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1 - O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A AGRONOMIA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 1 
Professor: Humberto Bomfim – humberto.agro@bol.com.br 
 
 
 AGRONEGÓCIO BRASILEIRO 
 
A economia do Brasil precisa estar mais integrada a economia mundial, princi-
palmente se compararmos a economia de países com mercados emergentes como a 
do Brasil. A falta dessa integração se deve ao fato de que há anos o país tem direcio-
nado a política para favorecer o mercado interno, mesmo que o país encontra-se as 
margens das cadeias globais de valor, devido as exportações brasileiras apresenta-
rem maior valor agregado nacional, não alimenta as exportações de outros países e 
ainda existe proteção aos produtos nacionais com tarifas elevadas, são fatores que 
reduzem as importações e exportações, fato também em que as barreiras comerciais 
passaram a dificultar o Brasil de se beneficiar da economia global integrada, através 
da redução de tarifas sendo o primeiro passo para começar a integração nas cadeias 
globais de valor (OCDE, 2018). 
No cenário internacional, o Brasil apresenta-se como fornecedor de matérias-
primas fomentado principalmente pelos produtos agrícolas, fornecendo para outros 
países o insumo de produção, evidencia-se a importância do incentivo ao Brasil em 
exportar produtos de alto valor agregado para a se obter vantagens no comércio mun-
dial além da necessidade de políticas estratégicas no setor público e privado, com o 
objetivo de alavancar essa perspectiva de participação brasileira na cadeia global de 
valor, mesmo que a sua economia esteja sendo motivada por uma recessão econô-
mica que afeta seu desempenho (FERREIRA; SCHNEIDER, 2015). 
As exportações brasileiras para China em 2017 ultrapassavam 40 bilhões de 
dólares e no ano de 2018 passaram dos 50 bilhões de dólares representando 26,7% 
das exportações e está classificada em primeiro lugar no ranking de exportações bra-
sileiras, representadas por produtos básicos como soja 45% (acréscimo em 2018 de 
18 bilhões para 24 bilhões de dólares), óleos brutos de petróleo 22% e minérios de 
ferro e seus concentrados 17% entre outros (BRASIL, 2018b). O Estados Unidos re-
presenta 12% das exportações brasileiras e está classificado em segundo lugar no 
ranking de exportações de janeiro a outubro de 2018, as exportações brasileiras para 
os Estados Unidos são representados em maior número por produtos manufaturados 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A AGRONOMIA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 2 
Professor: Humberto Bomfim – humberto.agro@bol.com.br 
representado pelos aviões 6,4%, seguido dos semimanufaturados representados pe-
los produtos de ferro e aço 11% e de produtos básicos representado pelos óleos bru-
tos de petróleo 12%, entre outros (BRASIL, 2018b). Deste modo, pode-se observar 
que para os Estados Unidos as exportações do agronegócio são insignificantes com-
parada a China. 
 O Brasil tem a soja como seu principal produto exportado pelo agronegócio 
com um percentual de 42% entre a soja em grãos, o farelo de soja e o óleo de soja e 
em segundo lugar aparece a carne com um percentual de 14%, sendo estes os dois 
principais produtos exportados pelo agronegócio do país, o complexo da soja tem 
como seu principal destino a China. (Amorim, et al, 2019). 
O Brasil como exportador de carne insere-se no mercado mundial com grande 
relevância no abastecimento mundial contribuindo para a dieta alimentar de diversos 
países. Atualmente a China e Hong Kong são os países que mais importam carnes 
brasileiras apresentando um percentual de 34% do seu valor total, já referente aos 
principais destinos das exportações do complexo da soja brasileira são aos países 
China 66%, seguida União Europeia 14% das exportações de soja brasileira (BRASIL, 
2018a). 
 O Brasil ao se tornar mais competitivo frente a concorrência aumentará o cres-
cimento e a disponibilidade de empregos, proporcionando oportunidades a indivíduos 
desfavorecidos no país, e por isso a importância da participação do Brasil nas redes 
globais de valor pois esta pode contribuir para o crescimento da economia do país. É 
necessário pensar no papel destas negociações comerciais internacionais, devido à 
baixa perspectiva de reformas estruturais e sem um consenso político de reformas 
internas no Brasil, assim uma redução gradual das barreiras comerciais já é viável 
oferecendo mais tempo as empresas nacionais para se adaptarem as mudanças 
(OCDE, 2018). 
A importância do agronegócio no cenário nacional e internacional está baseada 
no entendimento de que as atenções mundiais estão voltadas para a crescente de-
manda de alimentos, que apresenta uma realidade questionadora de como alimentar 
uma população que vem aumentando consideravelmente ao longo dos últimos anos. 
Nesse ponto de vista, o agronegócio tende a possibilitar um crescente aumento da 
produção, ao oportunizar maior produtividade de forma sustentável e eficiente, devido 
as inúmeras inovações que o setor apresenta e dar oportunidade a uma integração 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A AGRONOMIA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 3 
Professor: Humberto Bomfim – humberto.agro@bol.com.br 
entre os segmentos e proporciona maior rapidez e eficiência na cadeia produtiva como 
um todo. (Amorim, et al, 2019). 
Reconhece-se que o Brasil diversificou a pauta de exportações em termos de 
número de produtos. Lá se vai o tempo em que as exportações dependiam de café, 
açúcar e cacau; hoje a pauta é bastante diversificada em termos de produtos e desti-
nos, dando assim maior estabilidade à geração de divisas. Além do café e do açúcar, 
o País é líder nas exportações de suco de laranja, soja e carnes de frango e bovina e 
segundo lugar em milho e óleo de soja. As receitas obtidas baseiam-se em quantida-
des exportadas, em alguns casos abaixo dos preços de competidores importantes, 
como o da carne bovina. O Brasil construiu um pujante setor agrícola, numa primeira 
fase voltado ao abastecimento interno; depois, também para as exportações. A dispo-
nibilidade de seus recursos naturais, como solos, água e clima apropriados à produ-
ção vegetal e animal, o capacitará para as oportunidades de negócios no suprimento 
de países de grande crescimento populacional e de renda, como China e Índia. (Vieira, 
et al. 2018) 
A barreira ambiental já vem sendo enfrentada com maestria pelo setor agrícola 
do Brasil. O Código Florestal Brasileiro garante que o setor privado preserve, no mí-
nimo, 20% dos biomas naturais. Além dessa questão inédita no mundo, sistemas agrí-
colas integrados, uso de microrganismos em substituição a produtos químicos e plan-
tio direto, entre outros, possibilitaram nos últimos dez anos que a agricultura do Brasil 
reduzisse a emissão de gases do efeito estufa por tonelada de alimento produzido à 
taxa de 4,5% ao ano. Na questão ambiental, a agricultura do Brasil tem posição con-
fortável em relação a importantes países, como Estados Unidos, Argentina e Canadá. 
(REBELO, 2017). 
Outra barreira que competidores apontam nos produtos do agronegócio brasi-
leiro está no campo social, em especial na suposta existência de trabalho escravo. 
(Vieira, et al. 2018) 
No campo do comércio internacional, a prioridade de órgãos de governo e da 
iniciativa privada deve ser focada na construção de reputação (positiva)dos produtos 
do agro brasileiro. A prática do comércio internacional ensina que a reputação dos 
produtos agrega valor. O Ministério da Agricultura está atento ao que vem ocorrendo, 
realizando missões com o objetivo de não perder mercados conquistados e de abrir 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A AGRONOMIA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 4 
Professor: Humberto Bomfim – humberto.agro@bol.com.br 
novos. O desafio está posto: construir reputação, via qualidade e diferenciação, para 
os produtos do agro brasileiro. (Vieira, et al. 2018) 
O agronegócio brasileiro tem demonstrado ao longo dos ciclos econômicos ser 
de fundamental importância para o desenvolvimento do país, exercendo destacado 
papel na dinâmica econômica e social (Buainain et al., 2014). 
No período recente o setor agrícola brasileiro tem exercido papel fundamental 
ao garantir, além do fornecimento interno, valores recordes de produtos exportados, 
o que contribui fortemente para a geração de divisas. A dinâmica da economia brasi-
leira continua dependente do crescimento das exportações do agronegócio e da con-
quista de novos mercados internacionais (Contini, 2014). 
Uma rápida análise da balança comercial nos últimos anos permite observar a 
importância das exportações dos produtos do agronegócio. Historicamente o Brasil 
tem baixo volume de importações de produtos agrícolas e as exportações são eleva-
das resultando em saldos comerciais significativos. (Santos et al, 2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A AGRONOMIA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 5 
Professor: Humberto Bomfim – humberto.agro@bol.com.br 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. AGROSTAT: 
portal para acesso gratuito às estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasi-
leiro. 2018a. 
 
BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Comex Vis: por-
tal para acesso gratuito às estatísticas de comércio exterior do Brasil. 2018b. 
 
Buainain, A.M.; Alves, E.; Silveira, J.M. e Navarro, Z. (2014) - O mundo rural no 
Brasil do século 21. A formação de um novo padrão agrário e agrícola. Brasília, Em-
brapa/Instituto de Economia da Unicamp. 1182 p. 
 
CEPEA. Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. PIB Agronegó-
cio. CEPEAUSP/CNA, 2018. 
 
Contini, E. (2014) - Exportações na dinâmica do agronegócio. In: Buainain, 
A.M.; Alves, E.; Silveira, J.M. e Navarro, Z. (Eds.) - O mundo rural no Brasil do século 
21. A formação de um novo padrão agrário e agrícola. Embrapa/Instituto de Economia 
da Unicamp, p. 147-173. 
 
FERREIRA, J. D.; SCHNEIDER, M.B. As cadeias globais de valor e a inserção 
da indústria brasileira. Revista Tecnologia e Sociedade, Curitiba, v. 11, n. 23, p. 106-
128, jun./set. 2015. 
 
OECD. Relatórios Econômicos OCDE: Brasil 2018. OECD Publishing: Paris, 
2018. 172 p. 
 
REBELO, A. Código Florestal 5 anos - um Debate sobre o Brasil. São Paulo: 
[S.n.], 2017. p.73-121.

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