Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Controle do ciclo estral para IATF em bovinos INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Principal ferramenta do manejo reprodutivo Biotecnia mais antiga Mais simples Maior impacto produtivo Menor curto (biotecnicas) Quanto melhor o manejo nutricional, melhor será a fêmea ciclando DIFICULDADES DE EXECUTAR A IA CONVENCIONAL Influência do tempo pós-parto o Puerpério = duração de 50- 45-40 dias para o restabelecimento da ciclicidade Dificuldade de manejo Número de lotes em observação Disponibilidade de mão de obra ECC Produção de leite Genótipo Observação do cio Estrutura da fazenda SOLUÇÃO: IATF: inseminação artificial em tempo-fixo o Técnica voltada ao melhoramento genético o Persiste a IA sem observação do cio o Massificação da IA o Todas as vacas inseminadas ao mesmo tempo Protocolos hormonais: sincronização do ciclo estral o Controle do corpo lúteo o Sincronização da ovulação VANTAGENS DA IATF = SUPERAÇÃO DA IA CONVENCIONAL Linha azul: Inseminação convencional Linha verde: Inseminação em tempo-fixo (90%) Houve um crescimento expansivo com o passar dos anos IA VS IATF Dificuldade na observação do estro Fertilidade dos animais o Características produtivas vs reprodutivas IATF ajuda a reduzir o IEP (índice econômico parcial) o Prenhes no início do EM Intervalo entre partos de IATF é 11 meses Anestro: mão de obra e custos Com IATF consegue trabalhar com a estação de monta Quando passou do puerpério, já consegue fazer a IATF Protocolo hormonal ajuda a vaca a ciclar A produção da forragem é sazonal – muito pasto nos meses de verão, mas cai bastante no inverno e diminui a iluminação Mão de obra Custos: IATF dispensa a presença do touro que acaba sendo mais caro Quanto mais tarde a vaca parir, mais demora para produzir um animal, ir ao frigorifico e o produtor irá ter perda de lucro SERÁ QUE COMPENSA? A fazenda A tem uma eficiência produtiva maior, mas a eficiência reprodutiva é a mesma nas duas fazenda o Na fazenda A, as vacas irão parir mais cedo com mais comida disponível e melhores forragens A fazendo B emprenhou em fevereiro e irá parir em novembro, porém ainda tem comida, mas o grosso da comida já foi consumido e a qualidade não é a mesma RESUMO DAS VANTAGENS DA IATF Aumento do número de vacas inseminadas Aumento da taxa de prenhez Aumento do peso ao desmame Redução da idade ao abate Padronização do rebanho Padronização da carcaça Maior controle e direcionamento do rebanho Redução do nº de touros de repasse PRÉ-REQUISITOS PARA ADOÇÃO DOS PROTOCOLOS HORMONAIS Viabilidade econômica Alto padrão de respostas: vaca saudável e escore corporal mínimo Sincronia do ciclo estral e ovulação Fertilidade nos serviços subsequentes A duração do ciclo estral da vaca é 21 dias COMO CONTROLAR O CICLO ESTRAL 1. Sincronizar a emergência de uma nova onda folicular através da indução da ovulação (GnRH) ou da atresia folicular (progesterona + estradiol) o Todas as vacas precisam ter o mesmo tamanho de folículos o Padrão com os folículos iguais das vacas e padrão dos ovários o Progesterona fica alta e o folículo produz estradiol que estará alto 2. Controlar a duração da fase luteal usando luteoliticos análogos e prostaglandina F2a ou simulando uma fase lutea fornecendo progesterona o Tem que Induzir a luteólise 3. Induz a ovulação na fase folicular com GnRH, LH, HCG ou estrógenos o GnRH é mais rápido – induz a hipófise da vaca (ovulação indireta) – faz antes da inseminação o O LH é a primeira opção, mas não é muito utilizada por ser caro o LH estará alto (induzir um pico de LH para que todas as vacas ovulem juntas) o Estradiol funciona como indutor de ovulação (feedback positivo) – mais indireto que o GnRH FÁRMACOS PARA CONTROLE DO CICLO ESTRAL Progesterona ou progestágenos = controle do crescimento folicular – o implante fica na vaca de 8 a 10 dias PGF2a = encurta a duração da fase luteal (natural ou sintético) GnRH = estimula a secreção de LH (pico de LH) – Conceptal; Fertagyl; Profertil; Cystoreli; Deslorelina ECG = Gonadotrofina coriônica equina – atua na maturação folicular o Hormônio produzido pela placenta da égua FSH = protocolos TE e para promover a maturação folicular IATF – Pluset; Folltropin LH = indutor de ovulação (Lutropin) – principal hormônio que a vaca produz Estrógenos = indutor de ovulação ou promotor de atresia folicular o Diferentes estéres disponíveis comercialmente: meia vida plasmática variável: Cipionato, Valerato, Benzoato (demora mais tempo). o Benzoato de estradiol: apresenta meia vida curta (estradiol de curta duração) o O valerato e cipionato: são estéres de meia vida longa, que não tem pico tão acentuado, mas permanece por mais tempo na corrente sanguínea GNRH / LH / HCG Indutores indiretos ou diretos de ovulação HCG é a gonadotrofina coriônica humana, está presente em 2 apresentações diferentes e a diferença entre eles diz respeito ao período de ação de ocorrência da ovulação e também o custo Indutores diretos como o LH e hCG, que se ligam diretamente a receptores presente no folículo - acontece de forma rápida GnRH é considerado um indutor indireto, já que ele precisa atuar sobre a hipófise para depois liberar o LH e atuar no folículo FSH / ECG FSH é o hormônio folículo estimulante, é mais usado em protocolos de superovulação – o início da onda estimula o crescimento de vários folículos O eCG é bastante usada em protocolos de IATF – tem função tanto de LH quanto de FSH e sua meia vida é longa (3 dias) SINCRONIZAÇÃO DA ONDA Cerca de 3 a 5 dias após a metabolização da fonte de estradiol, dependendo do tipo usado, ocorre uma nova elevação do FSH e emergência de uma nova onda de crescimento folicular Então pode ser usado o estradiol em 2 momentos diferentes, no início associado com uma fonte de progesterona para induzir a atresia folicular, assim tendo emergência de uma onda sincronizada – se usar 17beta estradiol, normalmente a emergência acontece ao redor de 3 dias, após o início do tratamento, se usar valerato, acontece ao redor de 5 dias. A mais usada para emergência de onde é o benzoato de estradiol, em que a emergência de onda ocorre ao redor de 4 dias após o início do tratamento A progesterona irá permanecer na vaca durante 8 dias (implante), para que os novos folículo consigam crescer e o folículo dominante se forme O hormônio mais utilizado é o benzoato, por ter efeito e resposta mais rápido No dia 8 pode fazer o eCG (gonadotrofina coriônica equina) - estimula o crescimento folicular Quanto maior o folículo, maior será a chance de ovular. Folículos maiores, rompem mais fácil (ovula fácil). Só irá inseminar a vaca no dia 10, para que o hormônio possa agir Outra função dos estrógenos é a indução da ovulação, com manifestação do estro em animais em anestro, tratados previamente com progesterona. Porque o uso do estrógeno mimetiza a fase final do proestro e do estro, quando existe um feedback em uma onde previsamente sincronizada com o aumento na concentração do estradiol, melhorando e aumento o pico de LH, favorecendo uma ovulação sincronizada. Essa indução de ovulação acontece de forma indireta, porque o estradiol precisa sensibilizar o hipotálamo para liberar o GnRH na forma de pico, estimulando a hipófise a liberar o LH na forma de pico Há também uma terceira função que é a sensibilização dos receptores de ocitocina induzindo a luteólise precoce. Essa ação depende do tipo de dose de estradiolusada, em geral , obtém esse efeito usando valerato de estradiol no início da sincronização, que apresenta meia vida longa, sensibilizando receptores de ocitocina no endométrio, estimulando a produção de receptores de ocitocina e consequentemente aumenta a produção de prostaglandina F2 alfa endógena. PROGESTERONA (P4) Mimetiza a fase lútea e controla a duração do ciclo estral Dispositivos intravaginais: DIB, CIDR, PRIMER... PROGESTÁGENOS Análogos sintéticos da progesterona natural Implantes subcutâneos: Crestar; Syncromate-B Premix ou sal para a administração oral: MGA – Premix PORQUE UTILIZAR PROGESTERONA? Controle do crescimento folicular no início do ciclo Inibe a ovulação em fêmeas no final do ciclo Pode ser utilizada em qualquer fase do ciclo Restabelecimento da ciclicidade em animais em anestro Permite o controle eficiente do ciclo de IATF Não provoca aborto DISPOSITIVOS INTRAVAGINAIS DE PROGESTERONA Progesterona não deixa ovular, por isso precisa tirar o dispositivo depois Inseminada no fundo de vagina ECG = GONADOTROFINA CORIÔNICA EQUINA Meia vida longa (3 dias) Para a fêmea ovular Cálices endometriais (40-120 dias de gestação Ação predominante de FSH = crescimento e maturação folicular – indicação: fêmeas em anestro Utilizado em conjunto com protocolos a base de progesterona Induz a formação de CLs acessórios Protocolos com eCG = melhores resultado Desvantagem: alto custo (R$ 5,00 a dose) DINÂMICA FOLICULAR – OVSYNCH Protocolo simples É menos eficiente (caro) – nem toda vaca responde a esse protocolo GnRH é uma droga mais cara 1 dia de protocolo: se a vaca tiver folículo grande ela irá ovular. o Caso ela venha a ovular, irá iniciar uma nova onda de folículo dominante o É feito uma prostaglandina para matar um possível corpo lúteo e usa uma dose de GnRH para induzir a ovulação Exemplo: as fêmeas pariram hoje (dia 0), então terá intervalo entre partos menor ou igual a 12 meses. Em 3 meses depois de parir, ela fica em puerpério para que ela volta a ciclicidade (aumento da frequência e amplitude do LH) Puerpério dura 40 – 45 dias MANEJO REPRODUTIVO CONVENCIONAL USANDO IATF PROTOCOLO RESSINCRONIZAÇÃO Objetivo: aumenta o número de vacas gestantes por IA o Diminuir a quantidade de touros na propriedade – melhoramento genético PRECOCE A vaca pariu, 40-45 dias depois, faz o primeiro protocolo hormonal e insemina as vacas Para saber se está gestante: espera 40-45 dias Caso esteja grávida consegue observar: útero dilatado, batimentos cardíacos do feto. SUPER PRECOCE ESTUDO: EXPECTATIVA DE PRENHEZ Envolvendo mais de 1000 sincronizações, comparando entre a primeira e segunda sincronização, entre vacas que pariram várias vezes e que pariram poucas vezes Novilhas: se estiverem ovulando, a IA será bem sucedida Premíparas: prenham poucas vezes – perde peso, sofre no estabelecimento pós-parto Pluríparas: estão emprenhando o tempo todo – taxa de prenhes normal As melhores vacas são sincronizadas e vão emprenhar de primeira PODE PROMOVER UMA REMOÇÃO TEMPORÁRIA DO BEZERRO Começa o protocolo de sincronização na vaca, tirando o bezerro dela, isso fará com que ela não amamente, fazendo os níveis de beta endorfina cair e ela não terá interferência hormonal O bezerro retorna 2 dias depois para a mãe Alternativa hormonal: coloca ECG e o folículo cresce mais (ajuda a ovular) Não é recomendado, porque a fêmea pode sofrer estresse e os bezerros podem se perder da mãe (órfão) – queda de desempenho SISTEMA SUPER PRECOCE COM 3 RESSINCRONIZAÇÕES No dia 40-45 pós-parto, faz um segundo protocolo o Faz o diagnóstico de gestação na segunda sincronização com ultrassom Problema: Se n fizer ultrassom, continuar a segunda sincronização e a vaca estiver gestante, ela irá abortar. Vantagem: até a segunda inseminação (90 dia pós-parto) deu 2 chances para as vacas emprenharem Desvantagem: caro (gasta protocolo, implante, estradiol e progesterona sem necessidade), dispensa do touro. MÉTODOS MAIS PRECOCES PARA FAZER A IATF ANTES ULTRA PRECOCE = DG 14 DIAS Eficiência: 90% de confiabilidade para poder ressincronizar e saber se a vaca está prenha ou vazia – pode ressincronizar mais rápido e com mais eficiencia Quando o corpo lúteo está sofrendo luteólise, a perfusão vascular desse corpo lúteo cai COMO EVITAR BAIXOS RESULTADOS APÓS OS TRATAMENTOS Azul claro: vacas que so tem 10 dias de parida – sincronização IATF Vacas que tem 40 dias pós-parto, iniciou o protocolo hormonal (IATF) Vacas com 70 dias pós-parto, iniciou o protocolo hormonal (IATF) Eixo horizontal: escore de condição corporal (1 a 5) o 1 – vaca muito magra o 5 – vaca mais gorda Pode iniciar protocolo hormonal com 10 dias que a vaca pariu, porém se iniciar precocemente, o resultado será mais baixo do que se esperar mais tempo 7
Compartilhar