2021_Capitulo_Livro_Macedo_Souza

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Revisão Geral
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Universidade Estadual de Goiás
Esta obra é em formato de e-Book e foi produzida com recursos da FAPERJ. A exatidão das referências, a 
revisão gramatical e as ideias expressas e/ou defendidas nos textos são de inteira responsabilidade dos autores e 
Universidade Estadual de Goiás.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
BR-153 – Quadra Área – CEP 75.132-903 – Fone: (62) 3328-1181 – Anápolis – GO
www.editora.ueg.br / e-mail: revista.prp@ueg.br/editora@ueg.br
P769 Política de educação superior : educação profissional tecnológica e do campo / vários autores ; organizado 
por Deise Mancebo, Renata Ramos da Silva Carvalho, Diana Regina dos Santos Alves Ferreira e 
Suelaynne Lima da Paz. – Anápolis, GO : Editora UEG, 2021. (Série : Anais do XXVIII Seminário 
Nacional Universitas/BR : políticas de educação superior : tendências e perspectivas ; 3). 
169 p. ; 16 x 23 cm ; e-Book. 
 
Inclui bibliografia. 
Realização: Universitas/BR; Universidade Estadual de Goiás; Fundação Carlos Chagas Filho de 
Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). 
ISBN 978-65-88502-08-2 
 
1. Políticas educacionais. 1.1. Educação superior - formação de professores. 1.2. Educação no campo. 
1.3. Educação tecnológica. I. Título. 
 
CDU 37.015.04 
POLÍTICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNOLÓGICA E DO CAMPO
Deise Mancebo
Renata Ramos da Silva Carvalho
Diana Regina dos Santos Alves Ferreira
Suelaynne Lima da Paz
(Organizadoras)
Anápolis | GO
2021
SÉRIE
ANAIS DO XXVIII SEMINÁRIO NACIONAL UNIVERSITAS/BR:
POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR: TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS
COMISSÃO ORGANIZADORA
A – COMISSÃO ORGANIZADORA NACIONAL
Deise Mancebo – UERJ (Coordenadora)
Karine Nunes de Moraes – UFG 
João Ferreira de Oliveira – UFG 
João dos Reis Silva Júnior – UFSCar
Renata Ramos da Silva Carvalho – UEG 
Nelson Cardoso Amaral – UFG
B – COMISSÃO ORGANIZADORA LOCAL
Karine Nunes de Moraes – UFG (Coordenadora)
João Ferreira de Oliveira – UFG (Vice-Coordenador)
Romilson Martins Siqueira – PUC Goiás
Renata Ramos da Silva Carvalho – UEG 
Nelson Cardoso Amaral – UFG
Suely Ferreira – UFG
Daniela da Costa Britto Pereira Lima – UFG
Daniela Fernandes Gomes – IFNMG / Doutoranda UFG
Marina Campos Nori Rodrigues – IF Goiano / Mestranda UFG
Gisele Gomes Avelar Bernardes – UEG
Diana Regina dos Santos Alves Ferreira – Doutoranda UFG
Aline Fagner de Carvalho Costa - UFT
Sylvana de Oliveira Bernardi Noleto - UEG
Jhonny David Echalar - SECRETARIA ESTADUAL DE 
EDUCAÇÃO DE GOIÁS – SEE/GO
Suelaynne Lima da Paz - UEG
COMITÊ CIENTÍFICO
Afrânio Mendes Catani - USP 
Andréa Araujo do Vale - UFF
Antônia Costa Andrade - UNIFAP
Célia Regina Otranto - UFRRJ – Coordenador do 
GT-11 da ANPEd
Deise Mancebo - UERJ – Coordenadora da Rede 
Universitas/Br
Edineide Jezine Mesquita Araujo - UFPB
João dos Reis Silva Júnior - UFSCar
João Ferreira de Oliveira - UFG
José dos Santos Souza - UFRRJ
José Vieira de Sousa - UnB
Jussara Marques de Macedo - UFRJ
Karine Nunes de Moraes - UFG
Luciene das Graças Miranda Medeiros - UFPA
Luiz Fernando Reis - UNIOESTE
Maria do Carmo Lacerda Peixoto - UFMG
Monica Molina - UnB
Nelson Cardoso Amaral - UFG
Salomão Hage - UFPA
Savana Diniz Gomes Melo - UFMG
Tereza Christina Mertens Aguiar Veloso - UFMT
Vera Lúcia Jacob Chaves - UFPA
 
POLÍTICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR -
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNOLÓGICA E DO CAMPO - e-Book - 2021
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O ENSINO SUPERIOR TECNOLÓGICO E A PRODUÇÃO 
CIENTÍFICA ACERCA DO EMPREENDEDORISMO COMO 
COMPONENTE CURRICULAR
Paula Macedo 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro -UFRRJ/PPGEduc
paulademacedo@yahoo.com.br
José dos Santos Souza
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro -UFRRJ/PPGEduc
jsantos@ufrrj.br
INTRODUÇÃO
 
a inserção do “empreendedorismo” como componente curricular de diversos 
níveis e modalidades de ensino, o que nos levou à revisão da literatura acerca da 
 As mudanças no mundo trabalho decorrentes do processo de 
recomposição burguesa diante da crise orgânica do capital deslocou para o 
trabalhador a responsabilidade por seu desempenho no mercado de trabalho 
– empregabilidade. Daí emerge o ideal de trabalhador “empreendedor de si 
mesmo”, capaz de criar ou recriar condições de sua inserção no mercado de 
trabalho, de modo a driblar a falta de oportunidades. Assim, o estímulo ao 
“empreendedorismo” vem sendo disseminado em diversos níveis e modalidades 
de ensino, inclusive, nos Cursos Superiores de Tecnologia (CST). Trata-se de uma 
pedagogia política renovada do capital para educar os trabalhadores para enfrentar 
o desemprego estrutural.
como componente curricular nos CST foi levantada a partir dos seguintes 
repositórios: o (SCIELO), o Indexador Online 
de Periódicos na Área de Educação da Fundação Carlos Chagas Filho (Educ@), 
o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do 
Ensino Superior (CAPES), o Banco Nacional de Dissertações e Teses Digitais 
do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (BNDT/IBICT), 
a Biblioteca Virtual da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em 
Educação (ANPED) e o Banco de Teses e Dissertações da CAPES. A análise 
154 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR -
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNOLÓGICA E DO CAMPO - e-Book - 2021
reforçar os ideais de protagonismo individual e estimular o aprimoramento das 
competências empreendedoras individuais, de modo a contribuir para a mediação 
acerca do “empreendedorismo” como componente curricular de CST. Trata-se 
de uma pesquisa básica, de abordagem qualitativa, que se insere na categoria de 
janeiro/2020. Nossa referência analítica pauta-se na compreensão das contradições 
existentes na literatura investigada, em busca da compreensão para além de sua 
expressão aparente, em busca do que poderíamos indicar como sua essência, de 
modo que possamos compreendê-la em sua totalidade (Cf.: KOSIK, 1976, p. 16).
DESENVOLVIMENTO
 
bloco temático “ ” apresentou apenas 92 produções 
 O bloco temático “ ” apresentou 107 produções 
incipiente, pois só encontramos três dissertações sobre o tema. Estas apresentam 
em comum a visão de que a educação para o “empreendedorismo” deve ser 
estimulada como meio de promoção de iniciativas individuais para proporcionar 
geração de renda ao trabalhador da atualidade.
o momento não está favorável para a conquista de emprego formal e buscar 
alternativas para geração de renda como a atividade empreendedora. De acordo 
com Souza (2002, p. 19), a burguesia inaugurou uma nova organização social em 
que a força de trabalho vai garantir a sobrevivência do homem de acordo com o 
seu mérito pessoal.
POLÍTICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR -
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNOLÓGICA E DO CAMPO - e-Book - 2021
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CONCLUSÃO
 
 O tipo de “educação” promovida pela pedagogia do capital não tem 
como objetivo adequar-se às necessidades dos trabalhadores, mas sim a uma 
nova forma de precarização do trabalho, vista como desdobramento natural do 
progresso social. 
 A literatura analisada reforça a perspectiva empresarial, pois nela o 
“empreendedorismo” é apresentado como alternativa possível para driblar a falta 
de empregos e oportunidades. O estímulo à atividade empreendedora não constitui 
solução para a escassez de ocupações formais, mas corrobora a naturalização do 
trabalho precário (informal, , , uberizado etc). 
REFERÊNCIASKOSIK, Karel. Dialética do concreto. Tradução de Célia Neves e Alderico 
Toríbio, 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
SOUZA, José dos Santos. : anos 
90. Campinas, SP: Autores Associados, 2002. (Coleção educação contemporânea).