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FORMAÇÃO DE 
PROFESSORES: POLÍTICAS 
PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO
(Fundamentos da Educação 
e Políticas Públicas)
Autores: Iria Helena Duarte; Maria Paula Silva 
Lima Almeida e Pricila Ribeiro Alias.
Organizador(a): Solange Freundel Filvock.
Formação de 
Professores: 
Políticas Públicas 
em Educação
(Fundamentos da 
Educação e 
Políticas Públicas)
© by Ser Educacional
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro 
tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia 
autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Imagens e Ícones: ©Shutterstock, ©Freepick, ©Unsplash.
Diretor de EAD: Enzo Moreira.
Gerente de design instrucional: Paulo Kazuo Kato.
Coordenadora de projetos EAD: Jennifer dos Santos Sousa.
Equipe de Designers Instrucionais: Gabriela Falcão; José Carlos Mello; Lara 
Salviano; Leide Rúbia; Márcia Gouveia; Mariana Fernandes; Mônica Oliveira 
e Talita Bruto.
Equipe de Revisores: Camila Taís da Silva; Isis de Paula Oliveira; José Felipe 
Soares; Nomager Fabiolo Nunes.
Equipe de Designers gráficos: Bruna Helena Ferreira; Danielle Almeida; 
Jonas Fragoso; Lucas Amaral, Sabrina Guimarães, Sérgio Ramos e Rafael 
Carvalho.
Ilustrador: João Henrique Martins.
Autores:Duarte, Iria Helena; Almeida, Maria Paula Silva Lima; Alias, Pricila 
Ribeiro.
Organizador(a): Filvock, Solange Freundel.
Fundamentos da Educação e Políticas Públicas
Recife: Telesapiens e Grupo Ser Educacional- 2022.
114 p.: pdf
ISBN: 978-65-81507-51-0
1. Pedagogia 2. Educação 3. Ensino.
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
Iconografia
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ACESSE
Links que 
complementam o 
contéudo.
OBJETIVO
Descrição do conteúdo 
abordado.
IMPORTANTE
Informações importantes 
que merecem atenção.
OBSERVAÇÃO
Nota sobre uma 
informação.
PALAVRAS DO 
PROFESSOR/AUTOR
Nota pessoal e particular 
do autor.
PODCAST
Recomendação de 
podcasts.
REFLITA
Convite a reflexão sobre 
um determinado texto.
RESUMINDO
Um resumo sobre o que 
foi visto no conteúdo.
SAIBA MAIS
Informações extras sobre 
o conteúdo.
SINTETIZANDO
Uma síntese sobre o 
conteúdo estudado.
VOCÊ SABIA?
Informações 
complementares.
ASSISTA
Recomendação de vídeos 
e videoaulas.
ATENÇÃO
Informações importantes 
que merecem maior 
atenção.
CURIOSIDADES
Informações 
interessantes e 
relevantes.
CONTEXTUALIZANDO
Contextualização sobre o 
tema abordado.
DEFINIÇÃO
Definição sobre o tema 
abordado.
DICA
Dicas interessantes sobre 
o tema abordado.
EXEMPLIFICANDO
Exemplos e explicações 
para melhor absorção do 
tema.
EXEMPLO
Exemplos sobre o tema 
abordado.
FIQUE DE OLHO
Informações que 
merecem relevância.
SUMÁRIO
Unidade 1
Concepção de Educação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 13
A importância histórica no processo educativo � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 13
Concepção de Pedagogia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 15
A natureza e a especificidade da educação: educação e educações 17
As ciências da educação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 19
Pedagogia x ciências da educação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �21
A antropologia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 22
A Sociologia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 23
A Psicologia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 24
A Filosofia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 27
Pedagogia e Andragogia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �29
Unidade 2
Legado dos pensadores dos séculos XVIII, XIX e XX� � � � � � � � � � � � � � � 35
Pensadores do século XVIII� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 36
Johann Friedrich Herbart (1776-1841) � � � � � � � � � � � � � � � 36
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) � � � � � � � � � � � � � � � � � 36
Pensadores do século XIX � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 37
John Dewey (1859-1952) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 37
Maria Montessori (1870-1952) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 38
Jean Piaget (1896-1980) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 39
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) � � � � � � � � � � � � � 40
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) � � � � � � � � � � � � � � 40
Emilia Beatriz Maria Ferreiro Schavi (1936) � � � � � � � � � � � �41
Howard Gardner (1943) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �41
José Carlos Libâneo (1945) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 42
Paulo Freire (1921-1997) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 42
Philippe Perrenoud (1944) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 43
Concepções e tendências pedagógicas no Brasil � � � � � � � � � � � � � � � � 44
Tendências liberais � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 45
Tendência tradicional � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 45
Tendência tecnicista � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 45
Tendência renovadora progressista � � � � � � � � � � � � � � � � � � 45
Tendência não diretiva (Escola Nova) � � � � � � � � � � � � � � � � 45
Tendências progressistas � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 46
Tendência libertadora � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 46
Tendência libertária� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 47
Tendência crítico-social (histórico-crítica) � � � � � � � � � � 47
Perspectivas atuais da Educação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �47
A educação nos dias de hoje � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 47
Educação x Cultura � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 49
Unidade 3
Formação e atuação do pedagogo � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 57
A importância do pedagogo nas instituições educativas� � � � � � � � � � � � 59
O papel e as perspectivas profissionais do pedagogo � � � � � � � � � � � � 61
Pedagogia empresarial � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 62
Pedagogia hospitalar � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 64
Produção de materiais didáticos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 66
Elaboração e produção de brinquedos e games educacionais � � � � � � � 67
Educação no contexto mercadológico � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �68
A concepção do pedagogo dentro dos ambientes educacionais � � � � � 69
Educação x Ideologia: limites éticos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 72
Os princípios éticos na escola � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 73
O compromisso ético � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 73
Unidade 4
A tecnologia, sociedade da informação e educação � � � � � � � � � � � � � � 81
A sociedade e as novas tecnologias � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 82
A escola e a TIC � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � � 84
A problematização das tecnologias na sala de aula � � � � � � � � � � � � � � � � � 86
Políticas públicas � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 89
O sistema educacional brasileiro� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 91
Os pilares da educação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 93
O aprender a conhecer � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 95
O aprender a fazer � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 95
O aprender a conviver � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 95
O aprender a ser � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 96
Órgãos responsáveis pela educação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 96
As principais Leis que regem a educação no Brasil � � � � � � � � � � � � � � 98
Constituição Federal de 1988 � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 98
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDB) � � � � 99
Plano Nacional da Educação (PNE) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �101
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 102
Programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da 
Educação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 103
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)� � 104
Programa Brasil Alfabetizado� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 104
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) � � � � � � � � 104
Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE) � � 104
A Influência do Neoliberalismo� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 105
Considerações finais � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 106
Apresentação
Olá, estudante! Tudo bem com você?
Seja bem-vindo (a) à nossa disciplina, na qual você vai com-
preender os caminhos históricos e epistemológicos da educação!
Ao discorrer do nosso conteúdo, vamos entender como a 
educação brasileira está estruturada e quais leis e políticas públicas 
contribuem para que tenhamos uma educação de qualidade, prin-
cipalmente, no âmbito nacional. Assim, tenho certeza de que serão 
agregados novos conhecimentos àquilo que você já conhece sobre o 
universo educativo e a profissão do pedagogo. 
Além disso, faremos uma viagem pela história da cultura 
ocidental para descobrir os conceitos de educação que foram siste-
matizados e transmitidos pelos pensadores das gerações passadas. 
Com isso, vamos navegar pelas ideias pedagógicas que circulam no 
campo educacional do Brasil e mergulhar nas possibilidades de tra-
balho para o (a) pedagogo (a). 
Com isso, teremos também a oportunidade de pensar e refle-
tir sobre as políticas internacionais que interferem, direta ou indi-
retamente, na educação brasileira. Algumas ideologias que marcam 
o cenário educativo serão desveladas!
Por fim, mas não menos importante, discutiremos sobre a in-
fluência e o impacto da era da informação e tecnologia na educação. 
Espero que você esteja animado (a) para ler todo o material que, ca-
rinhosamente, preparamos. Esta disciplina foi pensada e analisada 
para contribuir com a sua formação, pois desejamos que, enquanto 
profissional da educação, todos os (as) alunos (as) tenham um fun-
damento teórico sólido para embasar sua prática pedagógica.
Assim, vamos embarcar no fantástico mundo dos Funda-
mentos da Educação e Políticas Públicas. Bons estudos!
Autoria
Iria Helena Duarte
Sou formada em Pedagogia, Espe-
cialista em Metodologia do Ensino da Lín-
gua Portuguesa e Estrangeira, possuo uma 
experiência técnico-profissional de mais 
de 10 anos na área de ensino híbrido. Iniciei 
minha carreira como docente em escolas 
no Estado de São Paulo, Estado do Paraná e 
Santa Catarina na área da Educação Infan-
til e Ensino Fundamental. Em 2008, fui convidada por uma empre-
sa em expansão em EaD a participar do departamento Pedagógico 
como Coordenadora Pedagógica em EaD e depois como professora 
conteudista na área da Pedagogia e ensino de Línguas. Atualmente, 
sou sócia de uma escola EaD de ensino de cursos técnicos, profis-
sionalizantes e idiomas, além de atuar como mediadora do curso de 
Pedagogia e tutora virtual da Universidade Virtual do Estado de São 
Paulo. 
Adoro o que eu faço e amo transmitir minha experiência de 
vida àqueles que estão iniciando a vida profissional. Por isso, fui 
convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
 Currículo Lattes
http://lattes.cnpq.br/2658836244943033
Maria Paula Silva Lima Almeida
Sou formada em administração de empresas e pedagogia, 
mestre em gestão da educação, com uma experiência na área de 
gestão de mais de 10 anos. 
Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha ex-
periência de vida àqueles que estão iniciando em suas. Por isso, fui 
convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Currículo Lattes
http://lattes.cnpq.br/2913938134092419
Pricila Ribeiro Alias
Sou formada em Ciências biológicas, com habilitação em 
Química, pela Fundação Santo André. Além disso, sou especializada 
em Ciências da Natureza para Crianças na Universidade de São Pau-
lo (USP). Também sou formada em Pedagogia, com habilitação em 
Direção e supervisão escolar, pela Universidade Bandeirantes (UNI-
BAN). Com uma vasta experiência na área educacional que já ultra-
passa 24 anos. Como última experiência, exerci a função de consul-
tora pedagógica na Editora FTD Educação, ministrando formações 
para diretores, coordenadores e professores, além de consultoria 
pedagógica para estudantes nas orientações de TCC. Já ministrei, 
também, cursinhos preparatórios para concurso público. 
Adoro o que eu faço e amo transmitir minha experiência de 
vida àqueles que estão iniciando a vida profissional. Por isso, fui 
convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Organizadora
Solange Freundel Filvock
Caro (a) estudante, agora chegou a 
hora de você me conhecer um pouco me-
lhor.
Meu nome é Solange Freundel Fil-
vock. Sou formada em Pedagogia e Mestre 
em Educação pela Universidade Federal do 
Paraná. Trabalho como educadora a mais de 20 anos. Como peda-
goga, atuei, por 10 anos, em projetos pedagógicos em comunidades 
carentes na cidade de Curitiba e Região Metropolitana, promoven-
do e desenvolvendo turmas de alfabetização de adultos, reforço e 
acompanhamento escolar para crianças em situação de risco. Além 
disso, exerço a profissão “professora” do Ensino superior. Traba-
lhei na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, na Universi-
dade Federal de Pernambuco. Atualmente, sou professora do curso 
de Pedagogia EAD no Grupo Ser Educacional.
Amo a educação e pessoas! Gosto de desafios, de questionar 
o mundo, de perguntar o porquê das coisas, de estudar e aprender 
coisas novas. Por isso, aceitei o desafio de integrar à equipe de auto-
res independentes dessa instituição. Junto com vocês, através dessa 
disciplina, poderei fazer o que mais gosto: ensinar, aprender e com-
partilhar conhecimentos. 
Currículo Lattes 
http://lattes.cnpq.br/7341840047599210
11
UN
ID
AD
E
1
Objetivos
1. Compreender conceitos e fundamentos da Educação.
2. Conhecer a natureza e especificidade da Educação.
3. Identificar teorias da educação no percurso histórico da hu-
manidade.
4. Entender a influência de outras ciências na pedagogia.
12
Introdução
Olá, estudante! A partir de agora, vamos começar nossa jor-
nadade estudos.
Inicialmente, preciso dizer que estou muito feliz pela sua es-
colha de se dedicar à área da educação! Mas, para que você se torne 
um bom profissional, é preciso estudar e entender os fundamentos 
teóricos da educação e, para isso, preparamos esta unidade.
Em primeiro lugar, vamos compreender a concepção de edu-
cação, pois o nosso entendimento desse conceito determinará a sua 
prática em sala de aula. Por exemplo, se a visão que temos sobre a 
função da educação é apenas transmitir conteúdo para aprimorar a 
intelectualidade, nossa prática educativa será voltada para o ensino 
tradicional. Então, saber o que é educação, sua função social e sua 
especificidade é fundamental.
Além disso, precisamos ser conscientes dos processos histó-
ricos que envolveram a educação, pois, conhecê-los, nos ajudará a 
entender a educação na atualidade. Por essa razão, você vai aprender 
sobre o desenvolvimento da educação na história ocidental e como 
isso influenciou nossas concepções de aluno, professor, escola e da 
própria profissão do pedagogo.
Nesse sentido, vamos discutir também o conceito de peda-
gogia e pedagogo. Veremos que a pedagogia é um campo científico 
complexo e que vai muito além do ensino escolar ou métodos pe-
dagógicos para a aprendizagem. A pedagogia é uma ciência e en-
volve uma multiplicidade de atributos que estão relacionados aos 
ambientes educativos.
Por fim, abordaremos um assunto bastante atual, a andrago-
gia. Você já ouviu falar sobre esse campo? Vamos ver as semelhança 
e diferenças entre pedagogia e essa nova ciência que se propõe a de-
senvolver caminhos específicos para a educação e aprimoramento 
de adultos.
Assim, desejo que você aproveite esse primeiro bloco de con-
teúdos para aprofundar seus conhecimentos teóricos da educação! 
Vamos lá?
13
Concepção de Educação
A educação passou por muitas transformações ao longo dos 
anos, foi pensada e repensada. Podemos dizer que o seu conceito é 
amplo e baseado em muitas teorias fundamentadas. Devemos en-
xergar esse tema também como um ato científico e não somente um 
ato de amor e vocação. Por meio das trocas de experiências entre 
professores e estudantes, é possível ter em mente o que mais define 
essa palavra. 
Portanto, educação não é somente um ato de amor, mas de 
experiências vivas dentro de sala de aula e o que essas experiências 
podem trazer para os nossos alunos.
Muitos movimentos históricos foram responsáveis para que 
essa definição sobre o que é educação, fosse pensada e repensada. 
Além disso, outras ciências foram importantes nesse processo e ti-
veram um papel fundamental para que pudéssemos chegar a uma 
definição sobre o que é educação, atualmente.
Para quem está estudando pedagogia, é importante ter do-
mínio dessa ciência teórico-prática, pois ela oferece noções sobre o 
indivíduo em seu processo de formação e desenvolvimento no mun-
do e na cultura que está inserido. Somente na prática é que conse-
guimos ter uma maior definição sobre o que é educação, para que ela 
serve e a quem.
A importância histórica no processo educativo
Na Grécia Antiga, os paidagogos eram escravos que tinham 
como tarefa única levar os filhos dos senhores feudais até à escola, 
ou seja, essa vigilância e acompanhamento era denominada de pai-
dagogia. Nos dias atuais, o termo pedagogia possui outras defini-
ções bastante diferenciadas dos paidagogos daquela época. Pode-se 
dizer que três tradições de estudos educacionais foram responsáveis 
para que chegássemos ao nosso cenário atual, vamos conhecê-las!
 ◼ Tradição francesa – sob o pensamento sociológico de Émile 
Durkheim (1858-1917), que é considerado um dos pais da so-
14
ciologia e fundou a escola francesa. Durkheim considerava 
que poderia haver combinação entre a pesquisa empírica e a 
teoria sociológica. Muito conhecido como um dos melhores 
teóricos sociais. 
 ◼ Tradição alemã – sob as fundamentações filosóficas de 
Johann Friedrich Herbart (1776-1841), que foi psicólogo, fi-
lósofo, pedagogista e fundador da pedagogia como uma dis-
ciplina acadêmica. 
 ◼ Tradição americana – sob a reflexão de John Dewey (1859-
1952), que foi pedagogista, pedagogo e filósofo. Nesse caso, 
o termo é definido segundo podemos notar nas reflexões de 
(GHIRALDELLI, 2006, p. 48): “[...] o fato social pelo qual uma 
sociedade transmite seu patrimônio cultural e suas experiên-
cias de uma geração mais velha para uma mais nova, garan-
tindo sua continuidade histórica”.
Diante dessa afirmação, podemos dizer que o termo pedago-
gia é um tanto complexo, ou seja, não existe uma única definição 
sobre o conceito de educação. O termo é muito mais abrangente e 
complexo do que podemos imaginar e, muitas vezes, não é de fácil 
compreensão. Portanto, quando pensamos em educação, temos que 
ir muito além de uma definição curta e simples.
Figura 1 – Conhecimento.
Fonte: Gettyimages.
15
Concepção de Pedagogia
O termo pedagogia está intrinsecamente ligado à educação 
e didática, tanto histórica quanto funcionalmente. Em seu sentido 
mais amplo, a pedagogia engloba muitos termos e não podemos nos 
ater simplesmente a um único conceito. Antigamente, sua definição 
estava mais próxima da escolha dos estudos e da maneira de pensar. 
Dessa maneira, o termo pedagogia vem sendo cunhado no decorrer 
da história, sendo associado com a educação e as práticas teóricas-
-metodológicas. Como explica Saviani:
a pedagogia se desenvolveu em íntima relação 
com a prática educativa, constituindo-se como 
a teoria ou ciência dessa prática sendo, em de-
terminados contextos, identificada com o pró-
prio modo intencional de realizar a educação 
(SAVIANI, 2007, p. 100).
Com uma visão mais construtivista, Libâneo (2001) remete à 
ideia de que a pedagogia não está somente ligada ao professor, ao 
aluno ou ao saber, mas à junção desses três elementos. O objeto de 
estudo principal é a relação entre aluno e professor por meio de 
suas experiências e seus conhecimentos compartilhados. Para o au-
tor a pedagogia é: 
o campo do conhecimento que se ocupa do es-
tudo sistemático da educação, do ato educa-
tivo, da prática educativa como componente 
integrante da atividade humana, como fato da 
vida social, inerente ao conjunto dos processos 
sociais. Pedagogia diz respeito a uma reflexão 
sistemática sobre o fenômeno educativo, sobre 
as práticas educativas, para poder ser uma ins-
tância orientadora do trabalho educativo. [...] A 
educação está ligada a processos de comunica-
ção e interação pelos quais os membros de uma 
sociedade assimilam saberes, habilidades, téc-
nicas, atitudes, valores existentes no meio cul-
turalmente organizado e, com isso, ganham o 
patamar necessário para produzir outros sabe-
res, técnicas, valores etc. (LIBÂNEO, 2001, p. 5).
16
Para John Dewey (1899), a pedagogia é uma “reconstrução 
contínua” que engloba a experiência passiva das crianças e seus 
questionamentos e concepções. Podemos, então, afirmar que a pe-
dagogia está relacionada às experiências no âmbito educacional. Ela 
pode englobar tanto o plano de ação, quanto a realização de projetos 
e outras facetas e características ligadas à educação.
Segundo a autora Ana A. Hein, esses conhecimentos podem 
ser destacados.
A ciência pedagógica abarca diferentes conhe-
cimentos: condutas pedagógicas, conhecimen-
to das disciplinas (programas e competências), 
conhecimento de metodologia (organização do 
trabalho docente), conhecimento científico 
(ciências da educação, do conhecimento, so-
ciais etc.), conhecimento pedagógico e de ação 
para vinculação do conhecimento do aluno às 
condições do exercício de educar (HEIN, 2014, 
p.8-9)
Dessa forma, é possível concluir que o termo “pedagogia” 
trata de subdivisões de outros termos intrínsecos no que diz respei-
to à ciência pedagógica. Esses conhecimentos não estão somente em 
sala de aula, mas no cotidiano, no relato das experiências vividas e 
na cultura de cada um, ou seja, no individualismo e naquilo que nos 
une como seres humanos.
Figura 2 – Transmissão de conhecimentos.Fonte: Pixabay.
REFLITA
17
Um ponto muito importante a ser definido nessa concepção 
é a individualidade histórica. Não podemos aprender as definições 
sem que possamos também compreender nossa história, os acon-
tecimentos e todos os fatores que desencadearam para que chegás-
semos nos atuais.
Com tudo o que vimos estudante, podemos perceber que o conceito 
de pedagogia é complexo. Agora, como futuro pedagogo (a), você já 
pode refletir o que é a Pedagogia e seu papel.
A natureza e a especificidade da educação: 
educação e educações
Existem muitos fatores que diferenciam o homem dos ani-
mais, um deles é o conhecimento. O ato de pensar é um fenômeno 
próprio da raça humana, pois o homem necessita produzir sua exis-
tência todos os dias, ao contrário dos animais, que se adaptam fa-
cilmente em seu ambiente e têm a sua existência garantida. Assim, o 
homem precisa utilizar de diversos recursos para que sua existência 
esteja intacta.
Nesse pressuposto, a educação se faz necessária ao homem 
como afirmação do processo de trabalho, sendo que ela mesma é 
um processo de trabalho. Além disso, existe a subsistência material, 
pois os seres humanos precisam dos bens materiais. Obviamente a 
educação não se enquadra em bens materiais, mas favorece para 
que o homem os consiga por meio do trabalho e do estudo. 
Quando falamos a palavra “educação” não nos referimos 
somente ao ato de educar, passar conhecimentos ou instruir, mas 
a uma visão muito mais ampla. Como já vimos, a educação possui 
multifacetas que não podem ser desconsideradas. Lembre-se que, 
para sobreviver, o homem precisou utilizar diversos recursos e, 
muito deles, complexos – que só foram possíveis a partir da apren-
dizagem e da educação. 
18
Segundo Saviani (2008), a educação tem a ver com “ideias, 
conhecimentos, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes e 
habilidades”, que são elementos exteriores ao homem. Em outras 
palavras, ele aprende esses elementos por meio da educação e, por 
essa razão, não se trata somente de um fenômeno próprio do ho-
mem, mas também único, capaz de transformar valores e ideias. 
Nesse sentido, a função da educação é transmitir os conhecimen-
tos historicamente acumulados e sistematizados, com o objetivo de 
formar o ser humano.
Além disso, Saviani (1984, p. 04) sugere em suas reflexões: 
“consequentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, di-
reta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humani-
dade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos 
homens”. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à 
identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados 
pelos indivíduos da espécie humana para que eles se formem hu-
manos e, do outro lado e simultaneamente, à descoberta das formas 
mais adequadas para atingir esse objetivo. 
[...] a compreensão da natureza da educação 
enquanto um trabalho não-material cujo pro-
duto não se separa do ato de produção nos per-
mite situar a especificidade da educação como 
referida aos conhecimentos, ideias, conceitos, 
valores, atitudes, hábitos, símbolos sob o as-
pecto de elementos necessários à formação da 
humanidade em cada indivíduo singular, na 
forma de uma segunda natureza, que se pro-
duz, deliberada e intencionalmente, através de 
relações pedagógicas historicamente determi-
nadas que se travam entre os homens (SAVIA-
NI, 1984, p. 26).
A partir dessa teoria, se abriram novas perspectivas e concei-
tos quanto aos diferentes tipos de educação e suas especificidades 
por meio das seguintes ciências: 
 ◼ ciências da educação – voltada à diversidade e estudos pe-
dagógicos;
 ◼ ciências da natureza – preocupada com os fenômenos na-
turais;
REFLITA
IMPORTANTE
19
 ◼ ciências humanas – voltada aos fenômenos culturais.
Dessa forma, podemos compreender que não existe um único tipo 
de educação, mas diversas “educações”, seja em seu sentido amplo 
ou restrito.
As ciências da educação
Inicialmente, as ciências da educação são compostas pela 
psicologia e pela sociologia. Na fundamentação de Durkheim, a so-
ciologia vem ao encontro da substituição da filosofia com a ideia de 
propor alguns fins para a educação. Já a psicologia surge para fa-
vorecer os meios e os instrumentos mais adequados na prática da 
didática.
Para Herbart, ciência e pedagogia estão intrinsecamente ligadas e 
esse pressuposto está enraizado em nosso sistema até hoje, ou seja, 
educação e pedagogia não podem estar separadas pois fazem parte 
de um mesmo caminho. É o que podemos observar nas reflexões de 
Ana Hein: 
o estudo das ideias pedagógicas não é ape-
nas uma iniciação da filosofia antiga ou con-
temporânea, menos ainda ao resumo do que 
foi dito pelos filósofos sobre a educação. Mais 
importante do que dar a possibilidade de ter 
conhecimento teórico sobre a educação, esse 
20
estudo forma nos educadores uma postura que 
deve passar por toda a prática pedagógica. Essa 
postura deve induzir o educador a refletir radi-
calmente diante dos problemas educacionais, 
levando-os a tratar desses problemas de ma-
neira séria e atenta (HEIN, 2014, p.05).
Para nós educadores, ter o conhecimento também da filoso-
fia, sociologia e história auxilia na prática educativa e torna as ideias 
mais concisas dentre o cenário atual. São elementos básicos e que 
podem nos oferecer recursos também na prática em sala de aula. A 
teoria e prática devem sempre estar em acordo, uma faz parte da 
outra. 
Por isso, não devemos nos ater somente à prática sem que te-
nhamos uma fundamentação teórica e, por outro lado, não existe 
teoria sem que exista também a sua prática. Uma complementa a 
outra. Prática e teoria devem estar sempre juntas em uma mesma 
sincronia.
Para isso, é preciso fazer um exercício básico: 
ter acesso às fontes do pensamento pedagó-
gico. Quando recorremos às fontes básicas do 
pensamento pedagógico, não estamos reali-
zando um ato abstrato ou abstraído da reali-
dade. [...] Estudar a teoria educacional é aceitar 
um convite para a ação individual e coletiva. 
Por isso mesmo, nenhuma questão pode ser 
banalizada. Pelo contrário, todos os aspectos 
da realidade precisam ser constantemente ela-
borados, trabalhados e submetidos à reflexão. 
Além da leitura sempre importante, o ques-
tionamento, a pergunta, o diálogo, o debate e 
a discussão organizada são as bases para o há-
bito de pensar (HEIN, 2014, p. 6).
Embora a pedagogia seja uma ciência, essencialmente práti-
ca, precisamos entender que toda prática é embasa em uma teoria, 
então, precisamos ter uma boa base teórica para que a nossa prática 
pedagógica seja efetiva e intencional.
21
Pedagogia x ciências da educação
Durante muitos anos, a pedagogia foi definida como um ato 
de vocação. Nessa ideia, surgiu também a ligação entre pedagogia e 
maternidade porque ela estava relacionada ao ato de cuidar de um 
filho, ou seja, a pedagogia seria para aquelas pessoas que tinham 
tais habilidades por ser semelhante a criar e a educar um filho. Por 
esse motivo, essa ciência iniciou primeiramente por mulheres e até, 
atualmente, o número de mulheres que fazem o curso de pedagogia 
é muito superior ao número de homens.
Com o passar do tempo, a pedagogia passou a se relacionar e 
a exigir outras ciências para a sua prática e em sua teoria. Foi consi-
derado um termo amplo e que não pode apresentar apenas uma ou 
duas definições, pois a pedagogia abrange e tem influência direta ou 
indireta de outras ciências, sejam elas da área da educação ou não. É 
o que podemos verificar em: 
[...] como ciência humana complexa e multifa-
cetada, a educação forma-se a partir da con-
tribuição das ciências humanas, que estudam 
o desenvolvimento humano sob diferentes 
óticas. A pedagogia é uma ciência que tem seu 
campo de atuação, metodologia, teorias etc. 
(HEIN, 2014, p. 38).
Portanto, pela pedagogia ser uma área de diversos conhe-
cimentos, podemos dizer que os principais campos científicos que 
compõem a pedagogia são:
 ◼ Antropologia da Educação; 
 ◼ Sociologia daEducação; 
 ◼ Psicologia da Educação; 
 ◼ Filosofia da Educação.
22
A antropologia
Compreendemos como antropologia, a ciência que estuda 
o homem e a humanidade no seu sentido mais amplo, ou seja, 
em todas as suas dimensões. É o conhecimento sobre si e sobre o 
ambiente em que se vive. Para os antropólogos, o que diferencia o 
homem dos animais é que o homem tem ciência da sua finitude, ou 
seja, ele sabe que irá morrer um dia. Nossa condição é marcada por 
características filosóficas como a transcendência, a impermanência 
e a finitude.
Figura 3 – Evolução do homem.
Fonte: Clker-Free-Vector-Images/Pixabay.
Quando o ser humano pensa que um dia morrerá, a ideia de 
“vida eterna” acaba sendo a única alternativa e, nessa constância e 
crença, o ser humano segue a sua vida. No ponto de vista científico, 
essa ideia faz com que o homem tenha diversas ilusões porque ele 
busca algo que está muito além dele e que não pode ser compro-
vado.
Além disso, outra característica antropológica é a ideia de 
que os seres humanos são tão dependentes da natureza quanto os 
animais, a diferença está como ambos agem nesse processo. Apesar 
de o homem influenciar fortemente na natureza, ele ainda a pode 
dominar, ou seja, o homem é capaz de modificá-la para atender as 
suas necessidades. Outra característica que diferencia o ser humano 
dos animais é o desenvolvimento cognitivo que faz com que o ho-
mem consiga pensar.
Podemos concluir que a ciência da Antropologia estuda o 
homem sob dois aspectos, o biológico e o social. No aspecto bio-
23
lógico, procura-se entender como o homem evolui e se adapta ao 
meio. No aspecto social, estuda-se o homem inserido em sociedade.
A Sociologia
Quando pensamos no homem antropológico ligado inteira-
mente à questão da sua sobrevivência, passamos também a com-
preender esse homem em um meio social. Além da busca de suas 
necessidades básicas, como alimentação e abrigo, o ser humano 
descobre que ele deve interagir com as outras pessoas para que 
também possa conquistar outras necessidades.
A interação com o social se faz mais do que necessária e é 
nesse meio que ele também acaba transformando os seus conceitos 
e as suas atitudes. O ser social passa a ser encarado como alguém 
que pode atuar com diversos papéis ao longo da sua existência para 
alcançar os seus objetivos.
A sociologia mostra um homem totalmente enraizado com o 
seu meio e que também dependente dele. No coletivo, ele é capaz 
de fazer a mudança e a diferença para a sua sobrevivência, o ho-
mem é um ser inteiramente e integralmente social.
O meio em que vivemos nos influencia, nos questiona, nos 
transforma e nos define como seres humanos que somos, únicos e 
ao mesmo tempo iguais a todos de nossa raça. Precisamos uns dos 
outros para que a nossa sobrevivência não seja fortemente afetada, 
ou seja, não existem outras maneiras de interação entre as raças 
sem que haja um contato social. O homem não é uma ilha, ele pre-
cisa interagir, compreender e se fazer compreendido. 
A capacidade humana de criar vínculos e esta-
belecer relações em vários níveis com a reali-
dade, tanto no que se refere à natureza quan-
to ao outro, é a condição da racionalidade. É 
importante observarmos que, do indivíduo ao 
ator social e deste à pessoa, cada ser humano 
vivencia experiências, consigo e com os ou-
tros, que se caracterizam como um contínuo 
processo de aprendizagem (HEIN, 2014, p. 40).
DEFINIÇÃO
24
A partir disso, podemos compreender os processos de so-
cialização. 
Denominamos de socialização, o processo responsável pela inte-
gração de todos os indivíduos em um grupo e no convívio social 
que passarão a estabelecer com os demais indivíduos que inte-
gram esse grupo. 
O ser humano precisa da interação com o outro. Existe a ne-
cessidade da relação e do convívio social para que o homem aprenda 
e compreenda o mundo em que ele vive.
A Psicologia
A psicologia da educação começou a ser pensada no fim do 
século XIX e início do século XX, se fundamentando a partir de três 
conceitos:
 ◼ o indivíduo que não consegue aprender;
 ◼ o indivíduo que não tem disciplina;
 ◼ o indivíduo que é um ser único.
Nessa perspectiva, existe uma reflexão isolada de cada um, 
o homem passou a ser visto como único e, a partir de então, mui-
tas pesquisas foram realizadas. Existia a intenção de medir a inteli-
gência das pessoas para poder classificá-las como seres capazes de 
aprender.
Pesquisadores, como Alfred Binet (1857-1911) e outros no-
meados da época, fundamentaram um indivíduo que tinha capaci-
dade para o aprendizado e cada um era classificado dentro de uma 
“escala da inteligência”, ou seja, alguns aprendiam e outros não. 
25
A ideia de “higienização da mente” partiu dessa época, em que se 
acreditava que as pessoas deviam passar por higienes mentais para 
que pudessem ter uma vida mais objetivada. Nesse sentido, a edu-
cação seria apenas para as pessoas que seriam capazes de aprender 
e não para indivíduos com dificuldades ou indisciplinados.
Ao longo dos anos, a psicologia passou a ser vista como algo 
que pudesse avaliar os alunos e auxiliá-los em suas dificuldades. 
Muitos psicólogos trabalhavam nas escolas e atribuíam diagnósti-
cos e tratamentos para crianças com problemas na aprendizagem. 
As crianças eram submetidas a testes e exames, porém os proble-
mas relacionados à família não eram considerados. 
Figura 4 - O atendimento psicológico também deve ocorrer no espaço escolar.
Fonte: Wikimedia Commons.
Em sua totalidade, acreditava- se que as famílias pobres não 
podiam subsidiar os estudos dos seus filhos de uma forma ade-
quada, dessa maneira as crianças não tinham melhores oportuni-
dades e os pais não eram desprovidos das mínimas condições. A fa-
mília e o aluno eram totalmente responsáveis pelo fracasso escolar.
A psicologia da educação começou a ser bastante questiona-
IMPORTANTE
26
da, os problemas do fracasso escolar poderiam estar também em 
outros lugares e as dificuldades de aprendizado passaram a ser vis-
tas de uma maneira mais constante. 
Nesse sentido, não existe um indivíduo que simplesmente não 
aprende ou que é totalmente desajustado no ambiente educacional. 
O que existe é uma gama de possibilidades acerca dos problemas, ou 
seja, o fracasso escolar passou a ser repensado e compreendido na 
sua complexidade. Não existe apenas um único fator, mas diversos 
que podem desencadear os problemas que as crianças enfrentam, 
até mesmo, atualmente. 
Alguns fenômenos educacionais foram analisados no sen-
tido das relações entre si, como:
 ◼ relações entre escola e família;
 ◼ relações entre coordenadores e professores; 
 ◼ relações entre alunos e professores;
 ◼ relações entre professores e professores; 
 ◼ relações entre alunos e alunos;
 ◼ relações entre pais e alunos;
 ◼ relações entre pais e professores.
Perceba que cada relação é um questionamento. Não pode-
mos fazer qualquer tipo de avaliação sem analisar a importância 
dessas relações. Nesse aspecto, a escola é compreendida como par-
te integrante do ambiente social em que os alunos estão inseridos.
Portanto, a psicologia da educação tem uma visão muito mais 
ampla da realidade e visa estabelecer a importância de integrar as 
relações dentro e fora de aula. É o que podemos notar nas refle-
xões de Hein:
DEFINIÇÃO
27
a psicologia da educação não perde a vista dos 
fenômenos educacionais localizado na sala de 
aula. Aliás, é nesse espaço que podemos veri-
ficar uma das grandes contribuições da psi-
cologia da educação, ao oferecer subsídios ao 
professor em seu trabalho pedagógico com os 
alunos, ao investigar aprendizagem e desen-
volvimento e ao ampliar nosso conhecimento 
acerca dos problemas na aprendizagem es-
colar, mas sofrem um recorte mais amplo, 
abrangendo questões sociais e relacionadas às 
interações presentes na vida do aluno (HEIN, 
2014, p. 48).
A Filosofia
Para que possamos compreender a dimensão da filosofia, 
primeiramente, precisamos entender a questão da epistemologia. 
Entende-sepor epistemologia, a teoria do conhecimento, ou seja, 
a origem de tudo, a parte central em que apoiamos os conceitos, os 
métodos e as teorias.
A filosofia teve seu início nos pensamentos de Sócrates, de 
Platão e de Aristóteles. O homem começou a ser considerado um 
indivíduo que podia refletir e que existia por meio dos seus pensa-
mentos. Para o filósofo alemão Kant, alguns questionamentos filosó-
ficos devem ser repensados, que são:
1. “o que posso saber?” (teoria do conhecimento);
2. “o que devo fazer?” (teoria do agir ético);
3. “o que devo esperar?” (filosofia da religião);
REFLITA
SAIBA MAIS
28
4. “o que é o homem?” (antropologia filosófica);
5. “o que devo ser?” (ontologia filosófica).
Os ensinamentos de alguns filósofos, principalmente Platão e 
Aristóteles, marcaram a nossa cultura e as concepções que temos até 
hoje. O homem nunca mais foi visto de uma maneira superficial, 
muito pelo contrário, ele passou a ser visto com um indivíduo com-
pleto, sempre na busca do desenvolvimento.
A filosofia da educação passou, então, a ser estudada e todos os 
seus questionamentos não somente a respeito do comportamento, 
mas também acerca dos conceitos que permeiam a existência hu-
mana. Existir não é somente pensar, mas agir, indagar, modificar e in-
teragir. 
Mas o que a filosofia tem a ver com a educação? Porque ela 
baseia sua prática no questionamento do sentido da educação, nas 
práticas desenvolvidas no processo de ensino e aprendizagem, 
análise e busca de soluções para problemas educacionais, além de 
embasar o repensar da prática educacional dos professores.
Se você quiser se aprofundar um pouco mais na filosofia da educa-
ção, leia o texto A busca do sentido da formação humana: tarefa da 
Filosofia da Educação de Antônio Joaquim Severino. Esse é um dos 
melhores texto sobre a função da filosofia na educação! Tenho cer-
teza de que você irá gostar!
Acabamos de estudar os principais campos que compõem a pedago-
gia. Na sua opinião, qual é a importância de cada um deles na prática 
pedagógica? Pense e reflita!
29
Pedagogia e Andragogia
Para finalizar, vamos entender sobre algo que muitos teóricos 
estudam e discutem a respeito dos conceitos de pedagogia e de an-
dragogia. Em alguns estudos, pode-se encontrar até rivalidade entre 
as duas ciências, porém, iremos tratar esses conceitos como especia-
lidades que podem se complementar e favorecer um melhor desen-
volvimento de educação.
Veja o quadro a seguir que traz algumas definições sob as 
perspectivas dos dois campos:
Quadro 1 – Pedagogia e Andragogia.
CONCEITOS PEDAGOGIA ANDRAGOGIA
Aprendiz
O papel do aluno é, por defini-
ção, dependente. A sociedade 
espera que o professor assuma 
toda a responsabilidade e deter-
mine o que, como e quando será 
aprendido, além de verificar se 
foi aprendido.
É um aspecto do processo de maturação 
de uma pessoa, de mudar a aparência 
para a autodireção, mas em diferentes 
etapas que variam para cada indivíduo 
em diferentes dimensões da vida. 
Os professores têm a responsabilidade 
de incentivar e nutrir esse movimento. 
Os adultos têm uma profunda neces-
sidade psicológica de, normalmente, 
serem dependentes em situações parti-
culares ou temporárias.
Papel das 
experiências 
dos alunos
A experiência aprendida traz 
pouco valor para a situação de 
aprendizagem.
Pode ser usada como um ponto 
de partida, mas a experiência 
que os alunos receberão, na 
maior parte das vezes, é do 
professor, da escrita, dos livros 
didáticos, do audiovisual e de 
outras referências. 
Consequentemente, a técnica 
primária de educação é a de 
transmissão, de leitura atribuí-
da e de exposição do conteúdo.
À medida que as pessoas crescem e de-
senvolvem, acumulam um reservatório 
de experiências que se torna um recurso 
cada vez mais rico para a aprendizagem, 
tanto para eles como para os outros. 
Além disso, as pessoas dão mais signifi-
cado para os aprendizados quando eles 
geram experiências, do que aqueles que 
os recebem passivamente.
Adequadamente, as técnicas primárias 
são experienciais (experimentos labo-
ratoriais, discussões, estudos de casos, 
resolução de problemas, exercícios de 
simulações, experiências de campo etc.).
30
Prontidão para 
aprender
As pessoas estão prontas para 
aprender o que a sociedade, 
especialmente a escola, diz que 
deveriam ensinar, fornecem 
pressões sobre elas (como o 
medo do fracasso) para serem 
ótimos ou suficientes.
A maioria das crianças da mes-
ma idade estão prontas para 
aprender as mesmas coisas. 
Portanto, a aprendizagem deve 
ser organizada de forma padro-
nizada, por currículos, com uma 
progressão uniforme (passo a 
passo) para todos os alunos.
As pessoas se tornam prontas para 
aprender algo quando elas experimen-
tam uma necessidade de aprendizagem 
a fim de lidar, satisfatoriamente, com a 
vida real, tarefas ou problemas. 
O educador tem a responsabilidade de 
criar condições, procedimentos e forne-
cer as ferramentas para ajudar os alunos 
a descobrirem a “necessidade do saber”. 
Os programas de aprendizagem devem 
ser organizados em torno da aplicação 
na vida, categorizados e sequenciados de 
acordo com o aprendizado.
Orientação para 
aprendizagem
Os alunos enxergam a educação 
como um processo de aquisição 
de um assunto ou conteúdo, a 
maioria dos quais eles enten-
dem ser úteis apenas em um 
momento posterior da vida.
Consequentemente, o currículo 
deve ser organizado em unida-
des (cursos) que sigam a lógica 
do assunto (ex: história antiga 
para moderna, matemática 
ou ciências simples à comple-
xa). As pessoas estão sujeitas 
à orientação centrada para a 
aprendizagem.
Os alunos enxergam a educação como 
um processo de desenvolvimento que 
aumenta as suas competências para 
atingir o seu pleno potencial de vida. 
Assim, eles querem ser capazes de apli-
car qualquer conhecimento e habilidade 
que eles ganham atualmente, para viver 
mais eficazmente amanhã. 
Consequentemente, as experiências de 
aprendizagem devem ser organizadas 
em torno das categorias de desenvol-
vimento de competências. As pessoas 
são centradas no desempenho durante a 
orientação da aprendizagem.
Fonte: elaborado pela autora.
Compreendemos que cada uma dessas ciências é voltada para 
um público em específico. Uma das principais diferenças é que, en-
quanto a pedagogia se destina para um público mais jovem, ou seja, 
crianças e adolescentes, a andragogia está direcionada para a edu-
cação de jovens e adultos.
Os métodos da pedagogia tradicional não são muito eficazes 
para o aprendizado de jovens e adultos, ou seja, não são dire-
cionados para tal. Temos que entender que a metodologia de quem 
ensina para jovens e adultos é diferente da metodologia de quem 
ensina para crianças e adolescentes. Na pedagogia, cabe ao edu-
cador direcionar o aprendizado de como as crianças vão aprender. 
Os alunos não têm muita autonomia e acabam aceitando tudo o que 
lhes é passado em sala de aula como verdade. Não há questiona-
SINTETIZANDO
31
mentos. Já os adultos são coautores do processo de sua aprendiza-
gem, eles não aceitam tudo como verdade e questionam.
Figura 5 – Andragogia.
Fonte: gettyimages.
No Brasil, ainda não existe uma regulamentação para essa 
profissão e não existe um curso superior específico para essa área.
Parabéns, aluno! Você concluiu esta etapa de estudos!
Aprendemos ao longo dessa unidade que a pedagogia está inter-
ligada com outras ciências que tem como objeto de estudo a edu-
cação. Assim, vimos que o conceito de educação é complexo e exige 
um estudo amplo e aprofundado, por isso, estamos estudando os 
fundamentos da Educação. 
Nesse sentido, conhecemos as ciências da educação que podem au-
xiliar a compreender o vasto campo do conhecimento que é a pe-
dagogia. Entre elas, podemos citar a filosofia, antropologia, socio-
logia e psicologia. Assim, vimos que cada uma dessas ciências tem 
a sua especificidade de estudo que contribui para os aspectos edu-
32
cacionais como as relações sociais ligadas à educação, osprocessos 
de aprendizagem, os métodos de ensino, as teorias da educação e a 
formação integral do ser humano.
Além disso, aprendemos sobre a natureza e a especificidade da 
educação, entendendo que esta é responsável pela transmissão do 
conhecimento historicamente acumulado e sistematizado. A partir 
dessa educação é que se dá a formação dos sujeitos sociais.
Por fim, discutimos sobre a relação que existe entre pedagogia 
e andragogia. Esta última, é uma ciência que tem como foco de 
estudo a educação de adultos, entendida aqui, não apenas como 
alfabetização, mas como os processos educativos que envolvem to-
dos os tipos de ensino para adultos.
Assim, espero que você tenha conseguido compreender os concei-
tos, concepções e a relações que existem entre as ciências sociais e 
a educação. Esse entendimento servirá de base para a sua prática 
pedagógica.
Até à próxima!
UN
ID
AD
E
2
Objetivos
1. Identificar os principais teóricos que influenciaram as teorias 
da Educação.
2. Conhecer as principais ideias que fundamentam as teorias e as 
práticas pedagógicas.
3. Apresentar as principais correntes pedagógicas do Brasil.
4. Entender a relação existente entre educação e cultura.
34
Introdução 
Olá, estudante! Seja bem-vindo(a) de volta!
A partir de agora, vamos começar nossa jornada de estudos. 
Para começar, vamos conhecer o legado de vários teóricos 
que influenciaram diretamente a educação, especialmente, no que 
diz respeito aos conceitos e métodos educativos. Assim, vamos revi-
sitar alguns pensadores e suas principais ideias e contribuições para 
a Educação. 
Nesse sentido, você perceberá que essas ideias inspiraram 
o desenvolvimento de diversos métodos de ensino que usamos em 
sala de aula. Portanto, o passado e o presente se misturam e trazem 
à realidade a escola que você conhece. 
Além disso, você terá a oportunidade de conhecer as princi-
pais tendências pedagógicas que fazem parte do contexto educacio-
nal brasileiro. Isso será muito importante tanto para a escolha da 
sua prática pedagógica, como para a identificação da corrente peda-
gógica que determinada instituição educativa se apoia.
 Por fim, vamos entender a relação que existe entre cultura e 
educação. Você irá constatar que o ser humano é influenciado pela 
cultura na qual está inserido e que a educação é responsável por 
transmitir os elementos culturais mais importantes de uma geração 
para a outra. 
Espero que você se encante com o conteúdo que preparamos 
para você. Bons estudos!
35
Legado dos pensadores dos séculos XVIII, 
XIX e XX
Compreender a história, é também compreender o nosso 
presente e procurar encontrar algumas respostas para o nosso fu-
turo, ou seja, tudo está interligado, não há uma separação. Na his-
tória da educação, o processo não é diferente. Ao longo dos séculos, 
muitos pensadores tiveram contribuições significativas para que a 
educação pudesse ser mais analisada, compreendida e repensada, 
por meio desses novos olhares.
Poderíamos fazer um único capítulo acerca da biografia de 
todas as pessoas que nos ajudaram nesse caminho tão repleto de pe-
dregulhos e obstáculos, porém, este não é o nosso intuito. O objetivo 
é dar ênfase aos principais pensadores e pesquisadores dos séculos 
XVIII, XIX e XX, você pode observá-los no seguinte quadro:
Quadro 1 – Ordem cronológica dos pensadores.
ORDEM CRONOLÓGICA DOS PENSADORES
Século XVIII •	 Herbart;•	 Rousseau.
Século XIX
•	 Dewey;
•	 Montessori;
•	 Piaget;
•	 Vygotsky.
Século XX
•	 Skinner;
•	 Emília Ferreiro;
•	 Perrenoud;
•	 Gardner;
•	 Paulo Freire;
•	 Libâneo.
Fonte: Adaptado de Editorial Telesapiens.
36
Pensadores do século XVIII
Johann Friedrich Herbart (1776-1841)
Herbart foi percursor da psicologia experimental e visava a 
educação como uma ciência. Suas contribuições para a pedagogia 
foram métodos sistematizados, objetividade e análise, rigor e psi-
cometria. A ação pedagógica é direcionada em três procedimentos:
 ◼ o governo;
 ◼ a instrução;
 ◼ a disciplina.
Para o autor, os seres humanos nasciam desprovidos de 
qualquer conteúdo e esses conteúdos seriam adquiridos pela 
aprendizagem. Ele denominou os seres humanos como “tábulas ra-
sas”.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
A sua principal obra foi o Do Contrato social na qual defendia 
que o ser humano nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Sobre 
a educação escreveu Emílio ou Da Educação. Essa obra foi revolucio-
nária para a época e foi base para as teorias de outros pensadores 
dos séculos XIX e XX.
Assim, ele acreditava que o homem nasce naturalmente bom, 
mas a sociedade o corrompe. Para evitar essa corrupção, o proces-
so educativo deveria desenvolver os instintos naturais da criança. 
A educação negativa (essa defendida por ele), deveria substituir a 
educação tradicional (educação positiva) que, em nome da civiliza-
ção e do progresso, obriga os homens a desenvolverem na criança 
a formação apenas do intelecto, desconsiderando a necessidade da 
educação física, do caráter moral e da natureza própria de cada in-
divíduo. 
37
Pensadores do século XIX
John Dewey (1859-1952)
Dewey foi um filósofo, educador americano e um dos princi-
pais representantes da corrente pragmatista da filosofia. Ele fun-
damentou a teoria e metodologia para uma educação progressiva e 
inspirou o movimento da Escola Nova no Brasil, liderado por Aní-
sio Teixeira.
Além disso, ficou conhecido por reforçar que a educação é 
feita pela ação a partir da experiência e por criticar a educação 
tradicional, o intelectualismo e a memorização, tendo influências 
behavioristas e materialistas, nas quais fundamentou as suas pes-
quisas na filosofia pragmática. Na sua definição, a escola deveria ser 
a própria vida e não somente uma preparação para ela.
O princípio intrínseco no seu pensamento é de que os alunos 
aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos en-
sinados e diz respeito à máxima popular: “é fazendo que se apren-
de”. As atividades manuais e criativas ganharam destaque nas salas 
de aula e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e 
pensar por si mesmas.
Figura 1 – Experiência na sala de aula.
Fonte: Gettyimages.
38
Maria Montessori (1870-1952)
Montessori foi a primeira mulher na Itália a se formar em 
medicina, mais tarde se formou também em pedagogia e dedicou-
-se a trabalhar com crianças excepcionais em um hospital psi-
quiátrico. Além disso, criou o sistema Montessoriano que se apoia 
no trinômio:
 ◼ atividade;
 ◼ individualidade;
 ◼ liberdade.
A partir de jogos e da autonomia, deu ênfase ao desenvolvi-
mento na aprendizagem. Para Montessori, a criança tem liberdade 
para lidar com objetos preestabelecidos, pois a coordenação motora 
desenvolve o movimento. Existem jogos montessorianos ainda usa-
dos atualmente, como o material dourado e o alfabeto móvel.
Você sabe como o alfabeto móvel pode ajudar na alfabetização? O 
ensino do alfabeto, além de dar às crianças o conhecimento das 
letras do nosso alfabeto, ajudará os alunos a estabelecer a relação 
entre letra (símbolo gráfico) e fonemas (som das letras). A criança 
aprenderá os sons das letras individuais ou de suas composições fo-
néticas, associando-os às grafias das letras.
Existem algumas atividades que você pode realizar utilizando o al-
fabeto móvel, como:
CURIOSIDADE
DICA
IMPORTANTE
39
 ◼ incentivar a criança a escrever o próprio nome;
 ◼ trabalhar o pareamento das letras com imagens, estas pre-
cisam ser simples e estarem relacionadas com o cotidiano da 
criança;
 ◼ relacionar as letras e a formação das palavras com brinque-
dos, jogos, comidas e desenhos animados da sua preferência, 
utilizando formas de vínculos simples entre os símbolos da 
linguagem e seus objetos preferidos.
Jean Piaget (1896-1980)
Piaget foi o principal representante na psicologia da apren-
dizagem e estudou o pensamento da infância até à adolescência. 
Para Piaget, a criança é um ser dinâmico que interage com a reali-
dade. Por isso, ele criou os termos de acomodação e deassimilação e 
fundamentou sua teoria na Epistemologia Genética, a qual se refere 
às fases do desenvolvimento cognitivo, dividindo-as em quatro es-
tágios:
 ◼ sensório (0 a 2 anos de idade);
 ◼ pré-operacional (2 a 7 anos de idade);
 ◼ operacional concreto (8 a 12 anos de idade);
 ◼ operacional formal (a partir dos 12 anos).
Vale ressaltar que foi Piaget que deu base para o desenvolvimento da 
metodologia de ensino construtivista, que considera que a criança 
passa por estágios para adquirir e construir o conhecimento. 
40
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934)
Vygotsky fundamentou a sua teoria no papel da linguagem 
e do processo histórico no desenvolvimento do ser humano. Para 
ele, o sujeito é um ser ativo e interativo, ou seja, o desenvolvimento 
das suas capacidades cognitivas é dado por meio das relações so-
ciais. A partir das trocas de conhecimento, por meio das relações 
sociais, é que acontece o processo de ensino aprendizagem.
Para ele existem dois níveis de desenvolvimento, o real e o 
potencial. O primeiro, determina o que a criança já é capaz de fazer 
sozinha. Já o segundo refere-se à capacidade de aprender com outra 
pessoa ou aquilo que a criança é capaz de fazer com a ajuda de al-
guém mais experiente. Além disso, apresentou o conceito de Zona 
de Desenvolvimento Proximal, isto é, distância entre aquilo que a 
criança faz sozinha e o que ela é capaz de fazer com a intervenção 
de um adulto (distância entre o nível de desenvolvimento real e o 
potencial). 
O professor tem um papel fundamental na teoria vygotskya-
na, pois, como mediador da aprendizagem, ele é o elo entre o aluno e 
o conhecimento disponível em uma dada realidade. Assim, o desen-
volvimento cognitivo é produzido pelas interações sociais e pelos 
subsídios fornecidos pela cultura.
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990)
Skinner teve sua prática baseada em teorias behavioristas. 
O princípio do behaviorismo é a mudança do comportamento ma-
nifesto, ou seja, as mudanças do comportamento são respostas aos 
estímulos que acontecem no meio social. Dessa forma, o indivíduo 
estará condicionado a reagir. 
Assim, ele denomina um Estímulo-Respostas (S-R), no qual 
o indivíduo é sempre reforçado ou compensado. Esse reforço ou 
compensação, é a peça- chave da teoria de Skinner, pois é ele que 
fortalecerá a respostas desejada. Pode ser um elogio, uma nota ou 
um sentimento de satisfação.
VOCÊ SABIA?
41
Emilia Beatriz Maria Ferreiro Schavi (1936)
Emilia Ferreiro foi aluna de Jean Piaget e, juntamente 
com Ana Teberosky, escreveu o livro Psicogênese da Língua Escrita, o 
qual fez sérias críticas referente ao uso da cartilha, método preco-
nizado por Comenius. Aponta que a construção do conhecimento 
da língua escrita deve ser individual e pela interação com o meio. A 
criança, então, passa por processos e etapas até o domínio completo 
do código linguístico.
De acordo com Ferreiro e Teberosky (1986), todas as crianças 
passam por quatro fases no processo de alfabetização.
 ◼ Pré-silábica – a criança começa a perceber que a escrita re-
presenta aquilo que é falado, mas sua escrita se dá com ra-
biscos e desenhos, ela ainda não consegue associar sons com 
letras.
 ◼ Silábica – a criança passa a entender que existe uma corres-
pondência entre as letras e o que é falado. 
 ◼ Silábica alfabética – a criança passa a entender que as sílabas 
possuem mais de uma letra.
 ◼ Alfabética – a criança já consegue reproduzir todos os fone-
mas de uma palavra. 
Em 1980, seus ensinamentos tiveram forte influência no Brasil e au-
xiliou nos conceitos dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
Howard Gardner (1943)
Também com fortes influências de Piaget, em 1983 criou, 
juntamente com a sua equipe, a Teoria das Inteligências Múltiplas. 
42
Com ela, concluiu que existem sete níveis de inteligência, que são:
 ◼ lógico-matemática;
 ◼ linguística;
 ◼ espacial;
 ◼ físico-cinestésica;
 ◼ interpessoal;
 ◼ intrapessoal;
 ◼ musical.
Anos depois, acrescentou mais duas categorias às teorias das 
inteligências:
 ◼ natural;
 ◼ existencial.
Já as teorias interpessoal e intrapessoal foram agrupadas, 
pois as inteligências combinam em diferentes maneiras, em cada 
um. 
José Carlos Libâneo (1945)
Foi o criador do termo “pedagogia crítico-social dos con-
teúdos” e, atualmente, desenvolve algumas pesquisas da teoria 
histórico e cultural. As suas teses estão ligadas à educação, forma-
ção de professores, didática e ensino-aprendizagem.
Paulo Freire (1921-1997)
Paulo Freire foi um dos educadores mais importantes do 
Brasil. Seus fundamentos teóricos são baseados na relação entre 
educação e política. Para ele a educação tinha a função de formar in-
tegralmente os indivíduos, dando-lhes condições para transformar 
a sua própria realidade. 
43
Para esse educador o processo educativo ajuda a desvelar as 
ideologias presentes em todo sistema de governo. O professor tem 
o papel de ajudar o aluno a descobrir o conhecimento a partir da sua 
realidade. A relação do professor-aluno é baseada na mútua apren-
dizagem, não existe um detentor absoluto do conhecimento. Nes-
se sentido, o processo de ensino-aprendizagem ocorre por meio da 
troca de conhecimento e não a partir da transmissão de conteúdos.
As suas principais ideologias foram: a pedagogia do domi-
nante e a pedagogia do oprimido. Para Freire, o sujeito da edu-
cação é o educador. Além disso, teve a sua atuação na educação de 
jovens e adultos, na qual privilegiava o trabalho em grupos e de-
senvolveu uma metodologia para a educação desses grupos etários.
Philippe Perrenoud (1944)
Foi o criador dos temas: competências e habilidades, além 
de ter estudado a evasão escolar e as desigualdades sociais, se dedi-
cando às práticas pedagógicas em Genebra. 
A proposta de Perrenoud é que as crianças sejam avaliadas de 
três em três anos, ao invés de ano a ano. Para ele, a criança tem tem-
po suficiente para gerar as habilidades. 
Suas ideologias serviram como base para os Parâmetros Cur-
riculares Nacionais (PCN), para o Programa de Formação de Pro-
fessores Alfabetizadores (PROFA) e para a Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC).
44
Concepções e tendências pedagógicas no 
Brasil
As tendências pedagógicas foram fortemente influenciadas 
por movimentos culturais e políticos ao longo de vários anos. Es-
sas tendências levaram às práticas mais utilizadas em todo o nosso 
país.
Segundo Libâneo (1995) e Saviani (2008), algumas tendên-
cias evidenciam uma mudança significativa no cenário educacional 
brasileiro e são divididas em dois pensamentos pedagógicos: ten-
dências liberais e tendências progressistas. É o que podemos ve-
rificar no seguinte mapa mental: 
Figura 2 – Tendências pedagógicas.
Fonte: Editorial Telesapiens.
45
É imprescindível que os docentes possam se apropriar dessas 
tendências, pois elas poderão melhorar as suas práticas pedagógi-
cas. Por essa razão, faremos uma síntese das principais tendên-
cias.
Tendências liberais
Sustenta o ideal que o aluno deve estar preparado para 
atuar na sociedade de acordo com as suas habilidades e aptidões. 
O indivíduo deve aprender a viver em harmonia com a sociedade, 
porém, mantendo sua cultura individual.
Tendência tradicional
Essa tendência foi a primeira a ser refletida no Brasil. O 
professor é a figura central e o aluno é o receptor passivo das in-
formações. As atividades são feitas por exercícios de memorização.
Tendência tecnicista
Fundamentada por Skinner, nessa teoria de cunho behavio-
rista, o aluno é passivo na produção do conhecimento e esse conhe-
cimento acaba sendo acumulado na mente por meio de associações. 
A formação é voltada para o mercado de trabalho.
Tendência renovadora progressista
Esta foi a segunda tendência a aparecer no Brasil depois da 
tradicional, a qual centraliza o aluno, pois ele deve ser ativo e curio-
so no processo de ensino aprendizagem. O professor é apenas um 
facilitador enquanto o aluno “aprende fazendo”.
Tendência não diretiva (Escola Nova)
Esse método écentrado no aluno e foi trazido por Anísio Tei-
46
xeira para o Brasil. O papel da escola é de formação social, psicoló-
gica e pedagógica, além de formar comportamentos. Está inteira-
mente ligada às percepções e suas possíveis modificações.
Tendências progressistas
Parte do pressuposto de uma análise crítica às realidades 
sociais e não está centrada na ideia do capitalismo. Essa tendência é 
subdividida em três partes, que veremos agora.
Figura 3 – Compartilhando na sala de aula.
Fonte: Freepik.
Tendência libertadora
Também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, que 
luta pela pedagogia do oprimido. Existe uma preocupação de liber-
tar o indivíduo de uma manifestação crítica, por isso, está centrali-
zada na discussão de temas sociais e políticos. O docente participa 
ativamente das atividades.
47
Tendência libertária
Tem como principal objetivo a transformação do sujeito na 
sua totalidade. Tem ênfase na livre expressão, no contexto cultural 
e na educação estética.
Tendência crítico-social (histórico-crítica)
Apareceu no Brasil no final dos anos 1970 e enfoca que de-
vem existir conteúdos históricos por meio de processos de sociali-
zação. O professor é mediador no processo de desenvolvimento e os 
conhecimentos são construídos pela experiência subjetiva e pessoal.
Perspectivas atuais da Educação
Agora, daremos início a uma discussão e reflexão sobre a 
educação e a sala de aula contemporânea. O conceito de educação 
sofreu diversas modificações ao longo dos anos devido a diversos 
fatores que discorreremos ao longo deste tópico.
Te convidamos a fazer uma reflexão dos impactos dessas 
mudanças dentro da sala de aula, além de uma comparação entre 
a sala de aula dos tempos antigos e a atual. Você acredita que exista 
alguma diferença?
Nessa trajetória, discutiremos os principais momentos his-
tóricos e pessoas que influenciaram diretamente essas mudanças. 
Sabemos que o assunto é bastante extenso, porém a intenção é 
fazer com que você possa compreender as principais etapas desse 
processo e a importância desse tema para a sua formação profis-
sional como docente.
A educação nos dias de hoje
Existe uma grande preocupação quando se trata do termo 
“educação” em nosso país. O tema é extenso, complexo e multifa-
cetado. Porém, quando falamos em educação nos referimos a um 
processo completo, como um todo.
REFLITA
48
Quando você pensa em educação, o que vem em mente? Você 
acredita, como futuro professor, que a educação pode ser melhorada 
em nosso país? Como podemos modificar as perspectivas educacio-
nais nos dias de hoje? Há, de fato, muitas indagações que ainda pai-
ram sem nenhuma resposta por sua complexidade.
As duas últimas décadas do século XX foram marcadas por 
muitas mudanças tanto na esfera socioeconômica e política quan-
to na cultura, tecnologia e ciência. Assim, a globalização nos trouxe 
uma comunicação comum para todas as pessoas de uma maneira 
muito rápida, quase que instantânea. Muitos movimentos sociais 
ocasionaram modificações no cenário mundial. Quem não lembra, 
por exemplo, da queda do muro de Berlim?
Atualmente, as pessoas estão tão ligadas à tecnologia que 
muitas já não conseguem simplesmente fazer uma única ação sem 
usá-la. O celular e as redes sociais passaram a ser parte integrante 
na vida cotidiana das pessoas e quando elas não podem utilizar 
esses recursos tecnológicos é como se fossem desmembradas, fi-
cando evidente que nos tornamos dependentes dessa tecnologia.
Um questionamento importante é: como essa tecnologia pode in-
fluenciar no sistema educacional? Quais serão as perspectivas da 
educação visando os avanços da tecnologia? Pense e compartilhe 
suas ideias.
Além destas últimas questões, ainda existe uma grande preo-
cupação de educadores diante desta demanda avassaladora das tec-
nologias, pois não podemos viver sem ela e ao mesmo tempo não 
podemos permitir que ela interfira tão exclusivamente em nosso 
cotidiano. Consequentemente, criam-se algumas estratégias edu-
cacionais a fim de diminuir a sensação de medo diante do futuro.
EXEMPLO
49
Educação x Cultura
As diferentes manifestações culturais podem influenciar o 
meio educacional e por ser um assunto muito complexo, faremos 
uma síntese de como a cultura está enraizada na educação e como a 
educação passa a ser vista sob um aspecto cultural.
A interação entre a educação e a cultura no ambiente escolar 
está intrínseco em todos os aspectos porque não podemos falar de 
educação sem falar de cultura, assim como também não é possível 
compreender a cultura fora da educação. 
Nesse sentido, a escola acaba incorporando algumas práti-
cas culturais de acordo com o seu meio, ou seja, onde ela está in-
serida. Até mesmo em seu planejamento pedagógico, a cultura está 
presente nos calendários escolares. Algumas datas comemorativas, 
como Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, São João, Natal etc., são 
exemplos vivos dessa manifestação cultural.
Podemos dizer que existem interferências de ambos os sentidos. 
Tanto a cultura interfere na escola, como a escola na cultura. Por 
exemplo: infelizmente em muitas famílias ainda existe o costume 
de fumar cigarros. A criança que está inserida nesse meio, acaba 
achando que essa prática é algo natural, porque todos da sua fa-
mília têm a mesma prática. Na escola, essa mesma criança aprende 
que o cigarro é muito prejudicial à saúde e acaba condenando o seu 
uso. Percebeu como a escola influenciou na cultura dela?
Ao mesmo tempo, podemos dizer que a cultura também influencia 
a escola, como por exemplo, a manifestação cultural do halloween. 
Hoje em dia, muitas escolas já praticam essa festa de uma maneira 
muito costumeira, porém muitas crianças não participam por ques-
tões religiosas.
50
Vamos recordar um pouco a respeito dos conceitos de 
educação?
Lembre-se que a educação tem sua premissa no aperfeiçoa-
mento humano, ou seja, o intuito é que nos tornemos melhores, 
mais preparados e mais desenvolvidos. A escola implica em auto-
nomia, que se possa ter criatividade e capacidade crítica e que, além 
disso, pela transformação, se possa também modificar o meio em 
que vive.
É o que podemos analisar na reflexão de Durkheim (1978, 
p. 41):
Educação é uma ação exercida pelas gerações 
adultas sobre as gerações que não se encon-
tram ainda preparadas para a vida social e tem 
por objetivo suscitar e desenvolver na criança 
certo número de estados físicos, intelectuais 
e morais reclamados pela sociedade política, 
no seu conjunto e pelo meio especial a que a 
criança particularmente se destina.
Portanto, a educação é vista como algo que é muito positi-
vo, que transforma e modela ao mesmo tempo. Muitos estudiosos 
defendem a prática reflexiva no ambiente escolar no sentido de 
inovar, de transformar e de saber lidar com problemas. O pedagogo 
Perrenoud em sua obra Dez novas competências para ensinar defende 
essa prática e comenta que a experiência favorece a construção de 
saberes. 
[…] a implicação crítica porque as socieda-
des precisam que os professores se envolvam 
no debate político sobre a educação, na escala 
dos estabelecimentos escolares, das regiões do 
país. Esse debate não se refere apenas aos de-
safios corporativos ou sindicais, mas também 
às finalidades e aos programas escolares, à de-
mocratização da cultura, à gestão do sistema 
educacional, ao lugar dos usuários etc. (PER-
RENOUD; 2000, p. 15).
DEFINIÇÃO
51
A prática reflexiva faz com que os alunos possam interagir 
uns com os outros e propõe transformações no modo de como 
nossos alunos enxergam as suas realidades. Nesse caso, a cultura é 
uma forte aliada nesse processo de transformação, porque é apren-
dendo a lidar com as diferenças que o ser humano aprende de uma 
forma muito mais prática e desafiadora.
Sobre a cultura: o que podemos dizer a respeito dela?
Podemos dizer que a cultura é o conjunto de símbolos elaborados 
por um povo ou sociedade em determinado tempo e lugar da his-
tória. Para sustentar a sua própria existência, o serhumano desen-
volve condutas sociais, a fim de atender as necessidades do grupo 
e poder estabelecer relações entre si e com a natureza. Esse movi-
mento produz a cultura.
Você já parou para pensar como nosso país é rico em cultura? 
Cada região está repleta de costumes, de modos de agir e falar, de 
comidas e danças típicas etc. Ela é o que nos forma e nos transfor-
ma. Nenhuma cultura é limitadora, muito pelo contrário, pela sua 
complexidade, podemos dizer que ela está sempre em processo de 
expansão e de modificação. A cultura une o homem na sua totali-
dade e faz com que ele interaja com a sociedade e com a natureza.
52
Figura 4 – Diversidade cultural: frevo, capoeira, cultura indígena e acarajé baiano.
Fonte: (1) Gettyimages; (2) (3) (4) Wikimedia Commons.
Muitos teóricos contemporâneos têm se dedicado aos estu-
dos da influência cultural no que se refere aos comportamentos. O 
teórico Hessen (1980, p. 47) afirma acerca da cultura:
de fato, toda Cultura é a realização de valores. 
É este o seu sentido e a sua essência. Se a con-
templarmos no processo histórico de evolução, 
ela aparecer-nos-á nada menos que como um 
grandioso e ininterrupto esforço para realizar 
valores. É um enorme conjunto de atividades 
que, em última análise, se propõem todas o 
mesmo fim: realizar os valores. Por outro lado, 
se a contemplarmos como fato já produzido 
pelo esforço dessas atividades, sendo neste 
caso a cultura um mundo de realidade, o resul-
tado será o mesmo: ela será ainda o conjunto 
desses mesmos valores já realizados.
SINTETIZANDO
53
A cultura e a educação estão inteiramente ligadas, uma vez 
que o mundo cultural é um sistema de significados já estabelecidos 
por uma geração mais velha e que precisam ser ensinados para a 
geração mais jovem. Dessa maneira, a educação é responsável pela 
transmissão dos conhecimentos de uma geração para outra, per-
mitindo a assimilação dos modelos de comportamentos valoriza-
dos. Ela é fundamental para a socialização e humanização do ser 
humano.
Parabéns, aluno(a)! Você concluiu esta etapa de estudos!
Ao longo deste conteúdo, você passou pela história das teorias da 
educação, estudamos importantes pensadores que contribuíram 
diretamente para que fossem estabelecidas as bases teóricas e me-
todológicas para a educação ocidental. Nesse sentido, vimos que 
cada um desses filósofos, psicólogos, sociólogos e pedagogos e suas 
teorias formaram a base do pensamento pedagógico brasileiro, in-
clusive influenciaram os fundamentos das nossas políticas públicas. 
Além disso, estudamos sobre as duas principais tendências da edu-
cação, a liberal e a progressista, que se desdobram em tendências 
menores, subsidiando as práticas pedagógicas.
Por fim, discutimos os desafios atuais da educação no Brasil e vimos 
que ainda temos muito a melhorar, disputas a superar e lutas para 
combater em favor de uma educação de qualidade. No último tópico, 
abordarmos a relação entre a cultura e educação.
Assim, espero que você tenha aproveitado esse conteúdo e conse-
guido ter uma base teórica proveitosa para a sua formação!
54
UN
ID
AD
E
3
Objetivos
1. Entender o que significa ser pedagogo(a) na atualidade e qual 
a sua função dentro e fora do ambiente escolar. 
2. Elucidar as possíveis áreas de atuação do(a) pedagogo(a). 
3. Refletir sobre os princípios e práticas da inclusão e da diversi-
dade no contexto da educação. 
4. Atentar para o comportamento e atitudes éticas requeridas 
nos ambientes educativos. 
56
Introdução
Olá, estudante! Seja bem-vindo(a) de volta!
A partir de agora, vamos começar nossa jornada de estudos.
Tenho certeza de que você irá se interessar muito por esta 
etapa, pois vamos abordar a concepção de pedagogo(a), da sua for-
mação e as suas áreas de atuação. Você já se perguntou o que signi-
fica ser pedagogo(a) na atualidade ou quais são as áreas de atuação 
desse(a) profissional? Desde já, posso adiantar uma informação 
importante: ele pode trabalhar em diversos lugares além da escola. 
Então, vamos juntos para explorar esse ofício!
Nesse sentido, para entendermos o papel do(a) pedagogo(a) 
na atualidade, vamos compreender como este profissional é funda-
mental para a formação do ser humano, não apenas em um contexto 
escolar formal, mas em outras áreas que, antigamente, era impen-
sável o exercício desta profissão. 
Além disso, outro assunto que permeia a educação e, conse-
quentemente, o(a) pedagogo(a) é a inclusão. Essa é uma discussão 
relativamente atual e que precisa fazer parte da sua formação. O que 
é inclusão? Por que esse tema precisa ser debatido? Qual é o sig-
nificado de diversidade? Ainda precisamos falar sobre respeito ao 
diferente? São essas perguntas que tentaremos responder e discutir 
também nesta unidade.
Por fim, estudaremos um assunto muito importante, mas 
pouco debatido na formação do profissional da educação, que é a 
ética do professor e dos alunos. Quando nos referimos à ética, ine-
vitavelmente, falamos sobre os valores que fundamentam o nos-
so comportamento. Assim, vamos refletir e discutir quais atitudes 
devem ser exercidas na relação professor-aluno para que haja um 
ambiente respeitoso e acolhedor.
Você está animado para essa troca de conhecimentos? Então, 
vamos lá!
REFLITA
57
Formação e atuação do pedagogo
Antes de iniciarmos este tópico, gostaria que você fizesse uma autor-
reflexão acerca dessa concepção, ou seja, o que você espera quando se 
formar? Quais são os seus objetivos e por que escolheu ser pedagogo 
diante de tantas profissões que existem? Faça essa reflexão e pro-
cure compreender quais os fatores que lhe estimularam a se tornar 
um pedagogo.
Nesse sentido, somos uma peça essencial no processo de en-
tender o papel de atuação do pedagogo. Somos nós que contribuí-
mos para o funcionamento da engrenagem, cabendo a nós a função, 
além de guia, de tentar manter o desenvolvimento contínuo do es-
tudante e da sociedade em geral. 
Infelizmente, não existem escolas, métodos, professores ou 
alunos que são completamente desenvolvidos, o que leva a esse 
desenvolvimento é a intenção e a prática. Que bom que não exis-
tem indivíduos e espaços assim, pois é na adversidade que também 
aprendemos. Compreender que não existe a perfeição é entender 
que todos têm os seus limites e que cada um aprende da sua ma-
neira. Além disso, trabalhar com a diversidade pode ser algo muito 
prazeroso, afinal ela existe e anda de mãos dadas com o cotidiano 
do pedagogo.
Dessa forma, o pedagogo é o intermediário entre escola e alu-
no. É ele que está no “meio” dos dois e é também responsável pela 
aplicação das metodologias nas escolas. O pedagogo é aquele que 
conduz o trabalho pedagógico. Sobre essa função, existem alguns 
questionamentos que não podemos descartar:
 ◼ que tipo de professor encontramos?;
 ◼ o que o torna um pedagogo?;
58
 ◼ qual é o seu papel do pedagogo na educação?;
 ◼ quais são os objetivos do pedagogo?.
Essas posições devem ser amplamente questionadas todos os 
dias e fazem parte da formação do pedagogo. Devemos saber o que 
fazemos, o que nos torna pedagogo, qual é o nosso papel e quais são 
os nossos objetivos para que possamos, de fato, ser a diferença.
Quando nos referimos ao “domínio” no ambiente educacio-
nal, nos referimos aos ensinamentos de Benjamim Bloom, especi-
ficamente na sua obra Taxonomia de objetivos educacionais: domínio 
cognitivo. São os resultados dos valores dados às capacidades reais 
dos alunos, ou seja, o que eles sabem e o que não sabem. É que o po-
demos verificar com Bloom:
em geral, os alunos são capazes de realizar 
uma aprendizagem de nível elevado se o ensi-
no é adequado e se eles são auxiliados quan-
do e onde encontram dificuldades, se lhes dão 
tempo suficiente para alcançar o domínio e se 
existem critérios claros sobre o que é o domí-
nio (BLOOM, 1974, p. 135).
Bloom ainda enfatiza que os estudos só poderão tornar algo 
concreto por meio de uma organização e não somente por um mé-
todo. O domínio é de fato explicitado daseguinte forma:
[...] os alunos tornam-se bastante semelhan-
tes na capacidade de aprender, na velocidade 
de aprendizagem e na vontade de continuar as 
aprendizagens se são colocados em condições 
favoráveis de aprendizagem. Essas pesquisas 
lançam dúvidas sobre as ideias de boa ou má 
capacidade dos alunos. Acreditamos que essa 
teoria é capaz de mudar profundamente nossa 
concepção da natureza humana, de suas ca-
racterísticas e da capacidade para as aprendi-
zagens escolares (BLOOM, 1974, p. 237).
59
Figura 1 – O Pedagogo.
Fonte: AdobeStock.
A importância do pedagogo nas instituições 
educativas
O campo de atuação do pedagogo é muito vasto, sendo que 
ele é de fundamental importância em todas as instituições de cunho 
educativo, entretanto “há que se fazer a diferença para conseguir 
um lugar ao sol”, pois, muitas vezes, teremos que mostrar a neces-
sidade desse profissional dentro das instituições. 
[…] há uma diversidade de práticas educativas 
intencionais na sociedade a qual se configura 
como uma ação pedagógica escolar e extraes-
colar, assim, ele considera que: O pedagogo é 
o profissional que atua em várias instâncias da 
prática educativa, direta ou indiretamente li-
gadas à organização e aos processos de trans-
missão e assimilação ativa de saberes e modos 
de ação, tendo em vista objetivos de formação 
IMPORTANTE
60
humana definidos em sua contextualização 
histórica (LIBÂNEO, 1998, p. 127).
Assim, percebe-se que as práticas educativas não estão res-
tritas à escola, sendo evidente a tendência de pedagogização da 
sociedade porque, segundo Libâneo (1998), não é casual a menção 
cada vez mais frequente à sociedade do conhecimento. Porém, vale 
ressaltar que a ausência do pedagogo junto às instituições educati-
vas deixa uma lacuna, pois somente o pedagogo poderá coordenar 
os trabalhos pedagógicos de tais instituições.
Conforme pesquisas realizadas nos últimos anos, a profissio-
nalização docente não se pode confinar a uma “pedagogia do dom 
natural”, mas exige formação profissional (FREIRE, 2000).
Para tanto, salienta-se a necessidade de uma formação sólida 
que alia a teoria à práxis pedagógica, minimizando as lacunas na 
formação docente. Por isso, compete ao educador refazer a educa-
ção, reinventá-la, criar as condições objetivas para que uma educa-
ção democrática seja possível, criar uma alternativa pedagógica que 
favoreça o aparecimento de novas pessoas, solidárias e preocupadas 
com o novo projeto social e político (DEMO, 1995).
Dessa maneira, percebem-se grandes desafios relacionados 
à educação brasileira, como implementar a democracia, isto é, a in-
clusão na cidadania e busca pela qualidade da educação, problemas 
que perpassam vários séculos. Por isso, a relevância da atuação do 
pedagogo em diversos espaços da sociedade, não restringindo o seu 
campo de atuação somente à escola formal.
No Brasil, atualmente, vislumbra-se uma ampliação do conceito de 
educação, haja vista que ela não se restringe à ação de ensinar e ao 
processo de aprendizagem no interior de instituições escolares for-
mais, já que extrapola os muros da escola para os diversos espaços 
sociais.
61
Sendo assim, conclui-se que o campo de atuação do peda-
gogo é muito fértil, sua relevância é fundamental nos ambientes 
escolares e não escolares. Dessa forma, atuando como instrumen-
to mobilizador de competências e de habilidades na análise crítica 
das situações, aliando os princípios éticos, estéticos, políticos e de 
construção da identidade individual e coletiva, bem como mediador 
do processo educativo. 
O papel e as perspectivas profissionais do 
pedagogo
O pedagogo é um profissional muito capacitado e, por esse 
motivo, ele pode atuar em diversos ramos, pois sua graduação é di-
versificada, além da sua qualificação e múltiplas habilidades. Porém, 
nem sempre foram definidas as suas capacidades desta maneira. Ao 
longo dos anos, houve uma mudança no processo de formação do 
pedagogo, preparando-o para diversos setores até mesmo fora da 
escola. 
Essa formação leva o pedagogo a diversos espaços, visto que a 
educação está presente em todos os lugares e se molda a diferentes 
ocasiões. Engana-se quem pensa que o pedagogo pode ter as suas 
atribuições apenas no ambiente escolar, muito pelo contrário, o pa-
pel do pedagogo na atualidade vai muito além das escolas. É claro 
que é muito comum o pedagogo na sala de aula com suas crianças, 
porém nem sempre isso acontece. 
Pensar no pedagogo em diferentes ambientes pode até gerar 
uma estranheza, mas suas contribuições em outros locais são bas-
tante satisfatórias. Por isso, é importante lembrar que existe um le-
que de possibilidades de atuação para o pedagogo. Veja no esquema 
abaixo algumas dessas oportunidades:
62
Figura 2 – Locais de atuação do pedagogo.
Fonte: Elaborado pela autora.
Pedagogia empresarial
Foi somente no final da década de 1980 que começou a ser 
construída a ideia do pedagogo empresarial. Apesar da crise, a atua-
ção foi moldada até chegar ao seu perfil atual. Após alguns cortes do 
governo para apoio às empresas, muitos setores ficaram bastante 
defasados e as empresas acabavam por restringir o número dos pro-
fissionais. 
A Pedagogia e a Empresa fazem um casamen-
to perfeito. Ambas têm o mesmo objetivo em 
relação às pessoas, especialmente nos tempos 
atuais. Uma empresa sempre é a associação de 
63
pessoas, para explorar uma atividade com ob-
jetivo definido, liderada pelo empresário, pes-
soa empreendedora que dirige e lidera a ati-
vidade com o fim de atingir ideais e objetivos 
também definidos. A Pedagogia é a ciência que 
estuda e aplica doutrinas e princípios visando 
um programa de ação em relação à formação, 
aperfeiçoamento e estímulo de todas as facul-
dades da personalidade das pessoas, de acordo 
com ideais e objetivos definidos. A pedagogia 
também faz o estudo dos ideais e dos meios 
mais eficazes para realizá-los, de acordo com 
uma determinada concepção de vida (HOLTZ, 
2007, p.06). 
Assim, podemos constatar que, mesmo que a empresa não 
seja necessariamente um espaço de educação, ela tem ideais de su-
cesso e de ensino-aprendizagem. Por sua vez, a pedagogia se faz 
necessária, se pensarmos que ela pode servir como um direciona-
mento para as pessoas também no meio empresarial.
Segundo a resolução do Conselho Nacional de Educação 
(CNE), são direcionadas as seguintes atribuições ao pedagogo:
o 4º parágrafo único da As atividades docentes 
também compreendem participação na orga-
nização e gestão de sistemas e instituições en-
globando: 
Planejamento, execução, coordenação, acom-
panhamento e avaliação de tarefas próprias do 
setor da educação;
Planejamento, execução, coordenação, acom-
panhamento e avaliação de projetos e expe-
riências educativas não escolares;
Produção e difusão do conhecimento científico 
tecnológico do campo educacional, em contex-
tos escolares e não escolares (BRASIL, 2006). 
DICA
64
Se você tem interesse na área de pedagogia empresarial comece a 
pesquisar sobre o mercado. Procure o tipo de empresa que contra-
ta pedagogos, que habilidades são necessárias para as vagas, entre 
outras coisas. 
Pedagogia hospitalar
Podemos perceber que nessa resolução há uma ampliação na 
atuação do pedagogo também em outros ambientes, além do esco-
lar, como o ambiente empresarial. Porém, um dos maiores desafios 
para o pedagogo no ambiente empresarial é provar que possui atri-
butos suficientes para trabalhar em outros lugares. De acordo com 
Holtz, as responsabilidades do pedagogo são:
conhecer e encontrar soluções práticas para as 
questões que envolvem a otimização da produ-
tividade das pessoas humanas - o objetivo de 
todas as empresas.
conhecer e trabalhar na direção dos objetivos 
particulares e sociais da empresa onde traba-
lha. conduzir com atividades práticas, as pes-
soas que trabalham na empresa. – dirigentes e 
funcionários- na direção dos objetivos huma-
nos, bem como os definidos pela empresa. 
promover as condições e atividades práticasnecessárias – treinamentos, eventos, reu-
niões, festas, feiras, exposições, excursões etc, 
ao desenvolvimento integral das pessoas, in-
fluenciando-as positivamente (processo edu-
cativo), com o objetivo de otimizar a produti-
vidade pessoal.
65
aconselhar, de preferência por escrito, sobre 
as condutas mais eficazes das chefias para com 
os funcionários e destes para com as chefias, a 
fim de favorecer o desenvolvimento da produ-
tividade empresarial.
conduzir o relacionamento humano na em-
presa, através de ações pedagógicas, que ga-
rantam a manutenção do ambiente positivo 
e agradável, estimulador da produtividade 
(HOLTZ, 2007, p. 9).
A Pedagogia hospitalar surgiu em 1931, no Estado de São Pau-
lo, na Santa Casa da Misericórdia. Esse projeto teve o seu início com 
deficientes físicos, porém algumas pessoas afirmam que o primeiro 
atendimento em ambiente hospitalar foi no Rio de Janeiro, no Hos-
pital Municipal de Jesus.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
toda criança tem o direito de oportunidades de desenvolvimento, 
seja em qualquer ambiente em que estiver inserida. A lei não é dife-
rente para crianças que precisam ficar hospitalizadas, ou seja, elas 
têm o mesmo direito que as outras. Apesar de um tratamento ou do 
confinamento hospitalar, é possível que elas possam dar continui-
dade aos seus estudos em uma classe hospitalar. 
Desse modo, compreendemos que a classe hospitalar é um 
ambiente que possibilita o atendimento educacional de crianças e 
jovens internados que necessitam de educação especial e que este-
jam em tratamento hospitalar (BRASIL, 2002).
Nessa perspectiva, o MEC (BRASIL, 2002) atualizou e re-
forçou que o atendimento pedagógico-educacional que ocorre em 
ambientes de tratamento de saúde, seja na circunstância de inter-
nação, como é tradicionalmente conhecida, no atendimento em 
hospital-dia e hospital semana ou em serviços de atenção integral 
à saúde mental. 
O fato é que a atuação do pedagogo é muito necessária e está 
ganhando cada vez mais espaço, o que leva esses profissionais à ne-
cessidade de adaptarem as suas realidades e a busca incessante do 
conhecimento científico na área da educação. Assim, é notório que 
esses profissionais que estão inseridos em um ambiente hospitalar 
precisem sempre estar em busca do aperfeiçoamento para que pos-
66
sam contribuir da melhor forma nas intervenções educativas.
Além disso, o pedagogo hospitalar deve ter um bom preparo 
emocional, pois as crianças que estão hospitalizadas também po-
dem estar emocionalmente abaladas e isso pode ocasionar em al-
gum desequilíbrio no desenvolvimento intelectual de cada um.
Figura 3 – Pedagogia hospitalar.
Fonte: gettyimages.
Produção de materiais didáticos
Pedagogos que compõem equipes editoriais, com responsa-
bilidades na elaboração de materiais didáticos, necessitam de in-
formações técnicas mais importantes e atualizadas sobre edição, 
pensando de forma integrada com os demais profissionais. Assim, 
eles trazem o olhar pedagógico aos que estão atuando de forma pro-
fissional, agindo para facilitar e possibilitar a ação educativa e a di-
fusão de conhecimento em tais equipes.
O pedagogo também deverá ser preparado para produzir li-
vros físicos e eletrônicos, contribuindo em inúmeras etapas edito-
67
riais. É tarefa urgente preparar pedagogos para serem produtores 
ou editores de material didáticos para cursos presenciais, on-line 
e híbridos (mistos entre as duas modalidades). Cabe ao pedagogo 
entender e ser capaz de produzir, seguindo as etapas de produção, 
distribuição e recepção do material didático.
Elaboração e produção de brinquedos e games 
educacionais
Os pedagogos são profissionais que necessitam carregar en-
tendimentos teóricos e práticos sobre a cultura lúdica infantil. Estes 
saberes articulados com as práticas capacitarão este profissional 
para contribuir na escola e em outros espaços de sua atuação como 
indústrias de brinquedos e espaços educacionais produtores de ga-
mes educacionais, em tempos de ampliação dos usos de gamifica-
ções na educação.
Os pedagogos podem ajudar a elaborar projetos de brinque-
dos industriais e de games educacionais que lembram o universo 
doméstico – ainda majoritariamente remetido às meninas – e uni-
versos dos diversos transportes e automóveis – mais destinados aos 
meninos – universos das vidas dos animais, de tempos longínquos, 
contos de fada e desenhos animados em geral.
Segundo Brougère (1995, p. 43), são associados à infância e 
a adolescência, por tradição cultural, representações “privilegiadas 
do masculino e do feminino. O universo do brinquedo feminino é 
neste aspecto muito interessante por tratar-se daquele considerado 
como tal pela sociedade, pelas crianças, pelos pais e pelos comer-
ciantes”.
68
Educação no contexto mercadológico
Estudamos nos tópicos anteriores que a educação está pre-
sente não só no ambiente escolar, mas em outros, como: empresa-
rial, hospitalar ou produção de material didático. 
Nesse sentido, a formação do pedagogo que trabalha nesses 
setores deve ser sempre continuada, talvez ainda mais que o peda-
gogo de sala de aula, pois para os profissionais que trabalham em 
outros ambientes, o desafio pode ser ainda maior.
Segundo algumas pesquisas, a área de atuação do pedagogo 
em ambiente escolar é maior do que a atuação em ambientes não 
escolares. É o que podemos verificar no gráfico a seguir:
Gráfico 1 – Atuação da educação.
Fonte: Adaptado de Montessoriano (Editorial Telesapiens).
Infelizmente, ainda existem alguns problemas para os pro-
fissionais que trabalham em outros ambientes, pois os trabalhos 
extraclasse ainda são restritos, gerando uma concorrência altíssi-
ma e discriminação em relação à sua eficiência profissional. Além 
disso, muitos destes profissionais não se sentem qualificados para 
atuarem fora da escola, talvez porque grande parte do currículo da 
graduação em pedagogia seja voltado para o trabalho em ambientes 
escolares. 
69
A concepção do pedagogo dentro dos ambientes 
educacionais
Sabemos que as áreas curriculares em que a pedagogia se in-
sere são muitas, assim, podemos classificar a sua formação como: 
social, histórica, filosófica, psicológica e prática. Todas estas áreas 
estão interligadas no processo de formação do pedagogo. Portanto, 
um bom profissional consegue atender essas áreas com habilidade 
e efetividade. A prática pedagógica é a oportunidade que esse pro-
fissional terá para gerar o seu aprimoramento a partir de todo o co-
nhecimento adquirido.
Voltemos agora para a Taxonomia de Bloom. Para Bloom 
(1974), perceba que o papel do pedagogo deve considerar a escola 
como um espaço multifacetado e heterogêneo. Portanto, faz parte 
da função do pedagogo olhar e avaliar as necessidades individuais 
de cada sujeito envolvido no processo de ensino aprendizagem. Veja 
o que diz o próprio autor:
nossa teoria implica que, em educação, po-
de-se virar à igualdade de resultados e não à 
igualdade de possibilidade; [...] a desigualdade 
de tratamento pode ser necessária em certas 
etapas do processo de aprendizagem. Se o que 
se quer é que as crianças obtenham resultados 
de aprendizagem idênticos, os professores – 
e os documentos por eles utilizados – devem 
permitir a cada um dominar a aprendizagem e 
eles não podem se limitar a “tratar cada aluno 
de maneira igual (BLOOM,1974, p. 243).
Deste modo, o campo da pedagogia é visto como um cam-
po de operações que valoriza o outro. Partindo desse pressuposto, 
compreendemos então que o ramo da pedagogia é extenso e as ha-
bilidades do pedagogo deverão ser analisadas e autoavaliadas em 
todo o tempo. A pedagogia se faz em muitos lugares e existe uma 
preocupação para que os profissionais possam interagir com toda a 
complexidade que envolvem os ambientes educacionais.
Assim, quando pensamos em melhorias para a educação, é 
IMPORTANTE
70
inevitável não pensar nos processos de inclusão necessários. No en-
tanto, este assunto ainda gera muitas polêmicas,o que não deve-
ria, porque quando incluímos alguém estamos dando à pessoa uma 
oportunidade de convivência com a sociedade para ter desenvolvi-
mento social e cognitivo, assim como todas as outras crianças.
Um dos fatores determinantes da inclusão é a preparação de 
mais profissionais dentro do ambiente educacional, porém, muitos 
docentes e escolas não se sentem preparados para enfrentar algu-
mas situações. Imagine que você precisa acolher um aluno de inclu-
são sem o mínimo de condições? Essa realidade acontece todos os 
dias em diversas salas de aula no nosso país.
Apesar de vivermos em uma sociedade que não preza pela efetiva 
inclusão, a escola não pode ser o lugar onde ela não acontece, pelo 
contrário, o ambiente escolar precisa estar preparado para acolher, 
apoiar e ensinar alunos e famílias que fazem parte dessa realidade. 
Como professores, temos a missão de amparar os alunos portadores 
de deficiências e necessidades especiais e a obrigação de nos pre-
parar para esses desafios que certamente encontraremos na sala de 
aula. Trabalhar com a diversidade não é uma escolha, é uma missão. 
Então, o que diremos à vista dessas coisas? Como é a educa-
ção na atualidade?
Podemos afirmar que muita coisa mudou, não somente pelos 
recursos tecnológicos, mas em relação a alguns valores morais que 
foram acrescentados no cotidiano escolar, especialmente, ligados a 
questões de gênero, raça, etnia, entre outros. 
Por isso, como educadores no Brasil, nosso desafio é ajudar 
a escola a se transformar em um espaço que promova valores cul-
turais e morais, construa e transmita conteúdos unificados e com-
preenda o valor da diversidade. O que você entende por diversidade?
DEFINIÇÃO
71
Para Abramowicz, Barbosa e Silverio (2006, p. 12): “Diversidade 
pode significar variedade, diferença e multiplicidade. A diferença é 
qualidade do que é diferente, que distingue uma coisa de outra, a 
falta de igualdade ou de semelhança”.
Quando falamos em diferenças, podemos compreender as-
pectos que envolvem processos étnicos, de gênero, geográfico, re-
ligioso, entre outros. A própria UNESCO se posiciona quanto à di-
versidade:
a cultura adquire formas diversas através do 
tempo e do espaço. Essa diversidade se ma-
nifesta na originalidade e na pluralidade de 
identidades que caracterizam os grupos e as 
sociedades que compõem a humanidade. Fonte 
de intercâmbio, de inovação e de criatividade, 
a diversidade cultural é para o gênero humano 
tão necessária como diversidade biológica para 
a natureza. Nesse sentido, constitui o patrimô-
nio comum da humanidade e deve ser conhe-
cida e consolidada em benefícios das gerações 
presentes e futuras (UNESCO, 2002, [n. p]).
Portanto, cabe à educação promover e fazer conhecido esse 
“patrimônio comum da humanidade” enquanto diversidade. Nesse 
processo, o professor será o mediador entre a diversidade presente 
na sociedade e a formação humana baseada no respeito.
DEFINIÇÃO
72
Figura 4 – Diversidade em foco.
Fonte: AdobeStock.
Educação x Ideologia: limites éticos
Antes de iniciarmos as nossas reflexões, faremos uma breve 
discussão acerca da definição de ética e o que ela implica no am-
biente escolar. 
Segundo o dicionário de filosofia, podemos definir como ética: 
em geral, ciência da conduta. Existem duas 
concepções fundamentais dessa ciência: 1. 
a que a considera como ciência do fim para o 
qual a conduta dos homens deve ser orienta-
da e dos meios para atingir tal fim, deduzin-
do tanto o fim quanto os meios da natureza do 
homem; 2. a que a considera como a ciência do 
móvel da conduta humana e procura determi-
nar tal móvel com vistas a dirigir ou disciplinar 
essa conduta (ABAGNANO, 1982, p. 380). 
73
Nesse sentido, compreendemos que ética diz respeito aos 
valores morais que regem o comportamento de uma determinada 
sociedade. Quando falamos de ética dentro do ambiente educacio-
nal, estamos nos referindo à formação moral de uma geração. Por 
isso, enquanto professores, esse assunto deve fazer parte da nossa 
formação.
Os princípios éticos na escola
Quando estabelecemos algumas regras sociais e de convivên-
cia, podemos dizer que estamos seguindo as normas estabelecidas 
pela sociedade, ou seja, as suas leis. A lei implica em uma condição 
de postura ética. Na educação, a ética nos chama para a mudança:
A ética abre o que tende a ser fechado e a se 
definir. Ela interpela o sujeito como processo 
inacabável de desimpedimento. Ela desprende 
um espaço para fora de qualquer espaço, um 
espaço desenclausurado. É a autonomia que se 
inscreve na temporalidade humana, implican-
do em dados psicológicos e socioculturais (IM-
BERT, 2002, p. 27-28).
Nesse sentido, vale a pena lembrar que nosso posicionamen-
to e comportamento ético e moral é um importante formador. Com 
isso, queremos dizer que mais do que ensinar o que é certo e errado, 
como professores, devemos viver o que ensinamos. O desafio é vi-
vermos aquilo que ensinamos. 
O compromisso ético
O compromisso ético no ambiente educacional é de respon-
sabilidade da escola e implica em exigências que vão muito além de 
uma simples definição. As normas e as regras devem ser respeitadas 
para que ocorra uma complementação entre o compromisso ético e 
a prática em si. Somente na prática e no comprometimento de todos 
os envolvidos dentro da escola, é que torna-se possível chegar a um 
SAIBA MAIS
74
consenso satisfatório, isto é, profissionais comprometidos com um 
bom desenvolvimento social e humano.
O conceito ético escolar deve ser um ambiente sistematiza-
do que proporciona uma hegemonia integral de comportamentos e 
crenças, que favoreçam a formação integral do ser humano.
Exemplos de atitudes éticas dos professores:
 ◼ ensinar aos alunos o que é ética e a sua importância nos diver-
sos níveis, como, por exemplo, ambiente de trabalho, família, 
escola, grupo de amigos etc.;
 ◼ elucidar aos alunos os métodos de ensino e as avaliações;
 ◼ ouvir e respeitar as opiniões dos alunos;
 ◼ buscar a qualidade no processo educacional;
 ◼ cumprir prazos na entrega de documentações, diários, avalia-
ções, notas etc.;
 ◼ não expor erros ou deficiências de alunos na frente de toda a 
classe, converse com o aluno em particular;
 ◼ ser justo na correção de provas e de trabalhos escolares;
 ◼ respeitar e ser educado no relacionamento com outros profes-
sores, alunos, pais de alunos e profissionais da escola;
 ◼ não fazer comentários em sala de aula acerca de comporta-
mentos ou de métodos de ensino de outros professores;
 ◼ seguir a proposta educacional da escola, assim como os seus 
métodos de avaliação;
 ◼ agir de forma proativa no que se refere à integração de alunos 
com deficiência física ou com transtorno psicológico.
REFLITA
75
Afinal, qual é o papel do pedagogo? Você saberia dizer quais são as 
habilidades que adquirimos como pedagogos? Qual é o significado 
dessa profissão para você? 
O indivíduo que pensa que o pedagogo é apenas aquele pro-
fessor que ministra aula para a Educação Infantil, Ensino Funda-
mental I e EJA, está equivocado. Esta profissão é tão complexa e am-
pla que poderíamos falar acerca desse assunto um semestre inteiro.
A pedagogia nos ensina que devemos ser comprometidos 
com a educação, com a escola, com as famílias dos nossos alunos 
e, especialmente, com os nossos educandos. Faz parte da profis-
são pedagogo e pedagoga, a doação no nosso coração. Embora, não 
estejamos limitados a um único espaço, precisamos entender que 
qualquer ambiente educativo sempre exigirá o melhor de nós. Por 
isso, nos preocupamos com a qualidade de ensino e a sua qualifi-
cação. 
Por isso, aprendemos nessa unidade sobre a importância da 
pedagogia em diversos setores da educação e as contribuições que 
elas podem dar a todos os segmentos da sociedade. O pedagogo é 
a pessoa que faz a intermediação entre o ensino sistematizado e a 
sociedade. Ele é o maior responsável para o direcionamento e o me-
lhor profissional para compreender e aplicar todos os aspectos que 
envolvemo processo de ensino-aprendizagem.
Dessa forma, faça uma reflexão a respeito de todo esse con-
teúdo estudado e pense quais os posicionamentos mais relevantes 
que você praticará na sua profissão. Compartilhe as suas ideias com 
seus colegas, não deixe de participar de todos os fóruns, seja proati-
vo, essa é uma boa atitude, de um bom professor.
Vivemos em mundo tecnológico onde as informações mudam 
a todo tempo, não permita que a tecnologia mine os seus conheci-
mentos, antes faça dela uma aliada para o seu desenvolvimento e 
dos seus alunos. 
SINTETIZANDO
76
Queremos salas de aulas repletas de cultura e conhecimentos. 
Crianças que se desenvolvam e cresçam dispostas a fazer a diferença 
também. Nosso ideal é formar pessoas com valores íntegros, inte-
lectuais e emocionalmente completas.
Sabemos que temos um longo e íngreme caminho para per-
correr e alcançarmos uma educação e um ambiente educativo de 
qualidade, mas precisamos ter esperança, sermos motivados e ja-
mais parar a busca por qualificação pessoal. Nosso principal desafio 
será encontrar soluções para os problemas da nossa realidade edu-
cacional. Muitos serão os seus questionamentos, faça da prática a 
sua aliada e tenha fé nas pessoas. Cada vida que você tocar, trans-
formar e dar esperança vale a pena!
Esperamos que um novo horizonte possa se abrir dentro de 
você neste curso e que a sua formação não signifique apenas um di-
ploma, mas que ela esteja no seu futuro promissor. Ser pedagogo 
é dedicar e acreditar que a vida pode ser mais fácil quando apren-
demos que o caminho do sucesso pode estar dentro de uma sala de 
aula. Não desista dos seus alunos! Seja forte, persistente e amoro-
so! Não se esqueça o que nosso querido Paulo Freire (1994) disse: 
“Educação é um ato de amor!”.
Parabéns, aluno(a)! Você concluiu esta etapa de estudos!
Nesta unidade, aprendemos sobre a profissão do pedagogo e suas 
possíveis áreas de atuação. Portanto, vimos que sua formação pos-
sibilita uma atuação versátil em espaços como empresas, hospitais, 
confecção de materiais e jogos didáticos e na escola. Assim, foi pos-
sível perceber que o pedagogo, atualmente, é um profissional que 
tem uma formação ampla, sendo preparado para o mercado de tra-
balho igualmente amplo.
Além disso, vimos que a pedagogia pode ser aplicada em diversos 
ambientes educacionais e que ela é importante mesmo fora da es-
cola. Nesses contextos, o pedagogo tem a função mediadora entre o 
77
conhecimento e a sociedade, pois ele é responsável por direcionar 
todo processo de ensino-aprendizagem.
Por fim, aprendemos que, como educadores, devemos ter um com-
portamento ético digno de ser copiado. O respeito ao educando e às 
suas individualidades e dificuldades deve ser priorizado. Os alunos 
e as alunas também devem ser ensinados a respeitar uns aos outros 
como ao seu professor no ambiente escolar e fora da escola.
Portnto, você conseguiu entender que esta profissão influencia e 
está presente na nossa cultura ajudando a transmitir valores, como 
o respeito à diversidade. Por meio da educação, compreendemos que 
a diversidade existe e que cabe ao pedagogo ser aquele que formará 
pessoas que aprenderão a viver em um ambiente diverso.
Assim, espero que você tenha aproveitado esse conteúdo. Até à pró-
xima! 
78
UN
ID
AD
E
4
Objetivos
1. Aprender sobre a relação existente entre sociedade, tecnolo-
gia e educação. 
2. Entender os conceitos dos paradigmas tecnológicos educacio-
nais da Era da Informação. 
3. Estudar as principais políticas públicas relativas à educação e 
suas contribuições para a estruturação do sistema educacio-
nal brasileiro. 
4. Colaborar para o entendimento dos programas de incentivo à 
educação no Brasil. 
80
Introdução
Olá, estudante! Seja bem-vindo(a) de volta!
A partir de agora, vamos começar nossa jornada de estudos.
Para começar, vamos discutir um tema super atual: a relação 
entre tecnologia e educação. Por estarmos vivendo em uma nova era 
de acesso à informação, a tecnologia está cada vez mais presente 
nos ambientes educacionais e, como educadores, somos constan-
temente desafiados a pensar e nos atualizar sobre esses novos pro-
cessos tecnológicos.
Além disso, vamos abordar outra questão interessante que é 
a forma e os métodos que podemos usar nos processos educativos 
tecnológicos. Você já imaginou utilizar uma lousa digital? Já pen-
sou em uma sala de aula em que não se usa mais cadernos, lápis ou 
livros impressos? Nesse sentido, temos observado diversas mudan-
ças de paradigmas metodológicos relacionados às tecnologias.
Em seguida, vamos estudar tema sobre as políticas educacio-
nais, você aprenderá como funciona o sistema educacional brasi-
leiro e como se estrutura a educação em termos de governança. É 
fundamental entender a quais instâncias precisamos prestar contas 
ou fazer cobranças referentes às questões educacionais.
Por fim, conheceremos temas voltados aos programas e fi-
nanciamentos da educação, como o neoliberalismo, banco mundial 
e programas de desenvolvimento da Educação do Brasil.
Então, gostou da programação? Espero que sim! Vamos cres-
cer e aprender uns com os outros!
81
A tecnologia, sociedade da informação e 
educação
O crescimento das tecnologias foi muito impactante para to-
das as áreas e, consequentemente, muitas habilidades que, até en-
tão, não eram praticadas, passaram a ser desenvolvidas nesse gi-
gantesco avanço. É o mundo conectado com ele mesmo, com uma 
rapidez de informação surpreendente. Todas as pessoas têm acesso 
à informação de forma muito rápida e pontual e sabemos que essa 
realidade é contemporânea.
Além disso, uma característica muito importante para esse 
“arrebatamento” tecnológico é a própria linguagem. Atualmente, 
existem diversas formas de expressão e de linguagem, como exem-
plo, podemos citar a da televisão, da informatização e da internet. 
Assim, criaram-se perspectivas, conceitos e valores completamen-
te diferentes das décadas passadas.
Perceba que, para pessoas mais velhas (imigrantes digitais), usar 
um computador é uma tarefa, por vezes, muito mais complicada 
que para as crianças (nativos digitais) que já nascem praticamente 
informatizadas. É incrível como elas manuseiam com domínio esta 
ferramenta tecnológica, é muito comum crianças muito pequenas 
brincarem com tablets ou até mesmo celulares por meio de jogos 
educativos ou softwares voltados ao desenvolvimento infantil. Tudo 
isso porque elas têm acesso a esse tipo de recurso e, dessa forma, a 
tecnologia faz parte do cotidiano. Chamamos de cultura digital, o 
acesso na idade tenra para uso das tecnologias.
No entanto, existe uma consequência importante relacionada 
à evolução das novas tecnologias que é a evolução da aprendizagem 
à distância, uma das maiores novidades deste milênio. O Ensino à 
Distância (EaD) e o ensino híbrido, modelo que mistura o ensino on-
EXEMPLO
82
-line com o presencial, estão cada vez mais em alta e a tendência é 
que continuem crescendo. Você mesmo, neste momento, está usu-
fruindo deste conceito de uma nova educação.
Infelizmente, ainda falta muito para que os sistemas educa-
cionais avancem, significativamente, no mesmo passo que a tecno-
logia. Ainda há muito o que fazer no que diz respeito à comunicação 
audiovisual e da informática, resultando na permanência de traba-
lho com recursos tradicionais. Vale ressaltar que os jovens estão em 
outra linguagem e, quando retardamos um conhecimento, podemos 
ter muitos problemas nesse sentido, até mesmo a falta de motivação 
no sistema educacional.
A sociedade e as novas tecnologias
Vivemos a era do conhecimento, a todo instante existem no-
vidades tecnológicas e, devido à globalização, o processo das teleco-
municações avança a cada segundo. Você pode notar esse processo 
quando percebe por meio do seu aparelho de celular que, geralmen-
te, em menos de um ano de lançamento, já apresenta uma versão 
mais atual. A tecnologia parece estar de mãos dadas com o tempo, 
isto é, ambos não param – é sempreum processo contínuo.
As novas tecnologias permitem acessar co-
nhecimentos transmitidos não apenas por pa-
lavras, mas também por imagens, sons, fotos, 
vídeos (hipermídia), etc. Nos últimos anos, 
a informação deixou de ser uma área ou es-
pecialidade para se transformar uma dimen-
são de tudo, transformando profundamente a 
forma como a sociedade se organiza. Pode-se 
dizer que está em andamento uma Revolução 
da Informação, como ocorreram no passado a 
Revolução Agrícola e Revolução Industrial. As 
tecnologias nos trouxeram demandas muito 
curiosas, pois o espaço educativo deixou de 
ser exclusivamente dentro do ambiente esco-
lar, o espaço domiciliar também se tornou um 
ambiente de conhecimentos quando tratamos 
dos alunos de EAD, pois o local de estudos é 
83
dentro da própria casa. Algumas organizações 
não governamentais, assim como sindicatos, 
associações, igrejas e etc., também aderiram 
às tecnologias na difusão de conhecimentos e 
da formação continuada (GADOTTI, 2013, p. 7).
Para Hebert MacLuhan: “o planeta tornou-se a nossa sala 
de aula e o nosso endereço”. É o que chamamos de ciberespaço, um 
local onde se está em todos os lugares, podemos até dizer que o ci-
berespaço é um “local onde se está em lugar nenhum”, porque não 
existe um endereço fixo, cada local de informação e de conhecimen-
to é o seu ciberespaço.
Nesse sentido, podemos afirmar que todo o conhecimento 
adquirido é considerado fundamental, ou seja, para que você tenha 
uma boa qualificação, é preciso que tenha o básico desse conheci-
mento. Podemos citar, por exemplo, o próprio uso dos computado-
res. Se o indivíduo não tiver conhecimentos básicos, torna-se difícil 
a candidatura em áreas que exigem uma certa autonomia desse re-
curso.
Portanto, o grande desafio da escola é adequar-se a esse co-
nhecimento no sentido de inovação às demandas das novas tecno-
logias e sua reestruturação curricular. Nessa perspectiva, o profes-
sor passa a ser o mediador desse conhecimento, pois o aluno passa a 
ser o sujeito principal da sua formação.
Figura 1 – Exemplo de sala de aula com diversos recursos tecnológicos.
Fonte: Wikimedia Commons.
84
Podemos exemplificar este processo, usando você, o(a) es-
tudante de EaD. Você é o principal sujeito nesse processo educati-
vo e constrói seus conhecimentos a partir do que faz, estuda e das 
suas pesquisas. O aluno de EaD tem que ser proativo, disciplinado 
e muito curioso, só assim dá-se por completo seu conhecimento.
Nesse sentido, quem é o professor nos dias de hoje? É claro que não 
podemos pensar em educação sem o docente. Atualmente, o pro-
fessor é aquele que vive no seu tempo, deve estar sempre fazendo 
suas reciclagens e adquirindo novos conhecimentos, pois ele não 
somente transforma a informação em conhecimento, como tam-
bém forma pessoas. Este é exatamente o nosso papel de docentes, 
transformar e formar pessoas.
A escola e a TIC
Definimos por Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), a 
informatização que mudou o mundo de tal maneira que passou a 
também dominar novas tecnologias. É o que podemos ver em Zanela 
(2007, p. 25): “É o conjunto de tecnologias microeletrônicas, infor-
máticas e de telecomunicações, que produz, processa, armazena e 
transmite dados em forma de imagens, vídeos ou áudios.”
Seu objetivo é facilitar a pesquisa e a troca rápida de infor-
mação, assim, podemos utilizar a TIC em empresas, escolas ou em 
trabalhos individuais, pois é uma ferramenta bastante útil no de-
REFLITA
DEFINIÇÃO
85
sempenho de diferentes atividades em nosso cotidiano. Podemos 
exemplificar como TIC: rádio; máquina fotográfica; telefone-celu-
lar; televisão; câmera de filmar; computador; GPS; correio eletrôni-
co (e-mail); internet; podcasts e tecnologias de acesso remoto (wi-
-fi, bluetooth, RFID e EPVC).
Essas tecnologias têm diferenciado a nossa visão do mundo e 
promovem uma revolução cultural, enquanto as ferramentas tecno-
lógicas modificam os hábitos das pessoas e, com isso, há alteração 
na forma com que as pessoas pensam, se relacionam e aprendem.
As ferramentas tecnológicas devem ser vistas sob a ótica de uma 
nova metodologia de ensino para dinamizar e inovar o processo 
educativo. Nesse sentido, não adianta o professor apenas aplicar os 
recursos tecnológicos de acordo com a metodologia tradicional. 
O que já foi utilizado para dar aulas?
 ◼ Século 18 – quadro e giz – possibilita o aumento do número 
de alunos e o surgimento do professor que conhecemos hoje. 
Desde 1980, dividem espaço com o quadro branco e o pincel 
atômico.
 ◼ 1887 – mimeógrafo – permite a impressão de pequenas ti-
ragens com papel carbono e álcool. Colabora, principalmente, 
com a preparação de provas, exercícios e lições de casa.
 ◼ 1900 – episcópio – em um tela, projeta em objetos ou super-
SAIBA MAIS
CURIOSIDADE
86
fícies opacas, como fotografias e páginas de livros. Para fun-
cionar corretamente, a sala deve estar completamente escura.
 ◼ 1950 – retroprojetor – com ele, o professor não precisa mais 
ficar de costas para a turma. Além disso, preparar as transpa-
rências é bem mais rápido do que escrever com o giz no qua-
dro.
 ◼ 1971 – computador – o seu primeiro uso em aulas, no Brasil, 
foi na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mas, ra-
pidamente, ele passa a contribuir também com o ensino para 
as crianças.
 ◼ 1984 – datashow – exibe a imagem do computador em uma 
tela ou na parede. Tem gerado o abandono dos demais recur-
sos de projeção que existiram antes dele.
 ◼ 1990 – internet – apesar de ter sido utilizada na Guerra Fria, 
ela chega às escolas apenas na década de 1990. A partir daí, 
revoluciona o acesso, de professores e alunos, à informação.
 ◼ 1991 – lousa digital – reproduz a imagem do computador em 
uma tela sensível ao toque, na qual também é possível escre-
ver. Com isso, deixa o antigo quadro com cara de passado.
 ◼ 2010 – tablet – nos Estados Unidos, existem mais de 20 mil 
aplicativos educativos. No Brasil, existe uma intensa distri-
buição para docentes e alunos do Ensino Médio, com usos va-
riados.
A problematização das tecnologias na sala de aula
É fato dizer que o uso das tecnologias é muito necessário den-
tro da sala de aula, porém, será que todas as ferramentas devem ser 
utilizadas? O que não podemos nos esquecer é que tanto crianças 
como jovens tendem a utilizar essas ferramentas como uma forma 
de entretenimento. 
87
Mais de 90% dos jovens utilizam as ferramentas para esse meio e, 
muitas vezes, esquecem ou até mesmo ficam relutantes para estu-
dar para uma prova, fazer uma atividade extraclasse ou um trabalho 
etc.
Se a gestão em sala de aula também não for satisfatória, de 
nada adianta usar por exemplo, um datashow para que a aula fique 
mais divertida ou dinâmica, muito pelo contrário, pode virar um 
caos.
As tecnologias devem ser usadas a favor da educação, por 
meio de um bom planejamento e seguindo as estratégias de ensino. 
Não é possível simplesmente utilizar um recurso tecnológico sem 
que exista a gestão em sala de aula, ou seja, o professor deve sa-
ber como administrá-lo para não se perder e prejudicar seu ensino. 
A tecnologia veio para ficar e não podemos renunciar a ela, deve-
mos nos adaptar, porém, nos atentando aos problemas que poderão 
acontecer.
Você saberia dizer, com suas palavras, qual é a importância 
da pedagogia em sua vida? Lembre-se dos seus professores e dos 
diferentes métodos que eles utilizavam para que as suas aulas fos-
sem mais eficazes. É claro que lembramos dos professores que mais 
nos marcaram por diversas características e não somente pelos 
meios que eles utilizaram para ensinar. Alguns podem ter lembran-
ças frustrantes, outros, doces e inesquecíveis.
Posso dizer que tive ambas as experiências. Recordo- me 
muito bem da minha professora do 3º ano, uma mulher muito rí-
gida. Seus ensinamentos eram baseados em castigos para os alunos 
que não conseguiam aprender. No meu caso, era a matemática. Até 
hoje, eu me recordo das atividades de fixação que ela passavade um 
dia para o outro e que eu ficava a noite toda acordada fazendo, por-
que era um número absurdo de exercícios. 
VOCÊ SABIA?
88
Desde então, nunca mais enxerguei a matemática como uma 
disciplina fácil e desafiadora. Por outro lado, nos anos seguintes tive 
uma professora que foi tão acolhedora e incentivadora, que conse-
gui vencer estas “dores educacionais”. No entanto, você deve estar 
se perguntando qual é a relação da minha história escolar com a im-
portância da pedagogia. Posso te dizer, tudo! 
A pedagogia é o caminho, o guia que nos leva ao desenvolvimento 
contínuo. Quando falamos em pedagogia não podemos esquecer a 
importância das técnicas e dos métodos que ela utiliza para ensinar 
os alunos. Lembre-se que não existem técnicas perfeitas e métodos 
que funcionam em sala de aula com a maior primazia. As salas de 
aulas são reais, com pessoas reais e cada um possui a sua indivi-
dualidade. O que eu posso aprender com a maior facilidade, alguém 
pode ter a máxima dificuldade. O professor não deve ser somente 
o direcionador nesse processo, ele é a chave mestra, é quem guia, 
aquele que potencializa o desenvolvimento.
Não podemos esquecer que, quando se trata de prática, tam-
bém nos referimos aos meios que utilizamos para alcançar determi-
nados objetivos. Dessa forma, vamos iniciar agora uma seção muito 
importante para o nosso entendimento sobre educação no Brasil. 
Falaremos sobre as políticas desenvolvidas no país para melhorar a 
qualidade e a oferta da Educação. Adiante!
IMPORTANTE
89
Políticas públicas
O termo se refere ao conjunto de medidas e procedimentos 
que demandam a orientação política da nação e regulamentam as 
atividades governamentais relacionadas ao interesse público, ou 
seja, todas as intenções, traduzidas em ações, são consideradas po-
líticas públicas. Para ampliarmos esse conceito, recorremos às re-
flexões de Terra que explica:
De acordo com esse conceito, as políticas pú-
blicas, são ações governamentais com a missão 
de atender a certas demandas da sociedade, 
tendo como objetivo satisfazer determina-
dos interesses econômicos, políticos, sociais e 
culturais. Os responsáveis legais por elaborar 
e aplicar as políticas públicas são aqueles que 
detêm o poder público; no entanto, esses po-
dem aceitar propostas de movimentos sociais 
e organizações da sociedade civil, e também 
fechar parcerias com empresas, sindicatos, 
entidades profissionais ou organizações não 
governamentais (ONGS) para colocar as medi-
das na prática. (TERRA, 2017, p. 74)
Agora, futuro(a) professor(a), podemos definir políticas públicas da 
seguinte maneira: “Políticas públicas são aqui entendidas como o 
‘Estado em ação’ é o Estado implantando um projeto de governo, 
através de programas, de ações voltadas para setores específicos da 
sociedade” (HOLFLING, 2001, p.31).
Essas políticas públicas têm sempre uma intencionalidade e 
podem ser modificadas sempre que alguma legislação ou algo sig-
nificativo mude em nosso país, em outras palavras, é um terreno 
muito móvel e está em constante atualização. Qualquer mudança 
DEFINIÇÃO
90
que ocorra na esfera governamental pode influenciar diretamente 
esse cenário.
Por sua vez, pleiteiam aplicações de recursos públicos e suas 
funções podem ser distributivas, redistributivas ou regulatórias. 
Nas aplicações distributivas elas são redirecionadas unicamente 
para o Estado e a sua finalidade é a distribuição de bens e serviços 
para a sociedade em geral. Desse modo, fazem parte das políticas 
distributivas a construção de estradas, hospitais, escolas, trans-
porte público etc.
Nas aplicações redistributivas, a principal característica é 
destinar recursos, bens e serviços à sociedade, significando a re-
partição de custos e benefícios sociais. Um exemplo disso é o Bolsa 
Família ou o programa Renda Mínima. Por fim, as aplicações regu-
latórias constituem leis e regras para direcionar determinadas ati-
vidades, comportamentos e ações. Por isso, podemos citar a Conso-
lidações das Leis do Trabalho (CLT), a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB) etc.
Quando falamos de política, nos referimos sempre a um sis-
tema que deve estar relacionado ao bem comum e que atenda as de-
mandas sociais. Assim, note que política não é algo estático, pelo 
contrário, está em constante modificação e é passível de muitas in-
terpretações.
É importante frisar que nossas políticas públicas, geralmen-
te, são influenciadas, direta ou indiretamente por grupos e organi-
zações que direcionam sobre o que deve ser feito no país. A UNICEF 
e UNESCO representam algumas dessas interferências.
Porém, antes de falar efetivamente de todas as políticas edu-
cacionais que regem os sistemas de ensino no Brasil, precisamos 
entender a estrutura da educação brasileira.
91
O sistema educacional brasileiro
É a forma como se organiza a educação regular no Brasil. 
Essa organização se dá em sistemas de ensino da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios. A Constituição Federal de 
1988, com a Emenda Constitucional n.º 14, de 1996 e a Lei de Di-
retrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), instituída pela Lei nº 
9394/1996, são as leis maiores que regulamentam o atual sistema 
educacional brasileiro. 
Essas diretrizes geraram a Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC) que traz um conjunto de orientações de aprendizagem dos 
alunos, norteando e alinhando os currículos para fazer as escolas 
atingirem suas metas educacionais. 
Sendo assim, cabe à União, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios planejarem, manterem e executarem as políticas 
de ensino que estejam de acordo com a Constituição, LDB, BNCC e 
as diretrizes curriculares. Além das legislações vigentes, o sistema 
educacional brasileiro segue uma hierarquia, onde vários órgãos são 
responsáveis pelo seu funcionamento.
1. Em nível federal: Ministério da Educação (MEC) e Conselho 
Nacional de Educação (CNE). 
2. Em nível estadual: Secretarias Estaduais de Educação (SEE), 
Conselhos Estaduais de Educação (CEE) e Diretorias de Ensino 
de Educação (DE). 
3. Em nível municipal: Secretarias Municipais de Educação 
(SME) e Conselhos Municipais de Educação (CME). 
O Art. 2º da LDB 9.394/96 diz: “que a educação é inspirada 
nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, 
cuja função é desenvolver pessoas para exercerem a cidadania e 
para o trabalho” (BRASIL, 1996). Além disso, o artigo define duas 
categorias de ensino: a Educação Básica e a Educação Superior.
92
Figura 2 – Divisão do sistema educacional brasileiro.
Fonte: elaborado pela autora.
Para Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino 
Médio, podemos chamar também de Educação Básica. Os documen-
tos que norteiam a educação básica são a Lei nº 9.394, que estabele-
ce as Diretrizes e Bases da Educação (LDB), as Diretrizes Curricula-
res Nacionais para a Educação Básica, o Plano Nacional de Educação 
e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A Educação Básica é de caráter obrigatório, ou seja, é dever 
dos pais ou responsáveis garantir que as crianças e os adolescentes 
concluam essa etapa e é dever do Estado oferecê-la. Ela é constituí-
da por:
 ◼ Educação Infantil – com duração de 5 anos, sendo constituída 
por creche, com alunos de 0 a 3 anos; e a pré-escola, com alu-
nos de 4 e 5 anos. É obrigatória a matrícula a partir de 4 anos; 
 ◼ Ensino Fundamental – duração de 9 anos, com alunos de 6 a 
14 anos;
 ◼ Ensino Médio – duração de 3 anos, com alunos de 15 a 17 anos;
 ◼ Ensino Médio Técnico – as escolas podem oferecer cursos 
técnicos nos períodos de contraturno. A duração é variável, 
93
podendo ser de 1 a 3 anos, dependendo do currículo da insti-
tuição.
Além da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Funda-
mental e Ensino Médio), o sistema educacional brasileiro conta com 
outras modalidades de ensino. São elas:
 ◼ Educação de Jovens e Adultos (EJA);
 ◼ Educação no Campo;
 ◼ Educação Especial;
 ◼ Educação e Técnica (para aqueles que concluíram o EnsinoMédio);
 ◼ Educação a Distância (EaD);
 ◼ Educação Escolar Indígena;
 ◼ Educação Escolar Quilombola.
Você já tem ideia do que irá fazer após sua formação? Se fosse para 
você atuar em alguma dessas modalidades da Educação, qual você 
escolheria? Por quê? Conte para os seus colegas os seus sonhos!
Os pilares da educação
Por meio da Comissão Internacional sobre Educação para o 
século XXI, representado por 14 personalidades de diversas regiões 
de todo país, foram nomeados os quatro pilares da educação que 
são referenciais de práticas pedagógicas e que, posteriormente, se 
transformou em um livro. Segundo Hein, podemos analisar as prin-
cipais características dessas referências:
REFLITA
94
A partir do relatório sistematizado, a educa-
ção deve buscar, por exemplo: compreender 
a questão das comunidades locais contextua-
lizadas às questões globais; identificar a im-
portância dos sistemas democráticos como 
estruturas de inclusão e participação; contex-
tualizar a crescimento econômico e mundial e 
a sua correlação com o desenvolvimento hu-
mano, sobretudo, em relação à importância 
estratégica na educação neste contexto; buscar 
a universalidade da educação básica, sem qual-
quer distinção entre pessoas; rever o papel dos 
profissionais na educação nesse cenário, bem 
como o papel político que os sistemas educati-
vos exercem na sociedade (HEIN, 2014, p. 68).
Nesse relatório são recomendados quatros pilares a educação 
(figura 3).
Figura 3 – Quatros pilares a educação.
Fonte: elaborado pela autora.
Agora, vamos conhecer melhor cada um destes pilares.
95
O aprender a conhecer
Veja a definição de Delors:
“[...] aprender a conhecer supõe, antes de tudo, 
aprender a aprender, exercitando a atenção, 
a memória e o pensamento. Desde a infân-
cia, sobretudo nas sociedades dominada pela 
imagem televisiva, os jovens devem aprender 
a prestar atenção às coisas e às pessoas” (DE-
LORS, 2006, p. 92).
Isso significa que todos os sujeitos deverão ser incentivados 
a conhecer o mundo, a cultura, as teorias sistematizadas e as pes-
soas. Em um sentido ético, ele deve estabelecer algumas habilidades 
e construir oportunidades que levem à apropriação desse conheci-
mento. Todas as experiências e vivências devem ser compreendidas 
como aprender a conhecer.
O aprender a fazer
Visa estabelecer uma compreensão prática da situação. A 
prática pode trazer novas experiências e formar o indivíduo, socia-
lizando-o e integrando-o ao meio em que vive.
O aprender a conviver
É imprescindível que devemos aprender a conviver em nossa 
sociedade, pois é, por meio dela, que também nos formamos, nos 
moldamos conforme cada necessidade. Quando aprendemos a con-
viver com o meio e com situações, existe uma adaptação aos mode-
los novos. É o que reflete Delors (2006, p.97): [...] a educação deve 
utilizar das vias complementares. Em um primeiro nível, a desco-
berta progressiva do outro. Em um segundo nível, e ao longo de toda 
vida, a participação em projetos comuns, que parece ser um método 
eficaz para evitar ou resolver conflitos.
96
O aprender a ser
Hein comenta:
[...] integra todos os anteriores e é indispensá-
vel a qualquer pessoa para construção, de for-
ma mais coerente e autônoma, de seu próprio 
projeto de vida. Existem alguns princípios que 
norteiam esse pilar do aprender a ser, como: 
Elaborar pensamentos críticos; formular seus 
próprios juízos de valor, decididos com liber-
dade e discernimento; entrar em contato com 
a criatividade, os sentimentos e a imaginação, 
desenvolvendo-se como pessoa e integrante 
de uma sociedade (HEIN, 2014, p. 70).
Nesse sentido, o docente tem um papel essencial, pois ele 
deve criar oportunidades para que as crianças possam se conhecer e 
ter percepções em relação aos seus colegas.
Para que tudo isso seja colocado em prática, é necessário que 
existam políticas educacionais e órgãos gestores que pensam, apli-
cam e monitoram essas políticas.
Órgãos responsáveis pela educação
As atribuições do Poder Público Federal em matéria de edu-
cação são exercidas pelo Ministério da Educação, estabelecido pela 
LDB. O Ministério de Educação conta com a colaboração do Conselho 
Nacional de Educação e as Câmaras que o compõem ao desempe-
nhar suas funções.
A União em colaboração com Estados, Distrito Federal e Mu-
nicípios, elabora o Plano Nacional de Educação que tem a função de 
estabelecer diretrizes e metas para os níveis e modalidades de ensi-
no, fortalecer a formação de professores, entre outros.
97
Cabe ao MEC exercer as atribuições do poder público federal em ma-
téria de educação. Portanto, cabe a ele formular e avaliar a política 
nacional de educação, zelar pela qualidade de ensino e velar pelo 
cumprimento das leis que o regem. É o MEC que organiza as polí-
ticas para Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, 
Educação de Jovens e Adultos, Educação Indígena, Educação Espe-
cial e Educação a Distância.
Conforme o artigo 8º, § 1º, da Lei 9.394/96, cabe à União, a 
coordenação da política nacional de educação, articulando os dife-
rentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistribu-
tiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
O Distrito Federal e os Estados são responsáveis por organi-
zar, manter e desenvolver os órgãos e instituições dos seus sistemas 
de ensinos. Aos estados, cabe assegurar o Ensino Fundamental e o 
Ensino Médio, conforme o Art.10 da LDB nº 9.394/96. A administra-
ção em nível estadual e do distrito federal é constituída pela rede de 
escolas para o desenvolvimento da educação escolar, pelas Secreta-
rias ou Departamentos de Educação e pelos Conselhos Estaduais de 
Educação, que, por sua vez, é constituído pela Câmara de Educação 
Básica e pela Câmara de Educação Superior.
Na Administração em nível Municipal, os sistemas de ensino 
são organizados pelos próprios municípios de forma que devem in-
tegrar-se às políticas e planos educacionais da União e dos estados. 
O Ensino Fundamental deve ser a prioridade do Município, poden-
do oferecer também a Educação Infantil em creches e pré- escolas. 
Para atuarem em outros níveis de ensino, as necessidades do ensino 
fundamental devem estar plenamente atendidas e os recursos esta-
rem acima dos percentuais mínimos estabelecidos pela Constituição 
Federal para a manutenção e desenvolvimento dessa área de ensino. 
IMPORTANTE
98
Nesse sentido, faz parte da Esfera Municipal, o Conselho Mu-
nicipal de Educação, órgão que tem funções normativa, consultiva, 
propositiva, mobilizadora, deliberativa e o Plano Municipal de Edu-
cação, órgão que estabelece diretrizes e metas para todos os níveis 
de ensino e modalidades de ensino do município, baseando-se em 
Leis estabelecidas para o bom funcionamento da Educação.
As principais Leis que regem a educação no 
Brasil
Constituição Federal de 1988
A Constituição Federal de 1988 foi um marco de profunda im-
portância para as políticas educacionais em um cenário de demo-
cratização da educação e redemocratização do país. Pela primeira 
vez, a educação passou a ser um direito do cidadão e dever do Esta-
do, representou mecanismos de desenvolvimentos, tanto pessoais 
como em relação à própria sociedade. O objetivo era que o indivíduo 
tivesse garantia plena em sua própria realização, além de promover 
o exercício da cidadania e qualificar o indivíduo para o mercado de 
trabalho.
Podemos elucidar mais esses princípios com a seguinte re-
flexão:
[...] os direitos fundamentais ou direitos hu-
manos são direitos históricos, ou seja, são 
frutos de circunstâncias e conjunturas vividas 
pela humanidade e especificamente por cada 
um dos diversos Estados, sociedades e cultu-
ras. Portanto, embora se alicercem numa pers-
pectiva jusnaturalista1, os direitos fundamen-
tais não prescindem do conhecimento estatal, 
da inserção no direito positivo (BOBBIO, 1992, 
p. 25).
99
Como você pode notar, a Constituição Federal de 1988 revo-
lucionou conceitos que, até então, não eram vistos ou praticados.Por ter um conteúdo muito vasto, sugerimos que você faça a leitura 
de toda a Constituição e analise a importância que cada artigo ou 
inciso tem na história da educação brasileira. Veja a seguir o artigo 
205 da Constituição Federal que fala sobre a educação:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da 
família, será promovida e incentivada com a colaboração da so-
ciedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu prepa-
ro para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho 
(BRASIL, 1988).
Neste artigo, é notório que a Constituição deixa claro que 
tanto o Estado quanto a família devem assegurar o direito à edu-
cação. O Estado deve proporcionar meios para que o indivíduo possa 
adquirir dos seus direitos e a família, tendo um papel fundamental, 
deve servir como base e guia no processo do desenvolvimento edu-
cacional.
O artigo 209 explica que a educação deve ser obrigatória e 
gratuita em todos os seus níveis e modalidades de ensino também 
para pessoas que nunca tiveram acesso à educação, na modalidade 
de Educação de Jovens e Adultos (EJA). O inciso IV, do mesmo artigo, 
aborda sobre a Educação Infantil e o dever do Estado em garantir o 
direito às crianças de até 5 anos em creches e pré-escolas.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
de 1996 (LDB)
A LDB foi aprovada em dezembro de 1996 com o núme-
ro 9394/96, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso de 
Almeida, tratando-se de uma lei importante por trazer a educação 
para o debate na sociedade. A Lei foi criada para o direito garantido 
pela Constituição Federal de acesso a uma educação gratuita e de 
qualidade para todos.
100
Figura 4 – Pôster com o primeiro artigo da LDB.
Fonte: Wikimedia Commons.
Também conhecida como Lei Darci Ribeiro nº 9.394 de 20 de 
novembro de 1996, é composta por nove títulos e 91 Artigos. Acon-
teceram algumas modificações, entre elas, em 20 de maio de 2014, 
com nove títulos e 92 artigos e, em 2013, já havia sofrido 32 emen-
das.
A valorização da educação é considerada na LDB e estabelece 
o dever da União, do Estado e dos Municípios com a educação públi-
ca e o combate à exclusão social.
Art. 1º. A educação abrange os processos for-
mativos que se desenvolvem na vida familiar, 
na convivência humana, no trabalho, nas ins-
tituições de ensino e pesquisa, nos movimen-
tos sociais e organizações da sociedade civil e 
nas manifestações culturais (BRASIL, 1996).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação foi importante por 
estabelecer diretrizes que visassem o cumprimento da Constituição 
Federal e a oferta de uma educação pública de qualidade.
101
A Lei, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de 
solidariedade humana, estabelece como o pleno desenvolvimento 
do educando e seu preparo para o exercício da cidadania, além da 
sua formação para o trabalho. A LDB visa organizar a estrutura da 
educação brasileira e, diretamente, a formação escolar e acadêmica, 
normatizando e direcionando a Educação Brasileira. 
Para compreender sobre todas as questões da LDB, mais 
uma vez, convidamos você para fazer uma leitura completa dessa 
Lei, pois nosso objetivo é que você tenha consciência dos principais 
apontamentos do cenário político educacional brasileiro.
Plano Nacional da Educação (PNE)
Em 26 de Junho de 2014 foi aprovado o Plano Nacional de 
Educação (PNE) a partir da Lei n.º 10.172/2001, com o objetivo de 
direcionar esforços e investimentos para a melhoria da qualidade da 
educação no país. Esse plano estabelece diretrizes, metas e estra-
tégias na área da educação para alcançar os objetivos. Cada estado 
e município deve elaborar planejamentos considerando a situação 
real de cada região, a análise dos índices do PNE deve ser realizada 
a cada dois anos.
O PNE estabelece 20 metas a serem atingidas nos próximos 
10 anos, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, voltando 
a sua atenção para temas como a educação inclusiva e plano de car-
reira dos professores. Entre as 20 metas, encontramos temas volta-
dos para a garantia do direito à educação de qualidade, ampliação de 
acesso e a universalização do ensino.
Após a análise das metas e objetivos, percebemos que o Bra-
sil ainda tem um longo caminho a percorrer em relação à educação, 
mas elas são importantes para a educação brasileira poder conti-
nuar incentivando e contribuindo para mudanças sociais, emocio-
nais e econômicas que a nossa sociedade necessita.
102
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
Com base no artigo 210 da Constituição Federal e no artigo 
26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação  que abordam sobre a 
importância de ter um currículo predeterminado com conteúdos 
mínimos assegurados, se desenvolveu a Base Nacional Comum Cur-
ricular.
Art. 210. Serão conteúdos mínimos para o en-
sino fundamental, de maneira a assegurar 
formação básica comum e respeito aos valo-
res culturais e artísticos, nacionais e regionais. 
(BRASIL, 1988).
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do 
ensino fundamental e do ensino médio devem 
ter base nacional comum, a ser complementa-
da, em cada sistema de ensino e em cada es-
tabelecimento escolar, por uma parte exigida 
pelas características regionais e locais da so-
ciedade, da cultura, da economia e dos edu-
candos - Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013 (BRASIL 1996).
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documen-
to que reúne um conjunto essencial de aprendizagens que todos os 
alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da 
Educação Básica, assegurando seus direitos de aprendizagem e de-
senvolvimento.
A BNCC deve ser orientada pelos princípios éticos, políticos 
e estéticos que visam a formação humana integral e a construção 
de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Dessa forma, esta 
passa a ser uma referência e a integrar a política nacional da Educa-
ção Básica, alinhando políticas sobre a formação de professores e a 
avaliação e a elaboração de conteúdos educacionais.
Assim, a BNCC, ao unir as políticas educacionais, fortalecen-
do o regime de colaboração entre os governos, seja ele Municipal, 
Estadual ou Federal, favorece a qualidade efetiva da educação.
103
De acordo com o documento, ao longo da Educação Básica, o 
sujeito deve adquirir aprendizagens essenciais que visam assegu-
rar, aos estudantes, o desenvolvimento de dez competências gerais 
que garantem o desenvolvimento do educando. Entre elas, podemos 
citar:
 ◼ mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos).
 ◼ habilidades (práticas, cognitivas e sócio emocionais).
 ◼ atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida 
cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do tra-
balho.
As competências pela BNCC consideram a educação uma im-
portante fonte de valores que estimula ações de contribuição para 
a transformação da sociedade, tornando-a mais humana e justa, 
oferecendo não apenas a igualdade, mas as mesmas oportunidade 
a todos.
A Base  Nacional  Comum  Curricular estabelece como com-
petências um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e 
valores importantes para o desenvolvimento intelectual, social e 
moral dos educandos.
Programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da 
Educação
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) 
tem como principal objetivo prover recursos e ações para o desen-
volvimento da educação, visando garantir um ensino de qualidade 
a todos os brasileiros. Dessa forma, seus recursos são direcionados 
aos estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e Organizações Não 
Governamentais, para atendimento às escolas públicas de Educação 
Básica. O FNDE possui alguns programas, agora citaremos os prin-
cipais.
104
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
Em 1954, foi criado o Programa Nacional de Alimentação Es-
colar (PNAE) que transfere recursos para os estados e municípios 
para compra de gêneros alimentícios, garantindo a alimentação 
escolar dos alunos de Educação Infantil e do Ensino Fundamental, 
inclusiveos das escolas indígenas.
Programa Brasil Alfabetizado
O programa Brasil Alfabetizado visa a universalização do En-
sino Fundamental e a superação do analfabetismo entre os jovens 
a partir de 15 anos, reconhecendo a educação como direito humano 
de todos. Seus recursos são destinados à capacitação de professo-
res por meio de parcerias com Estados, municípios, Universidades, 
empresas privadas, ONGs e da sociedade civil de interesse público. 
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)
Este programa tem como objetivo proporcionar um material 
didático (livros) de qualidade gratuitamente para as escolas das re-
des federal, estadual e municipal e as entidades parceiras do pro-
grama Brasil Alfabetizado, esse programa abrange todo o Ensino 
Fundamental público, inclusive a alfabetização e o Ensino Médio. As 
editoras cadastram suas obras no MEC para serem analisadas, se-
gundo critérios pedagógicos e, depois de aprovadas, o MEC realiza o 
lançamento dessas obras.
Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE)
O Programa Nacional de Transporte Escolar transfere recur-
sos aos Estados e Municípios para serem gastos com despesas rela-
cionadas ao transporte escolar, de alunos da Educação Básica públi-
ca da zona rural. O PNATE tem como objetivo garantir o acesso e a 
permanência do acesso dos alunos da zona rural à escola.
105
A Influência do Neoliberalismo
Para finalizar esta unidade, proponho uma pequena reflexão 
sobre a influência de mecanismos de controle sobre as nossas polí-
ticas públicas educacionais.
Veja a seguinte definição de neoliberalismo:
O Neoliberalismo é uma doutrina socioeconô-
mica que retoma os antigos ideais do libera-
lismo clássico ao preconizar a mínima inter-
venção do Estado na economia, através de sua 
retirada do mercado, que, em tese, autorregu-
lar-se-ia e regularia também a ordem econô-
mica. Sua implantação pelos governos de vá-
rios países iniciou-se na década de 1970, como 
principal resposta à Crise do Petróleo. [...] Os 
neoliberais combatem, principalmente, a po-
lítica do Estado de Bem-Estar social (PENA, [n. 
d], [n.p].
Antes de iniciarmos a explicação desse tema, pedimos que 
você leia o texto a seguir:
Toda política pública sofre influências externas
Citaremos aqui, o caso do Banco Mundial que se trata de uma 
instituição financeira internacional que faz empréstimos para to-
dos os países em desenvolvimento, ou seja, o mesmo processo que 
acontece com você quando precisa de um dinheiro a mais para fazer 
algum projeto, pagar uma dívida, reformar a casa etc.
DEFINIÇÃO
106
Todos sabem que a realidade brasileira na área da educação 
tem uma situação muito crítica e precisamos de toda ajuda para es-
sas demandas sociais, que não são poucas. Desde a construção de 
escolas, materiais escolares de qualidade até o aumento de vagas em 
creches requer muito dinheiro. Por sua vez, o Banco Mundial oferece 
empréstimos para que muitos desses problemas educacionais sejam 
sanados, ou melhor, sejam amenizados.
O Banco Mundial é o principal representante das ideias neoli-
berais e sempre traz questões de financiamento, quando ele faz um 
empréstimo para a educação, ele olha a educação nas questões de 
mercado e não porque ele é “bonzinho” e quer simplesmente ajudar.
Quando se trata de educação, o neoliberalismo defende a ideia 
de que a crise educacional é uma expansão desordenada devido aos 
seus sistemas educativos e que essa crise pode gerar influências di-
retas nas práticas pedagógicas e de gestão. Do ponto de vista neoli-
beral, a crise é direcionada por questões administrativas e de gestão 
e não no que se refere à democratização da escola.
Dessa forma, o neoliberalismo insiste no pressuposto de que 
a escola tem muitas defasagens de funcionamento por conta de au-
sências de um verdadeiro mercado educativo e não por outras ques-
tões, sejam elas internas ou externas. Os grandes vilões da educação 
para os neoliberalistas são o Estado, os sindicatos e todas as organi-
zações que defendem a educação pública para todos.
Considerações finais
Nossas perspectivas relacionadas à educação estão enraiza-
das em fundamentos antes mencionados, como já estudamos. As 
teorias e pensamentos de estudiosos na área nos ajudaram para que 
pudéssemos compreender todo o processo educativo. As mudanças 
significativas ao longo de muitos anos permearam caminhos que 
ainda seguimos e algumas trilhas que, com certeza, ainda percorre-
remos por um bom tempo.
107
Diante dessas mudanças, nos deparamos com a crescente 
informação pela globalização e o uso das novas tecnologias. Viver 
atualmente com tanta diversidade não é uma tarefa fácil, porque 
tudo muda em um espaço muito curto de tempo. A informação se 
dá de forma tão ágil, que nos espanta. A internet, as redes sociais e 
os recursos tecnológicos fizeram com que o homem contemporâneo 
se tornasse um ser totalmente informatizado. Quando falamos do 
indivíduo no seu processo de informação, o assunto é ainda mais 
complexo, pois ele é o progenitor do seu conhecimento.
Esperamos que você tenha compreendido a importância des-
ses temas como futuro(a) docente, pois você também será respon-
sável pelo uso dessas tecnologias juntamente com seus alunos. Por 
isso, recicle, faça pesquisas, estude, se atualize! Desejamos que 
suas perspectivas sobre a educação sejam sempre positivas!
Assim, esperamos que você tenha refletido sobre os aponta-
mentos referentes ao nosso tema e consiga compreender a impor-
tância das políticas públicas na educação. Visando nossa realidade, 
sabemos que há muito para ser mudado, muitos questionamentos 
ainda não foram sanados e continuam pairando no esquecimento.
Nosso sistema educacional precisa ser melhorado, isso é fato, 
porém, é essencial que você tenha compreensão sobre a dimensão 
dessas estruturas e o impacto que elas exercem no âmbito da edu-
cação.
Queremos que todos tenham acesso a uma educação de qua-
lidade, que possam se desenvolver como indivíduos e profissionais 
dentro de uma sociedade, que tenham qualificação e ascensão no 
trabalho. Além disso, queremos que todas as crianças estejam na 
escola, que as mães possam deixar seus filhos na creche para poder 
trabalhar. Que todos tenham direito a Educação Superior.
Acreditamos que esses desejos também são os seus! Por essa 
razão, nosso objetivo maior como docentes deve ser sempre em fa-
vor do crescimento e desenvolvimento da nação.
108
Parabéns, aluno(a)! Você concluiu esta etapa de estudos!
Nessa unidade, aprendemos que as tecnologias estão cada vez mais 
presentes nos contextos educativos e que precisamos aprender a li-
dar com essas novas formas, métodos e instrumentos de ensino. As-
sim, espero que você tenha entendido que é necessário se atualizar e 
aprender a lidar com esses novos desafios tecnológicos.
Estamos vivendo em uma nova era, a da informação e tecnologia, 
que tem como principal característica o acesso rápido e imediato às 
informações. Assim, você foi desafiado(a) a ser um(a) educador(a) 
que ajude seus alunos e alunas a transformar essa gama de infor-
mações em conhecimento útil para a sua formação como sujeito crí-
tico, criativo e participante de uma sociedade em constante trans-
formação.
Além disso, pudemos entender como funciona o sistema educacio-
nal brasileiro. Para isso, revisitamos as principais leis que ditam 
sobre educação, como a Constituição de 1988, a Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Brasileira e a Base Nacional Comum Curricular. 
Embora a lei garanta um padrão de qualidade na educação, vimos 
que, na prática, estamos longe de alcançar tudo que as leis e as ins-
tâncias governamentais prometem. Em parte, isso se dá por causa 
da influência de órgãos internacionais, como o Banco Mundial, que 
têm grande poder de influência sobre as políticas educacionais do 
Brasil. Tais políticas educacionais têm a intenção de assegurar o que 
é regimentado pelas leis. 
Por fim, aprendemos como funciona o sistema de governança e 
organização da educação no Brasil. Este é composto peloGoverno 
Federal que dita as regras e estabelece as políticas nacionais para 
a educação e também pelos Estados e os municípios, que têm uma 
certa liberdade para fazer algumas leis e políticas para melhor aten-
der as especificidades referentes ao público dos seus estados e mu-
nicípios.
SINTETIZANDO
109
Diante do que estudamos, você está esperançoso sobre a influência 
da educação para a transformação de algumas realidades no nosso 
país? Eu posso ser ingênua, mas eu ainda acredito que a educação 
pode ser um meio para transformar pessoas e essas pessoas podem 
fazer do mundo um lugar melhor. Espero que você se torne um(a) 
educador(a), professor(a) e mediador(a) de esperança e amor para 
as pessoas que você irá influenciar!
Até à próxima!
110
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