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Filosofia Antiga

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1 
 
FILOSOFIA ANTIGA 
I. PRÉ-SOCRÁTICOS (VII a.C. a V. a.C.) 
II. SOCRÁTICOS (V a.C. a IV a.C.) 
III. PERÍODO HELENÍSTICO ou PÓS-SOCRÁTICOS (IV a.C. a VI d.C.) 
 
PRÉ-SOCRÁTICOS (VII a.C. a V a.C.) 
São chamados pré-socráticos os filósofos que antecederam Sócrates, afinal, Sócrates é 
um marco para a Filosofia Antiga. 
Os pré-socráticos questionavam, por exemplo, qual é a origem de todas as coisas? O 
que é realidade e o que é apenas aparência? 
Mas quais as características dos pré-socráticos? 
▪ Ruptura com a cosmogonia, que é a explicação mítica e fantasiosa das origens 
das coisas e das questões humanas. 
▪ São os pré-socráticos que dão início ao que é conhecido como cosmologia, que 
é a explicação racional e lógica da origem das coisas e das questões humanas, 
sobretudo das origens das coisas. 
▪ Os pré-socráticos geralmente são chamados de Filósofos Naturalistas ou 
Filósofos da Natureza, porque tentavam buscar nela a resposta para as coisas. 
 
Correntes filosóficas pré-socráticas 
Escola Jônica 
Escola Itálica ou Pitagórica 
Escola Eleática 
Escola Atomística 
 
Principais nomes das correntes filosóficas: 
1. ESCOLA JÔNICA 
▪ Tales de Mileto, defendia que a origem de tudo era a água. 
▪ Anaximandro de Mileto, defendia que a origem de tudo é o ápeiron ou 
“indeterminado”. 
▪ Anaxímenes, defendia que a origem de tudo era o ar. 
▪ Heráclito, defendia que a origem de tudo era o fogo. 
 
 
2 
 
2. ESCOLA ITÁLICA OU PITAGÓRICA 
▪ Pitágoras, defendia que os números são a essência das coisas. 
 
3. ESCOLA ELEÁTICA 
▪ Xenófanes de Cólofon, 
▪ Parmênides de Eleia, acreditava que o mundo é formado por um ser absoluto. 
▪ Zenão de Eleia, o número 1 é a essência das coisas. 
 
4. ESCOLA ATOMÍSTICA 
▪ Desenvolveu a partir da ideia de que são vários os elementos que formam as coisas. 
▪ Leucipo de Mileto, o mundo foi formado por choque aleatórios de átomos. 
 
Outra forma de dividir os pré-socráticos é em: 
▪ Eleatas: O mundo é imóvel e eterno. 
▪ Não-eleatas: Movimento e multiplicidade como única realidade. 
 
Tales de Mileto, o GOAT: 
Quem tem maior destaque entre os pré-socráticos é Tales de Mileto e por quê? 
1. Tales é quem marca um rompimento com a mitologia. 
2. Porque ele é o primeiro a dizer que o universo não é uma aleatoriedade. 
3. É a primeira pessoa a dizer que essência e aparência são coisas diferentes e 
toda ciência que conhecemos e que se desenvolve através da história é baseada 
nessa premissa, que o que eu vejo não é toda realidade. 
4. É o primeiro a falar das origens das coisas sem usar os deuses. É o primeiro 
dizer que todas as coisas no universo são feitas da mesma substância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
SOFISTAS (V a.C. a IV a.C.) 
Quem eram os sofistas? 
Os sofistas eram um grupo de pensadores e professores itinerantes que ensinavam os 
jovens, mediante pagamento, a arte da oratória, imprescindível para a vida adulta em 
um regime democrático. O sofismo não se tratava de uma escola filosófica e sim de 
uma prática. Ganhou força a partir da consolidação da democracia ateniense durante o 
século V a.C. 
O termo “sofista” tem sua origem no idioma grego, “sophistēs” que significa “sabedoria” 
ou “sábio”. 
Para os sofistas os filósofos pré-socráticos, Filósofos da Natureza, se preocupavam com 
coisas tolas que pouco ajudava na vida prática das pessoas, por isso, os sofistas 
centravam-se na arte da persuasão, na arte do discurso, dando aula de retórica, pois 
para eles quanto maior o poder de discurso, maior era o destaque social. 
Esses professores acreditavam que a verdade é relativa e qualquer um pode convencer 
qualquer pessoa desde utilize as palavras corretas, eis a lógica sofista: 
1. A verdade era o que podia ser provado que era verdade; 
2. Se a verdade estava na mão de quem soubesse argumentar melhor e os sofistas 
argumentavam melhor; 
3. A “verdade” estava com os sofistas. 
Para Aristóteles, os sofistas não estavam em busca de uma verdade e sim interessados 
pelo refinamento das artes de vencer discussões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SÓCRATES (469 a.C.-399 a.C.) 
Sócrates é um marco para a Filosofia Antiga, nasce e morre em Atenas aos 70 anos, 
morto após ser condenado pelo crime de meleto, isto é, por não reconhecer os deuses 
reconhecidos pelo Estado, de introduzir divindades novas, corromper a juventude e 
zombar da democracia ateniense. 
Mas por que Sócrates é considerado um marco para a Filosofia Antiga? 
Foi Sócrates que elevou o debate filosófico, colocou o estudo filosófico em outro 
patamar, saindo das preocupações dos pré-socráticos em procurar respostas da origem 
das coisas (arché) na natureza ou na prática sofista, a arte de falar corretamente e 
centrou-se nas questões humanas, no ser humano e sua relação social. 
Influenciado por Parmênides, filósofo pré-socrático, um dos grandes nomes da Escola 
Eleática, Sócrates acreditava que a função da filosofia é despertar o autoconhecimento. 
Para Sócrates a opinião é individual, mas a sabedoria é universal, essa perspectiva entra 
em conflito com os sofistas que acreditavam que a verdade é relativa. O filósofo 
acrescenta que algo não é verdade só porque alguém muito “sábio” diz que é, para ele, 
a ética, a moral e a justiça não podem ser relativizadas. 
Algo legal a se ressaltar é a diferença entre Sócrates e seu inimigo número um e vice-
versa, os sofistas, estes últimos utilizavam a retórica, que é um discurso primoroso, mas 
vazio e Sócrates utilizava a dialética que são argumentos fundamentados, cheio de 
perguntas muito bem elaboradas, essas perguntas bem elaboradas chamamos de 
dialética socrática. 
A dialética socrática produz o que conhecemos como maiêutica, o parto das ideias. 
Vamos simplificar: A dialética socrática é a arte de perguntar, de instigar o interlocutor, 
sempre com uma ironia, uma característica de Sócrates, a partir dessas questões o 
interlocutor ficava com suas convicções abaladas, dessas convicções poderiam surgir 
um novo modo de pensar a que chamamos de maiêutica, o parto das ideias. 
Resumindo, o pensamento de Sócrates se desenvolveu em três grandes ideias: 
1. Maiêutica, o parto das ideias; 
2. A dialética, a arte de perguntar; 
3. Crítica aos sofistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
PLATÃO (427 a.C. – 347 a.C.) 
Platão, filho da nobreza ateniense escreveu uma enormidade de material para os 
estudiosos pesquisarem depois. Seus temas são variados: retórica (uma crítica básica 
aos sofistas, para variar), arte, literatura, justiça, política etc. Influência direta de seu 
mestre Sócrates, além de outros pré-socráticos como Parmênides, Pitágoras, Heráclito, 
entre outros. 
Do pensamento de Platão a mais notável é a Teoria das Ideias, para ele, o mundo é 
dividido em duas esferas; a (1) inteligível e a (2) sensível, essa perspectiva também é 
conhecida como dualismo platônico. Mas explicando um pouco mais essa Teoria, é o 
seguinte: 
O mundo sensível seria o mundo da aparência, o plano terreno que é percebido pelos 5 
sentidos (tato, visão, paladar, audição e visão). Esse mundo é ilusório, não se explica a 
si mesmo, é uma cópia imperfeita do mundo das ideias, são as crenças, as tradições. 
Já o mundo inteligível é mundo real, da sabedoria e do conhecimento, é o verdadeiro 
ser das coisas, é a essências das coisas, a ideia de Bem e Uno ocupa o ápice, é um 
mundo lógico. A dialética platônica seria o processo para alcançar essa Ideia, essa 
essência das coisas. 
O tão conhecido Mito da Caverna é a maneira com que Platão achou para exemplificar 
esse dualismo. As sombras que os prisioneiros viam na caverna é uma representação do 
mundo sensível, ao sair da caverna e vê o mundo como ele é, o prisioneiro se deparou 
com o mundo inteligível. 
Segundo ele, o Mundo das Ideias, as coisas desse mundo são uma mistura de ser e não-
ser. Por exemplo, um homem é este homem ao mesmo tempo não é o verdadeiro 
homem. 
As coisas são enquanto participam das Ideias e não-são enquanto meras participações.Outra teoria muito conhecida de Platão é a Teoria da Reminiscência, o raciocínio é o 
seguinte: 
Num primeiro momento a nossa alma está no mundo inteligível, ao nascermos nosso 
espírito migra do mundo inteligível para o mundo sensível, o mundo terreno, nós 
esquecemos desse conhecimento do mundo inteligível quando nascemos, que é quando 
o espírito se fixa ao corpo. Durante a vida nós vamos lembrando vagamente do que 
vimos no mundo inteligível. 
Desenhando: 
1. Alma (contemplação e compreensão do mundo inteligível); 
2. Nascimento (espírito + corpo = mundo sensível – vagas lembranças do mundo 
inteligível); 
3. Morte (separação da alma do corpo = alcance da verdade no Mundo das Ideias). 
“Na medida em que a escolha das almas depende da vida passada, pode-se dizer que a 
vida futura depende desta última e que, efetivamente, existe uma recompensa e uma 
 
6 
 
punição da justiça no além. Por outro lado, as almas justas – como é demonstrado pelo 
mito de Er – poderão se beneficiar de recompensas.” (RUSS, p. 29) 
 
Essa visão de Platão sobre alma, corpo, espírito é possível ser vista séculos depois na 
visão de mundo cristã de que devemos ser bons aqui no plano terreno para gozarmos 
de uma recompensa no além-mundo. 
A Retórica, a arte de falar corretamente, técnica de linguagem e ferramenta de 
conquista de poder é outro tema que Platão se debruça na obra “Górgias ou Sobre a 
Retórica”, nela o filósofo critica e diz que a retórica conduz apenas a um puro 
imoralismo, que visa essencialmente o prazer, a obtenção de poder político, o sucesso 
e o êxito na cidade-Estado. O objetivo do discípulo de Sócrates em “Górgias” é salientar 
a inferioridade da retórica em relação à filosofia, em particular do ponto vista moral. 
Agora, vamos para outro tema que Platão se dedicou. A justiça. Podemos começar 
definindo o que é justiça para Platão. 
Justiça para o filósofo é cada um fazer o que lhe foi ordenado. Para entender melhor o 
que é justiça para Platão é necessário entender o que é Estado Justo para o pensador. 
O Estado Justo é aquele que comporta três classes sociais: a classe dos artesãos, dos 
camponeses e comerciantes; guardiões, dirigentes. O justo é aquele que executa sua 
função de acordo com sua posição social, isto é, uma vez artesão, sempre artesão e 
sempre cumprindo sua obrigação social enquanto artesão, sendo assim, uma pessoa 
justa. 
A justiça política acontece quando há harmonia entre essas três classes da 
cidade-Estado, justiça é a harmonia e equilíbrio; é uma ordem. (RUSS, p. 27) 
 
Mas a pergunta que fica no ar é quem exerceria o poder nessa cidade-Estado? 
Para Platão somente quem dedica sua vida à filosofia chega ao conhecimento ao Mundo 
das Ideais, à essência das coisas, portanto, o poder deveria estar na mão de um Rei-
filósofo ou um filósofo se tornasse rei. 
Abaixo algumas formas de governo aceitáveis na filosofia platônica: 
▪ Monarquia, governado por um rei-filósofo; 
▪ Aristocracia, governo dos filósofos. 
Por outro lado, a democracia é uma forma de governo detestável para Platão, pois a 
divisão de poder própria da democracia causa um dano ao exercício da virtude, da 
prudência, uma excelência que é exclusiva dos filósofos. 
 
 
 
 
 
7 
 
 
Para finalizar, os tipos de conhecimento segundo Platão: 
Mundo das Ideias Mundo Sensível 
Dianóia: conhecimento filosófico, matemática e 
geométrico; 
Simples imaginação: sombra das 
coisas; 
Noésis: conhecimento das Ideias, por hipóteses e 
captação pura. 
Crença: coisas e objetos sensíveis. 
 
Resumindo alguns pensamentos de Platão: 
1. Teoria das Ideias (mundo inteligível e sensível); 
2. Dialética platônica (processo para alcançar o conhecimento); 
3. Teoria da Reminiscência (lembrança); 
4. Crítica a retórica sofista; 
5. Estudo do que é Justiça e Estado Justo (ordem e prática da ordem); 
6. Formas aceitáveis e detestáveis de governo; 
7. Tipos de conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
ARISTÓTELES (384 a.C. – 322 a.C.) 
Aristóteles seguiu os passos de seu Mestre Platão e escreveu sobre muitas coisas, dentre 
elas: Biologia (buscou classificar os animais), ética, lógica, física, retórica, política etc. 
Seu trabalho compreendeu a primeira forma sistemática da Filosofia Ocidental e foi 
considerado o primeiro verdadeiro cientista da História. Fundou a própria escola, o Liceu. 
Nesse espaço vamos tentar destacar apenas algumas de suas ideias, que vai seguir o 
seguinte caminho: 
1. As divergências elementares entre Aristóteles e Platão; 
2. Sentidos e conhecimento; 
3. Método indutivo; 
4. Eudaimonismo e teleologismo; 
5. Ética; 
6. Suas ideias políticas e formas de governo; 
7. Primero motor. 
A divergência elementar entre Aristóteles e Platão se refere a forma de obter o 
conhecimento, para Platão o verdadeiro conhecimento só é obtido através da razão e 
para Aristóteles o verdadeiro conhecimento é obtido pela experimentação por objetos 
reais. O filósofo rejeita a proposta de seu mestre de que existem dois mundos, o sensível 
e o inteligível, para ele o sensível e o inteligível andam juntos. O que é Matéria para 
Aristóteles é o Mundo das Ideias para Platão, o que é Sensível para Platão é Forma para 
Aristóteles. 
Em outras palavras, Aristóteles acreditava que podemos obter o conhecimento por meio 
de observações concretas, feitas no mundo real, no mundo sensível, enfim, o 
conhecimento começa no mundo sensível. Afinal, as sensações do mundo sensível 
exercem uma certa forma de “poder” sobre nossa capacidade de conhecer, elas se 
impõem. É por meio dos sentidos que começamos adquirir o conhecimento, pela 
experiência. 
O conhecimento começa pelos sentidos e vai “subindo” até a intelecção. Neste trajeto 
que parte da experiência até a intelecção, o conhecimento passa por cinco fases: 
1. Sensorial (aithesis); 
2. Empírico (empeiria); 
3. Técnico (tecne); 
4. Científico (episteme); 
5. Das totalidades à luz do ser (sofia). 
Segundo Aristóteles, a finalidade básica das ciências seria desvendar a 
constituição essencial dos seres, procurando defini-la em termos reais. [...] tudo 
que vemos, pegamos, ouvimos e sentimos tinha realidade para Aristóteles. Por 
isso ele rejeitava a teoria das ideias de Platão, segundo a qual os dados 
transmitidos pelos sentidos não passam de distorções, sombras ou ilusões da 
verdadeira realidade existente no mundo das ideias. 
 
 
9 
 
O que nos leva ao método indutivo em Aristóteles. Para ele, a finalidade da ciência deve 
ser a compreensão do universal visando estabelecer definições essenciais que possam 
ser utilizadas de modo generalizado. Em outras palavras, análise do micro para a 
definição do macro. 
Desse modo, a indução (operação mental que vai do particular ao geral) 
representa, para Aristóteles, o processo intelectual básico de aquisição de 
conhecimento. (Livro didático de Filosofia) 
Aristóteles também foi criador das perspectivas chamadas eudaimonismo ou teleologismo. 
Eudaimonia que significa felicidade em grego e télos que significa finalidade em grego. Para ele, 
a Ética é responsável pela boa conduta humana, ou seja, a Ética significa o bem do homem e 
de sua vida, o Bem é a finalidade de algo, o Bem é o télos de alguma coisa, A finalidade da vida 
humana, portanto, é a felicidade, a Eudaimonia. 
Para Aristóteles o que faz do homem diferente de outros seres vivos é a Razão, portanto, uma 
vida feliz é uma vida racional, uma vida racional é uma vida equilibrada. O que nos leva ao 
conceito aristotélico conhecido como Ética do meio-termo. Para o filósofo, a virtude consiste 
no meio-termo ou justa medida de equilíbrio entre o excesso e falta de um atributo qualquer. 
Falando agora sobre Política em Aristóteles, para ele a política é um desdobramento natural da 
ética, portanto se a ética é responsável pela boa conduta humana e a finalidade da vida humana 
é a felicidade (Eudaimonia), a política deve se preocupar e tem como finalidade (télos) a 
felicidade coletiva da pólis. Outro ponto importantíssimodo pensamento político aristotélico é 
a de que os seres humanos são naturalmente sociais e políticos, ser político é a essência do ser 
humano, ela não é desenvolvida durante a vida, ela é inerente à vida humana, o que casa muito 
bem com o raciocínio contemporâneo que só água é neutra. 
Para o filósofo há seis formas de governo: 
1. Monarquia; 
2. Aristocracia; 
3. República; 
4. Tirania; 
5. Oligarquia; 
6. Democracia. 
 
Resumindo o pensamento aristotélico: 
▪ Diverge de Platão sobre a Teoria das Ideias; 
▪ O Mundo Sensível e o Mundo das Ideias andam juntos; 
▪ O conhecimento é obtido pela experimentação do mundo real; 
▪ O conhecimento começa no mundo sensível e pelos sentidos que têm cinco fases: (1) 
a sensorial, (2) a empírica, (3) técnica, (4) científica, (5) das totalidades à luz do ser. 
▪ Método indutivo que á análise do micro para a definição do macro (extremamente 
influente na estudo científico); 
▪ A Ética é responsável pela boa conduta humana; 
▪ A finalidade (télos) da vida é a felicidade (Eudaimonia); 
▪ A política é um desdobramento natural da Ética; 
▪ A finalidade da política é garantir a felicidade coletiva; 
▪ O ser humano é um ser político; 
 
10 
 
▪ Há seis formas de governo: (1) monarquia, (2) aristocracia, (3) república, (4) tirania, 
(5) oligarquia e (6) democracia. 
▪ A virtude consiste no equilíbrio entre o excesso e a falta (Ética do meio-termo); 
▪ O Primeiro motor é Deus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
PERÍODO HELENÍSTICO OU PÓS-SOCRÁTICOS (IV 
a.C. a VI d.C.) 
Após a morte de Aristóteles, o último filósofo socrático, houve uma explosão de correntes 
filosóficas. O Estoicismo, o pirronismo, o epicurismo, o neoplatonismo e por aí vai. Dentre as 
características comum dessas correntes está a preocupação com as questões humanas, a ética 
e questões práticas para o dia-a-dia do cidadão grego. 
Antes de falar sobre cada corrente filosófica, vamos ao contexto social, histórico e cultural do 
Período Helenístico. Essa fase na Grécia Antiga é marcada pela mescla entre a cultura grega 
clássica e a cultura dos povos orientais e os pensamentos de Platão e Aristóteles também foram 
mesclados 
A liberdade gozada pelo cidadão grego foi ofuscada pelo domínio macedônico, ocorrendo um 
declínio da participação do cidadão nos destinos da pólis, isso levou os filósofos pensarem mais 
na vida particular do que nas questões políticas da cidade-Estado. 
Dentre as correntes filosóficas mais conhecidas estão: 
1. Epicurismo; 
2. Estoicismo; 
3. Pirronismo, conhecido também como ceticismo; 
4. Cinismo. 
Epicurismo, tem como principal nome o filósofo Epicuro. Os epicuristas defendiam que o prazer 
é o princípio e o fim de uma vida feliz, eles buscavam a ataraxia, isto é, o estado da ausência 
da dor, da quietude, serenidade, imperturbabilidade da alma. 
Estoicismo, tem como principal nome o filósofo Zenão de Cício. Zenão propõe o dever, vinculado 
à compreensão da ordem cósmica, como melhor caminho para a felicidade. Para alcançar a 
ataraxia, ou seja, o estado da ausência de dor é necessário aceitar e compreender os princípios 
universais que regem a vida. 
Pirronismo ou ceticismo, tem como principal nome Pirro de Élida que dizia: “tudo é incerto, 
nenhum conhecimento é seguro, qualquer argumento pode ser contestado, portanto, a melhor 
coisas a se fazer é não tomar partido, não ter convicções”. Por isso Pirro, defendia a suspensão 
do juízo, a abstenção de fazer qualquer julgamento, já que a busca de uma verdade plena é 
inútil. 
E por fim, o Cinismo, que tem como principal nome o filósofo Diógenes de Sínope, um tipo de 
socrático extremista. Os cínicos levavam ao extremo a tese socrática de que o ser humano deve 
procurar conhecer a si mesmo e desprezar todos os bens materiais. 
O pensamento denominado Pensamento greco-romano é a última fase da Filosofia Antiga, onde 
não houve grandes “revoluções” no pensar filosófico, tendo como seus principais expoentes 
Cícero, Sêneca e Plutarco a atividade reflexiva desse período esteve mais voltada à tarefa de 
assimilar e desenvolver as contribuições culturais herdadas da Grécia Clássica, isto é, de seus 
antecessores. 
 
 
 
 
12 
 
Ilustrações: 
 
 
LINHA DO TEMPO VII a V a.C. V a IV a.C V a IV a.C IV a.C. a VI d.C. 
FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS SOFISTAS SOCRÁTICOS PÓS-SOCRÁTICOS 
TEMAS NATUREZA SER HUMANO 
SER 
HUMANO/POLÍTICA 
SER 
HUMANO/INTIMISTA 
Correntes filosóficas pré-socráticas 
Escola Jônica 
Escola Itálica ou Pitagórica 
Escola Eleática 
Escola Atomística 
Mundo das Ideias Mundo Sensível 
Dianóia: conhecimento filosófico, matemática e 
geométrico; 
Simples imaginação: sombra das 
coisas; 
Noésis: conhecimento das Ideias, por hipóteses e 
captação pura. 
Crença: coisas e objetos sensíveis.

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