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Vacinas de interesse zootécnico

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VACINAS DE INTERESSE ZOOTÉCNICO: PRODUÇÃO E BEM -ESTAR
ANIMAL
ALUNOS
VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA EM BOVINOS
José Flávio dos Reis Lima Vieira
Kaio Souza Gomes
Luara Roberta Gonçalves 
Mariana da Silva Leal 
Natália Brasil Silveira
Sergio Miranda de Souza Junior
Victória Rizzato Paschoal
FEBRE AFTOSA
João Victor Rosa Kawazulita
Jéssica Bisoto Sartori
Luiz Antônio Fogaça
Vitória Camargo 
Maimara Massoca
BRUCELOSE
Gustavo Barbosa
Laura Granero
Mariana Poletto
Matheus Henrique 
Yasmim Viana
VACINAÇÃO CONTRA ESTREPTOCOCOSE EM TILÁPIAS
Marcelo A. Pedrazzoli
Rodrigo Garcia
Rafael Giacomini
Kauan Alves
PROFESSOR RESPONSÁVEL: Silvio Luis de Oliveira
EDIÇÃO: Aline Parisoto Missio
INTRODUÇÃO
A zootecnia é uma área que envolve, principalmente, o melhoramento animal e o
aumento de sua produção. Para que isso ocorra, os profissionais devem se ater com o
bem-estar destes, pois os mesmos em condições desfavoráveis acarretam na perda da
produtividade. Portanto, uma das medidas utilizadas para manter a saúde animal em dia é
a vacinação. Basicamente existem duas formas de imunização: Ativa que pode ser natural
após uma infecção ou artificial que é a própria vacinação. A imunização passiva pode ser
também natural pela transferência placentária e amamentação ou também artificial
através da soroterapia. 
O processo de vacinação consiste em diversas formas de aplicação de acordo com
a patogenicidade abordada. As vacinas se apresentam das seguintes formas: simples,
mistas e polivalente e quanto a constituição podem ser vivas ou atenuadas, mortas ou
inativadas, toxóides que são produtos dos microorganismos, subunidades do agente
(vacinas sintéticas), produtos de lise bacteriana e vacinas gênicas. Neste trabalho, os
alunos do 2º ano do curso de Zootecnia da Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia da UNESP do campus de Botucatu durante as aulas da disciplina de
Microbiologia e Imunologia desenvolvidas no Instituto de Biociências campus de Botucatu
realizaram uma breve revisão abordando algumas vacinas contra doenças de interesse
zootécnico que afetam a produtividade animal. Tais como: brucelose, raiva, febra aftosa e
estreptococose.
VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA EM BOVINOS
O QUE É A RAIVA
A raiva é uma doença aguda do sistema nervoso central (SNC) que
pode acometer todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. É
caracterizada por uma encefalomielite fatal causada por vírus do gênero
Lyssavirus (Ito, 2004), formado por RNA da família Rhabdoviridae (doença
endêmica no Brasil) e também é uma zoonose.
Segundo Ito (2004), o vírus da raiva possui formato de “ bala de revólver”,
variando de 75nm de diâmetro e 100 a 300 nm de comprimento de acordo com a
amostra considerada. O vírus é composto por um envoltório formado por uma
dupla membrana fosfolipídica de composição glicoproteica, que envolve o
nucleocapsídeo de conformação helicoidal, composto de um filamento único de
RNA. O vírus da raiva é pouco resistente aos agentes químicos, aos agentes
físicos, como o calor, e às condições ambientais, como dessecação.
A forma clínica mais frequente na espécie bovina é a raiva paralítica,
apresentando sintomas típicos, tais como: ranger dos dentes, sialorréia, apetite
e deglutição ausentes ou diminuídos, retenção de fezes e urina, reflexos
centrais e periféricos diminuídos, sensibilidade cutânea diminuída e andar
cambaleante, evoluindo para decúbito e, posterior morte de seis a oito dias do
início do quadro (Reis et al., 2003).
O sinal inicial é o isolamento do animal, que se afasta do rebanho,
apresentando certa apatia e perda do apetite, aumento da sensibilidade e
prurido na região da mordedura, mugido constante, tenesmo,
hiperexcitabilidade, aumento da libido, salivação abundante e viscosa e
dificuldade para engolir. Com a evolução da doença, apresenta movimentos
desordenados da cabeça, tremores musculares e ranger de dentes,
midríase com ausência de reflexo pupilar, incoordenação motora, andar
cambaleante e contrações musculares involuntárias. Após entrar em decúbito,
não consegue mais se levantar e ocorrem movimentos de pedalagem,
dificuldades respiratórias, opistótono, asfixia e finalmente a morte que ocorre
geralmente entre 3 a 6 dias após o início dos sinais, podendo prolongar-se, em
alguns casos, por até 10 dias. Uma vez iniciados os sinais clínicos da raiva, nada
mais resta a fazer, a não ser isolar o animal e esperar sua morte, ou sacrificá-lo
na fase agônica (Ito, 2004). Após observar-se os sinais clínicos segundo Ito
2004, é invariavelmente fatal para os aniamais. Para o ser humano existem
vacinas pós-exposição.
No Brasil, a raiva é, na maioria das vezes, transmitida pelo morcego
hematófago Desmodus rotundus; no entanto, outros morcegos hematófagos
(Diphylla ecaudata e Diaemus youngii) assim como cães podem transmitir a
doença (Lima, 2005). A raiva é transmitida pela saliva infectada que entra no
corpo por meio de uma mordida ou pele lesionada. O vírus viaja da ferida até o
cérebro, onde causa inchaço ou inflamação. Essa inflamação leva aos sintomas
da doença. A maioria dos casos de morte por raiva ocorre em animais jovens e
crianças.
COMPOSIÇÃO DA VACINA
É produzida com a cepa G-52 de vírus fixo Pasteur da raiva, obtida do
Instituto Listar (Filadélfia – USA), multiplicada em cultura de células de linhagem
NIL2, também desenvolvida no Instituto Listar. A cepa G-52 é utilizada tanto na
produção de vacinas veterinárias como humanas. A linhagem NIL2 é muito
susceptível ao vírus da raiva, permitindo a produção de grandes quantidades
de antígenos.
MANEJO DE VACINAÇÃO
A vacinação é um item necessário na produção animal, para o controle
e erradicação de certas doenças que podem causar problemas ao homem e aos
animais, muitas vezes causando perdas econômicas. Para isso a organização
do calendário de vacinação de acordo com o programa oficial de vacinação de
cada estado é importante para se obter um clima favorável e tendo em vista um
ponto imunológico conveniente por parte dos animais.
É importante que todos os animais a serem vacinados estejam em
condições ótimas de nutrição, para que ocorra uma resposta mais eficiente do
sistema imune após a vacinação.
Os cuidados com a propriedade onde ocorrera a vacinação também é um
fator importante a ser analisado; verificar o tronco de contenção e o bom
funcionamento das porteiras para a passagem dos animais, mantendo o local
limpo e seco, deixando assim o processo mais rápido e sem danos aos
animais.
O processo de preparação dos equipamentos de vacinação é feito com
antese cadência, obtendo o número necessário de agulhas e em boas
condições de trabalho, agulhas cegas ou tortas devem ser descartadas. As
agulhas devem ser esterilizadas (fervura). Obter as vacinas de fabricantes
registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),
verificando a data de validade dos frascos.
O armazenamento deve ser feito em caixas térmicas com gelo reciclável
evitando o acumulo da água dentro das caixas, as temperaturas devem ser
mantidas entre 2 º e 8 º , evitando o congelamento pois pode causar perda da
eficácia das vacinas.
No caso da vacinação contra a raiva a maioria dos fabricantes indicam
2ml por animal, aplicação intramuscular em animais acima dos 4 meses de
idade. A administração intramuscular deve ocorrer no interior do músculo, na
tábua do pescoço com a pistola de vacinação perpendicular ao corpo do
animal. O manejo dos animais no momento da vacinação é importante para
evitar estresse, e assim, podendo causar prejuízos na resposta imunológica à
vacinação. A condução até o local de vacinação deve ser feita sem gritos e
correrias, tendo sombra e água disponível aos animais que serão vacinados.
O trabalho em poucos lotes facilita a organização e minimiza o estresse.
O manejo inadequado dos animais e dos equipamentosde vacinação
podem causar animais com resposta imunológica baixa e até com lesões feitas
pelas agulhas aplicadas de forma errada, deixando feridas abertas para a
entrada de outros patógeno nos. A preparação das pessoas que realizaram o
processo é de grande importância para evitar perdas com o material e a boa
relação entre homem e animal, para a obtenção de um bom resultado.
PRA QUE SERVE A VACINAÇÃO CONTRA RAIVA
A raiva provoca encefalite fatal causadora de danos neurológicos que
não possuem cura, por este motivo se torna uma doença responsável por
numerosas mortes que consequentemente geram grande prejuízo econômico
para produtores e profissionais relacionados a área, como é o caso os
zootecnistas, além disto é umas das zoonoses mais importantes e afeta
diversas regiões.
O princípio da vacinação é a imunização, portanto deve ser utilizada
principalmente em áreas que tem presença do morcego hematófago
Desmudos rotundos , um dos principais causadores da doença, pois somente
eliminar o causador grande parte das vezes não é o suficiente, sendo mais
eficaz o desenvolvimento da resposta imune, que é um mecanismo de defesa.
A imunogenicidade adquirida através da vacina desenvolve uma primeira
resposta imune no primeiro contato e consequentemente produz
anticorpos e linfócitos de memória,sendo assim na segunda resposta
imune será maior e mais duradoura. Uma das grandes vantagens da
vacinação é a proteção mantida por um longo período de tempo e
também evita os danos neurológicos que são consequências da raiva.
Na vacina antirrábica é utilizado o vírus inativado, a inativação é feita
mantendo o vírus em condições adversas e os que sobreviventes destas
condições perdem a patogenicidade, essa utilização ocorre devido o vírus
ativado poder trazer danos. A vacinação contínua dos bovinos é o método
mais efetivo, de menor custo e reduz as perdas econômicas (ALBAS et al.,
2006; LIMA et al., 2005; PIZA et al., 2002), portanto é necessário que seja
aplicada e fator que a tornou o b r i g a t ó r i o .
A desvantagem do uso de vacinas é aplicar dosagem incorreta, pois o
uso de poucas doses não tem grande eficiência, além dos testes de verificação
da vacina não serem feitos em campo, limitam-se em aprovar ou desaprovar as
vacinas com base em ensaios de laboratório (HA BEL, 1996).
IMPACTO ECONÔMICO
Como resultado da falta de vigilância sanitária adequada, de
conscientização dos criadores e de notificações sobre casos da doença em
rebanhos bovinos, a raiva causa grandes perdas econômicas.
Primeiramente, por ser uma doença de notificação compulsória, caberá sanção
legal ao p r o p r i e t á r i o que não cumprir com essa obrigatoriedade.
Dados apontam que nos anos 90, 40.000 bovinos morriam anualmente no
Brasil, o que representaria um prejuízo de US$ 15 milhões de dólares; no
estado do Rio de Janeiro foram estimadas perdas econômicas por volta dos
US$5 milhões de dólares, resultado da queda da produção de leite e carne.
Os prejuízos vão além da morte dos bovinos, mesmo que a doença não
seja transmitida, o D. rotundos pode causar espoliação dos animais, anemia
progressiva e depreciação do couro pelo hábito da sanguinívora.
PRAZOS E ESQUEMAS DE VACINAÇÃO
Os animais nascidos após a vacinação do rebanho deverão ser vacinados
contra raiva quando atingirem a idade recomendada de três meses. Os estados
podem legislar complementarmente sobre a necessidade de vacinação
compulsória e sistemática em áreas consideradas de risco, baseando-se no
modelo citado no item anterior.
A vacinação é compulsória quando da ocorrência de focos da doença e
deve ser adotada preferencialmente em bovídeos e equídeos com idade igual
ou superior a três meses. Em animais com idade inferior, pode ser orientada
caso a caso, de acordo com a avaliação técnica de um médico veterinário.
A vacinação contra essa doença só é feita em regiões onde existem
colônias permanentes de morcegos sugadores de sangue. A vacinação se
torna obrigatória quando aparecem focos esporádicos da doença em certas
regiões. A aplicação da vacina é anual e feita em todo o rebanho,
independentemente de idade.
Vacinar todo rebanho, nas regiões endêmicas uma vez por ano, E nas
regiões livres, somente quando determinada pelas secretarias de agricultura.
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FEBRE AFTOSA
INTRODUÇÃO
Dentre várias áreas profissionais que envolvem a criação, reprodução e
acompanhamento animal, a Zootecnia é a única que tem por base o melhoramento animal
e sua maior produtividade, para atender a demanda mundial para os mais variados fins
(carne, pele, lã, leite), mas sempre colocando em primeiro lugar o bem- estar animal. 
Para isso, a saúde animal deve estar como um dos primeiros pontos mais
relevantes em uma criação, senão o primeiro. Uma das formas profiláticas em combate a
doenças é a vacina, justamente o que abordaremos nessa revisão bibliografia: vacina
contra febre aftosa.
Conhecida na antiguidade por Columela e Claudius Vegetes, a febre aftosa já
era de conhecimento de alguns estudiosos e entendedores do assunto, os quais já
acreditavam na contagiosidade da enfermidade. Somente em 1546 Girolamo Fracastoro,
acreditando se tratar de algo contagioso, propôs o isolamento dos animais doentes.
(Pires, 2010).
Doença que atinge quase todo o mundo, segundo Northoff (2004), endêmica
em várias localidades, sendo no Brasil reduzida a partir de 1970, com a preocupação com
a qualidade das vacinas (Teixeira, 2008). Nessa mesma década foi implantado um
sistema de informação, que permitiu sistematizar o combate à febre (Lyra e Silva, 2004).
Com o trânsito de animais sendo um dos maiores disseminadores da doença
(Lyra e Silva, 2008), em 2000 a febre aftosa retornou às manchetes dos jornais devido ao
reaparecimento do vírus em animais de países considerados erradicados da doença,
como a Comunidade Europeia, Argentina e Japão (Pituco, 2006), voltando a ser uma
preocupação.
Segundo a Beefpoint (2005), em 2005 países importadores de nossa carne
bovina impuseram restrições à compra, exigindo maiores cuidados sanitários, devido à
ocorrência de um foco, com isso 52 países embargaram a compra da carne brasileira.
Da família Picornaviridae e gênero aphtovirus, o agente da febre aftosa é um
dos menores vírus entre os patogênicos tanto para os animais quanto para o ser humano
(Beer, 1999). 
“O vírus da febre aftosa apresenta simetria
icosaédrica, não possui envelope e o vírion
apresenta dimensões de 25 a 30 nm de
diâmetro. O capsídeo de superfície externa
é regular, simétrico, composto de sessenta
unidades estruturais idênticas, sendo cada
uma dessas unidades denominadas
protômeros, cada um formado por quatro
proteínas principais VP1, VP2, VP3 e VP4.
São proteínas estáveis e garantem a
proteção do genoma em ambientes hostis.
A proteína VP4 esta localizada na
superfície interna do capsídeo” (PIRES,
2010).
Ainda segundo Pires (2010), esse agente etiológico esta agrupado em sete
tipos virais distintos, que causam a febre aftosa. No Brasil temos os tipos A, O e C e as
vacinas contem os sorotipos virais A24 Cruzeiro, O1 Campos e C3 Indaial.
Presente no feno e no pelo dos animais por até quatro semanas, PIRES, 2010
ainda diz que os estábulos, salas de ordenhas, troncos, comedouros e bebedouros são
permanentemente contaminados com o vírus e, dessa forma, facilmente transmitido
simplesmente pelo contato.
O vírus acomete animais bi ungulados, tanto domésticos como selvagens,
como os bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, e suínos, camelídeos e elefantes, não
tendo idade para contaminação dos rebanhos (Veronesi, 2004).
Com a contaminação via inalatória ou ingestória entre os animais (Radostits,
2002), pela ingestão de água e alimentos contaminados a entrada do vírus geralmente se
faz pelas mucosas e já pela via respiratória se da pelas gotículas de ar expirado pelos
animais doentes. (Veronesi, 2004). Cursos fluviais e aves também podem ser vetores de
disseminação do vírus, uma vez que esse vírus passa incólume pelo trato digestório das
aves, podem ser carregados por elas à longas distâncias (Pires, 2010). Além das aves e
rios, Stein (2001) alerta que pessoas também podem ser importantes vetores, uma vez
que sai de uma propriedade infectada e vá para outra com as mesmas vestes e calçados.
Quando infectado, nota-se no animal o estabelecimento de profusa sialorreia e
rinorreia, inicialmente serosa, progredindo para mucopurulenta, além do aumento na
temperatura corporal e claudicação intensa (Pires, 2010). Em pouco tempo é notável a
ruminação atrasada, falta de apetite e peristaltismo alterado, e ainda, mastigam com
preguiça, deglutem com lentidão e, o mais grave: param de comer e apresentam
dificuldade na locomoção (Beer, 1999). Vesículas úlceras e erosões nas mucosas oral,
nasal, no muflo e no epitélio lingual, com contaminação bacteriana secundária (Pires,
2010). Cavalcante (2000) ainda diz que devido às úlceras e as erosões, a claudicação é
certa.
Flores (2008) lembra que os tetos das vacas também são atingidos, impedindo
bezerros de mamarem e desenvolvendo mastite viral. Todos os animais diagnosticados
com febre aftosa devem ser sacrificados, uma vez que não exista tratamento para tal
doença, juntamente com todos os outros que compartilhavam do mesmo recinto (Pires,
2010).
Segundo o Instituto Fiocruz do Rio de Janeiro, vacinas são produtos biológicos
que servem para a imunização contra diversas doenças causadas por vírus e bactérias,
também conhecidos como micróbios, ou seja, organismos tão pequenos que só podem
ser vistos pelo microscópio. Os chamadosantígenos representam os constituintes ativos
das vacinas, ou seja, os verdadeiros responsáveis pela aquisição da imunidade para os
animais vacinados. As vacinas são produzidas e classificadas de acordo com os diversos
tipos de antígenos, representados pelos próprios microorganismos causadores das
doenças ou por suas partes estruturais e produtos de seu metabolismo.
 Um programa efetivo de imunização deve propiciar a proteção para controlar ou
prevenir as moléstias infecciosas que naturalmente ocorrem nos rebanhos (Brumbaugh &
Hjerpe, 1993).
A OIE (World Organization for Animal Health) e o MAPA (Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento), por meio do PNEFA (Programa Nacional de
Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa), desenvolveram medidas e trabalhos no
sentido de obter reconhecimento oficial para o Brasil como um país livre da doença.
Dentre as principais medidas estão o estabelecimento da obrigatoriedade do uso da
vacina duas vezes ao ano, e o controle e testes oficiais de qualidade para as vacinas
produzidas no país.
As vacinas são compostas por antígenos purificados e inativados O1 Campos,
A24 Cruzeiro, C3 Indaial; emulsificados em óleo mineral. Cuja vias de aplicação podem
ser subcutânea ou intramuscular na região da tábua o pescoço, numa dose de 5ml, sendo
a 1° dose até os 4 meses de idade e a 2° dose 90 dias após a 1° dose, revacinar de 6 em
6 meses. Na propriedade a vacina pode ser conservada na geladeira até o momento da
aplicação, nunca na porta da geladeira, freezer ou congelador. Estes cuidados vão
garantir a qualidade da vacina.
Antes do sistema imunitário poder responder a um antígeno, deve ser capaz de
reconhecê-lo, através de um processo denominado de processamento de antígenos. Os
macrófagos são as maiores células processadoras de antígenos, porém existem outras
células, incluindo os linfócitos B, que também o podem fazer. As células processadoras de
antígenos absorvem um antígeno e cortam-no em pequenos fragmentos. Em seguida,
estes fragmentos são colocados dentro das moléculas do complexo major de
histocompatibilidade e lançados para a superfície da membrana celular. A área do
complexo major de histocompatibilidade que contém os fragmentos de antígeno adere
depois a uma molécula especial da superfície do linfócito T chamada receptor da célula T.
O receptor da célula T está configurado para se encaixar na parte do complexo major de
histocompatibilidade que transporta um fragmento do antígeno. Uma vez que uma célula
processadora de antígenos e um linfócito T tenham reconhecido um antígeno, uma série
de fatos inicia a mobilização do sistema imunitário. Quando uma célula processadora de
antígenos absorve um antígenos, liberta citocinas que atuam sobre outras células. A
interleucina-1 mobiliza outros linfócitos T; a interleucina-12 estimula as células NK (natural
killer, assassinas naturais) para que sejam ainda mais potentes e segreguem; a
interleucina-8 atua como uma espécie de "faro" que guia os neutrófilos em direção ao
local onde foi encontrado o antígeno. Este processo de atração e recrutamento de células
recebe o nome de “quimiotaxia". 
A vacinação dos animais deve ser realizada preferencialmente nos horários
mais frescos do dia, o gado devendo ser preso no dia anterior. A aplicação da vacina deve
ser realizada de maneira tranquila, evitando-se agitação dos animais, prevenindo-se
assim que ocorram acidentes com os animais e as pessoas que estão aplicando a vacina.
A pistola ou aparelho de vacinação e as agulhas devem ser esterilizadas em água
fervente, por no mínimo 15 minutos, e a agulha ser trocada a cada 10 aplicações. E deve
haver disponível água fervente para lavagem das agulhas utilizadas para que elas
possam ser reutilizadas. Os animais devem ser bem contidos para evitar que se
machuquem e a vacina deve ser aplicada na tábua do pescoço, por via subcutânea, com
agulha 15X15, ou intramuscular, com agulha 30X15. Todo o rebanho deve ser vacinado,
inclusive os bezerros a partir de um dia de nascido.
A febre aftosa pode ser considerada uma zoonose, mesmo com poucos casos
de infecção ao ser humano no mundo, esse pode vir a ser um hospedeiro acidental:
“A transmissão ocorre por contato com
animais enfermos ou material infeccioso,
através de lesões mínimas, por exemplo,
arranhões e erosões da pele, pelos quais o
vírus penetra no organismo ou pela
ingestão de leite não pasteurizado. A
contaminação humana devido à ingestão
de carnes e produtos cárneos não foi
comprovada. A transmissão entre seres
humanos também não foi relatada.”
(Olacoaga, 1999).
Olacoaga ainda ressalta que no Homem, a enfermidade pode ser clinicamente
aparente ou não, diagnosticada através de sorologias. 
Por outro lado, o ser humano pode transmitir mecanicamente o vírus aos
animais, pelas vestimentas, calçados e mãos contaminadas, uma vez que o vírus pode
sobreviver durante vários dias no meio ambiente (Darsie, 2001).
A vacinação é obrigatória para bois e vacas (bovinos) e búfalos e búfalas
(bubalinos) em todo o território nacional nos seguintes períodos de vacinação:
- 1º a 31 de maio: vacinação de todos os animais de todas as idades;
- 1º a 30 de novembro: vacinação de animais com até 24 meses.
Multas de $150,00 a $2.500,00 devem ser aplicadas para aqueles que não
procederem de acordo com as leis estabelecidas pelo Governo, juntamente com os
ministérios competentes (Secretaria de Agricultura do DF-Defesa Agropecuária).
Segundo Knight-Jones e Rushton (2013) os impactos econômicos relacionados
à febre aftosa podem ser classificados de duas formas: as perdas diretas causadas pelos
sinais clínicos que consequentemente causam queda na produção e na maioria dos casos
ocorre o sacrifício dos animais da propriedade onde ocorreu um surto e perdas indiretas
causadas pelo custo com o tratamento e medidas profiláticas para prevenir a doença e
barreiras na comercialização principalmente os países importadores, pois, produtos de
origem de animais infectados tem o risco de causar infecções. As perdas anuais geradas
pela febre aftosa gira em torno de 6,5 e 21 milhões de dólares. 
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BRUCELOSE
Brucelose é uma zoonose infectocontagiosa causada pela bactéria Brucella spp
que ataca o sistema reprodutivo de diversas espécies animais como suínos, bovinos,
bubalinos, humanos, cães, entre outros. (CAVALCANTE, 2000; PAULIN & FERREIRA
NETO, 2003). Esse micro-organismo pode se instalar no útero, na placenta ou no úbere
das fêmeas doentes, assim como nos testículos dos machos infectados (FERREIRA et al.,
2015).
A bactéria Brucella spp pode ser cocos, bacilos ou cocobacilos, não possuindo
cápsula, nem esporos. São gram-negativas, sem flagelos e são aeróbicas. Sua
temperatura e pH ideais são 37°C (pode variar de 20 a 40º) e 6,6 a 7,4, respectivamente.
(GOMES, 2013).
A transmissão desta enfermidade ocorre majoritariamente por via oral, através do
contato com secreções de indivíduos infectados ou por ingestão de alimentos
contaminados (FERREIRA et al, 2015). No homem, a transmissão se deve principalmente
pelo contato com animais doentes ou por consumo de leite e seus derivados sem os
devidos tratamentos (BOSCHIROLI et al., 2001; ROTH et al., 2003). 
Como principais sintomas da brucelose são possíveis citar: nascimentos de
animais fracos, retenção da placenta, corrimento vaginal, inflamação das articulações e
testículos, abortamentos após o sexto mês de gestação, sendo mais comum em fêmeas
infectadas pela segunda vez. Uma observação importante é nas gestações seguintes o
risco de aborto diminui, podendo até não existir, no entanto, a fêmea ainda pode ser uma
fonte de infecção para os demais animais e para o homem. (FERREIRA et al., 2015).
Fonte: SciTechDaily
Figura 1: Bactéria Brucella spp.
 Vacinas contra a brucelose
Nas vacinas contra a brucelose são utilizadas apenas amostras vivas atenuadas da
bactéria, já que apenas essas apresentaram proteção. A vacina mais utilizada é a da cepa
19 de Brucella abortus (vacina B19), responsável pela erradicação da doença em alguns
países. Entretanto, a vacina B19 tem a possibilidade de interferir no diagnóstico
sorológico, além de poder infectar o homem, ocasionar orquite e epididimite nos machos e
aborto em fêmeas vacinadas em final de gestação (BRASIL, 2003).
A outra vacina desenvolvida contra a brucelose é também composta por cepa viva
atenuada de B. abortus, denominada RB51. Essa cepa é muito segura para uso em
fêmeas bovinas e bubalinas, em que sua grande vantagem é a ausência da cadeia O do
lipopolissacarídeo (LPS), componente da parede da bactéria (OLSEN et al., 1999,
POESTER et al., 2000; SAMARTINO et al., 2003). A ausência da cadeia O na amostra
RB51 é o grande diferencial frente às vacinas com a cepa B19, porque não induz
anticorpos detectáveis nas provas de diagnóstico, evitando os chamados “falso-positivos”
que podem ser ocasionados pela vacinação com a cepa B19, além de permitir a
diferenciação entre animais vacinados e infectados, uma vez que as cepas de campo
possuem a cadeia O em sua composição (VALÉE).
A bactéria Brucella pode infectar células fagocitárias ou não fagocitárias, de tal
forma que o LPS-S tem função na sobrevivência da bactéria no meio intracelular
(PESSEGUEIRO; BARATA, 2003). Existem diversos componentes antigênicos
da Brucella, mas o antígeno responsável pela resposta imunogênica é o
lipopolissacarideo S (LPL-S), que é um fraco indutor para o interferon e do fator de
necrose tumoral, mas é um indutor da interleucina 12 e dos linfócitos T (PESSEGUEIRO;
BARATA, 2003). Além do LPL-S, existem as proteínas L7/L12 que são responsáveis pela
estimulação da resposta mediada por células, tornando-se potenciais candidatas a
componentes de uma vacina, de tal forma que o estudo realizado por Selegato (2013)
afirma que ao serem utilizadas em uma vacina subcelular induzem uma resposta de longa
duração, não promovendo a produção de anticorpos que interfiram no diagnóstico, além
de não serem patogênicas ao homem. 11,24.
As vacinas induzem uma resposta celular mediada por macrófagos, após serem
ativados pelos linfócitos T. Em seguida, ocorre a opsonização pelo anticorpo que aumenta
a morte intracelular e faz com que os organismos se multipliquem mais lentamente em
animais vacinados do que nos animais não vacinados. Após a infecção, anticorpos de
classe IgM são os primeiros a aparecerem no plasma, atingindo seu pique em duas
semanas. Os anticorpos IgG aparecem pouco mais tarde, superando os níveis de IgM em
quatro a seis semanas (GOMES, 2007).
Vantagens e Desvantagens da Aplicação
De acordo com Rodrigues (2011), ainda que seja um procedimento obrigatório para
bezerras com idade entre 3 e 8 meses, como diversas outras, a vacinação carrega
consigo as suas vantagens e desvantagens. 
Nos machos, é capaz de originar orquite, enquanto que em bezerras, após a
vacinação, pode ocorrer a falta de apetite e febre passageira, sendo que esses sintomas
podem se intensificar em animais mais vulneráveis ou portadores de doenças
mascaradas (MERIAL, 2016), podendo também provocar aborto se aplicado durante a
gestação. Quando não tomadas as devidas precauções, pode expor o homem,
infectando-o e dando origem à doença (RODRIGUES, 2011).
A principal desvantagem associada à vacina B-19 é o seu curto intervalo de
aplicação, que deve ser realizado em bezerras entre 3 e 8 meses de idade, o que facilita
a possibilidade da perda do prazo pelo produtor, impossibilitando a vacinação após os 8
meses e tornando os animais susceptíveis na idade adulta. Além disso, a aplicação fora
do prazo estimula a formação de anticorpos por tempos maiores do que 24 meses,
ocasionando falsas interpretações dos testes sorológicos com antídotos lisos
(RODRIGUES, 2011).
Em relação a RB-51, seu efeito protetor é similar a B-19, no entanto possui
vantagens de ser menos patogênica para os seres humanos e poder ser diferenciada de
isolados de campo. Sua desvantagem fica por conta da resistência à rifampicina, que é
um dos antibióticos usados no tratamento contra a brucelose humana (WHO, 1997 apud
BASTOS, 2012).
A vacinação é uma atividade importante na produção animal, pois evita prejuízos
econômicos atrelados à brucelose, como: abortamentos; baixos índices reprodutivos;
desvalorização econômica das propriedades infectadas; menor valor de animais e
produtos provenientes de áreas contaminadas, restrições para mercados potenciais; além
de perdas na indústria, como a condenação do leite e dacarne, altos custos com
programas de controle e erradicação e pesquisas (FOOD AND AGRICULTURE
ORGANIZATION, 2006; JARDIM et al., 2006).
De acordo com Paulin (2006), é atribuído à brucelose uma queda da produtividade
de carne entre 10 e 15%; de leite entre 10 e 24%; um aumento do intervalo entre os
partos de 11,5 para 20 meses e o aumento na taxa de reposição dos animais em cerca de
30%.
. Fonte: Bruno Bangel
Figura 2: Aborto em vaca com brucelose.
 Dosagem e via de aplicação
A apresentação da vacina B19 é numa caixa com 2 frascos, em que um contém 15
doses de vacina liofilizada e outro contém 30ml de diluente, de forma que a dosagem a
ser ministrada é de 2ml por via subcutânea na “tábua do pescoço” (SHOPPING DO
CAMPO, 2016). Possui validade de 18 meses após a fabricação desde que armazenada
corretamente, entre 2°C a 8°C e ao abrigo do sol, logo após aberta deve ser aplicada o
mais rápido possível e o que sobrar deve ser descartado, incinerado ou enterrado
profundamente. 
Essa vacina só é vendida com prescrição de um médico veterinário e aplicada sob
a supervisão do mesmo (MERIAL, 2016), possuindo baixo custo que varia entre R$1,50 a
R$2,00 reais por cabeça (PORTAL DO AGRONEGÓCIO, 2013).
Os EUA, Chile, Costa Rica e Uruguai apenas utilizam a vacina RB-51 contra a
brucelose bovina, enquanto que o México, Venezuela, Paraguai, Peru, Equador, Colômbia
e Brasil utilizam-na juntamente com a B19. No Brasil, o comércio e a utilização da RB-51
foram regulamentados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
através das instruções normativas nº 33, de 24 de agosto de 2007 (SILVA, 2012). 
A apresentação da vacina RB-51 é numa caixa com 2 frascos, em que um contém
15 doses da vacina e outro contém 30ml de diluente que deve ser armazenada entre 2°C
a 8°C ao abrigo do sol. A dosagem correta de aplicação é de 2ml via subcutânea na
“tabua do pescoço” (MSD – SAÚDE ANIMAL, 2015), de forma que todo o frasco deve ser
utilizado rapidamente e o que sobrar deve ser descartado e não reutilizado (BULAVET,
2016), em que o custo médio dessa vacina é de R$4,00 reais por cabeça (CONEXÃO
TOCANTIS, 2013).
O profissional responsável pela aplicação das vacinas deve utilizar EPI
(Equipamento de proteção individual), como luvas e óculos, pois se for mal manuseada
pode causar brucelose no aplicador. Após a aplicação, os animais devem ser marcados
no rosto para identificar que foram vacinados, pois assim evita problemas na identificação
da infecção nos exames de sangue (BERNARDI et al., 2014).
 Fonte: Prefeitura de Flores da Cunha
Figura 3: Vacinação de Brucelose na ”tábua do pescoço".
 Fonte: Viçosa News
Figura 4: Marcação no rosto de animal vacinado.
 
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VACINAÇÃO CONTRA ESTREPTOCOCOSE EM TILÁPIAS
A intensificação da produção de tilápia caracteriza-se pela elevada densidade na
produção, favorecendo o surgimento de doenças. Dentre as que acometem as tilápias, a
estreptococose tem assumido posição de destaque em todo o mundo (PASNIK et al.,
2005). 
A estreptococose deve ser considerada como um complexo de doenças similares
causadas por diferentes gêneros e espécies de bactérias (Lactococcus garvieae,
Lactococccuspiscium, S. iniae, S. agalactiae, Streptococcus parauberis e Vagococcus
salmoninarum) capazes de lesar o sistema nervoso central (TORANZO et al., 2005).
 No Brasil, Uma das espécies de estreptococos mais frequentes é S. agalactiae
uma bactéria gram positiva, que acomete uma grande variedade de hospedeiros, dentre
eles humanos, bovinos e peixes (JOHRI et al., 2006), caracterizando-a assim, como
zoonose. Sendo a espécie mais isolada em tilápias, e os principais sinais clínicos
observados são opacidade de córnea, exoftalmia uni ou bilateral, natação errática,
letargia, ascite e escurecimento da pele (SALVADOR et al., 2003, 2005; FIGUEIREDO et
al., 2006)
O desenvolvimento de novas vacinas e a melhoria nas técnicas de vacinação tem
auxiliado o controle de algumas doenças infecciosas na aquicultura. Devido aos
benefícios econômicos, as vacinas produzidas a partir de células inativadas são
amplamente usadas para a proteção dos peixes frente a diferentes doenças bacterianas.
Os peixes podem ser imunizados pelas vias intraperitoneal (i.p.), oral (v.o.) e por banho de
imersão (b.i.) (LONGHI et al., 2012). Esses métodos apresentam vantagens e
desvantagens relacionadas ao nível de proteção, efeitos colaterais, praticidade e custo-
benefício.
As vacinas estreptocócicas aplicadas por via i.p. apresentam melhores resultados
na proteção de tilápias, mas não é de fácil aplicação, é um fator de estresse para os
peixes e apresenta maior custo com a mão de obra qualificada. A aplicação da vacina por
b.i. é menos eficaz, mas tem como vantagem o baixo custo e a praticidade, podendo ser
utilizado em peixes de menor porte e em grande quantidade. A via oral se da atraves da
imunização contra o patógeno atraves da alimentação, aliando o medicamento a ração.
(NAKANISHI; KIRYU; OTOTAKE, 2002; EVANS et al., 2004b; PRETTO-GIORDANO et al.,
2010b). 
A vacina estimula o sistema imune do peixe a preparar a defesa humoral
(anticorpos) e/ou celular (células) contra a enfermidade alvo, no caso, a estreptococose.
A estratégia mais comum para o controle de doenças bacterianas é o uso de antibióticos
(RATTANACHAIKUNSOPON e PHUMKHACHORN, 2009), no entanto, efeitos adversos
tem sido relatados tais como poluição e degradação do meio ambiente, além de seleção
de cepas resistentes e risco à saúde do consumidor (SWAIN et al., 2002; KLESIUS et al.,
2004; SERRANO, 2005, p. 15). 
Devido a estes efeitos, alguns paises não aprovam o uso de antibióticos na
produção animal e recusam a comercialização de produtos nos quais estes
medicamentos foram utilizados (RATTANACHAIKUNSOPON e PHUMKHACHORN,
2009). Por outro lado, estudos tem sido conduzidos com o objetivo de propor uma
alternativa profilática em substituição aos antibióticos, com destaque para as vacinas
(Melo et al., 2015).
A vacinação pode ser feita a partir de alevinos, começando no final do mês de abril
e terminando em dezembro, sendo a época perfeita durante a recria, especificamente
com o animal aos 40 gramas de peso, segundo cartilha do fabricante.
O desenvolvimento e melhorias de métodos de vacinação tem auxiliado o combate
de algumas doenças infecciosas na aquicultura. 
Devido aos benefícios econômicos, as vacinas produzidas a partir de bactérias
inativadas são amplamente utilizadas para a proteção dos peixes frente a diferentes
doenças bacterianas (DUMRONGPHOL et al., 2009). 
Os Estreptococus sp. são bactérias oportunistas e consideradas altamente
patogênicas e prejudiciais junto às criações intensivas de tilápias. Diagnósticos positivos
para estas bactérias junto aos rins, fígado e cérebro dos animais evidenciam a gravidade
destas infecções , levando a altas mortalidades quando desencadeada a doença. Em
cortes histológicos, podem ser observados necroses e infiltrados de células inflamatórias
junto aos órgãos acometidos. Por conta da patogenicidade dos estreptococos e da
relação custo/beneficio dos antibióticos encontra-se a necessidade da utillização de
vacinas, alem das vacinas serem um método definitivo, além de poder ser utilizado como
preventivo. 
O grande impacto econômico causado pelas Estreptococoses deve-se à faixa de
idade em que as tilápias adoecem. Freqüentemente são observadas mortalidades em
populações adultas, acima de 100 gramas, particularmente nas épocas mais quentes do
ano. Mortalidades nesta fase da criação acarretam enormes perdas econômicas,
principalmente devido aos investimentos já capitalizados na engorda dos animais (custeio
com ração), queda de produtividade e aumento da conversão alimentar. Dependendo da
gravidadeda infecção e do estado imunológico dos animais, mortalidade de até 30 % do
plantel pode ser observada em poucos dias, caso não seja feito nenhum tipo de
tratamento. Estimam-se perdas anuais acima de 150 milhões de dólares associadas a
esta bacteriose na piscicultura mundial. Apenas nos EUA estimam-se perdas acima de 10
milhões de dólares em criações intensivas de tilápias. No Brasil, ainda não existem dados
estatísticos associados as perdas econômicas por esta bacteriose. No entanto, podem-se
estimar enormes prejuízos econômicos, já que, altas mortalidades são freqüentemente
observadas nos pólos produtores associadas a diagnósticos positivos para esta
enfermidade. 
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