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TICS III

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Soi III
3° PERÍODO 
TIC’s
FORÚM SEMANA 1 
 
Durante o atendimento de um paciente com Crise Hipertensiva em uma 
Unidade Móvel de Atendimento, você pensaria em utilizar algum 
medicamento sublingual com efeito hipotensor? 
 
Medicamentos anti-hipertensivos auxiliam na diminuição da Pressão 
Arterial a partir de ações variadas, a exemplo na inibição da enzima conversora 
de angiotensina (ECA), que converte a angiotensina I em angiotensina II, 
importante vasoconstritor que atua aumentando a P.A. Em crise hipertensiva 
pode-se utilizar o medicamento Capitropil, que age diminuindo a pressão arterial, 
com início de ação em 15 a 30 minutos e duração de ação de 6 a 8 horas por via 
oral e 2 a 6 horas por via sublingual. Outro medicamento sublingual que pode 
ser utilizado é o Nifedipina, porém este apresenta efeitos colaterais graves, nas 
doses de 5 mg a 10 mg, quer por via oral ou sublingual, apresentando pico de 
concentração plasmática que pode se acompanhar de queda da PA de forma 
abrupta e inesperada, determinando hipofluxo em órgãos nobres e suas 
desastrosas consequências. 
 
HIPETENSÃO 
ARTERIAL
Hipertensão arterial sistêmica 
(HAS) caracteriza-se pela 
elevação sustentada da pressão 
arterial (PA) associada a risco de 
eventos cardiovasculares.
O QUE É?
Entre os fatores de risco, destacam-se: genéticos; 
biológicos, que inclui idade, sexo e raça; 
ambientais e estilo de vida, que incluem 
sobrepeso e obesidade, consumo dietético 
excessivo de sódio e inadequado de potássio, 
dieta não saudável, atividade física insuficiente e 
consumo de álcool e apneia obstrutiva do sono.FATORES DE RISCO
ALUNA: MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 3° PERÍODO
Referências:
Brandão, Andréa A. et al. Hipertensão. 3. ed. São Paulo: Editora Manole, 2022
Kaplan, Norman M.; Ronald G. Victor. Hipertensão clínica de Kaplan. 10. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2012.
hiper tensão do j al eco br anco
A maioria dos pacientes apresenta 
níveis
mais elevados de pressão arterial, acima 
de 140/ 90 mmHg, em medições feitas 
em consultório do que em medições 
fora do ambiente médico.
SIGNIFICADO
Aumenta com a idade do 
paciente, sendo particularmente 
elevada em pacientes idosos com 
hipertensão sistólica isolada. É 
mais comum em mulheres
PREVALÊNCIA
hiper tensão mascar ada
Pacientes sem diagnóstico ou 
tratamento de hipertensão que 
apresentam níveis pressóricos 
adequados nas medidas de 
consultório, porém com registros 
elevados na MRPA (> 130x80mmHg) 
ou MAPA (> 135x85mmHg).
SIGNIFICADO É de ocorrência 
infreqüente, mas está 
associada com maior 
gravidade de lesão de 
órgãos alvo e maior 
incidência de eventos 
cardiovasculares.
IMPORTANTE
PREVALÊNCIA
A HM é mais 
prevalente em homens, 
idosos e com PA no 
limite superior da 
normalidade. 
Além disso, outros fatores 
conhecidos se relacionam com a 
elevação da PA na vigília, como 
tabagismo, etilismo, atividades 
físicas e estresse mental.
FATORES DE RISCO
Usa-se a monitorização 
ambulatorial da pressão 
arterial (MAPA) ou a 
monitorização residencial 
da pressão arterial (MRPA) 
como ferramentas para o 
diagnóstico de certeza dessa 
condição clínica
DIAGNÓSTICO
FÓRUM SEMANA 2 
Um paciente de 78 anos, usuário de doxazosina 4mg para tratamento de 
hiperplasia prostática benigna, refere que acorda várias vezes durante a noite 
para urinar e que, sentia tonturas frequentes ao levantar subitamente. Na noite 
passada, após episódio de forte tontura, teria sofrido queda ao lado da cama, 
culminando com uma fratura transtrocanteriana do fêmur esquerdo. 
Qual a provável explicação para o ocorrido? 
 
O doxazosina é um medicamento que tem como funcionalidade relaxar 
os vasos sanguíneos e consequentemente diminuir a pressão arterial. Com o 
uso do doxazosina, determinados pacientes apresentaram um quadro de 
hipotensão postural (queda da pressão quando da mudança de posição do 
corpo), que pode ser percebida pelo aparecimento de tontura, fraqueza e muito 
raramente o desmaio, principalmente no início do uso do medicamento. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES DE RISCO PARA A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2022 
Quais os fatores de risco para a Hipertensão Arterial Sistêmica? 
 
A hipertensão arterial sistêmica configura-se como condição, em que a pressão 
arterial encontra-se elevada e de maneira sustentada durante longos períodos de 
tempo, estando a pressão arterial sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e a 
pressão arterial diastólica (PAD) maior ou igual a 90mmHg (KUMAR, 2018). 
De acordo com Norris (2021), os fatores de risco que predispõem a hipertensão 
arterial são: 
 Idade: Com o avançar da idade, ocorre o enrijecimento das paredes dos vasos 
sanguíneos, o qual afeta a pressão arterial, aumentando-a. Além disso, a 
capacidade renal de liberação de sódio diminui, aumentando a retenção desse 
composto e, consequentemente, elevando a absorção de água contribuindo, 
assim, para uma elevada pressão arterial. 
 Sexo e raça: Em estudos epidemiológicos, a hipertensão torna-se mais 
prevalente e mais grave em afrodescendentes. Os fatores responsáveis por 
essas diferenças podem incluir aumento da sensibilidade ao sal, aumento dos 
níveis de obesidade e fatores genéticos. 
 Histórico familiar e genética: A hipertensão é observada com mais frequência 
entre pessoas com histórico familiar de pressão arterial alta, a contribuição 
genética para esse fato é 50% de chance. 
 Dislipidemia: As placas ateroscleróticas no interior dos vasos sanguíneos 
aumentam a resistência ao fluxo sanguíneo pelos vasos, o qual, 
consequentemente, contribui para a elevação da pressão arterial, com o intuito 
de superar o aumento da resistência. A associação ao risco aumentado de 
hipertensão se dá com presença de níveis mais altos de colesterol, triglicerídios 
e LDL entre os lipídios sanguíneos. 
 Tabaco: O tabagismo está associado ao desenvolvimento de hipertensão, já 
que a nicotina, presente no cirgarro, provoca vasocontrição arteriolar, 
aumentando a pressão arterial. 
 Consumo de álcool: Estudos comprovam que o consumo excessivo de álcool 
pode ser responsável por 10% dos casos de hipertensão na população, com a 
hipertensão relacionada ao álcool sendo mais prevalente entre os homens. 
 Sedentarismo: Níveis mais altos de condicionamento físico e exercícios estão 
associados a pressões arteriais mais baixas e níveis séricos de lipídios mais 
favoráveis. O risco cardiovascular geral diminui com níveis mais altos de 
condicionamento físico e exercícios regulares. 
 Obesidade: O peso corporal excessivo está comumente associado à 
hipertensão. 
 Apneia obstrutiva do sono: O mecanismo causal envolve, em parte, a 
perturbação do sono, a qual interfere na “queda” circadiana noturna normal da 
pressão arterial. Essa “queda” noturna está associada a níveis de pressão 
arterial mais baixos. Interrupções repetitivas do sono e diminuição da duração 
ou da qualidade do sono estão associadas a uma menor “queda” noturna da 
pressão arterial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
Norris, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. 
 
 
Kumar, Vinay.; Abbas, Abul K.; Aster, Jon C. Robbins Patologia Básica. 10. ed. Rio 
de Janeiro: Grupo GEN, 2018. 
FÓRUM SEMANA 3 
 
Suco de bacaba: O que causou este surto desta doença? Como evitar este 
problema? Quais tipos de alimentos possuem risco potencial semelhante? 
 
O surto da doença de chagas no munícipio de Araguaína ocorreu devido o 
consumo de suco de bacaba contaminado com fezes ou urina do besouro barbeiro, 
transmissor (vetor) da patologia. Esse barbeiro também pode ser encontrado em outros 
alimentos, a exemplo do açaí, na cana-de-açúcar e em alimentos consumidos in natura.Além disso, outras possíveis situações são a contaminação dos utensílios usados 
na preparação de alimentos, que se armazenados de forma incorreta, podem 
ficar expostos aos próprios barbeiros. Uma forma de evitar a contaminação pela 
doença de chagas a partir do consumo alimentício está na procura por lugares com 
boa condição de higiene, além de lavar bem os produtos quando consumido em 
casa. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPACTO DAS AÇÕES ESTRATÉGICAS NO CONTROLE DA MALÁRIA NOS 
MUNICÍPIOS IMPACTADOS PELA CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA DE BELO 
MONTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2022 
Qual foi o impacto das ações estratégicas no controle da malária nos municípios 
impactados pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte? 
 
De acordo com Batista (2018), a malária é uma doença causada por um 
parasito eucariótico unicelular do gênero Plasmodium, sendo que cinco espécies 
podem causar doenças no homem: o P. falciparum, o P. vivax, o P. ovale, o P. 
malariae e o P. knowlesi. No estágio de esporozoítos, os parasitos são transmitidos 
ao homem por fêmeas de mosquitos do gênero Anophles, durante o repasto 
sanguíneo. Entre os principais sintomas clínicos encontam-se: febre, dor de cabeça, 
calafrios e mal-estar, após o rompimento do eritrócito infectado. 
Ademais, de acordo com os dados epidemiológicos brasileiro, a maioria dos 
casos de malária se concentra na região amazônica, composta pelos estados do Acre, 
Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins 
(BRASIL, 2022). 
Com o desenvolvimento socioeconômico nacional, ocorreram construções de 
grandes empresas gerando benefícios sociais e econômicos. No entanto, nota-se 
fatores negativos quanto ao impacto ambiental que essas industrias podem acarretar 
para a saúde humana. Dessa forma, um importante exemplo a ser citado é a 
construção da hidroelétrica de Belo Monte, que contribui de forma significativa para 
transmissão da malária, haja vista que tais usinas são locais de transmissão da 
doença uma vez que as áreas próximas são permanentemente alagadas e propícias 
à proliferação do principal vetor da malária, o mosquito Anopheles darlingi 
(LUDISLAU, et. al, 2016). 
A partir do exposto, foi desenvolvido ações estratégias com o objetivo de 
controlar a propagação da doença. Foi implementado o Programa de Ação para 
Controle da Malária (PACM), nos municípios da área de influência direta da 
construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte. A estruturação do programa com a 
ampliação da Rede de laboratórios permitiu melhorar o diagnóstico e início do 
tratamento de pacientes com exame positivo para malária, no prazo máximo de 48 
horas, a partir da data dos primeiros sintomas. O controle dos insetos transmissores 
de malária foi realizado por intermédio da seleção de um ou mais métodos de controle 
vetorial (SILVA 2020). 
Ainda segundo Silva (2020), o monitoramento sistemático das informações e o 
processo de avaliação tem sido um dos componentes mais importantes para o 
sucesso do programa. O processo vem sendo desenvolvido por intermédio de: 
Realização de reuniões de avaliação mensal nos municípios; Encontros trimestrais 
para avaliação com a regional de saúde. Assim, a partir de tais condutas é possível 
diminuir a incidência de casos nessas regiões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BATISTA, R. S. Parasitologia: Fundamentos e Prática Clínica. 1. ed. Rio de 
Janeiro: Grupo GEN, 2020. 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Malária. Brasília, 2022. 
 
 
LADISLAU, J. L. de B.; et al. Malaria control in area of hydroelectric construction on 
the Amazonian ecosystem can succeed?. Rev Pan-Amaz Saude. Pará, 2016. 
 
 
SILVA, H. R, dos S.; et al. Impactos socioambientais da construção da usina 
hidrelétrica no município de Tucuruí e seus reflexos sobre a malária. Revista 
Eletrônica Acervo Saúde. Pará, 2020. 
 
 FORÚM SEMANA 4 
 
Quais os tipos de dor precordial? Quais as causas possíveis? 
 
A dor precordial caracteriza-se por ser uma condição que acomete o 
precórdio, localizada sobre o coração. A dor precordial pode ser dividida em dois 
tipos, a dor típica (caracteriza-se a angina ou IAM sendo muitas vezes relatada 
como um aperto ou opressão no peito) e a dor atípica (apresenta causa diferente 
de angina ou infarto, e os principais sintomas relatados são febre, tosse e 
queimação ou azia). Ademais, não existe uma causa específica para a 
precordialgia ou dor precordial, porém, é possível que ela ocorra por alguma 
irritação dos nervos localizados na região intercostal (região entre as costelas). 
A dor pode ocorrer a qualquer, por excesso de gases ou mudança rápida de 
postura. 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
EXAMES INDUTORES DE ISQUEMIA: Qual o motivo da utilização destes 
procedimentos na prática clínica? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2022 
Exames indutores de isquemia: qual o motivo da utilização destes procedimentos na 
prática clínica? 
A doença isquêmica do coração (DIC) consiste em um desequilíbrio entre o 
suprimento sanguíneo cardíaco (perfusão) e as necessidades de oxigênio e nutrientes 
do miocárdio. Na maioria dos casos, as várias síndromes da DIC são consequências 
de uma aterosclerose coronariana que se desenvolveu gradualmente durante 
décadas, começando ainda na infância ou na adolescência (KUMAR, 2018). 
De acordo com Norris (2021), para identificar a presença de uma isquemia no 
coração, podem feitos alguns exames, que devem ser solicitados pelo clínico geral ou 
cardiologista. Entre os métodos utilizados objetiva-se a avaliação do fluxo sanguíneo 
coronariano e da perfusão do miocárdio, permitindo que ocorra a identificação de uma 
possível área isquêmica e que medidas sejam tomadas para evitar uma evolução de 
quadro clinico, a exemplo, o infarto agudo do miocárdio. Entre os exames utilizados 
podem ser citados os seguintes: o ECG, o teste ergométrico, o ecocardiograma além 
da cintigrafia cardíaca. 
 Eletrocardiograma: Seu uso é indicado não somente para o diagnóstico e 
tratamento da DAC, mas também para a identificação de defeitos da condução 
ventricular, arritmias e desequilíbrios eletrolíticos. 
 Teste ergométrico. É um meio de observação da função cardíaca sob 
condições de estresse, tipicamente realizado em adultos com sintomas de 
cardiopatia isquêmica conhecida ou suspeita. 
 Ecocardiograma: O ecocardiograma é útil para determinar as dimensões 
ventriculares e os movimentos valvares, obter dados sobre o movimento da 
parede ventricular esquerda e do septo, estimar os volumes diastólico e 
sistólico, e visualizar a movimentação de segmentos individuais da parede 
ventricular esquerda durante a sístole e a diástole. 
 Eletrocardiograma: Seu uso é indicado não somente para o diagnóstico e 
tratamento da DAC, mas também para a identificação de defeitos da condução 
ventricular, arritmias e desequilíbrios eletrolíticos. 
 Cintigrafia cardíaca: O exame de imagem da perfusão do miocárdio é utilizado 
para visualizar a distribuição regional do fluxo sanguíneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA: 
 
Norris, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. 
 
 
Kumar, Vinay. Robbins Patologia Básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 
2018. 
FÓRUM SEMANA 5 
Paciente chega na UPA com eritema marginado. Qual a causa possível? 
Quais as possíveis complicações da doença? 
O eritema marginado, juntamente com a poliartrite, a cardite, a coreia de 
Sydenham e os nódulos subcutâneos são manifestações clínicas típicas da febre 
reumática, patologia essa caracterizada por uma reação inflamatória aguda que 
ocorre logo após episódiosde amigdalite tratados inadequadamente. Ademais, 
entre as principais complicações que a febre reumática pode provocar estão: 
Lesões valvares, contribuindo para a ocorrência de estenose e engurgitamento 
valvar, e a consequente insuficiência cardíaca, além da formação de trombos 
nos átrios (em decorrência de fibrilação atrial e estase sanguínea). 
 
ANTIMICROBIANOS
FUNÇÃO
Os fármacos antimicrobianos são 
eficazes no tratamento das 
infecções, pois são seletivamente 
tóxicos; ou seja, eles têm 
capacidade de lesar ou matar os 
microrganismos invasores sem 
prejudicar as células do 
hospedeiro.
Podem promover dois tipos de efeitos 
sobre os patógenos: um efeito inibitório 
sobre o crescimento e a replicação dos 
agentes microbianos; ou pode causar a 
morte do patógeno. 
EFEITOS
1) da identificação do microrganismo; 
2) da suscetibilidade do organismo com 
relação a um fármaco em particular; 
3) do local da infecção; 
4) de fatores do paciente; 
5) da segurança do fármaco; e 
6) do custo do tratamento. A ESCOLHA IRÁ DEPENDER:
As drogas antimicrobianas podem agir: 
1)Interferindo na síntese da parede celular, 
2)Alterando a permeabilidade da membrana 
citoplasmática, 
3) Promovendo alterações na síntese 
proteica, 
4) Inibindo a síntese de ácidos nucleicos.
5) Interferem na replicação
AÇÕES
MECANISMOS DE AÇÃO:
Na parede celular, os antibióticos agem em 
vários estágios da formação do 
peptídeoglicano presente na parede celular 
das bactérias, dificultando a formação das 
cadeias necessárias para formar esse 
substrato e, assim, promovendo um efeito 
bactericida.
INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE 
CELULAR
INIBIDORES DA SÍNTESE PROTEICA
Esses antimicrobianos agem nos ribossomos das 
bactérias, organelas responsáveis pela síntese de 
proteínas. Diferente dos ribossomos das células 
eucariontes, que consistem em duas subunidades 60S e 
40S, os ribossomos das células procariontes são 
formados por subunidades 50S e 30S. Esta diferença 
permite aos antimicrobianos a seletividade de ação, 
inibindo a síntese proteica apenas nas bactérias. 
Pertencem a esta classe os aminoglicosídeos, 
tetraciclinas , anfenicóis, macrolídeos, lincosamidas e 
oxazolinidonas.
Esta classe é representada pelas quinolonas e 
fluoroquinolonas. Atuam inibindo a ação da DNA 
girase e topoisomerase IV bacterinas, enzimas 
essenciais para a sobrevivência da bactéria. Como 
resultado da inibição enzimática. a replicação da 
molécula de DNA é comprometida, resultando na 
morte celular.
INIBIDORES DA SÍNTESE DE ÁCIDOS 
NUCLEICOS
Alguns antbiótcos, como a polimixina e a trotr icina 
ligam-se aos componentes da membrana citoplasmátca, 
atuando como detergentes catônicos, promovendo uma 
desestruturação celular. Quando a permeabilidade 
seletiva é rompida, por exemplo, quando há alterações 
fsico-químicas da membrana citoplasmátca, ocorre a 
morte bacteriana, pois essa alteração leva à saída de 
substâncias essenciais da célula, como ácidos 
nucleicos, fosfatos, purinas e íons, ou facilita a entrada 
de elementos nocivos ao metabolismo celular 
bacteriano
INTERFEREM NA PERMEABILIDADE DA 
MEMBRANA
Alguns antimicrobianos bloqueiam a replicação 
bacteriana ao inibirem a DNA-girase e a 
topoisomerase IV, fazendo com que não haja super 
espiralamento (forte estado de enrolamento da 
dupla-hélice de nucleotídeos), e o DNA bacteriano 
passa a ocupar um espaço maior do que a
bactéria é capaz de suportar, causando o 
rompimento da célula bacteriana.
INTERFEREM NA REPLICAÇÃO DE 
CROMOSSOMOS
ALUNA: MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 3° PERÍODO
Referências:
MACHADO, O. V. O. et al.; Antimicrobianos: Revisão Geral para 
graduandos e generalistas. Fortaleza: EdUnichristus, 2019.
WHALEN, K. et al.; Farmacologia i lustrada. 6. ed. São Paulo: 
Artmed, 2016.
FÓRUM SEMANA 6 
 
Diferencial de pressão arterial - caso clínico 
Paciente de 40 anos do sexo feminino com diferencial de pressão medida no 
membro superior esquerdo (cerca de 20 mmHg inferior ao registado no membro 
contralateral), com pulso radial muito débil à esquerda, sendo evidente palidez 
cutânea que surgia imediatamente após o esforço e/ou a elevação do membro 
homolateral. Hipertensa de longa data, com o exame abaixo descrito. Qual a 
causa provável? 
 
O provável diagnóstico do relato seria a doença arterial obstrutiva, que no 
caso acima manifesta-se no membro superior esquerdo. Essa condição 
caracteriza-se por um estreitamento, endurecimento e obstrução das artérias, o 
qual prejudica o fluxo sanguíneo e perfusão adequada. Entre as principais 
manifestações clínicas estão: mudança na coloração dos membros, dor, perda 
de pelos, fraqueza, crescimento lento das unhas e dos pés, atrofia muscular e 
em casos mais extremos, ulcerações. 
VASCULITES
É um termo geral 
utilizado para a 
inflamação e necrose da 
parede dos vasos 
sanguíneos, resultando 
em 
estreitamento/oclusão 
do lúmen.
1- Vasculite Primária: 
Caracter izam-se pela agressão 
direta aos vasos sanguíneos.
2- Vasculite Secundária: São 
aquelas em que observa 
acometimento dos vasos, mas 
esse acometimento está 
associado a alguma outra 
condição que pode ter relação 
causal com a inflamação dos 
mesmos. É o caso das 
vasculites associadas a outras 
doenças auto-imunes, infecções, 
neoplasias, exposição a drogas, 
etc.
PODEM SER DE:
Var iam de acordo com o vaso e 
órgão acometido. 
Na fase inicial: Febre, mal-estar, 
sudorese, astenia, cansaço, perda de 
apetite e emagrecimento. 
Com a evolução doença podem 
ocorrer as seguintes manifestações 
clínicas: dor abdominal e nas juntas, 
ur ina escura ou com sinais de sangue, 
tromboses, aparecimento de manchas 
vermelhas na pele, sensação de 
formigamento e perda de 
sensibilidade nas áreas próximas aos 
vasos inflamados
SINTOMAS
1- Pequenos vasos;
2- Vasos de médio calibre;
3- Vasos de grande 
calibre;
TIPOS
VASCULITE DE 
GRANDES VASOS
1- Arterite de Takayasu: 
vasculite que acomete 
grandes artérias, 
principalmente aquelas 
mais próximas do coração, 
como a artéria aorta e 
seus ramos.
2- Arterite temporal 
(arterite de células 
gigantes): Também 
acomete grandes artérias, 
principalmente a aorta e 
os vasos que nutrem a 
face
VASCULITE DE MÉDIOS E 
PEQUENOS VASOS
Podem ou não estar associada 
a outras doenças, como lúpus, 
hepatite, esclerodermia ou 
neoplasia.
As vasculites de médios e 
pequenos vasos mais comuns 
são: Poliar ter ite nodosa. Doença 
de Kawasaki. Vasculite pr imária 
do sistema nervoso central 
(vasculite 
cerebral).Tromboangeíte 
obliterante (doença de 
Buerger).
ALUNA: MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 3° PERÍODO
REFERÊNCIAS:
GROSSMAN, S. C.; PORTH, C. M. Porth Fisiopatolgia. 9. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
FÓRUM SEMANA 7 
Qual a patologia do paciente representada na foto abaixo? Por que ocorre?
O paciente apresenta a condição chamada trombose venosa profunda (TVP). Tal 
patologia descreve a existência de trombo em uma veia e a resposta inflamatória que se 
desenvolve na parede do vaso. A trombose venosa está associada a estase do sangue, 
aumento da coagulação sanguínea e lesão da parede vascular (tríade de Virchow). 
Quando manifestos, os sinais e sintomas mais comuns de trombose venosa estão 
relacionados com o processo inflamatório, incluindo dor, edema e sensibilidade dos 
músculos profundos. A hiperpigmentação da pele ocorre a partir da degradação de 
hemácias no tecido subcutâneo, que depositam hemossiderina responsável pela cor 
típica. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
DIFERENÇAS DO PONTO DE VISTA CLÍNICO, DAS ÚLCERAS DE MEMBRO 
INFERIOR DE ORIGEM ARTERIAL E VENOSA
TERESINA
2022
 Úlceras são caracterizadas como quaisquer lesões em tecido mucoso ou 
cutâneo, podendo surgir em vários locais do corpo, causando dor, prurido, 
parestesia e outras manifestações. As úlceras podem ser classificadas de acordo 
com a causa de seu desenvolvimento. Dessa maneira, podem serapresentados 
duas úlceras bastante comuns na pratica médica, as chamadas úlceras de origem 
venosa e úlceras de origem arterial (KUMAR, 2018). 
 A úlcera venosa é formada a partir do acumulo excessivo de sangue venoso 
nos membros inferiores, que dificulta o retorno sanguíneo para o coração, 
prejudicando, assim, a oxigenação periférica e enfraquecendo os tecidos e a pele. 
Já a úlcera arterial surge devido à falta de sangue arterial em um local da perna, 
devido a obstrução do fluxo sanguíneo, provocado principalmente pela presença de 
um trombo, desse modo, contribuindo para falta de sangue rico em oxigênio e 
nutrientes para irrigar os tecidos, resultando na morte celular e, por consequência, 
nas lesões (PORTH, 2016). 
 As caraterísticas clínicas das úlceras de origem venosa e arterial são: 
Úlcera venosa: 
• Localização: Terço distal da face medial da perna, próximo ao maléolo medial. 
• Histórico médico: Trombose venosa profunda, flebite, veias varicosas. 
• Características da lesão: Bordas superficiais, irregulares onde os tecidos 
profundos não são acometidos. 
• Peri-lesão: Coloração marrom, veias varicosas, eczema, morna ao toque. 
• Dor: Intensidade e período variáveis. 
• Pulso: Preservado. 
• Edema: Presente e piora ao final do dia. 
• Desenvolvimento: Lento. 
Úlcera arterial: 
• Localização: Extremidade dos dedos dos pés, região lateral da perna ou 
calcâneo. 
• Histórico médico: Doença cardíaca isquêmica, doença vascular periférica. 
• Características da lesão: Bordas definidas, profunda, envolve tendões e 
músculos. 
• Peri-lesão: Pele brilhante, fria ao toque, pálida à elevação e azulada quando 
pendente. 
• Dor: Intensa - piora à noite; alivio ao manter o membro pendente ao lado da 
cama. 
• Pulso: Diminuído ou ausente. 
• Edema: Somente presente quando o paciente estiver imóvel- edema de estase. 
• Desenvolvimento: Rápido. 
REFERÊNCIAS: 
Norris, T. L. Porth - Fisiopatologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016. 
Kumar, V. Robbins Patologia Básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. 
 
Neri, C. F. S.; Felis, K. C.; Sandim, L. S. Úlceras venosas: A abordagem do enfermeiro na 
consulta de enfermagem. Brazilian Journal of Development. Curitiba, v. 6, n.5, 
p.30682-30694 may. 2020.
FÓRUM SEMANA 8 
Quais as cinco contraindicações de realização do BCG-ID? Existe 
indicação de segunda dose? 
 
A vacina BCG é utilizada para a 
proteção contra as formas graves da 
doença tuberculose. Indicada 
principalmente para nos primeiros cinco 
anos de vida. A vacina BCG-ID provoca 
primo-infecção artificial, ocasionada por 
bacilos não-virulentos, com o objetivo de 
que essa infecção artificial contribua para aumentar a resistência do indivíduo 
em face de uma infecção ulterior, causada por bacilos virulentos. Entre as 
contraindicações para essa vacina estão: Imunodeficiência congênita ou 
adquirida, pessoas acometidas de neoplasias malignas, pessoas que fazem 
tratamento com corticosteróides em dose elevada (equivalente a prednisona na 
dose de 2mg/kg/dia ou mais, para crianças, ou de 20mg/dia ou mais, para 
adultos, por mais de duas semanas) ou submetidas a outras terapêuticas 
imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia, etc.), grávidas e 
crianças com peso inferior a 2 kg. A vacina BCG- ID possui apenas dose única, 
não sendo recomendadas outras doses. 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINIVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE É O COMPLEXO DE GHON? QUAL A IMPORTÂNCIA CLÍNICA DO MESMO? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2022
 
A tuberculose é uma doença crônica contagiosa, causada pela bactéria 
Mycobacterium tuberculosis, no qual acomete na maioria das vezes os pulmões, 
podendo afetar, também, outros órgãos ou tecidos. As lesões destrutivas que 
acontecem nessa doença são causadas pela própria defesa do organismo (reação 
inflamatória inespecífica) e a transmissão ocorre por meio de aerossóis, ou seja, por 
meio de pequenas gotículas contaminadas (NORRIS, 2021). 
Quando o indivíduo é contaminado pela bactéria, o bacilo inalado se aloja nos 
espaços aéreos distais da parte inferior do lobo superior ou na parte superior do lobo 
inferior, próximo à pleura, visto que é um local que apresenta boa oxigenação. Após 
o contágio, desenvolve-se uma inflamação branco-acinzentada no local, chamada de 
Foco de Ghon. Os bacilos da tuberculose, tanto livres como no interior dos fagócitos, 
são drenados para os linfonodos regionais, os quais também frequentemente sofrem 
caseação. Essa combinação de lesão parenquimatosa pulmonar e envolvimento nodal 
é referida como complexo de Ghon. Assim, pode-se dizer que quando o indivíduo 
apresenta a lesão pulmonar em focos de infecção e com um nódulo linfático 
associado, o mesmo apresenta o complexo de Ghon ou o também chamado, 
complexo primário da tuberculose (KUMAR, 2016). 
Ainda segundo Kumar, o complexo de Ghon apresenta grande relevância 
clínica, uma vez que essa estrutura retém bactérias viáveis, tornando-as fontes de 
infecção a longo prazo, que pode reativar e desencadear a tuberculose secundária 
posteriormente. Ademais, tal configuração pode ser facilmente encontrado em 
exames, a exemplo do raio X de tórax, sendo crucial para o diagnóstico da tuberculose 
primária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
Kumar, Vinay, et al. Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças. 9. 
ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016. 
 
 
Norris, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. 
FÓRUM SEMANA 9 
 
Desafio clínico - Qual a patologia que acometeu a paciente acima? Como 
chegou à conclusão? 
Mulher de 69 anos de idade, com doença broncopulmonar obstrutiva crônica 
(DPBOC) foi assistida em um hospital de médio porte situado na serra gaúcha. 
Relatava à admissão, dispnéia ao esforço, tosse produtiva e emagrecimento (2 
quilos nos últimos 2 meses). As queixas digestivas compreendiam anorexia e 
dificuldade de mastigação, somadas à eventuais dores abdominais. Ao exame 
físico, mostrava-se consciente, afebril e com pele ressecada. Os sinais vitais 
eram: FR = 20 mrm, FC = 86 estáveis, PA = 140 x 80 mmHg e tax = 36,6ºC. O 
hemograma mostrava-se dentro da normalidade. A medicação em uso domiciliar 
incluía prednisona na dose de 20mg diárias. A paciente foi hospitalizada com 
hipótese diagnóstica de doença broncopulmonar obstrutiva crônica associada à 
broncoespasmo. A terapia iniciou-se com hidrocortisona 500mg injetável de 6 
em 6 horas, sem obtenção de resposta. Passou-se, então, a administrar 
hidrocortisona 500mg injetável e prednisona 20mg comprimidos, em dias 
alternados. Os sintomas passaram a incluir rash cutâneo, sudorese, tosse, 
escarro sanguinolento e amarelado, e sibilância difusa, não responsiva às 
elevadas doses de corticóide. O hemograma mostrava intensa eosinofilia (24%) 
e o exame microscópico de escarro demonstrou a presença de numerosas 
larvas. 
Resposta: A provável patologia que 
acometeu a paciente relatada é a 
contaminação com o parasito 
Strongyloide stercoralis, causador da 
doença Estrongiloidíase. É possível 
chegar a essa conclusão a partir da 
análise das manifestações clínicas 
relatadas, que incluíam emagrecimento e 
eventuais dores abdominais, somadas a 
perda pondera. Outro fator a ser 
considerado na elaboração do 
diagnóstico foi a presença de intensa 
eosinofilia (24%). Outro ponto importante 
que podem ser citados está nos fatores de risco pela quebra do equilíbrio 
parasito-hospedeiro a idade maior que 65 anos e o uso de corticóides. Os 
corticóides produzem metabólitos que se assemelham à hidroxiecdisona e sabe-
se que tais ecdisteróides são substâncias que controlam as ecdises nos insetos 
e que poderiam atuar sobre os helmintos. Com isso, os corticóides acentuariam 
a transformação de larvas rabditóides em larvas filarióides, que invadiriama 
mucosa intestinal em uma auto-infecção interna. Além disso, os corticóides 
atuam na resposta inflamatória diminuindo o número de eosinófilos, células 
sangüíneas que conferem proteção contra o parasito, piorando o quadro clínico 
apresentado. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
O QUE É A SÍNDROME DE LÖFFLER? QUAIS OS POSSÍVEIS PARASITAS 
RELACIONADOS? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2022
 
A síndrome de Loeffler, também chamada de pneumonia eosinofílica, 
caracteriza-se pelo comprometimento do trato respiratório, evidenciado por alterações 
radiológicas, cuja etiologia está relacionada diretamente com as enteroparasitoses, 
como Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Strongyloides stercoralis e 
Ascaris lumbricoide, haja vista que tais parasitas migram para pulmões durante o seu 
ciclo biológico (LUZ, 2017). 
O dano ao tecido pulmonar é causado pela liberação de citocinas dos 
eosinófilos, células envolvidas em infecções parasitárias, de um perfil de resposta 
inflamatória modulada por linfócitos Th2, que modulam a ativação, diferenciação, 
sobrevivência e migração de mais eosinófilos, por meio de citocinas específicas (IL-4, 
IL-5), um processo característico de uma reação de hipersensibilidade do tipo I em 
resposta, principalmente, ao Ascaris lumbricoides (MAYORA et al. 2016). 
Ainda segundo Luz (2017), os principais sintomas da síndrome de Loeffler são: 
dispneia asmatiforme, tosse seca, febre baixa e desconforto retroesternal. Para o 
diagnóstico dessa manifestação, os achados clínicos e laboratoriais utilizados são as 
alterações radiológicas somadas a crepitações evidenciadas em ausculta pulmonar, 
à eosinofilia sanguínea e altos níveis de IgE. O tratamento para a síndrome é feito à 
base de anti-helmínticos, principalmente da classe dos benzimidazóis, e, na maioria 
das vezes, utiliza-se também glicocorticoides, os quais agem diminindo a inflamação 
suprimindo a migração leucocitária e por meio da inibição da produção de 
eicosanoides como prostaglandinas e leucotrienos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
LUZ, S. N. P. et al. Síndrome de Loeffler sob prisma da parasitologia, imunologia e 
bioquímica. Anais do II CONBRACIS. Campina Grande, 2017. 
 
 
MAYORA, S. et al . Producción de anticuerpos IgA contra componentes proteicos del 
huevo de Ascaris lumbricoides en el suero de niños infectados. Salus, Valencia, 
2016. 
FÓRUM SEMANA 10 
 
1-Qual a diferença deste procedimento para aquele realizado sob selo 
d'água? 
 
O procedimento apresentado no vídeo consiste em uma descompressão que 
envolve usar uma agulha e um cateter para liberar o ar preso no espaço pleural. 
Se o paciente tem um Pneumotórax aberto ou fechado, a agulha é necessária 
para salvar a vítima. Uma descompressão por agulha significa inserir uma agulha 
longa no segundo espaço intercostal, na linha média-clavicular. Já a drenagem 
torácica sob selo d´água é um procedimento comum na prática diária realizada 
para drenar fluido, sangue ou ar de cavidade pleural. A drenagem efetiva requer 
um dreno posicionado adequadamente na cavidade pelural e um sistema 
de drenagem unidirecional hermético para manter a pressão intrapleural 
subatmosférica, o que permite drenagem do conteúdo pleural e reexpansão do 
pulmão. 
 
Por que utilizamos um sistema fechado sob selo d'água na drenagem 
torácica? Quais as peculiaridades? Qual o tipo de líquido deve estar dentro 
do recipiente? Quais as orientações devem ser dadas ao paciente? 
 
A drenagem efetiva requer um dreno adequadamente posicionado e um sistema 
de drenagem hermético e unidirecional para manter a pressão intrapleural 
subatmosférica, para permitir a drenagem do conteúdo pleural e reexpansão do 
pulmão. Devido às variações de pressões que ocorrer durante a inspiração e a 
expiração, o sistema de drenagem não pode ser simplesmente aberto para o ar 
atmosférico, uma vez que permitiria a entrada de ar na cavidade e dificultaria a 
expansão pulmonar. O conteúdo retido passa pelo sistema de drenagem em 
direção ao cilindro coletor, preenchido por soro fisiológico, quando houver um 
aumento da pressão intrapleural mínima de 2 cmH2O, suficiente para vencer a 
resistência da coluna de água. A coluna de água impede, na inspiração, o retorno 
do conteúdo drenado, desde que o frasco esteja posicionado corretamente. O 
paciente deve ser orientado quanto as possíveis complicações (hemorragia, 
lesão no nervo intercostal, lacerações de vísceras, enfisema subcutâneo e 
infecções) do procedimento. 
 
REFERÊNCIA: 
AXAMBUJA, M. I; CASTRO JÚNIOR, M. A. M. Drenagem torácica. Vittalle – 
Revista de Ciências da Saúde, v. 33, n. 1 p. 147-158, Rio Grande do Sul, 2021. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINIVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
PLANTÃO UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2022
 
Segundo Brasileiro Filho (2016), o pneumotórax é acúmulo de ar ou gás na 
cavidade pleural, no qual pode ser espontâneo ou secundário a traumatismos ou 
manipulação torácica. A principal consequência do pneumotórax é atelectasia por 
compressão, em que se não tratado causa a morte de indivíduos acometidos pela 
patologia. 
Em casos de um pneumotórax grande, o ar deve ser retirado da cavidade com 
agulha de aspiração ou por um sistema de drenagem fechado, com ou sem sucção. 
Este tipo de sistema de drenagem utiliza uma válvula unidirecional ou uma câmara de 
selo d’água para tornar possível que o ar saia do espaço pleural e impedir que penetre 
novamente no tórax (NORRIS, 2021). 
Ainda de acordo com Norris (2021), o tratamento de emergência de casos de 
pneumotórax de tensão envolve a inserção imediata de uma agulha de grande calibre 
ou um dreno no lado afetado do tórax, juntamente com a drenagem por válvula 
unidirecional ou sucção contínua do tórax para ajudar na reinflação do pulmão 
afetado. 
No caso apresentado, é necessário inicialmente que seja solicitada a 
transferência desse paciente para um hospital de referência, já que a unidade em 
que deu entrada não apresentava o kit específico para a drenagem torácica, método 
de descompressão que deve ser realizado imediatamente, a fim de melhorar o 
quadro clínico do paciente. Para essa situação de emergência o ideal seria realizar 
um curativo de três pontos. Tal método, cobre todas as bordas ao redor da lesão 
causada pela arma branca (faca), e age como uma válvula onde, na inspiração, o 
curativo colaba com a pele, impedindo a entrada de ar atmosférico, e na expiração 
(lado não fixado), permite a saída de ar (KASPER, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo Patologia. 9 a edição. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan 2016. 
 
 
KASPER, L.D. Medicina Interna de Harrison. 19 ed. Porto Alegre: Editora AMGH, 
2017. 
 
 
NORRIS, T. L. Porth - Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. 
FORÚM SEMANA 11 
Qual síndrome é essa? Qual a causa da miose e ptose palpebral? 
Caso: Paciente de 42 anos, masculino, preto, tabagista (58 maços/ano), com 
passado de etilismo e uso de drogas injetáveis, interna-se para investigar lesão 
expansiva no ápice pulmonar direito, com história de dor no hemitórax superior 
direito, irradiada para o ombro, tórax anterior ipsilateral e porção medial do 
membro superior direito (MSD) havia 20 dias. A dor era em queimação, 
constante, intensa, aliviada em decúbito lateral direito, agravada com os 
movimentos do tórax e do MSD e sem alívio com analgésicos. No mesmo 
período, iniciou tosse seca, sudorese noturna intensa, anorexia e emagreceu 
3kg. Ao exame físico, apresentava extensas lesões herpéticas labiais, 
candidíase oral, anisocoria com pupila direita miótica, ptose palpebral à direita, 
hipoestesia no território ulnar do MSD, hipocratismo digital e linfonodos cervicaisposteriores e supraclavicular direito e axilar esquerdo palpáveis. Sorologia para 
HIV positiva. 
 
Resposta: O paciente apresentou um quadro clássico da síndrome de Pancoast. 
Os sintomas da síndrome de Pancoast são característicos da localização do 
tumor no sulco pulmonar superior ou estruturas torácicas adjacentes às raízes 
do primeiro e segundo nervos torácicos e do oitavo nervo cervical, a cadeia 
simpática e o gânglio estrelado. Inicialmente, há dor localizada no ombro e borda 
vertebral da escápula. Mais tarde, pode estender-se para a distribuição do nervo 
ulnar do braço e cotovelo e, finalmente, para a superfície ulnar do antebraço e 
da mão. Se o tumor se estender para a cadeia simpática e gânglio estrelado, 
síndrome de Claude Bernard-Horner (ptose palpebral, miose e anidrose) se 
desenvolve do mesmo lado da face. A dor é usualmente constante, intensa, sem 
alívio e frequentemente requer derivados do ópio para melhora. Os pacientes 
normalmente seguram o cotovelo do braço afetado na mão oposta para aliviar a 
tensão no ombro e braço. Fraqueza e atrofia dos músculos da mão e ausência 
de reflexo tricipital podem desenvolver-se. A primeira ou segunda vértebra 
podem ser envolvidas pela extensão do tumor, aumentando a intensidade da 
dor. O canal espinhal e a medula espinhal podem ser invadidos ou comprimidos, 
com sintomas resultantes de doença de disco cervical ou tumor da medula 
espinhal. Manifestações menos comuns incluem envolvimento do nervo frênico 
e do nervo laríngeo recorrente e síndrome da veia cava superior. Aumento dos 
linfonodos supraclaviculares pode também ocorrer. Devido à localização 
periférica do tumor, sintomas como tosse, hemoptise e dispnéia são incomuns 
nos estágios iniciais da doença, mas podem ocorrer tardiamente na maioria dos 
pacientes. 
 
REFERÊNCIA: 
FRÖHLICH, A.C.; et. al. Associação de carcinoma broncogênico com síndrome de 
Pancoast e síndrome da imunodeficiência adquirida. J. Pneumologia, set. 2000. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
TABACO E CIGARROS ELETRÔNICOS RELACIONADOS ÀS NEOPLASIAS 
PULMONARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TERESINA 
 2022 
O câncer pulmonar constitui importante problema de saúde, sendo uma das 
causas mais comuns de morte por neoplasias malignas. Os carcinomas do pulmão 
originam-se de células capazes de se dividir, as quais são potencialmente suscetíveis 
a sofrer transformação capaz de produzir lesões pré-neoplásicas, como displasia, 
carcinoma in situ, hiperplasia adenomatosa atípica e hiperplasia difusa de células 
neuroendócrinas; mais tarde, tais lesões podem dar origem aos diversos tipos de 
tumores pulmonares (FILHO, GERALDO, 2016). 
O tabagismo causa mais de 80% dos casos de câncer do pulmão. O risco de 
desenvolvimento desse tipo de câncer em tabagistas aumenta com a duração do uso 
e o número de cigarros fumados por dia. Riscos industriais também contribuem para 
a incidência do câncer de pulmão, como por exemplo a exposição ao asbesto. Além 
do tabagismo e dos fatores industriais, também há indícios sugestivos de uma 
predisposição familiar ao câncer de pulmão. Isso pode ser atribuído a uma 
predisposição genética, cujo traço é expresso apenas quando há algum outro fator 
predisponente importante – no caso, tabagismo (NORRIS, 2021). 
Quando um indivíduo está exposto ao fumo do tabaco ocorrem alterações nas 
células causadas pelos carcinogêneos presentes no tabaco (aminas aromáticas, 
nitrosaminas, hidrocarboneto voláveis e PAH), nomeadamente através da ligação 
covalente a regiões nucleófílicas do ADN de metabolitos ativados, que facilitam a 
transformação de um epitélio brônquico num epitélio com características de 
malignidade. Estes componentes vão interagir com macromoléculas celulares 
causando alterações proteicas, peroxidação lipídica e modificações no ADN, levando 
a alterações severas da função celular, nomeadamente, no que diz respeito ao 
controlo do crescimento celular (BARROS, 2016). 
O cigarro eletrônico por sua vez é constituído de substâncias toxicas como o 
formaldeído, metais pesados flavorizantes e entre outras que se assemelham ao 
cigarro tradicional e podem gerar danos semelhantes ou até mesmo maiores. Dentre 
as alterações destacam-se: enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite 
e até mesmo o câncer. Portanto, evitar o uso desses cigarros eletrônicos podem evitar 
danos a curto e longo prazo, uma vez que a sua ação sobre os pulmões pode ser 
ainda mais grave que ação do cigarro normal, uma vez que a porcentagem de nicotina 
e outras substâncias nocivas podem ser ainda maiores. 
É de grande importância para o médico pneumologista conhecer e compartilhar 
para os seus pacientes sobre os malefícios do uso de cigarros desde os mais comuns 
até os atuais cigarros eletrônicos, devendo estes demostrar por meio de imagens ou 
até mesmo casos reais as consequências cancerígenas que esses podem causar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 REFERÊNCIAS 
 
 
ARAÚJO, A. C. et al. Cigarros eletrônicos e suas consequências 
histopatológicas relacionadas à doenças pulmonares. Arq. ciências saúde, 2022. 
 
 
BARROS, M. C. Tabaco e a patologia neoplásica pulmonar. Orientador: Henrique 
José Correia Queiroga. 2016. Dissertação (Mestrado) – Curso em Medicina: 
Pneumologia, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal, 2016. 
Disponível em: 
https://www.google.com/search?q=COMO+REFERENCIAR+MESTRADO&oq=COM
O+REFERENCIAR+MESTRADO&aqs=chrome..69i57j0i22i30l8.3995j0j7&sourceid=
chrome&ie=UTF-8#imgrc=DU4BvTP1KekX7M . Acesso em: 14 out. 2022. 
 
 
Filho, G. B. B. - Patologia. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
 
 
Norris, T. L. Porth - Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2021. 
FÓRUM SEMANA 13 
 
Ao realizar um plantão em uma unidade cirúrgica de emergência, um 
paciente com choque hemorrágico necessitou de hemotransfusão. 
Entretanto, por motivos religiosos, a família informou que é contra o 
procedimento. Qual sua conduta? Qual a justificativa para a família e para 
Autoridade Judiciária? 
 
Pacientes os quais optem pela não transfusão sanguínea, a partir da decisão de 
cunho religioso, possuem sua autonomia de escolha resguardada diante da lei. 
Da mesma forma, os médicos possuem sua obrigatoriedade de exercer seu 
papel dentro da medicina, conforme previsto no Conselho Federal de Medicina 
(CFM). No caso em específico, cabe ao médico apenas orientar ao paciente ou 
responsável quanto as possíveis consequência da não realização do 
procedimento, assim como buscar alternativas que possam sanar a questão ou 
proporcionar certo tipo de conforto ao paciente. Ademais, a atitude tomada deve 
ser documentada pelo médico no prontuário do paciente, haja vista que a mesma 
expressa os desejos e vontades do usuário no papel de tomada de decisão, além 
de resguardar o médico de futuras complicações. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE ANEMIA E TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2022 
De acordo com Norris (2021), a anemia é caracterizada por ser um distúrbio 
em que os indivíduos apresentam um número baixo de hemácias e/ou de níveis de 
hemoglobina, resultando na diminuição da capacidade de transporte de oxigênio. 
Existem quatro causas primárias da anemia: (1) perda excessiva de hemácias 
causadas por hemorragia, (2) destruição (hemólise) de hemácias, deficiência (3) ou 
produção inadequada (4) de hemácias devido à insuficiência da medula óssea. Os 
principais tipos de anemia serão detalhados a seguir. 
 Anemia por perda de sangue: É caracterizada pela quedana contagem de 
hemácias, hematócrito e hemoglobina, decorrente da hemodiluição resultante 
da circulação de líquido no compartimento vascular. Em relação ao tratamento 
e dependendo da quantidade da perca de sangue é recomendado a reposição 
da perda sanguínea por hemotransfusão. 
 Anemia talassemica: São um grupo de distúrbios hereditários que envolvem 
a síntese de hemoglobina e conduzem a uma redução na síntese das cadeias 
alfa ou β-globina da HbA. As β-talassemias são causadas por deficiência na 
síntese da cadeia β e as α-talassemias por síntese deficiente da cadeia alfa. 
Para o tratamento da talassemia faz-se necessário transfusões de sangue 
regulares, para manter os níveis de hemoglobina entre 9 e 10 g/dℓ, para evitar 
a maioria das complicações; a terapia quelante de ferro pode reduzir a 
sobrecarga de ferro e aumentar a expectativa de vida. O transplante de células-
tronco potencialmente representa a cura para indivíduos de baixo risco. 
 Anemia falciforme: A anemia falciforme é uma doença hereditária em que 
ocorre a produção de uma hemoglobina anormal (hemoglobina S [HbS]), que 
conduz a um estado crônico de anemia hemolítica, dor e falência de órgãos. O 
gene HbS é transmitido por herança recessiva e pode se manifestar como traço 
de células falciformes. Atualmente não existe cura conhecida para a anemia 
falciforme. Portanto, as estratégias de tratamento devem se concentrar na 
prevenção de episódios de afoiçamento, manejo de sintomas e tratamento das 
complicações. 
 Esferocitose hereditária: A doença é causada por anormalidades nas 
proteínas de membrana espectrina, anquirina, proteína 4.2 ou banda 3, que 
conduzem a uma perda gradual da superfície da membrana. A perda relativa 
de membrana em relação ao citoplasma faz a célula perder sua bicamada 
lipídica do citoesqueleto. As hemácias assumem uma forma esférica e não 
conseguem atravessar facilmente o baço. Gradualmente, a maioria dessas 
hemácias perde uma quantidade cada vez maior de membrana superficial e 
morre. Essa condição é tratada, em geral, com esplenectomia para reduzir a 
destruição das hemácias. Podem ser necessárias transfusões de sangue 
durante uma crise. 
 Deficiência de Glicose-6-Fosfato Desidrogenase: Anemia provocada 
pelo distúrbio ligado ao X e causado por mutações que desestabilizam a G6PD, 
o que torna as hemácias suscetíveis ao dano oxidante. O tratamento consiste 
em evitar os fatores de risco para o desenvolvimento da anemia hemolítica, 
como uso dos remédios antimaláricos, como a cloroquina, antibióticos à base 
de sulfonamidas, como sulfametoxazol, ou analgésicos como o paracetamol, 
além de não consumir favas. 
 Anemia Ferropriva: A anemia ferropriva pode ser consequência de deficiência 
alimentar, perda de ferro mediante sangramento ou aumento na demanda. 
Como o ferro é um componente doheme, a deficiência leva a uma diminuição 
da síntese de hemoglobina e, consequentemente, à redução no aporte de 
oxigênio aos tecidos. O tratamento da anemia ferropriva é direcionado ao 
controle de perda crônica de sangue, aumento na ingestão de ferro e 
administração de suplementos. A suplementação com sulfato ferroso, que é a 
terapia de reposição oral rotineiramente empregada, repõe as reservas de ferro 
em um intervalo de meses. 
 Anemia por deficiência de vitamina B12: Caracteriza-se pela deficiência de 
vitamina B12, seja pela diminuição da absorção ou da ingestão. Esta vitamina, 
também conhecida como cobalamina, funciona como cofator para duas 
reações importantes no organismo de seres humanos. É essencial para a 
síntese do DNA e para a maturação nuclear, que, por sua vez, conduz à 
maturação e divisão normal das hemácias. Anemia perniciosa é uma forma 
específica de anemia por deficiência de vitamina B12, causada por gastrite 
atrófica e incapacidade de produção de fator intrínseco, o que resulta na 
incapacidade de absorção de vitamina B12. Para o tratamento vitalício é 
necessário a aplicação de injeções intramusculares, sprays nasais ou doses 
orais altas de vitamina B12 para reverter a anemia e melhorar as alterações 
neurológicas. 
 Anemia por deficiência de ácido fólico: O ácido fólico também é necessário 
para a síntese de DNA e a maturação das hemácias; sua deficiência produz o 
mesmo tipo de alterações megaloblásticas ocorridas na anemia por deficiência 
de vitamina B12. Para o tratamento é importante a reposição com ácido fólico 
(1mg/kg via oral, durante um mês). 
 Anemias por doença crônicas: Se desenvolve como complicação de 
infecções crônicas, inflamação e câncer. O manejo dessas anemias inclui 
tratamento da doença subjacente, administração de eritropoetina, 
suplementação de ferro e transfusões de sangue. Para evitar o efeito adverso 
da trombose associada a administração de eritropoetina, a hemoglobina deve 
ser mantida em 12 g/dℓ ou menos. 
 Anemia aplásica: A anemia advém da falha na medula óssea em substituir 
hemácias senescentes, que são destruídas e removidas da corrente 
sanguínea, embora as células que permanecem tenham tamanho e cor normal. 
O tratamento da anemia aplásica inclui a interrupção de quaisquer 
medicamentos ou substâncias químicas que precipitaram a condição. Na 
maioria das pessoas a condição pode ser revertida por transfusão de células-
tronco hematopoéticas ou terapia imunossupressora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Norris, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021.

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