre o pós-guerra. (FCLAr/UNESP) 
4. Vivian Leme Furlan: A liberdade feminina como força criadora: o matrismo na 
ficção de Natália Correia. (FCLAr/UNESP) 
 
 
 
8 
 
18/06/2018 – SEGUNDA-FEIRA das 16h às 17h30 
SESSÕES DE DEBATES 
 
SD1. Abordagens machadianas Sala 12 
Debatedor: Prof. Dr. Jefferson Cano (UNICAMP) 
Mediador: Prof. Dr. Luiz Gonzaga Marchezan 
 
1. Mauro Roberto Dias Miranda (M): A Semana Literária: Machado de Assis e a 
construção da crítica no Brasil. 
 
2. Sandro Ponciano dos Santos (M): As muitas faces da poesia romântica 
machadiana. 
3. Clarissa Navarro Conceição Lima (D): Machado de Assis e Guy de Maupassant, 
dois autores marcados pelo riso torto. 
4. Maylah Esteves (D): Duplo e o fantástico em uma leitura comparada entre 
Machado de Assis e Edgar Allan Poe. 
 
SD2. Literatura norte-americana e inglesa Anf. D 
Debatedora: Profa. Dra. Juliana Pimenta Attie (UNIFAL) – videoconferência 
Mediadora: Profa. Dra. Maria das Graças Gomes Villa da Silva 
 
1. Gabriela Carlos Luz (M): A desarticulação do monomito do herói em Beowulf. 
2. Rosemary Elza Finatti (M): A sacralização do universo feminino na obra O 
despertar, de Kate Chopin. 
3. Gilliale de Souza Jeremias (M): Emily Dickinson e Manuel Bandeira: um diálogo 
entre poetas. 
 
SD3. Vida e literatura Anf. C 
Debatedora: Profa. Dra. Natali F. Costa e Silva (UNIFAL) – videoconferência 
Mediador: Prof. Dr. Aparecido Donizete Rossi 
 
1. Alessandro da Silva (D) - O intelectual e o exílio na ficção de María Rosa Lojo: 
um estudo comparativo dos romances La pasión de los nómades (1994), Finisterra 
(2005), Árbol de família (2010) e Todos éramos hijos (2014). 
2. Luciléa Ferreira Gandra (M): Vozes veladas sob os véus das filhas de Alá. 
 
18/06/2018 – SEGUNDA-FEIRA das 19h30 às 22h30 Anfiteatro D 
FILME 
Exibição do filme para debate: A Divina Comédia (1991) 
 
9 
 
 
19/06/2018 – TERÇA-FEIRA das 10h às 12h Anf.B 
MESA REDONDA 
 
 “Os duplos do cinema em A Divina Comédia, de Manoel de Oliveira” 
Profa. Dra. Renata Soares Junqueira – FCL Araraquara 
Participação: Profa Ma. .Edimara Lisboa (GPDC - USP); Profa. Ma. Fernanda Barini 
(GPDC - UNESP) e Profa. Ma. Mariana Copertino. (GPDC - UNESP) 
 
 
19/06/2018 – TERÇA-FEIRA das 14h às 15h30 
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO 
 
SC5. Literatura brasileira e portuguesa contemporânea Sala 12 
Coordenadora: Rafaella Berto Pucca 
 
1. Rafaella Berto Pucca: Divergentes vozes do passado: dialogismo, polifonia e 
carnavalização na obra romanesca de Moacyr Scliar. (FCLAr/UNESP) 
2. Gabriel Capelossi Ferrone : O bom samba não tem lugar: os espaços e a música 
em Desde que o Samba é Samba, de Paulo Lins. (FCLAr/UNESP) 
3. Gabriela Cristina Borborema Bozzo: A inversão de máximas em Os meus 
sentimentos, de Dulce Maria Cardoso. (FCLAr/UNESP) 
4. Igor Iuri Dimitri Nakamura: Formas e representações do amor em Marçal 
Aquino: uma leitura do romance “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos 
lábios”. (FCLAr/UNESP) 
 
 
SC6. Literatura, cinema e ensino Sala 13 
Coordenador: Efraim Oscar Silva 
 
1. Efraim Oscar Silva: Símbolos e montagem na produção ficcional de Modesto 
Carone. (FCLAr/UNESP). 
2. Ana Carolina Miguel Costa: Literatura na sala de aula: estudo, método e prática 
da leitura do texto literário. (FCLAr/UNESP) 
3. Bruno Darcoleto Malavolta: O último espetáculo da poesia brasileira: a poesia no 
crepúsculo da cultura. (FCLAr/UNESP) 
4. Glenda Verônica Donadio: Do cinema à narrativa: aplicação do conceito de 
montagem em L´Écume des Jours, de Boris Vian. (FCLAr/UNESP) 
 
 
 
10 
 
SC7. Literatura alemã e romance de formação Sala 14 
Coordenador: Naiara Alberti Moreno 
 
1. Naiara Alberti Moreno: A assimilação do conceito de romance de formação pela 
fortuna crítica de Michel Laub. (FCLAr/UNESP)/COORDENADORA 
2. Carina Zanelato Silva: Der Findling e o fracasso da educação iluminista. 
(FCLAr/UNESP) 
3. Daniel Moraes Gregores: O personagem literário Johannes Kreisler e o gênio 
romântico. (FCLAr/UNESP) 
4. José Lucas Zaffani dos Santos: Melancolia e narração. A morte como estímulo à 
escrita em O Náufrago, de Thomas Bernhard. (FCLAr/UNESP) 
 
 
SC8. Linguagem literária e linguagem cinematográfica Sala 15 
Coordenador: Cristiane Passafaro Guzzi 
 
1. Cristiane Passafaro Guzzi: A escrita audiovisual: problematizando o estatuto do 
roteiro. (UNESP/FROfLetras)/ 
2. Douglas de Magalhães Ferreira: Entre palavras e imagens: Casa-Grande, Senzala e 
Cia, roteiro de Joaquim Pedro de Andrade. (FCLAr/UNESP) 
3. Murilo Eduardo dos Reis: Aproximação entre cinema e literatura em Rubem 
Fonseca. (FCLAr/UNESP) 
4. Thaís Gonçalves Dias Porto: Entre o cinema e a literatura: a mudança de 
perspectiva através da intermidialidade em Das Nackte Auge, de Yoko Tawada. 
(FCLAr/UNESP) 
 
 
19/06/2018 – TERÇA-FEIRA das 16h às 17h30 
SESSÕES DE DEBATES DE PROJETOS 
 
SD4. Ressignificações de obras artísticas Sala 12 
Debatedor: Prof. Dr. Márcio Prado (UEM) 
Mediadora: Profa. Dra. Karin Volobuef 
 
1. Ana Claudia Rodrigues (D): Borges e Bertolucci: traduções do tema. 
2. Isabella Gonçalves Vido (D): Uma fruição no desassossego: o sublime e o trágico 
na tragédia de Friedrich Schiller. 
3. Laura Nogueira Pacheco (M): Leitura em tela: a ressignificação do autor frente à 
literatura digital. 
4. Geisa Cristina Semensato (M): De Corisco a Coirana: euforia e disforia no cinema 
épico de Glauber Rocha. 
11 
 
 
SD5. Recepções da Literatura clássica Sala 13 
Debatedor: Prof. Dr. Raimundo Carvalho (UFES) 
Mediador: Prof. Dr. João Batista Toledo Prado 
 
1. Ingrid Moreno Ferreira (M): “Dafne e Apolo” nas Metamorfoses de Ovídio à luz 
da semiótica figurativa. 
2. Isabela Maia Pereira de Jesus (M): Terentianus, De littera, de syllaba, de pedibus: 
estudo crítico e tradução anotada. 
3. Brendon de Alcantara Diogo (M): O trágico na cena contemporânea: montagem, 
recepção e representação da Tragédia Grega no Brasil. 
 
19/06/2018 – TERÇA-FEIRA das 19h30 às 22h30 Anfiteatro D 
FILME 
Exibição do filme para debate: A carta (1999) 
 
 
 
 
20/06/2018 – QUARTA-FEIRA das 10h às 12h Anfiteatro B 
DEPOIMENTO 
“Como trabalha um conselheiro literário? Considerações sobre o filme A carta” 
Jacques Parsi 
(Historiador de cinema, tradutor e conselheiro literário de Manoel de Oliveira) 
Moderadora: Profa Ma. Mariana Copertino (GPDC UNESP) 
 
20/06/2018 – QUARTA-FEIRA das 14h às 15h30 
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO 
 
SC9. O cinema de Manoel de Oliveira Sala 12 
Coordenadora: Elis Crokidakis Castro 
 
1. Elis Crokidakis Castro: A cidade em Manoel de Oliveira e em dois outros clássicos 
diretores de cinema: Walter Ruttman e Fritz Lang. (UNESA/ FACHA) 
2. Edimara Lisboa: O Porto da memória em Manoel de Oliveira. (FFLCH-USP) 
3. Mariana Copertino: “Você é polícia, você é ladrão”: realismo social e humanismo 
crítico em Aniki-Bobó, de Manoel de Oliveira. (FCLAr/ UNESP) 
4. Moisés Henrique Mietto Romão: Francisca e Belle Toujours: considerações sobre 
a eloquência do silêncio nos filmes de Manoel de Oliveira. (FCLAr/ UNESP) 
 
 
12 
 
 
SC10. Pintura, cinema e fotografia Sala 13 
Coordenador: Renan Augusto Ferreira Bolognin 
 
1. Renan Augusto Ferreira Bolognin: Eu não estou lá? Literatura brasileira 
contemporânea, fotografias e alguns resultados parciais. (FCLAr/UNESP) 
2. Clêmie Ferreira Blaud: Um prefácio para o Fausto de Murnau. (FFLCH-USP) 
3. Ivan Amaral: A obra transfigurada: variações visuais de Marie Menken. (ECA-
USP) 
4. Thais Vieira: Olhares de Van Gogh: o pictórico-cinematográfico como forma de 
narrar uma biografia. (FCLAr/UNESP) 
 
 
SC11. Relações entre literatura e cinema II Sala 14 
Coordenador: Vinicius Lucas de Souza 
 
1. Vinicius Lucas de Souza: Jekyl, Hyde e seus irmãos: diálogos entre O Médico e o 
monstro e O médico e a irmã do monstro. (FCLAr/UNESP) 
2. Erivoneide Barros: A Expressividade literária nas aulas de Serguei Eisenstein. 
(IEL/UNICAMP) 
3. Gabriela Bruschini Grecca: Convenções narrativas do romance distópico no filme 
Alphaville, de Jean-Luc Godard. (FCLAr/UNESP) 
4. Stéfano Stainle: Do parágrafo à cena: o sequestro da construção afetiva. 
(FCLAr/UNESP) 
 
SC12. Perspectivas da ficção no século XX Sala 15 
Coordenadora: Profa. Dra. Claudia F. de Campos Mauro 
 
1. Profa. Dra. Claudia F. de Campos Mauro: Os contos de Primo Levi como território 
do fantástico. (FCLAr/UNESP) 
2. Prof. Dr. Ivair Carlos Castelan: “Senilità”, de Italo Svevo e, “Um Amore”, de Dino 
Buzzati: diálogos possíveis. (FCLAr/UNESP) 
3. Amanda da Silveira Assenza Fratucci: A manifestação do fantástico tradicional no 
século XX: Les Malédictions de Claude Seignolle. (FCLAr/UNESP) 
4. Carlos Eduardo Monte: A Queda da Baliverna, uma abordagem pós-estruturalista 
do conto buzzatiano. (FCLAr/UNESP) 
 
 
13 
 
20/06/2018 – QUARTA-FEIRA das 16h às 17h30 
SESSÕES DE DEBATES DE PROJETOS 
 
SD6. Narrativa italiana do século XX Anf. D 
Debatedora: Profa. Dra. Maria Celeste Tommasello Ramos (UNESP/IBILCE) 
videoconferência 
Mediador: Prof. Dr. Ivair Carlos Castelan 
 
1. Sérgio Gabriel Muknicka (D): Alberto Moravia e a trilogia no feminino:Il 
Paradiso, Un’Altra Vitta e Boh. 
2. Vanessa Matiola (M): A marca do insólito nos contos de Dino Buzzati. 
 
SD7. Literatura e diversidade Sala 13 
Debatedora: Profa. Dra. Rosangela Sarteschi (USP) 
Mediadora: Profa. Dra. Maria Lúcia Outeiro Fernandes 
1. Thaís Fernanda Rodrigues da Luz Teixeira (D): Perspectivas femininas negras nos 
romances: Um defeito de cor, Alzira está morta: Ficção histórica No Mundo Negro 
do Atlântico e As lendas de Dandara: 
2. Daniela de Almeida Nascimentos (M): Memória e construção da identidade em 
Diário de Bitita. 
3. Isabela Cristina do Nascimento (M): Outras macabéas: mulheres nordestinas e 
deslocamento em dois romances de Marilene Felinto. 
 
 
20/06/2018 – QUARTA-FEIRA das 19h30 às 22h30 Anfiteatro D 
FILME 
Exibição do filme para debate: Party (1996) 
 
 
 
 
 
21/06/2018 – QUINTA-FEIRA das 10h às 12h Anfiteatro B 
 
PALESTRA 
Das servidões do amor (sobre Party, de Manoel de Oliveira) 
Profa. Dra. Silvana Pessôa de Oliveira – FALE/UFMG 
 
Moderadora: Profa. Dra. Claudia Barbieri Masseran (UFRRJ) 
 
 
14 
 
21/06/2018 – QUINTA-FEIRA das 14h às 15h30 
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO 
 
SC13. Estética cinematográfica, espaço e memória Sala 12 
Coordenadora: Profa. Dra. Claudia Barbieri Masseran (UFRRJ) 
 
1. Elis Crokidakis Castro (UNESA/FACHA)/ Eliana Monteiro (FACHA): Paisagem 
urbana: cinema, espaços periféricos e corpos. 
2. Fernanda Barini: “[Douro] dum certo idílio com o demoníaco”: reflexões sobre o 
espaço romanesco e o espaço cinematográfico em Vale Abraão. (FCLAr/ UNESP) 
3. Iamni Reche Bezerra: O instante de morte em La Jetée. (Unicamp) 
4. Vanessa Aparecida Ventura Rodrigues: As trajetórias da memória em Hiroshima, 
mon amour. (FCLAr/ UNESP) 
 
 
SC14. Identidade Portuguesa Sala 13 
Coordenadora: Ana Maria Saldanha 
 
1. Ana Maria Saldanha: O cinema militante português: abordagem interdisciplinar 
no Portugal de Abril. (IPM – Instituto Politécnico de Macau) 
2. Carlos Henrique Fonseca: Das páginas ao ecrã: a leitura cinematográfica de Ivo 
Ferreira sobre as Cartas de António Lobo Antunes. (FCLAr/UNESP) 
3. Heloísa Helena Ribeiro: Poesia, intertextualidade e construção da identidade 
portuguesa em Silvestre, de João César Monteiro. (FCLAr/UNESP) 
4. Jorge Eduardo Magalhães de Mendonça: Frei Luís de Sousa: Missões opostas no 
teatro e no cinema. (UFF) 
 
 
SC15. Literatura ClássicaSala 14 
Coordenadora: Jaqueline Vansan 
 
1. Jaqueline Vansan: A domina elegíaca como metáfora do fazer poético. 
(FCLAr/UNESP) 
2. Adilson Oliveira Dos Santos: Vestígios do criador da humanidade na mitologia e 
nas fábulas de Esopo. (FCLAr/UNESP) 
3. Jéssica Frutuoso Mello: Argonáutica(s): o tratamento dado à obra de Apolônio 
por Varrão Atacino. (FCLAr/UNESP) 
4. Vivian Gregores Carneiro Leão Simões: A literatura técnica latina e os seus 
antecedentes gregos. (FCLAr/UNESP) 
 
15 
 
 
SC16. Literatura e crítica Sala 15 
Coordenadora: Bruna Fernanda de Simone 
 
1. Bruna Fernanda de Simone: Traços pós-modernos em A Convergência dos Ventos 
de Nuno Júdice. (FCLAr/UNESP) 
2. Alex Wagner Dias: Construção e utopia na poesia de invenção. (FCLAr/UNESP) 
3. Jorgelina Rivera: Pós-utopia em Haroldo de Campos. Uma aproximação a “A 
educação dos cinco sentidos” por meio do filme “Hiroshima, mon amour”. 
(FCLAr/UNESP) 
4. Rosana Letícia Pugina: CLB: O corpo grotesco e o discurso carnavalizado em A 
Casa dos Budas Ditosos, de João Ubaldo Ribeiro. (FCLAr/UNESP) 
 
 
21/06/2018 – QUINTA-FEIRA das 16h às 17h30 
SESSÕES DE DEBATES DE PROJETOS 
 
SD8. Aspectos da poesia brasileira moderno-contemporânea Sala 12 
Debatedora: Profa. Dra. Cristiane Rodrigues de Souza (UFMS) 
Mediador: Prof. Dr. Brunno V. G. Vieira 
 
1. Márcia Maria Sant’Ana Jóe (D): O poema da pintura – relações intersemióticas 
em Poemas, obra de Portinari. 
 
2. Natália Aparecida Bisio de Araujo (D): As relações estéticas entre Blaise Cendrars, 
Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral no Modernismo Braisileiro. 
 
3. Patrícia Vieira Lochini (M): Por uma poética romântica: utopia e resistência em 
Howl (1956), de Allen Ginsberg e Paranoia (1963), de Roberto Piva. 
 
4. Pedro Passerini Rodrigues (M): A poesia futebolística de Carlos Drummond de 
Andrade e João Cabral de Melo Neto. 
 
 
SD9. Poesia em três tempos Sala 13 
Debatedor: Prof. Dr. Fabiano da Silva Santos (UNESP/Assis) 
Mediadora: Profa. Dra. Maria de Lourdes Ortiz Gandini Baldan 
 
1. Daniel de Assis Furtado (D): Lírica sacra no barroco luso-brasileiro. 
 
2. Camila Sabino (M): O futurismo irônico de Álvaro de Campos. 
 
16 
 
3. Zenilda Durci (M): Ferreira Gullar e a poesia de tensão social em Dentro da noite 
veloz e Barulho. 
SD10. Vieses críticos em Literatura brasileira Sala 14 
Debatedor: Prof. Dr. Alvaro Santos Simões Junior (UNESP-Assis) 
Mediador: Prof. Dr. Adalberto Luís Vicente 
 
1. Jonatan de Souza Santos (D): A sátira nas crônicas limabarretianas. 
 
2. Elvis Paulo Couto (M): Entre literatura e sociedade: a crítica literária de Antonio 
Candido e Roberto Schwarz. 
 
3. Jéssica Ciurlin Silva (M): Cíntia Moscovich, leitora de Laços de família de Clarice 
Lispector. 
 
4. Pedro Barbosa Rudge Furtado (D): O social no íntimo e o íntimo no social: modos 
de representar a história no romance de 30. 
 
21/06/2018 – QUINTA-FEIRA das 19h00 às 22h30 Anfiteatro D 
FILME 
Exibição do filme para debate: Vale Abraão (1993) 
 
 
Expediente suspenso na FCL, no período da manhã, Of. Circular 005/2018-PROPEG 
 
 
22/06/2018 – SEXTA-FEIRA das 14h às 15h30 
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO 
 
SC17. Cinema e personagem Sala 12 
Coordenadora: Profa. Dra.Fabiane Renata Borsato 
 
1. Profa. Dra. Fabiane Renata Borsato: A Dama do Lotação E Belle de Jour: O duplo 
como índice de metalinguagem e integração do ser e seus desejos. (FCLAr/UNESP) 
2. Carla Alexandre Ezarqui: Instinto criminal versus instinto materno na adaptação 
cinematográfica do romance La Fin de la Nuit de François Mauriac. 
(FCLAr/UNESP) 
3. Felipe Camargo Mello e Manoelle Gabrielle Guerra: A mulher de duas idades: 
Leituras do feminino literário e cinematográfico de órfãos do Eldorado. 
(FCLAr/UNESP) 
4. Márcia Regina Rodrigues: Luís de Lima e o Salário do Medo, de Henry-Georges 
Clouzot. (FCLAr/UNESP) 
 
 
17 
 
SC18. Teatro e cinema Sala 13 
Coordenador: Prof. Dr. Antonio Donizeti Pires 
 
1. Prof. Dr. Antonio Donizeti Pires: Do teatro risonho e trágico ao cinema de amor e 
de ação: o Mito de Orfeu na cena brasileira. (FCLAr/UNESP). 
2. Daniel de Assis Furtado: O triunfo da verdade: sobre Deus da Carnificina e A 
Palavra. (FCLAr/UNESP) 
3. Júlia Mara Moscardini Miguel: Intertextualidade e discurso no teatro de Dea 
Loher. (FCLAr/UNESP) 
4. Lígia Maria Pereira de Pádua Xavier: A poesia dramática villieriana: entre a ilusão 
e a realidade. (FCLAr/UNESP) 
 
 
SC19. Poesia e cinema Sala 14 
Coordenador: Thiago Buoro 
 
1. Thiago Buoro: O vídeo-poema (UNESP) 
2. Alexander Bezerra Lima: A montagem nos processos de criação da poesia 
eletrônica. 
3. Patrícia Resende Pereira: As mãos que sonham o sentido: poesia e poética 
cinematográfica em Carlos de Oliveira e Manuel Gusmão. (UFMG/CNPQ) 
4. Ednéia Minante Vieira: Cenas em linha única: seis microcontos Carrascozeanos 
transpostos para a linguagem fílmica. (FCLAr/UNESP) 
5. Leonardo Vivaldo: “Olavobilaquices”: o movimento serial na poesia de Geraldo 
Carneiro. (FCLAr/UNESP) 
 
 
SC20. Gênero e ficção II Sala 15 
Coordenadora: Karla Cristiane Pintar 
 
1. Karla Cristiane Pintar: A reconstituição dos mitos genuínos para a edificação de A 
Cidade Das Damas. (UNESP/IES) 
2. Camila Goos Damm: As deusas dos ramos e o sagrado feminino. (FCLAr/UNESP) 
3. Juliana Cristina Terra de Souza: Aspectos do mito em As Brumas de Avalon: a 
criação de um imaginário em torno do sagrado feminino na matéria da Bretanha. 
(FCLAr/UNESP) 
4. Maisa dos Santos Trevisoli: Releituras de Branca de Neve e os Sete Anões: a 
intertextualidade e o gótico. (FCLAr/UNESP) 
 
 
18 
 
22/06/2018 – SEXTA-FEIRA das 16h às 17h30 
SESSÕES DE DEBATES DE PROJETOS 
 
SD11. Literatura francesa oitocentista Sala 12 
Debatedora: Profa. Dra. Márcia Eliza Pires (UNESP/Araraquara) 
Mediadora: Profa. Dra. Andressa Cristina de Oliveira 
 
1. Cristovam Bruno Gomes Cavalcante (D): As faces de Saturno: um estudo sobre as 
representações melancólicas na poesia de Alphonsus de Guimaraens e na de Paul 
Verlaine. 
2. Dalila Silva Neroni Jora (M): Tradução literária: da ponte ao abismo – um estudo 
de tradução por meio da literariedade. 
3. Maria Júlia Pereira (M): A concepção de justiça iluminista em Les Miserables: as 
personagens Jean Valjean, Javert, Myriel e Enjolras. 
 
 
SD12. Faces de Agustina Bessa-Luís Sala 13 
Debatedora: Profa. Dra. Silvana Maria Pessôa de Oliveira (UFMG) 
Mediadora: Profa. Dra. Fabiane Renata Borsato 
 
1. Fernanda Barini Camargo (D): Espaço romanesco e espaço cinematográfico: a 
arquitetura e as identidades do lugar em Vale Abraão. 
2. Rodolfo Pereira Passos (D): A liberdade, a divergência e a “memória do amor”: o 
teatro de Agustina Bessa-Luís. 
 
 
 
22/06/2018 – SEXTA-FEIRA das 17h30 às 19h30 Anfiteatro B 
 
 
PALESTRA DE ENCERRAMENTO 
O sorriso de Ema: considerações sobre o ator oliveiriano. 
Prof. Dr. Pedro Maciel Guimarães – UNICAMP 
Moderadora: Profa. Dra. Márcia Rodrigues 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumos das comunicações 
 
20 
 
VESTÍGIOS DO CRIADOR DA HUMANIDADE 
NA MITOLOGIA E NAS FÁBULAS DE ESOPO 
 
Adilson Oliveira dos SANTOS (FCLAr/UNESP/M) 
adilsonsantos@fclar.unesp.br. 
Or. Prof. Dr. Fernando Brandão dos SANTOS (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: Fábula; mito; Prometeu; Zeus; criação do homem. 
 
Neste artigo, após delimitarmos o campo material do mito e da fábula, fizemos o cotejo 
de algumas fontes de textos gregos e um latino, Metamorfoses de Ovídio, a fim de 
perscrutar a origem da humanidade atribuída a Prometeu. Depois da análise dessas 
fontes, verificamos que as fábulas de Esopo fornecem valiosos registros de Prometeu 
como o deus que criou o homem. Na nossa pesquisa, em concorrência com Prometeu, 
outra interessante atribuição encontrada como sendo o deus criador da humanidadefoi 
Zeus. Descoberta essa que necessitaria de mais pesquisa em busca de outras fontes. 
 
 
CONSTRUÇÃO E UTOPIA NA POESIA DE INVENÇÃO 
 
 Alex Wagner DIAS (FCLAr/UNESP/M) 
 alexwdias@gmail.com 
Or. Profa. Dra. Maria Lúcia Outeiro FERNANDES (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chaves: Poesia; Cinema e Pintura; Invenção e Composição; Utopia 
 
Muitos poetas modernos legaram verdadeiras revoluções tanto em suas obras poéticas 
quanto em suas teorias, ensaios e críticas sobre o fazer literário, a profissão dos poetas e 
escritores e as relações da escrita com outras linguagens artísticas. Neste sentido, este 
trabalho pretende demonstrar, a partir de poemas e textos teóricos de Fernando Pessoa, 
Edgar Allan Poe, João Cabral de Melo Neto, Vladimir Maiakóvski e Haroldo de 
Campos, que suas formas de pensarem a composição perpassam um tripé em que 
podemos definir a invenção permeada por uma equação entre cálculo e utopia. Há, além 
deste debruçar-se sobre a invenção, um outro tripé a ser explorado e que se refere às 
relações das teorias desses poetas com as teorias da pintura e do cinema, aqui 
observadas pelo olhar de artistas que também se destacaram como teóricos nestas artes, 
a saber, Fayga Ostrower, Wassily Kandinsky, Sergei Eisenstein e Andrei Tarkovski. 
Aproximar artistas-críticos de artes distintas, poesia, pintura e cinema, nos permite 
averiguar de modo mais expansivo os percursos que sustentam as composições destes 
poetas-críticos modernos, no plano prático, a obra em si e a metapoesia, e teórico. Com 
isto, esta pesquisa não busca fazer uma arte sobressair-se à outra, mas possibilitar 
diálogos que enriqueçam o desenvolvimento de novos olhares críticos para os poetas 
que destacamos neste trabalho e da possibilidade de encontrarmos novos estímulos às 
leituras de suas obras. As escolhas dos autores se justificam pela importância e 
influência que suas obras, tanto teóricas quanto poéticas, tiveram e ainda têm para 
pesquisadores, críticos e poetas de nosso tempo e que distinguem, em conseguinte, os 
posicionamentos desses poetas e artistas em relação as ideias de inspiração, intuição e o 
trabalho profissional em arte. Assim, os poemas, no presente trabalho, servem como 
campo de comparação para as sustentações das teorias sobre composição em seus 
autores e não para análises que busquem decompor os poemas para depois remontá-los, 
visto que isso constituiria um outro objetivo, muito embora, este projeto sirva como 
mailto:adilsonsantos@fclar.unesp.br
mailto:e_mail@email.com.br
21 
 
esteio, no sentido de citar-se diversos pesquisadores que fizerem essas análises frente às 
obras dos poetas citados. As análises dos poemas, aqui, buscarão uma fruição estética 
que se valha de uma linguagem mais poética, que consideramos mais adequada para 
tratarmos de tais temas e abordagens. 
 
 
A MONTAGEM NOS PROCESSOS DE CRIAÇÃO 
DA POESIA ELETRONICA DIGITAL: O USO DA TECNICA DE MONTAGEM 
EM JUSTA POSIÇÃO USADA NO CIMENA NA GERAÇÃO DE SENTIDOS 
NO PROCESSO CRIAÇÃO DE POEMAS DIGITAIS. 
 
Alexander Bezerra LIMA (UNIARA) 
alexiconartes@gmail.com 
 
Palavras-chave: montagem; cinema; poesia digital. 
 
O poema criado em ambiente digital exige tipos específicos de conhecimentos em várias 
áreas. Podem-se citar conhecimentos sobre os aspectos verbais e não-verbais desta 
poesia, sua visualidade, seus aspectos sonoros, a carga cultural de interpretação e o 
conhecimento sobre o uso de ferramentas tecnológicas disponíveis para a sua criação. 
Nesse processo de criação do poema digital, observa-se a possibilidade do uso de uma 
técnica de montagem usada no cinema potencializando interpretações criadas a partir de 
um texto poético que possibilite elaboração de um roteiro e, posteriormente, de 
montagem com a intenção de suscitar estímulos, aumentando a percepção e gerando 
novos sentidos. A montagem, segundo alguns teóricos da área do cinema, é usada como 
processo criativo em várias linguagens artísticas, tendo como base sempre a 
justaposição de dois elementos. No caso da leitura interpretativa dos poemas, tendo o 
computador como mediador, a possibilidade de experimentar essa técnica é 
potencializada.Há uma particularidade nesse conceito de montagem no que diz respeito 
à criação do roteiro. Nele o artista vai definir qual o tipo de montagem que vai usar e 
assim estimular a geração de imagens nas quais a determinação da ordem das palavras, 
no sentido da montagem, dará maior ou menor intensidade na geração de sentidos. A 
ordem da apresentação do texto, comumente chamada se adaptação, pode modificar a 
“impressão”, ou o sentido, ou ainda a imagem recriada pelo leitor. A partir desse 
argumento, podemos sugerir que os poemas digitais são um tipo de artefato artístico, 
cujo lugar está entre o texto e o cinema, uma vez que é preciso seguir um roteiro de 
montagem para o poema neste novo suporte oferecendo outras possibilidades narrativas, 
mas diferentemente do cinema e do texto impresso. 
 
 
A MANIFESTAÇÃO DO FANTÁSTICO TRADICIONAL NO SÉCULO XX: 
LES MALÉDICTIONS DE CLAUDE SEIGNOLLE 
 
Amanda da Silveira Assenza FRATUCCI (FCLAr/UNESP/D) 
as.assenza@gmail.com 
Or. Profa. Dra. Ana Luiza Silva CAMARANI (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: Literatura Francesa; Fantástico; Claude Seignolle. 
 
A literatura fantástica surgiu como modalidade literária durante o período do 
Romantismo europeu, com a intenção de representar o mundo interior e subjetivo da 
mente, conferindo à imaginação humana uma importância maior do que a da razão e da 
mailto:alexiconartes@gmail.com
mailto:as.assenza@gmail.com
22 
 
realidade. Grande parte dos estudiosos do fantástico afirma que esse fantástico 
tradicional que se manifestou ao longo do século XIX teve uma vida relativamente 
curta, não chegando ao século XX. Tzvetan Todorov, principal estudioso da literatura 
fantástica do século XIX, afirma em sua Introdução à Literatura Fantástica, que a 
manifestação tradicional da modalidade se esgotou com os textos de Maupassant no 
final do século XIX. O que temos nos dias atuais, portanto, é uma série de estudos a 
respeito da manifestação mais recente da modalidade fantástica que afirmam que há 
atualmente um neofantástico, principalmente nas literaturas de língua espanhola; outros 
tratam o Realismo Mágico ou Maravilhoso como manifestação fantástica atual. Assim, 
o presente estudo tem por objetivo mostrar que o fantástico tradicional do século XIX 
ainda tem, ao longo do século XX e até os dias atuais, uma permanência na literatura. O 
objetivo maior deste trabalho é, portanto, dar continuidade aos estudos teórico-críticos 
acerca da modalidade fantástica, mostrando que o fantástico tradicional continuou 
manifestando-se na literatura do século XX, trazendo a hesitação como principal 
aspecto. Para isso, partiremos da leitura, interpretação e análise dos textos ficcionais 
selecionados, de autoria de Claude Seignolle, escritor contemporâneo, verificando e 
buscando compreender como se dá a presença do fantástico tradicional nas obras do 
autor. Além disso, buscaremos compreender quais são as características que diferenciam 
esse fantástico tradicional aplicado à literatura dos séculos XX e XXI do neofantástico 
definido por Sartre, Alazraki ou Bessière. 
 
 
LITERATURA NA SALA DE AULA: 
ESTUDO, MÉTODO E PRÁTICA DA LEITURA DO TEXTO LITERÁRIO 
 
Ana Carolina Miguel COSTA (FCLAr/UNESP/M/CAPES) 
carol_c_fdj@hotmail.com 
Or. Profa. Dra. Fabiane Renata BORSATO (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: literatura; texto literário; ensino. 
 
Ao observarmos o cenário da educação brasileira na atualidade, notamos como esta se 
esvai dia a dia, com escolas sem estrutura; material de qualidade ruim; professores, de 
um lado, não capacitados, e de outro, marginalizados; a falta de interesse dos discentes e 
da sociedade;dentre tantos outros obstáculos. Ao adentramos a elementos mais 
específicos, como a leitura, ou ainda, a leitura de textos literários, percebemos que a 
defasagem é ainda maior. Na sala de aula, o docente deve conseguir o prazer da leitura, 
e a conscientização sobre seus benefícios, porém muitos não o fazem, utilizam os textos 
como meio para ensinar algum conteúdo específico, tal como a gramática ou técnicas de 
redação. Além disso, percebemos que cada vez mais o aprendizado está baseado no 
ensino especializado, visto que professores apenas reproduzem conteúdos que serão 
cobrados em exames vestibulares. Ou seja, o aluno não é visto como protagonista, um 
ser ativo que pode refletir, criar, criticar, interpretar, questionar; ele é colocado como 
um receptáculo, que vai reproduzir mecanicamente o que lhe foi transmitido, sendo, 
então, a literatura para ele não como um ato libertador, mas castrador. Diante desse 
problema, pretendemos ponderar sobre o fato de que a literatura não é um instrumento 
para outros fins e planear métodos para aproximar alunos dos textos literários. Desse 
modo, queremos mostrar possibilidades de leitura do texto literário na sala de aula, 
através dos resultados obtidos com pesquisa de campo - que teve início elencado na 
seleção de textos literários, seguida de elaboração de questões epilinguísticas, conforme 
proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Língua Portuguesa (1997), 
para incitar a reflexão sobre o texto e seus recursos expressivos e na leitura em voz alta 
mailto:emaildoaluno@email.com.br
mailto:emaildoaluno@email.com.br
23 
 
dos textos - e estudos teóricos, sendo a análise de conteúdo pautada no método 
quantitativo e qualitativo proposto por Laurence Bardin (1977). 
 
 
BORGES E BERTOLUCCI: 
O VERSO E O ANVERSO NA ESTÉTICA TRADUTÓRIA 
 
Ana Claudia RODRIGUES (FCLAr/UNESP/D) 
Anac_redacao@yahoo.com.br 
Or. Maria de Lourdes Ortiz Gandini BALDAN (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: Tradição; tradução; criação; discussão estética. 
 
O intuito desta comunicação é estabelecer uma análise de cunho intersemiótico do conto 
“Tema do traidor e do herói” (1944), de Jorge Luis Borges, no filme A estratégia da 
aranha (1970), de Bernardo Bertolucci, e daí, articular, à luz de uma leitura crítica do 
olhar, uma categoria estética da tradução como criação emanada pelo tradutor/recriador. 
A partir do título do filme, percebe-se a desconstrução do conceito de fidelidade frente à 
tradução, e, desse modo, o tradutor torna-se fiel à própria sensibilidade que translada no 
tempo e no espaço – o outro (conto) e o mesmo (filme) como elementos estéticos 
distintos na forma, mas unidos na imanência da relação tradição/ tradução, que nada 
mais seria que um remanejamento, um despertar de uma obra na outra por intermédio de 
novos sentidos. E nesse espelhamento entre conto e filme, infere-se o reflexo, quase 
secreto, de algo maior, uma vez tratar-se da história enigmática daquele que sai em 
busca da biografia de seu ancestral, e, de imediato, recebe a informação de que se trata 
de um herói, mas à medida que as investigações se aprofundam, descobre outra versão 
dos fatos: o tão aclamado herói era um traidor, e que tudo não passava de uma trama 
arquitetada numa história cíclica, aquela, dentro de tantas outras que remonta, aqui no 
caso, às obras de Shakespeare (Júlio César e Macbeth). E diante da revelação de que o 
herói era um traidor, fez-se silêncio, ora imbuído pelo choque que ofusca os olhos 
quando se está diante da ‘verdade’ consumada, ora pela constatação de que a ‘verdade’ 
não importa, e sim, a estratégia de sua representação. Portanto, mediante tais arranjos de 
duplicidades (Shakespeare e Borges), (Borges e Bertolucci), (traidor e herói), (trágico e 
dramático), emana a síntese de que o elemento estético que perdura no tempo requer a 
perda da ilusão unívoca e intocável que possa recair sobre si, a fim de que transcenda 
nos seus duplos, tal e qual o verso e o anverso de uma mesma moeda, não 
necessariamente, a tradução literal, mas a transgressão criadora. 
 
 
“EU NÃO SOU O QUE ESCREVO OU SIM, MAS DE MUITOS JEITOS”: 
OS DIFERENTES ÉTHE DISCURSIVOS NA CORRESPONDÊNCIA 
DE CAIO FERNANDO ABREU 
 
André Luiz ALSELMI (Centro Universitário Barão de Mauá /FCLAr/UNESP/D) 
andre_alselmi@yahoo.com.br 
Or. Prof. Dr. Adalberto Luis VICENTE (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: Caio Fernando Abreu; Cartas e Literatura; Éthe discursivos. 
 
Muitos estudiosos valem-se das cartas de personalidades históricas ou literárias para 
investigar aspectos ligados à identidade do emissor. Nesse sentido, os documentos 
epistolares são tomados como lugar da verdade, devido à suposta sinceridade 
mailto:Anac_redacao@yahoo.com.br
mailto:andre_alselmi@yahoo.com.br
24 
 
constituinte do discurso epistolar. Entretanto, de acordo com os estudos mais recentes 
sobre o gênero, ao invés de se creditar às missivas um caráter de discurso verdadeiro – 
que traria à cena a essência do remetente – é preciso desconfiar do discurso do 
epistológrafo, que manipula a linguagem a fim de construir uma “ilusão epistolar”, 
apresentando ao destinatário uma imagem bastante controlada de si. Nesse sentido, a 
correspondência pode ser lida como um discurso simulado e, nesse caso, o eu que se 
enuncia na carta não pode ser relacionado diretamente à pessoa de carne e osso do 
emissor, devendo ser entendido, assim, mais como um efeito de linguagem que como 
substituto de um eu real. Partindo dessas ideias, esta comunicação apresenta uma análise 
da construção dos diferentes éthe discursivos de Caio Fernando Abreu a partir discurso 
epistolar de alguns textos reunidos na coletânea Cartas (2002), organizada por Italo 
Moriconi . Com base nas ideias de Mikhail Bakhtin e de José Luiz Fiorin, que 
consideram o enunciador do texto como um efeito de linguagem, são analisadas as 
diferentes personae de Caio Fernando Abreu nas cartas e sua variabilidade de acordo 
com determinados destinatários: a de filho, quando escreve a seus pais; a de amigo, 
quando se comunica com pessoas que compõem seu círculo de amizades; a de amante, 
quando se comunica com Vera Antoun; e, por fim, a de escritor, quando escreve para 
personalidades da cena literária. A partir do contraste entre as diferentes vozes, 
analisam-se elementos como a linguagem, o tema e o tom das missivas, bem como 
alguns componentes estruturais, como a assinatura desses textos. O discurso epistolar é 
considerado, assim, a partir da relação entre as suas três dimensões constituintes: éthos 
(enunciador); páthos (enunciatário) e logos (discurso). 
 
 
DE MÃO DADA COM MEU AMIGO JEAN VIGO: 
A POESIA “CINEMATOGRÁFICA” DE ADÍLIA LOPES 
 
André Luiz Menezes de MORAIS (IBILCE/UNESP/M/CAPES) 
andremorais1@bol.com.br 
Or. Prof. Dr. Orlando Nunes de AMORIM (IBILCE/UNESP) 
 
Palavras-chave: Adília Lopes; Jean Vigo; poesia/cinema. 
 
Nesta comunicação, proponho uma discussão sobre questões que envolvem poesia e 
cinema tomando como ponto de partida para essa reflexão o poema “[De mão dada]”, 
da portuguesa Adília Lopes (1960- ). Nesse poema, Adília Lopes expõe dois traços 
fundamentais de sua poética: a narração e a referência cultural. Em quatro versos, a 
poeta relata um episódio entre si (eu-lírico) e seu amigo, enquanto ambos “assistem” aos 
filmes do cineasta francês Jean Vigo (1905-1934). Intenciono aproximar os recursos 
poéticos utilizados pela autora portuguesa àqueles praticados pelos cineastas, tendo os 
filmes de Jean Vigo como “interlocutores” dessa leitura entre as práticas poética e 
cinematográfica. 
 
 
DO TEATRO RISONHO E TRÁGICO AO CINEMA DE AMOR E DE AÇÃO: 
O MITO DE ORFEU NA CENA BRASILEIRA 
 
Prof. Dr. Antônio Donizeti PIRES (FCLAr/UNESP/ CNPq) 
adpires@fclar.unesp.br 
 
Palavras-chave: Mito órfico; Cinema; Teatro. 
 
mailto:andremorais1@bol.com.br
mailto:adpires@fclar.unesp.br
25 
 
Desde o século XIX,na cena teatral brasileira há pelo menos três peças que partem do 
mito de Orfeu e o aclimatam à realidade problemática dos trópicos, ainda que em 
diapasões muito diferentes: a comédia Orfeu na roça (1868), de Francisco Correia 
Vasques (1839-1892); o poema dramático Orpheu (1923), de Homero Prates (1890-
1957); e a “tragédia carioca” Orfeu da Conceição (estreia teatral em 1956), de Vinicius 
de Moraes. Se a primeira, adaptada e representada (com enorme sucesso de público) por 
Correia Vasques, ativo ator/escritor cômico e empresário teatral carioca, é uma paródia 
em segundo grau da paródica ópera-bufa Orfeu nos infernos (1858), de Jacques 
Offenbach (música) e Hector Crémieux (texto), a segunda é um poema dramático de 
estofo parnaso-simbolista, idealista e espiritual, que nunca foi levado à cena. Já a 
terceira, a mais bem-sucedida experiência teatral do poeta-músico Vinicius de Moraes, 
por ele mesmo subintitulada “tragédia carioca”, é a base de dois filmes emblemáticos, 
em português, sobre o mito de Orfeu: Orfeu negro (1959), de Marcel Camus, premiado 
em Cannes e em Hollywood, e Orfeu (1999), de Carlos Diegues. O primeiro (acusado 
de exotismo, mas importante porta-estandarte da MPB e dos valores musicais afro-
brasileiros no exterior) e o segundo (mais vincadamente realista, ao explorar a violência 
e o estado paralelo conflagrado pelo tráfico de drogas nas favelas, nos tempos atuais) – 
ainda que muito diferentes entre si – são recriações/releituras/reescrituras do mito de 
Orfeu (através, claro, da ótica pioneira de Vinicius de Moraes) e, tal qual na peça de 
1956, valem pela construção que empreendem de uma personagem autêntica e 
ontologicamente válida, imersa em um espaço sócio-cultural e histórico degradado, com 
seus problemas pessoais e coletivos. E porque tais revisões e reelaborações 
cinematográficas são vincadas por perspectivas, pontos de vista e contextos sociais e 
histórico-culturais muito diferentes da origem, que acabam por problematizar (e 
enriquecer) a própria tradição clássica grega, é que se pretende realçá-las na 
comunicação, que condensará dois textos publicados pelo autor: “Orfeu na cena trágica 
brasileira” (Portugal, 2015) – parcialmente apresentado no XIV Congreso de Estudios 
Clásicos da SEEC, Barcelona, Espanha, 2015 – e “Três personae de Orfeu na cena 
brasileira” (Brasil, 2017). 
 
 
TRAÇOS PÓS-MODERNOS EM 
A CONVERGÊNCIA DOS VENTOS DE NUNO JÚDICE 
 
Bruna Fernanda de SIMONE (FCLAr/UNESP/D) 
bru_aisha@hotmail.com 
Or. Prof. Dra. Maria Lúcia Outeiro FERNANDES (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: poesia portuguesa contemporânea; Pós-Modernidade; Nuno Júdice. 
 
O poeta português Nuno Júdice, autor de uma densa e rica obra poética, empreende, 
desde suas primeiras publicações, um trabalho voltado à discussão do lugar da arte e do 
poema no mundo contemporâneo, tais temáticas estão presentes dentro de suas 
produções por meio de uma retomada da tradição literária ocidental. Em 2015, com a 
publicação de A Convergência dos Ventos, não foi diferente. Há, nessa obra, uma 
quantidade considerável de poemas em que o poeta algarvio deixa evidente seu intuito 
de reavivar escritores de outras épocas, momentos e personagens da literatura. Tal 
processo pode ser identificado como uma característica pós-moderna em sua obra. 
Período de revisão e reflexão a respeito de pensamentos racionalistas e totalitários que 
permearam o século XX, a pós-modernidade promove uma análise crítica das grandes 
narrativas, da História e da própria modernidade. Tal atitude tem como um de seus 
reflexos, no âmbito literário, a descrença no novo, na originalidade e a retomada do 
mailto:bru_aisha@hotmail.com
26 
 
passado literário como um exercício de diálogo com este. Assim, buscando o 
entendimento do passado e a ruptura com a ideia de tempo cronológico e acelerado, um 
dos traços essenciais da pós-modernidade é a inclinação sobre questões e releituras de 
outras épocas e de outros momentos da literatura. Essa inclinação pode ser notada nos 
poemas de Júdice, em A Convergência dos Ventos, pois há neles uma preocupação em 
fazer de cada poema o lugar seguro para que o passado seja retomado e fixado, busca-se 
o congelamento do tempo pela palavra. Muitos de seus poemas são uma compilação de 
histórias da literatura que não devem ser esquecidas, eles reafirmam a importância de 
compreender a arte e a poesia por meio de tudo o que já existiu e que retorna 
infinitamente, tal como num ciclo. Portanto, através da análise de alguns poemas 
judicianos da obra em questão, objetiva-se demonstrar quais são os procedimentos 
utilizados pelo poeta para reanimar as histórias míticas, escritores de diversas épocas da 
literatura ocidental e até mesmo personagens marcantes, que fazem de sua produção 
poética o lugar da retomada do passado. Além disso, pretende-se evidenciar que essa 
obsessão pelo retorno à tradição é, em sua obra, um aspecto proveniente das questões 
pós-modernas. 
 
 
O ÚLTIMO ESPETÁCULO DA POESIA BRASILEIRA: 
A POESIA NO CREPÚSCULO DA CULTURA 
 
Bruno Darcoleto MALAVOLTA (FCLAr/UNESP/D/CAPES) 
brunomalavolta@gmail.com 
Or. Prof. Dr. João Batista Toledo PRADO (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: Teoria crítica; Guy Debord; Sociedade do Espetáculo; Poesia. 
 
Agambem reconhece a materialização econômico-cultural denunciada pela teoria do 
espetáuclo de Guy Debord, embasada esta, por sua vez, em uma percepção de que o 
conceito marxista do fetiche da mercadoria havia estabelecido, para além daquela 
indústria cultural adorniana e horkeimeriana, um estado de coisas de dependência 
aboluta deste sistema-espetáculo para se mediar as relaões humanas de toda ordem, 
fazendo jus a um sistema hegeliano que obedeça a uma totalidade imanente. Pertence, 
logo, este espetáculo, à grandeza dos objetos linguísticos, como uma linguagem exterior 
do estado que deseja suprimir o poético, e nele toda sua comunicação, agora convertida 
em racionalismao técnico, o oposto da linguagem simbólica. Como, pois, responderia a 
poesia brasileira, no caldo de sua cultura cada vez mais apartadada ocidentalidade, e 
sobretudo como o fariam quatro poetas fundamentais de nossa modernidade e 
contemporaneidade líricas, a saber, Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, 
Roberto Piva e Alberto Pucheu? Eis o rastro que farejaremos, munidos da intuição de 
que o Drummond de Sentimento do mundo e A rosa do povo representa a reação desta 
poesia aos primeiros estilhaços espetaculares, chamando a si a responsabilidade de 
salvaguardar uma certa cultura oral arremessada na cultura de massa, pacificando o 
hiato apontado por Cândido para o diminuto papel da cultura erudita neste processo de 
modernização. Drummond não deixa, ainda, de apontar pelas vias de um comunismo 
primitivo uma possível organização discursiva que poderia, se extremada, ferir a 
organização retórica espetacular. Não é senão o que fará Gullar, que em seu Romances 
de cordel sacrificará seu próprio projeto estético em razão de extremar o discurso 
ideologicamente à esquerda e, em um Dentro da noite veloz, abandonará um certo 
fetiche pelo prognóstico marxista, e rebalizará sua dialética com a imanência do 
capitalismo tardio, chegando a seu poema social maduro. A a empreitada ideológica 
dessa poesia se esgotará em Piva, para quem o ataque ao espetáculo se dará pela 
mailto:brunomalavolta@gmail.com
27 
 
organização do discurso sob uma perspectiva nietzscheana, e já não ideológica, pois 
dionisíaca, em que o irracionalismo toma as rédeas do ataque à medula da cultura 
ocidental. Ficando a cargo de Pucheu dar uma resposta do hoje para a consolidação da 
era espetacular em seu mais perfeito funcionamento e potencialidade, em busca de 
questionar o lugar da poesia em seu Para que poetas em tempos de terrorismos, quando 
dois gêneros retóricos, o lírico e o espetacular, embatem uma guerra especulativa em 
torno da palavra hoje. 
 
 
AS DEUSASDOS RAMOS E O SAGRADO FEMININO 
 
Camila Goos Damm (FCLAr/UNESP/M/CAPES) 
camilagdamm@hotmail.com 
Or. Prof. Dr. Aparecido Donizete Rossi (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: Sagrado feminino; arquétipos; mitologia celta. 
 
O projeto tem como objetivo analisar as características arquetípicas e mitológicas 
presentes nas personagens Rhiannon, Arianrhod e Blodeuwedd, encontradas no 
conjunto de lendas galesas chamadas Os Quatro Ramos do Mabinogion. Essas lendas, 
registradas em dois manuscritos medievais e traduzidas para o inglês por Lady Charlotte 
Guest, apresentam diversas evidências de pertencerem a uma tradição oral do folclore 
pré-cristão dos povos celtas que ali habitavam. A análise será feita tanto dentro do 
conjunto simbólico particular à cultura celta quanto através dos estudos de mitologia 
comparada, a partir de uma perspectiva junguiana e das reflexões de Erich Neumann em 
A Grande Mãe. A partir dessa análise, buscaremos demonstrar a relevância do resgate 
de figuras femininas pertencentes às mitologias fundadoras para o conceito de sagrado 
feminino, pois a relação entre a mulher e a espiritualidade sofreu grande repressão desde 
o declínio do paganismo e a ascensão do cristianismo e, concomitantemente, de uma 
ordem cultural crescentemente patriarcal. Com a expansão e a ramificação de diversos 
movimentos feministas, o interesse numa espiritualidade que contemple o sagrado 
feminino cresce novamente, voltando seu olhar para figuras tanto reais quanto fictícias 
do passado na busca por predecessoras e inspiração para uma nova identidade espiritual. 
Mostraremos também a importância desse resgate para o movimento feminista dentro 
da perspectiva literária, que tem como uma de suas buscas o redescobrimento dos mitos 
e histórias em que a mulher é figura central ou tem papel de destaque; para questões de 
representatividade da figura feminina e de como se inspiram, criam e percebem essas 
personagens no contexto atual e partindo de uma perspectiva crítica de como a mulher 
tem sido representada na ficção; e também para o resgate da relevância histórica e 
cultural das mitologias ora referidas, das quais podemos ver reflexos até hoje, apesar 
das tentativas de modificação e mascaramento visando o menosprezo da figura 
feminina. 
 
 
DER FINDLING E O FRACASSO DA EDUCAÇÃO ILUMINISTA 
 
Carina Zanelato SILVA (FCLAr/UNESP/D/CAPES) 
carinazs@hotmail.com 
Or. Profa. Dra. Karin VOLOBUEF (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: Pedagogia Iluminista; Heinrich von Kleist; Immanuel Kant. 
 
mailto:camilagdamm@hotmail.com
mailto:carinazs@hotmail.com
28 
 
A pedagogia desenvolvida na época do Iluminismo procurou debater os meios de se 
educar o homem para o bem e para a independência intelectual, fundando os 
pressupostos dessa formação em uma lógica moral voltada para o exemplo da virtude e 
da boa conduta, que tinha como propósito unir harmoniosamente todos os homens sob o 
princípio comum das leis morais. Para tanto, a filosofia do Século das Luzes pregou 
como parâmetro de sua pedagogia a total responsabilidade do homem por seus atos, o 
que acarretou na imprescindibilidade de uma formação adequada, que operasse na 
natureza humana uma transformação positiva, resultando em ações pautadas na máxima 
do bem moral. Inicialmente adepto a esta proposta, Heinrich von Kleist, logo após sua 
famosa “crise kantiana”, passou a contestar o modelo de educação Iluminista, 
pontuando a sua reflexão a partir de um viés cético, que discutia não só a capacidade 
humana de adquirir conhecimentos, como também os processos de formação que 
garantiriam ao homem uma educação mais completa, pois, para o autor, a nova visão de 
realidade aberta pelo criticismo kantiano evidenciou os fracassos da pedagogia 
iluminista. Sob este novo ponto de vista, as noções de liberdade e de moralidade 
ganharam uma nova caracterização, já que se tornou impossível para Kleist determinar 
ou prever quais seriam os resultados dos projetos educacionais, até então vigentes, na 
conduta humana; o homem seria em si mesmo contraditório, e estaria ligado, pelo 
destino ou pelo fim dado a ele pela natureza, a milhares de outras instâncias que muitas 
vezes se sobrepõem à educação formal fornecida pelos pais ou pela escola. Esta 
discussão, que aparece em suas cartas e ensaios, foi transposta também para a sua 
literatura. Em seu conto Der Findling (O adotado, 1811), Kleist, criticamente, coloca 
em xeque uma educação pautada nos valores morais burgueses da família e do bem 
supremo, desembocando em um texto repleto de violência, maldade e malogro da 
felicidade, o que nos despertou o interesse para a análise destes aspectos na elaboração 
dos elementos que compõem a narrativa. Assim, nesta comunicação, enfocaremos como 
Kleist constrói em seu conto personagens e espaços que evidenciam a falha no sistema 
educacional iluminista. 
 
 
INSTINTO CRIMINAL VERSUS INSTINTO MATERNO 
NA ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DO ROMANCE 
LA FIN DE LA NUIT DE FRANÇOIS MAURIAC 
 
 Carla Alexandra EZARQUI (FCLAr/UNESP /M/CNPq) 
carla.ezarqui@hotmail.com 
Or. Profa. Dra. Andressa Cristina de OLIVEIRA (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: Narrativa francesa ;personagem; adaptação cinematográfica. 
 
Publicado em 1935, o romance La fin de la nuit, de François Mauriac dá continuidade 
ao drama do desajuste, da busca pela identidade vivenciado por Thérèse, personagem 
protagonista, de origem provinciana, e que vive há quinze anos em Paris, após uma 
tentativa fracassada de envenenar o marido. Seu conflito interior é agravado pela paixão 
que lhe devota o namorado da filha, Marie, uma jovem de dezessete anos, com quem 
estabeleceu poucos contatos depois de sua partida para a capital. A infância, o 
casamento, o envenenamento e a separação são retratados no romance Thérèse 
Desqueyroux (1927), embora o próprio autor tenha declarado não haver uma 
interdependência entre ambas as obras. Adaptado ao cinema, pela primeira vez, por 
Albert Riéra, em 1966, La fin de la nuit obteve uma mis en scène semelhante àquela da 
adaptação do romance Thérèse Desqueyroux, de 1962 por Georges Franju, conservando, 
inclusive, os mesmos atores para a personagem protagonista e seu marido, Bernard. Na 
mailto:carla.ezarqui@hotmail.com
29 
 
primeira, houve a colaboração do autor e ambas retrataram fielmente o texto literário, 
tanto no que tange ao enredo quanto aos diálogos, ligeiramente alterados, explorando a 
dramaticidade presente na escrita do romance. Thérèse Desqueyroux recebeu nova 
adaptação cinematográfica em 2012, por Claude Miller, que reproduziu a obra 
resguardando a época (década de 20), a caracterização das personagens e grande parte 
do diálogo. Em contrapartida, em 2015, o diretor Lucas Belvaux concedeu a La fin de la 
nuit uma adaptação livre cuja mis en scène se compromete, sobretudo, em denotar o que 
há de intemporal na obra de Mauriac, ou seja, a humanidade da personagem, cuja 
expressão é partilhada entre a literatura e o cinema. O drama familiar, reproduzido no 
contexto atual, é submetido a várias adequações, por consequência, os conflitos 
secundários tomam nova forma. Assim, objetiva-se analisar a maneira pela qual os 
instintos criminal e materno são transpostos para a tela e, ainda, o modo como os 
elementos são estruturados para representar o “espírito” da obra, sobretudo no que 
concerne à atmosfera das cenas transcorridas na província, e à crítica à burguesia, tão 
particulares em Mauriac. 
 
 
A QUEDA DA BALIVERNA, UMA ABORDAGEM 
PÓS-ESTRUTURALISTA DO CONTO BUZZATIANO 
 
Carlos Eduardo MONTE (FCLAr/UNESP/D/CAPES) 
monteadvocacia@yahoo.com.br 
Or. Profa. Dra. Cláudia Fernanda de Campos MAURO (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: Dino Buzzati; A queda da Baliverna; pós-estruturalismo. 
 
A queda da Baliverna é um conto de Dino Buzzati. Escrito em 1957, quando a Itália se 
levantava das agruras da Segunda Guerra, o que lemos é a aventura, ou a desventura,de 
um protagonista/herói que, tendo o hábito hebdomadário de visitar um antigo mosteiro, 
a Baliverna, construído no século XVII para abrigar a ordem dos frades de São Celso, 
vê-se, certa feita, após um ato relativamente infantil (puxar uma haste), como 
responsável pela queda da gigantesca construção, em decorrência de uma sucessão de 
efeitos. A magnânima construção, no entanto, exemplo fundamental de uma ordem 
religiosa, que repousa no binômio estrutural, modelo e organicidade, é lida como uma 
das engenhosas alegorias de Buzzati e, aqui, colocada em análise questões que são 
revisitadas com o advento de novos rumos teóricos, sobretudo com o pós-estruturalismo 
e a desconstrução, de Jacques Derrida. Por estas balizas, que se avolumam a partir dos 
anos 60, valores cristalizados pelo modernismo, e que vinham sendo questionados por 
Nietzsche e Heidegger, entre outros, como as ideias de origem, tradição, técnica, 
utilidade, início ou centro, até então inexoráveis, passam a ser investigados mais 
detidamente. Neste trabalho, marcadamente, dois destes cânones, em certa medida se 
alinham: estrutura e progresso. O conto de Buzzati ora é lido como um exemplo, como 
uma impressão de um mundo que, pouco a pouco, percebe-se sofrendo cada vez mais 
com os efeitos das imposições que o circundam; por uma realidade, ou os efeitos 
ilusórios desta, que necessariamente se integram como apenas mais um objeto em 
análise. A heterotelia, noção que se expande com a rubrica do pós-modernismo, 
sobretudo em autores como Michel Maffesoli, e a da traição da herança, com Harold 
Bloom, faz com que se discuta a circunscrição originária do constructum, de quanto, na 
estrutura já se encontra presente o jogo de massas em equilíbrio, algo que poderá ser 
acionado com um simples quebrar de hastes, dando-nos, pelo apocalipse, a dimensão de 
sua fragilidade. 
 
mailto:monteadvocacia@yahoo.com.br
30 
 
DAS PÁGINAS AO ECRÃ: A LEITURA CINEMATOGRÁFICA D 
E IVO FERREIRA SOBRE AS CARTAS DE ANTÓNIO LOBO ANTUNES 
 
Carlos Henrique FONSECA (FCLAr/UNESP/D) 
karloshfonseca@gmail.com 
Or. Profa. Dra. Maria Lúcia Outeiro FERNANDES (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: António Lobo Antunes; Ivo Ferreira; Cartas da Guerra; Literatura e 
Cinema. 
 
D’este viver aqui neste papel descripto (2005) é um livro organizado pelas filhas do 
escritor António Lobo Antunes, Maria José Lobo Antunes e Joana Lobo Antunes, que 
reúne cartas do pai à sua primeira esposa, Maria José, durante o período em que serviu 
como médico combatente na Guerra Colonial, no leste de Angola, entre os anos 1971 e 
1973. Em 2016, o diretor português Ivo Ferreira dirige o filme Cartas da Guerra, uma 
leitura cinematográfica daquilo que resultou em uma obra epistolar de Lobo Antunes. 
Este trabalho propõe uma análise da forma com que enquadramentos, planos, 
iluminação, filmagem e montagem, categorias próprias da linguagem fílmica, bem 
como categorias compartilhadas entre a arte do cinema e a literatura como tempo, 
espaço, narrador e ambientação foram empregados no filme a fim de captar a natureza 
poética das referidas cartas, em que já estão presentes vários elementos que constituirão, 
posteriormente, recorrências estéticas e temáticas da produção romanesca 
loboantuniana, na qual ecoa, de várias formas, a experiência individual e coletiva da 
guerra. Duas escolhas do diretor servirão como ponto de partida para a análise ora 
proposta: a) a filmagem total do filme em preto e branco que, além de uma escolha 
estética específica, é eficiente na recriação de uma atmosfera mais densa e intimista, em 
sintonia com o período salazarista e a perversa herança do colonialismo; b) a narração 
da quase totalidade das cartas na voz feminina, lidas pela atriz que interpreta a esposa 
do médico combatente, mas que traz, no seu cerne, uma voz coletiva das mulheres e 
famílias que foram privadas de seus pais, maridos e filhos ao longo dos treze anos de 
guerra colonial. Tal escolha narrativa ratifica também a distância, a saudade, o 
sofrimento e os absurdos da guerra, vividos pelo autor das cartas e que viria a se tornar 
um dos maiores nomes da literatura portuguesa contemporânea. O objetivo é ressaltar a 
forma como o “específico fílmico” consegue resultar numa produção esteticamente 
autônoma, ainda que objetivando explorar profundamente os temas e estruturas 
recorrentes na primeira fase do universo literário loboantuniano. 
 
 
O FOGO, A MADRESSILVA E O RIO: UMA ISOTOPIA DO POÉTICO EM 
O SOM E A FÚRIA E ENQUANTO AGONIZO, DE WILLIAM FAULKNER 
 
Claudimar Pereira da SILVA (FCLAr/UNESP/M/CNPq) 
claudimarsilva84@gmail.com 
Prof. Dr. Paulo César Andrade da SILVA (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: William Faulkner; narrativa poética; fragmentação. 
 
William Faulkner é considerado um dos mais importantes e influentes escritores do 
século 20, uma das quatro bases de sustentação da literatura modernista, ao lado de 
James Joyce, Virginia Woolf e Marcel Proust. Como as árvores da região Sul dos 
Estados Unidos, a obra de Faulkner enraíza-se em um tronco semântico-estrutural 
imponente, enfeixando temas e figuras articuladas à conjuntura histórica, social e 
mailto:claudimarsilva84@gmail.com
31 
 
econômica desta região do país, representada imaginariamente pelo condado de 
Yoknapatawpha, microcosmos fictício criado pelo autor. Na obra do escritor sulista, há 
o constante jogo escorregadio dos tempos, a pluralidade de vozes e perspectivas, a 
supuração de subjetividades desagregadas que desaguam em linguagens fragmentadas e 
densamente poéticas, a um passo do silêncio de si mesmas. Nos anos de 1929 e 1930, 
em plena metástase do ideário modernista, Faulkner publicou, respectivamente, O som e 
a fúria e Enquanto agonizo, considerados pela crítica como dois de seus romances mais 
experimentais. Fraturado em quatro partes e imbuído de vozes narrativas distintas, O 
som e a fúria (2004) narra o processo de decomposição moral e econômica de uma 
família do sul dos Estados Unidos, os Compson, cuja ruína ocorre devido à 
incapacidade de seus membros em adaptar-se à nova conjuntura histórico-social que 
instala-se no sul após a derrota na Guerra Civil Americana (1861-1865). Enquanto 
agonizo (2010), romance polifônico sustentado na apresentação de 59 monólogos 
interiores, dispostos alternadamente, narra a viagem dos Bundren, uma família de 
agricultores pobres, através dos espaços míticos do condado de Yoknapatawpha, com o 
objetivo de enterrar o corpo de Addie Bundren, a matriarca da família, cujos restos 
mortais ela pede que sejam enterrados em Jefferson, sua cidade natal. Desse modo, a 
presente comunicação objetiva a análise da narrativa poética nestes dois romances, 
tendo como corpus três narradores: os irmãos Benjy e Quentin Compson, de O som e a 
fúria, e Darl Bundren, de Enquanto agonizo. Trabalhamos com a hipótese de que estas 
três vozes narrativas operam na constituição daquilo que nomearemos como uma 
poética da fragmentação, isto é, a representação da dissolução subjetiva do (s) narrador 
(es), em termos de estrutura, linguagem e poeticidade. Para tanto, serão utilizados os 
pressupostos teóricos sobre a narrativa poética de Jean-Yves Tadié (1978), Ralph 
Freedman (1963) e Massaud Moisés (1967), além do montante teórico-crítico de 
Faulkner, no intuito de respaldar nossas análises. 
 
 
UM PREFÁCIO PARA O FAUSTO DE MURNAU 
 
Clêmie Ferreira BLAUD (FFLCH/USP/M) 
clemieblaud@gmail.com 
Or. Prof. Dr. Leon KOSSOVITCH (FFLCH/USP) 
 
Palavras-chave: F.W. Murnau; cinema; Fausto; Goethe. 
 
Fausto, uma lenda alemã, adaptada da obra de Goethe, é assim anunciado nos créditos 
iniciais do filme de longa-metragem realizado em 1926 por F. W. Murnau. Visual, o 
filme evoca obras pictóricas e escultóricas que traduzem aquilo que não se pode dizer 
em palavras reafirmando a tradição horaciana do ut pictura poesis na abordagem 
renascentista de Leonardo Da Vinci: “pinturaé poesia muda, poesia é pintura cega” 
para oferecer-nos um Fausto onde se escondem tableaux vivants. Silencioso, o filme 
conta com breves indicações de diálogos nos intertítulos mantendo um frágil vínculo 
com a peça teatral do poeta alemão. Murnau faz as vezes de um Homero, compilando 
para além da segunda versão do Fausto de Goethe, os Faustos de Lessing que nunca 
foram concluídos, a versão de Christopher Marlowe e lendas antigas. Ora, o debate 
sobre as fronteiras entre as artes perpassa pintores e escritores ao longo dos séculos e 
alcança os poetas alemães de Fausto: Lessing com seu polêmico texto publicado em 
1766 Laocoonte ou sobre as fronteiras da poesia e da pintura, ao qual Goethe 
responderá em 1794 com Sobre Laocoonte. Um século depois, nem teatro, nem 
escultura, nem pintura, nem poesia, o cinema nasce “mudo” e enquanto aprender a falar 
tenta resolver os problemas de especificidade herdados do discurso da história da arte 
mailto:clemieblaud@gmail.com
32 
 
acrescentando a ele mais dúvidas: se o filme é uma nova arte, qual seria a sua 
especificidade? O Fausto de Murnau é uma via de reflexão paradigmática neste debate 
onde poesia e pintura se misturam subvertendo a narrativa para a perspectiva do diabo. 
Neste breve estudo sobre o filme de 1926, apontaremos algumas cenas que sucitam 
indagações sobre as fronteiras entre as artes mobilizando o texto goetheniano, obras 
visuais e recursos da arte do movimento que serviram à mise-en-scène Murnau. Trata-se 
de colocar mais perguntas do que defender hipóteses, porém - admitindo-se que pelo 
menos uma teoria da linguagem cinematográfica pode estar contida no interior de cada 
filme - Fausto é obra referencial para investigação sobre a especificidade do cinema. 
Tentemos conhecê-lo e apreciá-lo. 
 
 
A ESCRITA AUDIOVISUAL: 
PROBLEMATIZANDO O ESTATUTO DO ROTEIRO 
 
Cristiane Passafaro GUZZI (UNESP/ProfLetras) 
crisguzzi@gmail.com 
 
Palavras-chave: roteiro; escrita audiovisual; literatura. 
 
A questão da localização dos roteiros de Tv e cinema em um lugar específico dos 
estudos discursivos tem sido alvo de muita discussão nas faculdades de Letras, o que 
não deve acontecer, naturalmente, nas Escolas de Comunicação. Nestas, o estudo do 
roteiro tem lugar certo e o estatuto do texto como um projeto de realização midiática 
não oferece motivo de questionamento. Nas faculdades de Letras não é assim. O roteiro 
não é visto como texto literário – objeto privilegiado de estudo - e como texto-partitura 
ele não é comumente estudado. Nesse sentido, pretendemos problematizar, aqui, o 
roteiro como texto a ser investigado no campo dos estudos literários, se não como um 
texto com este estatuto, mas como um texto que evidencia – ainda que pela ausência – 
as questões relativas ao literário: narratividade, composição de personagens, espaço, 
tempo, organização linear das cenas, questões enunciativas etc. Tais problematizações 
nos levaram a estruturar um projeto de pós-doutoramento, ora concluído, mas em 
desdobramento contínuo, que pauta-se na problematização do estatuto do roteiro e, 
consequentemente, do estatuto do que é literatura. O roteiro é, afinal, um potencial 
gênero literário ou uma mera produção técnica? Se nem literatura, nem filme ainda, qual 
é então o seu lugar, ou melhor, o seu entre-lugar? As ficções escritas para teatro são 
consideradas literatura. Então, por que razão as ficções escritas para cinema não o 
podem ser? A aceitação da “qualidade literária” de alguns roteiros pode ser um 
caminho? A constatação de uma possível genealogia da própria História da literatura e 
do cinema e televisão, a partir do modo como alguns escritores e diretores lidam com o 
texto literário em suas traduções para roteiros, parece criar um campo propício para o 
gênero não ser mais entendido apenas como um mero instrumento técnico, com 
indicações de câmera, ângulos e ambientação cênica, mas como um texto consolidado, 
em alguns casos de extrema qualidade literária e que, em tempos de reconfiguração do 
que é literatura dentro de um cenário de artes intercambiáveis, merece atenção e 
inclusão em estudos acadêmicos e em novas práticas de leitura. Para tanto, buscaremos 
problematizar e revisitar estudos existentes sobre as especificidades da literatura e do 
roteiro, a partir de diferentes trabalhos realizados por escritores, roteiristas e diretores de 
cinema e televisão 
 
 
mailto:crisguzzi@gmail.com
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O PERSONAGEM LITERÁRIO JOHANNES KREISLER 
E O GÊNIO ROMÂNTICO 
 
Daniel Moraes GREGORES (FCLAr/UNESP/ M/ CNPq) 
daniel_gregores@hotmail.com 
Or. Profa. Dra. Karin VOLOBUEF (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: Gênio; Johannes Kreisler; Gato Murr; E. T. A. Hoffmann. 
 
É no contexto do século XIX que se situa o fenômeno responsável por primeiro nos 
despertar atenção no que tange ao personagem do autor alemão E. T. A. Hoffmann: 
trata-se da influência concreta exercida pelo Kapellmeister Johannes Kreisler sobre 
alguns dos principais nomes do romantismo musical europeu, como Schumann, 
Brahms, Berlioz, Wagner e Mahler. Frente a esse fenômeno, foi levantada a hipótese de 
pesquisa de que talvez, para além da temática musical, a confluência de um ideal de 
época, mais especificamente, o do gênio romântico, fosse responsável por tal influência. 
De modo a pôr à prova a hipótese levantada, mostrou-se essencial empreender uma 
investigação acerca do entendimento da ideia do gênio no período que antecedeu a 
compreensão e configuração do entendimento mais propriamente romântico do termo. 
Nesse sentido, sem desconsiderar a contribuição da herança clássica ao ideal do gênio, o 
recorte epistemológico estabelecido compreende o período entre fins do século XVII e 
princípios do século XIX e se pauta, sobretudo, segundo o entendimento e reflexão de 
autores expoentes de Inglaterra, França e Alemanha que se debruçaram sobre a questão 
do gênio à época. Com relação ao personagem literário Johannes Kreisler, adotou-se 
como obra de referência o seu retrato segundo o romance Lebensansichten des Katers 
Murr, que serviu de base para a análise da potencialidade do personagem hoffmanniano. 
Num percurso que permite entrever as mudanças em torno da compreensão do papel do 
artista e do próprio entendimento da criação em arte, as diferentes concepções 
levantadas e estudadas nos permitiram avaliar o fato literário de Kreisler à luz do 
poderia ser apontado como um ideal de gênio romântico, sobretudo em se tratando do 
primeiro grupo romântico alemão de Jena. O objetivo da comunicação é, por fim, 
apresentar os resultados decorrentes da pesquisa empreendida durante o mestrado que se 
mostram de interesse não somente para o contexto de estudo da obra do escritor alemão 
E. T. A. Hoffmann como também para o da própria compreensão do Romantismo de 
uma maneira geral, fundamental para as bases da modernidade. 
 
 
O EFEITO DA NÉVOA NA CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO 
NAS OBRAS DE UMBERTO ECO E A REFERÊNCIA AO CINEMA NOIR 
 
Deborah Garson CABRAL (FCLAr/UNESP/D) 
debcabral_rp@yahoo.com.br 
Or. Profa. Dr. Claudia Fernanda de Campos MAURO (FCLAr/UNESP) 
 
Palavras-chave: Névoa; espaço; Cinema Noir; Umberto Eco. 
 
Nas produções narrativas de Umberto Eco é possível verificar a construção do espaço 
de maneira cinematográfica. A descrição dos lugares, a ambientação, além de outros 
elementos, facilitam a construção imagética dos espaços em que a narrativa se 
desenvolve. Não em vão sua primeira obra literária foi transformada em filme, obtendo 
grande sucesso de bilheteria ao redor do mundo. Este autor procura construir a narrativa 
de maneira a buscar referências em outras mídias, utilizando de recursos narrativos para 
mailto:daniel_gregores
mailto:debcabral_rp@yahoo.com.br
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aproximar as artes, causando um efeito cinematográfico na construção do espaço em 
suas histórias. Assim ocorre em “O nome da Rosa” (1980), trama de suspense e 
investigação,

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