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Vlog literário aluno

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Prévia do material em texto

Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção | Vlog literário 1
Ponto de
PARTIDA
O YouTube é uma plataforma online cada vez mais utilizada para a produção e divulgação de conteúdos por meio do 
vídeo. Há alguns canais no estilo vlog, ou seja, um blog que publica vídeos em vez de textos, em que as pessoas fazem 
comentários, resenhas e compartilham suas impressões e experiências sobre obras culturais, como livros, fi lmes, séries 
e músicas. 
Assista a um vídeo do canal “Geek Freak”, em que o apresentador sugere a criação de uma tag para compartilhar e 
trocar com outros “booktubers” suas experiências no universo da leitura:
ALMEIDA, Victor. TAG DO PRIMEIRO LIVRO (Original) | Geek Freak. 2019. 
(9min17s). Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?1674e0. Acesso em: 23 de ago. 2019.
Sequência Didática do AlunoLP
Leitura e
Produção
Ensino Médio
Campo artístico-literário e
jornalístico-midiático
Vlog literário
2
Agora você e seus colegas irão aderir à TAG proposta, compartilhando as respostas às perguntas entre vocês: 
PERGUNTAS
Qual foi...
1. o primeiro livro que o introduziu no hábito da leitura? 
2. o primeiro livro que lhe apresentou a um novo gênero?
3. o primeiro livro favorito?
4. o primeiro livro que o fez chorar? 
5. o primeiro livro que você detestou?
6. o primeiro calhamaço?
7. o primeiro livro fora da sua zona de conforto?
8. a primeira série (sem ser Harry Potter)? 
9. o primeiro livro de que você pensou que jamais gostaria (por ser de um gênero a que você não tinha costume) e amou?
10. o primeiro “guilty pleasure”, ou seja, aquele livro que você se sentiu culpado de gostar? 
Atividade 1
Veja agora um vídeo do canal “Ler antes de morrer” em que a apresentadora Isabella Lubrano fala sobre o livro “Persépolis”:
Texto 1
LUBRANO, Isabella. PERSÉPOLIS, DE MARJANE SATRAPI (#119). 2017. 
(10min15s). Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?117dad. 
Acesso em: 23 de ago. de 2019. 
Observe a descrição do vlog: 
“Esse é o canal Ler Antes de Morrer, criado pela Isabella Lubrano, jornalista formada pela USP e pela Cásper Líbero. A 
meta é ler e resenhar 1001 livros. Será que é possível? Claro que é. E mesmo se não for, já vale a pena tentar! Aqui você 
acompanha vídeos exclusivos sobre as principais obras da literatura brasileira e universal, com bom humor e qualidade de 
um jeito que você nunca viu antes.”
1. Qual a fi nalidade do vídeo (texto 1)?
2. Qual o público-alvo do vlog “Ler antes de morrer”? 
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção | Vlog literário 3
Vlog
Como o próprio nome sugere (abreviação de vídeo blog), o vlog consiste em um blog no formato de 
vídeo. O conteúdo deixa de ser apenas a palavra escrita, o texto, e passa para os meios audiovisuais. Os vídeos produzidos 
são hospedados em sites como o YouTube. Existem vlogs sobre uma imensa gama de temas, que vão desde saúde, games, 
decoração, culinária, cinema até crítica literária (estes chamados de vlogs literários), sempre opinativos. As postagens em 
vídeo costumam ter alguma frequência fi xa, podendo ser semanais, quinzenais ou mensais.
Do novo ao já 
 CONHECIDO
MAGALHÃES, R. Entenda o que é um vlog. Jornalismo Júnior. Disponível 
em: < https://jornalismojunior.com.br/entenda-o-que-e-um-vlog/>. 
Acesso em novembro de 2019. (Adaptado)
 
3. Após a gravação, os vídeos de um vlog normalmente são editados. No processo de edição, é possível cortar e sequen-
ciar cenas, editar falas, inserir imagens, GIFs, cenas de fi lmes etc. 
a) Quais recursos de edição foram utilizados no vídeo? 
b) Qual o papel das imagens que aparecem no vídeo?
4. A que remete a trilha sonora do vídeo?
5. Para um vídeo do vlog, o apresentador não lê sua fala, porém prepara um roteiro para não se perder durante a grava-
ção. Esse roteiro tem a fi nalidade de organizar a fala do apresentador, enumerar os assuntos a serem tratados, trazer 
lembretes a respeito de informações, nomes, datas, links importantes para o vídeo.
Atentando para as partes e assuntos abordados no vídeo, como poderia ser o roteiro de gravação do texto 1? 
6. Qual o gênero do livro apresentado? 
7. Antes de iniciar a apreciação sobre o livro, a apresentadora traz informações históricas sobre o Irã. Por que isso acontece? 
A resenha é um texto que contém um breve comentário crítico ou uma avaliação sobre uma obra que deve 
conter o assunto e como ele é abordado e tratado, a organização, a ilustração, se houver etc. Uma resenha deve 
ser feita levando-se em consideração os conhecimentos prévios sobre o assunto, se há alguma característica 
especial, como a obra foi escrita (estilo), se tem alguma utilidade para o leitor, se há similaridade com outras obras do autor 
ou de outros autores.
Nesse sentido, a produção de resenha implica em atividades de leitura, interpretação e resumo prévios e um posicionamento 
em face de uma questão potencialmente controversa que exigirá uma boa sustentação argumentativa em favor do ponto de 
vista defendido, já que haverá leitores que não comungam com a mesma tese.
!
Você já
 SABE
COSTA, Sério Roberto. Dicionário de gêneros 
textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. 
p. 160-161. 
4
8. Uma resenha deve apresentar, basicamente, duas partes: um resumo da obra e uma apreciação crítica a respeito dela, 
que pode incluir uma análise mais aprofundada de algum aspecto, uma tese e argumentos a respeito da obra, uma 
análise comparativa com outras obras. 
a) O texto 1 pode ser chamado de resenha? Justifi que.
b) Qual a opinião da autora a respeito da obra analisada? 
9. Preencha a tabela com as informações retiradas no vídeo:
Assunto do livro
Como é abordado
Características especiais
Estilo
Utilidade para o leitor
10. Como Isabella encerra o vídeo?
Atividade 2
 
Agora é a sua vez!
Sua turma irá criar um vlog literário. Para tanto, vocês vão precisar criar um canal no YouTube e escolher um nome para 
ele. Dividam-se em pequenos grupos, cada grupo fi cará responsável por criar uma resenha em vídeo a respeito de uma obra.
Os grupos poderão analisar uma das seguintes obras: 
1- O poema “O apanhador de desperdícios”, de Manoel de Barros:
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção | Vlog literário 5
O APANHADOR DE DESPERDÍCIOS 
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
R7 DIVERSÃO. Revista Bula. 2019. 
Disponível em: < www.iqe.org.br/surl/?666129 >
 Acesso em: 23 de ago. de 2019.
6
Pela parte mano microfone fi rmando
Tô devagar pode acreditar
Vou que vou chegando
A base arrebentando
Em cima vou rimando
Lado a lado com os manos,
Vou me expressando,
Relatando tudo aquilo que você conhece
Respire fundo prepare-se
Bem-vindo ao teste
Resistência, equilíbrio ser fi rme e forte
é preciso venha comigo irmãos
é necessário prestar atenção
Mano portão em ação
Voz ativa na quebrada
Vale muito minhas palavras
Minha atitude
Não pago de comédia não, não me iludo não
Chego chegando, fi cando
Em busca de solução,
Hé, correndo atrás dos meus direitos
A todo preço.
Daquele jeito imponho respeito
Bato no peito me orgulho de ser do gueto
Fico na ira com todos os preconceitos
Mano é preciso pregar a igualdade,
Justiça, paz e liberdade
Vivo sim atrás das grades, você no mundão
Só mesmo em jesus cristo
Encontrarás a salvação
A solução pros seus problemasNão se entrega a satanás
Não se entrega ao sistema
Na fé, fi rme e forte, perseverante
Sigo em frente
Passando ideia positiva pra minha gente
Pra juventude principalmente
Carente de informação é ligado à educação
Aqueles pais não se conformam
Pelo fi lho não ter sido matriculado na escola
De manhã, de tarde nas ruas, descalços,
De bermuda jogando bola
Quem sabe futuramente um jogador profi ssional
Ou completar os seus 18 com a cara no jornal
Na página policial, mais um marginal daqueles
Bem mal
Que no farol te trata com a arma te ameaça
Sequestra te mata não deixa pista
Tá perdido procurado vivo ou morto
Pela polícia, é isso que eu tento evitar
Rimas precisas pros meus manos se ligar
Barato ousado não se deixar levar
Seu mano portão minha ação
Minha ideia está no ar, está no ar, está no ar.
É preciso ter fé quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Assim que é
Vamos seguir em frente sempre em mente
Melhores condições de vida pra nossa gente
Tenho autoestima
Tô na confi ança enquanto a vida acende a esperança
Acreditando sempre no ser humano
Na recuperação, regeneração daquele mano
Condenado a cinco anos em um presídio
Saudades da coroa, da esposa dos fi lhos
Do 157, se diz está arrependido
Foi um período difícil de sua vida
Desempregado, apertado com uma par de dívidas
Debaixo do colchão guardava um oitão
Que havia comprado para sua proteção
VIDA LOKA – PARTE 3
2- A letra da música “Vida Loka” do grupo de rap Racionais MC’s:
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção | Vlog literário 7
3- O conto “A terceira margem do rio”, do escritor João Guimarães Rosa:
Devido a situação
Tá ligado como é, satanás 24 horas no pé
Atentando no pé do ouvido socando seduzindo 
mano que
Não resistiu pro crime partiu
A casa caiu sei que ninguém viu
Satanás sorriu conseguiu aquilo que ele sempre quis
Com certeza agora se sente feliz
Na prisão o mano se tornou cristão
Lendo a bíblia e jesus cristo
Encontrou a saída, o verdadeiro caminho da felicidade
Está se realizando os sonhos de liberdade
Só quer reconstruir a sua vida
Dar a volta por cima
Recuperar o tempo perdido junto a sua família
Descolar um trabalho, ser respeitado
Andar na quebrada sossegado
Sem ser chamado de ex-presidiário
Cada caso é um relato esse é o fato
Quem errou tem que pagar, se acertar
Mais eu não tô aqui pra condenar ninguém
Nem pra defender, melhores condições de vida
Eu vou torcer pra mim e pra você
Meu papel vou exercer, eh com consciência
Inteligência, positivismo, lugar pra conquistar
Esse é o meu objetivo. Manos de fé,
Te convido a vir comigo, comigo, comigo
É preciso ter fé quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Assim que é
Vamos seguir em frente sempre em mente
Melhores condições de vida pra nossa gente
RACIONAIS MC's. Vida loka, Vagalume, 2019. 
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?1503b2 
Acesso em: 23 de ago. de 2019.
A TERCEIRA MARGEM DO RIO
Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemu-
nharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele não 
fi gurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem 
regia, e que ralhava no diário com a gente — minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai 
mandou fazer para si uma canoa.
Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, 
como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, própria 
para dever durar na água por uns vinte ou trinta anos. Nossa mãe jurou muito contra a ideia. Seria que, ele, que 
nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, 
no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo, 
calado que sempre. Largo, de não se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a 
canoa fi cou pronta.
Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras 
palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a gente achou que ela ia es-
bravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: — "Cê vai, ocê fi que, você nunca volte!" 
Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me acenando de vir também, por uns passos. Temi 
a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me animava, chega que um propósito pergun-
tei: — "Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?" Ele só retornou o olhar em mim, e me botou a bênção, com 
8
gesto me mandando para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou 
na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo — a sombra dela por igual, feito um jacaré, com-
prida longa.
Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se permanecer na-
queles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais. A estranheza 
dessa verdade deu para estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. Os parentes, vizinhos e 
conhecidos nossos, se reuniram, tomaram juntamente conselho.
Nossa mãe, vergonhosa, se portou com muita cordura; por isso, todos pensaram de nosso pai a razão em 
que não queriam falar: doideira. Só uns achavam o entanto de poder também ser pagamento de promessa; ou 
que, nosso pai, quem sabe, por escrúpulo de estar com alguma feia doença, que seja, a lepra, se desertava para 
outra sina de existir, perto e longe de sua família dele. As vozes das notícias se dando pelas certas pessoas 
— passadores, moradores das beiras, até do afastado da outra banda — descrevendo que nosso pai nunca se 
surgia a tomar terra, em ponto nem canto, de dia nem de noite, da forma como cursava no rio, solto solitaria-
mente. Então, pois, nossa mãe e os aparentados nossos, assentaram: que o mantimento que tivesse, ocultado 
na canoa, se gastava; e, ele, ou desembarcava e viajava s'embora, para jamais, o que ao menos se condizia mais 
correto, ou se arrependia, por uma vez, para casa.
No que num engano. Eu mesmo cumpria de trazer para ele, cada dia, um tanto de comida furtada: a ideia 
que senti, logo na primeira noite, quando o pessoal nosso experimentou de acender fogueiras em beirada do rio, 
enquanto que, no alumiado delas, se rezava e se chamava. Depois, no seguinte, apareci, com rapadura, broa de 
pão, cacho de bananas. Enxerguei nosso pai, no enfi m de uma hora, tão custosa para sobrevir: só assim, ele no 
ao-longe, sentado no fundo da canoa, suspendida no liso do rio. Me viu, não remou para cá, não fez sinal. Mostrei 
o de comer, depositei num oco de pedra do barranco, a salvo de bicho mexer e a seco de chuva e orvalho. Isso, 
que fi z, e refi z, sempre, tempos a fora. Surpresa que mais tarde tive: que nossa mãe sabia desse meu encargo, só 
se encobrindo de não saber; ela mesma deixava, facilitado, sobra de coisas, para o meu conseguir. Nossa mãe 
muito não se demonstrava.
Mandou vir o tio nosso, irmão dela, para auxiliar na fazenda e nos negócios.
Mandou vir o mestre, para nós, os meninos. Incumbiu ao padre que um dia se revestisse, em praia de mar-
gem, para esconjurar e clamar a nosso pai o 'dever de desistir da tristonha teima. De outra, por arranjo dela, para 
medo, vieram os dois soldados. Tudo o que não valeu de nada. Nosso pai passava ao largo, avistado ou diluso, 
cruzando na canoa, sem deixar ninguém se chegar à pega ou à fala. Mesmo quando foi, não faz muito, dos ho-
mens do jornal, que trouxeram a lancha e tencionavam tirar retrato dele, não venceram: nosso pai se desaparecia 
para a outra banda, aproava a canoa no brejão, de léguas, que há, por entre juncos e mato, e só ele conhecesse, a 
palmos, a escuridão, daquele.
A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com aquilo, a gente mesmonunca se acostumou, 
em si, na verdade. Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com nosso pai me achava: assunto 
que jogava para trás meus pensamentos. O severo que era, de não se entender, de maneira nenhuma, como ele 
aguentava. De dia e de noite, com sol ou aguaceiros, calor, sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem 
arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por todas as semanas, e meses, e os anos — sem fazer conta do se-ir 
do viver. Não pojava em nenhuma das duas beiras, nem nas ilhas e croas do rio, não pisou mais em chão nem 
capim. Por certo, ao menos, que, para dormir seu tanto, ele fi zesse amarração da canoa, em alguma ponta-de-i-
lha, no esconso. Mas não armava um foguinho em praia, nem dispunha de sua luz feita, nunca mais riscou um 
fósforo. O que consumia de comer, era só um quase; mesmo do que a gente depositava, no entre as raízes da 
gameleira, ou na lapinha de pedra do barranco, ele recolhia pouco, nem o bastável.
Não adoecia? E a constante força dos braços, para ter tento na canoa, resistido, mesmo na demasia das 
enchentes, no subimento, aí quando no lanço da correnteza enorme do rio tudo rola o perigoso, aqueles cor-
pos de bichos mortos e paus-de-árvore descendo — de espanto de esbarro. E nunca falou mais palavra, com 
pessoa alguma.
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção | Vlog literário 9
Nós, também, não falávamos mais nele. Só se pensava. Não, de nosso pai não se podia ter esquecimento; e, 
se, por um pouco, a gente fazia que esquecia, era só para se despertar de novo, de repente, com a memória, no 
passo de outros sobressaltos.
Minha irmã se casou; nossa mãe não quis festa. A gente imaginava nele, quando se comia uma comida mais 
gostosa; assim como, no gasalhado da noite, no desamparo dessas noites de muita chuva, fria, forte, nosso pai 
só com a mão e uma cabaça para ir esvaziando a canoa da água do temporal. Às vezes, algum conhecido nosso 
achava que eu ia fi cando mais parecido com nosso pai. Mas eu sabia que ele agora virara cabeludo, barbudo, 
de unhas grandes, mal e magro, fi cado preto de sol e dos pelos, com o aspecto de bicho, conforme quase nu, 
mesmo dispondo das peças de roupas que a gente de tempos em tempos fornecia.
Nem queria saber de nós; não tinha afeto? Mas, por afeto mesmo, de respeito, sempre que às vezes me 
louvavam, por causa de algum meu bom procedimento, eu falava: — "Foi pai que um dia me ensinou a fazer 
assim..."; o que não era o certo, exato; mas, que era mentira por verdade. Sendo que, se ele não se lembrava mais, 
nem queria saber da gente, por que, então, não subia ou descia o rio, para outras paragens, longe, no não-encon-
trável? Só ele soubesse. Mas minha irmã teve menino, ela mesma entestou que queria mostrar para ele o neto. 
Viemos, todos, no barranco, foi num dia bonito, minha irmã de vestido branco, que tinha sido o do casamento, 
ela erguia nos braços a criancinha, o marido dela segurou, para defender os dois, o guarda-sol. A gente chamou, 
esperou. Nosso pai não apareceu. Minha irmã chorou, nós todos aí choramos, abraçados.
Minha irmã se mudou, com o marido, para longe daqui. Meu irmão resolveu e se foi, para uma cidade. Os 
tempos mudavam, no devagar depressa dos tempos.
Nossa mãe terminou indo também, de uma vez, residir com minha irmã, ela estava envelhecida. Eu fi quei 
aqui, de resto. Eu nunca podia querer me casar. Eu permaneci, com as bagagens da vida. Nosso pai carecia de 
mim, eu sei — na vagação, no rio no ermo — sem dar razão de seu feito. Seja que, quando eu quis mesmo saber, 
e fi rme indaguei, me diz-que-disseram: que constava que nosso pai, alguma vez, tivesse revelado a explicação, 
ao homem que para ele aprontara a canoa. Mas, agora, esse homem já tinha morrido, ninguém soubesse, fi zesse 
recordação, de nada mais. Só as falsas conversas, sem senso, como por ocasião, no começo, na vinda das 
primeiras cheias do rio, com chuvas que não estiavam, todos temeram o fi m-do-mundo, diziam: que nosso pai 
fosse o avisado que nem Noé, que, por tanto, a canoa ele tinha antecipado; pois agora me entrelembro. Meu pai, 
eu não podia malsinar. E apontavam já em mim uns primeiros cabelos brancos.
Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa?
Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio — pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de velhi-
ce — esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de 
reumatismo. E ele? Por quê?
Devia de padecer demais. De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a canoa 
emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no 
tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranquili-
dade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse — se as coisas fossem outras. E 
fui tomando ideia. Sem fazer véspera. Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra doido não se falava, nunca mais 
se falou, os anos todos, não se condenava ninguém de doido.
Ninguém é doido. Ou, então, todos. Só fi z, que fui lá. Com um lenço, para o aceno ser mais. Eu estava muito 
no meu sentido. Esperei. Ao por fi m, ele apareceu, aí e lá, o vulto. Estava ali, sentado à popa. Estava ali, de grito. 
Chamei, umas quantas vezes. E falei, o que me urgia, jurado e declarado, tive que reforçar a voz: — "Pai, o se-
nhor está velho, já fez o seu tanto... Agora, o senhor vem, não carece mais... O senhor vem, e eu, agora mesmo, 
quando que seja, a ambas vontades, eu tomo o seu lugar, do senhor, na canoa!..." E, assim dizendo, meu coração 
bateu no compasso do mais certo.
Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo n'água, proava para cá, concordado. E eu tremi, profundo, de 
repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito um saudar de gesto — o primeiro, depois de tamanhos 
anos decorridos! E eu não podia... Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento 
desatinado. Porquanto que ele me pareceu vir: da parte de além. E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão.
10
Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem, depois desse falimento? 
Sou o que não foi, o que vai fi car calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a vida, nos rasos do mundo. 
Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa canoinha de 
nada, nessa água que não para, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio afora, rio adentro — o rio.
ROSA, João Guimarães. “A terceira margem do 
rio”. In: ______. Ficção completa: volume II. Rio de 
Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 409-413.
O HOMEM QUE ESPALHOU O DESERTO
Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das árvores. Havia 
mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras. Um quintal enorme, que parecia 
uma chácara e onde o menino passava o dia cortando folhas. A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não 
andava em más companhias. E sempre que o menino apanhava o seu caminhão de madeira (naquele tempo, 
ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome 
fi lhinho, venha brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram 
imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia-a-dia constante, de manhã à noite.
Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo passava, a 
acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ir à escola, não queria ir ao 
cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia com 
elas no quarto. À noite, com uma pedra de amolar, afi ava bem os cortes, preparando-as para as tarefas do dia 
seguinte. Às vezes, deixava aberta a janela, para que o luar brilhasse nastesouras polidas.
A mãe, muito contente, apesar do fi lho detestar a escola e ir mal nas letras. Todavia, era um menino com-
portado, não saía de casa, não andava em más companhias, não se embriagava aos sábados como os outros 
meninos do quarteirão, não frequentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se postavam 
às janelas, chamando os incautos. Seu único prazer eram as tesouras e o corte das folhas.
Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana para limpar 
a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior. Quarenta dias para o abacatei-
ro que era imenso, tinha mais de cinquenta anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha 
novas folhas e ele precisou recomeçar.
Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores tinha afugentado 
pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que de nada adiantaria podar as folhas. Elas se recomporiam sempre. 
É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu cérebro era diminuto, ele demorou meses para 
encontrar a solução: um machado.
Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro. Levou dez 
dias, porque não estava habituado a manejar machados, as mãos calejaram, sangraram. Adquirida a prática, 
limpou o quintal e descansou aliviado. Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, 
ele saiu de machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava árvore, capões, matos, atacava, 
limpava, deixava os montes de lenha arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos dos terrenos não se 
importavam, estavam em via de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo.
E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com o seu instrumento. Onde quer que preci-
sassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para organizar uma agenda. 
Depois, auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários 
4 - A crônica "O homem que espalhou o deserto", de Inácio de Loyola Brandão:
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção | Vlog literário 11
Após a leitura dos textos selecionados, cada grupo deverá escolher o texto que será resenhado no vlog. Façam juntos 
uma pesquisa prévia sobre o autor, sua biografi a, o gênero literário ao qual o texto pertence e seu contexto de publicação. 
Se quiserem podem também pesquisar imagens para ilustrar o vídeo, conforme visto no texto 1. 
Compartilhe oralmente com seus colegas suas impressões a respeito do texto lido, no que diz respeito ao seu conteúdo 
e ao estilo de escrita, a linguagem do autor. Essa troca será fundamental para a produção da resenha.
Como você percebeu, em um vlog, os apresentadores dos vídeos ou booktubers não leem um texto diante da câmera, 
mas isso não quer dizer que não tenham se preparado para a gravação do vídeo. Provavelmente eles se prepararam para 
a gravação, elaborando um roteiro, organizando os momentos da apresentação, pesquisando informações sobre a obra e 
deixando alguns lembretes para não esquecer informações durante a gravação do vídeo (datas, nomes, links etc.).
Agora, você e seus colegas irão elaborar um roteiro para a gravação da resenha que vai ser postada no vlog cultural da 
sua turma. Preencham juntos a tabela abaixo a respeito da obra que será analisada, ela poderá funcionar como um roteiro 
para guiar os apresentadores durante a gravação.
Nome/Autor
Data de publicação
Contexto de publicação
Assunto
Breve resumo
Como é abordado
Características especiais
Estilo
Utilidade para o leitor
Opinião a respeito da obra
Refl exão provocada pela leitura
Infl uências ou semelhanças com outras obras
devastadores. Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos 
nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, derrubavam. Foram do sul 
ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um ma-
chado, um aparelho eletrônico para arrasar.
E enquanto ele fi cava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então, o governo, 
para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as terras do deserto. E os 
homens mandaram plantar árvores. E enquanto as árvores eram plantadas, o homem do machado ensinava ao 
fi lho sua profi ssão.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras 
proibidas. Rio de Janeiro. Editora Codecri, 1979.
12
Atividade 3
Assista agora a uma resenha do livro “O conto da ilha desconhecida”, do escritor português José Saramago, publicada 
no vlog “Leia para viver”:
Texto 2
VILLELA, Rodrigo. O conto da ilha desconhecida, de José Saramago 
– Resenha. 2017. (5min09s). Disponível em: <www.iqe.org.br/
surl/?a9a0c1>. Acesso em: 23 de ago. de 2019.
José Saramago nasceu em 1922, de uma família de 
camponeses da província do Ribatejo, em Portugal. Devido 
a difi culdades econômicas, foi obrigado a interromper os 
estudos secundários, tendo a partir de então exercido diversas atividades 
profi ssionais: serralheiro mecânico, desenhista, funcionário público, editor, 
jornalista, entre outras. Seu primeiro livro foi publicado em 1947. A partir de 
1976, passou a viver exclusivamente da literatura, primeiro como tradutor, 
depois como autor. Romancista, teatrólogo e poeta, em 1998 tornou-se o 
primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura. 
Saramago faleceu em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, em 2010.
A mais notável inovação do autor é o uso da pontuação de forma não 
convencional: Saramago usa poucos pontos fi nais, produzindo frases e 
parágrafos longos, em um ritmo marcado pela oralidade. O autor também 
não utiliza travessões ou aspas para demarcar as falas dos personagens, 
misturando as falas dos personagens e do narrador.
?
Você
SABIA?
COMPANHIA DAS LETRAS. 2019. José Saramago. 
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?78b31b. 
Acesso em: 23 de ago. de 2019.
1- Reveja o trecho (até o segundo 32) do vídeo antes da vinheta.
a) Que informações a respeito do livro são dadas nesse momento? 
b) Você concorda que esse trecho tem a fi nalidade de chamar a atenção do leitor para que ele veja o restante do vídeo? 
Justifi que. 
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção | Vlog literário 13
2- Quais dados a respeito do livro são apresentados logo depois da vinheta de abertura?
3- O que é possível afi rmar a respeito da linguagem e dos elementos da fala do apresentador do vídeo (texto 2):
a) Apresenta a voz empostada, clara e ritmo lento, o apresentador utiliza a linguagem formal e a norma culta.
b) O ritmo é rápido, havendo sobreposição de palavras e a presença de gírias.
c) A fala é clara, e o ritmo demonstra que o apresentador preparou um texto, porém não está lendo no momento da 
gravação.
d) O ritmo e entonação da fala do apresentador demonstram que está lendo um texto pronto.
4- Sobre qual tema o livro trata?
5- Como o apresentador descreve o livro? 
6- Quais aspectos do livro são destacados no vídeo?
7- Qual a refl exão que o livro provocou no apresentador? 
8- Na opinião do apresentador, qual a metáfora que o livro traz? 
9- Como o vídeo é encerrado?
Atividade 4
Com o roteiro elaborado na atividade 2, você e seu grupo irão iniciar o processo de gravação do vídeo. 
1- Confi ram se no roteiro estão todas as informações que vocês julgaram como essenciais e lembretes de informações que não 
poderão faltar no seu vídeo. 
2- Se precisarem, reorganizem o roteiro, enumerando as informações na ordem em que elas serão apresentadas no vídeo.
3- Vocês não deverão ler o roteiro no vídeo, mas poderão utilizá-lo como um lembrete.
4- Incluam no seu roteiro a apresentação do vídeo (seu nome, nome do canal, fi nalidade do vídeo) e um encerramento, no qual 
vocês poderão recomendar outras obrasou vídeos, pedir dicas, comentários etc.
5- O vlog poderá contar com um ou mais apresentadores, fi cando a critério do grupo decidir. Mas é importante combinar anteci-
padamente o que e quando cada um vai falar, para que as falas não fi quem sobrepostas.
6- Ensaiem antes da gravação.
Assistam a um vídeo com dicas de como fazer um vídeo no estilo vlog, em que o apresentador do canal “Produccine” 
fala sobre roteiro, iluminação, voz, edição e demais aspectos técnicos. 
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PRODUCCINE. COMO FAZER VLOG: Dicas para fazer sucesso!! (2018). 
2018. (4min07s). Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?5e5022. 
Acesso em: 23 de ago. de 2019.
Na hora da gravação da resenha para o vlog, levem em conta:
1- Câmera: Câmera fotográfi ca ou celular, ou ambas.
2- Cenário: onde será gravado o seu vídeo? Escolham um local sem muitos ruídos, com boa iluminação e um fundo que se 
relacione com a sua personalidade ou com o tema do vídeo.
3- Tentem falar de forma clara e ao mesmo tempo espontânea.
Depois de gravar, o grupo deverá editar o vídeo, podendo excluir e reordenar cenas, incluir imagens, áudios, efeitos au-
diovisuais e até mesmo produzir uma vinheta, se desejarem.
Sistematizando
APRENDIZAGENS
Nesta SD, você estudou o suporte vlog, a partir de vlogs literários que se dedicam a publicar vídeo resenhas de livros e 
dicas de leitura. Nos vídeos do gênero, os apresentadores, conhecidos como booktubers, compartilham informações a res-
peito de autores e seu contexto, resumo de obras e suas refl exões e opiniões pessoais a respeito da experiência de leitura, 
usando uma linguagem informal, espontaneidade e recursos audiovisuais como imagens, efeitos sonoros e GIFs.
O vlog literário é hospedado em plataformas online, a mais conhecida delas sendo YouTube. O vlog deve ser alimentado 
com frequência, com conteúdos bem embasados que tratam de temas de interesse do dono da página. Além dos literá-
rios, há vlogs dos mais variados assuntos, como cinema, séries, cantores pop, games, cultura nerd/geek, esportes, beleza, 
maquiagem, viagens, estudos, fi losofi a, culinária etc.
Para gravar um vídeo, os apresentadores fazem uma pesquisa sobre o assunto e o contexto envolvido; no caso de uma 
resenha em vídeo, os booktubers buscam informações sobre o autor e o contexto da obra, preparando um pequeno resumo 
para ambientar seu espectador; além de preparar também suas impressões e avaliação pessoal sobre a obra resenhada.
Por fi m, você leu algumas obras de importantes autores brasileiros, nos gêneros conto, poema, crônica e canção, com o 
objetivo de produzir e publicar no formado de vlog a sua própria vídeo resenha sobre a obra. Assim, foi possível estabelecer 
uma experiência com uma mídia atual e popular, bem como a oportunidade de trocar, com seus colegas e outros possíveis 
leitores, suas impressões a respeito do texto lido.
	SDName: EM.11.LP.2.13.46.A-4819

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