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1 
Interpretação de texto 
A interpretação de texto é a capacidade de uma pessoa compreender o que está escrito em uma 
mensagem textual, podendo pensar e refletir a partir daquilo que absorveu após a leitura. 
Quanto maior for a habilidade de alguém na interpretação de textos, mais facilidade essa pessoa 
terá em qualquer atividade da vida que tenha relação com leitura. 
De acordo com o site Gestão Educacional, a interpretação de texto é algo que começa a ser 
estudado ainda na infância e abrange justamente as situações cotidianas verbais e não-verbais. 
O simples fato de atravessar um semáforo quando o sinal está verde e parar diante do vermelho 
já é uma interpretação, porém não-verbal. 
Em contrapartida, quando estamos diante de uma placa de PARE, nos deparamos com 
interpretação de texto. Neste caso, desde crianças somos instruídos a pararmos quando 
estamos diante de uma sinalização dessas. Eis um bom exemplo de boa interpretação de texto, 
por mais que seja uma única palavra. 
De maneira mais ampla, interpretar é determinar com precisão o sentido de um texto, é 
descobrir o significado real de algo. 
5 dicas para melhorar a interpretação de textos 
Embora a interpretação de textos esteja presente o tempo todo em nossa vida, é importante 
aprimorarmos essa habilidade quando falamos de textos maiores. 
É neles que está a maior dificuldade de interpretação, e, na maioria das vezes, quem desenvolve 
uma maior habilidade de compreensão, obtém melhores resultados no vestibular, faculdade, 
concursos e até em seleções de emprego que contenham provas escritas. 
Confira algumas dicas que vão ajudar você a melhorar na interpretação de textos. 
1. Leia bastante diariamente 
Pode parecer óbvio, mas quanto mais você ler, melhor ficará sua interpretação de textos. Não 
esqueça que a leitura é um exercício, e à medida em que for mais incorporada à rotina, sua 
compreensão ficará mais fácil e natural. 
Sempre que você terminar de ler um texto, post ou reportagem de jornal, faça uma reflexão 
sobre o que aprendeu. Todo o texto tem pelo menos uma mensagem a ser compreendida. 
É importante ler devagar e com atenção, pois alguns textos são mais complexos e exigem 
bastante concentração para que a compreensão seja plena 
2. Escreva seus próprios textos 
Tão importante quanto entender é se fazer entender, não é mesmo? Então, que tal expor suas 
ideias? 
Seja num post na rede social, num blog ou até mesmo num bloco de notas, é importante que a 
pessoa também exercite a escrita. Isso fará com que ela sinta a necessidade de criar argumentos 
para justificar o que está escrevendo, ampliando o vocabulário. 
Desta forma, quando estiver lendo um texto, ao natural acabará se concentrando nos 
argumentos de quem escreveu, melhorando a compreensão da leitura. 
 
 2 
3. Use o dicionário 
Você já passou por aquela situação de se deparar com uma palavra desconhecida em meio a um 
texto? Se sim, o que fez? 
Caso tenho buscado a resposta no dicionário, você fez a coisa certa. Hoje em dia, na internet, 
existem versões on-line de dicionários famosos, como o Michaelis, por exemplo. 
Também estão disponíveis diversos dicionários no formato de aplicativos para celular, tais quais 
o Dicio e Aurélio. O site AppGeek separou uma lista com 8 opções de dicionários para baixar no 
smartphone. 
Uma simples busca pela palavra que causou estranheza já vai aumentar seu vocabulário. Desde 
que a interpretação seja boa, claro! 
4. Leia com calma e atenção 
Vivemos tempos nos quais a rapidez da informação é regra. Entretanto, para uma leitura 
adequada e rica em interpretação correta, é necessário que seja feita com calma e atenção. 
Se estiver lendo um livro cujo conteúdo cai no vestibular, evite mexer no celular enquanto está 
se dedicando à essa leitura. O mesmo vale para a TV e outras distrações. Tente focar sua atenção 
numa coisa de cada vez, especialmente quando está lendo. 
Para estas situações, a recomendação é buscar um lugar tranquilo, com o mínimo de barulho 
possível. 
5. Faça pausas 
Sabemos que especialmente na faculdade somos expostos a leituras complexas. Tente ler de 
maneira pausada, um capítulo após o outro, fazendo pequenos intervalos para que seu cérebro 
possa assimilar as informações, tornando o processo de aprendizado mais efetivo. 
De nada adianta ler um livro inteiro rápido e sem atenção. Ao chegar à última página, 
provavelmente terá aprendido muito pouco. Evite ler “passando os olhos” sobre as palavras. 
Interpretação de textos para o vestibular 
Quem está se preparando para o vestibular não tem outra maneira de se sair bem na prova se 
não praticar a leitura diariamente. Por isso, é fundamental interpretar bem os textos, sejam eles 
de literatura e português, de história e geografia, matemática, química e física. 
Isso sem falar na redação, que é indispensável para quem busca a aprovação. Para escrever um 
bom texto, é importante entender o que diz o enunciado e ter o que escrever sobre o tema 
proposto. 
Quando falamos de redação para vestibular, o estudante tem que ter um repertório de ideias e 
visões de mundo que o permitam uma argumentação consistente e relacionada com o tema 
proposto. Para isso, é fundamental ter uma rotina de leitura diária, feita com atenção. 
Confira algumas dicas para uma boa redação dissertativa: 
Apresente o seu ponto de vista logo na introdução e depois desenvolva a argumentação a partir 
do seu conhecimento e opinião sobre o assunto; 
 
 3 
Apresente dados, fatos históricos ou referências atuais para embasar o desenvolvimento de suas 
ideias; 
Crie perguntas a partir do tema proposto. A ideia é que você possa esses questionamentos como 
ponto de partida para apresentar seus próprios argumentos; 
Evite opiniões infundadas, sem argumentação. Todo o ponto de vista que você usar numa 
redação dissertativa precisa ter o porquê de aparecer no texto. 
Interpretação de texto em problemas matemáticos 
Quem não se lembra dos famosos problemas matemáticos durante a alfabetização? 
A ideia de desenvolver raciocínio lógico a partir de números em situações do cotidiano é 
bastante comum. 
Com o passar do tempo, especialmente no ensino médio, esses problemas matemáticos ganham 
complexidade e, para decifrar as minúcias, é importante entender o que o enunciado da questão 
pede. 
O site Só Matemática destaca em um artigo que o aluno que não conseguir interpretar 
adequadamente as informações de uma questão, dificilmente conseguirá resolver o problema 
quanto estiver diante dos números. 
Mesmo alguém que tenha facilidade com os números e não tenha o mesmo desempenho com 
textos precisa se esforçar para também se sair bem com as palavras. 
Faça exercícios sobre interpretação 
Digamos que você está lendo de maneira mais atenta, lentamente e tentando extrair ao máximo 
o que um texto quer dizer, mas ainda não está seguro se a interpretação está boa. 
Uma ótima maneira para descobrir isso é fazer exercícios. Eles podem ajudar você a saber se 
está no caminho certo, especialmente os de múltipla escolha. 
O portal Brasil Escola separou alguns exercícios para que o estudante consiga avaliar a qualidade 
de sua interpretação textual. Caso queira testar como está sua habilidade interpretativa, é 
possível fazer os exercícios neste link. 
Interpretação de textos no Enem 
Quem já fez o Enem sabe que ao longo da prova é necessário fazer muitas interpretações de 
texto e enunciados. 
E para que todo o seu estudo não vá por água abaixo no dia da prova, é importante interpretar 
bem o que as questões e textos querem dizer. 
Para isso, é recomendável seguir esses passos: 
Identifique os conceitos apresentados em cada parágrafo 
Identifique o objetivo do autor do texto. 
Sublinhe as principais ideias do texto e comece sua interpretação por elas 
Tente reescrever o texto com suas palavras 
 
 4 
Leia e releia o texto quantas vezes forem necessárias até você entender e criar um senso críticoe opinião sobre o assunto. 
Dicas para não fugir do tema 
Fugir do tema é algo que pode anular sua redação do ENEM, sabia? Por isso é um dos maiores 
medos dos estudantes que se preparam para o exame. 
Treinar redações ao longo do período de estudos é uma excelente forma chegar no dia da prova 
com a compreensão temática em dia. Mas às vezes é preciso uma ajudinha a mais para evitar 
que isso aconteça. 
Destrinche a proposta 
Toda folha de redação do ENEM possui uma proposta de tema, que deve ser seguido com 
algumas regras. Há um enunciado explicando essas normas e você deve destrinchá-las para 
partir para sua redação com o tema em foco, sem chance de fugir dele. 
Por exemplo: Veja o formato do texto – geralmente é dissertativo-argumentativo; o tipo de 
escrita; o título do tema; e o que a proposta pede que tenha em seu texto. O mais comum é que 
se peça proposta de intervenção respeitando os direitos humanos, argumentos e fatos para 
embasar os seus argumentos. 
Ou seja, você deve defender um ponto de vista em relação ao tema, mostrando se concorda ou 
discorda, apresentando soluções, fatos e dados. 
2 – Encontre a palavra-chave na coletânea 
A proposta de redação do ENEM, de modo geral, apresenta uma coletânea para ajudar na 
formulação de argumentos e embasar ideias. Pode ser um texto e uma charge, dois textos, uma 
matéria jornalística e um gráfico, enfim, são informações que são colocadas ali para auxiliar 
você. 
São de dois a três dados nessa coletânea, que devem ser analisados muito bem antes de iniciar 
a sua redação, pois eles que vão nortear a sua escrita. Eles funcionam para não haver uma 
margem grande diante de um tema que pode ser amplo, por exemplo: educação de jovens. 
Quando pensamos em educação de jovens pode vir à mente a educação familiar, da formação 
do jovem como indivíduo, ou então a educação institucional e a sua formação escolar. O tema 
em si pode ser ambíguo e por isso a coletânea de informações vai ajudar você nesse sentido a 
dar o foco que o enunciado pede. 
3 – Faça a leitura do texto no rascunho 
Inicialmente, escreva a sua redação do ENEM na folha de rascunho. Depois de finalizada, faça 
uma leitura completa, parte por parte, para verificar não só erros de português, mas para ver se 
você fugiu do tema em algum momento. 
Perceba no decorrer se você cumpriu todas as exigências do enunciado. Ou seja, se tem 
propostas de intervenção, se respeita os direitos humanos, se há soluções apresentadas, etc. 
 
 
 
 5 
Descrição 
A descrição é uma tipologia textual dedicada a detalhar determinados objetos, pessoas, lugares 
ou ações. Assim, o autor, ao utilizar esse recurso, procura transmitir suas impressões e 
sensações sobre algo de maneira que o seu leitor possa visualizar a cena relatada como uma 
fotografia. 
Sobre a noção de tipologia, Marcuschi (professor e linguista) a define como uma “sequência 
subjacente ao texto” marcada pela sua natureza linguística (aspectos sintáticos, lexicais, 
relações lógicas e de estilo etc.). Em outros termos, a tipologia textual tem marcas linguísticas 
que podem ser: 
relatar acontecimentos e situações (narração); 
apresentar uma tese e argumentos para defendê-la (dissertação); 
inserir opiniões e argumentos consensuais (exposição); 
realizar pedidos ou sugerir e categorizar uma sequência de ações/atividades (injunção); 
expor as características e propriedades de um objeto, pessoa ou ação (descrição). 
Em cada uma delas, há uma série de marcações textuais evidenciando suas principais 
características. O pesquisador ainda explica que, em uma produção textual, é possível encontrar 
diversas tipologias. 
Características da descrição 
Por se tratar de uma tipologia textual, a descrição está presente em uma diversidade de gêneros 
(carta pessoal, conto, notícia etc.) e sua estrutura depende do gênero ao qual ela está associada. 
Contudo, há um conjunto de características que nos permite tipificar elementos no texto e 
classificá-los como descritivos. Na descrição, temos: 
uso de adjetivos, locuções adjetivas e orações adjetivas; 
enumeração e comparação entre elementos a serem descritos; 
prevalência do tempo verbal localizado no passado; 
emprego de orações coordenadas justapostas. 
Tipos de descrição 
Há duas formas de se descrever um texto: a objetiva e a subjetiva. Vejamos, a seguir, exemplos 
que expõem cada uma dessas formas seguidos de uma breve análise. 
Descrição objetiva 
Na descrição objetiva prevalece a linguagem denotativa, isto é, a descrição mais concreta 
possível dos acontecimentos. Não há espaço para figuras de linguagem ou ressignificações dos 
termos. A descrição objetiva é usada em situações como laudos médicos e notícias, em que é 
preciso informar e detalhar um acontecimento. 
Veja um exemplo: 
 
 6 
O acidente ocorreu às 14 h e a vítima encontra-se em estado grave devido às lesões na cabeça 
sofridas mediante forte pancada. Até o momento, sabe-se que se trata de um homem, jovem, 
com cerca de 30 anos de idade, 1,75 de altura e magro. 
Descrição subjetiva 
Diferentemente da descrição objetiva, a descrição subjetiva oferece a possibilidade do uso de 
uma linguagem conotativa por meio das figuras de linguagem e da pluralidade de significados. 
Ela é muito utilizada em obras literárias, como poemas. 
Veja um exemplo: 
No sonho, eu andava sob um mar de tristezas e, ao chegar à ilha, deitava sobre areias alegres. 
Meu humor mudou, do mar para a areia, da tristeza para a alegria. Da turbulência para a 
calmaria. Da ansiedade para o sono profundo. 
Narração 
A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, fictícia ou mescla dados reais e 
imaginários. O texto narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo e em um 
espaço, organizados por uma narração feita por um narrador. 
Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a história. 
Existem três tipos de foco narrativo: 
- Narrador-personagem: é aquele que conta a história na qual é participante. Nesse caso ele é 
narrador e personagem ao mesmo tempo, a história é contada em 1ª pessoa. 
- Narrador-observador: é aquele que conta a história como alguém que observa tudo que 
acontece e transmite ao leitor, a história é contada em 3 pessoa. 
- Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre o enredo e as personagens, revelando seus 
pensamentos e sentimentos íntimos. Narra em 3ª pessoa e sua voz, muitas vezes, aparece 
misturada com pensamentos dos personagens (discurso indireto livre). 
É comum que o texto narrativo apresente a seguinte estrutura: 
Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados alguns personagens e expostas 
algumas circunstâncias da história, como o momento e o lugar onde a ação se desenvolverá. 
Complicação: é a parte do texto em que se inicia propriamente a ação. Encadeados, os episódios 
se sucedem, conduzindo ao clímax. 
Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu momento crítico, tornando o desfecho 
inevitável. 
Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações dos personagens. 
Os personagens têm muita importância na construção de um texto narrativo, são elementos 
vitais. 
As personagens são principais ou secundárias, conforme o papel que desempenham no enredo, 
podem ser apresentadas direta ou indiretamente. 
 
 7 
A apresentação direta é quando o personagem aparece de forma clara no texto, retratando suas 
características físicas e/ou psicológicas, já a apresentação indireta se dá quando os personagens 
aparecem aos poucos e o leitor vai construindo a sua imagem com o desenrolar do enredo, ou 
seja, a partir de suas ações, do que ela vai fazendo e do modo como vai fazendo. 
Elementos da narração 
"Elementos da narrativa 
Os textos narrativos podem apresentar cinco elementos que são característicos desse tipo 
textual. São eles: 
personagens; 
narrador ou foco narrativo; 
acontecimento; 
tempo; 
espaço; 
modo; 
causa; 
Embora sejam caracterizados como elementosda narrativa, as ferramentas não se apresentam, 
obrigatoriamente, todas no mesmo texto. Isso significa dizer que alguns textos narrativos 
podem ocultar um ou mais elementos, a depender do intuito do autor, do contexto de 
comunicação ou até da função sociocomunicativa do gênero. 
Os elementos que são considerados essenciais aos gêneros narrativos são as personagens, pois 
protagonizam os fatos ocorridos; a ação ou fato, pois toda narrativa se baseia em uma sequência 
de acontecimentos relacionados entre si; e o narrador ou foco narrativo, que se refere àquele 
que conta a história (se participa ou não dos fatos), e a perspectiva pela qual ele conta (com o 
olhar infantil, o olhar mais velho, se de uma visão total ou parcial dos acontecimentos). 
Além desses, os elementos secundários são relevantes, em diferentes níveis, aos textos 
narrativos. O tempo pode dividir-se em tempo cronológico — ordena a sequência de fatos em 
ordem linear de horas, dias, meses e anos — ou em tempo psicológico — ordena os fatos a partir 
dos pensamentos ou memória de um personagem e/ou narrador. 
O espaço é o elemento que marca os locais onde os acontecimentos ocorrem. Essa categoria 
pode designar um espaço macro (como cidades grandes, estados, países, etc.) ou micro (como 
a casa, o trabalho, a praça, o quarto, etc.). 
A categoria modo responde à pergunta “como?”. Ela se propõe a detalhar os meios que 
possibilitam ou caracterizam os acontecimentos da narrativa. Por fim, o elemento “causa” 
responde à pergunta “Por quê?”." 
"Gêneros narrativos 
Romance 
Conto 
 
 8 
Crônica 
Fábula 
Parábola 
Notícias 
Relatos 
História em quadrinhos 
Filmes 
Teatro 
Estrutura da narrativa 
O tipo narrativo apresenta diferentes estruturas, a depender do gênero textual no qual está 
inserido. Em outras palavras, o gênero textual narrativo influencia as características linguísticas 
e estruturais, pois pode priorizar alguns aspectos e ignorar outros. Além disso, a organização da 
estrutura pode ser modificada intencionalmente, caso muito comum nas narrativas ficcionais. 
Ainda assim, de um modo geral, a estrutura narrativa apresenta os seguintes tópicos. 
Situação inicial: apresenta as circunstâncias iniciais ou o passado que contextualiza a história e 
marca o ponto inicial dos acontecimentos. 
Interferência/mudança: indica a parte do texto que apresenta o elemento diferenciador, 
responsável por mudar a circunstância inicial dos fatos. 
Clímax: ápice da história. É a parte que apresenta o acontecimento máximo, o fato mais 
relevante. 
Desfecho/resultado: parte final da narrativa, a conclusão da história. O desfecho pode 
apresentar um final fechado (todas as principais perguntas são respondidas) ou aberto (não se 
sabe o futuro das personagens ou algumas perguntas relevantes ficam sem respostas). O final 
ainda pode ser previsível, quando corresponde às expectativas da história, ou imprevisível, 
quando quebra a expectativa induzida pela história." 
"Passo a passo de como se faz uma narração 
A narração representa acontecimentos e ações humanas por meio da linguagem e da 
encenação. 
Para fazer uma boa narração, é necessário, primeiramente, observar o gênero textual no qual 
ela será aplicada. Cada gênero terá suas exigências específicas, que devem ser consideradas. 
Feitas as considerações acima, algumas dicas podem ajudar na construção narrativa. 
Escolha um fato relevante. 
Escolha o narrador e a perspectiva mais adequada. 
Delimite a linha temporal que será narrada. 
Selecione seus personagens (reais ou não) e analise suas prioridades em relação aos fatos. 
Analise as características temporais e espaciais relevantes de serem compartilhadas. 
 
 9 
Selecione as informações. 
Abaixo segue alguns exemplos de textos narrativos: 
Fábula: O Lobo e o cordeiro 
“No tempo em que o lobo e o cordeiro estavam em tréguas, desejava aqueles que se oferecesse 
ocasião para as romper. Um dia que ambos se acharam na margem de um regato, indo beber, 
disse o lobo mui encolerizado contra o cordeiro: 
‘Por que me turais a água que vou beber?’ 
Respondeu mansamente: 
‘Senhor fulano lobo, como posso eu turbar a vossa mercê a fonte, se ela corre de cima, e eu 
estou cá mais abaixo?’ 
Reconheceu o adversário a clareza do argumento, porém, variando de meio, instou dizendo: 
‘Pois se não turbastes agora, a turbastes o ano passado.’ 
Satisfez o cordeiro, dizendo: 
‘Como podia eu cometer um crime haverá um ano, se eu não tenho ainda de idade mais que 
seis meses?’ 
Então o lobo, enfadado tanto mais quanto mais convencido disse: 
‘Pois, se não fostes vós, foi fulano carneiro vosso pai.’ E, investindo ao pobrezinho, o levou nos 
dentes. 
Assim fazem os ímpios e maliciosos a quem não há inocência que satisfaça nem desculpa que 
contente.” 
A fábula acima apresenta os elementos principais da narrativa: personagens, tempo, espaço, 
fato, modo e causa. A história começa com o cenário das duas personagens dialogando. A 
conversa entre o lobo e o cordeiro segue até o ápice, quando o lobo expõe o argumento final 
“foi fulano carneiro vosso pai”, e leva o cordeiro. Além disso, o final apresenta uma “lição 
moral”, elemento que se destaca na fábula. 
Conto: A Carteira – Machado de Assis 
“DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la 
foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e 
que, sem o conhecer, lhe disse rindo: 
-- Olhe, se não dá por ela; perdia-a de uma vez. 
-- É verdade, concordou Honório envergonhado. 
Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã 
uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não 
parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são 
grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de 
família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia 
aborrecida da solidão; baile daqui jantar dali chapéus, leques, tanta cousa mais, que não havia 
 
 10 
remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e 
armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e 
tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma 
voragem. 
-- Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa. 
-- Agora vou, mentiu o Honório. 
A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta, e constituintes remissos; por 
desgraça perdera ultimamente um processo, cm que fundara grandes esperanças. Não só 
recebeu pouco, mas até parece que ele lhe tirou alguma cousa à reputação jurídica; em todo 
caso, andavam mofinas nos jornais.” 
O trecho do conto machadiano também exemplifica o tipo narrativo. Nesse fragmento, é 
possível identificar a situação inicial da história, pela retomada ao tempo passado do 
personagem central Honório. Antes de dar seguimento ao que ocorre após o encontro com o 
objeto, o narrador constrói o contexto da personagem, revelando as informações que serão 
relevantes ao enredo." 
Dissertação 
A dissertação é um gênero textual que utiliza a argumentação como base para a defesa de um 
ponto de vista. Dessa forma, o autor, ao discorrer sobre o tema e apresentar a sua tese, deve 
afirmá-la com o uso de dados, estatísticas, pesquisas, fatos, exemplos e citações, dentre outros. 
Qual é o objetivo de uma dissertação? 
A dissertação é bastante requisitada em vestibulares e processos seletivos. 
E é fácil entender o porquê este gênero é o “queridinho” dos avaliadores. 
A redação dissertativa tem como objetivo convencer o leitor sobre uma perspectiva. 
Isso nada tem a ver com o fato de ele concordar com que está escrito, mas, sim, de aceitar que 
aquela opinião é válida e tem consistência.Por essa razão, a partir da dissertação, é possível reconhecer se o candidato tem raciocínio lógico 
e é capaz de apresentar os argumentos certos para defender seu ponto de vista. 
Além, é claro, de avaliar a aplicação da norma culta da língua portuguesa e a habilidade da 
comunicação escrita. 
Importância de escrever bem 
Só de entender o objetivo da dissertação, já conseguimos refletir sobre a importância de 
escrever bem, concorda? 
Afinal, como mencionamos, a escrita é uma etapa classificatória para os candidatos que 
pretendem entrar no ensino superior ou conquistar uma vaga de emprego. 
Embora essas sejam ótimas razões para aprender a escrever bem, elas não são as únicas. 
A escrita é determinante para o sucesso das nossas comunicações e relacionamentos. 
 
 11 
É só parar para pensar um pouco que você consegue se lembrar de vários momentos do dia em 
que envia mensagens de texto e e-mails, por exemplo. 
Se você se expressar equivocadamente, seja por um erro ortográfico ou por palavras mal 
colocadas, as chances de que o outro não compreenda a sua ideia é grande. 
Além disso, pode causar um mal entendimento, fazendo com que a relação seja prejudicada. 
Qual a estrutura da dissertação? 
A dissertação é estruturada em três partes: 
Introdução 
A introdução, como o nome já sugere, é o início do texto e a parte em que as ideias são 
apresentadas de forma sucinta, geralmente, em um parágrafo. 
Nela, o autor deve mencionar o tema da redação e contextualizar o que o leitor verá nas 
próximas linhas. 
Desenvolvimento 
Por sua vez, a etapa de desenvolvimento compreende os parágrafos seguintes. 
Considerando o tamanho da redação, o ideal é que o desenvolvimento seja feito em cerca de 
três parágrafos. 
Cada um deles pode ser baseado em um argumento, por exemplo. 
Isso porque, na etapa de desenvolvimento, é onde o autor apresenta todas as cartas que têm 
na manga para defender o seu ponto de vista. 
Desenvolvimento 
 
Uma das partes mais importantes de uma produção textual é a argumentação utilizada para 
defender seu ponto de vista sobre o assunto. Uma dica primordial para que o texto apresente 
um conteúdo completo e impressione o leitor é organizar suas ideias de forma lógica e coesa. 
Confira a seguir alguns passos importantes para ajudá-lo a criar o “corpo do texto” completo e 
bem estruturado. 
Estrutura do desenvolvimento e conclusão 
O desenvolvimento é um dos elementos que compõem a estrutura de uma redação. Seguido da 
introdução, essa é a parte do texto em que você deverá embasar as ideias apresentadas 
anteriormente. Por isso, é importante buscar informações sobre o tema e selecionar os tópicos 
que considera mais importante. 
Um texto dissertativo-argumentativo, que é o modelo mais cobrado nas provas de vestibular e 
Enem, exige que o autor apresente argumentos consistentes acerca do assunto. Sendo assim, 
estruturar os parágrafos para facilitar esse processo de convencimento do leitor é uma boa 
maneira de como fazer o desenvolvimento de uma redação. 
 
 12 
Como o número máximo de linhas exigidas nos processos seletivos costuma ser 30, evite 
apresentar muitas ideias. Geralmente dois tópicos são suficientes para desenvolver um bom 
texto. Dessa maneira, é possível dividir sua redação em dois parágrafos de desenvolvimento. 
A afirmação ou tópico frasal costuma ser o primeiro parágrafo utilizado para abordar a ideia 
central do tema. É um período utilizado para resumir os argumentos que serão desenrolados 
em seguida. Por isso, a frase deve ser curta e objetiva. 
Em seguida, inicia-se a explicação dos tópicos citados e ao longo do desenvolvimento é 
permitido e interessante citar exemplos relacionados ao tema. Pode ser um livro, filme, fala de 
alguém renomado, dados estatísticos ou algum assunto atual que enriqueça ou fundamente os 
seus argumentos. Vale destacar que as partes do texto devem estar interligadas e seguir uma 
ordem cronológica dos fatos, então o uso de conectivos é fundamental. 
E, por fim, a conclusão! Nessa parte da redação você deverá fazer o desfecho do texto, 
apresentando uma síntese do que foi abordado na introdução e desenvolvimento. É 
imprescindível que o autor se posicione dentro do contexto, revelando soluções ou resultados 
para os possíveis problemas. 
Menina de óculos sentada na mesa escrevendo 
Adotar o hábito de leitura ajuda a ampliar o repertório cultural e aprimorar a escrita. 
(Imagem: Shutterstock) 
Como fazer o desenvolvimento de uma redação: tipos de argumentos 
Em uma redação, além de dominar o assunto, o autor precisa apresentar ideias convincentes ao 
longo do texto. Para dar respaldo às propostas apresentadas, deixar a leitura mais atrativa e, 
claro, persuadir o leitor, selecionamos algumas estratégias de argumentos para você que tem 
dificuldade ou ainda não sabe como fazer o desenvolvimento de uma redação. 
Argumento por Exemplificação: uma das maneiras mais simples de fundamentar sua opinião. 
Esse é um recurso argumentativo que pode ser utilizado com o intuito de deixar o ponto de vista 
mais compreensível. Geralmente, costuma-se utilizar alguns termos como: para contextualizar, 
por exemplo, a título de exemplificação, como acontece no caso, etc. 
Argumento por Comparação ou Analogia: Como o próprio nome sugere, são feitas analogias 
com obras literárias, filmes, novelas, séries de TV, etc. Ao escolher essa estratégia, o autor do 
texto revela uma semelhança ou diferença do assunto abordado com outra situação existente. 
Argumento por alusão histórica: apesar de muito parecido com o recurso anterior, essa 
estratégia diz respeito a uma comparação específica do argumento com um fato histórico. A 
intertextualidade é a palavra-chave desse tipo de argumento, em que o autor da redação deverá 
tecer uma opinião crítica em relação ao recorte histórico escolhido. 
Argumento por evidência (ou por comprovação): o uso de dados estatísticos ou informações de 
domínio público divulgadas em pesquisas de órgãos importantes, são excelentes alternativas 
para respaldar o seu ponto de vista na redação. Contudo, vale ressaltar que, ao optar por este 
tipo de argumento, a fonte das informações utilizadas no texto deve ser citada. 
Argumento de autoridades: esse opção de argumento está relacionada a citação direta e 
indireta de fontes consideradas confiáveis sobre o assunto, como um especialista renomado. 
 
 13 
Enumeração: refere-se à listagem de fatos que ratificam a sua tese. Termos como 
primeiramente, outro fator importante, além disso, ademais, etc, costumam ser utilizados nesse 
contexto. 
Conclusão 
A conclusão de uma redação é o parágrafo que conecta o que foi apresentado na introdução e 
no desenvolvimento do texto. Partindo do princípio de que a estrutura de uma redação deve ter 
introdução, desenvolvimento e conclusão, esses três pontos devem estar bem alinhados, sem 
contradições. 
 
Portanto, a conclusão de uma redação corresponde ao parágrafo final, com poucas linhas, que 
contém a reafirmação do raciocínio desenvolvido. Tem como características ser uma síntese do 
que foi apresentado, confirmando a posição abordada no texto. 
 
Como fazer a conclusão de uma redação 
 
 
A conclusão de uma redação apresenta uma síntese do que foi abordado na introdução e no 
desenvolvimento. (Foto: Pixnio). 
 
Depois de ter feito a introdução e desenvolvido o tema, é na conclusão de uma redação que 
deve estar o resumo do que foi escrito, de maneira objetiva, fazendo uma conexão com todo o 
texto. 
 
A melhor forma de se fazer a conclusão de uma redação é apresentar sugestões de soluções 
que, inclusive, são bem aceitas nas redações Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 
 
Para iniciar uma conclusão, pode-se usar alguma conjunção conclusiva como: logo, portanto, 
assim, por isso, em vista disso, conseguinte, etc. 
 
Para exemplificar, veja como exemplo uma redação que tirou nota mil no Enem: 
 
Publicidade infantil em questão noBrasil 
 
Introdução 
 
 
 14 
Desde o início da expansão da rede dos meios de comunicação no Brasil, em especial o rádio e 
a televisão, a mídia publicitária tem veiculado propagandas destinadas ao público infantil, 
mesmo que os produtos ou serviços anunciados não sejam destinados a este. Na década de 
1970, por exemplo, era transmitida no rádio a propaganda de um banco utilizando personagens 
folclóricos, chamando a atenção das crianças que, assim, persuadiam os pais a consumir. 
 
Desenvolvimento 
 
É sabido que, no período da infância, o ser humano ainda não desenvolveu claramente seu senso 
crítico, e assim é facilmente influenciado por personagens de desenhos animados, filmes, gibis, 
ou simplesmente pela combinação de sons e cores de que a publicidade dispõe. Os adolescentes 
também são alvo, numa fase em que o consumo pode ser sinônimo de autoafirmação. Ciente 
deste fato, a mídia cria os mais diversos produtos fazendo uso desses atributos, como brindes 
em lanches, produtos de higiene com imagens de personagens e até mesmo utilizando atores e 
modelos mirins nos comerciais. 
 
Muitos pais têm então se queixado do comportamento consumista de seus filhos, apelando para 
organizações de defesa dos direitos da criança e do adolescente. Em abril de 2014, foi aprovada 
uma resolução que julga abusiva essa publicidade infantil, gerando conflitos entre as empresas, 
organizações publicitárias e os defensores dos direitos deste público-alvo. 
 
Entretanto, tal resolução configura um importante passo dado pelo Brasil com relação ao 
marketing infantil. Alguns países cujo índice de escolaridade é maior que o brasileiro já possuem 
legislação que limita os conteúdos e horários de exibição dos comerciais destinados às crianças. 
Outros, como a Noruega, proíbem completamente qualquer publicidade infantil. 
 
Conclusão 
 
A legislação brasileira necessita, portanto, continuar a romper com as barreiras impostas pela 
indústria publicitária, a fim de garantir que o público supracitado não seja alvo de interesses 
comerciais por sua inocência e fácil persuasão. No âmbito educacional, as escolas devem auxiliar 
na formação de cidadãos com discernimento e capacidade crítica. Desta forma, é importante 
que sejam ensinados e discutidos nas salas de aula os conceitos de cidadania, consumismo, 
publicidade e etc., adequando-os a cada faixa etária. 
 
Fonte: Guia da carreira. Autor: Gabriela Costa. Enem 2014. 
 
 
 15 
É possível perceber nessa redação que o autor usou a conjunção “portanto” para exprimir a 
conclusão. Poderia ser “A legislação brasileira necessita, assim, continuar” que não haveria 
perda de sentido da frase. 
 
O redator apresenta ainda sugestões de soluções para a problemática que é a publicidade 
infantil no Brasil. Tal questão fica perceptível desde o início da conclusão, quando disse que “A 
legislação brasileira necessita, portanto, continuar a romper com as barreiras...” e continuou 
com os períodos “as escolas devem auxiliar na formação de cidadãos com discernimento e 
capacidade crítica” e “Desta forma, é importante que sejam ensinados e discutidos...”. 
 
Por que a redação é tão importante em provas? 
A redação é requisito em provas para o ingresso em muitas universidades, em concursos 
públicos e, também, no Enem. 
É por meio dela que o candidato é avaliado, pois independentemente da área escolhida, faz-se 
necessário saber expressar-se pela escrita. Por isso, apesar dos conhecimentos específicos que 
serão importantes para o desempenho futuro, também é importante saber usar os recursos da 
gramática associando ao conhecimento geral sobre diversos assuntos. 
Existem bancas, como a do Enem, que propõem redações pautadas em temas objetivos e, na 
maioria das vezes, com abordagem social. Mas, também é possível encontrar redações com 
abordagem subjetiva, cujos temas estão relacionados à experiência do redator. 
Por isso, saber o tipo de redação que será feita ajuda na hora de fazer a conclusão. Isso porque 
cada abordagem pede um fechamento. 
Para temas objetivos, como as redações do Enem, em que os temas abordam assuntos de 
conhecimentos sociais, a conclusão deve trazer soluções para um determinado problema. Já 
para as redações que pedem uma abordagem mais subjetiva, a partir da vivência de cada 
redator, a conclusão dispensa sugestões. 
Gêneros da esfera publicitária 
"Os textos publicitários são aqueles que têm o objetivo de anunciar alguma coisa, fazer com que 
uma informação torne-se pública, desde uma campanha de vacinação até os anúncios de 
produtos e/ou prestação de serviços. Podemos encontrar os textos publicitários circulando em 
diversos suportes de comunicação, como os midiáticos (televisão, internet e rádio) e 
jornalísticos (jornais, revistas), e espalhados pelas vias urbanas (outdoors, pontos de ônibus, 
postes de iluminação pública etc.). 
Linguagem 
Podemos dizer que a linguagem, sobretudo no que se refere à sua função e ao tipo, é a 
característica mais relevante dos textos publicitários, já que se trata do principal recurso que o 
autor da peça (texto) publicitária tem para que os efeitos de sentido gerados sejam aqueles 
desejados pelo autor para alcançar os leitores. 
Quanto à função da linguagem dos textos publicitários, ela pode ser abordada de várias formas: 
linguagem referencial (quando o texto tem o objetivo de divulgar uma informação real), 
 
 16 
linguagem emotiva (quando o texto pretende alcançar seu objetivo por meio da emotividade 
dos leitores) e linguagem apelativa ou conativa (quando o texto tem o objetivo de convencer 
alguém a fazer ou comprar alguma coisa, é conhecida como retórica). 
Com relação ao tipo de linguagem, os textos publicitários podem ser criados a partir das 
linguagens verbal (oral ou escrita), não verbal (imagens, fotografias, desenhos) e mista (verbal 
e não verbal). 
É relevante ressaltarmos também que a linguagem dos textos publicitários é pensada no sentido 
de atingir um grande número de interlocutores, ou seja, as massas, e, por essa razão, deve ser 
de fácil compreensão, objetiva, simples e acessível a interlocutores de todos as classes e faixas 
etárias. 
Criatividade 
De maneira geral, para conseguir causar efeitos de sentido e seduzir, chamar a atenção dos 
interlocutores, os autores das peças publicitárias fazem trocadilhos e trabalham as linguagens 
verbal e não verbal de maneira criativa. 
Objetividade 
Geralmente, os textos publicitários têm extensão bem reduzida, já que circulam em suportes 
cujo espaço também é reduzido e o valor de cada anúncio depende de seu tamanho. A seção 
dos classificados de jornal, que é um exemplo de texto publicitário, é um bom exemplar para 
que possamos observar essa característica. Outro exemplo que ilustra a objetividade dos textos 
publicitários é a criação de slogan (uma frase curta e de fácil memorização) ou manchetes, os 
quais resumem em um único enunciado as informações e os objetivos do texto. 
Exemplos de slogan: 
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) 
Cheetos, é impossível comer um só. (Elma Chips) 
Vem pra Caixa você também. Vem! (Caixa Econômica Federal) 
A rádio que toca notícias, só notícias. (Rádio CBN) 
Publicidade e o público 
Em virtude de seu caráter persuasivo e pelo fato de alcançar as grandes massas, o texto 
publicitário exerce grande influência e poder sobre o público. Esse texto promove o 
compartilhamento de ideias, produtos e serviços e, de certa forma, orientações ideológicas. 
Devido ao seu papel importante na nossa cultura, existe uma autorregulamentação para a 
divulgação/publicação de textos publicitários, a qual define limites de atuação e aprovação (ou 
não) quanto à veiculação de alguns anúncios. Essa autorregulamentação é necessária porque, 
conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC), os textos publicitários respondem pela 
qualidade dos produtos e serviços que estão sendo oferecidos, portanto, nãodevem realizar 
propaganda enganosa, que é crime. 
Ainda de acordo com o CDC, propaganda enganosa significa qualquer modalidade de informação 
falsa, capaz de induzir o consumidor ao erro no que diz respeito à natureza, característica, 
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e 
serviços. 
 
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Estrutura do texto publicitário 
O texto publicitário é composto, muitas vezes, por imagem, título, texto, assinatura e slogan. A 
assinatura é o nome do produto/serviço e do anunciante. Slogan, como já dissemos, é um 
enunciado conciso e de fácil associação ao produto e lembrança do leitor. O título/headline é 
um enunciado breve com o objetivo de captar a atenção do leitor, incitando sua curiosidade. O 
texto deve incitar no consumidor o interesse, o desejo por aquilo que está sendo 
oferecido/anunciado. 
A extensão do texto publicitário depende da intencionalidade discursiva do autor/anunciante e 
do espaço disponível/sugerido pelo suporte de circulação no qual o texto será veiculado: jornal, 
revista, outdoors, jingles em rádio (aliado à musicalidade), redes sociais, sites etc. 
Vertentes do texto publicitário 
Existem duas vertentes filosóficas do texto publicitário, ambas com origens filosóficas: a 
apolínea e a dionisíaca. 
Apolínea 
A vertente apolínea visa ao desenvolvimento de textos que remetem à individualização, ou seja, 
descrevendo e/ou narrando, como ocorre com as artes plásticas, fotografia e narração de 
histórias. 
Dionísica 
A vertente dionisíaca busca despertar sentimentos diversos em seus leitores/interlocutores para 
que assim possa criar empatia, contradição, terror, carinho etc. Geralmente, para causar esses 
efeitos, a música, a dramatização e a expressividade corporal são utilizadas." 
Gêneros da esfera jornalística 
Os textos jornalísticos são os textos veiculados pelos jornais, revistas, rádio e televisão, os quais 
possuem o intuito de comunicar e informar sobre algo. 
Nos dias atuais, o texto jornalístico é provavelmente o gênero textual mais lido, pois possui o 
maior alcance nos diversos setores da sociedade. 
Uma característica importante dos textos jornalísticos é sua efemeridade, visto que favorecem 
o conhecimento de informações atuais com o propósito de difundir o que acontece de novo. 
Estrutura do Texto Jornalístico 
jornais 
A composição de um texto jornalístico é dividida em: 
Pauta: escolha do tema ou assunto. 
Apuração: recolha das informações, dados e verificação da veracidade dos fatos. 
Redação: transformação das informações num texto. 
Edição: correção e revisão dos textos. 
A Linguagem Jornalística 
 
 18 
A linguagem jornalística é em prosa e deve ser clara, simples, imparcial e objetiva de modo a 
expor para o emissor as informações mais relevantes sobre o tema. 
O jornalista possui a função de “traduzir” e transmitir as informações para o público em geral, 
utilizando um método de desenvolvimento textual baseado no critério básico ao responder às 
perguntas: 
“O quê?” (acontecimento, evento, fato ocorrido); 
“Quem?” (qual ou quais personagens estão envolvidos no acontecimento); 
“Quando?” (horário em que ocorreu o fato); 
“Onde?” (local que aconteceu o episódio); 
“Como?” (modo que ocorreu o evento); 
“Por quê?” (qual a causa do evento). 
No tocante à sua estrutura gramatical, normalmente o texto jornalístico apresenta frases curtas 
e ideias sucintas, as quais favorecem a objetividade do texto. 
Além disso, trabalham com o recurso das repetições que auxiliam na memorização e assimilação 
das informações. O mais comum é o uso da ordem direta nas construções frasais, ou seja: sujeito 
+ verbo + complementos e adjuntos adverbiais. 
Esses textos possuem uma linguagem denotativa, ou seja, isenta de ambiguidades e que possui 
um único sentido, 
Aqui, vale lembrar que o jornal é um veículo portador de diferentes gêneros textuais. Portanto, 
eles podem apresentar uma linguagem conotativa (figurada), na medida em que desenvolve os 
diversos tipos de textos: 
narrativo 
descritivo 
dissertativo-opinativo 
injuntivo 
expositivo 
Veja também: Gêneros Textuais 
Lide 
Um recurso jornalístico muito utilizado é o “lide” (forma aportuguesada) ou “lead” (no inglês), 
que significa “guia”, “principal”, “liderança” ou “o que vem à frente”. 
O “lide” representa a primeira parte do texto jornalístico que se encarrega de apresentar as 
principais informações da matéria, essenciais para destacar “aos olhos do leitor” o acesso à 
informação. 
Assim, o “lide” é um recurso jornalístico essencial e que deve ser bem elaborado, objetivo e 
coerente. Isso porque favorece o interesse do leitor, sendo comum que muitos dos leitores 
leiam apenas o lide de cada matéria jornalística. 
 
 19 
Pirâmide Invertida 
A Pirâmide Invertida é um dos recursos jornalísticos utilizados a fim de hierarquizar as 
informações no espaço do jornal, onde prevalece a ordem decrescente de importância. 
Sendo assim, o conteúdo mais importante localizado na base da pirâmide (parte mais larga), 
permanece na parte de cima da folha. Por outro lado, o conteúdo mais superficial ou menos 
relevante, chamado de “ápice” ou “vértice”, está situado embaixo do texto. 
Texto Informativo 
Os textos informativos são um dos gêneros mais presentes nos textos jornalísticos. Eles 
englobam as produções textuais objetivas em prosa, baseadas na linguagem clara e direta 
(linguagem denotativa). 
São textos que têm como objetivo principal transmitir informação sobre algo, estando isento de 
duplas interpretações. 
Assim, o emissor (escritor) dos textos informativos preocupa-se em expor brevemente um tema, 
fatos ou circunstâncias a um, ou vários receptores (leitor). 
Veja também: Texto Informativo 
Gêneros Jornalísticos 
O jornal abriga diversos textos jornalísticos, vulgarmente chamados de “matérias”, sendo 
divididos em seções, compostas pelos mais variados gêneros textuais: 
editorial 
notícia 
reportagens 
entrevistas 
textos publicitários 
classificados 
artigos 
crônicas 
resenhas 
charges 
cartas do leitor 
Exemplos de Textos Jornalísticos 
Medicamentos Genéricos e Medicamentos de Marca 
Diz-se que os medicamentos genéricos têm a mesma qualidade, eficácia e segurança do 
medicamento original que lhe serviu de referência. Uma das vantagens dos medicamentos 
genéricos encontra-se no preço inferior ao preço praticado pela venda do medicamento de 
marca. 
 
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Medicamentos Genéricos 
Os medicamentos genéricos estão identificados com a sigla MG nas embalagens. Eles são 
aprovados pela INFARMED, que disponibiliza uma lista de medicamentos genéricos online. A 
cada medicamento é atribuída uma A.I.M. (Autorização de Introdução no Mercado) com um 
respetivo número de registo. Segundo a lei, estes medicamentos podem unicamente ser 
comercializados depois do período de proteção de patente do medicamento de referência ter 
expirado (um período aproximado de 20 anos). 
Medicamentos de Marca 
Os medicamentos genéricos podem ter, no entanto, substâncias não ativas diferentes dos 
medicamentos originais, como corantes, açúcares e amidos, podendo diferir em tamanho, sabor 
ou forma destes. Apesar das substâncias ativas (os chamados excipientes) distinguirem-se entre 
medicamentos de marca e medicamentos genéricos, as diferenças não acusam normalmente no 
efeito terapêutico 
Nem toda a medicação de marca tem um medicamento genérico equivalente. 
Medicamentos Genéricos ou Medicamentos de Marca? 
Ao adquirir medicamentos genéricos mais baratos, os utentes desfrutam de uma 
comparticipação igual ou superior à que já tinham. Os utentes que comprarem medicamentos 
mais caros, veem a sua comparticipação ser reduzida. 
Pode simular na página da DECO os medicamentos mais baratos entre medicamentos de marca 
e medicamentos genéricos. 
Gêneros da esfera Digital 
Antes de mais nada, é importante compreender o que são esses novos gêneros digitais. Paraisso, vale a pena considerar que todos os gêneros textuais apresentam certas características em 
comum. Ou seja, têm uma estrutura própria. 
Isso vale também para os novos tipos textuais. Em função das tecnologias mais recentes, como 
a internet e o smartphone, novas situações comunicacionais passaram a fazer parte de nosso 
cotidiano. 
De maneira geral, a comunicação por meio dessas novas ferramentas apresentam estruturas de 
textos próprias, adaptadas para os novos veículos de comunicação. 
Uma das principais características desses novos formatos é apresentar períodos mais curtos e 
diretos. Além disso, é comum notar a presença de elementos audiovisuais e também de 
hiperlinks. Abreviaturas e linguagem interativa, como os chamados “emojis”, também fazem 
parte desses novos gêneros. 
gêneros digitais 
Quais os principais gêneros digitais? 
Existem diferentes gêneros textuais digitais que estão presentes nas mídias digitais e, com o 
passar do tempo, é bem provável que outros surjam. Contudo, quando pensamos em exames 
vestibulares, vale a pena conferir aqueles tipos que são citados pela BNCC. Veja abaixo. 
Currículo web 
 
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O currículo é uma das principais ferramentas para conseguir um emprego. Durante muito 
tempo, era comum que as pessoas entregassem pessoalmente esse documento nos lugares que 
pretendiam trabalhar. 
Com o avanço da tecnologia, em especial da internet, essa realidade foi alterada. Hoje, grande 
parte das pessoas e empresas, optam por trabalhar com currículos web. 
Nesse sentido, uma plataforma digital é utilizada para fazer o currículo. Nela, são 
disponibilizadas ferramentas para que o candidato apresente documentos, fotos e, se 
necessário, até mesmo arquivos de vídeo e voz. 
GIF (Graphics Interchange Format) 
O GIF é um formato bastante comum nos meios digitais, em especial nas redes sociais. De 
maneira geral, esse gênero trata-se de uma montagem de imagens que se sucedem de maneira 
repetida, como uma espécie de vídeo de curta duração. 
Geralmente, os GIFs são utilizados juntamente de textos verbais e não verbais. O principal 
objetivo desse tipo textual é tornar a comunicação mais rápida, dinâmica e mais eficiente, 
abrindo maior espaço para compreensões subjetivas. 
Fanfiction 
A Fanfiction, também conhecida apenas pela abreviatura, Fanfic, é um dos gêneros digitais mais 
utilizados por fãs de literatura e cinema. Muitas vezes, ela pode ser compreendida como um 
novo tipo literário, desenvolvido pelos fãs de determinada obra. 
Em geral, aquelas pessoas que consomem um determinado conteúdo (filme, livro, série, game 
etc.) se propõem a narrar uma história ficcional a partir dos roteiros e narrativas já existentes. 
Dessa forma, esse gênero é fruto das próprias interações no espaço virtual, tendo nascido, se 
desenvolvido e se popularizado por meio das plataformas digitais. Quem mantém as fanfics vivas 
são os próprios fãs, que também são, ao mesmo tempo, autores e leitores. 
Vlog 
O vlog é outro gênero muito popular. Em grande parte, ele se assemelha aos famosos “blogs”. 
Contudo, existe uma diferença primordial: enquanto os blogs são formatos escritos, os vlogs são 
vídeos. 
Quem desenvolve um vlog é geralmente conhecido como vlogger ou vlogueiro. Geralmente, os 
produtores desse tipo de conteúdo fazem publicações regulares, com o intuito de garantir 
engajamento e envolvimento de seu público. Uma das principais plataformas de vlogs é o 
YouTube. 
Wiki 
A Wiki é um gênero bastante antigo dentro da internet, contudo, tem ganhado cada vez mais 
espaço com o passar do tempo. De maneira geral, esse formato é marcado pela escrita 
colaborativa. Por meio de um código aberto, qualquer pessoa pode editar o conteúdo exposto. 
Normalmente, todas as versões da página ficam salvas em uma espécie de histórico da 
plataforma em que são publicadas. Isso permite que as modificações sejam revertidas e 
recuperadas, caso seja necessário. 
 
 22 
Carta do leitor 
A carta do leitor é um tipo de carta veiculada geralmente em jornais e revistas, onde os leitores 
podem apresentar suas opiniões. 
Esse gênero epistolar possui uma função relevante para os meios de comunicação, de modo que 
a carta do leitor assegura uma resposta (feedback) de seus leitores. 
Esse espaço reservado aos leitores é um importante instrumento de comunicação, pois eles 
podem interagir com o meio de comunicação, expondo assim, seu ponto de vista sobre uma 
notícia, reportagem, pesquisa ou qualquer outro assunto atual. 
Assim, as opiniões, sugestões, críticas, perguntas, elogios e reclamações dos leitores são 
publicadas e podem ser visualizadas por qualquer indivíduo. 
Além disso, o leitor pode sugerir algum tema a ser abordado. Por esse motivo, é uma importante 
ferramenta de produção de pauta para os veículos de comunicação. 
Principais características da carta do leitor 
Textos breves e escritos em 1.ª pessoa; 
Temas atuais e de caráter subjetivo; 
Linguagem simples, clara e objetiva; 
Presença de destinatário e remetente; 
Texto expositivo e argumentativo. 
Estrutura: como fazer uma carta do leitor? 
Devemos lembrar que a carta do leitor possui um remetente (emissor ou locutor) e destinatário 
(receptor ou interlocutor). 
Antes de ser publicada ela passa pela equipe de revisão, a qual adaptará o texto e corrigirá 
possíveis erros. 
Por esse motivo, não existe um modelo específico, uma vez que segue o padrão de apresentação 
e o espaço destinado para esse fim determinado pelo meio de comunicação. 
Vale lembrar que a carta do leitor é uma pequena seção do veículo de comunicação, a qual pode 
ser publicada na íntegra, ou somente trechos relevantes. 
Como será publicada, as expressões de baixo calão, ou posições preconceituosas não devem ser 
pronunciadas. 
Além disso, o leitor deve evitar expressões populares, gírias, vícios de linguagem, apresentando 
seu texto numa linguagem formal, ou seja, que segue a norma culta da língua. 
Importante destacar que, de acordo com o público, a linguagem pode ser mais descontraída, 
por exemplo, numa revista para adolescentes. 
Geralmente as cartas dos leitores não seguem uma estrutura padrão, no entanto, devem 
apresentar alguns elementos estruturais: 
 
 23 
Vocativo: aparece o nome da revista ou do jornal e pode vir acompanhada de local e data 
(chamado de cabeçalho). 
Introdução: pequeno trecho que aborda o assunto que será apresentado e explorado pelo leitor. 
Desenvolvimento: desenvolvimento da argumentação do leitor sobre sua ideia central. 
Conclusão: o leitor arremata suas ideias, e geralmente inclui uma sugestão para o assunto 
abordado. 
Despedida: representa as saudações finais do leitor, por exemplo: atenciosamente, 
cordialmente, abraços, etc. 
Assinatura: O leitor assina seu nome, o qual pode aparecer em forma de sigla, por exemplo, 
Afonso Miguel Pereira dos Santos (A.M.P.S.) 
Exemplos de carta do leitor 
Para compreender melhor o conceito de carta do leitor, segue abaixo dois exemplos, onde o 
primeiro apresenta uma linguagem formal e o segundo uma linguagem informal: 
Exemplo 1 
São Paulo, 12 de dezembro de 2013 
Caros Editores da Revista Viagens e Lazer, 
Antes de mais nada, gostaria de agradecer a matéria publicada no mês de outubro intitulada 
“Lugares Inóspitos do Planeta” pela riqueza de detalhes e beleza das fotos. 
Artigo de opnião 
Quem costuma ler jornal, revistas ou portais, com certeza já se deparou com um artigo de 
opinião. 
Isso porque esse gênero textual é habitualmente publicado nesses tipos de veículos. 
Normalmente, os artigos de opinião expõem temas de interesse da sociedade. Assim, é usual 
que sejam abordados fatos recentes, muitas vezes polêmicos, e de grande repercussão. 
Quais são as características? 
O artigo de opinião faz parte do grupo de textos argumentativos. Nele, o ponto de vista do autor 
sobre determinado assunto é evidenciado. 
Para comprovar a tese defendida, devem ser usados dados, fatos e outroselementos. 
É fundamental ainda que o artigo respeite as normas da língua portuguesa e utilize uma 
linguagem de fácil compreensão. 
É permitido usar verbos na primeira pessoa do singular, mesmo que muitos autores optem pela 
terceira pessoa. 
O artigo de opinião é, geralmente, curto, para se encaixar aos espaços pré-determinados dos 
canais de imprensa, e assinado. 
Como é a estrutura de um artigo de opinião? 
 
 24 
Agora que você já sabe o que é um artigo de opinião e conhece as características do gênero, 
podemos avançar e entrar em outra parte importante deste conteúdo: a estrutura do texto. 
Introdução com tese 
Em outros tipos textuais, como a redação dissertativa, por exemplo, a introdução é uma parte 
breve do conteúdo - de, em média, um parágrafo -, que introduz o tema do texto. 
No artigo de opinião, embora a introdução também seja indicada para falar da tese, o número 
de linhas não é tão limitado. 
Ou seja, a apresentação do ponto de vista pode ser mais extensa e detalhada. 
Desenvolvimento com argumentação 
A segunda parte, que representa os parágrafos secundários, é destinada ao desenvolvimento 
dos argumentos. 
É o momento, portanto, de expor todos os recursos disponíveis para defender o seu ponto de 
vista. 
Vale dizer que aqui também há espaço para contra-argumentar. Ou seja, se antecipar aos 
possíveis questionamentos de leitores com opiniões contrárias. 
Conclusão 
O artigo de opinião se encerra com uma conclusão. Nela, o autor deve fazer uma síntese do que 
foi dito e reforçar a tese defendida. 
artigo de opinião quais sao caracteristicas 
Como começar o artigo de opinião? 
Se você pretende redigir um artigo de opinião, deve saber que é necessário fazer uma pesquisa 
completa sobre o assunto em questão. 
Afinal, não só a sua teoria precisa de base, como os leitores também querem entender as razões 
por trás da sua posição. 
Em outras palavras, a sua abordagem não pode, de forma nenhuma, ser rasa. Esse é o primeiro 
passo, portanto, para começar um artigo de opinião. 
Como escrever um bom artigo de opinião? 
Depois de fazer a sua investigação sobre o tema e listar os argumentos relevantes para a defesa 
da sua tese, é hora de colocar a mão na massa. 
Quando for escrever um artigo de opinião, reflita a respeito do público que vai ler o conteúdo. 
Isso, certamente, ajudará a criar uma narrativa adequada. 
Faça uma boa introdução, com clareza, para que o leitor possa compreender rapidamente sobre 
o que se trata o artigo. 
O título não precisa entregar o assunto tão explicitamente, mas deve estar relacionado e ser 
criativo. 
 
 25 
Se possível, apresente uma solução para o problema apresentado. Essa proposta pode servir 
como desfecho do artigo de opinião. 
Passo a passo para construir um artigo de opinião 
Agora, de um jeito mais prático, veja como construir o seu artigo de opinião em poucos passos. 
Planejamento e projeto de texto 
Primeiramente, faça uma reflexão sobre o seu texto. Certifique-se do tema que será abordado, 
do seu ponto de vista e dos argumentos que têm na manga. 
Em seguida, pense na organização dos parágrafos e defina o conteúdo de cada um deles. Com 
esse guia, ficará mais fácil colocar as ideias no papel. 
Rascunho 
O rascunho é um projeto do artigo, que deve conter todas as informações que serão retratadas 
no texto. 
Nele, é possível fazer edições na forma como o conteúdo é apresentado, mas não é indicado 
que haja grandes desvios na proposta inicial. 
Revisão 
Depois de pronto, é hora de revisar o artigo de opinião. 
Aqui, além de procurar por erros de português, também é importante fazer uma avaliação 
minuciosa das ideias apresentadas, a fim de identificar falhas de lógica nos argumentos. 
Dicas para escrever melhor 
A essa altura, não restam dúvidas sobre como fazer um artigo de opinião, certo? 
No entanto, para redigir textos cada vez melhores, é possível adotar técnicas e práticas para 
aprimorar a habilidade da escrita. 
Tome nota de algumas dicas: 
Leia bastante e diversifique os tipos de textos; 
Pesquise antes de escrever; 
Exercite a escrita em vários momentos do dia; 
Experimente ter um diário; 
Aprenda a usar corretamente a pontuação; 
Desabilite o corretor ortográfico; 
Revise seus textos um tempo depois de ter escrito; 
Procure ler o que escreveu em voz alta. 
artigo de opinião passo a para construir-um 
Exemplo de artigo de opinião 
Você pode ler artigos de opinião de autores diversos em vários veículos de comunicação. 
 
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Extraímos um trecho de um texto publicado por Cida Barbosa no jornal Correio Braziliense. 
Confira! 
Um mal camuflado 
Somente agora, já adulta, uma professora do interior da Bahia conseguiu superar o temor e 
revelar que sofreu abuso sexual na infância e na adolescência. Numa mensagem em vídeo, 
denunciou dois tios e um amigo da família. “Tenho 26 anos, e ainda dói bastante”, contou Flávia 
Santos. “Todos esses anos sofrendo calada, quieta. Até que minha irmã teve coragem e postou 
no grupo da família que foi molestada quando criança pelo mesmo tio que me molestou. Então, 
resolvi falar, denunciar.” Ela também registrou um boletim de ocorrência. 
Na postagem, a professora alertou para “um mal inserido no nosso dia a dia, um mal silencioso, 
camuflado”. É o que apontam estatísticas: a maioria dos abusos ocorre no ambiente familiar, o 
que torna o crime ainda mais sórdido e difícil de ser combatido. 
Dados do Disque 100 - canal de denúncias do governo federal - mostram que os predadores 
sexuais são, principalmente, pais e padrastos. Tios, irmãos, avôs e amigos da família também 
aparecem com frequência. Ou seja, a casa, onde deveriam estar em segurança, é o lugar onde 
crianças e adolescentes ficam mais à mercê de seus algozes. Os demais integrantes do núcleo 
familiar não percebem a atrocidade ou se calam para preservar sua “harmonia”. 
As vítimas costumam aguentar tudo em silêncio porque o molestador é alguém da família ou 
conhecido, porque são ameaçadas, têm vergonha ou sentem-se culpadas. Muitas não relatam, 
também, por não compreenderem que estão sofrendo abusos. “Eu só vim entender que tinha 
sido violentada, molestada, estuprada, aos 18, 19 anos”, confirma Flávia, no vídeo. 
Há outra face cruel dessa barbaridade. Quando crianças e adolescentes denunciam a violência 
são, comumente, desacreditados, inclusive, pela própria família. Foi o que aconteceu, agora, 
com Flávia, mesmo já adulta. A mãe questionou as acusações dela, e parte dos parentes a 
defenestrou. “Perguntaram como eu tinha coragem de fazer isso, se não pensava na dor deles. 
Acaba que não pensam no que aconteceu com a gente”, lamentou. 
Vítimas de abusos podem não conseguir denunciar, mas emitem sinais: tornam-se agressivas, 
têm comportamentos sexuais, queda de rendimento escolar, depressão, insônia, falta de 
apetite. Pais ou responsáveis devem orientar as crianças. Explicar, por exemplo, quais são as 
partes do corpo que não podem ser tocadas por outras pessoas e questionar se alguém as 
tratam de forma desconfortável. Informadas, elas vão conseguir contar mais rápido se forem 
vitimadas. O diálogo ajuda a prevenir ou a descobrir violações. 
Quem souber de abusos contra meninos ou meninas deve denunciar nos conselhos tutelares, 
em qualquer delegacia, por meio do Disque 100 ou do aplicativo Proteja Brasil. Flávia destacou 
a importância da iniciativa. “Esse meu tio está sob suspeita de ter molestado também a enteada 
(de 14 anos). Talvez, se eu tivesse falando antes, ele não teria feito isso com ela também. O 
melhor a se fazer, gente, é denunciar. Denuncie, denuncie. Vamos proteger nossas crianças. 
 
 
 
 
 
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Editorial 
"Editorial é um texto de cunho jornalístico e opinativo que serve para apresentar o 
posicionamento crítico de determinado grupo (empresa, jornal ou direção) sobre os principais 
assuntos do momento da publicação. Possui uma linguagem formal e padronizada na norma 
culta, com argumentaçãoimpessoal. Sua estrutura se compõe na apresentação do tema, 
discussão, fundamentação e conclusão, sendo comumente indicada no topo ou canto da página 
com algum indicativo como “carta ao leitor”." 
"Características e estrutura de um editorial 
O editorial é um gênero textual de cunho jornalístico, opinativo e argumentativo que apresenta 
a opinião ou o posicionamento crítico da empresa, do jornal ou da direção a respeito dos temas 
mais patentes no momento da publicação. Desse modo, é um texto que sintetiza, em certa 
medida, a leitura geral do momento no qual o jornal será publicado, ao mesmo tempo em que 
apresenta o posicionamento da equipe. 
Por ser um texto profissional e direcionado a amplo público, o trato com a linguagem é exigente 
e padronizado, buscando garantir, com isso, uma identidade do texto jornalístico, bem como a 
impessoalidade e a acessibilidade à leitura, tendo em vista a diversidade de tipos de leitores que 
podem se dedicar ao texto. 
Nesse sentido, é essencial que se utilize a língua na norma culta, evitando, contudo, palavras e 
expressões muito específicas ou arcaicas, pois podem dificultar a inteligibilidade do texto. Ainda 
é comum uma estrutura sintática na voz passiva, com verbos na terceira pessoa do presente do 
infinitivo. Além disso, por ser um texto que representa um coletivo de pessoas, é escrito 
conjuntamente e não apresenta assinatura individual. Comumente aparece nos jornais como 
“carta ao leitor”. 
O editorial se divide em três partes principais: 
introdução; 
desenvolvimento; 
conclusão. 
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Cada uma dessas partes cumpre uma função importante para garantir ao texto sua unidade de 
sentido. Abaixo segue uma breve explicação do que deve conter em cada uma das partes. 
Introdução: deve apresentar uma contextualização do tema, situando, assim, o leitor dentro do 
cenário no qual se insere o ponto de vista apresentado. Por isso, ela deve trabalhar com as 
informações mais conhecidas para dar um ponto de partida para a seguinte discussão. Nesse 
sentido, também é comum que os editoriais apresentem uma tese a respeito dos problemas ou 
questões levantadas. 
Desenvolvimento: aprofunda os tópicos indicados na introdução, contextualizando o tema por 
meio de novas informações, apresentando suas teses com fundamentação e embasamento, 
principalmente com o uso de dados concretos e/ou reais. 
Conclusão: faz uma síntese do que foi dito anteriormente, apresentando, em certa medida, um 
resumo geral do que se pretendeu afirmar com o texto. É também comum uma reafirmação da 
 
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tese apresentada, bem como a retomada de informações-chaves, além de indicações de 
possíveis caminhos para o enfrentamento das questões. 
Tipos de editorial 
Os editoriais apresentam-se no topo ou lateral da folha com algum indicativo, como “carta ao 
leitor”. 
Os editoriais possuem uma estrutura bem semelhante, entretanto é comum, em alguns jornais, 
que o editorial venha por setor, ou seja, para cada grande área (economia, esporte, educação, 
segurança, etc.), há um editorial. Sendo assim, apesar de não falarmos de tipos em termos de 
estrutura, é preciso observar as variações temáticas. 
Veja também: Operadores argumentativos – elementos que cooperam para a coesão de um 
texto 
Como fazer um editorial? 
Antes de realizar a escrita, é importante reunir o grupo responsável pelo editorial, a fim de se 
debater os assuntos do momento, indicar posicionamentos e ideias, para que, após um primeiro 
consenso, o texto possa ser iniciado de fato na escrita. A tarefa de escrita e revisão do texto 
pode ser dividida de diferentes modos, a depender do jornal e da equipe envolvida. 
Em relação à estrutura, é importante definir qual tese será defendida sobre o momento, 
identificar as informações que já são conhecidas e desconhecidas ao grande público, pesquisar 
informações e dados que contribuam na defesa do ponto de vista, para organizar o material 
dentro da estrutura do editorial. 
É pertinente que o texto se inicie com o que é mais conhecido ao leitor, apontando para 
problemas que indicarão a sua tese. Em seguida, no desenvolvimento, aproveitar para 
aprofundar o assunto, apresentar outras leituras, colocar os argumentos, fundamentar as 
defesas, tudo em direção ao convencimento do leitor. Na conclusão, propor um desfecho crítico 
ou propositivo para o assunto." 
A construção dos Parágrafos 
Familiarizados com o tema a ser desenvolvido, elencadas todas as ideias a serem discorridas... 
finalmente estamos aptos a começarmos nossa produção. Mas ainda resta outro detalhe de 
extrema relevância – a eficácia do texto dependerá da forma pela qual estas ideias se 
apresentarão mediante o transcorrer do discurso. 
Partindo deste pressuposto, temos a noção de quão importante é a estruturação dos parágrafos, 
que permitem que o pensamento seja distribuído de forma lógica e precisa, com vistas a permitir 
uma efetiva interação entre os interlocutores. Obviamente que outros fatores relacionados à 
competência linguística do emissor participam deste processo, entre estes: pontuação 
adequada, utilização correta dos elementos coesivos, de modo a estabelecer uma relação 
harmônica entre uma ideia e outra, dentre outros. 
Esteticamente, o parágrafo se caracteriza como um sutil recuo em relação à margem esquerda 
da folha, atribuído por um conjunto de períodos que representam uma ideia central em 
consonância com outras secundárias, resultando num efetivo entrelaçamento e formando um 
todo coeso. Quanto à extensão, é bom que se diga que não se trata de uma receita pronta e 
 
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acabada, visto que a habilidade do emissor determinará o momento de realizar a transição entre 
um posicionamento e outro, permitindo que o discurso seja compreendido em sua totalidade. 
Em se tratando de textos dissertativos, normalmente os parágrafos costumam ser assim 
distribuídos: 
* Introdução – também denominada de tópico frasal, constitui-se pela apresentação da ideia 
principal, feita de maneira sintética e definida pelos objetivos aos quais o emissor se propõe. 
* Desenvolvimento – fundamenta-se na ampliação do tópico frasal, atribuído pelas ideias 
secundárias, reconhecidas na exposição dos argumentos com vistas a reforçar e conferir 
credibilidade ora em discussão. 
* Conclusão – caracteriza-se pela retomada da ideia central associando-a aos pressupostos 
mencionados no desenvolvimento, procurando arrematá-los de forma plausível. Pode, na 
maioria das vezes, constar-se de uma solução por parte do emissor no que se refere ao instaurar 
dos fatos. 
Quanto aos textos narrativos, os parágrafos costumam ser caracterizados pelo predomínio dos 
verbos de ação, retratando o posicionamento dos personagens mediante o desenrolar do 
enredo, bem como pela indicação de elementos circunstanciais referentes à trama: quando, por 
que e com que ocorreram os fatos. 
Nesta modalidade, a ocorrência dos parágrafos também se atribui à transcrição do discurso 
direto, em especial às falas dos personagens. 
Referindo-se aos textos descritivos, sua utilização está relacionada pela minuciosa exposição dos 
detalhes acerca do objeto descrito, representado por uma pessoa, objeto, animal, lugar, uma 
obra de arte, dentre outros, de modo a permitir que o leitor crie o cenário em sua mente. 
Colaborando na concretização destes propósitos, sobretudo pela finalidade discursiva – visando 
à caracterização de algo –, há o predomínio de verbos de ligação, bem como do uso de adjetivos 
e de orações coordenadas ou justapostas. 
Tópico Frasal 
De maneira resumida, podemos definir tópico frasal como a introdução de uma ideia em um 
parágrafo. É a primeira frase que abre cada parágrafo, indicando qual é o argumento ou ideia 
principal dele. O restante serve para contextualizar ou explicar melhor a sentença, ampliando o 
seu sentido. 
 
É bom lembrar que uma redação do Enem costuma ser dividida em quatroou cinco parágrafos. 
O primeiro é a introdução, o último é a conclusão e os demais são o desenvolvimento, ou seja, 
os argumentos que defendem um ponto de vista. No entanto, podemos dizer que cada 
parágrafo contém uma ideia central, que pode ter a sua introdução. 
 
Assim, o tópico frasal é importante para apresentar uma ideia de forma mais clara e objetiva. É 
um recurso usado em qualquer tipo de texto, mas na dissertação assume um papel fundamental 
ao organizar as ideias e reter a atenção do leitor. Afinal, desde o início da leitura do parágrafo 
 
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ele já consegue identificar qual é a opinião do autor, continuando a ler o texto para entendê-la 
melhor. 
 
Quais são os principais tipos? 
Os tópicos frasais não devem ser vistos como um limitador da criatividade do autor. Por isso 
mesmo, existem formas diferentes de escrevê-los. Conheça cada uma delas a seguir. 
 
Declaração inicial 
É o tipo mais comum, que traz uma afirmação ou negação importante logo na abertura do 
parágrafo. Costuma ser mais usado nos primeiros parágrafos, com o desenvolvimento dos 
argumentos nos seguintes. É preciso ter cuidado nesse tipo de construção, uma vez que muitos 
candidatos usam chavões e clichês. 
 
Considere como exemplo o parágrafo: “O derretimento das geleiras no ártico está diretamente 
relacionado às mudanças climáticas. Isso porque a grande emissão de gases de efeito estufa tem 
provocado o aumento da temperatura em todo o globo, alterando a dinâmica de inúmeros 
ecossistemas.” 
 
Poderíamos continuar acrescentando argumentos que expliquem ou ampliem o sentido do 
parágrafo, mas a ideia já foi apresentada na primeira frase, a declaração inicial. 
Definição 
Consiste em uma frase que define o termo central do tema da redação. Assim, seguindo o tema 
do exemplo anterior, podemos escrever: “O aquecimento global é a consequência da ambição 
e do consumo desenfreado de uma sociedade capitalista. Nele, podemos perceber que a ação 
de um grupo de indivíduos não afeta apenas a eles, mas têm impactos negativos em todos os 
povos.”. 
 
Nesse caso, o aquecimento global é definido como uma consequência da ambição e do consumo 
desenfreado. 
 
Contraste ou comparação 
Ocorre quando um mesmo tópico frasal apresenta ideias opostas, mas relevantes para a defesa 
de um argumento, organizadas de forma criativa e crítica. Esse tópico frasal é marcado por 
expressões como: de um lado, enquanto, se, etc. 
 
Veja o exemplo: “De um lado, estão os grandes capitalistas que anseiam pelo lucro. De outro, 
pessoas marginalizadas, que sofrem as consequências de grandes desastres ambientais.”. 
 
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Divisão 
Na divisão, a estrutura do tópico frasal traz uma separação de elementos. Ainda que mais 
simples, as ideias são apresentadas de forma clara e didática. “Na verdade, as mudanças 
climáticas afetam os pobres, a classe média e os ricos. A diferença é que, no curto prazo, a classe 
média e os mais ricos podem superá-las mais facilmente, seja por melhores condições de 
moradia, seja pela aquisição de produtos que deixem seu dia a dia mais confortável”. 
 
Alusão histórica 
Nesse caso, o tópico frasal é relacionado a um fato do passado, servindo tanto para explicar uma 
ideia quanto para entreter o leitor. Por exemplo: “Com a assinatura do Protocolo de Kyoto, as 
nações indicavam uma tendência à redução na emissão dos gases de efeito estufa. O problema 
é que nem todas as metas foram cumpridas, pois, o compromisso com o meio ambiente 
esbarrou no protecionismo sobre os meios de produção de muitos países.” 
 
Interrogação 
Por fim, o tópico frasal também pode ser escrito na forma de pergunta, que propõe uma reflexão 
sobre o tema. Para o sentido não ficar vago, esse questionamento precisa ser respondido no 
restante do parágrafo. Veja o exemplo a seguir. 
 
“Os meios de produção poderiam gerar menos impacto ambiental? Ora, diversas iniciativas 
demonstram que é possível adotar modelos mais sustentáveis, que emitam menos gases de 
efeito estufa e com mais benefícios para a população de modo geral. Entre elas, podemos citar 
a produção orgânica de alimentos pela agricultura familiar.” 
 
Como fazer um bom tópico frasal? 
Saber o que é um tópico frasal é importante, mas é necessário atentar para certos detalhes. 
Confira algumas dicas. 
 
Planeje o texto: antes de começar a escrever a redação, defina as ideias que serão abordadas 
em cada parágrafo. Assim, você não fica perdido na construção dos tópicos frasais e na forma 
como eles vão ser interligados. 
Apresente a ideia principal com clareza: o tópico frasal não deve conter divagações ou ser de 
difícil compreensão. 
Faça frases curtas: os tópicos frasais devem ser frases curtas, objetivas e que tragam uma ideia 
imediata. Caso contrário, podem confundir o leitor. 
Use conectivos: os conectivos são fundamentais para dar coesão ao texto e relacionar os 
parágrafos, podendo vir no tópico frasal e no restante do parágrafo. 
 
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Varie entre os tipos: não use o mesmo tipo de tópico em todos os parágrafos, pois a leitura pode 
ficar chata. O ideal é diversificá-los, dando mais fluidez e criatividade ao texto. 
Foque no tema: os tópicos são ótimos recursos para que o candidato se mantenha no tema 
proposto, ou seja, use as frases para reforçar a sua opinião sobre o assunto. 
Agora que você já entendeu o que é tópico frasal e seus tipos, é hora de treinar bastante a 
escrita. Esperamos que os exemplos dados sirvam de inspiração, porém, é fundamental praticar 
em temas variados e atuais. 
Parágrafos argumentativos 
Alguns dos principais vestibulares do país, tais como o Enem e a Fuvest, solicitam a seus 
candidatos que façam uma redação no estilo dissertativo-argumentativo, também conhecido 
como dissertação escolar. Nesse tipo de texto, o redator deve apresentar um ponto de vista e 
defendê-lo com bons argumentos. No caso específico do Enem, é necessário, também, 
apresentar propostas de intervenção. 
Características 
As principais características do texto dissertativo-argumentativo são: 
Presença de uma tese (ponto de vista) – em geral, no primeiro parágrafo do texto; 
Desenvolvimento com argumentos que comprovem a tese; 
Conclusão em forma de síntese ou com propostas de solução para os problemas discutidos no 
texto; 
Uso da norma-padrão da língua portuguesa. 
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Estrutura 
O texto dissertativo-argumentativo tem sua estrutura dividida em três – introdução, 
argumentação e conclusão – e cada uma delas tem suas particularidades, conforme 
explicaremos a seguir: 
Introdução 
O primeiro parágrafo do texto dissertativo-argumentativo deve conter duas partes – a 
apresentação do tema e a explicitação da tese. 
Tese é o mesmo que ponto de vista, ou seja, uma opinião do autor do texto acerca do tema 
proposto. 
Por exemplo, acerca do assunto “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”, 
uma tese possível seria “o preconceito contra as religiões de matriz africana dificulta o combate 
à intolerância religiosa no Brasil.” 
Argumentação 
Os parágrafos intermediários das dissertações escolares são reservados para a comprovação da 
tese apresentada na introdução. Um argumento é composto duas partes: a fundamentação e a 
análise do fundamento. 
 
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Na fundamentação, o autor deve buscar provas de que seu ponto de vista está correto. São 
considerados fundamentos citações de autoridade, referências históricas, conceitos teóricos 
consagrados, notícias publicadas em jornais de qualidade, etc. 
Na análise do fundamento, o redator deve explicitamente demonstrar qual é a relação entre a 
prova levantada e a tese proposta. Um exemplo de argumento para a tese escrita alguns 
parágrafos acima seria: 
Segundo a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro, 70% de 1.014 casos 
de ofensas, abusos e atos violentos registrados no Estado entre 2012 e 2015 são contra 
praticantes

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