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design-do-rizoma-e-a-multiplicidade-na-criacao

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Jean Mendes Custódio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bauru – 2011 
 
Dissertação Apresentada à Faculdade de 
Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade 
Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” 
UNESP, Campus de Bauru, como requisito à 
formação no curso de Bacharelado em Design – 
Habilitação em Design Gráfico. 
 
Orientador: 
 
Prof. Dr. Dorival Campos Rossi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
______________________________________________ 
Prof. Dr. Dorival Campos Rossi 
 
 
______________________________________________ 
Prof. Dr. Luis Carlos Paschoarelli 
 
 
______________________________________________ 
Prof. Dr. João Baptista de Mattos Winck Filho 
 
 
______________________________________________ 
Ms. Frederico Breslau 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço e dedico este trabalho aos meus pais 
por me fornecer todo o incentivo e estrutura para 
ingressar neste curso e também pelo apoio para 
que eu me mantivesse empenhado mesmo nos 
momentos de maior incerteza. 
 
Aos amigos que fiz no curso, e aos inúmeros 
momentos de descontração que tornaram o 
processo acadêmico menos tortuoso. 
 
Aos professores que me guiaram e mostraram a 
quão maravilhosa e gratificante é esta área que 
escolhi. 
 
Em especial, agradeço ao Professor Dorival, por 
orientar meu projeto e principalmente por ser uma 
inspiração quando estive desacreditado, e me 
apresentar a esse novo mundo de idéias que uma 
vez descoberto não mais nos abandona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jean Mendes Custódio 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice 
 
 
 
 
 
 
Resumo 08 
 
 
Programa 11 
 
 
Introdução – Conceito e Criatividade 12 
 
 
I – Clinica do Design 14 
 
 
II – Rizoma e Multiplicidade 21 
 
 
Conclusão 28 
 
 
Referências 31 
 
8 
 
RESUMO 
CUSTÓDIO, Jean Mendes (2011), O DESIGN DO RIZOMA E A MULTIPLICIDADE 
NA CRIAÇÃO, Uma Aplicação Filosófica no Processo Criativo. Dissertação de 
conclusão do curso de Design, da Faculdade de Arquitetura Artes e Comunicação, 
Universidade Estadual Paulista – UNESP, campus de Bauru. (orientador: Prof. Dr. 
Dorival Campos Rossi). 
 
Essa pesquisa tem como objetivo aproximar as teorias filosóficas de Deleuze e a 
plataforma de trabalho do Design tomando por base o estudo da obra Mil Platôs, 
esta introduz conceitos da organização das ideias humanas e as aproxima no 
processo de criação. 
 
A construção de uma multiplicidade baseada na obra do filósofo é capaz de 
responder ao problema de composição para um material de expressão no ambiente 
do Design, de efetuar uma desterritorialização das intensidades e de promover a 
heterogênese das qualidades de um território existencial. 
 
A proposta é apoiar as criações nessas teorias buscando um resultado que se 
aproxime dessa qualidade psicológica e caracterize um conteúdo atual e de maior 
abrangência visto que trabalha atentamente e engloba as questões filosóficas e vem 
a se integrar a uma nova forma de se fazer Design, aprimorando os conceitos de 
produção e expressão. 
 
A pesquisa segue um método intuitivo baseado em duas linhas de construção, a 
primeira representa uma introdução aos conceitos filosóficos propostos pelo autor 
seguido de um estudo do espaço de atuação da filosofia, a segunda é a 
aproximação das correntes filosóficas e os conceitos de Deleuze e uma analise da 
aplicação e identificação dessas teorias no campo do Design atuando na 
organização do processo criativo. 
 
9 
 
ABSTRACT 
Custódio, Jean Mendes (2011), THE DESIGN OF THE RHIZOME AND 
MULTIPLICITY IN CREATION, A Philosophical Application in the Creative Process. 
Dissertation of the conclusion course project in Design, Faculdade de Arquitetura, 
Artes e Comunicação (FAAC), Universidade Estadual Paulista - UNESP, Bauru. 
(Adviser: Prof. Dr. Dorival Campos Rossi). 
 
This research has as objective approximate philosophical theories from Deleuze to 
Design’s working platform. Taking as a basis the study of book Mille Plateaux, it 
introduces concepts of organization of human ideas and approaches in the creative 
process. 
 
The construction of a multiplicity, based on the work of the philosopher is capable of 
answering to the problem of the composition for expression material for design 
environment, performing a deterritorialization of intensities and to promote the 
qualities of a heterogenesis existential territory. 
 
The proposal is to support the creations of these theories seeking a result that 
approaches this quality psychological and current content and features a more 
comprehensive working closely watched and encompasses the philosophical 
questions and has to integrate a new way of doing Design, humanizing and evolving 
concepts of production and expression. 
 
The research follows an intuitive method based on two lines of construction, the first 
is an introduction to philosophical concepts proposed by the author, followed by a 
study of the performance space of philosophy, the second is the philosophical 
approach and the concepts of Deleuze and a review of identification and application 
of these theories in the field of Design organization working in the creative process. 
 
10 
 
 
11 
 
Programa 
A proposta deste estudo é descrever a teoria das multiplicidades, somada a 
outros fundamentos filosóficos presentes na obra Mil Platôs de Deleuze, e introduzir 
essas correntes na organização do trabalho do designer, especificamente no 
processo de criação, além de familiarizar o leitor à filosofia de Deleuze e Guattari ela 
proporciona uma aproximação dessas teorias ao plano de produção do Design e 
classifica novos métodos para a execução de trabalhos nesse meio. Os autores 
apresentam essa teoria como um construtivismo que ultrapassa os dualismos entre 
“consciência e inconsciente”, “natureza e história”, “o corpo e a alma”. Toda a obra 
se fundamenta nos princípios multidisciplinares, na aproximação de diferentes 
segmentos, na criação de uma unidade não linear de ideias. 
Os capítulos se dividem em dois grandes blocos, o primeiro trata de 
introduzir a filosofia de Deleuze, o estudo deste se orienta na literatura e no próprio 
espaço de atuação da filosofia. O segundo e uma estruturação da teoria focando 
seus pontos na apresentação do trabalho do designer, nessa etapa o conceito de 
multiplicidade se coloca como fator de composição do conteúdo; e a organização no 
formato do rizoma representa as linhas de ideias que constituem o processo criativo. 
 
12 
 
"O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potencia. Quer 
dizer que a filosofia não é uma simples arte de formar, de inventar 
ou de fabricar conceitos, pois os conceitos não são necessariamente 
formas, achados ou produtos. A filosofia, mais rigorosamente, é a 
disciplina que consiste em criar conceitos". 
(DELEUZE, Gilles, e Félix GUATTARI. O que é a Filosofia1992) 
Introdução: Conceito e Criatividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceito é uma palavra chave para se iniciar qualquer estudo ou dialogo 
com a obra de Gilles Deleuze, o conceito para Deleuze é o principal produto da 
filosofia. 
 
Essa visão da filosofia como uma ferramenta para a criação de conceitos 
é o base do projeto de Deleuze, de colocar o pensamento como uma 
experimentação. É essa visão que organiza todo o processo de ideias que surgem 
na filosofia deleuzo-guattariana e representa o grande ponto relevante desse estudo. 
 
Para Deleuze o próprio pensamento representa criação, esse é o ponto 
de ligação da filosofia com o Design, ou melhor, é a conclusão que não há divisão 
entre os mesmos, tendo em vista que qualquer pensamento da ordem filosófica ou 
na projeção do designer é criação. 
 
Definir o pensamento como criação, é defender que a vida é na verdade 
todoum processo criativo, a própria forma do pensar é uma ferramenta de 
construção. Portanto a vida é o resultado das intensidades criativas, o pensamento 
não é a procura do conhecimento, mas sim a capacidade de criar o conhecimento, 
os conceitos. 
 
Portanto o conceito surge na necessidade de se produzir o conhecimento, 
esse é autorreferente porque surge de sua própria necessidade e se refere a si 
próprio. Sendo a filosofia a função criativa de conceitos, ela surge para se auto 
definir, esta representa o conhecimento de si e não de outras coisas. 
 
 
13 
 
Para entender o pensamento como criação é necessário que se entenda 
que todas as disciplinas estão orientadas pelo processo criativo de conceitos. 
Filosofia, ciência ou arte que apesar de atualmente serem divididas, se valem da 
criação como ponto fundamental para seu desenvolvimento ou para a construção do 
conhecimento. A criação é que constrói essas disciplinas, portanto não é de 
estranheza tratar a criação como sendo a base do conhecimento. 
 
Considerando o Design como resultado de uma intensidade criativa ele 
deixa de ser como é atualmente visto, uma ferramenta de criação, e passa a 
representar o próprio conhecimento. 
 
Essa visão representada por Deleuze e Guattari utiliza conceitos para 
explicar artes, ciência e filosofia, todas colocadas num mesmo nível, uma projeção 
de uma multiplicidade heterogênea com uma definição de conceito baseada na 
transdisciplinaridade, ou seja, as disciplinas não só se postam unidas e como 
colaboradoras entre si, mas possuem uma organização conceitual maior que 
ultrapassa a definição de cada uma delas isoladamente. 
 
 
14 
 
I – Clinica do Design. 
 
O Estudo se orienta na obra de Gilles Deleuze, numa aproximação do 
Design e da filosofia. O objetivo é traçar um roteiro para se adentrar no “mundo da 
criação de conceitos” reorganizando as idéias numa nova perspectiva de trabalho no 
processo de criação. 
Dada a característica do estudo e o ponto de referencia metodológico, o 
estudo primário da filosofia inicia na aplicação pratica desta ciência, baseada na 
rotina que um cientista desenvolve, transpondo em experimentos suas percepções e 
seguindo na maioria dos casos somente sua intuição para desvendar a 
complexidade que é o campo das ideias, esse foi o principal campo epistemológico 
trabalhado por Deleuze em sua obra. Definir a Filosofia através da criação de 
conceitos foi uma das características marcantes da organização proposta em Mil 
platôs. 
A obra de estudo foi construída em parceria com o psicanalista Félix 
Guattari, a estrutura do trabalho revela um movimento de conceitos, é a aplicação da 
filosofia como uma ferramenta da criatividade o ponto fundamental desses conceitos, 
e a grande ligação que podemos fornecer com o Design, ligação essa que só é 
representada neste trabalho como um ponto inicial de estudo, já que aprofundando a 
teoria nos vemos inseridos naquilo que Deleuze chama de “plano de imanência”, a 
teoria de que o pensamento tem uma forma, uma imagem associada a ele, não é 
mais possível traçar uma linha que divida as ciências e é esta mesmo a proposta 
fundamental desse estudo. 
 
 
15 
 
Essa teoria de o pensamento seguir um modelo é representada por Deleuze 
em Mil platôs, quando ele questiona a conformidade do pensamento associado à 
figura do Estado, entendo estado como a organização da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
O “plano de imanência” já é definido por Deleuze e Guatarri em Mil platôs, 
porem o termo só surge na obra posterior “O que é filosofia” antes o do termo 
nascer, entretanto já se tinha essa teoria ao se tratar da “imagem do pensamento” 
quando Deleuze define que o pensamento não pode se orientar através da imagem, 
imagem que aqui deve ser entendida como sendo um modelo, ou seja, que o 
pensamento atual se orienta por modelos pré-concebidos e por isso não 
representam a filosofia pura quando se organizam. 
 
 
 
 
É no plano de imanência que surgem as intensidades criativas, a força que 
possibilita a construção dos conceitos e a organização da base da filosofia, por isso 
esse é o terreno pré-filosófico, não porque antecede a filosofia, mas porque ela 
depende dele para existir, o plano é a representação máxima da capacidade do 
pensamento e da criação, é onde de fato surge a criação. 
Acontece de criticarem conteúdos de pensamento julgados 
conformistas demais. Mas a questão é primeiramente a da própria 
forma. O pensamento já seria por si mesmo conforme a um modelo 
emprestado do aparelho de Estado, e que lhe fixaria objetivos e 
caminhos, condutos, canais, órgãos, todo um organon. Haveria, 
portanto uma imagem do pensamento que recobriria todo o 
pensamento, que constituiria o objeto especial de uma "noologia", e 
que seria como a forma-Estado desenvolvida no pensamento. 
 
DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix - Mil Platôs, Vol. 05, p.43 
O plano de imanência não é um conceito pensado nem pensável, 
mas a imagem do pensamento, a imagem que ele se dá do que 
significa pensar, fazer uso do pensamento, se orientar no 
pensamento... 
 
DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix - O que é a filosofia, p. 53 
16 
 
 
 
 
 
Este tópico recebeu o titulo de Clinica do Design, principalmente por tratar 
de difundir essa outra forma de organização do pensamento, desvinculando de 
modelos ou de ideias preconcebidas, assim coloco o Design numa espécie de 
estudo dos fatores problemáticos em sua organização, definindo os pontos que 
podem ser explorados para o surgimento de um novo método de atuação. 
O primeiro ponto de ação é desvincular o design de uma área especifica, ele 
se define como o processo e não como atuante ou produto que resulta numa etapa 
final, essa definição é base da teoria da multiplicidade já que como na proposta de 
Deleuze, esta não se vincula a nenhum território, não permite divisões ou regras na 
sua composição. 
O estudo da aplicação filosófica do design não se foca na definição dos 
conceitos, mas no plano em que estes são criados, assim como Deleuze propõe que 
conceitos são criados para organizar um sistema, e que esses derivam não das 
essências que pré existem, mas das necessidades que surgem durante a sua 
própria existência. 
Esses conceitos da filosofia funcionam como os processos de criação no 
Design, analisando o ambiente, os conceitos são como a intervenção artística do 
Design, na ação de dar forma a uma força, a um objeto do plano virtual, sim, virtual, 
já que as sensações com quem trabalham a filosofia não são formadas por matérias 
físicas, porém tem uma intensidade tão real que a mesma necessita ser avaliada e 
definida para que o trabalho do filósofo se aplique, assim como na criação o 
designer executa sua função organizando essa sensação não do ponto de vista 
psicológico, mas trazendo para uma organização visual do sistema, o resultado 
dessa organização permite compreender a sensação em outras linguagens, o papel 
do designer aqui não representa a criação em si, mas a tradução do fator humano 
existencial no processo. 
“Pré-filosofia não significa nada que preexista, mas algo que não 
existe fora da filosofia, embora esta o suponha. 
O não-filosófico está talvez mais no coração da filosofia que a 
própria filosofia.” 
 
DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix - O que é a filosofia, p. 57 
17 
 
Essa organização coloca o Design no seu ponto mais interessante onde 
todas as possibilidades de ligações de ideias e de caminhos para o processo criativo 
definem bem a questão da multiplicidade que rege os pensamentos durante a 
construção. No caso do design todo esse fator de surgimento de ideias, de 
transformação e ligação para novas criações é definido como processo de criação. 
O diálogo do design com a teoria de Deleuze fica evidente na questão da 
Multiplicidade, principalmente na questão da concepção de diferenças. Para 
enquadrar de fato essa teoria, consideramos que a multiplicidade age no designcomo uma reconstrução, cessa a divisão e centralizam os processos do design 
numa constante equação de conteúdos, nesse ponto ele não se define em uma fase 
ou outra, mas na construção total, o design é à força do surgimento, a capacidade 
operacional da resultante, a necessidade de atualizações e ligações com outras 
forças e ate mesmo uma possibilidade de renascimento ou reinicio de todo o 
processo decorrente. 
O projeto passa a não ter um fim definido, apenas um ponto de partida 
que logo após o inicio da sua construção se mescla ao próprio projeto, a questão 
atemporal da sua existência vai além do fato de ele não possuir um término, uma 
força que o cessa, mas também esta presente no âmbito de que o mesmo tem 
infinitas possibilidades de conexões e pode vim a se atualizar e renascer em cada 
uma dessas relações que para que ocorram necessitam somente da base ou da 
existência do mesmo. 
A Multiplicidade proposta por Deleuze tem um dialogo tão forte com o 
processo criativo, que pode por muitas vezes ser entendida como a própria ação de 
construir, no entanto devemos destacá-la como a força motivacional de pensamento, 
que estimula a construção e a ligação que atualiza o projeto, para melhor 
compreender essa força, pense no processo em que se enquadra o trabalho do 
designer, toda a sua abrangência e possíveis ligações, as fontes ou referencias que 
o constituem é um perfeito exemplo de organização no principio do rizoma, uma 
união horizontal com desdobramentos das ideias num processo não linear que 
permite conexões com qualquer tempo de sua construção. 
18 
 
Definida a organização do projeto segundo a teoria do rizoma, podemos 
destacar cada principio desse, segundo a teoria proposta por Deleuze, no projeto do 
Design. 
O primeiro princípio do rizoma é a conexão, ela define a ligação do design 
com as correntes teóricas de produção, com as mídias de divulgação ou com os 
leitores que o recebem e ate mesmo uma interconectividade, uma possibilidade de o 
projeto se conectar a si mesmo, em algum ponto de sua existência que desdobra 
possibilidades de expansão ou de atualização do projeto. 
O segundo princípio é a heterogeneidade do projeto que determina a 
diversidade que ocorrem nessas conexões, e por isso se deriva diretamente da 
capacidade conectiva, as novas conexões se desdobram e surgem estendendo o 
projeto, que aumenta sua capacidade de alcance e sua ligação existencial, também 
aumentando assim a percepção dos receptores desse design. 
No terceiro principio, surge a questão da multiplicidade, ele deriva 
diretamente dos dois primeiros, já que define a extensão do projeto, ou como 
também pode ser definido, representa o seu alcance, por isso esta diretamente 
ligado aos dois primeiros, a extensão se constrói diretamente da conexão e da 
diversidade a que se une durante o processo, quanto maior o numero de conexões e 
maior a variedade heterogênea de conectores, maior o alcance ou abrangência do 
projeto. 
No quarto princípio se observa bem essa questão da extensionalidade do 
projeto, ele trata a questão da ruptura a-significante, termo usado pelo próprio 
Deleuze representa que mesmo se rompendo o conteúdo em qualquer ponto, ou 
mesmo se excluindo uma porção do projeto, esse permanece com a capacidade de 
se reconstruir e mesmo nessa porção menor tem-se a impressão do todo. Para 
exemplificar esse principio, Deleuze cita o formigueiro, 
 
 
 
“É impossível exterminar as formigas, porque elas formam um 
rizoma animal, do qual a maior parte pode ser destruída sem que ele 
deixe de se reconstruir.” 
 
DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix - Mil Platôs Vol. 01. Pag.18 
19 
 
“Quando Foucault admira Kant por ter colocado o problema da 
filosofia não remetendo ao eterno, mas remetendo ao Agora, ele 
quer dizer que a filosofia não tem como objeto contemplar o eterno, 
nem refletir a história, mas diagnosticar nossos devires atuais: um 
devir-revolucionário que, segundo o próprio Kant, não se confunde 
com o passado, o presente nem o porvir das revoluções. Um devir-
democrático que não se confunde com o que são os Estados de 
direito, ou mesmo um devir-grego que não se confunde com o que 
foram os gregos. Diagnosticar os devires, em cada presente que 
passa, é o que Nietzsche atribuía ao filósofo como médico, "médico 
da civilização" ou inventor de novos modos de existência imanentes. 
A filosofia eterna, mas também a história da filosofia, cedem lugar a 
um devir-filosófico. Que devires nos atravessam hoje, que recaem 
na história, mas que dela não provêm, ou antes, que só vêm dela 
para dela sair?” 
 
(DELEUZE, Gilles, e Félix GUATTARI. O que é a Filosofia1992, p. 
144 e 145) 
Nessa concepção, imaginando que cada ponto do projeto represente um 
pequeno formigueiro, o resultado disso é organização tão solidificada, que cada 
porção do projeto é capaz de representá-lo e ainda tem essa capacidade de 
reconstruí-lo sem alterar lhe sua identidade, a capacidade de atualizar uma 
construção como essa é infinitamente maior se comprada a um projeto linear, nada 
mais é do que a desterritorialização e reterritorialização da informação. Que 
reorganiza os pontos sem perder o foco ou o objetivo principal, enfim ela pode 
alterar a sua forma, mas o seu “design” como fator fundamental se preserva durante 
todo o processo. 
 No Design elas funcionam como sustento ao projeto, são responsáveis pela 
sua manutenção e sua atualização na aplicação, essa proposta aborda o fator da 
criatividade sem convicções prematuras, tem um bom dialogo ao campo da 
experimentação visto que sem abordar regras rígidas de construção e de 
apresentação mantém evidente a sensação de variáveis e possibilidades extremas 
de resultados. Agora retomando a pesquisa no ponto da vivência, uma vez 
introduzido ao campo da psicologia aplicada, na instituição de tratamento, observa-
se essa teoria em pratica, no âmbito da clinica psicológica, A clínica psicológica é o 
campo em que Deleuze promove o encontro inusitado entre as filosofias de Bergson 
e Nietzsche, graças a uma superposição entre os conceitos de “impulso vital” e 
“vontade de potência” O conceito de impulso vital nos permite analisar as diferenças 
de natureza entre as durações virtuais que integram um fenômeno, já o conceito de 
vontade de potência nos permite avaliar a natureza da Diferença na sua literalidade, 
como um campo de intensidades sempre em devir. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Trazendo essas teorias ao projeto construtivo do Design, quanto a essa 
representação da teoria da multiplicidade e da ordem dos impulsos vitais serem a 
pura necessidade criativa, é indispensável que se pense isso ao projetar no campo 
do design, essa força operacional, quando aliada a criação produz um resultado 
extremamente capaz de adaptação e a existência nas mais variadas aplicações, um 
projeto com toda essa capacidade de conexão tem um alcance humano 
infinitamente superior, sua projeção partindo desse plano é capaz de trazer muito 
mais conteúdo e ainda servir a criação de outros projetos. O rizoma pode 
representar para o design, uma organização universal das conexões, ou uma 
definição visual para o projeto criado nesses princípios. 
 
 
21 
 
 II – Rizoma e Multiplicidade 
 
Primeiramente a definição de rizoma, para a botânica, chama-se rizoma a 
um tipo de caule que algumas plantas possuem. Ele cresce horizontalmente, 
geralmente subterrâneo, mas podendo também ter porções aéreas. As aplicações 
tanto para a filosofia quanto a qualquer outra área para esse conceito ficam 
evidentes nas descrições das condições discursivas, que Guattari e Deleuze 
propõem a partir dos conceptos de raiz, radícula e rizoma apresentam possibilidades 
interessantes ao embasamento epistemológico para análise de sistemas, em 
especial para o Design, nos focamos no formato do rizoma, como uma extensão de 
algo sólido, porém que representa o ponto de conexão de várias raízes decorrentesdeste mesmo ponto. Para Deleuze, o rizoma é inter-relação entre os conceitos. 
 
 
 
 
 
 
O rizoma é o roteiro dos acontecimentos, que tem espaços e tempos 
livres, onde os acontecimentos são potencialidades desenvolvidas das relações 
entre os elementos do principio característico das multiplicidades. O Conceito é o 
objeto de criação que organiza o trabalho do designer. Ele é múltiplo em sua 
composição e nas relações de seus componentes com outros conceitos. Da mesma 
forma que as raízes de uma gramínea são ilimitadamente expansíveis, mantendo a 
potencialidade de uma nova planta em cada um de seus “nós” (ou pseudobulbos), 
os conceitos são dotados de expansão ilimitada e em cada “nó” ou desdobramento 
conceitual possui a essência do conceito que o precede, sem que esses 
desdobramentos representem uma mera repetição desse nó, ele traz em si uma 
cópia do conceito original. Esse modelo se assemelha muito ao padrão geométrico 
"O que Guattari e eu chamamos Rizoma é precisamente um caso 
de sistema aberto. Volto à questão: o que é filosofia? Porque a 
resposta a essa questão deveria ser muito simples. Todo mundo 
sabe que a filosofia se ocupa de conceitos. Um sistema é um 
conjunto de conceitos. Um sistema aberto é quando os conceitos 
são relacionados a circunstâncias e não mais a essências. Mas por 
um lado os conceitos não são dados prontos, eles não preexistem: 
é preciso inventar, criar os conceitos, e há aí tanta invenção e 
criação quanto na arte ou na ciência." 
 
DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix - Mil Platôs Vol. 01 
22 
 
fractal, onde uma estrutura é replicável infinitas vezes, mantendo sempre o seu 
padrão original, mas formando uma nova estrutura a partir dali. Para trazer essa 
aplicação do Design e complementando a questão de infinitas possibilidades ao 
projeto, agora acrescentamos essa questão da conexão, neste ponto além do 
projeto em si ser infinitamente mutável do ponto de vista criativo, ainda adquire uma 
predisposição a conexão de outros projetos, assim fazem-se conexões e diálogos 
entre diferentes projetos e a correspondência desses permitem o surgimento de 
alternativas que também serão igualmente capazes de desenvolver-se 
individualmente ou em meio a essas conexões. Essa nova organização no 
desenvolvimento do projeto, não se orienta num processo linear e com etapas 
definidas, fazendo uma correspondência com a filosofia, essa antiga organização 
que divide o projeto em etapas ou processos, organiza-se como uma concepção de 
árvore, onde o tronco pode servir como exemplo da organização dessas etapas, 
partindo da base, fundamentada e teorizada que sustenta a porção mais elevada da 
construção, traz uma impressão de rigidez, essa projeção tenta se sustentar nessas 
plataformas de conexões, defendendo que os galhos representam esses 
desdobramentos da proposta, porém seu alcance fica limitado a quem interpreta 
essa base, já que o resultado é diretamente uma continuação dela e se coloca 
totalmente dependente dessa estrutura inicial, outro ponto importante é que os 
galhos são resultados lineares já que uma vez iniciada a interpretação através de um 
galho, não há um possível retorno e o produto de um galho não se conecta a 
resultante de outro, são caminhos divergentes que apesar de evoluírem da mesma 
porção primaria, tomam projeções e seguem caminhos diversos na sua evolução. 
 
 
 
 
 
 
"Um rizoma não começa e nem conclui, ele se encontra sempre no 
meio, entre as coisas, inter-ser, intermezzo. A árvore é filiação, 
mas o rizoma é aliança, unicamente aliança. A árvore impõe o 
verbo “ser”, mas o rizoma tem como tecido a conjunção 
“e…e…e…” É que o meio não é uma média; ao contrário, é o lugar 
onde as coisas adquirem velocidade. Entre as coisas não designa 
uma correlação localizável que vai de uma para outra e 
reciprocamente, mas uma direção perpendicular, um movimento 
transversal que as carrega uma e outra, riacho sem início nem fim, 
que rói suas duras margens e adquire velocidade no meio… 
 
DELEUZE, G. Mil Platôs – capitalismo e esquizofrenia. Rio de 
Janeiro : Editora 34, 1995, pp.37 
23 
 
Aproveitando o surgimento desse termo “evolução”, podemos citar a própria 
teoria evolucionista de Darwin, que é organizada nesse formato arvore e mesmo 
representando a mais revolucionaria ideia para a ciência, hoje já enfrenta 
divergências quanto a sua consistência, já sabemos que os seres não evoluíram em 
linearidade de um mesmo ancestral, como propunha Darwin, a genética comprova 
isso como compartilhamos diversos ancestrais com outras espécies e essa evolução 
não representa uma linha única, na teoria de Darwin, a árvore da evolução 
representava o processo como as espécies se transformavam, nos galhos que se 
dividiam porem mantendo um ancestral comum, o tronco da arvore, hoje sabemos 
que essa representação não serve mais ao propósito de explicar evolução das 
espécies, o principio que melhor organiza esse processo é o do rizoma, já que a 
evolução e divisão das espécies não são lineares como propôs Darwin e mesmo 
duas espécies coexistentes hoje que dividem proximidades nas características 
estruturais e comportamentais podem geneticamente terem derivado de ancestrais 
diferentes no passado, é como o rizoma, onde as conexões não obedecem a uma 
hierarquia, e mesmo fatores similares podem provir de redes variadas e bastante 
diferentes entre si. 
Ao se organizar o projeto na forma de uma árvore, os resultados evoluem 
separadamente, ambos derivados de uma mesma base (A), porém os resultados 
(B,C,D,E) não se conectam entre si, a evolução do processo é linear, e se priva 
dentro de etapas bem definidas há uma hierarquia nas conexões. 
 
 
24 
 
 
Se pensarmos as conexões como raízes, além de uma maior conexão e abrangência, os 
resultados (A, B, C, etc...) serão mais eficientes, o projeto se desenvolve por completo e 
seu alcance será muito maior. 
 
25 
 
Já numa nova organização da produção, na introdução do conceito de 
rizoma, o projeto é tal qual a projeção de uma raiz, não tem um processo linear de 
desenvolvimento, a organização não segue critérios de autoridade ou importância, 
aqui todo o desenvolvimento se dá no sentido horizontal do ponto de vista de uma 
dobra não sobrepor outra e sim conectar-se em paralelo a essa, a teoria é capaz de 
se adaptar à medida que a criação evolui, novos conceitos de fundem a base da 
criação e o resultado produzido esta conectado a esses da mesma forma que as 
teorias mais primárias que organizaram o projeto. 
 Cada porção da criação, ou pode se chamar cada etapa da produção 
esta diretamente conectada a fase inicial da criação, nesses pontos de conexão das 
raízes, mesmo num ponto avançado da produção observa-se a programação inicial 
do projeto, e mesmo as variadas conexões de teorias que se fundiram ao processo e 
por vezes alteraram a proposta inicial, em resumo, o projeto não se orienta mais em 
etapas, a evolução dele é constante e as possibilidades são definidas aqui, na 
própria teoria de Deleuze, no aspecto de “dobras”, a cada novo conceito que se 
funde ao processo criativo, surge uma dobra, uma possibilidade de um novo 
resultado, já que não há uma fase definida para criação, ela incorpora todo o 
processo. 
 
26 
 
Um exemplo eficiente, que nos permite ter uma ideia da abrangência 
dessas conexões dentro da teoria do rizoma, é o mapeamento das conexões da 
internet país a país no planeta, a rede mundial de computadores representa toda a 
capacidade de uma construção rizomatica, o alcance é imenso e a informação é 
transferida em altíssima velocidade. 
 
 
 
Mapa das conexões mundiais da internet país a país, publicado em 
http://www.chrisharrison.net/ 
Link do projeto: 
http://www.chrisharrison.net/projects/InternetMap/ 
 
27 
 
Outro exemplo dessas conexões é a organização que a ciência faz das 
áreas fundamentais da pesquisa científica, a organização através desse conceitodemonstra como são amplos os caminhos, ou “dobras”, que o sistema pode formar. 
 
 
Mapeamento das áreas de pesquisa cientifica, 
divulgado gratuitamente para reprodução no site: http://anthropology.net/ 
link do artigo: 
http://anthropology.net/2007/03/19/how-science-is-connected/science-connection-map/ 
28 
 
.Conclusão 
Esse estudo orientou-se em função dos desafios que envolvem o 
processo criativo, a aproximação das teorias de Deleuze ao espaço de trabalho do 
designer revelou a capacidade desse conceito em se aplicar a variados sistemas de 
pensamento e na organização das redes criativas durante o processo de construção 
do projeto. A multiplicidade do real é o próprio processo da criação, a possibilidade 
de eventos improváveis, de impulsos criativos constituírem nosso próprio 
conhecimento. 
A aplicação deste projeto é representar um ponto de partida para se viajar 
a esse plano das idéias, um mundo guiado exclusivamente pela necessidade de se 
criar, de se inventar as coisas, porem não se deve esquecer que a multiplicidade só 
existe na eterna troca, os conceitos se criam em suas próprias necessidades e se 
conectam a outras realidades. 
As incertezas são grandes ao se trabalhar com os conceitos de 
multiplicidade e a orientação rizomatica das idéias torna qualquer conclusão deste 
projeto provisória, esta conclusão representa uma pausa no processo de 
desenvolvimento da pesquisa, o objetivo de introduzir a teoria foi alcançado. 
Mas ainda existem muitos outros pontos, as idéias se reconstroem e 
fazem novas conexões, este texto cumprirá seu papel servindo de base a um estudo 
maior, ou a construir um simples pensamento fragmentado. 
 
 
29 
 
De forma intuitiva e na base das experimentações filosóficas, tal como um 
cientista trabalha hipóteses de sua intuição em diferentes situações a fim de 
encontrar pontos onde o resultado se aproxima do cálculo inicial, de fato esse 
trabalho apresenta muitos pontos a se desenvolver, podendo assim representar um 
ponto de partida para outros estudos ou comparações, como a própria teoria afirma 
um ambiente de conexões, assim também é a estruturação deste trabalho um ponto 
de onde podem surgir inúmeras vertentes. 
Nessas condições não coloco o texto como livre de objeções, tendo em 
vista que essas podem estruturar melhor ainda o principio de conectividade e podem 
sistematizar outras áreas de opiniões ao relacioná-las com essa pesquisa, como o 
próprio Deleuze já colocou, o conceito é muito mais da ordem do dissenso que do 
consenso, ou seja, não estamos em busca de conceitos universais, pelo contrário, 
estamos sempre travando uma batalha contra as opiniões preconcebidas; tal 
colocação é valida para classificar essas divergências que podem nascer durante a 
apreciação do tema, de fato não busco com essa dissertação um “convertimento” as 
teorias de Deleuze, já que o ponto fundamental dessa filosofia é não assumir uma 
verdade única, essas ideias inacabadas são o fator de maior atração nesses 
conceitos, assim ao transmitirmos para o Design, os projetos inacabados do ponto 
de vista filosófico são eternos em tempo, a ideia de determinar um ponto final é que 
encerra e prende a criação em seu desenvolvimento, o fato de não haver esse ponto 
se traduz em permanecia para a criação, ela se transforma, faz sua conexões e se 
aprimora e se reinventa. 
 
 
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