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0 1 Disciplina: Fundamentos da educação a distância Autores: M.e Gustavo Thayllon França Silva Revisão de Conteúdos: M.e Guilherme Natan Paiano dos Santos / M.e Leandra Felícia Martins Designer Instrucional: Andrey Gabriel Ota Eshima Revisão Ortográfica: Esp. Lucimara Ota Eshima Ano: 2022 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade UNINA. O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 2 Gustavo Thayllon França Silva Fundamentos da Educação a Distância 1ª Edição 2022 Curitiba, PR Faculdade UNINA 3 Faculdade UNINA Rua Cláudio Chatagnier, 112 Curitiba – Paraná – 82520-590 Fone: (41) 3123-9000 Coordenador Técnico Editorial Marcelo Alvino da Silva Conselho Editorial D.r Eduardo Soncini Miranda / D.ra Marli Pereira de Barros Dias / D.ra Rosi Terezinha Ferrarini Gevaerd / D.ra Wilma de Lara Bueno / D.ra Yara Rodrigues de La Iglesia Revisão de Conteúdos Guilherme Natan Paiano dos Santos / Leandra Felícia Martins Designer Instrucional Andrey Gabriel Ota Eshima Revisão Ortográfica Lucimara Ota Eshima Desenvolvimento Iconográfico Juliana Emy Akiyoshi Eleutério Desenvolvimento da Capa Carolyne Eliz de Lima FICHA CATALOGRÁFICA SILVA, Gustavo Thayllon França. Fundamentos da educação a distância / Gustavo Thayllon França Silva. – Curitiba: Faculdade UNINA, 2022. 53 p. ISBN: 978-65-5944-234-8 1.Educação a distância. 2. Tecnologias. 3. EAD. Material didático da disciplina de Fundamentos da educação a distância – Faculdade UNINA, 2022. Natália Figueiredo Martins – CRB 9/1870 4 PALAVRA DA INSTITUIÇÃO Caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) à Faculdade UNINA! Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão Universitária. A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros conscientes de sua cidadania. Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e estudantes. Bons estudos e conte sempre conosco! Faculdade UNINA 5 Sumário Apresentação da disciplina ....................................................................... 6 Aula 1 – Competências digitais e não digitais e a educação do século XXI 7 Apresentação da aula 1 ............................................................................. 7 1.1 Competências digitais e educação do século XXI ........................ 7 Conclusão da aula 1 .................................................................................. 15 Aula 2 – História da educação a distância e bases legais ........................ 15 Apresentação da aula 2 ............................................................................. 15 2.1 Sínteses históricas da EAD .......................................................... 16 2.2 Sínteses históricas da EAD em âmbito nacional .......................... 20 Conclusão da aula 2 .................................................................................. 25 Aula 3 – Técnicas de estudo de tecnologias educacionais ....................... 27 Apresentação da aula 3 ............................................................................. 27 3.1 O que são tecnologias e tecnologias educacionais? .................... 27 3.2 Técnicas de estudos e o uso das tecnologias .............................. 32 3.3 A utilização e o papel do ambiente virtual de aprendizagem ....... 36 Conclusão da aula 3 .................................................................................. 37 Aula 4 – Criatividade, metodologias ativas e processos avaliativos na EAD ........................................................................................................... 38 Apresentação da aula 4 ............................................................................. 38 4.1 Criatividade e autoria na elaboração de material didático para a EAD ........................................................................................................... 39 4.2 Metodologias ativas e a educação a distância ............................. 42 4.3 A avaliação na EAD ...................................................................... 46 Conclusão da aula 4 .................................................................................. 47 Resumo da disciplina ................................................................................ 50 Índice Remissivo ........................................................................................ 51 Referências ............................................................................................... 52 6 Apresentação da disciplina Olá, caros estudantes, espero que estejam bem! Sejam bem-vindos à disciplina de Fundamentos da Educação a Distância. Será uma viagem muito rica de conhecimento e aprendizado no campo da educação a distância, das tecnologias e das metodologias contemporâneas. Esta disciplina busca, como objetivo principal, oportunizar a vocês a compreensão da legislação, das metodologias e dinâmicas do funcionamento do ensino e da aprendizagem na educação a distância, bem como oportunizar-lhes a compreensão de técnicas específicas para estudos, organização e gestão do tempo. Estudar a distância não significa estar distante, pelo contrário, com as ferramentas e tecnologias digitais, cada vez mais conseguimos estar próximos, interligados e conectados, com o intuito de aprendermos juntos e de maneira eficaz. Pensar em educação a distância, é pensar nas inúmeras possibilidades de aprendizagem existentes. Portanto, em nossa disciplina, iremos primeiramente conversar sobre as competências digitais necessárias ao estudante do século XXI, competências estas que dever-lhe-ão acompanhar durante os estudos e no mercado de trabalho. Em nossa segunda aula, dialogaremos sobre a história da educação a distância, começando pelas perspectivas da correspondência e do rádio até chegarmos às tecnologias de ponta conforme temos na contemporaneidade. Ainda nesta aula, conversaremos sobre as bases legais e de legislação da EAD, isto é, o que diz a Lei das Diretrizes e Bases da educação, quais são as resoluções e portarias que embasam esta modalidade de ensino. Em nossa terceira aula, iremos conceituar epistemologicamente o que é tecnologia e quais as tecnologias educacionais disponíveis na contemporaneidade e na sequência discutiremos um pouco sobre algumas técnicas de estudos que irão colaborar com a aprendizagem de vocês. Na nossa quarta aula, dialogaremos, sobre os processos de criatividade, a afetividade e a autoria na educação a distância isto é, não é porque estudamos a distância que estamos distante em aspectos afetivos e criativos. 7 Aula 1 – Competências digitais e não digitais e a educação do século XXI Apresentação daaula 1 Olá, aluno. Seja bem-vindo à primeira aula da disciplina de Fundamentos da Educação a distância. Nesta primeira aula, iremos discutir um pouco sobre o que são competências, o que são competências digitais, o motivo pelo qual elas são necessárias aos estudantes e aos futuros profissionais e por fim, vamos discutir um pouco sobre a educação do século XXI, e como ela se desenvolve e os paradigmas atuais. Vamos lá? 1.1 Competências digitais e educação do século XXI Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/a-biblioteca-publica-de-ensino-a-distancia- leu-um-conceito-de-livro-com-carater-de-pessoas_269730-1328.jpg?w=996 Sempre falamos acerca das mudanças ocorridas na educação ao longo dos tempos, não é mesmo? Pois bem, precisamos discutir também que o estudante, igualmente vem se modificando ao longo dos tempos e isso se deve sobretudo à evolução e à modificação da sociedade em virtude das tecnologias. Antes de mais nada, para continuarmos, vou comentar algo importante com vocês, tecnologias não se resumem apenas às digitais, aos computadores e celulares, mas a tudo que melhore um processo, mas não se preocupem, teremos um capítulo específico para discutirmos este conceito de maneira mais aprofundada. Vamos voltar ao diálogo sobre competência, para tanto vamos recorrer a definição proposta pelo Dicionário Michaelis da Língua Portuguesa (2022). 8 Vocabulário Competência: aptidão que um indivíduo tem de opinar sobre um assunto e sobre o qual é versado; conjunto de conhecimentos; indivíduo com profundo conhecimento de determinado assunto. Se observarmos pela ótica da definição do dicionário, podemos entender que todo o viés da competência está diretamente ligado à perspectiva de um determinado conhecimento. Vamos analisar juntos, se possuímos competências para docência, significa dizer que temos todo um conjunto de um arcabouço teórico e técnico para tal atividade. A nossa disciplina centra-se no conhecimento acerca da educação a distância, portanto precisaremos obter conhecimentos, competências e habilidades para a utilização das ferramentas técnicas que permeiam este mundo inovador e tecnológico. É valido mencionar ainda, que a educação do século XXI passou por diferentes modificações que vieram para ficar, sobretudo em virtude das consequências deixadas pela pandemia da COVID-19. Esta pandemia veio fazer com que a educação deste século evoluísse em dois anos o que estaria sendo programado para evoluir em 50. Se pensarmos pelo viés positivo, tanto a educação quanto a área organizacional conseguiram se reinventar. Veja, com todas as dificuldades as escolas e instituições de ensino conseguiram acoplar em seu projeto político pedagógico elementos tecnológicos que muitos de nós não conhecíamos e que por meio de capacitação conseguimos aprender a dominar. Curiosidade A Pandemia da COVID-19 foi uma pandemia global causada pelo vírus SARS- CoV-2, que suscitou o isolamento social em todo o mundo para evitar a disseminação da doença. 9 Justamente neste limiar: “A pandemia e a quarentena estão a revelar que são possíveis alternativas, que as sociedades se adaptam a novos modos de viver quando tal é necessário e sentido como correspondendo ao bem comum. Esta situação torna-se propícia a que se pense em alternativas ao modo de viver, de produzir, de consumir e de conviver nestes primeiros anos do século XXI” (SANTOS, 2020, p.29). Se pensamos pela ótica do Boa Ventura de Souza Santos e pelas lentes teóricas de Behar (2013), nós, profissionais da área da educação, negócios, cultura, esporte e lazer, conseguimos reunir e repensar nossas formas de trabalho. Portanto, competência ainda pode ser definida como, “Reunião ou o conjunto de condições, recursos, elementos disponíveis aplicados em determinada situação” (BEHAR, 2013, p.21). Saiba mais Amplie seus estudos acerca das competências digitais na educação, em que os autores buscam elucidar epistemologicamente conceitos. Leia Competências digitais na educação: uma discussão acerca do conceito, de Ketia Kellen Araújo da Silva e Patricia Alejandra Behar. Link: https://doi.org/10.1590/0102-4698209940 Agora que fizemos uma pausa para realizarmos a leitura do “Saiba mais”, vamos aprofundar um pouco mais nossos estudos acerca das competências digitais, para tanto: “Esse cenário no qual as mudanças frequentes são impulsionadas pelas novidades e descobertas científicas e tecnológicas traz a necessidade de que os profissionais aprendam a lidar com a complexidade, a incerteza e o ineditismo. Diante disso, o paradigma educacional vigente na maioria das instituições educativas, centrado na transmissão de conteúdos, não é mais suficiente para a formação desses cidadãos” (BEHAR, 2013, p.21). Toda essa novidade científica e tecnológica faz com que nos adaptemos a esta nova realidade, e este processo de adaptação e aprendizagem destes 10 novos cenários são habilidades e competências que vão sendo incutidas em nosso repertório comportamental. Se pensarmos em cenários de incerteza ou ineditismo, provavelmente estaremos falando de competências atitudinais que precisaremos desenvolver, isto é, uma tomada de decisão mais assertiva, uma reflexão acerca dos possíveis cenários oriundos desta decisão. Uma das instituições onde mais acontecem o ineditismo é na escola, haja vista a multiplicidade de estudantes que temos, cada um com um estilo de aprendizagem, uns com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação. Se colocarmos em pauta todos estes perfis, a escola, a cada dia torna-se um lugar diferente onde tanto alunos como professores precisam ser flexíveis e reflexivos no processo de aprender e ensinar. Zabala e Arnau (2010, p. 17) afirmam que: “O uso do termo competência é uma consequência da necessidade de superar um ensino que, na maioria dos casos, reduziu-se a uma aprendizagem cujo método consiste em memorização, isto é, decorar conhecimentos, fato que acarreta na dificuldade para que os conhecimentos possam ser aplicados na vida.” Se pensarmos, por um lado, no método tradicional de ensino, pautado pelo processo de memorização e do outro lado, pensarmos no método pautado em competências, estaremos sobretudo realizando análises necessárias, haja vista que em muitos momentos decorar ou memorizar já não são sinônimos de aprender. Para tanto precisamos de um alinhamento entre teoria e prática. Neste aspecto, vamos analisar a citação a seguir: “Para desenvolver competências é necessário colocar o aluno em situações complexas, que exigem [...] a mobilização dos seus conhecimentos: um enigma a elucidar, um problema a resolver, uma decisão a tomar, um projeto a conceber e a desenvolver.” (GASPAR, 2004, p. 66, grifo das autoras) Observando o excerto de texto, podemos perceber que as competências não podem ser ensinadas, e sim, estimuladas, por isso, para que essas se desenvolvam nos estudantes, faz-se necessário que os professores estimulem e propiciem condições adequadas para tal. 11 Quando falamos em condições, equivale dizer proporcionar ambiente adequado, material didático que tenha objetividade e intencionalidade ou, ainda, atividades que realmente façam sentido e tenham significado para o estudante. Um destes grandes exemplos é quando trabalhamos em formato de projeto com os estudantes ou, ainda, quando estimulamos uma atividade prática vivenciada ou simulada. Vamos dar exemplos dos cursos de graduação, já que em diferentes momentos vocês serão chamados a desenvolver atividades de pesquisa, de ensino, de extensão, de laboratório, de práticas simuladas e vivenciais e até mesmo, em determinados momentos, estágios supervisionados práticos e de observação. Todas essas atividades mencionadas no parágrafo anteriorbuscam desenvolver competências relativas ao objeto de estudo de sua formação, sejam elas nas ciências humanas, exatas, sociais e aplicadas, saúde e assim por diante. Pois bem, durante nosso diálogo, já conceituamos o que são as competências, contudo, neste momento, vamos falar um pouco mais sobre as especificidades destas habilidades que precisamos desenvolver em nós, para que possamos ser estudantes cada vez mais engajados e profissionais cada vez mais capacitados. Mas, antes disso, vamos entender o significado da palavra engajamento. De acordo com o dicionário Michaellis da Língua Portuguesa, vamos ver o significado da expressão engajamento e engajar. Vocabulário Engajamento: ato ou efeito de engajar(-se). Engajar: alinhar-se à determinada ordem de ideias ou de ação coletiva; pôr-se a serviço de uma causa; empenhar-se, esforçar-se, lutar por; tomar parte em; encetar, entabular. Pelas expressões trazidas pelo dicionário, podemos perceber que uma pessoa engajada significa uma pessoa envolvida em um determinado processo 12 por acreditar nele. Portanto, um estudante engajado é um estudante envolvido e que faz parte ativamente do processo de ensino e aprendizagem. Além disso, vale ainda mencionar que o que está sendo discutido naquele momento de ensino e aprendizagem está fazendo sentido para ele. Portanto, o engajamento é uma competência importante para o estudante do século XXI, principalmente o estudante online. Nesse sentido, de acordo com Kearley (2011, p. 67): “[...] as pessoas apresentam comportamentos diferentes enquanto participam de discussões e conferências online. Algumas contribuem com frequência; outras leem todas as mensagens, mas raramente contribuem (as chamadas lurkers). O nível de participação é uma junção de vários fatores: (1) a assertividade ou timidez dos indivíduos; (2) seu interesse e envolvimento no assunto; (3) o conhecimento do software de rede que está sendo utilizado; (4) conveniência do acesso ao sistema; (5) suas habilidades de escrita e fala; (6) motivação/incentivo para participar. Dependendo de todos esses fatores, um indivíduo poderá ou não contribuir para a atividade online.” Pela citação anterior, podemos perceber que em ambientes online, o comportamento dos estudantes pode variar da mesma maneira que acontece em uma aula presencial, como exemplo, a timidez ao falar ao microfone ou ainda abrir a câmera, a dificuldade de manusear o ambiente, as habilidades voltadas para a fala e a escrita, tudo isso poderá influenciar positivamente ou negativamente a participação do estudante. Vale ainda mencionar, que para haver engajamento é necessário que haja “[...] colaboração, [e a atividade deve] ser baseada em problemas e ser autêntica. Colaboração significa interação entre alunos, professores e especialistas via e-mail, fóruns de discussão e conferência. Ser baseada em problemas significa que todas as atividades dos alunos envolvem a realização de atividades ou projetos, e não apenas testes ou exames. Ser autêntica significa que todo o material e todas as atividades do curso são realistas e estão diretamente ligados aos interesses dos alunos.” (KEARSLEY; SHNEIDERMAN, 1998, p. 69). Por isso, é muito importante o fornecimento de informações necessárias e pertinentes aos estudantes e é justamente por isso que vocês estudam esta disciplina, que buscará orientá-los nesta nova jornada acadêmica. Vamos agora discutir um pouco mais acerca de outras competências necessárias a nós 13 estudantes da educação a distância. Para tanto, observem o esquema a seguir com o apontamento dessas competências. Fonte: Acervo pessoal do autor. Cada uma dessas competências e habilidades fará com que nós, estudantes da EAD e da educação do século XXI, tenhamos um desempenho a cada dia melhor e que internalizemos de maneira mais eficaz as discussões realizadas durante os diferentes componentes curriculares. Principalmente, com tantos novos recursos humanos e tecnológicos, Valente (2014, p. 81) afirma que “Especificamente com relação à sala de aula, ela terá de ser repensada na sua estrutura, bem como na abordagem pedagógica que tem sido utilizada”. Vamos discutir em um primeiro momento a fluência digital, que a meu ver está relacionada sobretudo com os conhecimentos que precisamos adquirir acerca das tecnologias computacionais e digitais, até porque estamos realizando um curso de educação a distância, portanto precisamos estar atentos a tais modificações. Behar (2013) afirma que tal competência está diretamente ligada aos aspectos tecnológicos, isto é, a necessidade de sua utilização de maneira ativa e colocando o estudante como centro do processo, isto é, trabalhando os aspectos de atuação, produção e autoria, ou seja, o próprio protagonismo. Fluência digital Organização Planejtamento e flexibilidade Etiqueta online Comunicação Autonomia Reflexão Gestão do tempo Inteligência emocional 14 A segunda competência apresentada na imagem é a autonomia, que significa o processo de tomada de consciência de seus atos, bem como a decisão referente à determinada coisa. Um estudante autônomo é aquele entende suas responsabilidades frente ao processo de ensino e aprendizagem. A terceira competência é a reflexão, em que buscamos colocar o aluno como ativo no processo, além disso, refletindo sobre os fatos e artefatos do objeto de discussão. Dito de outro modo, refletir e discutir criticamente com base em sólidos argumentos. A quarta competência é a organização, costumo dizer que ela está diretamente relacionada com a gestão do tempo, sobretudo em virtude da autonomia que a educação a distância traz para os estudantes, estes precisam redobrar sua organização e entender que o tempo é fator crucial neste processo de aprendizagem. Além disso, gosto de dizer que estas duas competências se ligam ao planejamento e flexibilidade, por exemplo, você possui uma quantidade de conteúdos para estudar, por meio do planejamento você poderá se organizar com o uso de um cronograma e uma agenda para conseguir cumprir este programa de aprendizagem. Comunicação também se estabelece como competência, haja vista que em ambientes virtuais de aprendizagem além de possuirmos estes recursos, nós, enquanto estudantes da EAD, precisamos dominar tais recursos para o melhor acompanhamento dos conteúdos trabalhados. Outra competência existente e que precisamos desenvolver é a etiqueta online, da mesma forma que em ambientes presenciais, nos ambientes virtuais precisamos tomar alguns cuidados, por exemplo, no processo de escrita, o respeito com os colegas, o entendimento de que estamos em um ambiente colaborativo e que todos têm voz. Por fim, temos a competência da inteligência emocional, que está diretamente ligada à cognição, aos nossos processos de motivação, reconhecer nossas emoções e as dos outros, lidar com frustrações, saber reconhecer que passaremos por dificuldades e assim por diante. 15 Conclusão da aula 1 Durante esta aula, dialogamos bastante sobre questões importantes que precisaremos desenvolver durante nossa experiência discente e também em experiências futuras enquanto profissionais. Neste sentido, conversamos bastante sobre competência digitais e não digitais, necessárias a nós, estudantes e futuros profissionais, para além disso, falamos sobre o processo de organização do nosso processo de ensino e como as competências que precisamos desenvolver poderão colaborar com esta nova experiência. Atividades de Aprendizagem Vimos durante esta aula algumas das principais competências digitais necessárias aos profissionais e estudantes do século XXI, para tanto, para complementarmos nossos estudos, faça a leitura do artigo recomendado e na sequência, faça a resolução das questões. Leia Competênciasdigitais na educação: uma discussão acerca do conceito, de Ketia Kellen Araúdo da Silva e Patricia Alejandra Behar. Link: https://doi.org/10.1590/0102-4698209940. 1. Formule, a partir do que foi estudado, lido e compreendido, o conceito de competências 2. O que são competências digitais? Como as competências digitais estão presentes no dia a dia do estudante e do profissional? Aula 2 – História da educação a distância e bases legais Apresentação da aula 2 Olá, caro estudante, tudo bem? Que bom encontrá-lo nesta segunda aula, em que juntos iremos estudar e dialogar acerca da legislação que norteia a EAD. Além disso, olharemos e compreenderemos juntos quais foram as principais sínteses históricas que marcaram a EAD em âmbito nacional. https://doi.org/10.1590/0102-4698209940 16 “A EAD se apresenta há muito tempo como um caminho para a inovação e renovação educacional de que tanto precisamos em nosso país, seja no ensino regular e formal, seja na educação corporativa, seja na formação profissional continuada.” (NETO, 2012, p. 11). Nesta linha de pensamento, apresentada por Neto (2012), nesta aula, compreenderemos que a EAD partiu de necessidades postas em diferentes momentos históricos e estes, com o passar das gerações, foram incorporando e trazendo consigo aperfeiçoamento e mudanças até atingir o que conhecemos na contemporaneidade. Curiosidade Você sabia que, apesar do crescimento da EAD ter acontecido de forma mais acentuada nos últimos anos e principalmente nos anos de 2020 e 2021 devido à pandemia, essa forma de ensino já existe há mais de 200 anos? Link: https://diariodoestadogo.com.br/10-curiosidades-sobre-o-ead-97957/ No decorrer desta aula, traremos exemplos, indicação de leitura e muitos outros elementos, não deixe de realizar a leitura das indicações. Bons estudos! 2.1 Sínteses históricas da EAD Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/vintage-books-with-paper-scroll-feather-ink- pot-colored-sketch-decorative-concept-vector-illustration_1284- 2997.jpg?w=740&t=st=1654201567~exp=1654202167~hmac=53f3a2dee328fdd9e528 23ce5376d3be00ec16c8b4c4a03220240332068fccfa https://diariodoestadogo.com.br/10-curiosidades-sobre-o-ead-97957/ 17 Para começarmos nossas sínteses vale ressaltar que se você realizar as leituras de referência que abarcam o assunto desta aula, possivelmente encontrará outras abordagem e elementos históricos, sendo assim, iremos apresentar uma possível compreensão da EAD em âmbito nacional. “É comum lermos artigos, livros e até mesmo teses de doutorado que situam a origem da educação a distância em épocas cada vez mais remotas. Até as epístolas de São Paulo e os 10 Mandamentos bíblicos já foram citados como um dos marcos iniciais da EAD. Se assim fosse, poderíamos prosseguir nesse recuo até os primeiros livros, ou mesmo até as pinturas nas paredes das cavernas, posto que é muito relativo o que pode ser considerado por EAD em termos de história.” (NETO, 2012, p. 19). Alves (2007) explica que a EAD no Brasil é marcada por uma história de sucesso “[...] não obstante a existência de alguns momentos de estagnação, provocados por ausência de políticas públicas para o setor” (p.1). Muitas vezes quando olhamos para a contemporaneidade, podemos pensar que a EAD sempre foi como temos ciência neste século, contudo ela nem sempre foi assim, uma vez que possui um enredo histórico marcado por necessidades sociais e culturais que acarretaram a criação de políticas públicas para tal modalidade de ensino. Em tempos primórdios, o diálogo, a conversa entre as pessoas ocorria por meio da utilização e envio de correspondência. Esse meio de comunicação foi uma das principais formas de diálogo entre pessoas que estavam em espaços diferentes. Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/woman-receiving-mail-reading-letter_74855- 5964.jpg?w=740&t=st=1654201709~exp=1654202309~hmac=888d3b4bfb97219eeedf 06750ffe7c9dae7add1ba3e015c40364ce4e09bae084 https://img.freepik.com/free-vector/woman-receiving-mail-reading-letter_74855-5964.jpg?w=740&t=st=1654201709~exp=1654202309~hmac=888d3b4bfb97219eeedf06750ffe7c9dae7add1ba3e015c40364ce4e09bae084 https://img.freepik.com/free-vector/woman-receiving-mail-reading-letter_74855-5964.jpg?w=740&t=st=1654201709~exp=1654202309~hmac=888d3b4bfb97219eeedf06750ffe7c9dae7add1ba3e015c40364ce4e09bae084 https://img.freepik.com/free-vector/woman-receiving-mail-reading-letter_74855-5964.jpg?w=740&t=st=1654201709~exp=1654202309~hmac=888d3b4bfb97219eeedf06750ffe7c9dae7add1ba3e015c40364ce4e09bae084 18 Um dos primeiros marcos históricos na EAD que podemos citar refere-se à oferta de curso “pela Gazeta de Boston, na edição de 20 de março, onde o Prof. Caleb Philipps, de Short Hand, oferecia material para ensino e tutoria por correspondência” (ALVES, 2011, p. 86). Esse primeiro marco apontado por Alves ocorreu em 1728. Após essa iniciativa, tomada pelo professor Caleb, muitos outros professores seguiram e tomaram a mesma atitude, assim, no século XIX a EAD começa sua trajetória em âmbito institucional. Reflita Estudamos até o momento que a EAD nasceu por iniciativa do professor Caleb ao oferecer um curso com tutoria oferecida via correspondência, se esse professor não tivesse esta atitude, como você acha que a EAD seria posta como uma necessidade para os sujeitos? Será que ela seria como a conhecemos na contemporaneidade? Alves (2011) explica que em 1829 na Suécia foi inaugurado o Instituto Líder Hermondes, que proporcionou que mais de 150.000 pessoas realizassem curso de formação. O autor ainda aponta que em 1840 ocorreu a inauguração da primeira escola por correspondência da Europa, por meio da Faculdade Sir Isaac Pitman. “[...] Em 1856, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt criam a primeira escola de línguas por correspondência, em Berlim; em 1891, Thomas J. Foster inicia, em Scranton (Pennsylvania), o International Correspondence Institute; em 1892, o Reitor William R Harper, que já experimentara o ensino por correspondência na formação de professores para escolas paroquiais, cria a Divisão de Ensino por Correspondência no Departamento de Extensão da Universidade de Chicago [...].” (HERMIDA; BONFIM, 2006, p. 172). Em 1922 inicia-se os cursos por correspondência na União Soviética e em 1935 o Japanese National Public Broadcasting Service dá início a programas voltados à formação escolar por rádio com o objetivo de reforçar o processo de ensino dos seus escolares. 19 Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/hand-drawn-world-radio-day_23- 2148803467.jpg?w=740&t=st=1654201838~exp=1654202438~hmac=f3e6bc83beef2f4 59adf86782baee07cac5582bcbf07c923026df5a4bba65627 Reflita Até o momento perpassamos por dois meios de comunicação, isto é, o rádio e a correspondência, na sua opinião, quais são os outros meios de comunicação/recursos que influenciaram e auxiliaram no crescimento da EAD? Outros acontecimentos apontados por Alves (2011, p. 86) podem ser observados na figura a seguir: 20 Sínteses históricas da EAD. Fonte: Acervo pessoal do autor. 2.2 Sínteses históricas da EAD em âmbito nacional A EAD em âmbito nacional foi regulamentada como modalidade de Ensino pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (Lei n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996), que foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U) em 20 de dezembro de 2005. No artigo 80 da LDB, estabelece que: “Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. § 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. § 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de examese registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. § 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. 1947: transmissão das aulas de quase todas as matérias literárias da Faculdade de Letras e Ciências Humanas de Paris, França, por meio da Rádio Sorbonne. 1948: na Noruega, é criada a primeira legislação para escolas por correspondência. 1951: nasce a Universidade de Sudáfrica, atualmente a única universidade a distância da África, que se dedica exclusivamente a desenvolver cursos nesta modalidade. 1956: a Chicago TV College, Estados Unidos, inicia a transmissão de programas educativos pela televisão. 1972: na Espanha, é fundada a Universidade Nacional de Educação a Distância. 1977: ocorreu a criação da Universidade Aberta Nacional Alberta na Venezuela. 1960: na Argentina, nasce a Tele Escola Primária do Ministério da Cultura e Educação, que integrava os materiais impressos à televisão e à tutoria. 1968: é criada a Universidade do Pacífico Sul, uma universidade regional que pertence a 12 países- ilhas da Oceania 1971: a Universidade Aberta Britânica é fundada. 1969: no Reino Unido, é criada a Fundação da Universidade Aberta. 1978: na Costa Rica, é fundada a Universidade Estadual a Distância. 1984: na Holanda, é implantada a Univer-sidade Aberta. 1985: é criada a Fundação da Associação Europeia das Escolas por Correspondência. 1987: é divulgada a resolução do Par-lamento Europeu sobre Universidades Abertas na Comunidade Europeia. 1988: em Portugal, é criada a Fundação da Universidade Aberta. 1990: é implantada a rede Europeia de Educação a Distância, baseada na declaração de Budapeste e o relatório da Comissão sobre educação aberta e a distância na Comunidade Europeia. 21 § 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens e em outros meios de comunicação que sejam explorados mediante autorização, concessão ou permissão do poder público; II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais.” (BRASIL, 1996, s/p.) Saiba mais Para ampliar seu conhecimento sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), acesse a legislação completa. Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Provavelmente muitos dos registros históricos que deram origem à EAD no Brasil tenham se perdido no espaço-tempo, sem que tenhamos um registro dos seus acontecimentos. Um primeiro evento que encontramos refere-se à oferta de curso profissionalizante de datilografia que ocorreu em 1904 por meio dos anúncios de classificado e este, por sua vez, acontecia via correspondência. Em abril de 1923 é fundada no Rio de Janeiro a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, conhecida na contemporaneidade por Rádio MEC, que não foi fundada por uma instituição privada ou pelos órgãos governamentais, mas sim por cientistas e intelectuais do Rio de Janeiro. Alves (2011) nos explica que era “um grupo liderado por Henrique Morize e Edgard Roquette-Pinto [...] que oferecia curso de Português, Francês, Silvicultura, Literatura Francesa, Esperanto, Radiotelegrafia e Telefonia. Tinha início assim a Educação a Distância pelo rádio brasileiro” (p. 88). Em 1934, Edgard Roquette-Pinto constituiu a Rádio-Escola Municipal do Rio de Janeiro, onde os estudantes tinham acesso aos materiais das aulas por folhetos, esquemas-resumos e por correspondência. Cinco anos após surge em São Paulo a escola pioneira da EAD, conhecida como Instituto Munitor, sendo esta a primeira a ofertar cursos profissionalizantes a distância via correspondência, vale ressaltar que esta instituição existe até a contemporaneidade no estado de São Paulo. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm 22 “Tudo começou quando o imigrante húngaro Nicolás Goldberger aportando no Brasil, trouxe seu conhecimento técnico em eletrônica e resolveu instalar um pequeno negócio na região central de São Paulo em outubro de 1939. O prédio do então Instituto Radiotécnico Monitor, localizado na Rua Timbiras, acabou tendo um papel fundamental para a região e que faz parte da marca do Monitor: Transformação. Periodicamente, alunos do Instituto Monitor de todos os lugares chegavam ao prédio do Monitor para realizar provas, compartilhar conhecimentos e, também, procurar por peças para seus equipamentos. [...] Com o passar dos anos, a ampliação do portfólio de cursos do Monitor levou o grupo a ir muito além de cursos de eletrônica: foi acrescentada toda uma gama de cursos técnicos, profissionalizantes, supletivos e especialização [...].” (MONITOR, 2022, s/p.). Em 1947 surge a Universidade do Ar, que era patrocinada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Serviço Social do Comércio (SESC) e emissoras de rádio associadas. Essa instituição oferecia cursos voltados ao comércio via rádio. Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/dia-mundial-do-radio-desenhado-a-mao- com-toca-fitas-retro_23- 2148790413.jpg?w=740&t=st=1654202288~exp=1654202888~hmac=d4e35e7d654f53 fd93fbec749815925771bf0f8188b93fdd0820357f561fc5d4 Na época as aulas eram gravadas em discos de vinil e repassadas para as emissoras parceiras, que as transmitiam nas programações. Os estudantes recebiam as apostilas para acompanhar as aulas e estes possuíam auxílio dos monitores. Esse modelo estendeu-se até início da década de 60. É importante destacar que o SENAC continuou com suas atividades e na oferta de cursos até os dias atuais. Ainda no final da década de 50 início de 60, a “Diocese de Natal, Rio Grande do Norte, cria algumas escolas radiofônicas, dando origem ao https://img.freepik.com/vetores-gratis/dia-mundial-do-radio-desenhado-a-mao-com-toca-fitas-retro_23-2148790413.jpg?w=740&t=st=1654202288~exp=1654202888~hmac=d4e35e7d654f53fd93fbec749815925771bf0f8188b93fdd0820357f561fc5d4 https://img.freepik.com/vetores-gratis/dia-mundial-do-radio-desenhado-a-mao-com-toca-fitas-retro_23-2148790413.jpg?w=740&t=st=1654202288~exp=1654202888~hmac=d4e35e7d654f53fd93fbec749815925771bf0f8188b93fdd0820357f561fc5d4 https://img.freepik.com/vetores-gratis/dia-mundial-do-radio-desenhado-a-mao-com-toca-fitas-retro_23-2148790413.jpg?w=740&t=st=1654202288~exp=1654202888~hmac=d4e35e7d654f53fd93fbec749815925771bf0f8188b93fdd0820357f561fc5d4 https://img.freepik.com/vetores-gratis/dia-mundial-do-radio-desenhado-a-mao-com-toca-fitas-retro_23-2148790413.jpg?w=740&t=st=1654202288~exp=1654202888~hmac=d4e35e7d654f53fd93fbec749815925771bf0f8188b93fdd0820357f561fc5d4 23 Movimento de Educação de Base (MEB), marco na Educação a Distância não formal no Brasil” (ALVES, 2011, p. 88). O MEB deu o pontapé inicial para a democratização do acesso à educação, promovendo a alfabetização e o letramento dos jovens e adultos da época. Além destes marcos, a EAD continuou neste movimento saindo da educação via rádio e correspondência, migrando para a utilização da TV como recurso para transmissão de aulas atrelada aos materiais que eram enviados via correspondência e por fim, chegou ao advento das instituições de ensino superior que oferecem suas formações via Ambientes Virtuais de Aprendizagem que são hospedados na rede mundial de computadores. Mas você deve estar se perguntando e os outros acontecimentos históricos? Pois bem, para olharmos e compreendermos juntos organizamos na sequência outras sínteses históricas. Acontecimentos históricos da EAD Ano Acontecimento 1967 O Instituto Brasileiro de AdministraçãoMunicipal inicia suas atividades na área de educação pública, utilizando- se de metodologia de ensino por correspondência. Ainda neste ano, a Fundação Padre Landell de Moura criou seu núcleo de EAD, com metodologia de ensino por correspondência e via rádio. 1970 Surge o Projeto Minerva, um convênio entre o Ministério da Educação, a Fundação Padre Landell de Moura e Fundação Padre Anchieta, cuja meta era a utilização do rádio para a educação e a inclusão social de adultos. O projeto foi mantido até o início da década de 1980 1974 Surge o Instituto Padre Reus e na TV Ceará começam os cursos das antigas 5ª a 8ª séries com material televisivo, impresso e monitores. Universidade de Brasília cria cursos veiculados por jornais e revistas, que 24 1979 em 1989 é transformado no Centro de Educação Aberta, Continuada, a Distância (CEAD) e lançado o Brasil EAD. 1981 É fundado o Centro Internacional de Estudos Regulares (CIER) do Colégio Anglo Americano que oferecia Ensino Fundamental e Médio a distância. 1991 O programa “Jornal da Educação – Edição do Professor”, concebido e produzido pela Fundação Roquete- Pinto, tem início e em 1995, com o nome “Um salto para o Futuro”, foi incorporado à TV Escola. 1992 É criada a Universidade Aberta de Brasília, acontecimento bastante importante na Educação a Distância do nosso país 1995 É criado o Centro Nacional de Educação a Distância e nesse mesmo ano também a Secretaria Municipal de Educação cria a MultiRio (RJ), que ministra cursos de 6º a 9º ano, através de programas televisivos e material impresso. Ainda em 1995, foi criado o Programa TV Escola da Secretaria de Educação a Distância do MEC. 1996 É criada a Secretaria de Educação a Distância (SEED), pelo Ministério da Educação, dentro de uma política que privilegia a democratização e a qualidade da educação brasileira. Fonte: Elaborado pelo autor com base em Alves (2011) Após esses acontecimentos, com o advento da expansão da rede mundial de computadores, diversas instituições de ensino superior migraram dos seus espaços presenciais para o virtual, onde os seus professores, ao invés de ministrarem suas aulas em salas de aulas, passaram aos estúdios de gravação e as dúvidas dos discentes começaram a ser respondidas via fóruns, chat, quizzes enfim, de forma assíncrona ou síncronas. 25 Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/webinar-concept-illustration_114360- 4764.jpg?w=740&t=st=1654202541~exp=1654203141~hmac=74507ac6216b96a02a4 872d141be2a94d79817262ce916af906801e8af24704f Com a expansão das Tecnologias de informação e comunicação, as instituições de ensino foram se aperfeiçoando, buscando criar espaços interativos, dinâmicos e atrativos para seus estudantes, com diferentes materiais didáticos, como aulas escritas, videoaulas, trilhas de aprendizagem, entre outros recursos, que podem ser colocados conforme a criatividade da instituição. Conclusão da aula 2 Durante esta aula, dialogamos sobre alguns elementos da legislação e sínteses históricas da EAD em âmbito nacional e internacional. Olhamos e compreendemos que tudo começou de anúncios em classificados e chegamos ao universo da rede mundial de computadores. Fonte: Acervo pessoal do autor. 26 Estamos caminhando para o final da nossa aula, na qual nos será dada abertura para novos espaços de diálogo e formação sobre o tema, assim, indicamos a você o vídeo síntese dos principais acontecimentos que estudamos aqui, bem como outros apresentados pelo Canal Super Preparado para Cursos e Concursos. Saiba mais Para sistematizarmos e resumirmos a nossa conversa, acesse e veja o vídeo a seguir. Link: https://www.youtube.com/watch?v=ZjpGahGdrGQ O vídeo indicado já será um excelente material para lhe auxiliar na realização da atividade de aprendizagem da sequência, ótimo estudo e até a próxima aula. Atividades de Aprendizagem Nesta aula, estudamos a legislação e algumas sínteses históricas da EAD em âmbito nacional. Para esse momento em que estamos chegando ao final do tema, mas com uma abertura para novos caminhos de estudo, convidamos você a constituir uma linha histórica da EAD, partindo do artigo disponível a seguir. Link: http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pd f Para lhe trazer algumas ideias deixamos a indicação de um possível caminho que você poderá seguir para orientá-lo em sua atividade, conforme apresentamos na sequência: Fonte: https://43c98ba262.cbaul- cdnwnd.com/d507935b61e40775b6329c55e41350d3/200000047- 282d12926d/linha1-3.jpg?ph=43c98ba262 https://www.youtube.com/watch?v=ZjpGahGdrGQ http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf 27 Além da indicação anterior, você também poderá consultar o vídeo a seguir, que nos apresenta aspectos históricos da EAD. Link: https://www.youtube.com/watch?v=kDNXWO3_vbw Aula 3 – Técnicas de estudo de tecnologias educacionais Apresentação da aula 3 Olá, caros estudantes, chegamos à nossa terceira aula da disciplina de Fundamentos da Educação a Distância. Nesta aula, conversaremos acerca de tecnologias gerais e tecnologias educacionais, bem como técnicas de estudos que podemos utilizar para melhorar nosso desempenho nesta jornada que é estudar na modalidade de educação a distância. Vamos lá? 3.1 O que são tecnologias e tecnologias educacionais? Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/jovem-afro-americano-gritando-em-oculos- vr-em-neon-em-fundo-gradiente-retrato-masculino_155003- 27280.jpg?w=740&t=st=1654257362~exp=1654257962~hmac=2eaa5a745ffa78b29fcb c9a74f39938608935169c9394df048dea272fa994cdf Muito provavelmente quando você pensa em tecnologia, a primeira coisa que lhe vem à cabeça são computadores, tablets, smartphones, acertei? Neste sentido, quero desmistificar a palavra tecnologia para você. Muito embora estejamos mais acostumados a associar a palavra tecnologia aos aspectos digitais, tecnologia em seu conceito puro significa tudo aquilo que https://www.youtube.com/watch?v=kDNXWO3_vbw 28 busca melhorar um processo. Portanto, quando afirmo que a roda, o fogo, o rádio, o papel, o quadro de giz são tecnologias, realmente são, pois buscam melhorar uma determinada atividade. Portanto, de acordo com Silva (2021), compreender a tecnologia é compreender a própria história da humanidade, a medida em que a sociedade evolui, novas formas de tecnologias são desenvolvidas e incorporadas a esta sociedade. Pensando nessa evolução, Kampff (2012, p. 11) comenta que a criatividade dos seres humanos: “[...] é despertada por sua interação com o mundo, na construção de novos conhecimentos, na ação transformadora. O homem, dos primórdios aos dias atuais, produz tecnologias: movido por suas necessidades e desejos, inventa artefatos que modificam o mundo e a sua forma de relacionar-se com ele. [...] Das ferramentas rudimentares da agricultura às modernas colheitadeiras, do tratamento das primeiras peles que aqueciam o corpo às roupas antifogo dos pilotos de automobilismo, dos primeiros desenhos às máquinas fotográficas digitais e softwares de edição gráfica, a tecnologia é útil e fascinante.” Neste limiar, fica evidente que a tecnologia parte do trabalho e da necessidade dos seres humanos de aprimorar cada vez mais as atividades e estas tecnologias buscam moldar o estilo de vida dos sujeitos, dando-lhes mais conforto e interatividade com seus pares. De acordo com Silva (2021), as tecnologias se configuram como técnicas, recursos e aparatos que buscam dar resolutivas a problemas e conflitos da sociedade e das pessoas. Vamos analisar a palavra tecnologia pelo viés linguístico e filosófico. Vocabulário Vamosanalisar a conceituação de tecnologia apresentada pelo dicionário Michaelis da língua portuguesa, (2022). • Conjunto de processos, métodos, técnicas e ferramentas relativos à arte, indústria, educação etc.: “O ensaio me pareceu muito bem craniado. Só notei que estás demasiadamente fascinado pela tecnologia. Daí a aceitar sem reservas a tecnocracia é um passo muito curto” (EV). • Conhecimento técnico e científico e suas aplicações a um campo particular: “Os serviços de informação e inteligência do Departamento de Estado norte-americano já dispunham de tecnologia suficiente para 29 rastrear o encontro num quarto de hospital de dois personagens secundários […]” (CA). • POR EXT Tudo o que é novo em matéria de conhecimento técnico e científico. • Linguagem peculiar a um ramo determinado do conhecimento, teórico ou prático. • Aplicação dos conhecimentos científicos à produção em geral: Vivemos o momento da grande tecnologia. Pois bem, percebemos que tecnologia vai para além da simples aplicação de técnicas, sendo um conjunto de conhecimentos que agrupados são capazes de fazer a diferença em nossas vidas e sobretudo em nossas rotinas. Por exemplo, alguns anos atrás, se precisássemos realizar transferências bancárias, precisávamos nos direcionar fisicamente a uma agência bancária e utilizar os caixas eletrônicos, hoje, temos uma agência bancária na palma de nossas mãos e conseguimos realizar todas as operações por meio dos aplicativos. Da mesma forma, podemos mencionar a educação, há algum tempo, não tínhamos a oportunidade de realizar graduação e pós-graduação de maneira online, isto é, precisávamos estar presencialmente todos os dias na faculdade para conseguirmos a obtenção do tão sonhado diploma, hoje, a faculdade entra em nossas casas e conseguimos estudar onde e quando quisermos. Conseguiu compreender que a tecnologia vem para modificar os paradigmas do tempo e espaço? Agora que já conseguimos conceituar tecnologias em seus aspectos mais amplos, quero afunilar um pouco mais até chegarmos à tecnologia da informação, da comunicação e da educação. O que é essa tecnologia da informação e da comunicação, ou simplesmente TICs, “são o conjunto de partes (quaisquer) que gerem informações, ou, também, o conjunto de software, hardware, recursos humanos e respectivos procedimentos que antecedem e sucedem o software” (REZENDE, 2002, p. 84). Conforme o próprio nome já diz, as tecnologias da informação e comunicação são aquelas que geram uma interatividade, ou seja, comunicação entre os pares, e geram também informação e conhecimento. Essas tecnologias podem ser utilizadas em todos os segmentos da sociedade, por exemplo, os 30 sistemas bancários, de supermercado, o ambiente virtual de aprendizagem (AVA), os e-mails, todos são desenvolvidos com base em tecnologia e podem ser considerados tecnologias da informação e da comunicação. Agora que classificamos o que são tecnologias da informação e da comunicação, o que acham de falarmos um pouco sobre as tecnologias educacionais e a importância da aplicação delas e da informática na educação? Valente (1998) afirma que: “As novas modalidades de uso do computador na educação apontam para uma nova direção o uso desta tecnologia não como máquina de ensinar, mas, como uma nova mídia educacional: o computador passa a ser uma ferramenta educacional, uma ferramenta de complementação, de aperfeiçoamento e de possível mudança na qualidade do ensino.” (p.6) Vamos analisar a citação de Valente, quando ele diz melhorar a qualidade do ensino, é justamente pelo fato de que a partir da computação e destas tecnologias, podemos ampliar tanto o acesso quanto a permanência, por exemplo, no ensino superior, a educação, por meio das tecnologias, chegam a lugares que antes não chegavam. Ainda, analisando a citação, percebe-se a importância da tecnologia para a ampliação dos conhecimentos, o estudante já chega com uma bagagem de conhecimento diferenciada, por exemplo, tenho certeza de que vocês que escolheram um curso de graduação, pesquisaram bastante antes sobre a grade curricular, sobre o perfil do curso, e foi pela Internet esta busca. Evidencia-se um desenvolvimento de competências de autonomia e desenvolvimento pessoal, além disso, um novo paradigma de docência, em que: “Observa-se, a partir dessas considerações, que o professor deixou de ser a única referência do aluno quando se trata de encontrar informações; porém, sua responsabilidade tem se mostrado ainda maior, pois seus alunos utilizam-se das várias modalidades do Google e Wikipédia para pesquisar tudo e todos quantos já se encontram publicados, e o professor nem sempre é a primeira opção de busca” (PEREIRA, 2011, p. 930). Conseguem perceber pela citação anterior, que o perfil do estudante se modificou em virtude da ampliação das tecnologias e difusão maior e mais rápida 31 de conhecimento? Isso se torna imprescindível, pois cria um maior desafio aos professores ao tentar mediar todos estes elementos. Os professores, hoje, precisam trazer elementos do cotidiano e das tecnologias para suas aulas, pois do contrário, não conseguirão prender a atenção dos estudantes, justamente por este motivo, temos uma aula para tratarmos sobre metodologias ativas aqui em nossa disciplina. “Diante desse novo panorama, compreende-se que a utilização de redes e mídias sociais na educação é um fato, e, assim sendo, o professor precisa estar aberto e atento para conhecer e aplicá-las a sua prática de sala de aula, sob pena de se tornar desatualizado e acabar por transformar as aulas em algo pouco atrativo aos olhos cada dia mais aguçados e curiosos de seus alunos” (PEREIRA, 2011, p. 930). Uma tendência que cresce cada vez mais é a utilização das redes sociais, os famosos memes, os emoticons, para fazer despertar o interesse dos estudantes. Neste sentido, Cupani (2016, p. 12) afirma que “[...] aquilo que denominamos tecnologia se apresenta, pois, como uma realidade polifacetada: não apenas em forma de objetos e conjuntos de objetos, mas também como sistemas, como processos, como modos de proceder, como certa mentalidade”. Ainda na perspectiva do autor: “[...] a maioria das tecnologias utilizada como auxiliar no processo educativo não são nem um objeto e nem a sua substância nem a sua finalidade. Elas estão presentes em todos os momentos do processo pedagógico desde o planejamento das disciplinas, a elaboração da proposta curricular até a certificação dos alunos que concluíram o curso. A presença de uma determinada tecnologia pode induzir profundas mudanças na maneira de organizar o ensino. Um pequeno exemplo disso é o ensino do idioma baseado exclusivamente nos livros didáticos e na pronúncia da professora em aulas expositivas; ele será bem diferente do mesmo ensino realizado com apoio docente, mas com a possibilidade de diálogo, conversas e trocas comunicativas entre os alunos.” (p.44). Portanto, percebam que tecnologias educacionais constituem-se como a utilização estratégica e consciente de princípios, métodos e técnicas que possam contribuir para reorientação e melhoria do ensino, dentro de uma perspectiva globalizante, histórica e crítica (MAZZI, 1986, p. 46 apud CROCHIK, ibidem, p. 111). Ainda nesta perspectiva: 32 “Na medida que a TE constitui o estudo teórico-prático da utilização das tecnologias, objetivando o conhecimento, a análise e a utilização crítica destas tecnologias, ela serve de instrumento aos profissionais e pesquisadores para realizar um trabalho pedagógico de construção do conhecimento e de interpretação e aplicação das tecnologias presentes na sociedade” (SAMPAIO e LEITE, 1999, p. 25). Vale ressaltar que as tecnologias educacionais não cooperam apenas com os professores provendo recursos e metodologias para o ensino, mas também cooperam com osestudantes, proporcionando engajamento e ainda técnicas específicas de estudo, para tanto podemos citar os diferentes tipos de aplicativos existentes. Saiba mais Que tal realizarmos a leitura da obra Tecnologias Educacionais, organizada pelos professores Mônica Maria Siqueira Damasceno e Ricardo Damasceno de Oliveira. Link: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/600539/2/COLETANEA%20TE CNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS.pdf 3.2 Técnicas de estudos e o uso das tecnologias É evidente que para que melhor possamos aprender, precisamos primeiramente identificar qual é a minha modalidade de aprendizagem, isto é, de que maneira eu aprendo mais facilmente, ou ainda, qual meu canal de recepção das informações. Cada um de nós possui um estilo diferente de aprendizagem, uns aprendem mais ouvindo, outros aprendem mais escrevendo resumos, outros lendo e outros aprendem pela experimentação e pela prática. Existe uma teoria chamada teoria das inteligências múltiplas, que busca dizer que não existe apenas um tipo de inteligência, mas sim várias, isto é, existem pessoas que são mais auditivas, mais visuais, mais linguísticas, mais lógicas, mais sinestésicas, mais corporais e assim por diante. Quando entendemos o nosso funcionamento relativo à aprendizagem, conseguimos aprender melhor e com mais qualidade. https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/600539/2/COLETANEA%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/600539/2/COLETANEA%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS.pdf 33 Saiba mais Que tal realizarmos a leitura da história em quadrinhos a seguir, que relata situações nas quais podemos entender como funciona a teoria das inteligências múltiplas. Link: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/585455/2/HQ%20M%C3%9ALT IPLAS%20INTELIG%C3%8ANCIAS%20DE%20GARDNER.pdf Agora que compreendemos os estilos de aprendizagem, o que acham de investigarmos um pouco sobre possibilidades de técnicas de estudos, para que vocês possam aplicar em suas rotinas? A aplicação, seleção e identificação da técnica de estudo que mais faça significado para mim, busca maximizar os resultados da aprendizagem, bem como fazer com que tenhamos uma organização mais efetiva de nossa rotina de estudos e sobretudo realizar uma gestão do tempo mais adequada. O primeiro aspecto que precisamos observar quando se estuda na modalidade EAD é o ambiente adequado, isto é, você precisará estar atento e focado, tendo em vista que você estará em casa ou em outro ambiente selecionado por você, mas sobretudo o ambiente precisa ser calmo, e ter uma mesa, para que você possa dispor seus materiais, computador, celular ou outro equipamento utilizado por você para assistir às aulas. Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/feche-a-mao-fazendo-anotacoes_23- 2148888827.jpg?w=826&t=st=1654257861~exp=1654258461~hmac=89b5f0ab853e7b 406cc44e9824e5b521b71f63d49859dd9202d6fbb06547e2f6 https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/585455/2/HQ%20M%C3%9ALTIPLAS%20INTELIG%C3%8ANCIAS%20DE%20GARDNER.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/585455/2/HQ%20M%C3%9ALTIPLAS%20INTELIG%C3%8ANCIAS%20DE%20GARDNER.pdf 34 Neste sentido, vale ainda lembrar que é importante sempre deixar uma garrafa de água próxima a você, isto é, para que se mantenha hidratado. Outro aspecto importante é a necessidade de se afastar de distrações, coloque os celulares no mudo, desabilite os alarmes, para que sua concentração não seja cortada. Outra questão que precisamos entender é o desenvolvimento de uma rotina adequada de estudos, isto que sabemos que se você optou por um curso na modalidade a distância, significa que você precisa de flexibilidade e autonomia nos estudos, mas isso não significa dizer que você não precisará de uma rotina. Para maximizar sua aprendizagem, será necessário você sempre estipular dias específicos da semana e horários específicos para que possa assistir às aulas, realizar as atividades, bem como fazer e ampliar as pesquisas acerca do assunto tratado. Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/calendario-para-o-evento-de-negocios-de- planejador-agenda-agenda-planejamento-reserva-linha-do-tempo-lembrete-de- pagamento_101448-7.jpg?w=740 Outra perspectiva importante a se observar é o calendário acadêmico de seu curso, isto é, você deverá entregar atividades e observar todo o sistema avaliativo, você terá prazos a cumprir, portanto uma gestão do tempo adequada será necessária. Uma dica para não se perder em meio a tantas informações é utilizar as agendas do seu celular com os principais eventos, ou ainda, colocar 35 os alarmes para realizar lembretes, ou podemos ainda optar por meios tradicionais, como a agenda em papel. Pensando em educação a distância, desenvolver mecanismos de atenção são primordiais, principalmente nas aulas gravadas ou aulas síncronas, tendo em vista que você estará em um ambiente que não é a sala de aula física e presencial, mas sim uma sala de aula virtual. É sempre interessante realizarmos um movimento para percebermos de que maneira nos motivamos, quando eu entendo o que me motiva, meus mecanismos atencionais serão logo ativados. Quando for assistir a uma videoaula, certifique-se de que tem todo o material necessário, por exemplo, separe seu caderno para anotação, realize as anotações dos pontos principais que lhe chamaram a atenção, anote as possíveis dúvidas para perguntar aos professores, ou ainda para ampliação de seu processo de pesquisa. Algumas técnicas são importantes para que possamos esquematizar todos os nossos estudos, por exemplo, o desenvolvimento de mapas mentais ou mapas conceituais, que são representações gráficas do conteúdo que estudamos, isto é, podemos organizar aquele conteúdo da forma como eu entendo, isso facilita bastante quando temos uma grande quantidade de conteúdo para estudarmos. Em nossa disciplina, existe um mapa conceitual, que vocês podem tomar como exemplo. Saiba mais Que tal aprendermos a desenvolver mapas conceituais? Para tanto assista ao vídeo a seguir Psicologia da Aprendizagem - Aula 13 - O que são mapas conceituais: https://www.youtube.com/watch?v=aF0UbIdN1Eg Adiante nas técnicas, temos ainda a importância das anotações durante a aula, essas anotações servem para a sua compreensão melhor do conteúdo, ou ainda, as anotações podem ser uma releitura daquilo que você compreendeu, de uma maneira diferente da que o professor explicou, vale lembrar ainda que questionamentos podem ser anotados para posterior pergunta ao professor ou ampliação da pesquisa, conforme dito anteriormente. https://www.youtube.com/watch?v=aF0UbIdN1Eg 36 Outra técnica, é a própria leitura, existem pessoas que possuem dificuldades de permanecer muito tempo lendo, contudo o que importa não é a quantidade e sim a qualidade da leitura. Para termos um bom aproveitamento dos textos, faz-se necessário um planejamento da quantidade de material preciso ler e dividir isso pelo tempo que tenho, isto é, os prazos. A técnica de sublinhar é de extrema importância, pois durante a leitura atenta, conseguimos extrair pontos importantes que são os fios condutores daqueles conteúdos que estou estudando. Durante este processo de sublinhamento, posso ainda realizar apontamentos e conexões que fiz durante aquela leitura. Com o advento da Internet e dos mecanismos de buscas, temos ainda a possibilidade de consultar dicionários online, isto é importante, pois durante o processo de sublinhamento você poderá se deparar com conceitos e palavras que até então são desconhecidas por você. 3.3 A utilização e o papel do ambiente virtual de aprendizagem Os ambientes virtuais de aprendizagem constituem ferramentas importantes para o ensino e aprendizagem em educação a distância, além de possuírem ferramentas tecnológicas poderosas,possuem elementos de mediação digital que levam o estudante a refletir sobre suas ações de estudo. Vamos elucidar mais um pouco: em um modelo presencial, temos a sala de aula com as carteiras, a lousa e os colegas, na educação a distância a sala de aula se torna virtual, isto é, o próprio AVA, as lousas se tornam as vídeoaulas, e os colegas ainda continuam lá, só que de maneira virtual, a comunicação se dá por meio dos chats, aulas síncronas e fóruns interativos. Neste aspecto, segundo Martins, Tiziotto e Cazarini (2016, p.114), os ambientes virtuais de aprendizagem “têm por objetivo principal figurar como um espaço de construção do conhecimento por meio do desenvolvimento de atividades educativas, mediadas pelo uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), valorizando a interação e o trabalho colaborativo” Neste aspecto, os autores ainda elencam algumas das possibilidades que podem ser trabalhadas dentro dos ambientes virtuais de aprendizagem, sendo eles: 37 a) Comunicação de maneira síncrona e assíncrona b) Armazenamento de arquivo pelos estudantes, como se fosse um repositório c) Recursos de tutoria, fóruns, chats, FAWS, vídeos, materiais escritos, dentre outros d) Acesso a conteúdo e multimídia e) Realização de atividades e avaliações f) Promove autonomia g) Desenvolve habilidades de gestão e autogestão Conclusão da aula 3 Estudar na modalidade a distância requer empenho, autonomia e dedicação, muito embora algumas pessoas acreditam que estudar em EAD é tarefa fácil, contudo requer um grande planejamento e competência discente. Neste sentido, deixamos neste material algumas dicas e possibilidades para o melhoramento do seu desempenho acadêmico e em sua jornada neste curso graduação. Atividades de Aprendizagem Nesta aula, falamos um pouco sobre as modalidades de aprendizagem, e como cada um aprende, para tanto, acesse o link abaixo e realize o teste que busca identificar qual sua predominância de inteligência, assim, você poderá entender um pouco mais sobre seu funcionamento relativo à aprendizagem. Link: http://idaam.edu.br/ambiente/multiplas-inteligencias/teste-multiplas- inteligencias.html link:%20http://idaam.edu.br/ambiente/multiplas-inteligencias/teste-multiplas-inteligencias.html link:%20http://idaam.edu.br/ambiente/multiplas-inteligencias/teste-multiplas-inteligencias.html 38 Aula 4 – Criatividade, metodologias ativas e processos avaliativos na EAD Apresentação da aula 4 Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/learning-concept-illustration_114360- 3896.jpg?w=740&t=st=1654259878~exp=1654260478~hmac=185076f07391f67c2ef1a 44d3c76d008ce2d17ecd779c7a867788e4c3641952d Olá, caro estudante, tudo bem? Nesta aula estaremos juntando elementos voltados à criatividade, afetividade, autoria, bem como possibilidades de estratégias didáticas que podemos utilizar para o ensino na EAD. Porém, antes de continuarmos nossa apresentação é importante lembrarmos que, “A educação, antes de ser adjetivada por qualquer modalidade (a distância, por exemplo, ou qualquer outra característica específica), é educação, ou seja, um processo histórico de criação do ser humano pela sociedade e para a sociedade e, ao mesmo tempo, de transformação da sociedade pelo ser humano em benefício de si mesmo [...]” (LOPES, PEREIRA, 2017, p.11). Por isso é pertinente compreendermos que a educação é oriunda das relações sociais e das experiências da humanidade. Imaginemos que estamos em casa sozinhos, neste caso, estamos repletos de situações sociais, por exemplo, a cadeira é oriunda de uma necessidade, a mesa, a caneta, a nossa casa, que na Idade da Pedra, era as cavernas. “Preti (2002) considera importante abandonar o debate sobre as especificidades da EaD, para que as discussões e os estudos sejam centrados nos fundamentos da educação e nos diferentes caminhos de construção da teoria e da prática educativa, da práxis pedagógica e 39 social. Com isso, evita-se o perigo de considerar a EaD como um hiato, um fenômeno único, desligado do seu contexto, que é a realidade da educação. Ao se falar de EaD, é necessário “não centrar o foco na ‘distância’, e sim nos processos formativos, na educação, fazendo recurso a abordagens contextualizadas, situadas, críticas e libertadoras da educação” (PRETI, 2002, p. 29). (LOPES, PEREIRA, 2017, p. 16). Assim, na sociedade a educação aos poucos veio ganhando novos rumos até a contemporaneidade. Como olhamos anteriormente, a EAD é regulamentada e reconhecida pelo Ministério da Educação – MEC, como sendo uma modalidade educacional vigente, em âmbito do Ensino Superior, que aos poucos está migrando para outros espaços, como a Educação Básica e os ambientes corporativos. Reflita Como seria uma Educação a Distância em um ambiente corporativo? Como o que já estudamos até o momento, quais os elementos essenciais para o desenvolvimento da Educação a Distância? Por que é importante sermos criativos e utilizamos recursos e metodologias diferenciados ao pensar na Educação a Distância? Quais outros espaços onde conseguimos encontrar a EAD? 4.1 Criatividade e autoria na elaboração de material didático para a EAD Para começar nosso estudo neste tópico convidamos você a fazer algumas reflexões, sendo: Reflita Por que necessitamos ser criativos ao pensarmos na EAD? O que precisamos pensar ao adotar e olhar as tecnologias para a EAD? Pois bem, somente com essas perguntas poderíamos ficar dialogando páginas e páginas e não chegaríamos a uma conclusão definitiva. A nossa 40 intenção não é esta. Para tentarmos começar a compreender alguns desses elementos, Kenski (2009, p.46) nos explica que: “Assim como na guerra, a tecnologia também é essencial para a educação. Ou melhor, educação e tecnologias são indissociáveis. Segundo o dicionário Aurélio, a educação diz respeito ao “processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social”. Para que ocorra essa integração, é preciso que conhecimentos, valores, hábitos, atitudes e comportamentos do grupo sejam ensinados e aprendidos, ou seja, que se utilize a educação para ensinar sobre as tecnologias que estão na base da identidade e da ação do grupo e que se faça uso delas para ensinar as bases dessa educação.” Nesta passagem apresentada pela autora, ela nos traz uma excelente reflexão que precisamos ter, isto é, a tecnologia por si só não contribuirá para o desenvolvimento de uma educação integral do sujeitos, mas sim, proporcionará um meio de campo que será possível a partir de ações pensadas e planejadas que promovam no sujeito a curiosidade, a busca e deixe-o intrigado em querer conhecer sobre o que está sendo apresentado em determinado material, seja ele escrito ou falado (videoaulas, por exemplo). Vejam que um dos elementos que conduz é os recursos tecnológicos que são os artefatos, mas quem é o grande mentor deste processo é o professor que está o tempo todo por trás das câmeras, gravando, convidado você, por meio de atividades, a aprimorar-se no assunto e, realizando sistematizações escritas como um fio condutor para seus estudos e todo esse processo só será possível por intermédio dos recursos tecnológicos, como o Ambiente Virtual de Aprendizagem. “Não basta adquirir a máquina, é preciso aprender a utilizá-la, a descobrir as melhores maneiras de obter da máquina auxílio nas necessidades de seu usuário. É preciso buscar informações, realizar cursos, pedir ajuda aos mais experientes, enfim, utilizar os mais diferentes meios para aprender a se relacionar com a inovação e ir além, começar a criar novas formas de uso e, daí, gerar outras utilizações. Essas novas aprendizagens, quando colocadas em prática, reorientam todos os nossosprocessos de descobertas, relações, valores e comportamentos.” (KENSKI, 2009, p. 46-47). Ao pensar em uma aula, o professor, que neste momento passa a ser o autor do seu material, buscar apresentar-lhe curiosidades, sínteses históricas, bem como indicações de ampliações sobre o assunto. Talvez você esteja se 41 perguntando por que se sugere essas ampliações? Pois bem, basta compreendermos que “As descobertas feitas pelo homem no decorrer da história permitiram- lhe continuar existindo e ir melhorando suas condições de existência. À diferença dos outros seres vivos, o ser Humano não apenas adapta- se ao meio, mas conhecendo-o, é capaz de adaptá-lo e torná-lo mais apropriado às suas necessidades, melhorando suas condições de vida. Então, para o homem, conhecer é uma questão de sobrevivência [...]” (LOPES, PEREIRA, 2017, p. 10). Um aspecto importante que precisamos compreender quando se trata de autoria para a EAD, é que o material deve ser claro, dialogado, proporcionando ao seu receptor a curiosidade, clareza e o entendimento do seu conteúdo, pois imaginemos você lendo sobre o assunto com uma linguagem rebuscada que a cada momento faz-se necessário parar e buscar o significado para continuar a leitura, isso acaba desmotivando o sujeito aprendente. E quem já não passou por isso, não é mesmo? Pois bem, antes de finalizamos esse tópico, vamos realizar uma síntese das palavras-chave, conforme apresentado na sequência: Resumo dos conceitos estudados Fonte: Acervo pessoal do autor. 42 Antes de finalizamos gostaríamos de lhe convidar a realizar a leitura do capítulo 3 do livro abaixo: Saiba mais Amplie seus estudos acerca das tecnologias e a educação com a obra de Vani Moreira Kenski, denominada “Educação e Tecnologias: O Novo Ritmo da Informação” publicada pela editora Papirus. 4.2 Metodologias ativas e a educação a distância Para começarmos o dialogo sobre as Metodologias Ativas na EAD gostaríamos de lhe convidar para fazermos uma parada e compreendermos alguns conceitos, vamos lá? Vocabulário Segundo dicionário Michaelis online encontramos que: Metodologia: parte da lógica que trata dos métodos aplicados nas diferentes ciências; estudo dos métodos, especialmente dos métodos científicos; conjunto de regras e procedimentos para a realização de uma pesquisa. Ativo: que se caracteriza pela ação ou prática e não pela contemplação ou especulação; objetivo, prático, pragmático; que tem ou demonstra prontidão, diligência; diligente, expedito, rápido; que está sempre em atividade; atuante, participante, presente; que trabalha com energia e rapidez; atuante, ocupado, produtivo; diz-se de verbo que exprime ação. Podemos perceber que quando falamos em metodologias ativas (ativo – origem) estamos referindo-nos ao ato de realizar algo, fazer, ultrapassando a barreira de encontrar alunos receptores de informação. Quando pensamos na EAD, pensamos na aprendizagem dos sujeitos que questão em outro espaço, mas estudando, dialogando, interagindo e aprendendo com material, pesquisa e videoaulas. 43 Relação professor-estudante e as metodologias ativas Fonte: Acervo pessoal do autor. Na contemporaneidade emergiram novos caminhos que podemos adotar para pensar a EAD, como as metodologias ativas, que trazem consigo a motivação, engajamento e o ato de aprender fazendo, tirando o sujeito da situação de apenas receber o conhecimento, fazendo dele um cooperador na apropriação e aprimoramento dos conceitos que estão sendo estudados. Porém, é pertinente destacar que esse processo dinâmico necessita estar pautado em um fundamento norteador, pois, conforme explica Lopes e Pereira (2017, p. 12) que: [...] é necessário ressaltar a importância da teoria, uma vez, que de acordo com Pinto (2000, p. 59), “não há educação sem ideia de educação”. O processo educacional é dirigido por essa ideia de educação, seja ela implícita, seja explícita. Por essa razão, tal processo social, histórico-antropológico, tem um caráter marcadamente ideológico. Portanto, “não há educação sem teoria da educação” (op. cit.). Esse embasamento na educação é o fio condutor para emergirem novas formas de ensinar e aprender, por meio da utilização de tecnologias digitais, as quais, por ações panejadas, auxiliam a inversão dos papéis, em que o professor torna-se mediador do processo educativo. Para que esse caminho seja traçado ao pensar na EAD, podemos estabelecer a interseção de conjuntos entre o professor que está planejando sua aula e os recursos tecnológicos. Professor Professor e Estudante Mediador Instigador e condutor Autônomo Centro do processo Guiado pelo professor Aprendizagem Estudante 44 Conhecimento Pedagógico e Tecnológico Fonte: Acervo pessoal do autor. Pois bem, você deve estar se perguntando quais são as metodologias que podemos adotar ao pensar na EAD, um exemplo é a Gamificação, que adotada como caminho a mecânica dos jogos, visando motivar, engajar e intigar o estudante a chegar a um determinado objetivo, e para que isso aconteça, este deverá passar por desafios cada vez mais complexos que lhe demandam conhecimento e estudo sobre o assunto. Existem diferentes concepções e compreensões acerca da gamificação, mas ela, como caminho metodológico, proporciona ao estudante níveis de dificuldades e este, no decorrer do caminho, vai conquistando prêmios e ganhando poderes (no contexto criado), por exemplo, para chegar ao término. “Gamificação tem como base a ação de se pensar como em um jogo, utilizando as sistemáticas e mecânicas do ato de jogar em um contexto fora de jogo. Vianna et al. (2013) consideram que gamificação abrange a utilização de mecanismos de jogos para a resolução de problemas e para a motivação e o engajamento de um determinado público. Para os autores isso não significa, necessariamente, a participação em um jogo, mas a utilização dos elementos mais eficientes – como mecâ- nicas, dinâmicas e estética – para reproduzir os mesmos benefícios alcançados com o ato de jogar.” (BUSARELLO; ULBRICHT; FADEL, 2014, p. 15) Para entendermos como pode-se utilizar a gamificação no âmbito da EAD, imaginemos uma aula de matemática. Nesta aula o professor almeja ensinar as ideias associadas à adição, isto é, juntar/reunir ou acrescentar. Para isso ele Conhecimento pedagógico + tecnológico. Conhecimento tecnológico Conhecimento Pedagógico 45 utilizará o embasamento da EAD e os conhecimento matemáticos e tecnológicos. Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/two-kids-calculating-classroom_1308- 28992.jpg?w=740&t=st=1654261203~exp=1654261803~hmac=033456d7c44039c7ac a03307c20d8c0f3c4d63be857cd053c57ef024b92231a5 Pensando na gamificação, esse professor organiza o espaço de aprendizagem inicialmente com uma videoaula, na qual ocorre a explicação dos conceitos com alguns exemplos. Na sequência é apresentado o conteúdo síntese na forma de um livro. O professor, pensando em motivar e engajar ainda mais seus alunos, organiza um quiz interativo, no qual o estudante necessita perpassar várias etapas para chegar ao final da sequência didática planejada. Portanto em cada etapa o estudante necessita passar pelos desafios, quando acerta este ganhará 2 pontos e se errar terá um decréscimo de 1 ponto. Os estudantes neste quiz conseguem acompanhar seu progresso e também o dos seus colegas de turma. Neste exemplo, podemos observar que ocorrem ainda caminhos para engajar os discentes com a utilização de uma sequência de situações-problema, nas quais ocorre a premiação pela pontuação. Outro caminho que os fundamentos da EAD proporcionaram foi o desenvolvimento de novas estratégias metodológicas que hoje se tomaram tema de estudo e pesquisa em diferentes programas de Pós-graduação stricto-senso. Alguns exemplos que
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