Buscar

aula_6_renata

Prévia do material em texto

PARASITOLOGIA
SCHISTOSOMA MANSONI E 
TENÍASE
Profª. Especialista Renata Lopes
SCHISTOSOMA MANSONI
Helminto pertencente à classe dos Trematoda, família
Schistossomatidae e gênero Schistosoma.
SCHISTOSOMA MANSONI
São vermes digenéticos, delgados, de coloração
branca e sexos separados (característica dessa família); a
fêmea adulta, mais alongada, encontra-se alojada em uma
fenda do corpo do macho, denominada canal ginecóforo.
ESQUISTOSSOMOSE MANSONI
Doença parasitária, de evolução crônica, cuja
magnitude da prevalência, severidade das formas clínicas e
evolução a caracterizam como um importante problema de
saúde pública no país.
SINONÍMIA
“Xistose”, “barriga d’água” e “doença dos caramujos”. 
CICLO EVOLUTIVO
HOSPEDEIROS
Definitivo => O homem
Intermediário => Caramujos gastrópodes aquáticos, 
pertencentes à família Planorbidae e gênero Biomphalaria.
TRANSMISSÃO
Penetração da cercária na pele e mucosas, através da
ingestão e contato com água contaminada.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Em média, 1 a 2 meses após a infecção, que
corresponde à fase de penetração das cercárias, seu
desenvolvimento, até a instalação dos vermes adultos no
interior do hospedeiro definitivo.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDAE
O homem infectado pode eliminar ovos viáveis de S.
mansoni a partir de 5 semanas após a infecção e por um
período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de 20 anos.
Os hospedeiros intermediários começam a eliminar
cercárias após 4 a 7 semanas da infecção pelos miracídios. Os
caramujos infectados eliminam cercárias por toda a vida, que
é aproximadamente de 1 ano.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A maioria das pessoas infectadas pode permanecer
assintomática, dependendo da intensidade da infecção.
Clinicamente, a esquistossomose pode ser classificada em
fase inicial e fase tardia.
FASE INICIAL
Predominam as manifestações alérgicas, sendo mais
intensas nos indivíduos hipersensíveis e nas reinfecções.
Além das alterações dermatológicas, ocorrem também
manifestações gerais devido ao comprometimento em outros
tecidos e órgãos.
FASE INICIAL
Formas agudas:
Assintomática - não há sintomas
Sintomática - manifestações pruriginosas na pele, que
podem durar até 5 dias após a infecção, conhecidas como
dermatite cercariana.
FASE INICIAL
Febre de Katayama pode ocorrer após 3 a 7 semanas
de exposição => linfodenopatia, febre, cefaleia, anorexia, dor
abdominal e, com menor frequência, o paciente pode referir
diarreia, náuseas, vômitos e tosse seca.
Hepatoesplenomegalia
FASE TARDIA
Formas crônicas – iniciam-se a partir dos 6 meses após a
infecção e podem durar vários anos. As manifestações clínicas
variam de acordo com a localização e intensidade do
parasitismo, da capacidade de resposta do indivíduo ou do
tratamento instituído. Apresentam-se nas seguintes formas:
FASE TARDIA
Hepatointestinal – caracteriza-se pela presença de diarreias
e epigastralgia.
FASE TARDIA
Hepática – a apresentação clínica dos pacientes pode ser
assintomática ou com sintomas da forma hepatointestinal.
FASE TARDIA
Hepatoesplênica compensada –
Esplenomegalia (desconforto no hipocôndrio);
Varizes de esôfago;
Dores abdominais;
Alterações das funções intestinais;
Hemorragia digestiva com a presença de hematêmese e/ou
melena.
FASE TARDIA
Hepatoesplênica descompensada – inclui as formas mais
graves de esquistossomose mansoni, responsáveis pelos
óbitos. Caracteriza-se por diminuição acentuada do estado
funcional do fígado. Essa descompensação relaciona-se à
ação de vários fatores, tais como os surtos de hemorragia
digestiva e consequente isquemia hepática e fatores
associados (hepatite viral, alcoolismo).
DIAGNÓSTICO
Como a esquistossomose, em suas diversas formas
clínicas, se assemelha a muitas outras doenças, o diagnóstico
de certeza só é feito por meio de exames laboratoriais. A
história do doente mais o fato de ser originário de (ou haver
vivido em) região reconhecidamente endêmica orietam o
diagnóstico.
PROFILAXIA
Saneamento básico;
Educação sanitária;
Cuidados com a água;
Instalações hídricas e sanitárias domiciliares;
Diagnóstico e tratamento dos doentes.
TRATAMENTO
Prazicantel
TENÍASE
TENÍASE
O complexo Teníase/Cisticercose é constituído por
duas entidades mórbidas distintas, causadas pela mesma
espécie de cestódio, em fases diferentes do seu ciclo de vida.
TENÍASE
A Teníase é provocada pela presença da forma adulta
da Taenia solium ou da Taenia saginata, no intestino delgado
do homem.
A Cisticercose é causada pela larva da Taenia solium
nos tecidos, ou seja, é uma enfermidade somática.
TENÍASE
Taenia solium Taenia saginata
CISTICERCOSE
CICLO BIOLÓGICO
SINONÍMIA
Teníase: Solitária
Cisticercose: Lombriga de 
cabeça.
AGENTE ETIOLÓGICO 
A Taenia solium é a tênia da carne de porco e a Taenia
saginata é a da carne bovina. Esses dois cestódeos causam
doença intestinal (Teníase) e os ovos da T. solium
desenvolvem infecções somáticas (Cisticercose).
RESERVATÓRIO
O homem é o único hospedeiro definitivo da forma
adulta da T. solium e da T. saginata. O suíno doméstico ou
javali é o hospedeiro intermediário da T. solium e o bovino é o
hospedeiro intermediário da T. saginata, por apresentarem a
forma larvária (Cysticercus cellulosae e C. bovis,
respectivamente) nos seus tecidos.
MODO DE TRANSMISSÃO
A Teníase é adquirida pela ingesta de carne de boi ou
de porco mal cozida, que contém as larvas. Quando o homem
acidentalmente ingere os ovos de T. solium, adquire a
Cisticercose. A Cisticercose humana por ingestão de ovos de T.
saginata não ocorre ou é extremamente rara.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Cisticercose - Varia de 15 dias a anos após a infecção.
Teníase - Cerca de 3 meses após a ingesta da larva, o
parasita adulto já é encontrado no intestino delgado humano.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
Os ovos das tênias permanecem viáveis por vários
meses no meio ambiente, contaminado pelas fezes de
humanos portadores de Teníase.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Teníase:
• Dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso,
flatulência, diarreia ou constipação.
• Retardo no crescimento de crianças e baixa produtividade
em adultos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Teníase: 
• Eliminação espontânea de proglotes do verme, nas fezes.
• Pode haver penetração em apêndice, colédoco ou ducto
pancreático, devido ao crescimento exagerado do parasita
=> Intervenção cirúrgica
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Cisticercose:
Dependem da localização, do tipo morfológico, do número de
larvas que infectaram o indivíduo, da fase de desenvolvimento
dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Cisticercose => Formas graves
Localizadas no sistema nervoso central e apresentam
sintomas neuropsiquiátricos (convulsões, distúrbio de
comportamento, hipertensão intracraniana) e oftálmicos.
CISTICERCOSE
COMPLICAÇÕES
Teníase => Obstrução do apêndice, colédoco, ducto
pancreático.
Cisticercose => Deficiência visual, loucura, epilepsia, entre
outras.
DIAGNÓSTICO
• Clínico
• Epidemiológico
• Laboratorial
PROFILAXIA
• Cozinhar bem as carnes, não as comendo cruas;
• Saneamento básico;
• Tratamento dos casos humanos;
• Impedir o acesso dos animais as fezes humanas.
TRATAMENTO
Teníase:
• Mebendazol;
• Niclosamida;
• Praziquantel;
• Albendazol.
TRATAMENTO
• Neurocisticercose:
• Praziquantel;
• Dexametaxona;
• Albendazol;
• Metilpredinisolona;
• Anticonvulsivantes (epilepsia).
Obrigada!

Continue navegando