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Narrativas midiáticas
Aula 1: O gênero textual narrativo: da epopeia às narrativas
midiáticas
Apresentação
Já observou que estamos cercados de narrativas o dia todo e todos os dias? Lembre-se do café da manhã, em casa, no
restaurante, na padaria perto do trabalho... Há sempre uma pessoa que nos conta uma história. Mas concorda que nem
todas as narrativas nos prendem a atenção? Por que será?
Nesta aula, você conhecerá uma disciplina que poderá responder a esse porquê: Narrativas midiáticas. Nela, você terá a
chance de estudar conteúdos que auxiliarão em sua formação pro�ssional e que contribuirão para a compreensão de
assuntos discutidos em outras disciplinas do curso.
Para isso, nesta primeira aula, reconheceremos a narrativa como um gênero discursivo com características próprias,
estabelecendo relações entre a Poética de Aristóteles, os gêneros narrativos, a teoria desenvolvida pelo Formalismo Russo
(o trabalho de Vladimir Propp) e a proposta de Campbell para se analisar e produzir uma narrativa de sucesso.
Objetivos
Analisar A poética de Aristóteles como teoria básica para entender os gêneros narrativos;
Conceber a narrativa como um gênero discursivo com características próprias;
Aplicar a proposta de Campbell para analisar narrativas e produzir narrativas de sucesso.
 O Gênero textual narrativo: características gerais
Você se lembra da música Eduardo e Mônica, da banda Legião Urbana? Veja agora este microconto de Cíntia Moscovich:
“Uma vida inteira pela frente.
O tiro veio por trás”. (MOSCOVICH, 2005)
E conheça, por �m, este texto publicado no jornal Folha de São Paulo em 14 de abril de 2019.
Todos esses escritos con�guram-se como uma narrativa?
Você deve ter veri�cado características em comum entre eles. Vejamos quais são:
Existência de personagens ou
participantes
“Eduardo e Mônica; ele ou ela; Bibi Andersson;”
Fatos em sequência “Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer/E decidiu trabalhar;”
Marcadores temporais “um dia; de repente; no mesmo mês; neste domingo; quando tinha apenas 15 anos de
idade; em 1963.”
Verbos indicadores de ação “aprendeu; morreu; veio;”
Tempo verbal predominante pretérito perfeito “decidiu trabalhar; veio; estrelou;”
Textos em terceira pessoa Ele aprendeu a beber”; “O tiro veio por trás”; “Ela recebeu vários prêmios.”
Características gerais da narrativa
O que podemos concluir, então, sobre o que é uma narrativa?
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De acordo com Patrick Charaudeau e Dominique Maingueneau
(2004), devemos considerar uma narrativa o texto com uma sucessão
de ações e eventos em um determinado espaço de tempo, devendo
haver uma determinada intriga que desencadeie essas ações e
eventos
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
"[...] para que haja narrativa, inicialmente é preciso a representação de uma sucessão de
ações; em seguida, que uma transformação mais ou menos importante de certas
propriedades iniciais dos actantes seja bem-sucedida ou fracassada, enfim é preciso que
uma elaboração da intriga se estruture e dê sentido a essa sucessão de ações e de eventos
no tempo. "
- (CHARAUDEAU; MAINGUENEAU, 2004)
Conseguiu entender? Que tal voltarmos à letra da música Eduardo e Mônica?
 Narrativa em Eduardo e Mônica
 Clique no botão acima.
Narrativa em Eduardo e Mônica
Temos dois participantes (personagens) responsáveis pelas ações: Eduardo e Mônica. Os dois envolvem-se em um
encadeamento de eventos que os leva, primeiro, a se conhecerem; depois, namorarem; até que casam e têm �lhos. Ao
lermos “Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer”, temos aí o evento desencadeador das sequências de
ações posteriores. Depois, um segundo evento garante a continuidade da história: “E mesmo com tudo diferente, veio
mesmo, de repente / Uma vontade de se ver”.
Mas aí você pergunta: e o texto da Cíntia Moskovitch? Se o texto tem apenas duas linhas, poderia ser considerado uma
narrativa? Pode sim. O importante é que a autora conseguiu, com apenas 10 vocábulos, sugerir a ideia de uma
sequência de ações (“Uma vida inteira pela frente”) e provocou uma quebra nessa sequência (um evento que promoveu
uma mudança: neste caso, para o infortúnio do agente das ações). A�nal, o “tiro veio por trás”.
Portanto, tamanho não importa. Ou seja, o que faz com que um texto seja uma narrativa é sua função comunicativa, é
seu objetivo: contar uma história.
Mas sabia que essa discussão sobre narrativa é bem mais antiga? Ela começa com o �lósofo Aristóteles, na Grécia.
A poética de Aristóteles
Aristóteles (�lósofo grego, nasceu em 384 a.C. e faleceu em
322 a.C.), em sua obra A poética, apresenta uma estrutura
que caracteriza uma narrativa:
O prólogo (começo): Exposição não problemática;
O nó (meio): Introdução da tensão;
O desfecho (�m): Pode resolver ou não a tensão.
Para desenvolver sua teoria, Aristóteles analisou
mais atentamente o teatro grego e o gênero
dramático da tragédia.
"A tragédia é a imitação de uma ação importante e completa, de certa extensão; deve ser
composta num estilo tornado agradável pelo emprego separado de cada uma de suas
formas; na tragédia, a ação é apresentada, não com a ajuda de uma narrativa, mas por
atores. Suscitando a compaixão e o terror, a tragédia tem por efeito obter a purgação dessas
emoções. "
- ARISTÓTELES, 1999
Além de apresentar essa estrutura para narrativas, Aristóteles desenvolveu os conceitos de mímesis, mito e catarse ,
estabelecendo relação entre esses conceitos e três gêneros narrativos: tragédia, epopeia e comédia.
Segundo o �lósofo, “o que distingue a tragédia da comédia: uma se propõe imitar os homens, representando-os piores; a outra
os torna melhores do que são na realidade”. (ARISTÓTELES, 1999)
Vamos agora ler um trecho de Os Lusíadas.
1
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Análise da narrativa de Os Lusíadas.
 Clique no botão acima.
Análise da narrativa de Os Lusíadas.
Escrito pelo português Luís de Camões, seu texto foi publicado em 1572. Para redigir sua narrativa, Camões escolheu a
epopeia – o mesmo gênero da Ilíada, obra de Homero.
Observamos, neste excerto de Os Lusíadas, o que Aristóteles nomeou como prólogo. Temos uma introdução para
apresentar o contexto situacional:
Personagens (frota portuguesa);
Evento (dobrar o Cabo da Boa Esperança rumo às Índias);
Quando (dez anos depois de Bartolomeu Dias);
Onde (entre a costa oriental da África e a Ilha de Madagascar).
Depois dessa introdução, no capítulo A armadilha de Baco, teremos o nó: “Do seu trono brilhante, Baco, vendo que os
Lusitanos despertaram o ódio do regedor, forja um plano traiçoeiro para que eles fossem destruídos. Ele não se
conformava”. (CAMÕES, 2019)
"A frota portuguesa singrava o Oceano Índico, entre a costa oriental da África e a Ilha de
Madagascar. O vento brando inchava as velas e uma espuma branca cobria a superfície
das águas cortadas pelas proas. [...] Em 22 de novembro, dobrando o Cabo da Boa
Esperança, no extremo sul da África, façanha só realizada por Bartolomeu Dias, dez anos
antes. Mas agora, já haviam ultrapassado o último ponto atingido por aquele navegante na
costa oriental da África e continuavam a trajetória para o norte, por águas jamais singradas
por naves europeias."
- (CAMÕES, 2019)
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0237/aula1.html
A partir desse evento, a narrativa desenvolve-se em um encadeamento de ações que levará as personagens ao �m de
sua aventura, ao desfecho: “Há dias os portugueses procuravam um local onde pudessem prover-se de água doce
para a longa viagem. À luz da alvorada, avistaram com alegria a fresca e bela Ilha dos Amores, que Vênus levava sobre
as ondas em sua direção”. (CAMÕES, 2019)
No caso deOs lusíadas, o desfecho resolveu toda a tensão e premiou as personagens (foram recebidos pelas ninfas na
Ilha dos Amores e regressaram vitoriosos para Portugal). Essa descrição da narrativa, ao longo dos séculos, passou
por releituras, críticas e adaptações.
O FormalismoRusso: Vladimir Propp
Nas primeiras décadas (1910–1930) do século XX, nascia, na Rússia, uma escola de crítica literária: o Formalismo Russo.
Essa escola propunha distinguir análise literária de análise de outras artes,
numa tentativa de de�nir Literatura ou o que poderia ser considerado
literatura.
 Fonte: Por ledokolua / Shuttestock.
Uma análise do texto literário descontextualizado, que não leva em conta a perspectiva histórica e qualquer relação com o
autor.
O texto literário deveria ser analisado por ele mesmo e em si mesmo, desconsiderando seus fatores externos, embora possa se
reconhecer o contexto imediato em que ele estava inserido. Um nome que se destacou nessa escola foi Vladimir Propp.
Leia o texto o sobre as 31 funções narrativas encontradas por Propp, a partir de uma análise comparativa entre 600 contos
populares.
 31 funções narrativas
 Clique no botão acima.
31 funções narrativas
Propp analisou comparativamente 600 contos populares russos, a partir dos quais identi�cou 31 funções ou
sintagmas narrativos – sequências narrativas em uma ordem invariável:
Afastamento: O herói é apresentado e há um distanciamento de um membro da família (ele sai de casa ou da
cidade, morre);
Interdição: O herói é proibido de fazer algo (ir a um lugar, por exemplo). Mas deixar de fazer esse algo pode ser
danoso ao herói;
Transgressão: Há a entrada dos vilões (o herói viola a proibição);
Interrogação: O vilão pergunta sobre a vítima (às vezes, pergunta à própria vítima);
Informação: O vilão recebe informações sobre a vítima, inclusive sobre como poderia ser atacada;
Engano: O vilão tenta conquistar a vítima para conseguir seu intento (capturar a vítima);
Cumplicidade: A vítima, enganada pelo vilão, ajuda-o;
Dano/vilania: O vilão causa dano a membro da família da vítima ou alguém muito querido por ela (esse membro
da família quer alguma coisa: uma joia, um objeto mágico, dinheiro);
Mediação: O herói ouve pedido de ajuda e tenta desfazer o dano;
Início da ação contrário: O herói decide revidar, concorda em lutar contra o vilão;
Partida: O herói deixa seu lugar;
Função do doador: Surge uma personagem que ajudará o herói. Para conseguir a ajuda, o herói deve passar por
algumas provações;
Reação do herói: O herói consegue provar seu valor e recebe a ajuda do doador;
Recepção do objeto mágico: O herói ganha um objeto mágico;
Deslocamento: O herói desloca-se para o local do con�ito;
Luta: Herói e vilão entram em con�ito direto;
Marca: Durante a luta, o herói é ferido (recebe uma marca: um corte, recebe anel ou lenço);
Vitória: O vilão é derrotado;
Reparação: O infortúnio é resolvido (feitiço quebrado, alguém que morreu é revivido);
Volta: O herói retorna ao seu lugar;
Perseguição: O herói é perseguido;
Socorro: O herói é salvo da perseguição;
Chegada incógnita: O herói, irreconhecível agora, chega ao lar o a outro país;
Pretensões falsas: Um falso herói se apresenta e faz reinvindicações infundadas;
Tarefa difícil: Uma tarefa difícil é proposta ao herói para que prove ser ele mesmo;
Tarefa cumprida: O herói cumpre a tarefa que lhe fora imposta;
Reconhecimento: O herói é reconhecido (uma marca, um objeto);
Desmascaramento: O falso herói ou vilão é exposto;
Trans�guração: O herói passa a ter uma nova aparência;
Punição: O vilão é punido;
Casamento: O herói casa-se.
Você consegue se lembrar de alguma narrativa que tenha essas etapas, esses sintagmas? A lista de narrativas que
segue essa proposta de estruturação é considerável, principalmente se ela for semelhante a dois tipos de conto: os de
fadas e os fantásticos.
Exemplo
A animação Your name (em português, seu nome); o �lme Wonder Woman (na tradução, Mulher-Maravilha); a HQ Demolidor; o
livro Harry Potter; e este VT da Pedigree.
Joseph Campbell: a jornada do herói
Ainda no século XX, outras teorias sobre narrativa foram desenvolvidas e protagonizadas por:
J. Greimas, Roland Barthes e Gérard Gennet (perspectiva estruturalista);
Joseph Campbell (in�uência da psicologia de Jung).
Em 1949, Joseph Campbell publicou seu livro O herói de mil faces. Com base no pensamento de Carl Jung – para o qual o
homem deveria ser analisado em sua integridade e vida em comunidade, nunca isolado do contexto sociocultural e universal –,
o autor propôs um modelo de análise de narrativa que combinava os conceitos da psicanálise moderna com os arquétipos
mitológicos de culturas espalhadas por todo o globo terrestre: a jornada do herói ou Monomito.
O modelo de análise de narrativa de Campbell apresenta uma sequência narrativa recorrente em textos do
gênero narrativo, podendo ser aplicado a todo e qualquer texto, seja �ccional ou de narrativa do real.
Saiba mais
Este vídeo nos esclarece o modelo proposto por Campbell.
Outras correntes também surgiram baseadas nas ideias de Umberto Eco e Paul Ricouer. Elas garantiram a inclusão de textos
não �ccionais, como os escritos jornalísticos.
 Últimas palavras
Que tal agora você tentar aplicar o modelo proposto por Campbell ao documentário O sal da terra. Neste �lme, Wim Wenders
nos conta a trajetória de Sebastião Salgado, um renomado fotógrafo brasileiro.
Saiba mais
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Veja aqui o trailer do documentário O sal da terra.
Tente veri�car, no �lme de Wim Wenders, as etapas da jornada do herói:
1. Mundo comum
2. O chamado da aventura;
3. A recusa do chamado;
4. O encontro com o mentor (ou ajuda sobrenatural);
5. A travessia do primeiro limiar;
�. O ventre da baleia (testes, aliados e inimigos);
7. A aproximação da caverna oculta;
�. A provação suprema;
9. A recompensa;
10. O caminho de volta;
11. A ressurreição;
12. O retorno com o elixir (todas as tramas são resolvidas).
Conseguiu veri�car essas etapas?
Leia o texto que nos revela a semelhança entre a trajetória de um herói no mundo real e sua trajetória no mundo �ccional.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Semelhança entre a trajetória de um herói no mundo real e sua trajetória no mundo �ccional
 Clique no botão acima.
Semelhança entre a trajetória de um herói no mundo real e sua trajetória no
mundo �ccional
Neste documentário, nosso herói é alguém do mundo real: Sebastião Salgado. Sua história revela-nos uma trajetória
idêntica à dos heróis de �lmes e livros �ccionais:
1. Sebastião Salgado nos é apresentado em seu cotidiano;
2. Ele recebe o chamado para a aventura (experimenta a máquina fotográ�ca);
3. Recusa o chamado: continua seus estudos sobre Economia;
4. Recebe a ajuda de seu mentor: sua esposa;
5. A travessia do primeiro limiar: ele decide deixar tudo para trás e segue seu sonho;
�. Passa por provações: sem dinheiro, sem trabalho, um �lho, viver em um país estrangeiro;
7. Passa por momentos de crise, dúvidas;
�. Investe tudo em um projeto individual;
9. Tem seu trabalho reconhecido (faz uma exposição de suas fotos);
10. Volta ao Brasil;
11. Revive, nasce refeito: viaja pelo nordeste do Brasil e compreende melhor seu destino;
12. Tudo se resolve, Sebastião Salgado é recompensado, torna-se um fotógrafo renomado.
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Agora pense sobre você mesmo: como foi sua trajetória até chegar aqui? Em que momento de sua jornada você
acredita estar? Lembre-se de que você é o herói de sua história. Todo herói é recompensado no �m.
 Atividade
1. Considerando A poética, de Aristóteles, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. Os contos de fadas podem ser considerados uma narrativa.
porque
II. Estes contos apresentam em sua organização estrutural apenas duas etapas: introdução da tensão e desfecho.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é justificativa da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira; a II, uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa; a II, verdadeira.
e) As asserções I e II são proposiçõesfalsas.
2. Aristóteles, em sua Arte poética, enquadra a tragédia e a comédia como artes da imitação. Mas aponta critérios para
diferenciar esses gêneros: os meios, os objetos que imitam e a maneira de imitar esses objetos. Com base nesses critérios,
estabeleça a relação entre os gêneros Tragédia (1) e Comédia (2) e as características a seguir, escrevendo, ao lado da
característica o número correspondente ao gênero que esta representa:
a. Imagens de homens superiores a nós, representados de forma mais bela. ( digite a resposta )
b. É imitação de maus costumes, mas só imita aquela parte do ignominioso (aquele que causa horror) que é o ridículo. (
digite a resposta )
c. É imitação dos assuntos sérios, mas sem empregar um só metro simples ou forma negativa. ( digite a resposta )
d. Suscitando a compaixão e o terror, tem por efeito obter a purgação dessas emoções. ( digite a resposta )
e. Imagens de homens inferiores, principalmente pela utilização do grotesco. ( digite a resposta )
3. O Formalismo Russo propunha distinguir análise literária de análise de outras artes, numa tentativa de de�nir Literatura, ou o
que poderia ser considerado literatura, apresentando uma análise do texto literário que o distinguisse de outros textos do
cotidiano.
Sobre essa escola, avalie as seguintes a�rmações:
I. A base da proposta de análise da escola Formalista era a psicologia de Jung.
II. Vladimir Propp, �gura que se destacou na escola formalista, identi�cou 31 sequências narrativas presentes em contos
fantásticos.
III. O trabalho de Propp teve como objeto de estudo 600 contos populares da literatura russa.
IV. O Formalismo Russo apresenta uma análise do texto literário contextualizado, ou seja, deve-se levar em conta a
perspectiva histórica e qualquer relação do texto com o autor, por exemplo.
É correto apenas o que se a�rma em:
a) I e II
b) II e IIII
c) I e IV
d) I, II e IV
e) II, III e IV
4. Sob in�uência da psicanálise de Jung, Joseph Campbell propôs um modelo de análise de narrativa que combinava os
conceitos da psicanálise moderna com os arquétipos mitológicos de culturas espalhadas por todo o globo terrestre: a jornada
do herói ou Monomito.
De acordo com essa proposta de análise, avalie as a�rmações a seguir. Caso a a�rmativa seja verdadeira, escreva V nos
parênteses; caso seja falsa, escreva F.
a) O homem deveria ser analisado em sua integridade, na sua vida em comunidade, nunca isolado do contexto sociocultural e universal. (V)
b) Nos mitos que seguem o padrão da jornada do herói, o herói se aventura de um mundo familiar para terras estranhas e às vezes
ameaçadoras. (V)
c) Auxiliado por forças internas, o herói acaba respondendo ao chamado para a aventura e se aventura em território desconhecido. (V)
d) A jornada do herói é composta de etapas a serem superadas. Joseph Campbell apontou 06 etapas como sendo as principais para se ter
uma narrativa de sucesso. (F)
5. Assista à animação Alike, de Daniel Martínez Lara e Rafa Cano Méndez. Em seguida, identi�que as seguintes fases da
jornada do herói proposta por Joseph Campbell:
a. Mundo comum
b. Chamado da aventura
c. Ventre da baleia
d. Retorno com o elixir
Notas
Mímesis, mito e catarse 1
Mímesis: Imitação (representação espelhada da realidade). Para Aristóteles, a poética (narrativa) seria uma das artes de
imitação da realidade.
Mito (fábula): A imitação de uma ação.
Catarse: Purgação das emoções.
Fonte: (ARISTÓTELES, 1999)
Referências
____. A jornada do herói (dublado). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Stdko2NIUNI. Acesso em: 27 maio 2019.
____. Pedigree - �rst days out. 24 abr. 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7KIYoe16q9Q. Acesso em: 27
maio 2019.
ARISTÓTELES. A poética. São Paulo: Nova Cultural Ltda., 1999.
ARISTÓTELES. Arte poética. 3. ed. São Paulo: Ars Poética, 1993.
CAMÕES, L. de. Os lusíadas. In: Ensaios e modelos. Disponível em: https://ensaiosemodelos.com/lusiadas-2/. Acesso em: 27
maio 2019.
CAMPBELL, J. O herói de mil faces. São Paulo: Pensamento-Cultrix, 1995.
CARLOS, C. Catarse. In: E-dicionário de termos literários. 29 dez. 2009. Disponível em: //edtl.fcsh.unl.pt/?s=catarse. Acesso em:
27 maio 2019.
CARLOS, C. Mímesis ou mimese. In: E-dicionário de termos literários. 20 jun. 2010. Disponível em:
//edtl.fcsh.unl.pt/encyclopedia/mimesis-mimese/. Acesso em: 27 maio 2019.
CARLOS, C. Mito. In: E-dicionário de termos literários. 20 jun. 2010. Disponível em: //edtl.fcsh.unl.pt/?s=mito. Acesso em: 27
maio 2019.
CHARAUDEAU, P.; MAINGUENEAU, D. Dicionário de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2004.
FOLHA DE SÃO PAULO. Morre atriz sueca Bibi Andersson, musa de Ingmar Bergman. 14 abr. 2019. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/04/morre-atriz-sueca-bibi-andersson-musa-de-ingmar-bergman.shtml. Acesso
em: 27 maio 2019.
GIERING, M. E.; CHARAUDEAU, P. Entrevista com Patrick Charaudeau. In: Calidoscópio. v. 10. n. 3. set./dez. 2012. p. 328-331.
Disponível em: revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/download/3601/1279. Acesso em: 27 maio 2019.
LARA, D. M.; MÉNDEZ, R. C. Alike. In: CGMeetup. 8 jan. 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PDHIyrfMl_U.
Acesso em: 27 maio 2019.
MOSCOVICH, C. Abertura. In: FREIRE, M. (Org.) Os cem menores contos brasileiros do século. Cotia/SP: Ateliê editorial, 2005.
RUSSO, R. Eduardo e Mônica. In: Letras. Disponível em: https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/22497/. Acesso em: 27 maio
2019.
SUPERINTERESSANTE. Quem foi Homero?. 4 jul. 2018. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-foi-
homero/. Acesso em: 27 maio 2019.
TEDED. A jornada do herói (dublado). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Stdko2NIUNI. Acesso em: 27 maio
2019
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2019.
TOLEDO, D. de O. (Org.). Teoria da literatura: formalistas russos. Porto Alegre: Globo, 1971.
WENDERS, W. O sal da terra - trailer legendado. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=djTFzYLiAw0. Acesso em:
27 maio 2019.
Próxima aula
Estrutura e linguagem da narrativa;
Elementos da narrativa;
Narrativas literárias x narrativas midiáticas.
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Leia os textos:
Cíntia Moscovich: biogra�a;
Os gêneros do discurso;
Sobre os gêneros textuais.
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