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Ventilação e perfusão pulmonares

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Ventilação pulmonar 
 
Processo de movimento do ar pelas vias do sistema 
respiratório, para que ele chegue aos alvéolos, permitindo a 
troca gasosa (difusão do O2 dos alvéolos para os capilares, e a 
difusão do CO2 no sentido inverso). 
Essas trocas acontecem nos 300 milhões de alvéolos 
encontrados nos pulmões, em uma superfície de 80 m2, 
ocupando um volume de cerca de 4 a 6 L. 
A ventilação é maior na base pulmonar, e decresce em 
direção ao ápice. 
 
 Decorrente da desigualdade de valores de pressão 
intrapleural ao longo do pulmão (apical - mais negativa; 
basal - menos negativa); 
 Maior complacência dos alvéolos da base (se enchem 
mais facilmente que os alvéolos apicais); 
 A região dependente é diferente em cada posição. 
 
 
 
 
 
Mecanismo protetor da ventilação - ventilação colateral 
(comunicação através dos canais de Martin, Lambert e dos 
poros de Kohn). 
Espaço morto anatômico 
 
As vias aéreas condutoras, por não conterem alvéolos, 
constituem o espaço morto anatômico, regiões incapazes de 
realizar trocas gasosas. Compreendem a região da cavidade 
nasal aos bronquíolos terminais; 
O volume inspirado nesse espaço é de aproximadamente 
150 mL na respiração basal, podendo aumentar em uma 
inspiração profunda, ou diminuir em uma expiração forçada. 
 
Durante a mobilização do ar inspirado, 1/3 desse ar 
permanece no espaço morto anatômico. Ao fim da expiração, 
[Fisiologia] 
a composição do ar no espaço morto é igual à composição do 
ar alveolar. 
Ventilação do espaço morto anatômico 
 
Alterações na frequência respiratória geram impactos na 
respiração alveolar, podendo ocorrer hipo ou hiperventilação 
alveolar. 
Espaço morto fisiológico 
O espaço morto fisiológico corresponde à soma entre o 
espaço morto anatômico e o espaço morto alveolar (áreas que 
não participam de trocas gasosas, decorrente de doenças). 
Perfusão pulmonar 
 Circulação brônquica (sistêmica): 
 Nutrição da arvore traqueobrônquica e outras 
estruturas pulmonares (2% do débito cardíaco). 
 
 Circulação pulmonar: 
 Arterializa o sangue nas trocas gasosas ao nível 
alvéolo-capilar. 
 
Particularidades da circulação pulmonar 
Aumentos na pressão arterial ou venosa pulmonar 
reduzem a resistência vascular pulmonar pelos mecanismos de 
recrutamento e distensão de vasos. 
 
Distribuição da perfusão pulmonar 
 
A perfusão (irrigação) é maior na região da base, e menor 
na região do ápice. 
 
Relação ventilação-perfusão 
 
 Ápice - mais ventilado e menos perfundido; 
 Base - menos ventilado e mais perfundido. 
 
 
Como a relação perfusão/ventilação é maior no ápice, a 
ventilação supera a perfusão, há uma menor extração de 
oxigênio nessa região, fazendo com que essa área seja mais 
oxigenada em comparação à base, cuja perfusão supera a 
ventilação, e há uma maior extração de oxigênio. 
 
 Aumento da ventilação na base e no ápice; 
 Aumento do fluxo sanguíneo pulmonar; 
 Maior recrutamento de vasos no ápice pulmonar (menos 
utilizados no repouso); 
 Menor diferença da relação V/Q entre ápice e base. 
Alterações da ventilação-perfusão na P02 e 
PCO2 de uma unidade alveolar 
 
 Shunt - apresenta perfusão, mas não apresenta 
ventilação; 
 Espaço morto - apresenta ventilação, mas não 
apresenta perfusão. 
Vasoconstrição pulmonar hipóxica 
 
Em situações patológicas, a ventilação dos alvéolos pode 
ser reduzida, levando o pulmão a reagir com a vasoconstrição, 
diminuindo a luz dos vasos, consequentemente diminuindo a 
perfusão. Essa vasoconstrição direciona o fluxo para regiões 
melhores ventiladas (funciona como uma espécie de 
mecanismo de proteção).

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