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Anatomia - Cabeça e Pescoço (Osteologia)

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Isabela Santana
Bloco Puberdade
PL 1
ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO:
Osteologia
CRÂNIO – 22 ossos
- Neurocrânio: é a caixa óssea do encéfalo e das membranas que o revestem, as meninges cranianas.
Formado por oito ossos: quatro ossos ímpares centralizados na linha mediana (frontal, etmoide, esfenoide e
occipital) e dois pares de ossos bilaterais (temporal e parietal).
Os ossos que formam a calvária são basicamente planos (frontal, temporal e parietal) e formados por ossificação
intramembranácea do mesênquima da cabeça a partir da crista neural.
Os ossos da base do crânio são basicamente irregulares e têm grandes partes planas (esfenoide e temporal) formadas
por ossificação endocondral da cartilagem (condrocrânio) ou por mais de um tipo de ossificação. Os chamados ossos
planos e as partes planas dos ossos que formam o neurocrânio são, na verdade, curvos, com faces externas convexas
e faces internas côncavas. A maioria dos ossos da calvária é unida por suturas entrelaçadas fibrosas.
- Viscerocrânio (esqueleto facial) compreende os ossos da face que se desenvolvem principalmente no mesênquima
dos arcos faríngeos embrionários. Forma a parte anterior do crânio e consiste nos ossos que circundam a boca
(maxila e mandíbula), nariz/cavidade nasal, e a maior parte das órbitas (cavidades orbitais).
Formado por 15 ossos irregulares: três ossos ímpares centralizados ou situados na linha mediana
(mandíbula, etmoide e vômer) e seis ossos pares bilaterais (maxilas; conchas nasais inferiores;
e zigomáticos, palatinos, ossos nasais e lacrimais). A maxila e a mandíbula abrigam os dentes – isto é, propiciam as
cavidades e o osso de sustentação para os dentes maxilares e mandibulares. As maxilas representam a maior parte do
esqueleto facial superior, formando o esqueleto do arco dental maxilar (superior), que está fixada à base do crânio.
A mandíbula forma o esqueleto do arco dental mandibular (inferior), que é móvel porque se articula com a base do
crânio nas articulações temporomandibulares. Vários ossos do crânio (frontal, temporal, esfenoide, etmoide e
maxila) são ossos pneumáticos, contendo espaços aéreos (células aéreas ou seios grandes), provavelmente para
reduzir seu peso. O volume total dos espaços aéreos nesses ossos aumenta com a idade.
1
Vista frontal do crânio
O frontal, especificamente sua escama (parte plana), forma o esqueleto da fronte, articulando-se na parte inferior
com o osso nasal e o zigomático. A sutura frontal divide os ossos frontais do crânio fetal.
Os ossos zigomáticos (anteriormente chamados ossos malares), que formam as proeminências das bochechas,
situam-se nas paredes inferior e lateral das órbitas, apoiados sobre as maxilas. As margens anterolaterais, as paredes,
o assoalho e grande parte das margens infraorbitais das órbitas são formados por esses ossos quadriláteros. Um
pequeno forame zigomaticofacial perfura a face lateral de cada osso. Os zigomáticos articulam-se com o frontal, o
esfenoide, o temporal e a maxila.
2
Inferiormente aos ossos nasais está a abertura piriforme, a abertura nasal anterior no crânio. O septo nasal ósseo
pode ser observado através dessa abertura, dividindo a cavidade nasal em partes direita e esquerda. Na parede lateral
de cada cavidade nasal há lâminas ósseas curvas, as conchas nasais.
As maxilas formam o esqueleto do arco dental superior. Seus processos alveolares incluem as cavidades (alvéolos)
dos dentes e constituem o osso que sustenta os dentes maxilares. As duas maxilas são unidas pela sutura
intermaxilar no plano mediano.
A mandíbula é um osso em formato de U que tem uma parte alveolar que sustenta os dentes mandibulares.
A protuberância mentual, que forma a proeminência do mento, é uma elevação óssea triangular situada em posição
inferior à sínfise da mandíbula, a união óssea onde se fundem as metades da mandíbula do lactente.
Vista lateral do crânio
Os limites superior e posterior da fossa temporal são as linhas temporais superior e inferior; o limite anterior é
representado pelo frontal e pelo zigomático; e o limite inferior é o arco zigomático. A margem superior desse arco
corresponde ao limite inferior do hemisfério cerebral. O arco zigomático é formado pela união do processo temporal
do zigomático com o processo zigomático do temporal.
Vista occipital do crânio
A vista occipital ou posterior do crânio é formada pelo occipício (a protuberância posterior convexa da escama
occipital, também chamada occipúcio), por partes dos parietais e partes mastóideas dos temporais. A crista occipital
externa desce da protuberância em direção ao forame magno, a grande abertura na parte basilar do osso occipital
A linha nucal superior, que forma o limite superior do pescoço, estende-se lateralmente a partir de cada lado da
protuberância occipital externa. A linha nucal inferior é menos evidente. No centro do occipício, o lambda indica a
junção das suturas sagital e lambdóidea. Às vezes o lambda é palpado como uma depressão. Pode haver um ou mais
ossos suturais (ossos acessórios) no lambda ou perto do processo mastoide.
3
Vista superior (vertical) do crânio
A vista superior (vertical) do crânio, em geral um pouco ovalada, alarga-se em sentido posterolateral nos túberes
(eminências) parietais. A sutura coronal separa o frontal e os parietais, a sutura sagital separa os parietais e a
sutura lambdóidea separa os parietais e temporais do occipital. O bregma é o ponto de referência craniométrico
formado pela interseção das suturas sagital e coronal. O vértice, o ponto mais alto da calvária, está perto do ponto
médio da sutura sagital. O forame parietal é uma abertura pequena e inconstante localizada na região posterior do
parietal, perto da sutura sagital.
Vista inferior da base do crânio
A base do crânio é a parte inferior do neurocrânio (assoalho da cavidade do crânio) e viscerocrânio menos a
mandíbula. A vista inferior da base do crânio é constituída pelo arco alveolar da maxila (a margem livre dos
processos alveolares que circundam e sustentam os dentes maxilares); pelos processos palatinos das maxilas; e pelo
palatino, esfenóide, vômer, temporal e occipital. A parte anterior do palato duro (palato ósseo) é formada pelos
processos palatinos da maxila e a parte posterior, pelas lâminas horizontais dos palatinos. A margem posterior livre
do palato duro projeta-se posteriormente no plano mediano como a espinha nasal posterior. Posteriormente aos
dentes incisivos centrais está a fossa incisiva, uma depressão na linha mediana do palato duro na qual se abrem os
canais incisivos.
Os nervos nasopalatinos direito e esquerdo partem do nariz através de um número variável de canais incisivos e
forames (podem ser bilaterais ou fundidos em uma única estrutura). Na região posterolateral estão situados os
forames palatinos maior e menor. Superiormente à margem posterior do palato há duas grandes aberturas: os cóanos
(aberturas nasais posteriores), separados pelo vômer, um osso plano ímpar trapezoide que constitui uma grande parte
do septo nasal ósseo..
Encaixado entre o frontal, o temporal e o occipital está o esfenóide, um osso ímpar irregular formado por um corpo e
três pares de processos: asas maiores, asas menores e processos pterigoides. As asas maiores e menores do
esfenóide estendem-se lateralmente a partir das faces laterais do corpo do esfenoide. As asas maiores têm faces
orbital, temporal e infratemporal observadas nas vistas facial, lateral e inferior do exterior do crânio. Suas faces
cerebrais são observadas nas vistas internas da base do crânio. Os processos pterigoides, formados pelas lâminas
lateral e medial, estendem-se em sentido inferior, de cada lado do esfenoide, a partir da junção do corpo e das asas
maiores. O sulco para a parte cartilagínea da tuba auditiva situa-se medialmente à espinha do esfenoide, abaixo da
junção da asa maior do esfenoide com a parte petrosa do temporal. As depressões na parte escamosa do temporal,
denominadas fossas mandibulares, acomodam os côndilos mandibulares quando a boca está fechada.
A parteposterior da base do crânio é formada pelo occipital, que se articula com o esfenoide anteriormente. As
quatro partes do occipital estão dispostas ao redor do forame magno, o elemento mais visível da base do crânio. As
principais estruturas que atravessam esse grande forame são a medula espinal (onde se torna contínua com o bulbo
do encéfalo); as meninges do encéfalo e da medula espinal; as artérias vertebrais; as artérias espinais anteriores e
posteriores; e a raiz espinal do nervo acessório (NC XI). Nas partes laterais do occipital há duas grandes
protuberâncias, os côndilos occipitais, por intermédio dos quais o crânio articula-se com a coluna vertebral.
A grande abertura entre o occipital e a parte petrosa do temporal é o forame jugular, por onde emergem do crânio a
veia jugular interna (VJI) e vários nervos cranianos (NC IX ao NC XI). A entrada da artéria carótida interna no canal
carótico situa-se imediatamente anterior ao forame jugular. Os processos mastoides são locais de inserção muscular.
O forame estilomastóideo, que dá passagem ao nervo facial (NC VII) e à artéria estilomastóidea, situa-se
posteriormente à base do processo estilóide.
4
Vista superior da base do crânio
A face superior da base do crânio tem três grandes depressões situadas em diferentes níveis: as fossas anterior,
média e posterior do crânio, que formam o assoalho côncavo da cavidade do crânio. A fossa anterior do crânio está
situada no nível mais alto, e a fossa posterior está no nível mais baixo.
FOSSA ANTERIOR DO CRÂNIO: As partes inferior e anterior dos lobos frontais do encéfalo ocupam a fossa
anterior do crânio, a mais superficial (superior) das três fossas do crânio. Essa fossa é formada pelo frontal
anteriormente, o etmoide no meio, e o corpo e as asas menores do esfenoide posteriormente. A parte maior da fossa é
formada pelas partes orbitais do frontal, que sustentam os lobos frontais do encéfalo e formam os tetos das órbitas.
Essa superfície tem impressões sinuosas (impressões encefálicas) dos giros (cristas) orbitais dos lobos frontais.
A crista frontal é uma extensão óssea mediana do frontal. Em sua base está o forame cego do frontal, que dá
passagem a vasos durante o desenvolvimento fetal, mas se torna insignificante depois do nascimento. A crista
etmoidal é uma crista óssea mediana e espessa, situada posteriormente ao forame cego, que se projeta superiormente
a partir do etmoide. De cada lado dessa crista está a lâmina cribriforme do etmoide. Seus muitos forames pequenos
dão passagem aos nervos olfatórios (NC I), que seguem das áreas olfatórias das cavidades nasais até os bulbos
olfatórios do encéfalo, situados sobre essa lâmina.
5
FOSSA MÉDIA DO CRÂNIO: A fossa média do crânio, em forma de borboleta, tem uma parte central formada pela
sela turca no corpo do esfenoide e grandes partes laterais deprimidas de cada lado. A fossa média do crânio situa-se
posteroinferiormente à fossa anterior do crânio, separada dela pelas cristas esfenoidais salientes lateralmente e o
limbo esfenoidal no centro. As cristas esfenoidais são formadas principalmente pelas margens posteriores salientes
das asas menores dos esfenoides, que se projetam sobre as partes laterais das fossas anteriormente. Os limites
mediais das cristas esfenoidais são os processos clinoides anteriores, duas projeções ósseas pontiagudas.
Uma crista com proeminência variável, o limbo esfenoidal, é o limite anterior do sulco pré-quiasmático transversal,
que se estende entre os canais ópticos direito e esquerdo. Os ossos que formam as partes laterais da fossa são as asas
maiores do esfenoide e as partes escamosas dos temporais lateralmente, e as partes petrosas dos temporais
posteriormente. As partes laterais da fossa média do crânio sustentam os lobos temporais do encéfalo. O limite entre
as fossas média e posterior do crânio é a margem superior da parte petrosa do temporal lateralmente, e uma lâmina
plana de osso, o dorso da sela do esfenoide, medialmente.
A sela turca é a formação óssea em formato de sela situada sobre a face superior do corpo do esfenoide, que é
circundada pelos processos clinoides anteriores e posteriores. Clinoide significa “pé de cama”, e os quatro processos
(dois anteriores e dois posteriores) circundam a fossa hipofisial, o “leito” da hipófise, como os quatro pés de uma
cama. A sela turca tem três partes:
1. O tubérculo da sela: uma elevação mediana, que varia de pequena a proeminente e forma o limite posterior
do sulco pré-quiasmático e o limite anterior da fossa hipofisial
2. A fossa hipofisial: uma depressão mediana no corpo do esfenoide que acomoda a hipófise
3. O dorso da sela: uma lâmina quadrada de osso que se projeta superiormente a partir do corpo do esfenoide.
Forma o limite posterior da sela turca, e seus ângulos superolaterais proeminentes formam os processos
clinoides posteriores.
De cada lado do corpo do esfenoide, quatro forames, que formam uma meia-lua, perfuram as raízes das faces
cerebrais das asas maiores dos esfenoides:
1. Fissura orbital superior: Situada entre as asas maior e menor, abre-se anteriormente para o interior da
órbita
2. Forame redondo: Situado posteriormente à extremidade medial da fissura orbital superior, segue um trajeto
horizontal até uma abertura na face anterior da raiz da asa maior do esfenoide para a fossa pterigopalatina,
uma estrutura óssea entre os ossos esfenoide, maxila e palatinos.
3. Forame oval: Um grande forame posterolateral ao forame redondo; abre-se inferiormente na fossa
infratemporal
4. Forame espinhoso: Situado posterolateralmente ao forame oval e se abre na fossa infratemporal perto da
espinha do esfenoide
O forame lacerado não faz parte da meia-lua de forames. Esse forame irregular situa-se posterolateralmente à fossa
hipofisial e é um artefato de um crânio seco. Em vida, é fechado por uma lâmina de cartilagem. Apenas alguns ramos
arteriais meníngeos e pequenas veias atravessam verticalmente a cartilagem, transpondo este forame. A artéria
carótida interna e seus plexos simpático e venoso acompanhantes atravessam a face superior da cartilagem (i. e.,
passam sobre o forame), e alguns nervos atravessam-na horizontalmente, seguindo até um forame em seu limite
inferior.
Na face anterossuperior da parte petrosa do temporal há um estreito sulco do nervo petroso maior, que se estende
posterior e lateralmente a partir do forame lacerado. Também há um pequeno sulco do nervo petroso menor.
6
FOSSA POSTERIOR DO CRÂNIO: A fossa posterior do crânio, a maior e mais profunda (inferior) das três, aloja o
cerebelo, a ponte e o bulbo. É formada principalmente pelo occipital, mas o dorso da sela do esfenoide marca seu
limite anterior central, e as partes petrosa e mastóidea dos temporais formam as “paredes” anterolaterais. A partir do
dorso da sela há uma inclinação acentuada, o clivo, no centro da parte anterior da fossa que leva ao forame magno.
Posteriormente a essa grande abertura, a fossa posterior do crânio é parcialmente dividida pela crista occipital interna
em grandes impressões côncavas bilaterais, as fossas cerebelares. A crista occipital interna termina na protuberância
occipital interna formada em relação à confluência dos seios, uma fusão dos seios venosos durais.
Sulcos largos mostram o trajeto horizontal do seio transverso e do seio sigmóideo em formato de S. Na base da
crista petrosa do temporal está o forame jugular, que dá passagem a vários nervos cranianos além do seio sigmóideo
que sai do crânio como a veia jugular interna (VJI). Anterossuperiormente ao forame jugular está o meato acústico
interno para os nervos facial (NC VII) e vestibulococlear (NC VIII) e a artéria do labirinto. O canal do nervo
hipoglosso (NC XII) situa-se superiormente à margem anterolateral do forame magno.
Paredes da cavidade do crânio
A espessura das paredes da cavidade do crânio varia nas diferentes regiões. Em geral, são mais finas nas mulheres do
que nos homens, bem como nas crianças e nos idosos. Os ossos tendem a ser mais finos em áreas bem cobertas por
músculos,como a parte escamosa do osso temporal. As áreas finas de osso podem ser vistas em radiografias ou
segurando-se um crânio seco contra uma luz forte.
A maioria dos ossos da calvária é formada por lâminas interna e externa de osso compacto, separadas por díploe. A
díploe consiste em osso esponjoso, que contém medula óssea vermelha durante a vida, e através dela passam canais
formados por veias diploicas. A díploe em uma calvária seca não é vermelha porque a proteína é removida durante o
preparo do crânio. A lâmina interna do osso é mais fina do que a externa, e algumas áreas têm apenas uma fina
lâmina de osso compacto sem díploe.
A substância óssea do crânio é distribuída de modo desigual. Ossos planos e relativamente finos (mas curvos em sua
maioria) proporcionam a resistência necessária para manter as cavidades e proteger seu conteúdo. Entretanto, além
de abrigar o encéfalo, os ossos do neurocrânio (e os processos que partem dele) são locais de inserção proximal dos
fortes músculos da mastigação que se fixam distalmente na mandíbula. Logo, grandes forças de tração atravessam a
cavidade nasal e as órbitas, situadas entre eles. Assim, partes espessas dos ossos cranianos formam pilares mais
fortes ou reforços que conduzem as forças, passando ao largo das órbitas e da cavidade nasal. Os principais são o
reforço frontonasal, que se estende da região dos dentes caninos entre as cavidades nasal e orbital até a parte central
do frontal, e o reforço arco zigomático–margem orbital lateral, que vai da região dos molares até a parte lateral do
frontal e o temporal. Do mesmo modo, reforços occipitais conduzem ao forame magno as forças recebidas
lateralmente e provenientes da coluna vertebral. Talvez para compensar o osso mais denso necessário nesses
reforços, algumas áreas do crânio que não sofrem tanto estresse mecânico são pneumatizadas.
7
VÉRTEBRAS CERVICAIS
Formam o esqueleto do pescoço.
➔ C1 - 1a Atlas: Não apresenta um corpo vertebral e nem processo espinhoso. Possui um par de massas
laterais que ocupam o lugar de um corpo, sustentando o peso do crânio em forma de globo. Os processos
transversos originam-se das massas laterais, ocupando assim posição mais lateral que os das vértebras
inferiores. É a mais larga vértebra cervical, proporcionando maior alavanca para os músculos fixados.
➔ C2 - 2a Áxis: É a mais forte das vértebras cervicais, serve de eixo de rotação para a Atlas. A característica
que o distingue é o dente (processo odontóide), que se projeta do seu corpo para cima.
➔ Forame transverso: Presente apenas nas vértebras cervicais. Por ele passa artéria vertebral (exceto em C7) e
veias vertebrais acessórias (apenas em C7).
Osso Hióide:
Osso móvel situado na parte anterior do pescoço, no nível da vértebra C3, no ângulo entre a mandíbula e a cartilagem
tireóidea. É suspenso por músculos que o unem à mandíbula, aos processos estiloides, à cartilagem tireóidea, ao
manúbrio do esterno e às escapulas. Não se articula com nenhum outro osso. Tem corpo e cornos maior e menor. Do
ponto de vista funcional, o hioide é local de fixação para os músculos anteriores do pescoço e atua como suporte para
manter a via respiratória aberta.
Referência: MOORE, K.L.; DALLEY, A.F.; AGUR, A.M.R. Anatomia orientada para clínica. 7a ed., 2014.
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