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Filosofia - questoes01

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1 
 
 
 
 
FIL0001 - (Ufpr) Quando soube daquele oráculo, pus-
me a refletir assim: “Que quererá dizer o Deus? Que 
sentido oculto pôs na resposta? Eu cá não tenho 
consciência de ser nem muito sábio nem pouco; que 
quererá ele então significar declarando-me o mais 
sábio? Naturalmente não está mentindo, porque isso 
lhe é impossível”. Por longo tempo fiquei nessa 
incerteza sobre o sentido; por fim, muito contra meu 
gosto, decidi-me por uma investigação, que passo a 
expor. 
(PLATÃO. Defesa de Sócrates. Trad. Jaime Bruna. Coleção Os 
Pensadores. Vol. II. São Paulo: Victor Civita, 1972, p. 14.) 
 
O texto acima pode ser tomado como um exemplo 
para ilustrar o modo como se estabelece, entre os 
gregos, a passagem do mito para a filosofia. Essa 
passagem é caracterizada: 
a) pela transição de um tipo de conhecimento racional 
para um conhecimento centrado na fabulação. 
b) pela dedicação dos filósofos em resolver as 
incertezas por meio da razão. 
c) pela aceitação passiva do que era afirmado pela 
divindade. 
d) por um acento cada vez maior do valor conferido ao 
discurso de cunho religioso. 
e) pelo ateísmo radical dos pensadores gregos, sendo 
Sócrates, inclusive, condenado por isso. 
 
 
FIL0002 - (Uece) “Como se sabe, a palavra mythos 
raramente foi empregada por Heródoto (apenas duas 
vezes). Caracterizar um logos (narrativa) como mythos 
era para ele um meio claro de rejeitá-lo como duvidoso 
e inconvincente. [...] Situado em algum lugar além do 
que é visível, um mythos não pode ser provado.” 
HARTOG, F. Os antigos, o passado e o presente. Brasília, Editora da 
UnB, 2003, p. 37. 
 
Sobre a diferença entre mythos e logos acima sugerida, 
é INCORRETO afirmar que 
a) o problema do mythos era limitar-se ao que é visível 
e, por isso, não podia ser pensado. 
b) filosofia e história nasceram, na Grécia clássica, com 
base numa mesma reivindicação do logos contra o 
mythos. 
c) o mythos não poderia ser submetido à clarificação 
argumentativa e à prova — demonstração — 
discursiva. 
d) em contraposição ao mythos, o logos era um uso 
argumentativo da linguagem, capaz de criar as 
condições do convencimento. 
 
FIL0003 - (Upe) Observe o texto a seguir sobre a gênese 
do pensamento filosófico. 
 
Com a filosofia, novo critério de verdade se impunha: 
o critério da logicidade. Verdade é aquilo, que 
concorda com as leis do lógos (pensamento, razão). É a 
razão, que nos dá garantia da verdade, porque o real é 
racional. 
LARA, Tiago Adão. A Filosofia nas suas origens gregas, 1989, p. 54. 
 
Sobre a gênese do pensamento filosófico, está 
CORRETO afirmar que 
a) a evidência da verdade com o crivo da racionalidade 
tem resposta no mito. 
b) o critério da logicidade está presente na adesão à 
crença e ao mito. 
c) a gênese do pensar filosófico e a inspiração criadora 
de sentidos consistem na fantasia. 
d) a origem do pensamento filosófico surge entre os 
gregos, no século VI a.C., na busca por explicação do 
sobrenatural com a força do divino. 
e) o despertar da filosofia grega surge na verdade 
argumentada da razão com o critério da interpretação. 
 
 
FIL0004 - (Upe) Sobre a gênese da filosofia entre os 
gregos, observe o texto a seguir: 
 
Seja como termo, seja como conceito, a filosofia é 
considerada pela quase totalidade dos estudiosos 
como uma criação própria do gênio dos gregos. Quem 
não levar isso em conta não poderá compreender por 
que, sob o impulso dos gregos, a civilização ocidental 
tomou uma direção completamente diferente da 
oriental. 
(ANTISERI, Dario e RELAE, Giovanni. História da Filosofia, 1990, p. 
11). 
www.professorferretto.com.br
ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Surgimento da Filosofia – Passagem do Mito ao Logos 
 
2 
 
Sobre a gênese do pensamento filosófico entre os 
gregos, é CORRETO afirmar que 
a) a experiência concreta da racionalidade estava 
isenta da vida política na Pólis Grega. 
b) a prática político-democrática, atrelada ao enfoque 
irracional da vida em sociedade, foi o terreno fértil para 
a gênese do pensamento filosófico. 
c) sob o impulso dos gregos, a dimensão racional se 
impõe como critério de verdade. A filosofia é fruto 
desse projeto da razão. 
d) a filosofia é fruto do momento cultural em que a 
sensibilidade e a fantasia impõem-se sobre a razão. 
e) na gênese do pensamento filosófico grego, na 
civilização ocidental, a forma de sabedoria que se 
sobrepunha à ciência filosófica, eram as convicções 
religiosas fundamentadas na razão pura. 
 
 
FIL0005 - (Ueg) A cultura grega marca a origem da 
civilização ocidental e ainda hoje podemos observar 
sua influência nas ciências, nas artes, na política e na 
ética. Dentre os legados da cultura grega para o 
Ocidente, destaca-se a ideia de que 
a) a natureza opera obedecendo a leis e princípios 
necessários e universais que podem ser plenamente 
conhecidos pelo nosso pensamento. 
b) nosso pensamento também opera obedecendo a 
emoções e sentimentos alheios à razão, mas que nos 
ajudam a distinguir o verdadeiro do falso. 
c) as práticas humanas, a ação moral, política, as 
técnicas e as artes dependem do destino, o que negaria 
a existência de uma vontade livre. 
d) as ações humanas escapam ao controle da razão, 
uma vez que agimos obedecendo aos instintos como 
mostra hoje a psicanálise. 
 
 
FIL0006 - (Uema) Leia a fábula de La Fontaine, uma 
possível explicação para a expressão ― ”o amor é 
cego”. 
No amor tudo é mistério: suas flechas e sua aljava, sua 
chama e sua infância eterna. Mas por que o amor é 
cego? Aconteceu que num certo dia o Amor e a 
Loucura brincavam juntos. Aquele ainda não era cego. 
Surgiu entre eles um desentendimento qualquer. 
Pretendeu então o Amor que se reunisse para tratar do 
assunto o conselho dos deuses. Mas a Loucura, 
impaciente, deu-lhe uma pancada tão violenta que lhe 
privou da visão. Vênus, mãe e mulher, pôs-se a clamar 
por vingança, aos gritos. Diante de Júpiter, de Nêmesis 
– a deusa da vingança – e de todos os juízos do inferno, 
Vênus exigiu que aquele crime fosse reparado. Seu 
filho não podia ficar cego. Depois de estudar 
detalhadamente o caso, a sentença do supremo 
tribunal celeste consistiu em declarar a loucura a servir 
de guia ao Amor. 
Fonte: LA FONTAINE, Jean de. O amor e a loucura. In: Os melhores 
contos de loucura. Flávio Moreira da Costa (Org.). Rio de Janeiro: 
Ediouro, 2007. 
 
A fábula traz uma explicação oriunda dos deuses para 
uma realidade humana. Esse tipo de explicação 
classifica-se como 
a) estética. 
b) filosófica. 
c) mitológica. 
d) científica. 
e) crítica. 
 
 
FIL0007 - (Ufsj) A construção de uma cosmologia que 
desse uma explicação racional e sistemática das 
características do universo, em substituição à 
cosmogonia, que tentava explicar a origem do universo 
baseada nos mitos, foi uma preocupação da Filosofia 
a) medieval. 
b) antiga. 
c) iluminista. 
d) contemporânea. 
 
 
FIL0008 - (Ueg) O ser humano, desde sua origem, em 
sua existência cotidiana, faz afirmações, nega, deseja, 
recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de 
fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu 
comportamento teórico e prático. Entretanto, houve 
um momento em sua evolução histórico-social em que 
o ser humano começa a conferir um caráter filosófico 
às suas indagações e perplexidades, questionando 
racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse 
sentido, pode-se afirmar que a filosofia 
a) é algo inerente ao ser humano desde sua origem e 
que, por meio da elaboração dos sentimentos, das 
percepções e dos anseios humanos, procura consolidar 
nossas crenças e opiniões. 
b) existe desde que existe o ser humano, não havendo 
um local ou uma época específica para seu nascimento, 
o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade 
mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão. 
c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas 
e as certezas cotidianas que nos são impostos pela 
tradiçãoe pela sociedade, visando educar o ser 
humano como cidadão. 
d) surge quando o ser humano começa a exigir provas 
e justificações racionais que validam ou invalidam suas 
crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da 
verdade revelada pela codificação mítica. 
 
3 
 
FIL0009 - (Ueg) O surgimento da filosofia entre os 
gregos (Séc. VII a.C.) é marcado por um crescente 
processo de racionalização da vida na cidade, em que 
o ser humano abandona a verdade revelada pela 
codificação mítica e passa a exigir uma explicação 
racional para a compreensão do mundo humano e do 
mundo natural. Dentre os legados da filosofia grega 
para o Ocidente, destaca-se: 
a) a concepção política expressa em A República, de 
Platão, segundo a qual os mais fortes devem governar 
sob um regime político oligárquico. 
b) a criação de instituições universitárias como a 
Academia, de Platão, e o Liceu, de Aristóteles. 
c) a filosofia, tal como surgiu na Grécia, deixou-nos 
como legado a recusa de uma fé inabalável na razão 
humana e a crença de que sempre devemos acreditar 
nos sentimentos. 
d) a recusa em apresentar explicações 
preestabelecidas mediante a exigência de que, para 
cada fato, ação ou discurso, seja encontrado um 
fundamento racional. 
 
 
FIL0010 - (Enem) Pode-se viver sem ciência, pode-se 
adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, 
pode-se desprezar as evidências empíricas. No 
entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum 
homem honesto pode ignorar que uma outra atitude 
intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com 
base em razões e evidências e questionar tudo o mais 
a fim de descobrir seu sentido último. 
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São 
Paulo: Odysseus, 2002. 
 
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a 
formação do pensamento Ocidental. No texto, é 
ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os 
autores que, em linhas gerais, refere-se à 
a) adoção da experiência do senso comum como 
critério de verdade. 
b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento 
resultante de evidências empíricas. 
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a 
verdade. 
d) defesa de que a honestidade condiciona a 
possibilidade de se pensar a verdade. 
e) compreensão de que a verdade deve ser justificada 
racionalmente. 
 
FIL0011 - (Unicentro) A passagem do Mito ao Logos na 
Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e 
processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de 
explicação do real conviveram sem que se traçasse um 
corte temporal mais preciso. Com base nessa 
afirmativa, é correto afirmar: 
a) O modo de vida fechado do povo grego facilitou a 
passagem do Mito ao Logos. 
b) A passagem do Mito ao Logos, na Grécia, foi 
responsabilidade dos tiranos de Siracusa. 
c) A economia grega estava baseada na 
industrialização, e isso facilitou a passagem do Mito ao 
Logos. 
d) O povo grego antigo, nas viagens, se encontrava com 
outros povos com as mesmas preocupações e culturas, 
o que contribuiu para a passagem do Mito ao Logos. 
e) A atividade comercial e as constantes viagens 
oportunizaram a troca de 
informações/conhecimentos, a 
observação/assimilação dos modos de vida de outros 
povos, contribuindo, assim, de modo decisivo, para a 
construção da passagem do Mito ao Logos. 
 
 
FIL0012 - (Unioeste) “É no plano político que a Razão, 
na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e 
formou-se. A experiência social pode tornar-se entre os 
gregos o objeto de uma reflexão positiva, porque se 
prestava, na cidade, a um debate público de 
argumentos. O declínio do mito data do dia em que os 
primeiros Sábios puseram em discussão a ordem 
humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la 
em fórmulas acessíveis a sua inteligência, aplicar-lhe a 
norma do número e da medida. Assim se destacou e se 
definiu um pensamento propriamente político, 
exterior a religião, com seu vocabulário, seus 
conceitos, seus princípios, suas vistas teóricas. Este 
pensamento marcou profundamente a mentalidade do 
homem antigo; caracteriza uma civilização que não 
deixou, enquanto permaneceu viva, de considerar a 
vida pública como o coroamento da atividade 
humana”. 
 
Considerando a citação acima, extraída do livro As 
origens do pensamento grego, de Jean Pierre Vernant, 
e os conhecimentos da relação entre mito e filosofia, é 
incorreto afirmar que 
a) os filósofos gregos ocupavam-se das matemáticas e 
delas se serviam para constituir um ideal de 
pensamento que deveria orientar a vida pública do 
homem grego. 
b) a discussão racional dos Sábios que traduziu a ordem 
humana em fórmulas acessíveis a inteligência causou o 
abandono do mito e, com ele, o fim da religião e a 
decorrente exclusividade do pensamento racional na 
Grécia. 
c) a atividade humana grega, desde a invenção da 
política, encontrava seu sentido principalmente na vida 
pública, na qual o debate de argumentos era orientado 
por princípios racionais, conceitos e vocabulário 
próprios. 
4 
 
d) a política, por valorizar o debate publico de 
argumentos que todos os cidadãos podem 
compreender e discutir, comunicar e transmitir, se 
distancia dos discursos compreensíveis apenas pelos 
iniciados em mistérios sagrados e contribui para a 
constituição do pensamento filosófico orientado pela 
Razão. 
e) ainda que o pensamento filosófico prime pela 
racionalidade, alguns filósofos, mesmo após o declínio 
do pensamento mitológico, recorreram a narrativas 
mitológicas para expressar suas ideias; exemplo disso 
e o “Mito de Er” utilizado por Platão para encerrar sua 
principal obra, A República. 
 
FIL0013 - (Unb) No início do século XX, estudiosos 
esforçaram-se em mostrar a continuidade, na Grécia 
Antiga, entre mito e filosofia, opondo-se a teses 
anteriores, que advogavam a descontinuidade entre 
ambos. 
A continuidade entre mito e filosofia, no entanto, não 
foi entendida univocamente. Alguns estudiosos, como 
Cornford e Jaeger, consideraram que as perguntas 
acerca da origem do mundo e das coisas haviam sido 
respondidas pelos mitos e pela filosofia nascente, dado 
que os primeiros filósofos haviam suprimido os 
aspectos antropomórficos e fantásticos dos mitos. 
Ainda no século XX, Vernant, mesmo aceitando certa 
continuidade entre mito e filosofia, criticou seus 
predecessores, ao rejeitar a ideia de que a filosofia 
apenas afirmava, de outra maneira, o mesmo que o 
mito. Assim, a discussão sobre a especificidade da 
filosofia em relação ao mito foi retomada. 
 
Considerando o breve histórico acima, concernente à 
relação entre o mito e a filosofia nascente, assinale a 
opção que expressa, de forma mais adequada, essa 
relação na Grécia Antiga. 
a) O mito é a expressão mais acabada da religiosidade 
arcaica, e a filosofia corresponde ao advento da razão 
liberada da religiosidade. 
b) O mito é uma narrativa em que a origem do mundo 
é apresentada imaginativamente, e a filosofia 
caracteriza-se como explicação racional que retoma 
questões presentes no mito. 
c) O mito fundamenta-se no rito, é infantil, pré-lógico 
e irracional, e a filosofia, também fundamentada no 
rito, corresponde ao surgimento da razão na Grécia 
Antiga. 
d) O mito descreve nascimentos sucessivos, incluída a 
origem do ser, e a filosofia descreve a origem do ser a 
partir do dilema insuperável entre caos e medida. 
 
FIL0014 - (Unioeste) "Advento da Polis, nascimento da 
filosofia: entre as duas ordens de fenômenos os 
vínculos são 
demasiado estreitos para que o pensamento racional 
não apareça, em suas origens, solidário das estruturas 
sociais e mentais próprias da cidade grega. Assim 
recolocada na história, a filosofia despoja-se desse 
caráter de revelação absoluta que às vezes lhe foi 
atribuído, saudando, na jovem ciência dos jônios, a 
razão intemporal que veio encarnar-se no Tempo. A 
escola de Mileto não viu nascer a Razão; ela construiu 
uma razão, uma primeira forma de racionalidade". 
Jean PierreVernant. 
 
Sobre a Filosofia seguem as seguintes afirmações: 
 
I. Ela foi revelada pela deusa Razão a Tales de Mileto 
quando este afirmou que o princípio de tudo é a água. 
II. Ela foi inventada pelos gregos e decorre do advento 
da Polis, a cidade organizada por leis e instituições que, 
por meio delas, eliminou todo tipo de disputa. 
III. Ela rejeita o sobrenatural, a interferência de agentes 
divinos na explicação dos fenômenos; problematiza, 
discute e põe em questão até mesmo as teorias 
racionais elaboradas com rigor filosófico. 
IV. Surgiu no século VI a.C. nas colônias gregas da 
Magna Grécia e da Jônia, apenas no século seguinte 
deslocou-se para Atenas. 
V. Ocupa-se com os princípios, as causas e condições 
do conhecimento que pretenda ser racional e 
verdadeiro; põe em questão e problematiza valores 
morais, políticos, religiosos, artísticos e culturais. 
 
Das afirmações feitas acima 
a) I, III e V são corretas. 
b) I e II são incorretas. 
c) II, IV e V são corretas. 
d) todas são corretas. 
e) todas são incorretas. 
 
 
FIL0015 - (Unimontes) A passagem da mentalidade 
mítica para o pensamento racional e filosófico foi 
gestada por fatores considerados relevantes para a 
construção de uma nova mentalidade. Algumas 
novidades do período arcaico ajudaram a transformar 
a visão que o mito oferecia sobre o mundo e a 
existência humana. Nesse aspecto, são todos fatores 
relevantes: 
a) a invenção da escrita e da moeda, a lei escrita e a 
imprensa. 
b) a invenção da escrita e do telefone, a lei escrita e o 
nascimento da pólis. 
c) a invenção da escrita e da moeda, a lei escrita e o 
nascimento da pólis. 
d) a invenção da escrita e da religião, a lei escrita e o 
nascimento da pólis. 
 
5 
 
FIL0016 - (Unimontes) No mundo grego, podemos 
encontrar uma série de relatos mitológicos sobre 
diversos aspectos da vida humana, da natureza, dos 
deuses e do universo. Dois tipos de relatos merecem 
destaque: as cosmogonias e teogonias. Os relatos 
citados tratam da 
a) origem dos homens e das plantas. 
b) origem do cosmo e dos deuses. 
c) origem dos deuses e dos homens. 
d) origem do cosmo e das plantas. 
 
 
FIL0017 - (Ifsp) Comparando-se mito e filosofia, é 
correto afirmar o seguinte: 
a) A autoridade do mito depende da confiança 
inspirada pelo narrador, ao passo que a autoridade da 
filosofia repousa na razão humana, sendo 
independente da pessoa do filósofo. 
b) Tanto o mito quanto a filosofia se ocupam da 
explicação de realidades passadas a partir da interação 
entre forças naturais personalizadas, criando um 
discurso que se aproxima do da história e se opõe ao 
da ciência. 
c) Enquanto a função do mito é fornecer uma 
explicação parcial da realidade, limitando-se ao 
universo da cultura grega, a filosofia tem um caráter 
universal, buscando respostas para as inquietações de 
todos os homens. 
d) Mito e filosofia dedicam-se à busca pelas verdades 
absolutas e são, em essência, faces distintas do mesmo 
processo de conhecimento que culminou com o 
desenvolvimento do pensamento científico. 
e) A filosofia é a negação do mito, pois não aceita 
contradições ou fabulações, admitindo apenas 
explicações que possam ser comprovadas pela 
observação direta ou pela experiência. 
 
 
 
FIL0018 – (Ueap) A filosofia surge na Grécia por volta 
do século VI a.C. Mudanças sociais, políticas e 
econômicas favoreceram o seu surgimento. Dentre 
estas mudanças, pode-se mencionar: 
a) A estruturação do mundo rural, desenvolvimento do 
sistema escravagista e o estabelecimento de uma 
aristocracia proprietária de terras. 
b) A expansão da economia local fundada no 
desenvolvimento do artesanato, o fortalecimento dos 
“demos” e da organização familiar patriarcal. 
c) As disputas entre Atenas e Esparta, o 
desenvolvimento de Mecenas e do comércio jônico. 
d) O uso da escrita alfabética, as viagens marítimas e a 
evolução do comércio e do artesanato. 
e) O predomínio do pensamento mítico. 
 
FIL0019 - (Unioeste) Pode-se afirmar que a Filosofia é 
filha da cidade-estado grega (pólis). A pólis grega surgiu 
entre os séculos VIII e VII a.C., e os primeiros filósofos 
surgiram por volta do século VI a.C. nas colônias gregas. 
O texto abaixo indica algumas das características da 
pólis que propiciaram o surgimento da Filosofia: 
 
“A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a 
palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e, 
portanto, comum a todos, mas a palavra humana do 
conflito, da discussão, da argumentação. A expressão 
da individualidade por meio do debate engendra a 
política, libertando o homem dos exclusivos desígnios 
divinos, para ele próprio tecer o seu destino na praça 
pública. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser 
objeto de discussão; a instauração dessa ordem 
humana dá origem ao cidadão da pólis, figura 
inexistente no mundo coletivista da comunidade 
tribal.” 
(M. L. A. Aranha; M. H. P. Martins) 
Considerando o texto acima, é incorreto afirmar que 
a) para a Filosofia, os critérios de argumentação e de 
explicação são os princípios e regras da razão que 
devem ser aplicados nas discussões públicas por meio 
da linguagem. 
b) a verdade não deve ser imposta como um decreto 
divino, mas discutida, criticada e demonstrada pelos 
cidadãos. 
c) o surgimento da Filosofia na Grécia ocorreu de forma 
inesperada, isolada e excepcional, sem relação com seu 
momento histórico: foi o chamado “milagre grego”. 
d) a liberdade e a autonomia política do cidadão estão 
estreitamente ligadas à sua autonomia de 
pensamento. 
e) o mito e o sagrado, na explicação do homem e do 
mundo, contrapõem-se aos argumentos e 
demonstrações filosóficos. 
 
 
FIL0020 - (Uel) Sobre a passagem do mito à filosofia, na 
Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir. 
 
I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus 
componentes, já contêm características essenciais da 
compreensão de mundo grega que, posteriormente, se 
revelaram importantes para o surgimento da filosofia. 
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da 
filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, 
na medida em que nem homens nem deuses são 
compreendidos como perfeitos. 
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os 
entende movidos por sentimentos similares aos dos 
homens, contribuiu para o processo de racionalização 
da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do 
pensamento filosófico e científico. 
6 
 
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento 
filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram 
da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta 
desvinculada de, qualquer base religiosa. 
 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) II e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I, III e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0021 - (Unesp) Em 4 de julho de 2012, foi detectada 
uma nova partícula, que pode ser o bóson de Higgs. 
Trata-se de uma partícula elementar proposta pelo 
físico teórico Peter Higgs, e que validaria a teoria do 
modelo padrão, segundo a qual o bóson de Higgs seria 
a partícula elementar responsável pela origem da 
massa de todas as outras partículas elementares. 
(Jean Júnio M. Pimenta et al. “O bóson de Higgs”. In: Revista 
brasileira de ensino de física, vol. 35, no 2, 2013. Adaptado.) 
 
O que se descreve no texto possui relação com o 
conceito de arqué, desenvolvido pelos primeiros 
pensadores pré-socráticos da Jônia. A arqué diz 
respeito 
a) à retórica utilizada pelos sofistas para 
convencimento dos cidadãos na polis. 
b) a uma explicação da origem do cosmos 
fundamentada em pressupostos mitológicos. 
c) à investigação sobre a constituição do cosmos por 
meio de um princípio fundamental da natureza. 
d) ao desenvolvimento da lógica formal como 
habilidade de raciocínio. 
e) à justificação ética das ações na busca pelo 
entendimento sobre o bem. 
 
FIL0022 - (Ufpr) De acordo com Tales de Mileto,a água 
é origem e matriz de todas as coisas. Essa maneira de 
reduzir a multiplicidade das coisas a um único 
elemento foi considerada uma das primeiras 
expressões da Filosofia, porque: 
a) é um questionamento sobre o fundamento das 
coisas. 
b) enuncia a verdade sobre a origem das coisas. 
c) é uma proposição que se pode comprovar. 
d) é uma proposição científica. 
e) é um mito de origem. 
 
FIL0023 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
Os corcéis que me transportam, tanto quanto o ânimo 
me impele, conduzem-me, depois de me terem dirigido 
pelo caminho famoso da divindade [...] E a deusa 
acolheu-me de bom grado, mão na mão direita 
tomando, e com estas palavras se me dirigiu: [...] 
Vamos, vou dizer-te – e tu escuta e fixa o relato que 
ouviste – quais os únicos caminhos de investigação que 
há para pensar, um que é, que não é para não ser, é 
caminho de confiança (pois acompanha a realidade): o 
outro que não é, que tem de não ser, esse te indico ser 
caminho em tudo ignoto, pois não poderás conhecer o 
não-ser, não é possível, nem indicá-lo [...] pois o 
mesmo é pensar e ser. 
PARMÊNIDES. Da Natureza, frags. 1-3. Trad. José Trindade Santos. 
2. ed. São Paulo: Loyola, 2009. p. 13-15. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a 
filosofia de Parmênides, assinale a alternativa correta. 
a) Pensar e ser se equivalem, por isso o pensamento só 
pode tratar e expressar o que é, e não o que não é – o 
não ser. 
b) A percepção sensorial nos possibilita conhecer as 
coisas como elas verdadeiramente são. 
c) O ser é mutável, eterno, divisível, móvel e, por isso, 
a razão consegue conhecê-lo e expressá-lo. 
d) A linguagem pode expressar tanto o que é como o 
que não é, pois ela obedece aos princípios de 
contradição e de identidade. 
e) O ser é e o não ser não é indica que a realidade 
sensível é passível de ser conhecida pela razão. 
 
FIL0024 - (Upe) Observe o texto a seguir sobre a gênese 
do pensamento filosófico: 
 
Entre o fim do VII século e o começo do VI a.C., o 
problema cosmológico é o primeiro a destacar-se 
claramente como objeto de pesquisa sistemática 
diferente do impreciso complexo de problemas que já 
ocupavam a mente dos gregos ainda antes do surgir de 
uma reflexão filosófica verdadeira e própria. 
(MONDOLFO, Rodolfo. O Pensamento Antigo, São Paulo: Mestre 
Jou, 1966, p. 31.) 
 
O texto retrata, com clareza, o problema cosmológico, 
objeto de estudo da filosofia 
a) Socrática. 
b) Platônica. 
c) Pré-socrática. 
d) Mítica. 
e) Pós-socrática. 
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Filosofia Antiga – Pré-Socráticos 
 
2 
 
FIL0025 - (Ufu) Considere o seguinte texto do filósofo 
Heráclito (século VI a.C.). 
"Para as almas, morrer é transformar-se em água; para 
a água, morrer é transformar-se em terra. Da terra, 
contudo, forma-se a água e da água, a alma” 
Heráclito. Fragmentos, extraído de: MARCONDES, Danilo. Textos 
Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. 
Tradução do autor. 
 
Em relação ao excerto acima, podemos afirmar que ele 
ilustra 
a) a concepção heraclitiana que valoriza a importância 
do movimento na descrição da realidade. 
b) a concepção dialética do pensamento heraclitiano, 
segundo a qual o movimento é uma ilusão dos 
sentidos. 
c) a concepção heraclitiana da realidade, segundo a 
qual a multiplicidade dos fenômenos subjaz uma 
realidade única. 
d) o pensamento religioso de Heráclito, segundo o qual 
a morte é a libertação da alma. 
 
FIL0026 - (Enem) Demócrito julga que a natureza das 
coisas eternas são pequenas substâncias infinitas, em 
grande número. E julga que as substâncias são tão 
pequenas que fogem às nossas percepções. E lhes são 
inerentes formas de toda espécie, figuras de toda 
espécie e diferenças em grandeza. Destas, então, 
engendram-se e combinam-se todos os volumes 
visíveis e perceptíveis. 
SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo: 
Nova Cultural, 1996 (adaptado). 
 
A Demócrito atribui-se a origem do conceito de 
a) porção mínima da matéria, o átomo. 
b) princípio móvel do universo, a arché. 
c) qualidade única dos seres, a essência. 
d) quantidade variante da massa, o corpus. 
e) substrato constitutivo dos elementos, a physis. 
 
FIL0027 - (Ufu) "Pois pensar e ser é o mesmo" 
Parmênides, Poema, fragmento 3, extraído de: Os filósofos pré-
socráticos. Tradução de Gerd Bornheim. São Paulo: Cultrix, 1993. 
 
A proposição acima é parte do poema de Parmênides, 
o fragmento 3. Considerando-se o que se sabe sobre 
esse filósofo, que viveu por volta do século VI a.C., 
assinale a afirmativa correta. 
a) Para compreender a realidade, é preciso confiar 
inteiramente no que os nossos sentidos percebem. 
b) O movimento é uma característica aparente das 
coisas, a verdadeira realidade está além dele. 
c) O verdadeiro sentido da realidade só pode ser 
revelado pelos deuses para aqueles que eles escolhem. 
d) Tudo o que pensamos deve existir em algum lugar 
do universo. 
FIL0028 - (Enem) A representação de Demócrito é 
semelhante à de Anaxágoras, na medida em que um 
infinitamente múltiplo é a origem; mas nele a 
determinação dos princípios fundamentais aparece de 
maneira tal que contém aquilo que para o que foi 
formado não é, absolutamente, o aspecto simples para 
si. Por exemplo, partículas de carne e de ouro seriam 
princípios que, através de sua concentração, formam 
aquilo que aparece como figura. 
HEGEL. G. W. F. Crítica moderna. In: SOUZA, J. C. (Org.). Os pré-
socrática: vida e obra. São Paulo: Nova Cultural. 2000 (adaptado). 
 
O texto faz uma apresentação crítica acerca do 
pensamento de Demócrito, segundo o qual o “princípio 
constitutivo das coisas” estava representado pelo(a) 
a) número, que fundamenta a criação dos deuses. 
b) devir, que simboliza o constante movimento dos 
objetos. 
c) água, que expressa a causa material da origem do 
universo. 
d) imobilidade, que sustenta a existência do ser 
atemporal. 
e) átomo, que explica o surgimento dos entes. 
 
FIL0029 - (Ufu) Leia o fragmento de autoria de 
Heráclito. 
Deus é dia e noite, inverno e verão, guerra e paz, 
abundância e fome. Mas toma formas variadas assim 
como o fogo, quando misturado com essências, toma 
o nome segundo o perfume de cada uma delas. 
BORNHEIM, G. (Org.). Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: 
Cultrix, 1998, p. 40. 
 
Conforme o exposto, “Deus”, no pensamento de 
Heráclito, significa: 
a) A unidade dos contrários. 
b) O fundamento da religião monoteísta do período 
arcaico. 
c) Uma abstração para refutar o logos. 
d) A impossibilidade da harmonia no mundo. 
 
FIL0030 - (Ueap) ...que é e que não é possível que não 
seja,/ é a vereda da Persuasão (porque acompanha a 
Verdade); o outro diz que não é e que é preciso que não 
seja,/ eu te digo que esta é uma vereda em que nada se 
pode aprender. De fato, não poderias conhecer o que 
não é, porque tal não é fatível./ nem poderia expressá-
lo. 
(Nicola, Ubaldo. Antologia ilustrada de Filosofia. Editora Globo, 
2005.) 
 
O texto anterior expressa o pensamento de qual 
filósofo? 
a) Aristóteles, que estabelecia a distinção entre o 
mundo sensível e o inteligível. 
3 
 
b) Heráclito de Éfeso, que afirmava a unidade entre 
pensamento e realidade. 
c) Tales de Mileto, que afirmava ser a água o princípio 
de todas as coisas. 
d) Parmênides de Eleia, que afirmava a imutabilidade 
de todas as coisas e a unidade entre ser e pensar, ser e 
conhecimento. 
e) Protágoras, que afirmava que o homem é a medida 
de todas as coisas, que o ser é e o não ser não é. 
 
FIL0031 - (Upe) Leia o texto a seguir: 
 
 
 
A Grécia é considerada o berço da Filosofia. O 
pensamento grego tem a singularidade do intelecto, 
privilegiando, acima de tudo, a dimensão conceitual e 
discursiva. De acordo com a tradição histórica, a fase 
inaugural do pensar filosófico grego é conhecida como 
período pré-socrático. 
 
Sendoassim, é CORRETO afirmar que 
a) filosofia pré-socrática enfatiza, principalmente, a 
explicação da liberdade. 
b) no período pré-socrático da filosofia, o pensar crítico 
retrata o valor da história dos deuses. 
c) o período pré-socrático da filosofia é denominado 
essencialmente de período naturalista. 
d) no período pré-socrático, o enfoque da Filosofia é 
denominado de período ético. 
e) o período pré-socrático da filosofia enaltece a 
confiança na religiosidade das ideias e no problema da 
vida. 
 
FIL0032 - (Enem) Todas as coisas são diferenciações de 
uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é 
evidente. Porque se as coisas que são agora neste 
mundo – terra, água ar e fogo e as outras coisas que se 
manifestam neste mundo –, se alguma destas coisas 
fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua 
natureza própria e se não permanecesse a mesma 
coisa em suas muitas mudanças e diferenciações, 
então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, 
misturar-se umas às outras, nem fazer bem ou mal 
umas às outras, nem a planta poderia brotar da terra, 
nem um animal ou qualquer outra coisa vir à 
existência, se todas as coisas não fossem compostas de 
modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, 
através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora 
em uma forma, ora em outra, retomando sempre a 
mesma coisa. 
DIÓGENES, In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São 
Paulo, Cultrix, 1967. 
 
O texto descreve argumentos dos primeiros 
pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a 
principal preocupação filosófica era de ordem 
a) cosmológica, propondo uma explicação racional do 
mundo fundamentada nos elementos da natureza. 
b) política, discutindo as formas de organização da 
polis ao estabelecer as regras de democracia. 
c) ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores 
virtuosos que tem a felicidade como o bem maior. 
d) estética, procurando investigar a aparência dos 
entes sensíveis. 
e) hermenêutica, construindo uma explicação unívoca 
da realidade. 
 
FIL0033 - (Enem) Texto I 
Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no 
mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes 
a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da 
mudança, dispersa e de novo reúne. 
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril 
Cultural, 1996 (adaptado). 
 
Texto II 
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é 
ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável e 
sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo 
homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é 
perecer? Como poderia gerar-se? 
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado). 
 
Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem 
uma oposição que se insere no campo das 
a) investigações do pensamento sistemático. 
b) preocupações do período mitológico. 
c) discussões de base ontológica. 
d) habilidades da retórica sofística. 
e) verdades do mundo sensível. 
 
FIL0034 - (Uema) Leia a letra da canção a seguir. 
Nada do que foi será 
De novo do jeito que já foi um dia 
Tudo passa 
Tudo sempre passará 
A vida vem em ondas 
4 
 
Como um mar 
Num indo e vindo infinito 
Tudo que se vê não é 
Igual ao que a gente 
Viu há um segundo 
Tudo muda o tempo todo 
No mundo [...] 
Fonte: SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. Como uma onda. In: Álbum 
MTV ao vivo. Rio de Janeiro: Sony-BMG, 2004. 
 
Da mesma forma como canta o poeta contemporâneo, 
que vê a realidade passando como uma onda, assim 
também pensaram os primeiros filósofos conhecidos 
como Pré-socráticos que denominavam a realidade de 
physis. A característica dessa realidade representada, 
também, na música de Lulu Santos é o(a) 
a) fluxo. 
b) estática. 
c) infinitude. 
d) desordem. 
e) multiplicidade. 
 
FIL0035 - (Enem) A filosofia grega parece começar com 
uma ideia absurda, com a proposição: a água é a 
origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo 
necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por 
três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição 
enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo 
lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, 
em terceiro lugar, porque nela embora apenas em 
estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é 
um. 
NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: 
Nova Cultural. 1999 
 
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o 
surgimento da filosofia entre os gregos? 
a) O impulso para transformar, mediante justificativas, 
os elementos sensíveis em verdades racionais. 
b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem 
dos seres e das coisas. 
c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa 
primeira das coisas existentes. 
d) A ambição de expor, de maneira metódica, as 
diferenças entre as coisas. 
e) A tentativa de justificar, a partir de elementos 
empíricos, o que existe no real. 
 
FIL0036 - (Uel) No livro Através do espelho e o que Alice 
encontrou por lá, a Rainha Vermelha diz uma frase 
enigmática: “Pois aqui, como vê, você tem de correr o 
mais que pode para continuar no mesmo lugar.” 
(CARROL, L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio 
de Janeiro: Zahar, 2009. p.186.) 
Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese 
também enigmática, segundo a qual o movimento é 
ilusório, pois “numa corrida, o corredor mais rápido 
jamais consegue ultrapassar o mais lento, visto o 
perseguidor ter de primeiro atingir o ponto de onde 
partiu o perseguido, de tal forma que o mais lento deve 
manter sempre a dianteira.” 
(ARISTÓTELES. Física. Z 9, 239 b 14. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; 
SCHOFIELD, M. Os Pré-socráticos. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste 
Gulbenkian, 1994, p.284.) 
Com base no problema filosófico da ilusão do 
movimento em Zenão de Eleia, é correto afirmar que 
seu argumento 
a) baseia-se na observação da natureza e de suas 
transformações, resultando, por essa razão, numa 
explicação naturalista pautada pelos sentidos. 
b) confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a 
ordem do ser (inteligível), pois avalia o sensível por 
condições que lhe são estranhas. 
c) ilustra a problematização da crença numa verdadeira 
existência do mundo sensível, à qual se chegaria pelos 
sentidos. 
d) mostra que o corredor mais rápido ultrapassará 
inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso nos 
apontam as evidências dos sentidos. 
e) pressupõe a noção de continuidade entre os 
instantes, contida no pressuposto da aceleração do 
movimento entre os corredores. 
 
FIL0037 - (Ufu) De um modo geral, o conceito de physis 
no mundo pré-socrático expressa um princípio de 
movimento por meio do qual tudo o que existe é 
gerado e se corrompe. A doutrina de Parmênides, no 
entanto, tal como relatada pela tradição, aboliu esse 
princípio e provocou, consequentemente, um sério 
conflito no debate filosófico posterior, em relação ao 
modo como conceber o ser. 
Para Parmênides e seus discípulos: 
a) A imobilidade é o princípio do não-ser, na medida 
em que o movimento está em tudo o que existe. 
b) O movimento é princípio de mudança e a 
pressuposição de um não-ser. 
c) Um Ser que jamais muda não existe e, portanto, é 
fruto de imaginação especulativa. 
d) O Ser existe como gerador do mundo físico, por isso 
a realidade empírica é puro ser, ainda que em 
movimento. 
 
FIL0038 - (Ufsj) Sobre o princípio básico da filosofia pré-
socrática, é CORRETO afirmar que 
a) Tales de Mileto, ao buscar um princípio unificador de 
todos os seres, concluiu que a água era a substância 
primordial, a origem única de todas as coisas. 
b) Anaximandro, após observar sistematicamente o 
mundo natural, propôs que não apenas a água poderia 
ser considerada arché desse mundo em si e, por isso 
mesmo, incluiu mais um elemento: o fogo. 
5 
 
c) Anaxímenes fez a união entre os pensamentos que o 
antecederam e concluiu que o princípio de todas as 
coisas não pode ser afirmado, já que tal princípio não 
está ao alcancedos sentidos. 
d) Heráclito de Éfeso afirmou o movimento e negou 
terminantemente a luta dos contrários como gênese e 
unidade do mundo, como o quis Catão, o antigo. 
 
FIL0039 - (Uncisal) O período pré-socrático é o ponto 
inicial das reflexões filosóficas. Suas discussões se 
prendem a Cosmologia, sendo a determinação da 
physis (princípio eterno e imutável que se encontra na 
origem da natureza e de suas transformações) ponto 
crucial de toda formulação filosófica. Em tal contexto, 
Leucipo e Demócrito afirmam ser a realidade percebida 
pelos sentidos ilusória. Eles defendem que os sentidos 
apenas capturam uma realidade superficial, mutável e 
transitória que acreditamos ser verdadeira. Mesmo 
que os sentidos apreendam “as mutações das coisas, 
no fundo, os elementos primordiais que constituem 
essa realidade jamais se alteram.” Assim, a realidade é 
uma coisa e o real outra. 
Para Leucipo e Demócrito a physis é composta 
a) pelas quatro raízes: o úmido, o seco, o quente e o 
frio. 
b) pela água. 
c) pelo fogo. 
d) pelo ilimitado. 
e) pelos átomos. 
 
FIL0040 - (Enem) TEXTO I 
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento 
originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que 
outras coisas provêm de sua descendência. Quando o 
ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os 
ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a 
partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, 
transformam-se em água. A água, quando mais 
condensada, transforma-se em terra, e quando 
condensada ao máximo possível, transforma-se em 
pedras. 
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 
2006 (adaptado). 
TEXTO II 
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, 
como criador de todas as coisas, está no princípio do 
mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos 
apresentam, em face desta concepção, as 
especulações contraditórias dos filósofos, para os quais 
o mundo se origina, ou de algum dos quatro 
elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, 
como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de 
quererem ancorar o mundo numa teia de aranha”. 
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: 
Vozes, 1991 (adaptado). 
Filósofos dos diversos tempos históricos 
desenvolveram teses para explicar a origem do 
universo, a partir de uma explicação racional. As teses 
de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, 
filósofo medieval, têm em comum na sua 
fundamentação teorias que 
a) eram baseadas nas ciências da natureza. 
b) refutavam as teorias de filósofos da religião. 
c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas. 
d) postulavam um princípio originário para o mundo. 
e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. 
 
FIL0041 - (Ueg) A influência de Sócrates na filosofia 
grega foi tão marcante que dividiu a sua história em 
períodos: período pré-socrático, período socrático e 
período pós-socrático. O período pré-socrático é visto 
como uma época de formação da filosofia grega, na 
qual predominavam os problemas cosmológicos. Ele se 
desenvolveu em cidades da Jônia e da Magna Grécia. 
Grandes escolas filosóficas surgem nesse período e 
muitos pensadores se destacam. Entre eles, um jônico, 
que ficou conhecido como pai da filosofia. Seu nome é: 
a) Tales de Mileto 
b) Leucipo de Abdera 
c) Sócrates de Atenas 
d) Parmênides de Eléia 
 
FIL0042 - (Uenp) Mario Quintana, no poema “As 
coisas”, traduziu o sentimento comum dos primeiros 
filósofos da seguinte maneira: “O encanto sobrenatural 
que há nas coisas da Natureza! [...] se nelas algo te dá 
encanto ou medo, não me digas que seja feia ou má, é, 
acaso, singular”. Os primeiros filósofos da antiguidade 
clássica grega se preocupavam com: 
a) Cosmologia, estudando a origem do Cosmos, 
contrapondo a tradição mitológica das narrativas 
cosmogônicas e teogônicas. 
b) Política, discutindo as formas de organização da 
polis e estabelecendo as regras da democracia. 
c) Ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores e da 
vida virtuosa. 
d) Epistemologia, procurando estabelecer as origens e 
limites do conhecimento verdadeiro. 
e) Ontologia, construindo uma teoria do ser e do 
substrato da realidade. 
 
FIL0043 - (Uema) A Filosofia nasceu na Jônia no final do 
século VII a.C. O conteúdo que norteia a preocupação 
dos filósofos jônicos é de natureza: 
a) Mitológica. 
b) Antropológica. 
c) Religiosa. 
d) Cosmológica. 
e) Política. 
 
1 
 
 
 
 
FIL0044 - (Enem) Alguns pensam que Protágoras de 
Abdera pertence também ao grupo daqueles que 
aboliram o critério, uma vez que ele afirma que todas 
as impressões dos sentidos e todas as opiniões são 
verdadeiras, e que a verdade é uma coisa relativa, uma 
vez que tudo o que aparece a alguém ou é opinado por 
alguém é imediatamente real para essa pessoa. 
KERFERD, G. B. O movimento sofista. São Paulo: Loyola, 2002 
(adaptado). 
 
O grupo ao qual se associa o pensador mencionado no 
texto se caracteriza pelo objetivo de 
a) alcançar o conhecimento da natureza por meio da 
experiência. 
b) justificar a veracidade das afirmações com 
fundamentos universais. 
c) priorizar a diversidade de entendimentos acerca das 
coisas. 
d) preservar as regras de convivência entre os 
cidadãos. 
e) analisar o princípio do mundo conforme a teogonia. 
 
FIL0045 - (Enem) Tomemos o exemplo de Sócrates: é 
precisamente ele quem interpela as pessoas na rua, os 
jovens no ginásio, perguntando: “Tu te ocupas de ti?” 
O deus o encarregou disso, é sua missão, e ele não a 
abandonará, mesmo no momento em que for 
ameaçado de morte. Ele é certamente o homem que 
cuida do cuidado dos outros: esta é a posição particular 
do filósofo. 
FOUCAULT, M. Ditos e escritos. Rio de Janeiro: Forense 
Universitária, 2004. 
 
O fragmento evoca o seguinte princípio moral da 
filosofia socrática, presente em sua ação dialógica: 
a) Examinar a própria vida. 
b) Ironizar o seu oponente. 
c) Sofismar com a verdade. 
d) Debater visando a aporia. 
e) Desprezar a virtude alheia. 
 
FIL0046 - (Uel) Sócrates, Giordano Bruno e Galileu 
foram pensadores que defenderam a liberdade de 
pensamento frente às restrições impostas pela 
tradição. Na Apologia de Sócrates, a acusação contra o 
filósofo é assim enunciada: 
 
Sócrates [...] é culpado de corromper os moços e não 
acreditar nos deuses que a cidade admite, além de 
aceitar divindades novas (24b-c). 
Ao final do escrito de Platão, Sócrates diz aos juízes: 
 
Mas, está na hora de nos irmos: eu, para morrer; vós, 
para viver. A quem tocou a melhor parte, é o que 
nenhum de nós pode saber, exceto a divindade. (42a). 
(PLATÃO. Apologia de Sócrates. Trad. Carlos Alberto Nunes. 
Belém: EDUFPA, 2001. p. 122-23; 147.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a 
disputa entre filosofia e tradição presente na 
condenação de Sócrates, assinale a alternativa correta. 
a) O desprezo socrático pela vida, implícito na 
resignação à sua pena, é reforçado pelo 
reconhecimento da soberania do poder dos juízes. 
b) A aceitação do veredito dos juízes que o 
condenaram à morte evidencia que Sócrates consentiu 
com os argumentos dos acusadores. 
c) A acusação a Sócrates pauta-se na identificação da 
insuficiência dos seus argumentos, e a corrupção que 
provoca resulta das contradições do seu pensamento. 
d) A crítica de Sócrates à tradição sustenta-se no 
repúdio às instituições que devem ser abandonadas 
em benefício da liberdade de pensamento. 
e) A sentença de morte foi aceita por Sócrates porque 
morrer não é um mal em si e o livre pensar permite 
apreender essa verdade. 
 
FIL0047 - (Upe) Leia o texto a seguir sobre o 
conhecimento filosófico: 
 
 
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Filosofia Antiga – Sócrates e os Sofistas 
 
2 
 
No período socrático ou antropológico, no âmbito da 
filosofia grega, surgem os sofistas. A palavra era 
antigamente sinônimo de sábio. Porém,no século V 
a.C., toma um matiz pejorativo e se aplica a um grupo 
de mestres ambulantes, que recorrem aos cidadãos 
gregos, ensinando o que eles chamam de sabedoria. 
(COLOMER, Klimke. Historia de la filosofia. Madrid: Labor, 1961, 
p.39) Adaptado. 
 
No âmbito do conhecimento filosófico, o texto retrata 
que, no período socrático ou antropológico, os sofistas 
representam algo totalmente novo nesse cenário com 
relação ao estudo do homem. Sobre isso, assinale a 
alternativa CORRETA. 
a) Os sofistas foram, na verdade, reputados como 
grandes mestres de cultura; inicia-se a fase 
antropológica. 
b) Os sofistas foram sábios nos estudos da natureza 
cosmológica e deram pouca importância ao problema 
antropológico. 
c) Com a sofística, inicia-se uma nova fase no período 
filosófico, o estudo de Deus. 
d) Os sofistas não reconheceram o valor formativo do 
saber e elaboraram o conceito de natureza, excluindo 
o homem da sua consideração. 
e) Os sofistas influenciaram parcialmente o curso da 
investigação filosófica, com seu enfoque teórico frente 
aos problemas prático-educativos. 
 
FIL0048- (Ufu) A respeito do método de Sócrates, 
assinale a alternativa que apresenta a definição correta 
de maiêutica. 
a) Um método sintético, que ignora a argumentação 
dos interlocutores e prontamente define o que é o 
objeto em discussão. 
b) Uma estratégia sofística, que é empregada para 
educar a juventude na prática da retórica, visando 
apenas ao ornamento do discurso. 
c) Um método analítico, que interroga a respeito 
daquilo que é tido como a verdadeira justiça, o 
verdadeiro belo, o verdadeiro bem. 
d) Uma iluminação divina, que deposita na mente do 
filósofo o conhecimento profundo das coisas da 
natureza. 
 
FIL0049 - (Upe) Sobre a temática da Filosofia na 
História, analise o texto a seguir: 
 
Há, pois, uma inseparável conexão entre filosofia e 
história da filosofia. A filosofia é histórica, e sua história 
lhe pertence essencialmente. E, por outra parte, a 
história da filosofia não é uma mera informação 
erudita acerca das opiniões dos filósofos. Senão que é 
a exposição verdadeira do conteúdo real da filosofia. É, 
pois, com todo rigor, filosofia. A filosofia não se esgota 
em nenhum de seus sistemas, senão que consiste na 
história efetiva de todos eles. 
MARIAS, Julián. Historia de la Filosofia. Madrid, 1956, p. 5. 
 
Assim, é CORRETO afirmar que, na tradição histórica da 
filosofia, 
a) o racionalismo e o empirismo têm estritas relações 
com a solução integral do problema da vida na religião. 
b) os naturalistas pré-socráticos se preocuparam 
exclusivamente com a subjetividade e a matéria 
religiosa. 
c) o famoso lema “conhece-te a ti mesmo – torna-te 
consciente de tua ignorância” caracterizou o 
pensamento filosófico de Sócrates. 
d) o período da filosofia moderna é conhecido por se 
preocupar com as verdades reveladas. 
e) o período medieval teve como preocupação central 
a singularidade em relação ao sujeito do 
conhecimento. 
 
FIL0050 - (Enem) Uma conversação de tal natureza 
transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e 
embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à 
atenção uma direção incomum: os temperamentais, 
como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele 
todo o bem de que são capazes, mas fogem porque 
receiam essa influência poderosa, que os leva a se 
censurarem. E sobretudo a esses jovens, muitos quase 
crianças, que ele tenta imprimir sua orientação. 
BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977. 
 
O texto evidencia características do modo de vida 
socrático, que se baseava na 
a) contemplação da tradição mítica. 
b) sustentação do método dialético. 
c) relativização do saber verdadeiro. 
d) valorização da argumentação retórica. 
e) investigação dos fundamentos da natureza. 
 
FIL0051 - (Upe) Sobre Filosofia e Reflexão, considere o 
texto a seguir: 
Sobre a Filosofia e Reflexão 
 
Exprimir-se-á bem a ideia de que a filosofia é procura e 
não posse, definindo o trabalho filosófico como um 
trabalho de reflexão. O modelo de reflexão filosófica – 
e ao mesmo tempo seu exemplo mais acessível – é a 
“ironia” socrática. 
HUISMAN, Denis; VERGEZ, André. Compêndio Moderno de 
Filosofia, 1987, p. 25. 
 
O autor acima enfatiza o exemplo sobre Filosofia e 
Reflexão: 
a) no ato de interrogar os interlocutores, Sócrates 
expressava sua atitude reflexiva. 
3 
 
b) a reflexão filosófica se inicia na consciência e na 
posse do saber. 
c) a reflexão filosófica nos faz refletir ao ensinar sua 
opinião com certeza irrefutável. 
d) na reflexão filosófica, Sócrates expressava sua 
opinião como verdadeira. 
e) ao perguntar, Sócrates delimitava o modelo e a 
posse da sabedoria. 
 
FIL0052 - (Enem) Trasímaco estava impaciente porque 
Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era 
algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu 
entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado 
apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras 
da sua sociedade. No entanto, essas regras não 
passavam de invenções humanas. 
RACHELS. J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009. 
 
O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no 
diálogo A República, de Platão, sustentava que a 
correlação entre justiça e ética é resultado de 
a) determinações biológicas impregnadas na natureza 
humana. 
b) verdades objetivas com fundamento anterior aos 
interesses sociais. 
c) mandamentos divinos inquestionáveis legados das 
tradições antigas. 
d) convenções sociais resultantes de interesses 
humanos contingentes. 
e) sentimentos experimentados diante de 
determinadas atitudes humanas. 
 
FIL0053 - (Uea) O sofista é um diálogo de Platão do qual 
participam Sócrates, um estrangeiro e outros 
personagens. Logo no início do diálogo, Sócrates 
pergunta ao estrangeiro, a que método ele gostaria de 
recorrer para definir o que é um sofista. 
 Sócrates: – Mas dize-nos [se] preferes 
desenvolver toda a tese que queres demonstrar, numa 
longa exposição ou empregar o método interrogativo? 
 Estrangeiro: – Com um parceiro assim 
agradável e dócil, Sócrates, o método mais fácil é esse 
mesmo; com um interlocutor. Do contrário, valeria 
mais a pena argumentar apenas para si mesmo. 
(Platão. O sofista, 1970. Adaptado.) 
 
É correto afirmar que o interlocutor de Sócrates 
escolheu, do ponto de vista metodológico, adotar 
a) a maiêutica, que pressupõe a contraposição dos 
argumentos. 
b) a dialética, que une numa síntese final as teses dos 
contendores. 
c) o empirismo, que acredita ser possível chegar ao 
saber por meio dos sentidos. 
d) o apriorismo, que funda a eficácia da razão humana 
na prova de existência de Deus. 
e) o dualismo, que resulta no ceticismo sobre a 
possibilidade do saber humano. 
 
FIL0054 - (Unicamp) A sabedoria de Sócrates, filósofo 
ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu 
ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, 
registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi 
uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais 
sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos 
e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se 
diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria 
ignorância. 
O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a 
Filosofia, pois 
a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se 
mais sábio por querer adquirir conhecimentos. 
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos 
sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia 
era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos. 
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a 
Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas 
a partir de métodos rigorosos. 
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer 
distante dos problemas concretos, preocupando-se 
apenas com causas abstratas. 
 
FIL0055 - (Ufu) O diálogo socrático de Platão é obra 
baseada em um sucesso histórico: no fato de Sócrates 
ministrar osseus ensinamentos sob a forma de 
perguntas e respostas. Sócrates considerava o diálogo 
como a forma por excelência do exercício filosófico e o 
único caminho para chegarmos a alguma verdade 
legítima. 
De acordo com a doutrina socrática, 
a) a busca pela essência do bem está vinculada a uma 
visão antropocêntrica da filosofia. 
b) é a natureza, o cosmos, a base firme da especulação 
filosófica. 
c) o exame antropológico deriva da impossibilidade do 
autoconhecimento e é, portanto, de natureza sofística. 
d) a impossibilidade de responder (aporia) aos dilemas 
humanos é sanada pelo homem, medida de todas as 
coisas. 
 
FIL0056 - (Unicentro) Sobre o pensamento socrático, 
analise as afirmativas e marque com V, as verdadeiras 
e com F, as falsas. 
( ) Sócrates é autor da obra Ética a Nicômaco. 
( ) O pensamento socrático está escrito em hebraico. 
( ) A ironia e a maiêutica são as bases de sua filosofia. 
( ) Sócrates não criticou o saber dogmático, sendo, 
por isso, conselheiro dos governantes de Atenas. 
4 
 
( ) Os diálogos platônicos são importantes textos 
filosóficos que relatam, na maioria, o pensamento de 
Sócrates. 
 
A partir da análise dessas afirmativas, a alternativa que 
indica a sequência correta, de cima para baixo, é a 
a) F V F V V 
b) V F V V F 
c) F F V F V 
d) V F F F V 
e) F V V V F 
 
FIL0057 - (Ufu) Leia o trecho abaixo, que se encontra 
na Apologia de Sócrates de Platão e traz algumas das 
concepções filosóficas defendidas pelo seu mestre. 
 
Com efeito, senhores, temer a morte é o mesmo que 
se supor sábio quem não o é, porque é supor que sabe 
o que não sabe. Ninguém sabe o que é a morte, nem 
se, porventura, será para o homem o maior dos bens; 
todos a temem, como se soubessem ser ela o maior dos 
males. A ignorância mais condenável não é essa de 
supor saber o que não se sabe? 
Platão, A Apologia de Sócrates, 29 a-b, In. HADOT, P. O que é a 
Filosofia Antiga? São Paulo: Ed. Loyola, 1999, p. 61. 
 
Com base no trecho acima e na filosofia de Sócrates, 
assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Sócrates prefere a morte a ter que renunciar a sua 
missão, qual seja: buscar, por meio da filosofia, a 
verdade, para além da mera aparência do saber. 
b) Sócrates leva o seu interlocutor a examinar-se, 
fazendo-o tomar consciência das contradições que traz 
consigo. 
c) Para Sócrates, pior do que a morte é admitir aos 
outros que nada se sabe. Deve-se evitar a ignorância a 
todo custo, ainda que defendendo uma opinião não 
devidamente examinada. 
d) Para Sócrates, o verdadeiro sábio é aquele que, 
colocado diante da própria ignorância, admite que 
nada sabe. Admitir o não-saber, quando não se sabe, 
define o sábio, segundo a concepção socrática. 
 
 
FIL0058 - (Uncisal) Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates 
ficou famoso por interpelar os transeuntes e fazer 
perguntas aos que se achavam conhecedores de 
determinado assunto. Mas durante o diálogo, Sócrates 
colocava o interlocutor em situação delicada, levando-
o a reconhecer sua própria ignorância. Em virtude de 
sua atuação, Sócrates acabou sendo condenado à 
morte sob a acusação de corromper a juventude, 
desobedecer às leis da cidade e desrespeitar certos 
valores religiosos. Considerando essas informações 
sobre a vida de Sócrates, assim como a forma pela qual 
seu pensamento foi transmitido, pode-se afirmar que 
sua filosofia 
a) transmitia conhecimentos de natureza científica. 
b) baseava-se em uma contemplação passiva da 
realidade. 
c) transmitia conhecimentos exclusivamente sob a 
forma escrita entre a população ateniense. 
d) ficou consagrada sob a forma de diálogos, 
posteriormente redigidos pelo filósofo Platão. 
e) procurava transmitir às pessoas conhecimentos de 
natureza mitológica. 
 
FIL0059 - (Unimontes) Lembremos a figura de Sócrates. 
Dizem que era um homem feio, mas, quando falava, 
exercia estranho fascínio. Podemos atribuir a Sócrates 
duas maneiras de se chegar ao conhecimento. Essas 
duas maneiras são denominadas de 
a) doxa e ironia. 
b) ironia e maiêutica. 
c) maiêutica e doxa. 
d) maiêutica e episteme. 
 
FIL0060 - (Unioeste) O Oráculo de Delfos teria 
declarado que Sócrates (470-399 a.C.) era o mais sábio 
dos homens. Essa profecia marcou decisivamente a 
concepção socrática de Filosofia, pois sua verdade não 
era óbvia: “Logo ele, sem qualquer especialização, ele 
que estava ciente de sua ignorância? Logo ele, numa 
cidade [Atenas] repleta de artistas, oradores, políticos, 
artesãos? Sócrates parece ter meditado bastante 
tempo, buscando o significado das palavras da 
pitonisa. Afinal concluiu que sua sabedoria só poderia 
ser aquela de saber que nada sabia, essa consciência 
da ignorância sobre as coisas que era sinal e começo da 
autoconsciência.” (J. A. M. Pessanha) 
 
Sobre a filosofia de Sócrates, é incorreto afirmar que 
a) a filosofia de Sócrates consiste em buscar a verdade, 
aceitando as opiniões contraditórias dos homens; 
quanto mais importante era a posição social de um 
homem, mais verdadeira era sua opinião. 
b) a sabedoria de Sócrates está em saber que nada 
sabe, enquanto os homens em geral estão 
impregnados de preconceitos e noções incorretas, e 
não se dão conta disso. 
c) o reconhecimento da própria ignorância é o primeiro 
passo para a sabedoria, pois, assim, podemos nos livrar 
dos preconceitos e abrir caminho para a verdade. 
d) após muito questionar os valores e as certezas 
vigentes, Sócrates foi acusado de não respeitar os 
deuses oficiais (impiedade) e corromper a juventude; 
foi julgado e condenado à morte por ingestão de cicuta. 
e) o caminho socrático para a sabedoria deve ser 
trilhado pelo próprio indivíduo, que deve por ele 
mesmo reconhecer seus preconceitos e opiniões, 
5 
 
rejeitá-los e, através da razão, atingir a verdade 
imutável. 
 
FIL0061 - (Ueg) A Grécia foi o berço da filosofia, 
destacando-se pela presença dos filósofos que 
pensaram o mundo em que viveram utilizando a 
ferramenta da razão. O período da história grega e o 
filósofo que afirmou que “só sei que nada sei” foram 
respectivamente o 
a) período pós-clássico e Sócrates. 
b) período helenístico e Platão. 
c) período clássico e Sócrates. 
d) período clássico e Platão. 
 
FIL0062 - (Ufu) Em um importante trecho da sua obra 
Metafísica, Aristóteles se refere a Sócrates nos 
seguintes termos: 
Sócrates ocupava-se de questões éticas e não da 
natureza em sua totalidade, mas buscava o universal 
no âmbito daquelas questões, tendo sido o primeiro a 
fixar a atenção nas definições. 
Aristóteles. Metafísica, A6, 987b 1-3. Tradução de Marcelo Perine. 
São Paulo: Loyola, 2002. 
Com base na filosofia de Sócrates e no trecho 
supracitado, assinale a alternativa correta. 
a) O método utilizado por Sócrates consistia em um 
exercício dialético, cujo objetivo era livrar o seu 
interlocutor do erro e do preconceito − com o prévio 
reconhecimento da própria ignorância −, e levá-lo a 
formular conceitos de validade universal (definições). 
b) Sócrates era, na verdade, um filósofo da natureza. 
Para ele, a investigação filosófica é a busca pela 
“Arché”, pelo princípio supremo do Cosmos. Por isso, o 
método socrático era idêntico aos utilizados pelos 
filósofos que o antecederam (Pré-socráticos). 
c) O método socrático era empregado simplesmente 
para ridicularizar os homens, colocando-os diante da 
própria ignorância. Para Sócrates, conceitos universais 
são inatingíveis para o homem; por isso, para ele, as 
definições são sempre relativas e subjetivas, algo que 
ele confirmou com a máxima “o Homem é a medida de 
todas as coisas”. 
d) Sócrates desejava melhorar os seus concidadãos por 
meio da investigação filosófica. Para ele, isso implica 
não buscar “o que é”, mas aperfeiçoar “o que parece 
ser”. Por isso, diz o filósofo, o fundamento da vida 
moral é, em última instância, o egoísmo, ou seja, o que 
é o bem para o indivíduo num dado momento de sua 
existência. 
 
FIL0063- (Unicentro) Após as primeiras discussões dos 
filósofos “pré-socráticos” no século VI a.C. (período 
cosmológico), surge outro movimento muito 
importante na história da filosofia. Passa a ser 
abordado uma nova modalidade de problemas e 
discussões (período antropológico), e assim teremos 
não só as figuras principais do novo cenário da filosofia 
grega, mas de toda a história da razão ocidental: 
Sócrates, Platão e Aristóteles. Com Sócrates, a filosofia 
ganha uma nova “roupagem”. Sócrates viveu em 
Atenas no momento de apogeu da cultura grega, o 
chamado período clássico (séculos V e IV a.C.), fase de 
grande expressão na política, nas artes, na literatura e 
na filosofia. O que há de mais forte na filosofia de 
Sócrates é o seu método e a maneira pela qual ele 
buscava discutir os problemas relacionados à filosofia. 
A partir desta informação, e de seus conhecimentos 
sobre a filosofia socrática, analise as assertivas e 
assinale a alternativa que aponta as corretas. 
 
I. Sócrates sempre buscava pessoas em praça pública 
para dialogar e questionar sobre a realidade de seu 
tempo. 
II. A célebre frase de Sócrates, que caracterizava parte 
de seu método é: “só sei que nada sei”, por isso 
questionava as ideias de seus interlocutores. 
III. Sócrates oferecia grande importância às 
experiências sensíveis, o que caracterizou fortemente 
o seu método filosófico. 
IV. Para fazer com que os seus interlocutores 
enxergassem a verdade por si próprios, Sócrates 
elaborou um método composto de duas partes 
centrais: a ironia e a maiêutica. 
 
a) Apenas I e II estão corretas. 
b) Apenas I, II e IV estão corretas. 
c) Apenas III e IV estão corretas. 
d) Apenas I, II e III estão corretas. 
e) Apenas I e IV estão corretas. 
 
FIL0064 - (Unimontes) Via de regra, os sofistas eram 
homens que tinham feito longas viagens e, por isso 
mesmo, tinham conhecido diferentes sistemas de 
governo. Usos, costumes e leis das cidades-estados 
podiam variar enormemente. Sob esse pano de fundo, 
os sofistas iniciaram em Atenas uma discussão sobre o 
que seria natural e o que seria criado pela sociedade. 
(GAARDER, J. O Mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 
1995). 
Sobre os sofistas, é incorreto afirmar que 
a) eles tiveram papel fundamental nas transformações 
culturais de Atenas. 
b) eles se dedicaram à questão do homem e de seu 
lugar na sociedade. 
c) eles eram mercenários e só visavam ao lucro na arte 
de ensinar. 
d) eles foram os primeiros a compreender que o 
“homem é medida de todas as coisas”. 
 
1 
 
 
 
 
FIL065 - (Uepa) Leia o texto para responder à questão. 
Platão: 
A massa popular é assimilável por natureza a um 
animal escravo de suas paixões e de seus interesses 
passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus 
amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a 
tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do 
menor rigor. Quanto às pretensas discussões na 
Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões 
subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas 
traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente. 
(Citado por: CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de 
Janeiro: Zahar, 1997, p. 17) 
 
Os argumentos de Platão, filósofo grego da 
antiguidade, evidenciam uma forte crítica à: 
a) oligarquia 
b) república 
c) democracia 
d) monarquia 
e) plutocracia 
 
FIL0066 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
Quando o artista [demiurgo] trabalha em sua obra, a 
vista dirigida para o que sempre se conserva igual a si 
mesmo, e lhe transmite a forma e a virtude desse 
modelo, é natural que seja belo tudo o que ele realiza. 
Porém, se ele se fixa no que devém e toma como 
modelo algo sujeito ao nascimento, nada belo poderá 
criar. [...] Ora, se este mundo é belo e for bom seu 
construtor, sem dúvida nenhuma este fixará a vista no 
modelo eterno. 
PLATÃO. Timeu. 28 a7-10; 29 a2-3. Trad. Carlos A. Nunes. Belém: 
UFPA, 1977. p. 46-47. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a 
filosofia de Platão, assinale a alternativa correta. 
a) O mundo é belo porque imita os modelos sensíveis, 
nos quais o demiurgo se inspira ao gerar o mundo. 
b) O sensível, ou o mundo que devém, é o modelo no 
qual o artista se inspira para criar o que permanece. 
c) O artífice do mundo, por ser bom, cria uma obra 
plenamente bela, que é a realidade percebida pelos 
sentidos. 
d) O olhar do demiurgo deve se dirigir ao que 
permanece, pois este é o modelo a ser inserido na 
realidade sensível. 
e) O demiurgo deve observar as perfeições no mundo 
sensível para poder reproduzi-las em sua obra. 
 
FIL0067 - (Ufpr) Em determinado momento do diálogo 
de Hípias Menor, de Platão, Sócrates declara que 
encontrou dificuldade para responder à pergunta “qual 
o critério para reconheceres o que é belo e o que é 
feio?”. De acordo com Platão, a dificuldade está em 
que: 
a) os juízos de Beleza são subjetivos, sendo relativos a 
quem os enuncia. 
b) o belo e o feio não se distinguem realmente. 
c) é preciso conhecer o que é Beleza para que se 
possam identificar as coisas belas. 
d) o critério de Beleza não é acessível aos homens, mas 
apenas aos deuses. 
e) a Beleza é uma mera aparência. 
 
FIL0068 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
Os melhores de entre nós, quando escutam Homero ou 
qualquer poeta trágico a imitar um herói que está aflito 
e se espraia numa extensa tirada cheia de gemidos, ou 
os que cantam e batem no peito, sabes que gostamos 
disso, e que nos entregamos a eles, e os seguimos, 
sofrendo com eles, e com toda seriedade elogiamos o 
poeta, como sendo bom, por nos ter provocado até o 
máximo, essas disposições. [...] Mas quando sobrevém 
a qualquer de nós um luto pessoal, reparaste que nos 
gabamos do contrário, se formos capazes de nos 
mantermos tranquilos e de sermos fortes, entendendo 
que esta atitude é característica de um homem [...]? 
PLATÃO. A República. 605 d-e. Trad. Maria Helena da Rocha 
Pereira. 12. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. p. 
470. 
Com base no texto, nos conhecimentos sobre mimesis 
(imitação) e sobre o pensamento de Platão, assinale a 
alternativa correta: 
a) A maneira como Homero constrói seus personagens 
retratando reações humanas deve ser imitada pelos 
demais poetas, pois é eticamente aprovada na Cidade 
Ideal platônica. 
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ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Filosofia Antiga - Platão 
 
2 
 
b) O fato de mostrar as emoções de maneira exagerada 
em seus personagens faz de Homero e de autores de 
tragédia excelentes formadores na Cidade Ideal 
pensada por Platão. 
c) Reagir como os personagens homéricos e trágicos é 
digno de elogio, pois Platão considera que a descarga 
das emoções é benéfica para a formação ética dos 
cidadãos. 
d) Poetas como Homero e autores de tragédia 
provocam emoções de modo exagerado em quem os lê 
ou assiste, não sendo bons para a formação do cidadão 
na Cidade Ideal platônica. 
e) A imitação de Homero e dos trágicos das reações 
humanas difere da dos pintores, pois, segundo Platão, 
não estão distantes em graus da essência, por isso 
podem fazer parte da cidade justa. 
 
FIL0069 - (Unioeste) O tema da expulsão dos poetas da 
‘cidade ideal’, proposto pelo personagem Sócrates, na 
República, tem gerado discussão e perplexidade ao 
longo da história da filosofia. O fundamento conceitual 
dessa expulsão é a hipótese das Ideias ou Formas. Por 
um lado, as Ideias são entidades eternas, que se 
constituem como verdadeiro ser, ser pleno, 
instaurando o âmbito ontológico do inteligível; por 
outro lado, tudo que pertence ao âmbito do imediato, 
circundante – o ‘nosso mundo’, âmbito do Sensível – é 
‘menos ser’. A Ideia do Um, por exemplo, tem 
plenitude de ser, ao passo que todas as unidades dos 
seres (objetos, seres humanos, etc.) dependem de sua 
participação na Ideia do Um, para vigorar como 
unidades. As Ideias são eternas; os entes sensíveis são 
temporais, efêmeros e somente subsistem enquantose dá a participação. A polis ideal construída por 
Sócrates deverá ser governada pelos filósofos, porque 
esses concentram-se na atenção ao Inteligível, sem se 
perder nos apelos do Sensível; e, ao imaginar esse 
governo, uma das exigências para a plenitude de 
justiça dessa cidade é a expulsão dos poetas, os 
‘imitadores’. 
 
Levando-se em conta essa base conceitual, tal como 
aqui apresentada, assinale a alternativa que explica 
CORRETAMENTE a expulsão dos poetas. 
a) Sócrates redigiu a República com base na teoria das 
Ideias e chegou à conclusão de que poetas são 
politicamente perigosos e socialmente improdutivos. 
Assim, somente cientistas e construtores podem 
permanecer em atividade, na polis ideal, porque são os 
únicos a lidar com o Inteligível. 
b) A expulsão dos poetas, propugnada por Sócrates, 
personagem da República, tem origem em sua 
afirmação de que a poesia está inteiramente fundada 
no Inteligível. 
c) Platão redigiu a República com base na teoria das 
Ideias e chegou à conclusão de que poetas são 
politicamente perigosos e socialmente improdutivos. 
Assim, somente cientistas e construtores podem 
permanecer em atividade, na polis ideal, porque são os 
únicos a lidar com o Inteligível. 
d) As Ideias são entidades eternas, que vigoram no 
âmbito Inteligível, ou seja, elas são a inteligibilidade ou 
sentido de tudo que ‘existe’; sem Ideias, as coisas não 
têm sentido. Os poetas, em lugar de atentar ao sentido 
inteligível dos entes, imitam, reproduzem, copiam – 
afastando-se, assim, das Ideias e desviando a polis de 
suas tarefas prementes. Este é o motivo de sua 
exclusão. 
e) Sem uma análise do contexto, é impossível entender 
uma tese tão radical como a da expulsão dos poetas. 
Sócrates propõe essa medida extrema devido à mistura 
entre poesia e sofística, que se verificava em todas as 
grandes cidades da Grécia antiga. Os poetas, mesmo 
Homero e Hesíodo, já se deixavam influenciar pelas 
teses dos sofistas, inimigos da filosofia, com o que 
Sócrates e seus discípulos não podiam concordar. 
Poetas que louvassem os deuses e a filosofia, porém, 
poderiam permanecer na cidade ideal. 
 
FIL0070 - (Uece) “Talvez [...] a verdade nada mais seja 
do que uma certa purificação das paixões e seja, 
portanto, a temperança, a justiça, a coragem; e a 
própria sabedoria não seja outra coisa do que esse 
meio de purificação.” 
PLATÃO. Fédon, 69b-c, adaptado. 
 
Nessa fala de Sócrates, a “purificação” das paixões 
ocorre na medida em que a alma se afasta do corpo 
pela “força” da sabedoria. Com base nisso, assinale a 
afirmação FALSA. 
a) As virtudes são a eliminação das paixões através da 
sabedoria. 
b) Temperança, justiça e coragem resultam da 
purificação das paixões. 
c) A sabedoria é a potência da alma pela qual as 
virtudes se constituem. 
d) A alma atinge a verdade através da virtude da 
sabedoria. 
 
 
FIL0071 - (Uece) Atente para as seguintes citações: 
 
“Temos assim três virtudes que foram descobertas na 
nossa cidade: sabedoria, coragem e moderação para os 
chefes; coragem e moderação para os guardas; 
moderação para o povo. No que diz respeito à quarta, 
pela qual esta cidade também participa na virtude, que 
poderá ser? É evidente que é a justiça” (Platão, Rep., 
432b). 
3 
 
“O princípio que de entrada estabelecemos que se 
devia observar em todas as circunstâncias quando 
fundamos a cidade, esse princípio é, segundo me 
parece, ou ele ou uma de suas formas, a justiça. Ora, 
nós estabelecemos, segundo suponho, e repetimo-lo 
muitas vezes, se bem te lembras, que cada um deve 
ocupar-se de uma função na cidade, aquela para a qual 
a sua natureza é mais adequada” (Platão, Rep., 433a). 
 
Considerando a teoria platônica das virtudes, escreva 
V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se 
afirma a seguir: 
 
( ) Nessa teoria das virtudes, cada grupo desenvolve 
a(s) virtude(s) que lhe é (ou são) própria(s). 
( ) Só pode ser justa a cidade em que os grupos que 
dela participam e nela agem o fazem de acordo com 
sua natureza. 
( ) Quando sabedoria, coragem e moderação se 
realizam de modo adequado, temos a justiça. 
( ) Existe uma relação entre a natureza dos indivíduos, 
o grupo de que devem fazer parte na cidade, as 
virtudes que lhes são adequadas e, em consequência, 
a função que nela devem desempenhar. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) V, V, V, V. 
b) V, F, F, V. 
c) F, F, V, F. 
d) F, V, F, F. 
 
 
FIL0072 - (Ueg) Considerando a história contada por 
Platão no livro VII da República, mais conhecida como 
Mito da Caverna, podemos deduzir que: 
a) o homem, apesar de nascer bom, puro e de posse da 
verdade, pode desviar-se e passar a acreditar em outro 
mundo mais perfeito de puras ideias. 
b) não podemos confiar apenas na razão, pois somente 
guiados pelos sentimentos e testemunhos dos sentidos 
poderemos alcançar a verdade. 
c) a caverna, na alegoria platônica, representa tudo 
aquilo que impede o surgimento da consciência 
filosófica, que possibilitaria uma ascensão para o 
mundo inteligível. 
d) a razão deve submeter-se aos testemunhos dos 
sentidos, pois a verdade que está no mundo inteligível 
só será atingida mediante a sensibilidade. 
e) os homens devem se libertar da crença na existência 
em outro mundo e buscar resolver seus conflitos 
aprofundando-se em sua interioridade. 
 
 
FIL0073 - (Upe) Leia o texto a seguir sobre o 
pensamento grego: 
Platão escreveu diálogos filosóficos, verdadeiros 
dramas em prosa. Foi um dos maiores escritores de 
todos os tempos, e ninguém conseguiu, como ele, unir 
as questões filosóficas à tamanha beleza literária. As 
ideias filosóficas de Platão é a primeira grande síntese 
do pensamento antigo. (Adaptado) 
(REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia, Rio de Janeiro: Zahar, 1998, 
p. 46.) 
 
No tocante a essa temática, assinale a alternativa 
CORRETA sobre o pensamento de Platão. 
a) Enfatiza as ideias no mundo sensível, buscando a 
verdade na natureza. 
b) Retrata a doutrina das ideias e salienta a existência 
do mundo ideal para fazer possível a verdadeira 
ciência. 
c) Prioriza a verdade do mundo concreto com a 
confiança no conhecimento dos sentidos. 
d) Sinaliza o valor dos sentidos como condição para o 
alcance da verdade. 
e) Atenta para o significado da razão no plano da 
existência da realidade sensível. 
 
FIL0074 - (Ufu) Considere o seguinte trecho 
"No diálogo Mênon, Platão faz Sócrates sustentar que 
a virtude não pode ser ensinada, consistindo-se em 
algo que trazemos conosco desde o nascimento, 
defendendo uma concepção, segundo a qual temos em 
nós um conhecimento inato que se encontra 
obscurecido desde que a alma encarnou-se no corpo. 
O papel da filosofia é fazer-nos recordar deste 
conhecimento" 
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: 
Jorge Zahar Editora, 2000. p. 31. 
 
Nesse trecho, o autor descreve o que ficou conhecido 
como 
a) a teoria das ideias de Platão. 
b) a doutrina da reminiscência de Platão. 
c) a ironia socrática. 
d) a dialética platônica. 
 
FIL0075 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
Eis com efeito em que consiste o proceder 
corretamente nos caminhos do amor ou por outro se 
deixar conduzir: em começar do que aqui é belo e, em 
vista daquele belo, subir sempre, como que servindo-
se de degraus, de um só para dois e de dois para todos 
os belos corpos, e dos belos corpos para os belos 
ofícios, e dos ofícios para as belas ciências até que das 
ciências acabe naquela ciência, que de nada mais é 
senão daquele próprio belo, e conheça enfim o que em 
si é belo. 
(PLATÃO. Banquete, 211 c-d. José Cavalcante de Souza. São Paulo: 
Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores) p. 48). 
4 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a 
filosofia de Platão, é correto afirmar que 
a) a compreensão da beleza se dá a partir da 
observação de um indivíduo belo, no qual percebemos 
o belo em si. 
b) a percepção do belo no mundo indica seus vários 
graus

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