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XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Tema: As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura CADERNO DE RESUMOS Faculdade de Ciências - Câmpus de Bauru Outubro de 2017 XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA CADERNO DE RESUMOS XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Organizadores: Profa. Dra. Adriana Cristina Cherri Nicola Profa. Dra. Cristiane Alexandra Lázaro Profa. Dra. Ivete Maria Baraldi Profa. Dra. Nair Cristina Margarido Brondino Profa. Dra. Sueli Liberatti Javaroni Realização: Conselho de Curso de Matemática - Licenciatura Unesp – Câmpus Bauru XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Semana da Licenciatura em Matemática (29. : 2017 : Bauru) Caderno de resumos [recurso eletrônico] / XXIX Semana de Licenciatura em Matemática, realizada em Bauru, em outubro de 2017 ; Organizadores: Adriana Cristina Cherri Nicola ... [et al.]. - Bauru : Unesp/FC/Departamento de Matemática, 2017 25 p. Disponível em: http://www.fc.unesp.br/#!/departamentos/matematica/semana-da- licenciatura/anais/ 1.Aritmética. 2. Álgebra. 3. Geometria. 4. Matemática – Formação de professores. 5. Matemática – Estudo e ensino. I. Nicola, Adriana Cristina Cherri. II. Título. XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA COMISSÃO ORGANIZADORA Docentes Profa. Dra. Adriana Cristina Cherri Nicola Profa. Dra. Cristiane Alexandra Lázaro Profa. Dra. Ivete Maria Baraldi Profa. Dra. Nair Cristina M. Brondino Profa. Dra. Sueli Liberatti Javaroni Técnicos Administrativos Christian Ferreira Oivane Daniel Buso de Lima Danilo Pires Maciel Edinéia Ferigato Mattiazzo Ivone Reina Barbieri Discentes Ana Laura Penna Ana Raquel Faccioli Daniel Fernando Garcia Felipe Gonçalves Prado Gabriel Alexandre da Cruz Isabela Garcia Parras Leticia Leite Pavanello Lucas de Carvalho Gritscher Leite Lucas Henrique Oliveira de Castilho Otávio Benicio Mirandola COMISSÃO CIENTÍFICA Profa. Dra. Adriana Cristina Cherri Nicola Profa. Dra. Cristiane Alexandra Lázaro Profa. Dra. Ivete Maria Baraldi Profa. Dra. Nair Cristina Margarido Brondino EDITORAÇÃO Christian Ferreira Oivane XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Sumário A órbita da lua vista de um referencial fixo do sol 1 Abordagens matemáticas para o problema de corte de estoque unidimensional 2 Análise da resposta a degrau de um modelo de suspensão de automóvel simplificado 3 Análise do plano de fase de sistemas modelados por uma equação de Duffing com linearidade cúbica 4 Aplicação da otimização linear nas aulas de matemática para o ensino médio 5 Heurísticas relax and fix para resolução de problemas de programação inteira mista 6 Interação entre duas espécies - mutualismo 7 Introdução à lógica para alunos recém-egressos do ensino médio 8 Introdução aos sistemas dinâmicos com aplicação à biologia: modelos matemáticos aplicados ao HIV 9 Livros antigos e manuscritos: tradução e análise de fontes relacionadas à matemática e ao ensino de matemática 10 Modelo matemático para o planejamento da operação de múltiplas bombas hidráulicas em sistemas de abastecimento 11 O ensino de matemática através de jogos e modelos geométricos 12 O sistema de tableaux TLR apresentado como uma alternativa ao sistema axiomático RM3 13 Os jogos pentaminó e “dominó das quatro cores” para o ensino de álgebra e geometria 14 Otimização matemática aplicada ao problema de planejamento da produção de lajes treliçadas 15 Otimização por enxame de partículas 16 Práticas para o ensino da geometria fractal na sala de aula 17 Processo de corte unidimensional com aproveitamento de sobras 18 Propriedades ergódicas em cadeias de Markov 19 Restrições de complementaridade em problemas de otimização 20 Sequências exatas e módulos de homologia 21 Um mapeamento dos cursos que formavam professores de matemática no Brasil nas décadas de 1980 e 1990 através da Revista Documenta 22 XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Uma comparação do método do gradiente e do método de Newton para a solução de problemas de otimização irrestritos não lineares 23 Uma ferramenta para o ensino de matemática: o jogo “cinco em linha” 24 Uma introdução aos sistemas dinâmicos e à teoria qualitativa das equações diferenciais ordinárias 25 XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA RESUMOS XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Daniel Fernando Garcia; Tatiana Miguel Rodrigues de Souza Resultados e discussão Conclusões Bibliografia Unesp – Faculdade de Ciências – Depto. De Matemática Muitas informações erradas são encontradas em referenciais teóricos no que se diz respeito do movimento da Lua, erros muitas vezes encontrados em inúmeros textos de referência que acabam sendo aceitos por boa parte do senso comum. Qual das duas imagens abaixo representa corretamente a curvatura da órbita lunar vista de um referencial fixo no Sol? Objetivos Discutir a curvatura da órbita da Lua vista por um referencial fixo no Sol e mostrar que algumas noções intuitivas que temos derivam de analogias feitas com natureza semelhante estão erroneamente sendo ensinadas e disseminadas em alguns textos de referência. Introdução Foi possível provar que através do cálculo das forças gravitacionais tanto da que a Terra exerce sobre a Lua e da que o Sol exerce sobre a Lua e também através da apresentação do modelo cinemático da órbita da Lua, de que a concavidade da órbita lunar está sempre voltada para o Sol, contrariando o que consta em alguns referenciais teóricos. A ÓRBITA DA LUA VISTA DE UM REFERENCIAL FIXO DO SOL Figura 1 Figura 2 A maioria das pessoas possui um senso intuitivo quando se trata da forma geométrica dessa órbita, porém, a órbita lunar vista de um referencial fixo do Sol apresenta um aspecto surpreendente. Uma possível origem para o erro seria de que o satélite se influencia pela força exercida pela Terra, e com isso seríamos impulsionados a escolher a Figura 2 como sendo a correta ao descrever a curvatura da órbita da Lua em relação um referencial fixo no Sol. Isso só seria verdade se descartássemos a força que o Sol tem sobre a Lua. Desse resultado obtemos informação de que quando a Lua está entre a Terra e o Sol, a concavidade da sua trajetória ficará voltada para o Sol. Modelo cinemático da órbita da Lua No modelo, fazemos a aproximação de que as órbitas da Terra em torno do Sol e da Lua em torno da Terra são circulares, já que elas possuem excentricidades muito pequenas. Também vamos supor que todos os movimentos estão em um mesmo plano, pois a órbita da Lua em torno da Terra está inclinada de apenas 6º em relação a órbita da Terra em torno do Sol. Os parâmetros do modelo são o raio e a frequência angular das órbitas da Terra (R, Ω) e da Lua (r, ω) (BARONI, 2006). (1) BARONI, Douglas Brandão. A órbita da lua vista do sol. 2006. 32 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em Física)- Instituto de Física, UFRJ. 2006. NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de física básica. 4. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2002. v. 1, 3. reimpressão 2004. 1 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 ARENALES, M. N. et al. Pesquisa operacional. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. CARVALHO, J. M. V. Exact solutin of bin packing problem using column generation and branch- and-bound. Annals of Operations Research, v. 86, p. 629–659, 1999. CARVALHO, J. M. V. LP models for bin packing and cutting stock problems. European Journal of Operational Research, v. 141,n. 2, p. 253-273, 2002. GILMORE, P. C.; GOMORY, R. E. A linear programming approach to the cutting stock problem. Operations Research, v. 9, n. 6, p. 849-859, 1961. GILMORE, P. C.; GOMORY, R. E. A linear programming approach to the cutting stock problem – part II. Operations Research, v. 11, n. 6, p. 863-888, 1963. SILVA, S. C. P. Otimização do processo de corte integrado à produção de bobinas: modelo e métodos de solução. 2006. 104 f. Tese (Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional)– Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2006. XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Vinicius Dias Vasconcelos; Sônia Cristina Poltroniere Modelagem Matemática Modelagens e métodos de solução Bibliografia Unesp/Faculdade de Ciências - Bauru Introdução ABORDAGENS MATEMÁTICAS PARA O PROBLEMA DE CORTE DE ESTOQUE UNIDIMENSIONAL Neste projeto, aborda-se o problema de corte de estoque unidimensional e sua aplicação na indústria de papel (Silva, 2006). Esse problema fundamenta-se no corte de unidades maiores (objetos) em unidades menores (itens) de forma que uma demanda e um critério de otimização sejam atendidos (Arenales et al., 2011). A demanda tem como característica importante o grande número de itens, porém, de poucos tipos, motivando a busca por um conjunto de padrões de corte que, utilizados repetidas vezes, atenda-a e se direcione de acordo com um critério. Um padrão de corte unidimensional corresponde a uma maneira de cortar um objeto, como exemplificado na Figura 1. Figura 2: Grafo associado ao exemplo da Figura 1 e representação dos padrões de corte Na Figura 1, são apresentados dois padrões de corte diferentes para uma barra de comprimento � = 6. O primeiro padrão com três itens de comprimento �� = 2; o segundo padrão com um item de comprimento �� = 3, um item de comprimento �� = 2 e uma perda de 1 unidade. Abordagem de Gilmore e Gomory (1961, 1963): Resolve-se o problema usando o método simplex com geração de colunas. A cada iteração do método, um novo padrão de corte é gerado resolvendo-se um problema da mochila. Abordagem de Carvalho (1999, 2002): o problema de corte é formulado como um problema de fluxo mínimo em um grafo acíclico, com restrições adicionais para satisfação da demanda. Cada padrão de corte é representado por um caminho no grafo, conforme Figura 2. Figura 1: Objeto, tipos de itens a serem cortados e padrões de corte 0 2 3 4 5 61 Aplica-se a abordagem de Carvalho (1999, 2002), que resolve o problema usando a seguinte formulação: Minimizar � (1) ��� �: � ��� − � ��� �,� ∈��,� ∈� = � −�, se � = 0 0, se � = 1,2, … , � − 1 2 +�, se � = � � ��,���� ≥ ��, � = 1, 2, … , � �,���� ∈� (3) ��� ≥ 0 e inteiro�, ∀ �, � ∈ � 4 sendo A o conjunto de todos os vértices e W o comprimento do objeto a ser cortado. Em (1) minimizamos o fluxo entre os vértices, o que corresponde a minimizar o número de objetos cortados. Em (2) temos as restrições de conservação de fluxo e em (3) as restrições de atendimento à demanda. Por fim, em (4) temos o domínio das variáveis de decisão. Propostas futuras A abordagem de Carvalho (1999, 2002) será implementada com o pacote de otimização AMPL/CPLEX e testes computacionais serão realizados considerando diferentes instâncias e outras restrições como, por exemplo, estoque limitado de objetos de diferentes tamanhos. Comparações entre os resultados obtidos por esta abordagem e pela abordagem de Gilmore e Gomory (1961, 1963) serão realizadas. 0 1 2 3 4 5 6 2 2 2 23 2 2 2 23 Dois possíveis padrões de corte: � = � �� = � �� = � �� = � Na Figura 2, temos dois padrões de corte: o primeiro com três itens de comprimento 2 e o segundo com um item de comprimento 3, um item de comprimento 2 e uma perda de 1 unidade. 2 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Bethina da Rocha Camargo; Célia Aparecida dos Reis Resultados e discussão Conclusões Material e método Bibliografia Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Bauru Objetivos Efetuar a análise de um modelo simplificado da suspensão de um automóvel, via a resposta a degrau unitário. Introdução sendo o coeficiente de amortecimento, n a frequência natural e z = - k/b o zero do sistema . As raízes do denominador de G(s) em (1) dependem do discriminante desta equação, podendo ter raízes reais ou complexas. ANALISE DA RESPOSTA A DEGRAU DE UM MODELO DE SUSPENSÃO DE AUTOMÓVEL SIMPLIFICADO O modelo de suspensão simplificado de um automóvel é estudo via a análise da resposta transitória. A resposta a degrau é determinada quando o coeficiente de amortecimento do sistema satisfaz três casos distintos: subamortecido (0 < < 1), criticamente amortecido ( = 1) e caso superamortecido ( > 1).Gráficos da resposta a degrau unitário são apresentados. Estes são gerados via o software MATLAB. Vibrações é um ramo da engenharia que lida com o movimento repetitivo de sistemas mecânicos, desde peças de máquinas até grandes estruturas. Exemplos típicos de vibrações são o movimento de uma corda de guitarra, as vibrações da suspensão de um automóvel ou motocicleta, o movimento de asas de avião e o balanço de um grande edifício devido ao vento ou terremoto (Inman, 2001). Este trabalho trata da análise da resposta a degrau de um modelo simplificado de um sistema linear de suspensão de um automóvel ou motocicleta (Ogata, 2007). Essa resposta é determinada levando-se em conta variações do coeficiente de amortecimento do sistema. Como sua função de transferência apresenta um zero real, a análise da resposta no tempo leva em conta as posições relativas de polos e zero deste. Efetuou-se, neste trabalho, um estudo de um modelo simplificado da suspensão de um automóvel ou motocicleta, via a análise temporal. A resposta a degrau unitário foi determinada em função dos parâmetros do sistema e de um zero real. Mostra-se que esta resposta apresenta picos acentuados quando este zero está próximo a origem. Para trabalhos futuros pretende-se determinar índices de desempenho deste sistema em função das posições relativas deste zero em relação aos polos. Figura 2: Resposta a degrau unitário para z = -1/4 (vermelho) e z = 1(azul). DORF, R. C.; BISHOP, R. H. Modern control systems. 7. ed. New York: Addison-Wesley, 1995. INMAN, D. J. Engineering vibration. 2. ed. Virginia: Pearson Education International, 2001. OGATA, K. Engenharia de controle moderno. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. Uma versão simplificada de uma suspensão de um automóvel ou motocicleta é mostrada na Figura 1. (OGATA, 2007; DORF; BISHOP, 1995). Admite-se que o movimento xi = u no ponto P seja a entrada do sistema e o movimento vertical xo = y da carroceria do carro seja a saída. Figura 1: O modelo da suspensão simplificada (Ogata, 2007). Este sistema é composto por uma massa m, uma mola de coeficiente k e um amortecedor de amortecimento b, que se deslocam na vertical. A equação diferencial que descreve o movimento do sistema em função do deslocamento y da massa e da extremidade do amortecedor e mola, u, e a função de transferência deste sistema são respectivamente: ,0xxkxxbxm ioioo 2 nn 2 2 n s2s zs z)s(G (1) Além disso, a resposta a uma entrada degrau deste sistema depende dos valores assumidos por . Podem ocorrer se t 0: 1º caso: 0 < < 1, o caso subamortecido. Então: ,tsen 1z z tcose1)t(y d2 n d tn (2).1 2 nd 2º caso: =1, o caso superamortecido. Então: t z z 1e1)t(y n ntn 3º caso: >1, o caso criticamente amortecido. Então: ts 12 1 2 nts 12 2 2 n 21 e ssz zs e ssz zs 1)t(y (3) (4) sendo ,1s 2n1 .1s 2n2 A Figura 2 mostra a resposta a degrau unitário deste sistema para = ½, n = 1, z = -1/4 e z = 1. Nota-se a influência do zero na resposta do sistema visto que quanto mais próximo este estiver da origem, maior é o primeiro valor máximo da resposta a degrau. 3 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 PORCEL, Z. D.; REIS, C. A.; BALBO, A. R. A Análise do plano de fase de sistemas modelados por uma equação de Duffing. In: ENCONTRO REGIONAL DE MATEMÁTICA APLICADA E COMPUTACIONAL, 4., 2017, Bauru. Caderno de trabalhos completos e resumos. Bauru: Unesp, Faculdade de Ciências, 2017. p. 10-17. Disponível em: <http://www.fc.unesp.br/#!/departamentos/matematica/eventos2341/ermac/cadesnos-de- trabalhos-completos-e-resumos/>. Acesso em: 19 out. 2017. SHEPLEY, L. R. Differential equations, New York: John Wiley, 1984. XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Gustavo Zanatta Bulhões; Célia Aparecida dos Reis Resultados e discussão Conclusões Material e método Bibliografia Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Bauru O estudo de sistemas dinâmicos não lineares autônomos de segunda ordem baseia-se na determinação de trajetórias no plano de fase. Em geral a determinação analítica de soluções não é possível e assim, mediante o estudo qualitativo do retrato de fase é possível a identificação de características importantes de suas soluções sem resolvê-las. Neste trabalho efetua-se um estudo da estabilidade assintotica de um dos pontos críticos de uma equação de Duffing. Uma simulação numérica via software matlab também é apresentada. Objetivos Introdução ANÁLISE DO PLANO DE FASE DE SISTEMAS MODELADOS POR UMA EQUAÇÃO DE DUFFING COM LINEARIDADE CÚBICA Analisar a estabilidade assintotica dos pontos críticos de uma equação de Duffing de linearidade cúbica mediante técnica de Lyapunov bem como construir seu plano de fase. Mediante a técnica de Lyapunov o estudo de um dos pontos críticos de uma equação de Duffing de linearidade cúbica foi efetuado, além da classificação do mesmo e análise da estabilidade assintotica. Simulações numéricas via software matlab são apresentadas. Considere o oscilador de Duffing, com uma força externa e um termo cúbico descrito no espaço de estados pela equação (PORCEL, 2017): � �� = � �� = −2�� − �� − ��� + ����Ω� Se � ≠ 0, utilizando a equação de Cardano, prova-se que sendo � = 3 4���� + 27�������� �� + 9������(��), um dos pontos críticos do Sistema (1) é �� = � � �� � � − � � � � � � , 0 . Em � seja α = 0, Ω = 0 e γ ≠ 0, então �� = � � � , 0 . Seja � = � − � � � e � = � a translação que transformará o ponto crítico �� na origem do plano de variáveis de estado � �, o sistema nas coordenadas (�, �) já escrito como uma série de Taylor em torno de �� é escrito como: �� = � �� = −2�� − 3�� � � � � − 3�� ��� � − ��� + ⋯ A equação característica da matriz Jacobiana da contraparte linear do Sistema (2) e seus autovalores são respectivamente: �� + 2�� + 3� � � � � = 0 e � = −� ± ∆ � . (3) Seja ∆ o discriminante da Eq. (3). Quando ∆= 0 , a equação característica possui um autovalor real de multiplicidade dois. Além disso: ∆= 0 ⇔ � = ± 3� � � � � . (1) (2) Assim, �� é classificado como nó assintoticamente estável ⇔ � > 0 ou nó instável ⇔ � < 0. Se ∆> 0, a Eq. (3) apresenta dois autovalores reais e distintos. Além disso: ∆> 0 ⇔ −∞ < � < − 3� � � � � ∪ 3� � � � � < � < ∞ . Observa-se que �� e �� < 0 e �� é classificado como nó assintoticamente estável. Se � < 0 , a Equação (3) apresenta dois autovalores conjugados complexos. Além disso: ∆< 0 ⇔ − 3� � � � � < � < 3� � � � � . Se − 3� � � � � < � < 0 �� é espiral assintoticamente instável e se 0 < � < 3� � � � � �� é espiral assintoticamente estável. Utilizando o software matlab e atribuindo � = 3, � = 0, �, = 5, � = 10 e Ω = 0 mostra-se que para � < 0 e 0 < � < 3� � � � � �� é espiral assintoticamente estável como é possível observar na Figura 1. Efetuou-se um estudo do plano de fase de um oscilador de Duffing com uma linearidade cúbica em torno de um de seus pontos críticos. Determinou-se, em função dos parâmetros do sistema, condições necessárias e suficientes para a estabilidade assintotica deste ponto. Simulações numéricas foram apresentadas nestas condições de estabilidade. Figura 1: Plano de fase do sistema 4 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 ARENALES, M. N. et al. Pesquisa operacional. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 524 p. BAZARAA, M. S.; JARVIS, J. J.; SHERALI, H. D. Linear programming and network flows. 2nd ed. Wiley: New York, 1990. 684 p. BERTSIMAS, D.; TSITSIKLIS, J. N. Introducion to linear optimization. Belmont: Athena Scientific, 1997. 587 p. LOPES, A. L. M. Otimização Linear: conceitos e aplicação nas aulas de Matemática para o Ensino Médio. 2017. 93 f. Dissertação (Mestrado em Matemática) – Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2017. MARINS, F. A. S. Introdução à pesquisa operacional. São Paulo: Cultura Acadêmica: Universidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Graduação, 2011. 176 p. POLYA, G. A arte de resolver problemas: um novo aspecto do método matemático. Rio de Janeiro: Interciência, 1977. 196 p. XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura André Luis Martins Lopes; Sônia Cristina Poltroniere Resultados e discussão Conclusões Material e método Bibliografia Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Faculdade de Ciências - Bauru A modelagem matemática é uma ferramenta eficaz na tomada de decisão, pois permite uma melhor visualização do problema. Mas, ao se abordar um problema, antes de elaborar um modelo matemático que o represente e utilizar um método para sua resolução, é importante considerar: A primeira coisa a fazer com um problema é compreendê-lo bem: Quem entende mal, mal responde. Precisamos distinguir claramente a meta que desejamos alcançar: Pense no fim antes de começar. [...] Se o objetivo não estiver claro em nossa mente, poderemos facilmente nos desviar do problema e abandoná-lo. (POLYA, 1977, p. 140) A área de Otimização Linear aborda, fundamentalmente, a resolução de problemas cujos modelos matemáticos são representados por expressões lineares. Um Problema de Otimização Linear (POL) consiste em maximizar ou minimizar uma função linear denominada função objetivo, respeitando-se um conjunto de equações e/ou inequações lineares, denominado restrições do problema. Objetivos Discutimos aqui a realização de atividades com alunos do Ensino Médio, envolvendo a modelagem e resolução de problemas usando a otimização linear. Esta aplicação faz parte do trabalho de mestrado do PROFMAT – “Otimização Linear: conceitos e aplicação nas aulas de Matemática para o Ensino Médio”, cujo objetivo foi abordar a teoria básica de Otimização Linear e o método Simplex. É apresentado um material sobre este tema, para orientar e embasar os professores que lecionam no Ensino Médio. São propostas algumas situações-problemas para serem trabalhadas em sala com os alunos utilizando a resolução gráfica e o método simplex. A resolução gráfica de um problema de duas variáveis serviu de base e apoio visual para a compreensão do método simplex. Por ser um método complexo, o objetivo principal foi reforçar a resolução de sistemas lineares, além de ir comparando a solução obtida a cada passo do método com a resolução gráfica. Finalmente, a utilização de um Solver serviu para discussão da importância de uma ferramenta tecnológica na solução de problemas de grande porte. Análise dos relatos dos alunos após a aplicação da atividade: Grande parte dos alunos relatam dificuldades nos cálculos quando submetidos ao método simplex. A utilização de um solver foi bem aceita pelos alunos e como afirmaram, facilitouos cálculos, tornando-os simples. A utilização do método gráfico foi gratificante, pois o nível de exigência é menor que o método simplex. Mostraram interesse na modelagem e solução de problemas usando a Otimização Linear, o que é estimulante e mostra que os alunos estão “abertos” a novas experiências, cabendo a nós professores estimular isso em nossos alunos. Introdução Agradecimentos Após a aplicação em sala, pudemos perceber um grande campo a ser explorado: a resolução de problemas usando, por exemplo, a Otimização Linear. Como não é possível, muitas vezes, realizar no horário de aula, a ideia é a elaboração de um Projeto de Extensão, visando o desenvolvimento deste conteúdo em atividades extracurriculares, contando com a participação de professores da rede pública, docentes da Universidade e graduandos do curso de Licenciatura em Matemática. APLICAÇÃO DA OTIMIZAÇÃO LINEAR NAS AULAS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO MÉDIO Uma situação-problema foi proposta em uma sala do terceiro ano do Ensino Médio de uma Escola Técnica de Bauru. Foram realizadas as seguintes etapas para a resolução: Interpretação do problema e elaboração da modelo matemático; Resolução gráfica, no plano cartesiano (uso de régua e esquadros); Resolução usando o método Simplex; Resolução usando um Solver. Resolução elaborada coletivamente, em quatro encontros de 50 minutos (cada) durante os meses de maio e junho de 2017. À coordenação e professor da Escola Técnica; à CAPES pelo apoio financeiro. 5 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 ARENALES, M. N. et al. Pesquisa Operacional. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2006. POCHET, Y.; WOLSEY, L. A. Production planning by mixed integer programming. New York: Springer, 2006. TOLEDO, F. M. B. et al. Logística de distribuição de água em redes urbanas – racionalização energética. Pesquisa Operacional, v. 28, n. 1, p. 75-91, 2008. XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Ana Raquel Faccioli; Edilaine Martins Soler Considerações FinaisMaterial e método Bibliografia UNESP/Bauru Programação inteira mista, ou otimização linear inteira mista, tem como diferencial o subconjunto dos números inteiros pelo qual algumas de suas variáveis fazem parte. Na vida real, os problemas de otimização aparecem com frequência em diversas áreas: transportes, aviação, telecomunicações, circuitos eletrônicos, medicina e engenharia. A solução destes problemas auxiliam as decisões, tais como, decidir se em um certo período um produto será produzido ou não, escolher a melhor sequência de itens para ser processado em uma determinada máquina, determinar a divisão de tarefas, entre outros. Um método bastante utilizado para resolver problemas de programação inteira e programação inteira mista é o branch-and-bound, o qual tem como objetivo dividir o problema original em vários subproblemas com variáveis contínuas e somente resolvê-los separadamente até que se obtenha a melhor solução inteira, chamada de solução ótima. Porém, dependendo da dimensão do problema e do número de variáveis inteiras envolvidas, o tempo computacional de resolução desses pelo método branch-and-bound é alto. Assim, heurísticas relax-and-fix vem sendo utilizadas, mostrando eficiência na resolução desses problemas, com o tempo computacional de resolução menor. Objetivos - O objetivo deste trabalho é apresentar a heurística relax-and-fix para resolução de problemas de programação inteira mista. Introdução Agradecimentos HEURÍSTICAS RELAX AND FIX PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE PROGRAMAÇÃO INTEIRA MISTA (P1) Departamento de Matemática, Faculdade de Ciências, UNESP-Bauru s.a: A heurística relax-and-fix obtém bons resultados para problemas de otimização com horizonte de planejamento com muitos períodos. Futuramente aplicaremos esta heurística de solução ao problema de planejamento do estoque de água em reservatórios proposto em Toledo et al (2008). Heurísticas do tipo relax-and-fix são usadas com frequência para resolver problemas na área de planejamento da produção que são modelados como problemas de programação inteira e programação inteira mista. Essa heurística consiste em relaxar algumas variáveis de decisão ao mesmo tempo em que fixa outras variáveis de forma iterativa, resolvendo os subproblemas inteiros mistos gerados até se obter a melhor solução. Vamos descrever esta heurística conforme Pochet e Wolsey (2006), para o problema de programação linear com variáveis binárias (P1) 6 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 [*] AGUIAR, M. A. M. de. Métodos matemáticos para biologia. 2015. Disponível em: <http://sites.ifi.unicamp.br/aguiar/files/2014/11/math-meth-bio.pdf>. Acesso em: 14 out. 2018.. XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Tiago de Carvalho; Pedro Victor Ruiz Fornetti Material e método Mutualismo entre Insetos e plantas Veremos neste trabalho a modelagem matemática entre duas espécies, mais especificamente o caso de mutualismo, ou seja, o que acontecerá quando tivermos a coexistência entre as espécies. O caso de mutualismo é quando uma espécie se beneficia da outra e vice-versa. Objetivos O objetivo deste trabalho é analisar a taxa de crescimento das espécies que estão interagindo entre si, e assim, modelar matematicamente para conseguir prever como será a população em um determinado tempo “n”. Introdução INTERAÇÃO ENTRE DUAS ESPÉCIES - MUTUALISMO Resultados e discussão Conclusões Bibliografia Onde X e Y são duas espécies interagindo e acontecendo o mutualismo. Supondo que se encontram isoladas, as taxas de crescimento serão r e r’, respectivamente. Quando entram em contato, ambas se beneficiam e crescem a taxas maiores. Considerando r = 1/2 e r’ = 3/2, teremos o caso onde o mutualismo é obrigatório para X e facultativo para Y. Para facilitar os cálculos, usaremos a = 5/6 e b = 12/5. [*] Exemplo retirado do livro Métodos matemáticos para biologia. Para se tornar mais dinâmico e simples, iremos resumir. Transformando o sistema em uma matriz, temos que o traço e o determinante irão definir as taxas de crescimento. Com as formulas utilizadas no material[*], obtemos o seguinte sistema: A taxa de crescimento principal para ambas equações é 5/2. Nota-se que essa taxa, em ambos casos, aumentou. No caso de X, de 1/2 a taxa foi para 5/2. No caso de Y, foi de 3/2 para 5/2. Vemos então, que nesse caso, o mutualismo é benéfico para as duas espécies. Existem casos em que uma população prejudica a outra, também conhecido como predação. No estudo da predação, vemos que uma população (predador) se beneficia e a outra é prejudicada (presa). UNESP Câmpus de Bauru/FC Após estudos, foi definida uma maneira de se calcular o resultado de interações mutualistas. Veremos a seguir uma forma de encontrar o valor da população no tempo “n”. Utilizaremos um sistema de equações que determina a taxa de crescimento entre duas espécies que estão em interação. Após apresentado um caso onde já sabíamos que era mutualismo e que era benéfico para ambas espécies em coexistência, vemos que este estudo nos traz uma maior noção de como identificar a reação das espécies ao entrarem em contato. A modelagem matemática dessas situações é muito benéfica para nossa rotina. Essas interações acontecem o tempo todo e não apenas em casos de animais. A Previsão do tempo e a taxa de pessoas contaminadas por uma doença são exemplos de eventos que são modelados. Enfim, é um estudo muito importante e que tem grande importância no nosso dia a dia, e que, através da matemática, conseguimos prever situações e até evitá-las. Agradecimentos Ao Conselho Nacional de Pesquisa, pela concessão de uma bolsa ao estudante Pedro Victor Ruiz Fornetti. Ao Departamento de Matemática da Unesp de Bauru. 7 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura . B 2 U 9 Resultados12% 24% 64% 19% 11% 70% 8 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 [1] CAI, L.; LI, X.; GHOSH,M.;GUO, B. Stability analysis of an HIV/AIDS epidemic model with treatment; Journal of Computational and Applied Mathematics 229, p. 313, 2009 [2]POLI, G. I.; YANG, H. M. Modelo matemático aplicado imunologia de HIV¹. Tema, v. 7, n. 2, p. 327-335, 2006. [3] SILVA, L. B. da. Estudo dos pontos de equilíbrio em modelos determinísticos da dinâmica do HIV. 2005. 58 f. Monografia (Bacharel em Matemática Aplicada e Computacional com habilitação em Ciências Biológicas) – Instituto de Matemática e Estatística, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2005. XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Resultados e discussão Conclusões Material e método Bibliografia O HIV é um retrovírus, vírus com genoma de RNA [2], em seu envoltório existem espículas constituídas de glicoproteínas e lipídios, que servem para afixar o vírus nas células hospedeiras. Os principais alvos do vírus HIV são as células T-CD4, que possuem receptores para o vírus, estas são responsáveis pela ativação de células B e das células T-CD8. Como esse vírus permanece latente por muitos anos o sistema imunológico acaba por não detectá-lo. Os estágios da doença muitas vezes são determinados por meio da contagem das células T-CD4, em um indivíduo de saúde normal essa contagem fica entre 800-1200/mm³, já em uma pessoa que tem essa contagem em 200/mm³ ou menos é considerada com AIDS.[3] O estudo sobre o sistema imunológico vêm sendo impulsionado nas últimas décadas como um esforço em direção a tão almejada cura da AIDS. Porém esses estudos auxiliaram no tratamento de muitas outras doenças infecciosas. Os modelos matemáticos têm sido utilizados com sucesso na descrição da transmissão micro/macro- parasitas. A utilização desses modelos na área bio-médica tem a finalidade de entender os mecanismos de propagação. Neste trabalho, vamos mostrar o modelo proposto por Poli e Yang [1]. Objetivos O objetivo principal desse trabalho é esboçar o avanço dos primeiros estudos da aluna na iniciação científica , a partir do domínio e compreensão de sistemas de equações diferenciais ordinárias, matrizes Jacobianas e cálculo de autovalores vistas no início da iniciação científica entender o modelo proposto por Poli e Yang [1]. Introdução Agradecimentos O estudo possibilitou a melhor compreensão da epidemia do HIV/AIDS e no âmbito matemático como trabalhar com EDOs, além de aprofundar os estudos visto em Álgebra Linear. Ademais proporcionou um melhor domínio de ferramentas computacionais para a resolução de alguns problemas complexos demais para serem resolvidos manualmente. INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DINÂMICOS COM APLICAÇÃO À BIOLOGIA: MODELOS MATEMÁTICOS APLICADOS AO HIV Os materiais utilizados foram principalmente ferramentas computacionais, de representação gráfica ou de editoração eletrônica como o Wolfram Alpha online e o Inkscape. Primeiramente a aluna estuda os conteúdos previamente depois apresenta o seu entendimento ao professor, que por sua vez auxilia no processo de aprendizagem. À FAPESP, pela concessão de uma bolsa de estudos à estudante do curso de Licenciatura em Matemática Micaeli M. Theodoro, possibilitando o estudo dos sistemas dinâmicos e consequentemente enriquecendo sua formação. Figura1: Entrada do vírus HIV na T-CD4 sem 9 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 As análises dos livros estudados no Projeto têm como guia teórico-metodológico principal a Hermenêutica de Profundidade (um referencial de natureza sociológica elaborado inicialmente por John B. Thompson), e também se apoia na ideia de Paratextos Editoriais (do francês Gerard Genette). A organização do acervo segue parâmetros estabelecidos pelo próprio Grupo (em projetos de IC) mas dialoga com estratégias de biblioteconomia e, particularmente, com manual específico produzido pelo Acervo Mário Covas, da cidade de São Paulo. As traduções têm como suporte, obviamente, o conhecimento prévio e aprofundado das línguas francesa e inglesa, e se apoia nos referenciais dados pelos estudos relativos à linguagem e à Filosofia (mais especificamente, em Umberto Eco e Walter Benjamin). Uma parceria com o curso de tradução da UNESP de Rio Preto foi firmada para a versão para o português de dois livros de Lacroix e um texto – em francês – de Leon Tolstói (este, um projeto em fase inicial de desenvolvimento: Tostói, o conhecido escritor russo, tem uma série de manuais (que incluem textos sobre ensino de Ciências e Matemática ) produzidos para a escola construída em sua propriedade para os filhos de camponeses, a Yasnaya Polyana). XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Antonio Vicente Marafioti Garnica Detalhamento Micro-exposição Metodologia UNESP – Bauru/Rio Claro - Grupo de Pesquisa História Oral e Educação Matemática - GHOEM O Grupo de Pesquisa História Oral e Educaçao Matemática (GHOEM) é um grupo composto por pesquisadores de diferentes instituições brasileiras e atualmente reúne 26 doutores e 57 estudantes (entre mestrandos, doutorandos e graduandos) espalhados em diferentes estados (SP, MG, MA e PR) e grupos-parceiros, formados a partir dele (nos estados do RN e MS, por exemplo). Seu objetivo é estudar a cultura matemática “escolar”, e embora traga a expressão “História Oral” em sua nomenclatura, outras metodologias são mobilizadas nos estudos que ele acolhe. Esse é o caso do Projeto Análise de Livros e Hermenêutica de Profundidade (AL-HP). Mantendo um acervo com cerca de 2000 obras, todas originais (livros didáticos, livros de referência, teses e periódicos), muitas delas raras, o Projeto AL-HP tem como intenção conservar, disponibilizar e analisar (e, em alguns casos, traduzir) os títulos desse acervo. Esta comunicação trata, especificamente, de três estudos vinculados a este projeto, e será complementada com uma micro-exposição de algumas obras do Acervo. Os estudos a serem apresentados são aqueles que tratam da tradução e análise de dois livros e de um conjunto de cinco manuscritos. São eles: O livro Ensaios sobre o Ensino em Geral e o de Matemática em particular, do autor francês S-F. Lacroix, de 1805, hoje disponível em português na Coleção Clássicos, da Editora da UNESP; o livro Euclides e seus rivais modernos, do inglês Lewis Carroll, de 1879, hoje disponivel em português em edição da Editora Livraria da Física; a série de manuscritos do americano Charles S. Peirce, elaborados ao final do século XIX, que reúne escritos do que se pode chamar A Aritmética Elementar de C. S. Peirce, cuja tradução para o português está em vias de publicação. O livro de Lacroix trata do desenvolvimento da Matemática e do ensino de Matemática na França à época da Revolução Francesa, e traz detalhamentos sobre a obra de Lacroix – um conhecido autor de manuais didáticos para a escola secundária do período revolucionário) – voltada para o ensino. A produção francesa nesse campo é a matriz dos nossos livros didáticos, que só começaram a ser produzidos no Brasil a partir de 1808, com a vinda de D. João VI. O texto de Lewis Carroll se destaca por ser ele um autor mais conhecido por seu livro “Alice no país das Maravilhas”. Entretanto, interessado em Matemática e com importantes trabalhos sobre Geometria e Lógica, Carroll elabora este texto para defender a permanência do livro de Euclides como material didático na Inglaterra, num período em que importantes reformas curriculares pretendiam alterar os autores e manuais utilizados no ensino. Os manuscritos de Peirce, escritor conhecido por seus estudos em Filosofia e Semiótica, mas autor de trabalhos sobre lógica e filho do primeiro matemático americano de renome internacional (Benjamin Peirce) nunca foram publicados, mas foram elaborados para constituírem (um único ou uma série, não se sabe) livro(s) didático(s) (e/ou de suporte didático-pedagógico) para o ensino de Aritmética na escola elementar,a chamada “escola de primeiras letras”. Apresentação Pretendemos, nessa apresentação na SELMAT, divulgar o Projeto AL- HP e, ao mesmo tempo, realizar uma micro-exposição de livros antigos. Essa micro-exposição será composta por alguns livros de Lacroix, dos séculos XVIII e XIX; e os livros de Belidor (de 1725) e de Arnauld e Nicole (La Logique ou L´Art de Penser, de Port Royal, de 1668) – ambos raros –, além das traduções comentadas anteriormente. LIVROS ANTIGOS E MANUSCRITOS: TRADUÇÃO E ANÁLISE DE FONTES RELACIONADAS À MATEMÁTICA E AO ENSINO DE MATEMÁTICA 10 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 TOLEDO, F. M. B. et al. Logística de distribuição de água em redes urbanas – racionalização energética. Pesquisa Operacional, v. 28, n. 1, p. 75-91, 2008. XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Descrição do problema Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP - Campus de Bauru Os sistemas de abastecimento de água possuem a função de levar água em quantidade e qualidade adequadas à população. Porém isso envolve o gasto de quantidades muito significativas de energia elétrica, sendo relevante que as empresas de saneamento possam diminuir seus gastos, sem prejuízo no abastecimento. Como o custo de energia elétrica é diferenciado ao longo das horas do dia, sendo bem mais alto no horário de ponta, faz-se necessário um planejamento do liga/desliga das bombas hidráulicas (e do volume de água nos reservatórios) para evitar que estas operem nos horários em que a energia elétrica é mais cara. Objetivos O objetivo deste trabalho é propor um modelo matemático para o problema de planejamento da operação de bombas hidráulicas em sistemas de abastecimento mais próximo da realidade dos sistemas de abastecimento brasileiros. Nas empresas de saneamento básico os custos com energia elétrica são altíssimos devido ao consumo energético das bombas hidráulicas, utilizadas para captação e transferência de água. Toledo et al. (2008) propuseram um modelo matemático de otimização para o problema de planejamento de estoque de água em reservatórios que considera que apenas uma bomba faz a captação de água em cada ponto de captação, e apenas uma bomba é utilizada para transporte de água por trecho. No entanto, constatou-se nos sistemas de abastecimento brasileiros, que o transporte de água entre os reservatórios é realizado por um conjunto de até 4 bombas em cada trecho. O mesmo acontece com a captação de água da Estação de Tratamento de Água. Assim, o operador do sistema de abastecimento deve decidir quantas bombas ligar em cada período para cada ponto de captação e cada ponto de transferência. A figura abaixo ilustra o problema considerando três reservatórios. Introdução Agradecimentos MODELO MATEMÁTICO PARA O PLANEJAMENTO DA OPERAÇÃO DE MÚLTIPLAS BOMBAS HIDRÁULICAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO Assim, objetivando obter um modelo matemático mais próximo da realidade de um sistema de abastecimento brasileiro, baseado no modelo de Toledo et al. (2008), propõe-se neste trabalho um modelo matemático de otimização linear inteira mista para o problema de planejamento da operação de bombas hidráulicas em sistemas de abastecimento que considera uma ou mais bombas hidráulicas por trecho de transporte de água ou captação. A seguir apresenta-se o modelo matemático proposto: Considerações finais Serão realizados testes numéricos com o modelo matemático utilizando dados referentes ao sistema de abastecimento da cidade de São Carlos. Os testes serão realizados utilizando o pacote Cplex em interface com o software GAMS e com o software OPL. O software EPANET será utilizado para analisar a viabilidade de implantação das soluções obtidas. Bibliografia Agradecemos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP – processo número 2017/09970-3) e a Faculdade de Ciências. Isabela Garcia Parras; Edilaine Martins Soler 11 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Resultados e discussão Conclusões Material e método Bibliografia Consultada Objetivos Introdução Agradecimentos O ENSINO DE MATEMÁTICA ATRAVÉS DE JOGOS E MODELOS GEOMÉTRICOS Atualmente, com tanta tecnologia e diversas formas de entretenimento, nos deparamos com a seguinte questão: como fazer para que os alunos se interessem por matemática? Há muitas respostas para essa pergunta e uma delas seria trabalhar com a matemática de maneira divertida e prazerosa. Mas como? Utilizar jogos matemáticos que atendam a maioria dos níveis de ensino parece ser uma ótima forma, pois atinge tanto os alunos quanto a comunidade e os professores. Segundo Selva & Camargo (2009), o jogo é um processo, no qual o aluno necessita de conhecimentos prévios, interpretação de regras e raciocínio, o que representa constantes desafios, pois a cada nova jogada são abertos espaços para a elaboração de novas estratégias, desencadeando situações problemas que, ao serem resolvidas, permitem a evolução do pensamento abstrato para o conhecimento efetivo, construído durante as atividades. Jogos que envolvem Matemática são importantes não só para a aprendizagem, mas também para quebrar alguns preconceitos existentes, talvez culturais sobre a Matemática, que muitas vezes são causados pelos próprios professores, família e colegas. Com estes, podemos ensinar matemática e desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Utilizamos vários jogos matemáticos nas escolas públicas de Bauru, com o objetivo de oferecer ao aluno, a partir destes, a diversão e a superação, possibilitando a construção de aprendizagens significativas., De forma lúdica, fazemos com que o aluno pense nos conceitos aprendidos na sala de aula e questione a lógica usada para fazer o pensamento, fazendo com que este estudante crie conexões entre as várias áreas da matemática. De início confeccionamos todo o material, onde foram feitas as peças em E.V.A, cartolina e alguns dados. Dentre os jogos construídos estão alguns que abordam as operações básicas e seus algoritmos, como também outros de raciocínio lógico e estratégia. Além dos jogos foram produzidos materiais para ensino de geometria, que envolvem os conceitos de áreas, diagonais, congruência e semelhança de triângulos. Após a construção dos jogos, foram discutidos os conceitos matemáticos envolvidos em cada jogo e foram realizados treinamentos para apresentação dos universitários (bolsistas/voluntários) nas escolas. O passo seguinte foi a apresentação dos alunos bolsistas e voluntários nas escolas públicas de Bauru. As ferramentas aprendidas nas oficinas realizadas durante o projeto podem aprimorar suas aulas, tornando-as mais agradáveis, incentivando o estudo da matemática com utilização de métodos diferenciados, de baixo custo, além de possibilitar sua efetiva interação com a comunidade. Agradecemos à Proex e ao departamento de Matemática da FC/Unesp. A ação de jogar não está subordinada ao ato em si, ela vai além, pois o aluno agora é capaz de pensar, levantar hipóteses, interpretar e criar as próprias relações entre os conhecimentos. O desencadeamento após um jogo ultrapassa a experiência e possibilita a aquisição para outros contextos. Isto significa que as atitudes adquiridas no momento do jogo tendem a ser propriedade do aluno e podem ser generalizadas para outras situações, inclusive em sala de aula. Este projeto buscou criar condições para que os alunos descobrissem ou redescobrissem que é possível aprender e que atividades formais, como ir à escola, podem ser prazerosas. Percebemos com este projeto que o aluno ao jogar, passa a ter competência e habilidade para ser o elemento ativo no seu processo de aprendizagem. Conseguimos assim, usar o lúdico para complementar a teoria aprendida em sala de aula e ser um instrumento para a melhoria do ensino, obtendo uma interaçãoentre a universidade e a comunidade, como também propiciando o contato de alunos do ensino médio com os universitários. BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. 5. ed. São Paulo: CAEM /USP, 2004. GRANDO, R. C. O jogo e a matemática no contexto da sala de aula. São Paulo: Editora Paulus, 2004. SELVA, K. R.; CAMARGO, M. O jogo matemático como recurso para a construção do conhecimento. In: ENCONTRO GAÚCHO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 10., 2009, Ijuí, Anais... Ijuí: Unijuí, 2009. Disponível em: <http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/cd_egem/fscommand/CC/CC_4.pdf>.Acesso em: 10 ago. 2017. Trabalhar com jogos é, em geral, muito divertido e estimulante, tanto para os professores quanto para os alunos, ou seja, para a escola em geral. No entanto, há de se tomar muito cuidado para que os jogos não tragam consequências negativas ou confusão na sala de aula, já que o objetivo não é o de vencer, mas sim compreender cada jogo e seu conteúdo matemático. Até o momento tivemos respostas muito positivas dos alunos, alguns chegaram a pedir que voltássemos com mais frequência, e os professores até mesmo sugeriram que os jogos fossem parte da metodologia da escola. É preciso ressaltar ainda que a cooperação entre os alunos durante a realização dos jogos foi importante, eles davam palpites e incentivavam os colegas para que a partida fosse até o final. Cristiane Alexandra Lázaro; Tatiana Miguel Rodrigues de Souza; Emily Bolinelli Arfeli; Giuliana Beatriz Abdala Cruz; Mylena Verona das Neves UNESP/Bauru, Faculdade de Ciências, Licenciatura em Matemática 12 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 ANDERSON, A. R.; BELNAP JR, N. D. Entailment: the logic of relevance and necessity. Princeton: Princeton University Press, 1975. BOATO, L. F. S.; SILVESTRINI, L. H. C. O sistema TLR e a semântica de matrizes da lógica RM3. In: ENCONTRO REGIONAL DE MATEMÁTICA APLICADA E COMPUTACIONAL, 4., 2017, Bauru. Caderno de trabalhos completos e resumos. Bauru: Unesp, Faculdade de Ciências, 2017. p. 503-505. Disponível em: <http://www.fc.unesp.br/#!/departamentos/matematica/eventos2341/ermac/cadesnos-de- trabalhos-completos-e-resumos/>. Acesso em: 16/abril. 2017. BRADY, R. T. Completeness proofs for the systems RM3 and BN4. Logique et Analyse, v. 25, n. 97, p. 9-32, 1982. XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Luis Felipe Salvador Boato; Luiz Henrique da Cruz Silvestrini Resultados e discussão ConclusõesMaterial e método Bibliografia UNESP– Campus Bauru – Faculdade de ciências/FC Anderson e Belnap (1975) deram início aos estudos que culminaram no surgimento da escola das lógicas da relevância. Esta se consolidou como uma das mais conhecidas escolas paraconsistentes da literatura. A proposta de Anderson e Belnap foi de sugerir uma lógica baseada na ideia de que o antecedente de uma implicação lógica deve ser relevante para o seu consequente. Segundo os autores, deveríamos fazer construções de modo que haja uma relevância entre as proposições envolvidas na implicação, a fim de se evitar a validação lógica de sentenças como “Se a lua é feita de queijo cheddar, então 2 é um número ímpar”. Um sistema lógico L pode ser definido como um par (For, ⊢L) constituído por um conjunto For de fórmulas munido de uma relação de consequência ⊢L. Uma teoria, ou seja, For tal que se, e somente se, ⊢ , é dita consistente se ela não contém e , para cada fórmula , caso contrário, a teoria é dita inconsistente. Além disso, um sistema lógico é paraconsistente quando nos permite distinguir entre teorias contraditórias , no sentido em que ⊢L e ⊢L , para alguma fórmula , e teorias triviais , no sentido em que ⊢L , para toda fórmula . Da mesma forma, podemos dizer que um sistema lógico é considerado paraconsistente se, e somente se, ele é não-explosivo, i.e., um sistema no qual o princípio de explosão (, ⊢L ) não é válido. Objetivos O objetivo desta apresentação é mostrar o sistema TLR e como foi feita a equivalência entre os sistemas TLR (sistema de tableaux) e RM3 (sistema axiomático da lógica trivalente da conexão relevante), i. e., Δ ⊩ φ ⇔ Δ ⊢ φ . Aqui apresentaremos as regras do Sistema TLR. São elas: Introdução Agradecimentos Mostramos, nessa apresentação, as regras para o sistema TLR desenvolvido e que toda fórmula deduzida a partir do sistema axiomático RM3 pode ser também deduzida a partir do sistema de tableaux TLR. O SISTEMA DE TABLEAUX TLR APRESENTADO COMO UMA ALTERNATIVA AO SISTEMA AXIOMÁTICO RM3 Trata-se de um trabalho teórico e a presente pesquisa possibilita evidenciar o método dedutivo de tableaux como um método alternativo ao axiomático. Assim, desenvolveremos um sistema TLR de tableaux. Esse trabalho pode ser representado pelo seguinte esquema: Etapa 1. [ Δ ⊢ φ ⇒ Δ ⊩ φ ] Se uma fórmula φ pode ser deduzida sintaticamente através do sistema axiomático RM3, então há um tableaux fechado correspondente no sistema de tableaux TLR. Etapa 2. [ Δ ⊩ φ ⇒ Δ ⊨ φ ] Se há um tableaux fechado para a dedução da formula φ, então há uma dedução semântica correspondente, para a fórmula φ, em RM3. Etapa 3. [ Δ ⊨ φ ⇔ Δ ⊢ φ ] A correção e completude do sistema axiomático RM3. Este resultado foi apresentado por Brady (1982). Financiamento 1 ¬A 0 A 0 ¬A 1 A ½ ¬A ½ A 1 A ∧ B 1 A 1 B 1 A ∨ B 1 A 1 B 1 A ⟶ B 0 A 1 B ½ A ∧ B 1 A ½ A ½ A ½ B 1 B ½ B 0 A ∧ B 0 A 0 B ½ A ∨ B 0 A ½ A ½ A ½ B 0 B ½ B 0 A ∨ B 0 A 0 B ½ A ⟶ B ½ A ½ B 1 A ⟶ B 1 A 1 A ½ A ½ B 0 B 0 B Após desenvolvermos as regras de TLR, mostramos a equivalência dos sistemas TLR e RM3 por dois teoremas, correspondentes às etapas 1 e 2, juntamente do resultado já existente na literatura (etapa 3). Com isso, mostramos que tudo o que pode ser demonstrado a partir do sistema axiomático da lógica RM3 possui uma demonstração correspondente no sistema de tableaux TLR. Agradecemos à FAPESP pelo fomento de nossa pesquisa (Bolsa de iniciação científica. Processo FAPESP nº 2016/07446-2). 13 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Cristiane Alexandra Lázaro; Tatiana Miguel Rodrigues de Souza; Marcela Luan Robatom; Thiago Martins da Silva; Alexandre Morelli Alves de Oliveira. Resultados e discussão Conclusões Material e método Bibliografia Consultada UNESP/Bauru, Faculdade de Ciências, Licenciatura em Matemática Objetivos Introdução OS JOGOS PENTAMINÓ E “DOMINÓ DAS QUATRO CORES” PARA O ENSINO DE ÁLGEBRA E GEOMETRIA O ensino tradicional de matemática ainda é válido, mas não basta apenas decorar fórmulas e tabelas. Hoje em dia é preciso fazer algumas mudanças neste ensino, de forma que as aulas se tornem mais interessantes. Mas, como despertar a motivação dos alunos pela Matemática? Deixando esta disciplina mais lúdica, através de jogos que envolvam conceitos abstratos e que consigam atender a maioria das idades e níveis escolares. Dessa forma, é possível atingir não só os alunos, como também os professores e toda a comunidade escolar. O trabalho com jogos estimula habilidades que são necessárias para a aprendizagem da Matemática, tais como organização, raciocínio e concentração, as quais ficam implícitas durante as aulas, porém estão sempre presentes enquanto se está jogando. Além das habilidades já citadas acima, o uso dos jogos no ensino também faz com que os alunos trabalhem em grupo, pensando juntos e cada um buscando novas estratégias, afim de atingir o objetivo. Num primeiro contato com os jogos, os alunos observam e fazem as primeiras tentativas sem pensar muito em uma estratégia. Depois começam a surgir os conceitos matemáticos através de novos raciocínios, e a partir disto, elaborar conclusões acerca do desenvolvimento do jogo. Aqui relataremos um pouco sobre os jogos Pentaminó e Dominó das Quatro Cores. O objetivo do jogo “Dominó das Quatro Cores” é construir um quadradocom todas as peças, de modo que peças da mesma cor não se toquem, nem mesmo pelo vértice. A proposta é que os jogadores busquem a solução do problema cooperando entre si. Já o Pentaminó é um quebra-cabeça geométrico, apresentado por S. W. Golomb em um artigo publicado em 1954, onde além de introduzir a nomenclatura, apresenta uma série de problemas envolvendo recobrimento de tabuleiros de xadrez. Para Golomb, um poliminó é uma figura plana obtida pela justaposição de quadrados de forma que não fique “buracos” e dois quadrados justapostos têm sempre um lado em comum. Logo, um pentaminó é um poliminó de 5 peças. O objetivo é cobrir um tabuleiro no formato retangular com os pentaminós. Iniciamos com a construção dos jogos em E.V.A. Logo após este processo, foram discutidos os conceitos matemáticos envolvidos e estudadas as estratégias para a sua aplicação em forma de oficina nas escolas.. A aluna bolsista e os voluntários apresentaram o Pentaminó e o Dominó das Quatro Cores, entre outros jogos, em forma de oficina em várias escolas públicas de Bauru. Este problema passou por vários estudiosos, porém não obteve um resultado conclusivo. O jogo é formado por 18 peças ao todo, com 6 peças retangulares maiores (lado 3 cm e 9 cm) sendo duas amarelas, duas azuis e duas verdes, 6 peças retangulares médias (lado 3 cm e 6 cm) sendo duas azuis, duas vermelhas e duas verdes e 6 peças quadradas (lados de 3 cm) sendo três azuis, duas vermelhas e uma amarela. O objetivo do jogo, é formar um quadrado utilizando todas as peças, de modo que duas cores iguais não podem ser colocadas de maneira adjacente, nem mesmo pelo vértice. O Pentaminó também tem como objetivo cobrir um retângulo usando os Pentaminós. Se considerarmos a área de cada quadrado que forma o Pentaminó como sendo 1, teremos que cada Pentaminó terá 5 unidades de área. Portanto, será possível determinar a área do retângulo a partir das áreas dos Pentaminós. As propostas destes jogos são mostrar para o aluno o conceito de área de um quadrado e de um retângulo e fazer com que o aluno crie raciocínios investigativos no qual ele possa questionar, entre outros: “Tem solução?” ou “Só existe uma solução?” Fazer uso de jogos em sala de aula é uma ótima ferramenta para reforçar conteúdos e também para estimular o raciocínio dos alunos. Porém, é preciso ter cuidado/cautela para que os jogos não tragam problemas ou desentendimentos durante as atividades, uma vez que o importante não é vencer, e sim compreender o conteúdo matemático presente em cada jogo. Os jogos Dominó das Quatro Cores e Pentaminó são excelentes jogos educativos devido aos conceitos de geometria e álgebra que neles estão presentes, e que são colocados em prática enquanto se monta o quadrado ou se cobre a área do retângulo. Tivemos um ótimo retorno por parte dos alunos, alguns até pediram para que voltássemos mais vezes, até mesmo os professores deram sugestões de incluir os jogos na metodologia da escola. BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. 5. ed. São Paulo: CAEM /USP, 2004. GRANDO, R. C. O jogo e a matemática no contexto da sala de aula. São Paulo: Editora Paulus, 2004. SELVA, K. R.; CAMARGO, M. O jogo matemático como recurso para a construção do conhecimento. In: ENCONTRO GAÚCHO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 10., 2009, Ijuí, Anais... Ijuí: Unijuí, 2009. Disponível em: <http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/cd_egem/fscommand/CC/CC_4.pdf>.Acesso em: 10 ago. 2017. SILVA, A. F.; FANTI, E. L. C. Informática e jogos no Ensino de Matemática. In: II BIENAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MATEMÁTICA , 2, 2004, Salvador, Anais... Salvador: SBM, 2004. Disponível em: <http://www.bienasbm.ufba.br/M6.pdf.>. Acesso em: 22 jul. 2017. O dominó de Quatro Cores surgiu quando Francis Guthrie percebeu, em 1852, que a maioria dos mapas eram pintados com quatro cores e sem haver a mesma cor de forma adjacente. Com isso, ele quis descobrir se quatro tipos de cores são suficientes para pintar qualquer modelo de mapa. 14 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 BASTOS, P. S. S. Lajes de concreto. 2015. Notas de aula, Depto de Engenharia Civil, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Bauru, 2015. GILMORE, P. C.; GOMORY, R. E. A linear programming approach to the cutting-stock problem. Operations Research, v. 9, n. 6, p. 848-859, 1961. GILMORE, P. C.; GOMORY, R. E. A linear programming approach to the cutting-stock problem - part II.Operations Research, v.11, n. 6, p. 863-888, 1963. VASSOLER, A. H. D.; POLTRONIERE, S. C.; ARAUJO, S. A. Modelagem matemática para o problema de produção de vigotas na indústria de lajes treliçadas. C.Q.D. – Revista Eletrônica Paulista de Matemática, Bauru, v. 7, p. 68-77, dez. 2016. Edição ERMAC. XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Ângelo Henrique Dinhane Vassoler; Sônia Cristina Poltroniere; Silvio Alexandre de Araújo Modelagem matemática Metodologia de solução e resultados A indústria de lajes treliçadas Bibliografia Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho”/Faculdade de Ciências Atualmente, a abordagem matemática e computacional de problemas que surgem no planejamento e programação da produção em indústrias tem sido estimulada, com o objetivo de otimizar seus processos. Neste sentido, métodos de otimização matemática se tornam cada vez mais eficazes na busca de uma melhor utilização dos recursos de produção em uma indústria, não somente pelo fator econômico, mas também pela crescente preocupação com o meio ambiente. Um planejamento eficiente do processo de produção, ou de parte dele, pode contribuir significativamente para o desenvolvimento sustentável. Este trabalho aborda o problema de corte de estoque unidimensional multiperíodo e sua aplicação na produção de lajes treliçadas. O problema de corte é central no planejamento e programação da produção em indústrias, em que o estágio de corte de objetos maiores em itens menores é relevante. Objetivos Inicialmente, o objetivo foi estudar os problemas de dimensionamento de lotes e de corte de estoque, dois importantes problemas de otimização matemática, de natureza combinatória e de difícil solução. A partir desse estudo, foi proposto um modelo matemático para representar o processo produtivo das vigotas, diferente do modelo proposto em Vassoler et al. (2016), que integra o problema de corte de estoque e o problema de dimensionamento de lotes. O modelo considera o planejamento da produção ao longo de um horizonte finito, dividido em períodos. O objetivo é otimizar o corte das armações treliçadas e o preenchimento das fôrmas para a produção das vigotas e o atendimento da demanda, buscando minimizar a perda de material, estoques indesejados e custos de preparação para produção. Introdução Agradecimentos A principal componente de uma laje treliçada é a vigota, que é formada por uma base de concreto e por uma armação treliçada conforme mostra a Figura 1. OTIMIZAÇÃO MATEMÁTICA APLICADA AO PROBLEMA DE PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO DE LAJES TRELIÇADAS O modelo matemático proposto é de elevada complexidade, pertencente ao conjunto de problemas NP-completos. Isso se dá principalmente devido ao grande número de variáveis aliado à restrição de integralidade das mesmas. Neste trabalho, as restrições de integralidade das variáveis do problema foram relaxadas, ou seja, consideradas reais, ficando com um problema mestre relaxado para ser resolvido. Para isso, foi utilizado o Método Simplex com a técnica de geração de colunas, abordagem proposta por Gilmore e Gomory (1961, 1963) para lidar com a geração dos padrões de corte. O modelo foi implementado usando o software AMPL/CPLEX 12.6 e classes de exemplos foram testadas para análise e validação, obtendo-se resultados promissores. Minimizar sujeito à: A produção de vigotas, de comprimentos variados, se dá em fôrmas que são preenchidas por concreto utilizando-se separadores, podendo ser interpretado como um problema de corte/empacotamento.As armações treliçadas, por sua vez, devem ser cortadas, também em comprimentos variados, para compor a vigota. Além disso, as fôrmas passam por um processo de preparação (setup). Figura 1. Vigota treliçada (Fonte: Bastos, 2015). À FAPESP, Processo 2015/08739-0, pelo financiamento desta pesquisa, conforme. 15 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura 16 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Clayton Eugenio Santos de Paula; Tatiana Miguel Rodrigues de Souza Resultados e Discussões Conclusão Metodologia Bibliografia Consultada Unesp Bauru / Faculdade de Ciências Objetivo Introdução PRÁTICAS PARA O ENSINO DA GEOMETRIA FRACTAL NA SALA DE AULA A Geometria Fractal é o ramo da matemática que estuda as propriedades e comportamentos dos fractais. Essa nova geometria surgiu da necessidade de se explicar objetos com formas geométricas complexas do qual a Geometria Euclidiana não era capaz de explicar. O termo Fractal, foi denominado pelo matemático francês Benoit Mandelbrot, um dos precursores nos estudos desses objetos, baseando- se no latim, do adjetivo fractus, cujo verbo frangere significa quebrar, criar fragmentos. O trabalho tem como objetivo levar o estudo da Geometria Fractal para alunos do Ensino Médio, pois em meio a tanta desmotivação no ensino e aprendizagem da matemática, a utilização dos fractais pode tornar a matemática mais instigante e mais real dentro da sala de aula, despertando o interesse, a curiosidade e criatividade dos alunos devido ao forte apelo estético. A aula foi dividida em três partes: 1ª parte - introdução sobre fractal passando pelo contexto histórico e estudo das dimensões utilizando Logaritmo; 2ª parte – trabalhando com os processos iterativos dos fractais Conjunto de Cantor e Triângulo de Sierpinski e a ligação do mesmo com a Progressão Geométrica; 3ª parte - construção do fractal Triângulo de Sierpinski tridimensional, utilizando papel A4 colorido, tesoura, régua, lápis e borracha. Após terem um contato com esses objetos e de descobrirem suas aplicações no cotidiano e a relação com diversos conteúdos matemáticos, os alunos se mostraram mais interessados e motivados com relação à matemática. Pois o estudo dos fractais faz-se interessante como uma forma mais precisa de representação do nosso mundo, permitindo trabalhar a matemática de uma maneira mais instigante, inventiva e assim despertar a curiosidade e estimular a criatividade dos alunos. Figura 1. Conjunto de Cantor (Fonte: GOOGLE Imagens) Figura 2. Triângulo de Sierpinski (Fonte: GOOGLE Imagens) Figura 3. Construção do Cartão Tridimensional Triângulo de Sierpinski (Fonte: Própria) A aula sobre fractais foi aplicada na E.E. João Maringoni, uma escola pública de Bauru (SP) para duas turmas do 3º ano do Ensino Médio. Antes da aplicação da aula; Já no segundo questionário (após o termino da aula) os alunos foram questionados se com base no que foi visto sobre fractais, se eles gostariam que a Geometria Fractal fosse ensinada nas escolas. E por unanimidade, todos responderam positivamente. ALVES, C. M. F. S. J. Fractais: conceitos básicos, representações gráficas e aplicações ao ensino não universitário. 2007. 324 f. Dissertação (Mestrado em Matemática para o Ensino) – Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, 2007. BARBOSA, R. M. Descobrindo a geometria fractal para a sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. FILLIPIN, G. G. Estudo da geometria fractal e aplicações em sala de aula. 2009. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, 2009. Agradecimentos Agradecemos ao Departamento de Matemática – Unesp Bauru 17 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Bruno Belluzzo; Adriana Cristina Cherri Resultados e discussão Conclusões Material e método Bibliografia Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências - Bauru Os problemas de corte consistem em cortar um conjunto de objetos disponíveis em estoque para a produção de um conjunto de itens em quantidades e tamanhos especificados, de modo a atender uma determinada demanda de itens e otimizando uma função objetivo. Uma consequência do processo de corte são as sobras que inevitavelmente ocorrem. Essas sobras, se planejadas com antecedência, retornam ao estoque e podem ser utilizadas para atender demandas futuras. Tal problema é fundamental em diversos processos industriais e conhecido na literatura como problema de corte de estoque com sobras aproveitáveis (PCESA). Objetivos Introdução Agradecimentos Figura 1: Exemplo de corte unidimensional com sobras aproveitáveis Um dos objetivos do projeto era modificar o modelo matemático de Cui e Yang (2010) para resolver PCESA de modo a limitar individualmente cada nova sobra gerada, além de evitar que sobras fossem geradas a partir de sobras do estoque. O próximo objetivo consiste em implementar o método de geração de colunas (Gilmore e Gomory, 1963) para resolver o modelo modificado. Em seguida será utilizado um procedimento heurístico para obtenção de soluções inteiras para o PCESA. No modelo (1)-(6) já modificado, a função objetivo (1) minimiza o custo total dos objetos a serem cortados. A restrição (2) assegura o atendimento da demanda cortando os objetos padronizados e as sobras. A restrição (3) permite que sobras sejam geradas em quantidades limitadas cortando apenas objetos padronizados. As restrições (4) e (5) referem-se, respectivamente, ao estoque de objetos padronizado e sobras. A restrição (6) garante a integralidade e não negatividade das variáveis. Para resolver esse problema, a condição de integralidade (6) do modelo será relaxada e a técnica de geração de colunas de Gilmore e Gomory (1963) será implementada. O modelo proposto está em fase de implementação. Entretanto, com o modelo proposto, a diversidade de objetos em estoque a serem cortados no futuro aumentará. Sabe-se que quanto maior a diversidade de objetos, maior é a combinação entre os itens reduzindo as perdas. Com o fim da pesquisa, espera-se que o modelo matemático modificado possa satisfazer a função objetivo do problema com maestria, ou seja, gerar uma solução ótima com perdas mínimas e uma quantidade restrita de sobras em estoque. CUI, Y.; YANG, Y. A. Heuristic for the one-dimensional cutting stock problem with usable leftovers. European Journal of Operational Research, v. 204, n. 2, p. 245-250, 2010. GILMORE, P. C.; GOMORY, R. E. A linear programming approach to the cutting stock problem – Part II. Operations Research, v. 11, n. 6, p. 863-888, 1963. À FAPESP (Proc. nº 2016/239442) pela credibilidade e apoio financeiro. midxx ijk RK Kk N j ijkjk K k N j ijk kk ,...,1, 1 1 . 1 1 . nmiux mijk K k N j ijk k ,...,1, 1 1 . Kkex k N j jk k ,...,1, 1 RKKkex k N j jk k ,...,1, 1 KkNjx kjk ,...,1 ,...,1 inteiroe0 (1) (2) (3) (4) (5) (6) Um procedimento heurístico que também considera o aproveitamento de sobras será desenvolvido e implementado para obtenção de soluções inteiras. K k N j n mi jkijkmijk RK Kk N j jkjk K k N j jk kkk xwxcxc 1 1 11 11 1 zMin Sujeito a: PROCESSO DE CORTE UNIDIMENSIONAL COM APROVEITAMENTO DE SOBRAS 18 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 ALLEN, L. J. S. An introduction to stochastic processes with applications to biology. Upper Saddle River: Pearson Education Inc., 2003. BRZEZNIAK, Z.; ZASTAWNIAK, T. Basic stochastic processes: a course through exercises. London: Springer, 1999. (Springer undergraduate mathematics series). KEMENY, J. G.; SNELL, J. L. Finite Markov chains. New York: Springer-Verlag,1960. XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Amanda Silvieri Leite de Oliveira; Fabiano Borges da Silva Resultados e discussão Conclusões Material e método Bibliografia Unesp/Faculdade de Ciências - Câmpus Bauru O projeto está sendo desenvolvido em campo teórico com seminários semanais. Objetivos Introdução Agradecimentos PROPRIEDADES ERGÓDICAS EM CADEIAS DE MARKOV Estudar Cadeias de Markov do ponto de vista matricial e de grafos, juntamente com o resultado de convergência para matrizes de transição regulares e suas aplicações. Além disso, comparar os resultados obtidos através do Teorema Ergódico e do Teorema de Perron Fronbenius. Em 1907, o matemático russo Andrei Andreyevich Markov começou o estudo de um importante tipo de processo, no qual apenas o resultado de uma dada experiência atual pode afetar o resultado da experiência seguinte, ou seja, as experiências anteriores não influenciam as experiências futuras. Tal propriedade é conhecida como "perda de memória“ ou Propriedade de Markov, e é o que caracteriza uma Cadeia de Markov (também conhecida como Processo Markoviano). Dado um espaço de probabilidade e considerando um conjunto de estados finito E={ei,…,er } temos que um processo estocástico que é denominado Cadeia de Markov se a probabilidade condicional satisfazer: P(Xn+1 = xn+1 | X0 = x0 ,…, Xn = xn ) = P(Xn+1 = xn+1 |Xn = xn ) para todo e para toda sequência x0 , x1 ,…, xn+1 de elementos pertencentes ao espaço de estados E. A seguir temos um exemplo de matriz de transição de uma cadeia e sua representação por dígrafo. Notemos que o Teorema de Perron-Fronbenius é aplicado em casos de cadeias finitas, irredutíveis, aperiódicas e positiva recorrente, enquanto que o Teorema Ergódico é aplicado para cadeias infinitas. Com isso, o primeiro teorema mencionado é um caso particular do segundo. Além disso, o Teorema Ergódico é de fácil aplicação para cadeias com 2 estados, com 3 ou mais a aplicação fica mais complicada, visto que temos várias possibilidades de caminhos. Definição 1: Um estado é fortemente ergódico se é aperiódico e positivo recorrente. E uma cadeia ergódica é quando ela possui as propriedades de ser irredutível, aperiódica e positiva recorrente. Teorema 1: Seja uma cadeia de Markov em tempo discreto positiva recorrente, irredutível e aperiódica (Fortemente Ergódica) com matriz de transição P = (pij). Então, existe uma única distribuição de probabilidade estacionária positiva isto é, Segue-se que uma matriz de transição de uma cadeia de Markov fortemente ergódica satisfaz Definição 2: Para um estado i recorrente, definimos a média de recorrência por: Onde , denota a probabili- dade de primeiro retorno para o estado i em n passos. Teorema 2 (Teorema do Limite Básico para cadeias de Markov aperiódicas): Seja uma Cadeia de Markov de Tempo Discreto classi ficada como irredutível, recorrente e aperiódica, com uma matriz de transição associada P = (pij). Então: O tempo médio de recorrência de uma cadeia positiva recorrente, irredutível e aperiódica pode ser calculado a partir da distribuição de probabilidade estacionária, Teorema 3 (Teorema de Perron-Frobenius): Se T é uma matriz estocástica regular r x r então: i) Tn aproxima de uma matriz M, no sentido de que cada entrada da matriz Tn aproxima-se da entrada correspondente em M; ii) Todas as colunas de M são iguais, sendo dadas por um vetor coluna w. iii) Para qualquer vetor de probabilidade inicial o vetor de probabilidade Tn (v) aproxima-se de w; iv) O vetor w é o único que satisfaz T(w)=w Exemplo 1: Conferindo os registros de doações recebidas, uma certa entidade filantrópica observa que 40% dos seus associados que contribuem ao fundo da entidade em um certo ano, também contribuem no ano seguinte e que 70% dos que não contribuem em um certo ano, contribuem no ano seguinte. Considere a matriz abaixo, onde o primeiro estado corresponde a um associado que contribui em um ano qualquer e o segundo estado corresponde a um associado que não contribui naquele ano. Isto quer dizer que a longo prazo N, um associado que contribui ao fundo da entidade em um certo ano, leva em média 1,85 unidades de tempo para retornar a contribuir e, um associado que não contribui ao fundo, leva 2,17 unidades de tempo para parar de contribuir. Agora, calcularemos usando o Teorema 3: Calcularemos inicialmente usando o método descrito na Definição 2: 19 XXIX Semana da Licenciatura em Matemática - 2017 XXIX SEMANA DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA As faces da matemática: ensino, aplicações e cultura Marina Valença Alencar; Edilaine Martins Soler Resultados Restrições de Complementaridade Bibliografia Faculdade de Engenharia de Bauru - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Problemas de otimização com restrições de complementaridade são considerados de difícil resolução pois a maioria dos métodos desenvolvidos para Programação Não Linear não podem ser aplicados diretamente a essas restrições. Portanto o desenvolvimento de métodos de solução eficientes para tais problemas torna-se necessário . Devido a sua relação com o conceito de equilíbrio, esses problemas possuem grande aplicabilidade em problemas de equilíbrio econômico, equilíbrio de engenharia, ecologia, na teoria dos jogos, além das aplicações em programação Não Linear. Objetivos O objetivo deste trabalho é apresentar e exemplificar um método de solução para problemas de otimização com restrições de complementaridade. Introdução Agradecimentos RESTRIÇÕES DE COMPLEMENTARIDADE EM PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO CNPQ (Processo nº 428740/2017-2), FEB, FC 4 2 1 1 2 1 2 1 2 2 1 2 2 1 2 1 2 1 1 2 2 2 2 2 2 min ( 2) ( 2 ) . . 3 0 0, 4 (1 ) 1, 5 40,1 (1 ) 2 0,1 1, 5 0 2 0 , c 0 a b a b a b x x x y y s a x x x x x x c c M y c x y M y M y c x y M y x x c Considere o problema proposto por LAGES (2013): 4 2 1 1 2 1 2 2 1 2 2 2 1 2 m in 2 2 . . 3 3 0 1, 5 2 0, 4 x x x s a x x x x x x x Utilizando restrições lineares e variáveis binárias, este problema de otimização Não Linear com restrições de complementaridade pode ser representado por: Os resultados obtidos foram satisfatórios. Futuramente serão realizados testes numéricos com o método proposto na resolução do problema de Fluxo de Potência Ótimo com restrições de complementaridade, um importante problema na área da Engenharia Elétrica. Restrições de complementaridade com limites inferiores e superiores são representadas por: x x x c x Assim: se então deve-se ter 0 se então deve-se ter 0 1 se então deve-se ter 0 x x c x x x x c x x x c x Representando (1) usando Programação Não Linear tem-se: 0 0 2 0 0 , 0 a b a b a b c x c c x x c x x c x x x x c c As restrições (2) dificultam a resolução dos problemas de otimização por métodos clássicos de otimização contínua. Assim, propõe-se neste trabalho reformular as restrições (1) utilizando programação inteira mista. Esta reformulação é exemplificada a seguir. LAGES, G. G. O fluxo de potência ótimo reativo com variáveis de controle discretas e restrições de atuação de dispositivos de controle de tensão. 2013. 234 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2013. RODRIGUES, H. S. F. Problema de otimização com restrições de complementaridade: uma aplicação ao mercado de energia eléctrica. 2005. 81 f. Tese (Mestrado em Matemática Computacional) – Escola de Ciências, Universidade do Minho, Minho/Portugal, 2005. Considerações Finais em que M é um número grande. Para resolução do problema (4) utilizou-se o solver gratuito Bonmin, em interface com o software GAMS. A solução obtida para as variáveis foram
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