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Psciopatologia - Delírios, alucinações, Síndrome Psicótica

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PSICOPATOLOGIA DAS SÍNDROMES PSICÓTICAS
DEFINIÇÃO
A Síndrome Psicótica é um conjunto de sinais e sintomas que traduzem a quebra da barreira da realidade de uma pessoa, sendo que a barreira de realidade pode ser definida como:
· Vivência compartilhada: A barreira da realidade é fruto da vivência compartilhada, ou seja, sabe-se que uma pessoa foge do normal quando ela está vendo algo que mais ninguém de um coletivo está vendo, como uma pessoa falar que está vendo Jesus em sua frente, mas ninguém ao seu redor é capaz de ver.
· Nível individual: Entretanto, a pessoa que está vivenciando a psicose acredita que o que ela está vendo é real, ou seja, retomando o exemplo anterior, para a pessoa o Jesus em sua frente é algo real.
A Síndrome Psicótica é um conjunto de sinais e sintomas, assim como toda a síndrome, sendo que as duas principais manifestações são as alucinações e delírios, sendo que estes dois termos serão falados a frente.
As alucinações e delírios traduzem as seguintes características:
· Determinados comportamentos e sentimentos: Como medo, sensação de perseguição
· Discursos influenciados por vivências no corpo: São coisas sentidas, ou seja, a pessoa sente um toque de. Isto é bem característico das alucinações
· Alteração nas ideias: São alterações nas ideias, pensamentos. Isto é bem típico dos delírios. 
OBS: Psicose é um diagnóstico sindrômico e não nosológico
CASO DE EXCEÇÃO – FOLIE À DEUX
· Existe uma exceção quando se trata das síndromes delirantes, que é a Folie à deux, que diz respeito a um transtorno delirante induzido por uma pessoa a outra.
· Ou seja, um indivíduo com um transtorno delirante primário, geralmente uma pessoa carismática ou influente, induz pessoas mais susceptíveis a ter um transtorno psicótico secundário a eles. 
· Outro exemplo é quando isto acontece no âmbito familiar, na qual um familiar promove um delírio secundário em outro familiar, como pais que pregam que Jesus irá voltar a Terra encarnando uma pessoa, e um de seus filhos começa a acreditar que é Jesus.
ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO
Como dito, a síndrome psicótica possui uma sintomatologia que se manifesta sobretudo através de alucinações e delírios, os quais se manifestam sobretudo como alterações da sensopercepção 
Primeiramente, é necessário entender o que é sensação e percepção:
· Sensação: É um fenômeno elementar passivo gerado pelos estímulos de fora ou dentro do corpo com alterações nos órgãos receptores. Ou seja, quando somos tocados recebemos um fenômeno elementar na nossa pele que nos informa que estamos sendo tocados, ou seja, temos a sensação de que estamos sendo tocados.
· Percepção: É um fenômeno ativo de tomada de consciência do estímulo sensorial, voltando ao exemplo do toque, ao sentirmos o toque, tal estímulo será encarado(percebido) pelo nosso cérebro com base em experiências prévias e características do toque, um toque pode ser algo carinhoso ou, quando mais intenso, algo doloroso, sendo o que sentimos a percepção.
· Aisthesis: É um termo grego que juntava a sensação e percepção, visto que para eles ambos os termos caminham juntos, sendo impossível separar a sensação da percepção.
IMAGENS E SEUS TERMOS
As imagens podem ser divididas em termos com base nas suas características, como visto abaixo:
· Imagem perceptiva real: É o que estamos vendo no momento, é uma imagem com nitidez e estabilidade, visto que estamos vendo ao vivo, sendo a imagem mais fidedigna à realidade.
· Representação: É uma reapresentação da realidade, possui menor nitidez e é instável quando comparada a imagem perceptiva real. Por exemplo, ao lembrarmos de um objeto, como uma faca, possuímos uma imagem pré-formada, porém ela nunca será 100% fidedigna a imagem real dela.
· Imagem eidética: É uma representação muito precisa de algo, por exemplo, ao olhar para algo que está próximo de você neste momento e parar de olhar, por alguns instantes você é capaz de gerar uma imagem muito próxima da realidade (mas ainda não 100% igual) deste objeto.
· Pareidolia: São imagens visualizadas voluntariamente a partir de imagens no ambiente, sendo que a atenção aumenta a intensidade da pareidolia. Um exemplo típico é ver formas de objetos nas nuvens, na qual ao focarmos conseguimos enxergar ainda mais objetos nas nuvens.
ALUCINAÇÃO
· Agora será falado das alucinações, uma manifestação típica das síndromes psicóticas, na qual as alucinações são definidas como a percepção clara e definida de um objeto sem que este esteja presente, consequentemente sem a presença do estímulo sensorial respectivo.
· Entretanto, as alucinações não necessariamente serão representadas como um objeto, sendo as alucinações auditivas as mais comuns, como ao ouvirmos alguém nós chamando sem o estímulo existindo.
Para ser considerada uma alucinação PATOLÓGICA, esta alucinação precisa possuir as características abaixo:
· Nitidez, projeção no espaço exterior e constância: Ou seja, ninguém será considerado portador de uma síndrome psicótica ao ouvir alguém chamando seu nome vez ou outra, mas sim caso isto ocorra repetidamente, de forma clara.
· Convicção: Além disso, na alucinação a pessoa precisa ter CONVICÇÃO, que significa que a pessoa que está alucinada sente e acredita no que elas está sentindo, como alguém a chamando, tocando.
A alucinação pode ser dividida em três tipos:
· Verdadeira: É o estereótipo de uma alucinação, possuindo todas as características como alguém que enxerga uma pessoa, consegue tocá-la, ouvi-la, 
· Pseudoalucinação: É a forma mais comum das alucinações, na qual ela não possui todas as características de uma alucinação presente, mas ainda existe a convicção, como uma pessoa que ouve vozes mas não sente toques e acredita que a alucinação é real.
· Alucinose: É um tipo de pseudoalucinação, mas a pessoa NÃO TEM CONVICÇÃO, ou seja, ela sabe que não é real e busca ajuda, muito comum em pacientes que utilizam drogas.
É importante diferenciar alucinação de ilusão, na qual ilusão é a percepção deformada de um objeto já existente, por exemplo, alguém enxerga uma arma em um cabo de vassoura.
TIPOS DE ALUCINAÇÃO
· As alucinações podem ser visuais, auditivas ou combinadas, como visto abaixo:
AUDITIVAS
As alucinações auditivas podem ser de dois tipos:
· Alucinação auditiva Simples: É um barulho, algo básico, como uma batida que não existiu
· Alucinação auditiva Audioverbal (Vozes): É algo que possui maior complexidade, sendo graduada conforme isso, ou seja, pessoas que escutam vozes, outros que conseguem descrever as característica dessa voz, e pessoas que escutam vozes falando frases completas(e não coisas sem sentido)
VISUAIS
As alucinações visuais podem ser:
· Alucinação visual Simples (Fotopsias): É algo sem complexidade, como ao fecharmos os olhos, esfregarmos e vermos pontos luminosos, é algo sem significado ou construção.
· Alucinação visual Complexa (Configuradas): É algo mais elaborado, como ver uma pessoa, animal, dentre outros.
COMBINADAS
· Também chamadas de sinestesias, são as alucinações com características auditivas e visuais simultaneamente.
OUTROS TIPOS DE ALUCINAÇÃO
A alucinação possui relação com o ciclo sono-vigília, na qual elas podem ser:
· Hipnopômpicas: Alucinações no momento que despertamos
· Hipnagógicas: Alucinação quando estamos adormecendo
Um exemplo atual de alucinações relacionadas ao ciclo sono-vigília é a disseminação do uso do zolpidem, na qual as pessoas podem induzir um estado de sono, porém na vigília, gerando alucinações como um dos possíveis efeitos colaterais ao tomar zolpidem e não dormir.
Além disso, existem outros tipos de alucinação que não se enquadram em visuais ou auditivas, sendo elas:
· Táteis: Como as pessoas sentem que estão infestadas por insetos em seu corpo, conhecida como síndrome de Ekbom
· Olfativas e gustativas: Ao sentir gostos e cheiros sem relação com estímulos reais
· Cenésticas: É quando a pessoa sente sensações irreais e anormais dentro de seu corpo ou em órgãos, como sentir uma serpente no seu estômago, sentir que já morre, está se putrefazendo, é típico da síndrome de Cotard
· Cinestésicas:São sentidas como movimentos, ou seja, pessoas que sentem movimentos que não existem em determinadas partes do seu corpo, por exemplo sentir o corpo afundando, sensação de queda livre, braço levantando.
· Funcionais: São alucinações desencadeadas por um estímulo real, mas “distorcido”, como uma pessoa que liga a TV no jornal nacional e escuta o William Bonner falando mal dela.
ALTERAÇÕES DO JUÍZO DE REALIDADE
As alterações do juízo de realidade são a base dos delírios, sendo os delírios falados mais à frente
O pensar possui como uma de suas características a capacidade de ajuizar de alguma coisa, ou seja, ter a capacidade de fazer as seguintes reflexões acerca de algo:
· Formar a ideia a respeito de algo
· Julgar 
· Ponderar, fazer avaliação
· Calcular
A capacidade de ajuizar é traduzida em outra característica do pensamento, que é o conteúdo do pensamento, sendo que o conteúdo se refere a temática do pensamento, como que está sendo perseguido, depreciado, culpa.
Os juízos falsos sobre a realidade afetam várias esferas da vida da pessoa e podem ser percebidos a partir do discurso da pessoa(o que ela fala) e/ou do comportamento(aquilo que a pessoa faz).
OBS: Os juízos falsos podem não ser patológicos, como em casos de pessoas que tiram um juízo falso por ignorância, desconhecimento da situação, dentre outros casos.
DELÍRIOS
Como dito, o delírio é um erro do juízo de realidade, tendo origem na doença mental e possuindo três características:
· 1 - Certeza absoluta e convicção extraordinária: A pessoa tem certeza e convicção de que aquilo realmente é real, como ele está sendo seguido pelo FBI, espionado por celulares ou pessoas.
· 2 - Irremovível: A pessoa não deixa de acreditar quer seja por fatos ou argumentação. Por exemplo, a pessoa acredita que ela está sendo perseguida pelo FBI, você pode argumentar de toda a forma que ela não deixará de acreditar isso.
· 3 - Impossível(ou improvável): Por exemplo, uma pessoa acredita que possui superpoderes, mesmo sendo algo impossível.
Existe uma frase que diz “Ao delirar, o indivíduo se desgarra de sua trama social, do universo cultural no qual se formou, e passa, mesmo contra esse grupo cultural, a produzir símbolos e suas crenças individuais”.
Ou seja, os delírios da pessoa são ligados a sua cultura, religião, como em pessoas que acreditam que Jesus irá voltar e, ao sofrerem delírios, acreditam serem Jesus. Isso também serve como um diagnóstico “categorial” dos delírios, por exemplo, crenças religiosas de que um ser superior está envolvido em determinados acontecimentos da sua vida seria enquadrada como delírio, mas não são por conta da gradação e características deste pensamento.
CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE DELÍRIOS
· Os delírios podem ter algumas características e ser divididos em alguns tipo, como os abaixo:
DELÍRIOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS
· Delírio primário: É uma ideia delirante “completa”, possuindo as 3 características anteriormente mencionadas(irremovível, impossível, certeza absoluta), típico da esquizofrenia.
· Delírio secundário: É uma ideia deliróide, ou seja, não possui as 3 características mencionadas, sendo um delírio “incompleto”. São manifestações de outras manifestações psíquicas patológicas, como nas alterações de humor.
Além disso os delírios acima podem ser humor-congruente ou incongruente:
· Humor-Congruente: As emoções do paciente são compatíveis(congruentes) com o delírio, como sensação de medo diante de uma sensação de estar sendo perseguido.
· Humor-Incongruente: As emoções do paciente são incompatíveis(incongruentes) com o delírio, como no exemplo anterior porém com o paciente alegre.
DELÍRIOS MONOTEMÁTICOS E PLURITEMÁTICOS
· Delírios monotemáticos(Simples): Possui a ilusão em apenas um tema
· Delírios pluritemáticos(Complexos): Possui ilusão em diversos temas
DELÍRIOS NÃO-SISTEMATIZADOS E SISTEMATIZADOS
· Delírios não-sistematizados: São típicos de pessoas “não-inteligentes”, ou seja, que não possuem muita formação, sendo delírios simples, sem ser históricas ricas e consistentes
· Delírios sistematizados: São delírios com histórias ricas, consistentes, que mantém as suas características ao longo do tempo, se referindo a mesma temática
MECANISMOS DE FORMAÇÃO DOS DELÍRIOS
Os delírios podem ser formados a partir de:
· Intuição ou ocorrência delirante: A pessoa crê em algo com as características mencionadas(certeza absoluta, irremovível), sem algo que suporte a teoria, como por exemplo, a esposa o está traindo pois ela mudou a sua gaveta de roupas.
· Recordação delirante: Recordações do passado são ressignificadas no estado delirante, por exemplo, uma pessoa pode lembra-se de uma boa ação de uma pessoa, e passa a achar que ela estava apenas com um plano maligno por trás daquilo.
· Delírio alucinatório: É um delírio fruto de uma alucinação.
· Percepção delirante: É quando uma pessoa atribui um efeito irreal a percepção de algo, como por exemplo, a pessoa vê um gato preto, acredita que algo ruim irá acontecer em sua vida e começa a tomar atitudes irracionais, como sair e correr para sua casa com medo de morrer.
ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA DO EU
A consciência do eu é uma propriedade que diz respeito ao “eu” que sou consciente de mim mesmo, sendo que o “eu” é composto de uma parte psíquica e de uma corporal, ou seja, corpo + mente, que são indissolúveis e pertencentes a mim.
A consciência do eu possui 5 características básicas, sendo elas:
· Consciência da atividade do eu: Significa que todos os sentimentos, ações, pensamentos, recordações e percepções pertencem a nós, saem de nós e são fruto de nossas atitudes, ou seja, somos sujeitos de nossas próprias vivências ao longo da vida
· Consciência da unidade do eu: É a propriedade que diz que eu sou um ser único, inteiro, indivisível e tudo que eu faço é resultado dos meus pensamentos e desejos.
· Consciência da oposição do Eu em relação ao mundo: É a propriedade de saber diferenciar oque é o “Eu” e o que é o ambiente
· Consciência da identidade do eu: É a propriedade de eu saber que eu sou o mesmo ao longo do tempo, por exemplo, eu sou a mesma pessoa que eu era na infância, adolescência, idade adulta, apesar das mudanças na personalidade. Aqui também abrange a orientação autopsíquica, que é saber meu nome, idade, profissão, estado civil, onde moro.
· Consciência da execução
ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA DO EU
Em determinadas patologias psiquiátricas a consciência do eu pode estar alterada, como pessoas que acreditam que seu corpo está sendo controlado por outra pessoa(perda da “identidade do eu”) , que alguém está lendo seus pensamentos, dentre outras, sendo algumas consideradas fisiológicas e outras patológicas:
· Alterações não patológicas: Como as vistas em pessoas religiosas que durante um culto podem perder uma das 5 características mencionadas acima.
· Uso de substâncias psicoativas: Pode levar a perda da noção do limite entre corpo e ambiente, podendo ser algo buscado pela pessoa.
· Distanciamento: É um distanciamento do que a pessoa é, como em pessoas que estão ansiosas, nervosas e podem acabar distanciando do que realmente são nestes momentos.
· Despersonalização e desrealização: É quando a pessoa sente que não é ela mesma e se torna um espectador de sua própria vida(despersonalização) ou de que está desconectada/afastada do ambiente/realidade(desrealização)
· Licantropia(transitivismo): A pessoa acredita que tornou-se um animal
· Publicação do pensamento, sonorização do pensamento, eco do pensamento: A pessoa pensa que as pessoas ouvem seu pensamento.
· Vivências de influência, vivências de controle: As vivências de influência e de controle são vistas quando a pessoa acredita que alguém está controlando seu corpo, e não ela.
· Pensamentos impostos ou roubados: A pessoa acredita que alguém está tirando pensamentos de sua mente ou está impondo pensamentos nela.
SINTOMAS DE PRIMEIRA ORDEM DE KURT SCHNEIDER
As alterações da consciência do eu são muito ligados a esquizofrenia, sendo que o psiquiatra Kurth Schneider viu sintomas muito ligados a esquizofrenia, dando-os o nome desintomas de primeira ordem, que são eles:
· Sonorização do pensamento
· Vozes sob forma de argumento e contra-argumento
· Vozes que comentam atoas
· Vivências de influência corporal
· Roubo do pensamento
· Sensação de influência sob suas ações
· Percepção delirante
Os em negrito são os sintomas relacionados a alterações da consciência do eu
ALTERAÇÕES DO PENSAMENTO E LINGUAGEM
O pensamento possui um conteúdo(temática), que é influenciado pelo juízo de realidade, além disso, o pensamento possui forma e curso:
· Forma: Associação das ideias expostas no pensamento, ou seja, se elas são expostas de forma coerente, se a pessoa perde durante a exposição do seu pensamento, ou fala coisas completamente desconexas.
· Curso: Velocidade na qual as ideias são expostas
Nas patologias psiquiátricas podem acontecer alterações na forma ou curso dos pensamentos, como visto abaixo:
ALTERAÇÕES DO CURSO
Quanto ao curso do pensamento, pode-se ver as seguintes alteraões:
· Lentificação(bradi) do pensar
· Bloqueio do pensamento
· Aceleração(taqui) do pensamento
· Fuga de ideias
ALTERAÇÕES DA FORMA
Pode-se ver as alterações abaixo:
· Afrouxamento: A pessoa parece estar indo para algo sem uma conclusão, como se estivesse apresentando algo sem um caminho bem definido
· Descarrilhamento: A pessoa está apresentando e, em determinado momento, se perde e parece sair totalmente da temática que estava falando
· Desagregação: É algo sem o “fio da meada”, a pessoa não parece associar as coisas que está falando num mesmo assunto
Outras alterações vistas são a prolixidade, como as duas abaixo:
· Tangencialidade: A pessoa nunca chega numa conclusão(aonde quer chegar), como ao contar uma história e não conseguir chegar ao fim
· Circunstancialidade: A pessoa fica dando voltas e voltas para chegar aonde quer, mas acaba chegando ao final
LINGUAGEM
As alterações na linguagem, no âmbito dos transtornos psiquiátricos, muitas vezes são as expressões das alterações que ocorrem no pensamento, podendo ser:
· Logorreia(taqui): A pessoa tem muitos pensamentos, ela tenta falar de forma rápida para conseguir falar tudo que pensa no momento.
· Pressão para falar: A pessoa sente que é obrigada a falar
· Loquacidade: A pessoa parece ter aumento da fluência verbal, não possui prejuízo na lógica e velocidade do discurso
· Bradifasia: A pessoa possui lentidão na fala, pode ser vista em patologias como a depressão, ou pessoas que usaram fármacos como calmantes, anestésicos.
· Mutismo seletivo: É quando a pessoa não consegue falar apenas em situações específicas, como falar com os pais, apresentar trabalhos.
Outras alterações da linguagem podem ser vistas abaixo, algumas fisiológicas e outras patológicas, são vistas na imagem abaixo:

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