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Noções de Responsabilidade Civil

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17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/17
 
MÓDULO 1
Abreviaturas usadas:
CC – Código Civil.
CDC – Código de Defesa do Consumidor.
Cf. – conforme.
CF – Constituição Federal.
CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas.
CPC – Código de Processo Civil.
Noções Introdutórias de Responsabilidade Civil.
1. Conceito de Responsabilidade Civil.
2. Responsabilidade Jurídica e Responsabilidade Moral.
3. Resenha Histórica da Responsabilidade Civil.
 
Conceito de responsabilidade:
A RESPONSABILIDADE CIVIL é a obrigação que incumbe uma pessoa de reparar o
prejuízo causado a outra, por ato próprio ou por ato de pessoas sob a
responsabilidade do agente ou, ainda, por fato de coisas sob a guarda do agente.
Trata-se de obrigação que tem como fonte o ato ilícito, por descumprimento de
contrato ou de preceito normativo, situação esta que não depende de relação
contratual.
A obrigação de reparar o dano é princípio geral de direito dos mais antigos. Quem
causa dano a outrem tem o dever de reparar.
A reparação visa em geral à recomposição do prejuízo. A responsabilidade civil é a
obrigação que tem como fonte o ilícito – por descumprimento de lei ou de
contrato.
No direito romano antigo, os delitos que acarretavam a responsabilidade civil do
agente eram furto, injúria e dano.
A vingança, permitida nas origens, importava a retribuição privada contra o autor
do prejuízo, com a ideia de que o dano poderia ser reparado com outro dano.
Com a Lei das XII Tábuas, em 450 a.C., inicia-se a ideia de autocomposição, com
a restituição do prejuízo causado, pelo seu autor.
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/17
Em 286 a.C., no direito romano, na fase republicana, é criada a Lex Aquilia de
damnum, fixando a necessidade de culpa para a caracterização da
responsabilidade civil pela reparação do dano causado. Com essa lei, as penas
passam a ser proporcionais ao prejuízo. É a regra da responsabilidade civil
subjetiva, que depende de praticar, o agente, ação ou omissão com dolo,
imperícia, imprudência ou negligência. A responsabilidade civil subjetiva é a regra
basilar em nosso atual sistema, conforme a disciplina da matéria, no Código Civil.
O art. 186 do CC estabelece a regra:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito”.
E aquele que pratica ato ilícito e por isso causa dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo, nos termos do art. 927 do CC.
Uma das críticas ao art. 186 do CC é que nem sempre se viola direito (violação de
direito é a violação da lei), pois às vezes a responsabilidade não depende da culpa
do agente.
Outra crítica é que pode haver violação de direito sem prejuízo, sem dano, como
no caso de violação do contrato que gera a obrigação de responder pelo valor
fixado em cláusula penal, independentemente de comprovação de dano.
Os problemas que cercam a matéria de responsabilidade civil são: a reparação do
prejuízo, a atribuição de responsabilidade e o modo como deve ser feita a
reparação.
______________________
A matéria no Código Civil.
No CC/1916:
A matéria da responsabilidade civil não estava sistematizada no CC/1916: havia
dois art. – 159 e 160 – na parte geral, regulando a responsabilidade aquiliana e
algumas excludentes de responsabilidade. Alguns artigos na parte especial, em
dois diversos capítulos, também tratavam do tema.
Isso porque na teoria e na prática o tema não tinha a importância que hoje tem.
O desenvolvimento tecnológico e científico aumentou o potencial lesivo das
máquinas, ampliando o risco de danos. Tome-se, por exemplo, as transmissões de
imagens, a violação dos direitos da personalidade, a internet, o trânsito nos
grandes centros.
No CC/2.002:
A matéria da responsabilidade civil está sistematizada no Livro I da Parte
Especial, que trata do direito das obrigações. O Título IX do Livro I da Parte
Especial trata da responsabilidade civil (Cap. I – da obrigação de indenizar; Cap.
II – da indenização).
_________________________
Do seguro de responsabilidade.
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/17
A importância da matéria de responsabilidade civil é crescente, e uma de suas
consequências é o chamado seguro de responsabilidade, como se costuma
contratar nas apólices para veículo automotor, com a cobertura de dano causado a
terceiro.
Trata-se de socialização do prejuízo, evitando situações em que a vítima ficaria
sem indenização, por falta de condição de pagamento pelo agente causador do
dano, e de benefício ao segurado, que não corre risco de empobrecimento, desde
que cause dano por culpa leve ou levíssima (não pode a seguradora responder por
ato ilícito do segurado se o ato for doloso ou por culpa grave ou gravíssima).
O Código Civil em vigor prescreve que a reparação deve ser de forma a não deixar
sem indenização a vítima, mas sem criar a pobreza do agente do ato ilícito.
Na tentativa de reparação integral, cria-se nova vítima, o delinquente, com o seu
empobrecimento. Por isso o seguro de responsabilidade: todos pagam o prêmio,
médicos, advogados etc., e assim a sociedade é que arca em caso de sinistro. O
seguro sempre envolve uma socialização do prejuízo, pois a sociedade,
considerando o grupo de segurados, rateia o prêmio, que servirá para a paga da
indenização em caso de sinistro.
______________________
Responsabilidade civil e penal.
O ato ilícito pode repercutir na ordem civil e na ordem penal.
Ocorre que a responsabilidade civil, normalmente patrimonial (já que a privação
da liberdade atualmente só é possível em caso de falta de pagamento de pensão
alimentícia, quando o alimentante pode recolher e não paga os alimentos),
depende de violação de norma de direito privado.
A responsabilidade penal, com sanções diversas, como a reclusão, a detenção,
decorre da violação de norma de direito público. Como antes escrito, o ato ilícito
pode violar norma de direito público e de direito privado, como o homicídio, a
violação da honra, a lesão corporal etc.
Prescreve o art. 935 do CC:
“A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar
mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas
questões se acharem decididas no juízo criminal”.
A decisão no âmbito penal leva à desnecessidade de questionamento no cível,
mas a recíproca não é verdadeira. A condenação no cível não implica condenação
penal.
______________________
Responsabilidade contratual e extracontratual (aquiliana).
Contratual – art. 389 do CC, estudada junto com o inadimplemento das
obrigações. Aqui quem descumpre o contrato deve provar que não agiu com culpa
– presume-se em favor da vítima a culpa do inadimplente. Há vínculo, pacto,
contrato entre causador do dano (inadimplente) e vítima.
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/17
Não responde no âmbito contratual o menor, o incapaz, salvo se agir com dolo,
mentindo sobre a sua idade, ou o incapaz antes da interdição, desde que pratique
negócio jurídico com terceiro de boa-fé que não possa desconfiar da menoridade
ou da incapacidade.
Extracontratual – art. 186, CC (e art. 927 do CC). Nesta espécie a vítima que
alega o dano deve provar a culpa do agente causador do prejuízo, com algumas
exceções que vamos verificar.
* Há doutrinadores que defendem não haver diferença entre responsabilidade
contratual e extracontratual, com os seguintes argumentos:
1. Se ambas dependem de culpa, que é a infração de uma obrigação preexistente,
não são diferentes a violação oriunda de contrato e a violação derivada de
qualquer outra fonte.2. O inadimplente de qualquer forma vai responder em pecúnia pelas perdas e
danos.
Ocorre que há diferença, por exemplo, em matéria de prova – se a
responsabilidade for extracontratual, a vítima deve mostrar e provar a culpa do
causador do dano; na responsabilidade contratual, basta mostrar o
inadimplemento que há presunção de culpa em favor do credor – o devedor
(contratante inadimplente) é que deve demonstrar que não agiu com culpa,
provando, por exemplo, que descumpriu o contrato por conta de caso fortuito ou
força maior.
Outra diferença: na responsabilidade contratual o menor púbere em regra não
responde, salvo se a obrigação tenha surgido de ato em que foi assistido. Já na
responsabilidade extracontratual responde o menor púbere de qualquer forma,
porque é equiparado ao absolutamente capaz para responder por ato ilícito.
______________________//____________
Os Princípios Fundamentais da Responsabilidade Civil.
1. Ato Ilícito e Conduta do Agente.
2. Dano - 2.1. Dano patrimonial. 2.2. Dano moral.
São requisitos em qualquer das espécies de responsabilidade:
Ação ou omissão, culpa, dano e nexo causal.
· Ação ou omissão do agente (ato comissivo ou omissivo) – o ato ou a omissão
do agente pode defluir de ato próprio, de ato de terceiro que esteja sob a
responsabilidade do agente, e ainda de danos causados por coisas que estejam
sob a guarda do agente.
____________//____________
A ação ou omissão infringe dever contratual, legal ou social.
Ex.: de omissão contratual – concessionária do serviço de fornecimento de
energia elétrica, que não fiscaliza, é responsabilizada pela eletrocussão de uma
pessoa causada por defeito em linha particular de transmissão; locatário é
responsabilizado por não pagar o aluguel (a cláusula penal já é previsão das
perdas e danos).
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/17
Ex.: de omissão com infração à lei – falta de socorro;
Ex.: de ação com infração à lei – disparar arma de fogo em local público.
Ex.: de infração a dever social – abuso de direito – ex.: retirar em servidão predial
água do prédio serviente sem que haja necessidade real; manter em apartamento
pequeno um número tal de animais que prejudique a convivência entre vizinhos.
· Dano.
O dano pode ser material ou moral.
O dano material envolve danos emergentes e lucros cessantes.
São danos emergentes aqueles patrimoniais decorrentes da perda direta
de bens, ou de pagamentos e despesas que devem ser reembolsados pelo
agente causador do dano.
Lucros cessantes são as verbas que razoavelmente se deixou de ganhar
em função do ato ilícito.
Dano moral – não atinge o patrimônio da vítima, mas causa dor, tristeza, mágoa
– perda de ente querido, de um membro; e dano à imagem, à vida privada, à
honra, à intimidade (art. 5º, V e X da CF).
· Pessoa jurídica pode ter direito à indenização por dano moral – Súmula 227 do
STJ. A imagem não é só a imagem retrato, mas também a imagem-atributo - a
honra, o nome, a voz (conforme Luiz Alberto David Araújo – A proteção
constitucional da própria imagem, ed. Del Rey).
· Art. 5º, V e X da CF – a honra, a imagem, a privacidade, a intimidade, são
direitos fundamentais, que devem ser protegidos inclusive quando não se
comprova a ocorrência de dano material.
· A indenização moral independe de dano material e pode com este se acumular.
· O conflito entre princípios constitucionais pode ocorrer (não ocorre entre leis
infraconstitucionais, onde só uma pode ser aplicada). No conflito deve ser dada a
máxima eficácia a cada um dos princípios, não se excluindo o núcleo essencial de
cada princípio. Podem conflitar por ex.: princípio da liberdade de expressão e
princípio de proteção à honra, à imagem, à intimidade, à vida privada.
· Cláusula pétrea – proteção contra dano moral (art., 60, §4º, IV, CF).
· A indenização por dano moral é ampla, sem teto de 200 salários mínimos, como
previa a Lei de Imprensa (art. 52 e 51).
_________________//__________________
Dos requisitos da responsabilidade civil (continuação).
3. Culpa e Risco.
4. Nexo de Causalidade.
A culpa do agente.
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/17
· Pela dificuldade da vítima em provar a culpa do agente, por ex. num
atropelamento num beco escuro, é que surge a responsabilidade objetiva. Aqui há
a presunção irrefragável da culpa, para que a pretensão de ser indenizado não se
torne inatingível (veremos adiante a responsabilidade objetiva).
Culpa.
O art. 186 do CC traz a ideia da responsabilidade subjetiva – ação ou omissão
voluntária (dolo) ou involuntária em que se constate imprudência ou negligência.
O dolo ocorre quando o agente antevê o dano que a sua atitude vai causar, mas
deliberadamente prossegue, com o propósito mesmo de alcançar o resultado
danoso.
A aferição da negligência ou imprudência não se faz comparando o
comportamento do agente causador do dano com o de um homem médio, normal,
tomado como padrão. Deve-se considerar a culpa in concreto, para averiguar se o
agente causador do dano, com as suas características, e não com as
características do homem médio, poderia ter evitado o dano.
A responsabilidade civil não depende da penal (art. 935, CC). A culpa pode ser
insuficiente para ensejar uma condenação penal, mas suficiente para a
condenação no cível (obs.: no crime também se pode condenar por ato culposo).
Graus de culpa: culpa grave, leve e levíssima.
Culpa grave – decorrente de imprudência ou negligência grosseira, como a do
motorista que dirige sem habilitação ou avança um farol fechado (a culpa grave se
equipara ao dolo).
Culpa leve – é aquela na qual um homem de prudência normal pode incorrer –
esbarrar em uma estante de cristais, de uma loja.
Culpa levíssima – é aquela da qual um homem de extrema cautela não escaparia
(tropeçar em um objeto, escorregar e lesar outrem).
No CC/1916 não importava o grau de culpa – a indenização se media pela
extensão do dano (ainda que a culpa do agente fosse levíssima, cumpria-lhe
reparar o dano). A indenização deveria ser a mais completa. Indenizar significa
tornar indene a vítima. Ocorre que em caso de culpa levíssima tal solução não é
justa. Às vezes por culpa levíssima causa-se um dano milionário. No CC de 2002,
parágrafo único do art. 944, está que se a culpa for levíssima (agente prudente e
cauteloso) e o dano muito grande, o juiz pode reduzir a indenização.
Obs.: Negligência é a omissão danosa – o agente deixa de fazer algo por
distração. Deixa por exemplo de conferir os freios do carro; deixa de colocar o
cinto de segurança na criança; deixa cair um vaso de cristal no chão; deixa a jaula
do leão aberto; não puxa o freio do carro em um declive. Imprudência é a ação
danosa – o agente atua causando dano. Exemplo: avança o farol vermelho;
imprime velocidade alta ao veículo; direção perigosa; dirige sem CNH. Imperícia
– quando causa dano por ação ou omissão que deveria evitar por ser técnico da
área (médico, dentista etc.)
______________//___________
Obs.: Da ideia de culpa negativa – a omissão implica em responsabilidade.
E há presunção de culpa em certos casos.
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/17
______________________//_____________
Relação de causalidade entre o comportamento do agente e o dano
experimentado pela vítima deve haver um liame.
Se a ação do agente não é causa do dano, não há responsabilidade Ex.: culpa
exclusiva da vítima, que se atira na frente de um carro; ou culpa exclusiva de
terceiro, num engavetamento (no 115º exame de ordem da OAB/SP, havia uma
questão prática que pedia defesa baseada neste argumento – a culpa não foi de
quem bateu atrás, mas do terceiro, que jogou o carro do acusado para frente,
ocasionando um engavetamento); ou dano decorrente de caso fortuitoou força
maior, como é o caso de um prédio que cai por conta de terremoto – o dono não
precisa indenizar os vizinhos (caso fortuito).
Exercício 1:
Considere as seguintes proposições:
I. Entende-se por responsabilidade civil a obrigação que incumbe uma pessoa de
reparar o prejuízo causado a outra, por ação ou omissão própria.
II. A obrigação que tem como fonte o ato ilícito, por descumprimento de contrato
ou de preceito normativo ocorre apenas no âmbito penal.
III. A obrigação de reparar o dano é princípio geral de direito dos mais antigos.
Quem causa dano a outrem tem o dever de reparar.
IV. A reparação visa em geral à recomposição do prejuízo. A responsabilidade civil
é a obrigação que tem como fonte o ilícito.
São corretas:
A)
I, II e III.
B)
I, III e IV.
C)
I, II e IV.
D)
Todas as proposições.
E)
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/17
Somente as proposições III e IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) 
Exercício 2:
No direito romano antigo, os delitos que acarretavam a responsabilidade civil do
agente eram furto, injúria e dano. Também é correto afirmar que:
A)
A vingança, permitida nas origens, importava a retribuição privada contra o autor
do prejuízo, com a ideia de que o dano poderia ser reparado com outro dano.
B)
Com a Lei das XII Tábuas, em 450 a.C., inicia-se a ideia de vingança, com a
restituição do prejuízo causado, pelo seu autor.
C)
Em 286 a.C., no direito romano, na fase republicana, é criada a Lex Aquilia de
damnum, fixando a desnecessidade de culpa para a caracterização da
responsabilidade civil pela reparação do dano causado.
D)
Com a Lex Aquilia, em 286 a.C., as penas passam a não depender mais da culpa
para serem aplicadas.
E)
O direito romano não tolerava a ideia da vingança na aplicação das penas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 3:
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/17
No Cód. Civil de 2002, a matéria da responsabilidade civil está
sistematizada no Livro I da Parte Especial, que trata do direito das obrigações. O
Título IX do Livro I da Parte Especial trata da responsabilidade civil (Cap. I – da
obrigação de indenizar; Cap. II – da indenização).
No Cód. Civil de 1916 a matéria da responsabilidade civil:
A)
Não era mencionada em nenhum artigo.
B)
Não estava sistematizada.
C)
Embora sistematizada, recebia tratamento precário e errôneo.
D)
Aparecia apenas na parte contratual.
E)
Era preocupação somente no Livro que disciplinava o Direito de Família.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 4:
Considere as proposições que seguem:
O ato ilícito pode repercutir na ordem civil e na ordem penal.
Porque
A responsabilidade civil, normalmente patrimonial, depende de violação de norma
criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre
quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo
criminal.
Pode-se afirmar que:
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/17
A)
As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são corretas e a segunda não justifica a primeira.
C)
As duas proposições são incorretas.
D)
Apenas a primeira proposição é correta.
E)
Apenas a segunda proposição é correta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 5:
No CC/1916 não importava o grau de culpa. A indenização se media pela
extensão do dano. Ainda que a culpa do agente fosse levíssima, cumpria-lhe
reparar o dano. A indenização deveria ser a mais completa. Indenizar significa
tornar indene a vítima.
Assinale, quanto ao grau da culpa, a alternativa correta:
A)
Conforme o Cód. Civil de 2002, se a culpa for levíssima (agente prudente e
cauteloso) e o dano muito grande, o juiz pode reduzir a indenização.
B)
No CC de 2002, não importa o grau da culpa. A indenização será medida pela
extensão do dano.
C)
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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No atual sistema, o CC/2002 é omisso, mas o juiz pode reduzir o valor da
indenização considerando o grau da culpa.
D)
A redução da indenização considerando o grau da culpa é matéria tratada
exclusivamente pela doutrina, até os dias de hoje.
E)
A redução do valor da indenização considerando-se o grau da culpa é ilícita no
atual sistema normativo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 6:
Quanto aos danos morais, considere as proposições que seguem:
I. O Dano moral não atinge o patrimônio da vítima, mas causa dor, tristeza,
mágoa – perda de ente querido, de um membro; e dano à imagem, à vida
privada, à honra, à intimidade.
II. Pessoa jurídica pode ter direito à indenização por dano moral.
III. A honra, a imagem, a privacidade, a intimidade, são direitos fundamentais,
que devem ser protegidos inclusive quando não se comprova a ocorrência de dano
material.
IV. A indenização moral depende de dano material e pode com este se acumular.
É possível afirmar que:
A)
São corretas as proposições I, II e III.
B)
São corretas as proposições I, II e IV.
C)
São corretas as proposições I, III e IV.
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D)
Todas as proposições estão corretas.
E)
Nenhuma das proposições é correta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 7:
Certo indivíduo pratica um crime de homicídio e a família da vítima ingressa com
ação para alcançar a responsabilidade civil e a devida reparação. Nesse caso,
A)
 a ação civil depende da condenação na ação penal.
B)
 a ação civil não é possível, porque se trata de assunto da esfera penal,
concernente ao Direito Público.
C)
 caso ocorra absolvição no processo penal, não há como alcançar a indenização
por responsabilidade civil.
D)
 a responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar
mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas
questões se acharem decididas no juízo criminal.
E)
 a condenação no âmbito civil implica a condenação na ação penal.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Comentários:
A) 
C) 
E) 
D) 
Exercício 8:
Examine as hipóteses abaixo e assinale a que não representa um caso de
negligência:
A)
 acidente provocado por não haver, o condutor, conferido os freios do carro.
B)
 pai que deixa de colocar o cinto de segurança na criança, que acaba ferida em
acidente de veículo automotor.
C)
 deixar cair na loja um vaso de cristal no chão.
D)
 deixar a jaula do leão aberto, ocasionando a fuga do animal que ataca os
visitantes do zoológico.
E)
 avançar o farol vermelho e provocar acidente de veículo automotor.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
C) 
E) 
Exercício 9:
Considere as afirmações seguintes:
A responsabilidade civil contratual normalmente envolve a presunção em favor da
vítima quanto à culpa do inadimplente. Há vínculo, pacto, contrato entre causador
do dano (inadimplente) e vítima.
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Porque
Não responde no âmbito contratual o menor, o incapaz, salvo se agir com dolo,
mentindo sobre a sua idade, ou o incapaz antes da interdição, desde quepratique
negócio jurídico com terceiro de boa-fé que não possa desconfiar da menoridade
ou da incapacidade.
Pode-se afirmar que:
A)
As duas proposições são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
C)
Apenas a primeira afirmação é verdadeira.
D)
Apenas a segunda afirmação é verdadeira.
E)
As duas afirmações são falsas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) 
E) 
D) 
C) 
B) 
Exercício 10:
Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
 
Pessoa jurídica pode ter direito à indenização por dano moral
PORQUE
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A imagem não se restringe à imagem retrato, incluindo também a imagem-
atributo, a honra e o nome.
É correto afirmar que:
A)
As duas proposições são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
C)
As duas proposições são falsas.
D)
Somente a primeira proposição é verdadeira.
E)
Somente a segunda proposição é verdadeira.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 11:
Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:
I. Negligência é a omissão danosa – o agente deixa de fazer algo por distração.
II. Imprudência é a ação danosa – o agente atua causando dano.
III. Imperícia ocorre quando se causa dano por ação ou omissão que deveria ser
evitado por ser técnico (perito) na área de atuação, como nos casos do médico e
do dentista.
 
Pode-se afirmar que:
A)
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Somente I é verdadeira.
B)
Somente II é verdadeira.
C)
Somente II e III são verdadeiras.
D)
Todas são verdadeiras.
E)
Todas são falsas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
E) 
D) 
Exercício 12:
Quanto ao seguro de responsabilidade, é matéria de interesse crescente, visando
à socialização do prejuízo, evitando situações em que a vítima ficaria sem
indenização por falta de condição de pagamento pelo agente causador do dano. O
seguro de responsabilidade ainda traz benefício ao segurado, que não corre risco
de empobrecimento, desde que cause dano por culpa leve ou levíssima (não pode
a seguradora responder por ato ilícito do segurado se o ato for doloso ou por
culpa grave ou gravíssima).
No Brasil, o seguro de responsabilidade civil é considerado:
 
A)
Ilícito, pois não pode a seguradora responder por ato ilícito de segurado.
B)
Lícito, mas não disciplinado pela lei.
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C)
Lícito mas não usado, posto que não é de interesse para a sociedade.
D)
Ilícito por não estar disciplinado pela lei.
E)
Lícito e cada vez mais utilizado, com regulamentação nos artigos que disciplinam
o contrato de seguro.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E)

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