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Aula 20 - Atos Administrativos - Extinção dos Atos

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Atos Administrativos – Extinção dos Atos
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ATOS ADMINISTRATIVOS – EXTINÇÃO DOS ATOS
A partir desta aula, será trabalhada a extinção dos atos administrativos.
Existe a extinção natural, que é realmente como todo ato deveria acabar (ex: um servidor 
ficou 30 dias de férias, no dia seguinte ocorreu a extinção natural do ato administrativo) e a 
extinção volitiva, que depende da manifestação do homem (ex: anulação, revogação, cas-
sação, caducidade e a contraposição).
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Extinção natural, objetiva e subjetiva (segundo a doutrina):
• A extinção natural ocorre após transcorrido o prazo previsto para a duração do ato 
administrativo.
• A extinção objetiva ocorre após o desaparecimento do objeto do ato administrativo 
(Exemplo: um ato administrativo que determina a derrubada de uma construção irregu-
lar. Mas quando os fiscais chegam para derrubar, o próprio proprietário já o fez. Neste 
caso, desapareceu o objeto).
• Já a extinção subjetiva ocorre após o desaparecimento do sujeito destinatário do ato 
administrativo (Exemplo: acontece a nomeação de determinado servidor, e logo após 
esse servidor vem a falecer. Neste caso, ocorreu uma extinção subjetiva).
1. ANULAÇÃO (OU INVALIDAÇÃO)
• Quando anular? Quando a Administração praticar ato administrativo com vício de lega-
lidade – contra a lei – ou de legitimidade – ofensa ao direito;
• Quem pode anular? A própria Administração ou o Poder Judiciário;
• Efeitos: ex tunc, ou seja, os efeitos produzidos pelo ato devem ser desfeitos;
• Prazo para anular (art. 54 da Lei n, 9.784/1999):
 – a) 05 anos (decadencial) se o ato for favorável ao administrado e se este estiver 
de boa-fé;
 – b) não há prazo, se o ato for desfavorável e, se em ato favorável, o administrado esti-
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ver de má-fé; 
Obs.: é importante lembrar dos requisitos dos atos administrativos: competência, finalidade, 
forma, motivo ou objeto. Quer dizer que o ato tem vício em algum daqueles elemen-
tos já trabalhados em outras aulas. Tanto o ato vinculado, quanto o ato discricionário 
podem ser anulados. Mas a própria AP pode perceber que errou e anular seu ato ad-
ministrativo, é a autotutela.
Exemplo: determinado servidor foi ao departamento pessoal do órgão em que trabalha 
para solicitar sua aposentadoria no ano de 2010. No departamento foi confirmada a aposenta-
doria do servidor. Esse processo foi enviado para o Tribunal de Contas (ato complexo), e este 
homologou e confirmou a aposentadoria. No ano de 2020, o Tribunal de Contas fazendo audi-
toria, descobre que aquela aposentadoria foi concedida de maneira ilegal, porque lá no depar-
tamento pessoal, quem fez a contagem do tempo errou, e o auditor do Tribunal de Contas que 
assinou e homologou também errou a contagem do tempo. Sendo o ato praticado em 2010, 
pode ser anulado hoje? NÃO. Já passou mais de cinco anos, então não tem mais como anular 
o ato administrativo. É o que se chama convalidação tácita, onde o ato se aperfeiçoou. 
ATENÇÃO
No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção 
do primeiro pagamento (art. 54, § 1º da Lei n. 9.784/1999).
Lei n. 4.717/1965 – Lei que regulamenta a Ação Popular
COMPETÊNCIA
A incompetência fica caracterizada quando o ato 
não se incluir nas atribuições legais do agente 
que o praticou.
FINALIDADE
O desvio da finalidade se verifica quando o 
agente pratica o ato visando a fim diverso 
daquele previsto, explícita ou implicitamente, na 
regra de competência.
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FORMA
O vício de forma consiste na omissão ou na 
observância incompleta ou irregular de formali-
dades indispensáveis à existência ou seriedade 
do ato.
MOTIVO
A inexistência dos motivos se verifica quando a 
matéria de fato ou de direito, em que se funda-
menta o ato, é materialmente inexistente ou juri-
dicamente inadequada ao resultado obtido.
OBJETO
Ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado 
do ato importa em violação de lei, regulamento 
ou outro ato normativo.
1. (CESPE 2015/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: ADMINISTRATIVA) O prazo para 
anulação dos atos administrativos é de cinco anos, independentemente da boa-fé do ad-
ministrado que se tenha beneficiado com tais atos.
COMENTÁRIO
Se a Administração Pública não anular em cinco anos, estando o administrado de boa-fé, 
não tem mais como anular.
2. (IADES/2019/AL-GO/POLICIAL LEGISLATIVO) Acerca da anulação do ato administrativo, 
assinale a alternativa correta.
a. A Administração não deve anular seus atos ilegais.
b. Somente o chefe do Poder Legislativo pode anular os atos ilegais da Administração 
Pública.
c. Em nenhuma hipótese, a Administração deve anular os atos administrativos ilegais.
d. A Administração deve anular seus próprios atos, quando apresentarem vício de legalidade.
e. Cabe ao chefe da Polícia Federal requerer a declaração de nulidade de ato administrativo.
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COMENTÁRIO
a) Deve anular sim.
b) De maneira alguma. Deve ser quem praticou o ato ou um superior.
c) A AP deve anular seus atos ilegais.
d) Ela deve anular quando houver vício de legalidade.
e) Não cabe ao chefe da Polícia Federal.
2. REVOGAÇÃO
"Súmula n. 473/STF – A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo 
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos 
os casos, a apreciação judicial”;
Obs.: na anulação, o ato é ilegal. Na revogação, o ato é válido e legal, mas não está mais 
atendendo ao interesse público. 
Características
a) o ato é válido, legal, mas inoportuno ou inconveniente;
b) só a Administração pode revogar seus atos;
c) só os atos discricionários podem ser revogados;
d) a revogação somente produz efeitos prospectivos, para frente (ex nunc), isso quer dizer 
que, da prática do ato, a sua revogação e os seus efeitos serão respeitados;
Obs.: apenas a própria Administração Pública pode revogar seus atos, sem interferência do 
Poder Judiciário. 
Limites ao poder de revogar
a) os atos vinculados não podem ser revogados, pois não há aspectos concernentes à 
oportunidade e conveniência;
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b) os atos que exaurem os seus efeitos não podem ser revogados;
c) não podem ser revogados os atos que geram direitos adquiridos, conforme disposto na 
Súmula n. 473, do STF;
d) não podem ser revogados os atos que integram um procedimento, poissendo o proce-
dimento administrativo uma sucessão ordenada de atos, a cada novo ato ocorre a preclusão 
com relação ao ato anterior;
e) os denominados meros atos administrativos (atos enunciativos), como os pareceres, 
certidões e atestados, pois seus efeitos derivam da lei e não de uma criação administrativa.
GABARITO
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���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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