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Livro - Fundamentos da Educação a Distância (1)

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Disciplina: Fundamentos da educação a distância 
Autores: M.e Gustavo Thayllon França Silva 
Revisão de Conteúdos: M.e Guilherme Natan Paiano dos Santos / M.e Leandra 
Felícia Martins 
Designer Instrucional: Andrey Gabriel Ota Eshima 
Revisão Ortográfica: Esp. Lucimara Ota Eshima 
Ano: 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade UNINA. O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança 
de direitos autorais. 
 
 
 
2 
 
Gustavo Thayllon França Silva 
 
 
 
 
Fundamentos da Educação a 
Distância 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2022 
Curitiba, PR 
Faculdade UNINA 
 
 
3 
 
Faculdade UNINA 
Rua Cláudio Chatagnier, 112 
Curitiba – Paraná – 82520-590 
Fone: (41) 3123-9000 
 
 
Coordenador Técnico Editorial 
Marcelo Alvino da Silva 
 
Conselho Editorial 
D.r Eduardo Soncini Miranda / D.ra Marli Pereira de Barros Dias / 
D.ra Rosi Terezinha Ferrarini Gevaerd / D.ra Wilma de Lara Bueno / 
D.ra Yara Rodrigues de La Iglesia 
 
Revisão de Conteúdos 
Guilherme Natan Paiano dos Santos / Leandra Felícia Martins 
 
Designer Instrucional 
Andrey Gabriel Ota Eshima 
 
Revisão Ortográfica 
Lucimara Ota Eshima 
 
Desenvolvimento Iconográfico 
Juliana Emy Akiyoshi Eleutério 
 
Desenvolvimento da Capa 
Carolyne Eliz de Lima 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
SILVA, Gustavo Thayllon França. 
Fundamentos da educação a distância / Gustavo Thayllon França Silva. – 
Curitiba: Faculdade UNINA, 2022. 
53 p. 
ISBN: 978-65-5944-234-8 
1.Educação a distância. 2. Tecnologias. 3. EAD. 
Material didático da disciplina de Fundamentos da educação a distância – 
Faculdade UNINA, 2022. 
Natália Figueiredo Martins – CRB 9/1870 
 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade UNINA! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade UNINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Sumário 
Apresentação da disciplina ....................................................................... 6 
Aula 1 – Competências digitais e não digitais e a educação do século XXI 7 
Apresentação da aula 1 ............................................................................. 7 
1.1 Competências digitais e educação do século XXI ........................ 7 
Conclusão da aula 1 .................................................................................. 15 
Aula 2 – História da educação a distância e bases legais ........................ 15 
Apresentação da aula 2 ............................................................................. 15 
 2.1 Sínteses históricas da EAD .......................................................... 16 
 2.2 Sínteses históricas da EAD em âmbito nacional .......................... 20 
Conclusão da aula 2 .................................................................................. 25 
Aula 3 – Técnicas de estudo de tecnologias educacionais ....................... 27 
Apresentação da aula 3 ............................................................................. 27 
 3.1 O que são tecnologias e tecnologias educacionais? .................... 27 
 3.2 Técnicas de estudos e o uso das tecnologias .............................. 32 
 3.3 A utilização e o papel do ambiente virtual de aprendizagem ....... 36 
Conclusão da aula 3 .................................................................................. 37 
Aula 4 – Criatividade, metodologias ativas e processos avaliativos na 
EAD ........................................................................................................... 
38 
Apresentação da aula 4 ............................................................................. 38 
 4.1 Criatividade e autoria na elaboração de material didático para a 
EAD ........................................................................................................... 
39 
 4.2 Metodologias ativas e a educação a distância ............................. 42 
 4.3 A avaliação na EAD ...................................................................... 46 
Conclusão da aula 4 .................................................................................. 47 
Resumo da disciplina ................................................................................ 50 
Índice Remissivo ........................................................................................ 51 
Referências ............................................................................................... 52 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Apresentação da disciplina 
 
Olá, caros estudantes, espero que estejam bem! 
Sejam bem-vindos à disciplina de Fundamentos da Educação a Distância. 
Será uma viagem muito rica de conhecimento e aprendizado no campo da 
educação a distância, das tecnologias e das metodologias contemporâneas. 
Esta disciplina busca, como objetivo principal, oportunizar a vocês a 
compreensão da legislação, das metodologias e dinâmicas do funcionamento do 
ensino e da aprendizagem na educação a distância, bem como oportunizar-lhes 
a compreensão de técnicas específicas para estudos, organização e gestão do 
tempo. 
Estudar a distância não significa estar distante, pelo contrário, com as 
ferramentas e tecnologias digitais, cada vez mais conseguimos estar próximos, 
interligados e conectados, com o intuito de aprendermos juntos e de maneira 
eficaz. 
Pensar em educação a distância, é pensar nas inúmeras possibilidades 
de aprendizagem existentes. Portanto, em nossa disciplina, iremos 
primeiramente conversar sobre as competências digitais necessárias ao 
estudante do século XXI, competências estas que dever-lhe-ão acompanhar 
durante os estudos e no mercado de trabalho. 
Em nossa segunda aula, dialogaremos sobre a história da educação a 
distância, começando pelas perspectivas da correspondência e do rádio até 
chegarmos às tecnologias de ponta conforme temos na contemporaneidade. 
Ainda nesta aula, conversaremos sobre as bases legais e de legislação da EAD, 
isto é, o que diz a Lei das Diretrizes e Bases da educação, quais são as 
resoluções e portarias que embasam esta modalidade de ensino. 
Em nossa terceira aula, iremos conceituar epistemologicamente o que é 
tecnologia e quais as tecnologias educacionais disponíveis na 
contemporaneidade e na sequência discutiremos um pouco sobre algumas 
técnicas de estudos que irão colaborar com a aprendizagem de vocês. 
Na nossa quarta aula, dialogaremos, sobre os processos de criatividade, 
a afetividade e a autoria na educação a distância isto é, não é porque estudamos 
a distância que estamos distante em aspectos afetivos e criativos. 
 
 
 
7 
 
Aula 1 – Competências digitais e não digitais e a educação do século XXI 
 
Apresentação daaula 1 
 
Olá, aluno. Seja bem-vindo à primeira aula da disciplina de Fundamentos 
da Educação a distância. Nesta primeira aula, iremos discutir um pouco sobre o 
que são competências, o que são competências digitais, o motivo pelo qual elas 
são necessárias aos estudantes e aos futuros profissionais e por fim, vamos 
discutir um pouco sobre a educação do século XXI, e como ela se desenvolve e 
os paradigmas atuais. Vamos lá? 
 
1.1 Competências digitais e educação do século XXI 
 
 
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/a-biblioteca-publica-de-ensino-a-distancia-
leu-um-conceito-de-livro-com-carater-de-pessoas_269730-1328.jpg?w=996 
 
Sempre falamos acerca das mudanças ocorridas na educação ao longo 
dos tempos, não é mesmo? Pois bem, precisamos discutir também que o 
estudante, igualmente vem se modificando ao longo dos tempos e isso se deve 
sobretudo à evolução e à modificação da sociedade em virtude das tecnologias. 
Antes de mais nada, para continuarmos, vou comentar algo importante 
com vocês, tecnologias não se resumem apenas às digitais, aos computadores 
e celulares, mas a tudo que melhore um processo, mas não se preocupem, 
teremos um capítulo específico para discutirmos este conceito de maneira mais 
aprofundada. 
Vamos voltar ao diálogo sobre competência, para tanto vamos recorrer a 
definição proposta pelo Dicionário Michaelis da Língua Portuguesa (2022). 
 
 
 
8 
 
Vocabulário 
 
Competência: aptidão que um indivíduo tem de opinar sobre um assunto e sobre 
o qual é versado; conjunto de conhecimentos; indivíduo com profundo 
conhecimento de determinado assunto. 
 
Se observarmos pela ótica da definição do dicionário, podemos entender 
que todo o viés da competência está diretamente ligado à perspectiva de um 
determinado conhecimento. Vamos analisar juntos, se possuímos competências 
para docência, significa dizer que temos todo um conjunto de um arcabouço 
teórico e técnico para tal atividade. 
A nossa disciplina centra-se no conhecimento acerca da educação a 
distância, portanto precisaremos obter conhecimentos, competências e 
habilidades para a utilização das ferramentas técnicas que permeiam este 
mundo inovador e tecnológico. 
É valido mencionar ainda, que a educação do século XXI passou por 
diferentes modificações que vieram para ficar, sobretudo em virtude das 
consequências deixadas pela pandemia da COVID-19. 
Esta pandemia veio fazer com que a educação deste século evoluísse em 
dois anos o que estaria sendo programado para evoluir em 50. Se pensarmos 
pelo viés positivo, tanto a educação quanto a área organizacional conseguiram 
se reinventar. Veja, com todas as dificuldades as escolas e instituições de ensino 
conseguiram acoplar em seu projeto político pedagógico elementos tecnológicos 
que muitos de nós não conhecíamos e que por meio de capacitação 
conseguimos aprender a dominar. 
 
Curiosidade 
 
A Pandemia da COVID-19 foi uma pandemia global causada pelo vírus SARS-
CoV-2, que suscitou o isolamento social em todo o mundo para evitar a 
disseminação da doença. 
 
 
 
9 
 
 
Justamente neste limiar: 
 
“A pandemia e a quarentena estão a revelar que são possíveis 
alternativas, que as sociedades se adaptam a novos modos de viver 
quando tal é necessário e sentido como correspondendo ao bem 
comum. Esta situação torna-se propícia a que se pense em alternativas 
ao modo de viver, de produzir, de consumir e de conviver nestes 
primeiros anos do século XXI” (SANTOS, 2020, p.29). 
 
Se pensamos pela ótica do Boa Ventura de Souza Santos e pelas lentes 
teóricas de Behar (2013), nós, profissionais da área da educação, negócios, 
cultura, esporte e lazer, conseguimos reunir e repensar nossas formas de 
trabalho. Portanto, competência ainda pode ser definida como, “Reunião ou o 
conjunto de condições, recursos, elementos disponíveis aplicados em 
determinada situação” (BEHAR, 2013, p.21). 
 
 Saiba mais 
 
Amplie seus estudos acerca das competências digitais na educação, em que os 
autores buscam elucidar epistemologicamente conceitos. Leia Competências 
digitais na educação: uma discussão acerca do conceito, de Ketia Kellen Araújo 
da Silva e Patricia Alejandra Behar. 
Link: https://doi.org/10.1590/0102-4698209940 
 
Agora que fizemos uma pausa para realizarmos a leitura do “Saiba mais”, 
vamos aprofundar um pouco mais nossos estudos acerca das competências 
digitais, para tanto: 
 
“Esse cenário no qual as mudanças frequentes são impulsionadas 
pelas novidades e descobertas científicas e tecnológicas traz a 
necessidade de que os profissionais aprendam a lidar com a 
complexidade, a incerteza e o ineditismo. Diante disso, o paradigma 
educacional vigente na maioria das instituições educativas, centrado 
na transmissão de conteúdos, não é mais suficiente para a formação 
desses cidadãos” (BEHAR, 2013, p.21). 
 
Toda essa novidade científica e tecnológica faz com que nos adaptemos 
a esta nova realidade, e este processo de adaptação e aprendizagem destes 
 
 
10 
 
novos cenários são habilidades e competências que vão sendo incutidas em 
nosso repertório comportamental. 
Se pensarmos em cenários de incerteza ou ineditismo, provavelmente 
estaremos falando de competências atitudinais que precisaremos desenvolver, 
isto é, uma tomada de decisão mais assertiva, uma reflexão acerca dos possíveis 
cenários oriundos desta decisão. 
Uma das instituições onde mais acontecem o ineditismo é na escola, haja 
vista a multiplicidade de estudantes que temos, cada um com um estilo de 
aprendizagem, uns com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, 
altas habilidades e superdotação. Se colocarmos em pauta todos estes perfis, a 
escola, a cada dia torna-se um lugar diferente onde tanto alunos como 
professores precisam ser flexíveis e reflexivos no processo de aprender e 
ensinar. 
Zabala e Arnau (2010, p. 17) afirmam que: 
 
“O uso do termo competência é uma consequência da necessidade de 
superar um ensino que, na maioria dos casos, reduziu-se a uma 
aprendizagem cujo método consiste em memorização, isto é, decorar 
conhecimentos, fato que acarreta na dificuldade para que os 
conhecimentos possam ser aplicados na vida.” 
 
Se pensarmos, por um lado, no método tradicional de ensino, pautado 
pelo processo de memorização e do outro lado, pensarmos no método pautado 
em competências, estaremos sobretudo realizando análises necessárias, haja 
vista que em muitos momentos decorar ou memorizar já não são sinônimos de 
aprender. Para tanto precisamos de um alinhamento entre teoria e prática. 
Neste aspecto, vamos analisar a citação a seguir: 
 
“Para desenvolver competências é necessário colocar o aluno em 
situações complexas, que exigem [...] a mobilização dos seus 
conhecimentos: um enigma a elucidar, um problema a resolver, uma 
decisão a tomar, um projeto a conceber e a desenvolver.” (GASPAR, 
2004, p. 66, grifo das autoras) 
 
Observando o excerto de texto, podemos perceber que as competências 
não podem ser ensinadas, e sim, estimuladas, por isso, para que essas se 
desenvolvam nos estudantes, faz-se necessário que os professores estimulem 
e propiciem condições adequadas para tal. 
 
 
11 
 
Quando falamos em condições, equivale dizer proporcionar ambiente 
adequado, material didático que tenha objetividade e intencionalidade ou, ainda, 
atividades que realmente façam sentido e tenham significado para o estudante. 
Um destes grandes exemplos é quando trabalhamos em formato de 
projeto com os estudantes ou, ainda, quando estimulamos uma atividade prática 
vivenciada ou simulada. 
Vamos dar exemplos dos cursos de graduação, já que em diferentes 
momentos vocês serão chamados a desenvolver atividades de pesquisa, de 
ensino, de extensão, de laboratório, de práticas simuladas e vivenciais e até 
mesmo, em determinados momentos, estágios supervisionados práticos e de 
observação. 
Todas essas atividades mencionadas no parágrafo anteriorbuscam 
desenvolver competências relativas ao objeto de estudo de sua formação, sejam 
elas nas ciências humanas, exatas, sociais e aplicadas, saúde e assim por 
diante. 
Pois bem, durante nosso diálogo, já conceituamos o que são as 
competências, contudo, neste momento, vamos falar um pouco mais sobre as 
especificidades destas habilidades que precisamos desenvolver em nós, para 
que possamos ser estudantes cada vez mais engajados e profissionais cada vez 
mais capacitados. Mas, antes disso, vamos entender o significado da palavra 
engajamento. 
De acordo com o dicionário Michaellis da Língua Portuguesa, vamos ver 
o significado da expressão engajamento e engajar. 
 
Vocabulário 
 
Engajamento: ato ou efeito de engajar(-se). 
Engajar: alinhar-se à determinada ordem de ideias ou de ação coletiva; pôr-se 
a serviço de uma causa; empenhar-se, esforçar-se, lutar por; tomar parte em; 
encetar, entabular. 
 
Pelas expressões trazidas pelo dicionário, podemos perceber que uma 
pessoa engajada significa uma pessoa envolvida em um determinado processo 
 
 
12 
 
por acreditar nele. Portanto, um estudante engajado é um estudante envolvido e 
que faz parte ativamente do processo de ensino e aprendizagem. Além disso, 
vale ainda mencionar que o que está sendo discutido naquele momento de 
ensino e aprendizagem está fazendo sentido para ele. 
Portanto, o engajamento é uma competência importante para o estudante 
do século XXI, principalmente o estudante online. Nesse sentido, de acordo com 
Kearley (2011, p. 67): 
 
“[...] as pessoas apresentam comportamentos diferentes enquanto 
participam de discussões e conferências online. Algumas contribuem 
com frequência; outras leem todas as mensagens, mas raramente 
contribuem (as chamadas lurkers). O nível de participação é uma 
junção de vários fatores: 
(1) a assertividade ou timidez dos indivíduos; 
(2) seu interesse e envolvimento no assunto; 
(3) o conhecimento do software de rede que está sendo utilizado; 
(4) conveniência do acesso ao sistema; 
(5) suas habilidades de escrita e fala; 
(6) motivação/incentivo para participar. Dependendo de todos esses 
fatores, um indivíduo poderá ou não contribuir para a atividade online.” 
 
Pela citação anterior, podemos perceber que em ambientes online, o 
comportamento dos estudantes pode variar da mesma maneira que acontece 
em uma aula presencial, como exemplo, a timidez ao falar ao microfone ou ainda 
abrir a câmera, a dificuldade de manusear o ambiente, as habilidades voltadas 
para a fala e a escrita, tudo isso poderá influenciar positivamente ou 
negativamente a participação do estudante. Vale ainda mencionar, que para 
haver engajamento é necessário que haja 
 
“[...] colaboração, [e a atividade deve] ser baseada em problemas e ser 
autêntica. Colaboração significa interação entre alunos, professores e 
especialistas via e-mail, fóruns de discussão e conferência. Ser 
baseada em problemas significa que todas as atividades dos alunos 
envolvem a realização de atividades ou projetos, e não apenas testes 
ou exames. Ser autêntica significa que todo o material e todas as 
atividades do curso são realistas e estão diretamente ligados aos 
interesses dos alunos.” (KEARSLEY; SHNEIDERMAN, 1998, p. 69). 
 
Por isso, é muito importante o fornecimento de informações necessárias 
e pertinentes aos estudantes e é justamente por isso que vocês estudam esta 
disciplina, que buscará orientá-los nesta nova jornada acadêmica. Vamos agora 
discutir um pouco mais acerca de outras competências necessárias a nós 
 
 
13 
 
estudantes da educação a distância. Para tanto, observem o esquema a seguir 
com o apontamento dessas competências. 
 
 
Fonte: Acervo pessoal do autor. 
 
Cada uma dessas competências e habilidades fará com que nós, 
estudantes da EAD e da educação do século XXI, tenhamos um desempenho a 
cada dia melhor e que internalizemos de maneira mais eficaz as discussões 
realizadas durante os diferentes componentes curriculares. Principalmente, com 
tantos novos recursos humanos e tecnológicos, Valente (2014, p. 81) afirma que 
“Especificamente com relação à sala de aula, ela terá de ser repensada na sua 
estrutura, bem como na abordagem pedagógica que tem sido utilizada”. 
Vamos discutir em um primeiro momento a fluência digital, que a meu ver 
está relacionada sobretudo com os conhecimentos que precisamos adquirir 
acerca das tecnologias computacionais e digitais, até porque estamos realizando 
um curso de educação a distância, portanto precisamos estar atentos a tais 
modificações. Behar (2013) afirma que tal competência está diretamente ligada 
aos aspectos tecnológicos, isto é, a necessidade de sua utilização de maneira 
ativa e colocando o estudante como centro do processo, isto é, trabalhando os 
aspectos de atuação, produção e autoria, ou seja, o próprio protagonismo. 
Fluência 
digital 
Organização 
Planejtamento 
e flexibilidade 
Etiqueta 
online 
Comunicação 
Autonomia Reflexão
Gestão do 
tempo 
Inteligência 
emocional 
 
 
14 
 
A segunda competência apresentada na imagem é a autonomia, que 
significa o processo de tomada de consciência de seus atos, bem como a 
decisão referente à determinada coisa. Um estudante autônomo é aquele 
entende suas responsabilidades frente ao processo de ensino e aprendizagem. 
A terceira competência é a reflexão, em que buscamos colocar o aluno 
como ativo no processo, além disso, refletindo sobre os fatos e artefatos do 
objeto de discussão. Dito de outro modo, refletir e discutir criticamente com base 
em sólidos argumentos. 
A quarta competência é a organização, costumo dizer que ela está 
diretamente relacionada com a gestão do tempo, sobretudo em virtude da 
autonomia que a educação a distância traz para os estudantes, estes precisam 
redobrar sua organização e entender que o tempo é fator crucial neste processo 
de aprendizagem. 
Além disso, gosto de dizer que estas duas competências se ligam ao 
planejamento e flexibilidade, por exemplo, você possui uma quantidade de 
conteúdos para estudar, por meio do planejamento você poderá se organizar 
com o uso de um cronograma e uma agenda para conseguir cumprir este 
programa de aprendizagem. 
Comunicação também se estabelece como competência, haja vista que 
em ambientes virtuais de aprendizagem além de possuirmos estes recursos, 
nós, enquanto estudantes da EAD, precisamos dominar tais recursos para o 
melhor acompanhamento dos conteúdos trabalhados. 
Outra competência existente e que precisamos desenvolver é a etiqueta 
online, da mesma forma que em ambientes presenciais, nos ambientes virtuais 
precisamos tomar alguns cuidados, por exemplo, no processo de escrita, o 
respeito com os colegas, o entendimento de que estamos em um ambiente 
colaborativo e que todos têm voz. 
Por fim, temos a competência da inteligência emocional, que está 
diretamente ligada à cognição, aos nossos processos de motivação, reconhecer 
nossas emoções e as dos outros, lidar com frustrações, saber reconhecer que 
passaremos por dificuldades e assim por diante. 
 
 
 
 
 
15 
 
Conclusão da aula 1 
 
Durante esta aula, dialogamos bastante sobre questões importantes que 
precisaremos desenvolver durante nossa experiência discente e também em 
experiências futuras enquanto profissionais. 
Neste sentido, conversamos bastante sobre competência digitais e não 
digitais, necessárias a nós, estudantes e futuros profissionais, para além disso, 
falamos sobre o processo de organização do nosso processo de ensino e como 
as competências que precisamos desenvolver poderão colaborar com esta nova 
experiência. 
 
Atividades de Aprendizagem 
Vimos durante esta aula algumas das principais competências digitais 
necessárias aos profissionais e estudantes do século XXI, para tanto, para 
complementarmos nossos estudos, faça a leitura do artigo recomendado e na 
sequência, faça a resolução das questões. 
Leia Competênciasdigitais na educação: uma discussão acerca do 
conceito, de Ketia Kellen Araúdo da Silva e Patricia Alejandra Behar. 
Link: https://doi.org/10.1590/0102-4698209940. 
1. Formule, a partir do que foi estudado, lido e compreendido, o 
conceito de competências 
2. O que são competências digitais? 
Como as competências digitais estão presentes no dia a dia do 
estudante e do profissional? 
 
 
 
 
Aula 2 – História da educação a distância e bases legais 
 
Apresentação da aula 2 
 
Olá, caro estudante, tudo bem? Que bom encontrá-lo nesta segunda aula, 
em que juntos iremos estudar e dialogar acerca da legislação que norteia a EAD. 
Além disso, olharemos e compreenderemos juntos quais foram as principais 
sínteses históricas que marcaram a EAD em âmbito nacional. 
 
https://doi.org/10.1590/0102-4698209940
 
 
16 
 
“A EAD se apresenta há muito tempo como um caminho para a 
inovação e renovação educacional de que tanto precisamos em nosso 
país, seja no ensino regular e formal, seja na educação corporativa, 
seja na formação profissional continuada.” (NETO, 2012, p. 11). 
 
Nesta linha de pensamento, apresentada por Neto (2012), nesta aula, 
compreenderemos que a EAD partiu de necessidades postas em diferentes 
momentos históricos e estes, com o passar das gerações, foram incorporando e 
trazendo consigo aperfeiçoamento e mudanças até atingir o que conhecemos na 
contemporaneidade. 
 
Curiosidade 
 
Você sabia que, apesar do crescimento da EAD ter acontecido de forma mais 
acentuada nos últimos anos e principalmente nos anos de 2020 e 2021 devido à 
pandemia, essa forma de ensino já existe há mais de 200 anos? 
Link: https://diariodoestadogo.com.br/10-curiosidades-sobre-o-ead-97957/ 
 
No decorrer desta aula, traremos exemplos, indicação de leitura e muitos 
outros elementos, não deixe de realizar a leitura das indicações. Bons estudos! 
 
2.1 Sínteses históricas da EAD 
 
 
Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/vintage-books-with-paper-scroll-feather-ink-
pot-colored-sketch-decorative-concept-vector-illustration_1284-
2997.jpg?w=740&t=st=1654201567~exp=1654202167~hmac=53f3a2dee328fdd9e528
23ce5376d3be00ec16c8b4c4a03220240332068fccfa 
 
https://diariodoestadogo.com.br/10-curiosidades-sobre-o-ead-97957/
 
 
17 
 
Para começarmos nossas sínteses vale ressaltar que se você realizar as 
leituras de referência que abarcam o assunto desta aula, possivelmente 
encontrará outras abordagem e elementos históricos, sendo assim, iremos 
apresentar uma possível compreensão da EAD em âmbito nacional. 
 
“É comum lermos artigos, livros e até mesmo teses de doutorado que 
situam a origem da educação a distância em épocas cada vez mais 
remotas. Até as epístolas de São Paulo e os 10 Mandamentos bíblicos 
já foram citados como um dos marcos iniciais da EAD. Se assim fosse, 
poderíamos prosseguir nesse recuo até os primeiros livros, ou mesmo 
até as pinturas nas paredes das cavernas, posto que é muito relativo o 
que pode ser considerado por EAD em termos de história.” (NETO, 
2012, p. 19). 
 
Alves (2007) explica que a EAD no Brasil é marcada por uma história de 
sucesso “[...] não obstante a existência de alguns momentos de estagnação, 
provocados por ausência de políticas públicas para o setor” (p.1). 
Muitas vezes quando olhamos para a contemporaneidade, podemos 
pensar que a EAD sempre foi como temos ciência neste século, contudo ela nem 
sempre foi assim, uma vez que possui um enredo histórico marcado por 
necessidades sociais e culturais que acarretaram a criação de políticas públicas 
para tal modalidade de ensino. 
Em tempos primórdios, o diálogo, a conversa entre as pessoas ocorria por 
meio da utilização e envio de correspondência. Esse meio de comunicação foi 
uma das principais formas de diálogo entre pessoas que estavam em espaços 
diferentes. 
 
Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/woman-receiving-mail-reading-letter_74855-
5964.jpg?w=740&t=st=1654201709~exp=1654202309~hmac=888d3b4bfb97219eeedf
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https://img.freepik.com/free-vector/woman-receiving-mail-reading-letter_74855-5964.jpg?w=740&t=st=1654201709~exp=1654202309~hmac=888d3b4bfb97219eeedf06750ffe7c9dae7add1ba3e015c40364ce4e09bae084
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18 
 
Um dos primeiros marcos históricos na EAD que podemos citar refere-se 
à oferta de curso “pela Gazeta de Boston, na edição de 20 de março, onde o 
Prof. Caleb Philipps, de Short Hand, oferecia material para ensino e tutoria por 
correspondência” (ALVES, 2011, p. 86). Esse primeiro marco apontado por Alves 
ocorreu em 1728. 
Após essa iniciativa, tomada pelo professor Caleb, muitos outros 
professores seguiram e tomaram a mesma atitude, assim, no século XIX a EAD 
começa sua trajetória em âmbito institucional. 
 
Reflita 
 
Estudamos até o momento que a EAD nasceu por iniciativa do professor Caleb 
ao oferecer um curso com tutoria oferecida via correspondência, se esse 
professor não tivesse esta atitude, como você acha que a EAD seria posta como 
uma necessidade para os sujeitos? Será que ela seria como a conhecemos na 
contemporaneidade? 
 
Alves (2011) explica que em 1829 na Suécia foi inaugurado o Instituto 
Líder Hermondes, que proporcionou que mais de 150.000 pessoas realizassem 
curso de formação. O autor ainda aponta que em 1840 ocorreu a inauguração 
da primeira escola por correspondência da Europa, por meio da Faculdade Sir 
Isaac Pitman. 
 
“[...] Em 1856, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt criam a 
primeira escola de línguas por correspondência, em Berlim; em 1891, 
Thomas J. Foster inicia, em Scranton (Pennsylvania), o International 
Correspondence Institute; em 1892, o Reitor William R Harper, que já 
experimentara o ensino por correspondência na formação de 
professores para escolas paroquiais, cria a Divisão de Ensino por 
Correspondência no Departamento de Extensão da Universidade de 
Chicago [...].” (HERMIDA; BONFIM, 2006, p. 172). 
 
Em 1922 inicia-se os cursos por correspondência na União Soviética e em 
1935 o Japanese National Public Broadcasting Service dá início a programas 
voltados à formação escolar por rádio com o objetivo de reforçar o processo de 
ensino dos seus escolares. 
 
 
 
19 
 
 
Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/hand-drawn-world-radio-day_23-
2148803467.jpg?w=740&t=st=1654201838~exp=1654202438~hmac=f3e6bc83beef2f4
59adf86782baee07cac5582bcbf07c923026df5a4bba65627 
 
Reflita 
 
Até o momento perpassamos por dois meios de comunicação, isto é, o rádio e a 
correspondência, na sua opinião, quais são os outros meios de 
comunicação/recursos que influenciaram e auxiliaram no crescimento da EAD? 
 
Outros acontecimentos apontados por Alves (2011, p. 86) podem ser 
observados na figura a seguir: 
 
 
 
20 
 
 
Sínteses históricas da EAD. 
Fonte: Acervo pessoal do autor. 
 
 
2.2 Sínteses históricas da EAD em âmbito nacional 
 
A EAD em âmbito nacional foi regulamentada como modalidade de Ensino 
pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (Lei n.º 9394, de 20 
de dezembro de 1996), que foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U) em 
20 de dezembro de 2005. No artigo 80 da LDB, estabelece que: 
 
“Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação 
de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades 
de ensino, e de educação continuada. 
§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime 
especiais, será oferecida por instituições especificamente 
credenciadas pela União. 
§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de examese registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. 
§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de 
educação a distância e a autorização para sua implementação, 
caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver 
cooperação e integração entre os diferentes sistemas. 
1947: transmissão das aulas de 
quase todas as matérias literárias 
da Faculdade de Letras e Ciências 
Humanas de Paris, França, por 
meio da Rádio Sorbonne.
1948: na Noruega, é criada a 
primeira legislação para escolas 
por correspondência.
1951: nasce a Universidade de 
Sudáfrica, atualmente a única 
universidade a distância da África, 
que se dedica exclusivamente a 
desenvolver cursos nesta 
modalidade.
1956: a Chicago TV College, 
Estados Unidos, inicia a 
transmissão de programas 
educativos pela televisão.
1972: na Espanha, é fundada a 
Universidade Nacional de 
Educação a Distância. 
1977: ocorreu a criação da 
Universidade Aberta Nacional 
Alberta na Venezuela.
1960: na Argentina, nasce a Tele 
Escola Primária do Ministério da 
Cultura e Educação, que integrava 
os materiais impressos à televisão 
e à tutoria.
1968: é criada a Universidade do 
Pacífico Sul, uma universidade 
regional que pertence a 12 países-
ilhas da Oceania
1971: a Universidade Aberta 
Britânica é fundada.
1969: no Reino Unido, é criada a 
Fundação da Universidade Aberta.
1978: na Costa Rica, é fundada a 
Universidade Estadual a Distância. 
1984: na Holanda, é implantada a 
Univer-sidade Aberta. 
1985: é criada a Fundação da 
Associação Europeia das Escolas 
por Correspondência. 
1987: é divulgada a resolução do 
Par-lamento Europeu sobre 
Universidades Abertas na 
Comunidade Europeia. 1988: em 
Portugal, é criada a Fundação da 
Universidade Aberta. 
1990: é implantada a rede 
Europeia de Educação a Distância, 
baseada na declaração de 
Budapeste e o relatório da 
Comissão sobre educação aberta e 
a distância na Comunidade 
Europeia.
 
 
21 
 
§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que 
incluirá: 
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens e em outros meios de 
comunicação que sejam explorados mediante autorização, concessão 
ou permissão do poder público; 
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; 
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos 
concessionários de canais comerciais.” (BRASIL, 1996, s/p.) 
 
 Saiba mais 
 
Para ampliar seu conhecimento sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB), acesse a legislação completa. 
Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm 
 
Provavelmente muitos dos registros históricos que deram origem à EAD 
no Brasil tenham se perdido no espaço-tempo, sem que tenhamos um registro 
dos seus acontecimentos. Um primeiro evento que encontramos refere-se à 
oferta de curso profissionalizante de datilografia que ocorreu em 1904 por meio 
dos anúncios de classificado e este, por sua vez, acontecia via correspondência. 
Em abril de 1923 é fundada no Rio de Janeiro a Rádio Sociedade do Rio 
de Janeiro, conhecida na contemporaneidade por Rádio MEC, que não foi 
fundada por uma instituição privada ou pelos órgãos governamentais, mas sim 
por cientistas e intelectuais do Rio de Janeiro. 
Alves (2011) nos explica que era “um grupo liderado por Henrique Morize 
e Edgard Roquette-Pinto [...] que oferecia curso de Português, Francês, 
Silvicultura, Literatura Francesa, Esperanto, Radiotelegrafia e Telefonia. Tinha 
início assim a Educação a Distância pelo rádio brasileiro” (p. 88). 
Em 1934, Edgard Roquette-Pinto constituiu a Rádio-Escola Municipal do 
Rio de Janeiro, onde os estudantes tinham acesso aos materiais das aulas por 
folhetos, esquemas-resumos e por correspondência. 
Cinco anos após surge em São Paulo a escola pioneira da EAD, 
conhecida como Instituto Munitor, sendo esta a primeira a ofertar cursos 
profissionalizantes a distância via correspondência, vale ressaltar que esta 
instituição existe até a contemporaneidade no estado de São Paulo. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
 
 
22 
 
“Tudo começou quando o imigrante húngaro Nicolás Goldberger 
aportando no Brasil, trouxe seu conhecimento técnico em eletrônica e 
resolveu instalar um pequeno negócio na região central de São Paulo 
em outubro de 1939. O prédio do então Instituto Radiotécnico Monitor, 
localizado na Rua Timbiras, acabou tendo um papel fundamental para 
a região e que faz parte da marca do Monitor: Transformação. 
Periodicamente, alunos do Instituto Monitor de todos os lugares 
chegavam ao prédio do Monitor para realizar provas, compartilhar 
conhecimentos e, também, procurar por peças para seus 
equipamentos. [...] Com o passar dos anos, a ampliação do portfólio de 
cursos do Monitor levou o grupo a ir muito além de cursos de eletrônica: 
foi acrescentada toda uma gama de cursos técnicos, 
profissionalizantes, supletivos e especialização [...].” (MONITOR, 2022, 
s/p.). 
 
Em 1947 surge a Universidade do Ar, que era patrocinada pelo Serviço 
Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Serviço Social do Comércio 
(SESC) e emissoras de rádio associadas. Essa instituição oferecia cursos 
voltados ao comércio via rádio. 
 
 
Fonte: https://img.freepik.com/vetores-gratis/dia-mundial-do-radio-desenhado-a-mao-
com-toca-fitas-retro_23-
2148790413.jpg?w=740&t=st=1654202288~exp=1654202888~hmac=d4e35e7d654f53
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Na época as aulas eram gravadas em discos de vinil e repassadas para 
as emissoras parceiras, que as transmitiam nas programações. Os estudantes 
recebiam as apostilas para acompanhar as aulas e estes possuíam auxílio dos 
monitores. Esse modelo estendeu-se até início da década de 60. É importante 
destacar que o SENAC continuou com suas atividades e na oferta de cursos até 
os dias atuais. 
 Ainda no final da década de 50 início de 60, a “Diocese de Natal, Rio 
Grande do Norte, cria algumas escolas radiofônicas, dando origem ao 
https://img.freepik.com/vetores-gratis/dia-mundial-do-radio-desenhado-a-mao-com-toca-fitas-retro_23-2148790413.jpg?w=740&t=st=1654202288~exp=1654202888~hmac=d4e35e7d654f53fd93fbec749815925771bf0f8188b93fdd0820357f561fc5d4
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23 
 
Movimento de Educação de Base (MEB), marco na Educação a Distância não 
formal no Brasil” (ALVES, 2011, p. 88). O MEB deu o pontapé inicial para a 
democratização do acesso à educação, promovendo a alfabetização e o 
letramento dos jovens e adultos da época. 
Além destes marcos, a EAD continuou neste movimento saindo da 
educação via rádio e correspondência, migrando para a utilização da TV como 
recurso para transmissão de aulas atrelada aos materiais que eram enviados via 
correspondência e por fim, chegou ao advento das instituições de ensino 
superior que oferecem suas formações via Ambientes Virtuais de Aprendizagem 
que são hospedados na rede mundial de computadores. 
Mas você deve estar se perguntando e os outros acontecimentos 
históricos? Pois bem, para olharmos e compreendermos juntos organizamos na 
sequência outras sínteses históricas. 
 
Acontecimentos históricos da EAD 
Ano Acontecimento 
 
 
 
1967 
O Instituto Brasileiro de AdministraçãoMunicipal inicia suas atividades na 
área de educação pública, utilizando-
se de metodologia de ensino por 
correspondência. Ainda neste ano, a 
Fundação Padre Landell de Moura 
criou seu núcleo de EAD, com 
metodologia de ensino por 
correspondência e via rádio. 
 
 
1970 
Surge o Projeto Minerva, um convênio 
entre o Ministério da Educação, a 
Fundação Padre Landell de Moura e 
Fundação Padre Anchieta, cuja meta 
era a utilização do rádio para a 
educação e a inclusão social de 
adultos. O projeto foi mantido até o 
início da década de 1980 
 
1974 
Surge o Instituto Padre Reus e na TV 
Ceará começam os cursos das 
antigas 5ª a 8ª séries com material 
televisivo, impresso e monitores. 
 Universidade de Brasília cria cursos 
veiculados por jornais e revistas, que 
 
 
24 
 
 
1979 
em 1989 é transformado no Centro de 
Educação Aberta, Continuada, a 
Distância (CEAD) e lançado o Brasil 
EAD. 
 
 
 1981 
É fundado o Centro Internacional de 
Estudos Regulares (CIER) do Colégio 
Anglo Americano que oferecia Ensino 
Fundamental e Médio a distância. 
 
 
1991 
O programa “Jornal da Educação – 
Edição do Professor”, concebido e 
produzido pela Fundação Roquete-
Pinto, tem início e em 1995, com o 
nome “Um salto para o Futuro”, foi 
incorporado à TV Escola. 
 
1992 
É criada a Universidade Aberta de 
Brasília, acontecimento bastante 
importante na Educação a Distância 
do nosso país 
 
 
 
1995 
É criado o Centro Nacional de 
Educação a Distância e nesse mesmo 
ano também a Secretaria Municipal de 
Educação cria a MultiRio (RJ), que 
ministra cursos de 6º a 9º ano, através 
de programas televisivos e material 
impresso. Ainda em 1995, foi criado o 
Programa TV Escola da Secretaria de 
Educação a Distância do MEC. 
 
1996 
É criada a Secretaria de Educação a 
Distância (SEED), pelo Ministério da 
Educação, dentro de uma política que 
privilegia a democratização e a 
qualidade da educação brasileira. 
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Alves (2011) 
 
Após esses acontecimentos, com o advento da expansão da rede mundial 
de computadores, diversas instituições de ensino superior migraram dos seus 
espaços presenciais para o virtual, onde os seus professores, ao invés de 
ministrarem suas aulas em salas de aulas, passaram aos estúdios de gravação 
e as dúvidas dos discentes começaram a ser respondidas via fóruns, chat, 
quizzes enfim, de forma assíncrona ou síncronas. 
 
 
25 
 
 
Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/webinar-concept-illustration_114360-
4764.jpg?w=740&t=st=1654202541~exp=1654203141~hmac=74507ac6216b96a02a4
872d141be2a94d79817262ce916af906801e8af24704f 
 
Com a expansão das Tecnologias de informação e comunicação, as 
instituições de ensino foram se aperfeiçoando, buscando criar espaços 
interativos, dinâmicos e atrativos para seus estudantes, com diferentes materiais 
didáticos, como aulas escritas, videoaulas, trilhas de aprendizagem, entre outros 
recursos, que podem ser colocados conforme a criatividade da instituição. 
 
Conclusão da aula 2 
 
Durante esta aula, dialogamos sobre alguns elementos da legislação e 
sínteses históricas da EAD em âmbito nacional e internacional. Olhamos e 
compreendemos que tudo começou de anúncios em classificados e chegamos 
ao universo da rede mundial de computadores. 
 
 
Fonte: Acervo pessoal do autor. 
 
 
 
26 
 
Estamos caminhando para o final da nossa aula, na qual nos será dada 
abertura para novos espaços de diálogo e formação sobre o tema, assim, 
indicamos a você o vídeo síntese dos principais acontecimentos que estudamos 
aqui, bem como outros apresentados pelo Canal Super Preparado para Cursos 
e Concursos. 
 
 Saiba mais 
 
Para sistematizarmos e resumirmos a nossa conversa, acesse e veja o vídeo a 
seguir. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=ZjpGahGdrGQ 
O vídeo indicado já será um excelente material para lhe auxiliar na realização da 
atividade de aprendizagem da sequência, ótimo estudo e até a próxima aula. 
 
Atividades de Aprendizagem 
Nesta aula, estudamos a legislação e algumas sínteses históricas da 
EAD em âmbito nacional. Para esse momento em que estamos chegando ao 
final do tema, mas com uma abertura para novos caminhos de estudo, 
convidamos você a constituir uma linha histórica da EAD, partindo do artigo 
disponível a seguir. 
Link: 
http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pd
f 
Para lhe trazer algumas ideias deixamos a indicação de um possível 
caminho que você poderá seguir para orientá-lo em sua atividade, conforme 
apresentamos na sequência: 
 
 
Fonte: https://43c98ba262.cbaul-
cdnwnd.com/d507935b61e40775b6329c55e41350d3/200000047-
282d12926d/linha1-3.jpg?ph=43c98ba262 
https://www.youtube.com/watch?v=ZjpGahGdrGQ
http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf
http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf
 
 
27 
 
Além da indicação anterior, você também poderá consultar o vídeo a seguir, 
que nos apresenta aspectos históricos da EAD. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=kDNXWO3_vbw 
 
 
 
Aula 3 – Técnicas de estudo de tecnologias educacionais 
 
Apresentação da aula 3 
 
Olá, caros estudantes, chegamos à nossa terceira aula da disciplina de 
Fundamentos da Educação a Distância. Nesta aula, conversaremos acerca de 
tecnologias gerais e tecnologias educacionais, bem como técnicas de estudos 
que podemos utilizar para melhorar nosso desempenho nesta jornada que é 
estudar na modalidade de educação a distância. Vamos lá? 
 
3.1 O que são tecnologias e tecnologias educacionais? 
 
 
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/jovem-afro-americano-gritando-em-oculos-
vr-em-neon-em-fundo-gradiente-retrato-masculino_155003-
27280.jpg?w=740&t=st=1654257362~exp=1654257962~hmac=2eaa5a745ffa78b29fcb
c9a74f39938608935169c9394df048dea272fa994cdf 
 
Muito provavelmente quando você pensa em tecnologia, a primeira coisa 
que lhe vem à cabeça são computadores, tablets, smartphones, acertei? 
Neste sentido, quero desmistificar a palavra tecnologia para você. Muito 
embora estejamos mais acostumados a associar a palavra tecnologia aos 
aspectos digitais, tecnologia em seu conceito puro significa tudo aquilo que 
https://www.youtube.com/watch?v=kDNXWO3_vbw
 
 
28 
 
busca melhorar um processo. Portanto, quando afirmo que a roda, o fogo, o 
rádio, o papel, o quadro de giz são tecnologias, realmente são, pois buscam 
melhorar uma determinada atividade. 
Portanto, de acordo com Silva (2021), compreender a tecnologia é 
compreender a própria história da humanidade, a medida em que a sociedade 
evolui, novas formas de tecnologias são desenvolvidas e incorporadas a esta 
sociedade. Pensando nessa evolução, Kampff (2012, p. 11) comenta que a 
criatividade dos seres humanos: 
 
“[...] é despertada por sua interação com o mundo, na construção de 
novos conhecimentos, na ação transformadora. O homem, dos 
primórdios aos dias atuais, produz tecnologias: movido por suas 
necessidades e desejos, inventa artefatos que modificam o mundo e a 
sua forma de relacionar-se com ele. [...] Das ferramentas rudimentares 
da agricultura às modernas colheitadeiras, do tratamento das primeiras 
peles que aqueciam o corpo às roupas antifogo dos pilotos de 
automobilismo, dos primeiros desenhos às máquinas fotográficas 
digitais e softwares de edição gráfica, a tecnologia é útil e fascinante.” 
 
Neste limiar, fica evidente que a tecnologia parte do trabalho e da 
necessidade dos seres humanos de aprimorar cada vez mais as atividades e 
estas tecnologias buscam moldar o estilo de vida dos sujeitos, dando-lhes mais 
conforto e interatividade com seus pares. 
De acordo com Silva (2021), as tecnologias se configuram como técnicas, 
recursos e aparatos que buscam dar resolutivas a problemas e conflitos da 
sociedade e das pessoas. Vamos analisar a palavra tecnologia pelo viés 
linguístico e filosófico. 
 
Vocabulário 
 
Vamosanalisar a conceituação de tecnologia apresentada pelo dicionário 
Michaelis da língua portuguesa, (2022). 
• Conjunto de processos, métodos, técnicas e ferramentas relativos 
à arte, indústria, educação etc.: “O ensaio me pareceu muito bem 
craniado. Só notei que estás demasiadamente fascinado pela tecnologia. 
Daí a aceitar sem reservas a tecnocracia é um passo muito curto” (EV). 
• Conhecimento técnico e científico e suas aplicações a um campo 
particular: “Os serviços de informação e inteligência do Departamento de 
Estado norte-americano já dispunham de tecnologia suficiente para 
 
 
29 
 
rastrear o encontro num quarto de hospital de dois personagens 
secundários […]” (CA). 
• POR EXT Tudo o que é novo em matéria de conhecimento técnico 
e científico. 
• Linguagem peculiar a um ramo determinado do conhecimento, 
teórico ou prático. 
• Aplicação dos conhecimentos científicos à produção em geral: 
Vivemos o momento da grande tecnologia. 
 
 
Pois bem, percebemos que tecnologia vai para além da simples aplicação 
de técnicas, sendo um conjunto de conhecimentos que agrupados são capazes 
de fazer a diferença em nossas vidas e sobretudo em nossas rotinas. Por 
exemplo, alguns anos atrás, se precisássemos realizar transferências bancárias, 
precisávamos nos direcionar fisicamente a uma agência bancária e utilizar os 
caixas eletrônicos, hoje, temos uma agência bancária na palma de nossas mãos 
e conseguimos realizar todas as operações por meio dos aplicativos. 
Da mesma forma, podemos mencionar a educação, há algum tempo, não 
tínhamos a oportunidade de realizar graduação e pós-graduação de maneira 
online, isto é, precisávamos estar presencialmente todos os dias na faculdade 
para conseguirmos a obtenção do tão sonhado diploma, hoje, a faculdade entra 
em nossas casas e conseguimos estudar onde e quando quisermos. Conseguiu 
compreender que a tecnologia vem para modificar os paradigmas do tempo e 
espaço? 
Agora que já conseguimos conceituar tecnologias em seus aspectos mais 
amplos, quero afunilar um pouco mais até chegarmos à tecnologia da 
informação, da comunicação e da educação. 
O que é essa tecnologia da informação e da comunicação, ou 
simplesmente TICs, “são o conjunto de partes (quaisquer) que gerem 
informações, ou, também, o conjunto de software, hardware, recursos humanos 
e respectivos procedimentos que antecedem e sucedem o software” (REZENDE, 
2002, p. 84). 
Conforme o próprio nome já diz, as tecnologias da informação e 
comunicação são aquelas que geram uma interatividade, ou seja, comunicação 
entre os pares, e geram também informação e conhecimento. Essas tecnologias 
podem ser utilizadas em todos os segmentos da sociedade, por exemplo, os 
 
 
30 
 
sistemas bancários, de supermercado, o ambiente virtual de aprendizagem 
(AVA), os e-mails, todos são desenvolvidos com base em tecnologia e podem 
ser considerados tecnologias da informação e da comunicação. 
Agora que classificamos o que são tecnologias da informação e da 
comunicação, o que acham de falarmos um pouco sobre as tecnologias 
educacionais e a importância da aplicação delas e da informática na educação? 
Valente (1998) afirma que: 
 
“As novas modalidades de uso do computador na educação apontam 
para uma nova direção o uso desta tecnologia não como máquina de 
ensinar, mas, como uma nova mídia educacional: o computador passa 
a ser uma ferramenta educacional, uma ferramenta de 
complementação, de aperfeiçoamento e de possível mudança na 
qualidade do ensino.” (p.6) 
 
Vamos analisar a citação de Valente, quando ele diz melhorar a qualidade 
do ensino, é justamente pelo fato de que a partir da computação e destas 
tecnologias, podemos ampliar tanto o acesso quanto a permanência, por 
exemplo, no ensino superior, a educação, por meio das tecnologias, chegam a 
lugares que antes não chegavam. 
Ainda, analisando a citação, percebe-se a importância da tecnologia para 
a ampliação dos conhecimentos, o estudante já chega com uma bagagem de 
conhecimento diferenciada, por exemplo, tenho certeza de que vocês que 
escolheram um curso de graduação, pesquisaram bastante antes sobre a grade 
curricular, sobre o perfil do curso, e foi pela Internet esta busca. 
Evidencia-se um desenvolvimento de competências de autonomia e 
desenvolvimento pessoal, além disso, um novo paradigma de docência, em que: 
 
“Observa-se, a partir dessas considerações, que o professor deixou de 
ser a única referência do aluno quando se trata de encontrar 
informações; porém, sua responsabilidade tem se mostrado ainda 
maior, pois seus alunos utilizam-se das várias modalidades do Google 
e Wikipédia para pesquisar tudo e todos quantos já se encontram 
publicados, e o professor nem sempre é a primeira opção de busca” 
(PEREIRA, 2011, p. 930). 
 
Conseguem perceber pela citação anterior, que o perfil do estudante se 
modificou em virtude da ampliação das tecnologias e difusão maior e mais rápida 
 
 
31 
 
de conhecimento? Isso se torna imprescindível, pois cria um maior desafio aos 
professores ao tentar mediar todos estes elementos. 
Os professores, hoje, precisam trazer elementos do cotidiano e das 
tecnologias para suas aulas, pois do contrário, não conseguirão prender a 
atenção dos estudantes, justamente por este motivo, temos uma aula para 
tratarmos sobre metodologias ativas aqui em nossa disciplina. 
 
“Diante desse novo panorama, compreende-se que a utilização de 
redes e mídias sociais na educação é um fato, e, assim sendo, o 
professor precisa estar aberto e atento para conhecer e aplicá-las a 
sua prática de sala de aula, sob pena de se tornar desatualizado e 
acabar por transformar as aulas em algo pouco atrativo aos olhos cada 
dia mais aguçados e curiosos de seus alunos” (PEREIRA, 2011, p. 
930). 
 
Uma tendência que cresce cada vez mais é a utilização das redes sociais, 
os famosos memes, os emoticons, para fazer despertar o interesse dos 
estudantes. Neste sentido, Cupani (2016, p. 12) afirma que “[...] aquilo que 
denominamos tecnologia se apresenta, pois, como uma realidade polifacetada: 
não apenas em forma de objetos e conjuntos de objetos, mas também como 
sistemas, como processos, como modos de proceder, como certa mentalidade”. 
Ainda na perspectiva do autor: 
 
“[...] a maioria das tecnologias utilizada como auxiliar no processo 
educativo não são nem um objeto e nem a sua substância nem a sua 
finalidade. Elas estão presentes em todos os momentos do processo 
pedagógico desde o planejamento das disciplinas, a elaboração da 
proposta curricular até a certificação dos alunos que concluíram o 
curso. A presença de uma determinada tecnologia pode induzir 
profundas mudanças na maneira de organizar o ensino. Um pequeno 
exemplo disso é o ensino do idioma baseado exclusivamente nos livros 
didáticos e na pronúncia da professora em aulas expositivas; ele será 
bem diferente do mesmo ensino realizado com apoio docente, mas 
com a possibilidade de diálogo, conversas e trocas comunicativas entre 
os alunos.” (p.44). 
 
Portanto, percebam que tecnologias educacionais constituem-se como a 
utilização estratégica e consciente de princípios, métodos e técnicas que possam 
contribuir para reorientação e melhoria do ensino, dentro de uma perspectiva 
globalizante, histórica e crítica (MAZZI, 1986, p. 46 apud CROCHIK, ibidem, p. 
111). Ainda nesta perspectiva: 
 
 
 
32 
 
“Na medida que a TE constitui o estudo teórico-prático da utilização 
das tecnologias, objetivando o conhecimento, a análise e a utilização 
crítica destas tecnologias, ela serve de instrumento aos profissionais e 
pesquisadores para realizar um trabalho pedagógico de construção do 
conhecimento e de interpretação e aplicação das tecnologias 
presentes na sociedade” (SAMPAIO e LEITE, 1999, p. 25). 
 
Vale ressaltar que as tecnologias educacionais não cooperam apenas 
com os professores provendo recursos e metodologias para o ensino, mas 
também cooperam com osestudantes, proporcionando engajamento e ainda 
técnicas específicas de estudo, para tanto podemos citar os diferentes tipos de 
aplicativos existentes. 
 
 Saiba mais 
 
Que tal realizarmos a leitura da obra Tecnologias Educacionais, organizada 
pelos professores Mônica Maria Siqueira Damasceno e Ricardo Damasceno de 
Oliveira. 
Link: 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/600539/2/COLETANEA%20TE
CNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS.pdf 
 
 
3.2 Técnicas de estudos e o uso das tecnologias 
 
É evidente que para que melhor possamos aprender, precisamos 
primeiramente identificar qual é a minha modalidade de aprendizagem, isto é, de 
que maneira eu aprendo mais facilmente, ou ainda, qual meu canal de recepção 
das informações. Cada um de nós possui um estilo diferente de aprendizagem, 
uns aprendem mais ouvindo, outros aprendem mais escrevendo resumos, outros 
lendo e outros aprendem pela experimentação e pela prática. 
Existe uma teoria chamada teoria das inteligências múltiplas, que busca 
dizer que não existe apenas um tipo de inteligência, mas sim várias, isto é, 
existem pessoas que são mais auditivas, mais visuais, mais linguísticas, mais 
lógicas, mais sinestésicas, mais corporais e assim por diante. Quando 
entendemos o nosso funcionamento relativo à aprendizagem, conseguimos 
aprender melhor e com mais qualidade. 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/600539/2/COLETANEA%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS.pdf
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/600539/2/COLETANEA%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS.pdf
 
 
33 
 
 Saiba mais 
 
Que tal realizarmos a leitura da história em quadrinhos a seguir, que relata 
situações nas quais podemos entender como funciona a teoria das inteligências 
múltiplas. 
Link: 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/585455/2/HQ%20M%C3%9ALT
IPLAS%20INTELIG%C3%8ANCIAS%20DE%20GARDNER.pdf 
 
Agora que compreendemos os estilos de aprendizagem, o que acham de 
investigarmos um pouco sobre possibilidades de técnicas de estudos, para que 
vocês possam aplicar em suas rotinas? A aplicação, seleção e identificação da 
técnica de estudo que mais faça significado para mim, busca maximizar os 
resultados da aprendizagem, bem como fazer com que tenhamos uma 
organização mais efetiva de nossa rotina de estudos e sobretudo realizar uma 
gestão do tempo mais adequada. 
O primeiro aspecto que precisamos observar quando se estuda na 
modalidade EAD é o ambiente adequado, isto é, você precisará estar atento e 
focado, tendo em vista que você estará em casa ou em outro ambiente 
selecionado por você, mas sobretudo o ambiente precisa ser calmo, e ter uma 
mesa, para que você possa dispor seus materiais, computador, celular ou outro 
equipamento utilizado por você para assistir às aulas. 
 
 
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/feche-a-mao-fazendo-anotacoes_23-
2148888827.jpg?w=826&t=st=1654257861~exp=1654258461~hmac=89b5f0ab853e7b
406cc44e9824e5b521b71f63d49859dd9202d6fbb06547e2f6 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/585455/2/HQ%20M%C3%9ALTIPLAS%20INTELIG%C3%8ANCIAS%20DE%20GARDNER.pdf
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/585455/2/HQ%20M%C3%9ALTIPLAS%20INTELIG%C3%8ANCIAS%20DE%20GARDNER.pdf
 
 
34 
 
Neste sentido, vale ainda lembrar que é importante sempre deixar uma 
garrafa de água próxima a você, isto é, para que se mantenha hidratado. Outro 
aspecto importante é a necessidade de se afastar de distrações, coloque os 
celulares no mudo, desabilite os alarmes, para que sua concentração não seja 
cortada. 
Outra questão que precisamos entender é o desenvolvimento de uma 
rotina adequada de estudos, isto que sabemos que se você optou por um curso 
na modalidade a distância, significa que você precisa de flexibilidade e 
autonomia nos estudos, mas isso não significa dizer que você não precisará de 
uma rotina. 
Para maximizar sua aprendizagem, será necessário você sempre 
estipular dias específicos da semana e horários específicos para que possa 
assistir às aulas, realizar as atividades, bem como fazer e ampliar as pesquisas 
acerca do assunto tratado. 
 
 
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/calendario-para-o-evento-de-negocios-de-
planejador-agenda-agenda-planejamento-reserva-linha-do-tempo-lembrete-de-
pagamento_101448-7.jpg?w=740 
 
Outra perspectiva importante a se observar é o calendário acadêmico de 
seu curso, isto é, você deverá entregar atividades e observar todo o sistema 
avaliativo, você terá prazos a cumprir, portanto uma gestão do tempo adequada 
será necessária. Uma dica para não se perder em meio a tantas informações é 
utilizar as agendas do seu celular com os principais eventos, ou ainda, colocar 
 
 
35 
 
os alarmes para realizar lembretes, ou podemos ainda optar por meios 
tradicionais, como a agenda em papel. 
Pensando em educação a distância, desenvolver mecanismos de atenção 
são primordiais, principalmente nas aulas gravadas ou aulas síncronas, tendo 
em vista que você estará em um ambiente que não é a sala de aula física e 
presencial, mas sim uma sala de aula virtual. É sempre interessante realizarmos 
um movimento para percebermos de que maneira nos motivamos, quando eu 
entendo o que me motiva, meus mecanismos atencionais serão logo ativados. 
Quando for assistir a uma videoaula, certifique-se de que tem todo o 
material necessário, por exemplo, separe seu caderno para anotação, realize as 
anotações dos pontos principais que lhe chamaram a atenção, anote as 
possíveis dúvidas para perguntar aos professores, ou ainda para ampliação de 
seu processo de pesquisa. 
Algumas técnicas são importantes para que possamos esquematizar 
todos os nossos estudos, por exemplo, o desenvolvimento de mapas mentais ou 
mapas conceituais, que são representações gráficas do conteúdo que 
estudamos, isto é, podemos organizar aquele conteúdo da forma como eu 
entendo, isso facilita bastante quando temos uma grande quantidade de 
conteúdo para estudarmos. Em nossa disciplina, existe um mapa conceitual, que 
vocês podem tomar como exemplo. 
 
 Saiba mais 
 
Que tal aprendermos a desenvolver mapas conceituais? Para tanto assista ao 
vídeo a seguir Psicologia da Aprendizagem - Aula 13 - O que são mapas 
conceituais: https://www.youtube.com/watch?v=aF0UbIdN1Eg 
 
Adiante nas técnicas, temos ainda a importância das anotações durante 
a aula, essas anotações servem para a sua compreensão melhor do conteúdo, 
ou ainda, as anotações podem ser uma releitura daquilo que você compreendeu, 
de uma maneira diferente da que o professor explicou, vale lembrar ainda que 
questionamentos podem ser anotados para posterior pergunta ao professor ou 
ampliação da pesquisa, conforme dito anteriormente. 
https://www.youtube.com/watch?v=aF0UbIdN1Eg
 
 
36 
 
Outra técnica, é a própria leitura, existem pessoas que possuem 
dificuldades de permanecer muito tempo lendo, contudo o que importa não é a 
quantidade e sim a qualidade da leitura. Para termos um bom aproveitamento 
dos textos, faz-se necessário um planejamento da quantidade de material 
preciso ler e dividir isso pelo tempo que tenho, isto é, os prazos. 
A técnica de sublinhar é de extrema importância, pois durante a leitura 
atenta, conseguimos extrair pontos importantes que são os fios condutores 
daqueles conteúdos que estou estudando. Durante este processo de 
sublinhamento, posso ainda realizar apontamentos e conexões que fiz durante 
aquela leitura. 
 Com o advento da Internet e dos mecanismos de buscas, temos ainda a 
possibilidade de consultar dicionários online, isto é importante, pois durante o 
processo de sublinhamento você poderá se deparar com conceitos e palavras 
que até então são desconhecidas por você. 
 
3.3 A utilização e o papel do ambiente virtual de aprendizagem 
 
Os ambientes virtuais de aprendizagem constituem ferramentas 
importantes para o ensino e aprendizagem em educação a distância, além de 
possuírem ferramentas tecnológicas poderosas,possuem elementos de 
mediação digital que levam o estudante a refletir sobre suas ações de estudo. 
Vamos elucidar mais um pouco: em um modelo presencial, temos a sala 
de aula com as carteiras, a lousa e os colegas, na educação a distância a sala 
de aula se torna virtual, isto é, o próprio AVA, as lousas se tornam as vídeoaulas, 
e os colegas ainda continuam lá, só que de maneira virtual, a comunicação se 
dá por meio dos chats, aulas síncronas e fóruns interativos. 
Neste aspecto, segundo Martins, Tiziotto e Cazarini (2016, p.114), os 
ambientes virtuais de aprendizagem “têm por objetivo principal figurar como um 
espaço de construção do conhecimento por meio do desenvolvimento de 
atividades educativas, mediadas pelo uso de Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TIC), valorizando a interação e o trabalho colaborativo” 
Neste aspecto, os autores ainda elencam algumas das possibilidades que 
podem ser trabalhadas dentro dos ambientes virtuais de aprendizagem, sendo 
eles: 
 
 
37 
 
a) Comunicação de maneira síncrona e assíncrona 
b) Armazenamento de arquivo pelos estudantes, como se fosse um 
repositório 
c) Recursos de tutoria, fóruns, chats, FAWS, vídeos, materiais 
escritos, dentre outros 
d) Acesso a conteúdo e multimídia 
e) Realização de atividades e avaliações 
f) Promove autonomia 
g) Desenvolve habilidades de gestão e autogestão 
 
Conclusão da aula 3 
 
Estudar na modalidade a distância requer empenho, autonomia e 
dedicação, muito embora algumas pessoas acreditam que estudar em EAD é 
tarefa fácil, contudo requer um grande planejamento e competência discente. 
Neste sentido, deixamos neste material algumas dicas e possibilidades 
para o melhoramento do seu desempenho acadêmico e em sua jornada neste 
curso graduação. 
 
 
Atividades de Aprendizagem 
Nesta aula, falamos um pouco sobre as modalidades de aprendizagem, e 
como cada um aprende, para tanto, acesse o link abaixo e realize o teste que 
busca identificar qual sua predominância de inteligência, assim, você poderá 
entender um pouco mais sobre seu funcionamento relativo à aprendizagem. 
Link: http://idaam.edu.br/ambiente/multiplas-inteligencias/teste-multiplas-
inteligencias.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
link:%20http://idaam.edu.br/ambiente/multiplas-inteligencias/teste-multiplas-inteligencias.html
link:%20http://idaam.edu.br/ambiente/multiplas-inteligencias/teste-multiplas-inteligencias.html
 
 
38 
 
Aula 4 – Criatividade, metodologias ativas e processos avaliativos na EAD 
 
Apresentação da aula 4 
 
 
Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/learning-concept-illustration_114360-
3896.jpg?w=740&t=st=1654259878~exp=1654260478~hmac=185076f07391f67c2ef1a
44d3c76d008ce2d17ecd779c7a867788e4c3641952d 
 
Olá, caro estudante, tudo bem? Nesta aula estaremos juntando elementos 
voltados à criatividade, afetividade, autoria, bem como possibilidades de 
estratégias didáticas que podemos utilizar para o ensino na EAD. Porém, antes 
de continuarmos nossa apresentação é importante lembrarmos que, 
 
“A educação, antes de ser adjetivada por qualquer modalidade (a 
distância, por exemplo, ou qualquer outra característica específica), é 
educação, ou seja, um processo histórico de criação do ser humano 
pela sociedade e para a sociedade e, ao mesmo tempo, de 
transformação da sociedade pelo ser humano em benefício de si 
mesmo [...]” (LOPES, PEREIRA, 2017, p.11). 
 
Por isso é pertinente compreendermos que a educação é oriunda das 
relações sociais e das experiências da humanidade. Imaginemos que estamos 
em casa sozinhos, neste caso, estamos repletos de situações sociais, por 
exemplo, a cadeira é oriunda de uma necessidade, a mesa, a caneta, a nossa 
casa, que na Idade da Pedra, era as cavernas. 
 
“Preti (2002) considera importante abandonar o debate sobre as 
especificidades da EaD, para que as discussões e os estudos sejam 
centrados nos fundamentos da educação e nos diferentes caminhos 
de construção da teoria e da prática educativa, da práxis pedagógica e 
 
 
39 
 
social. Com isso, evita-se o perigo de considerar a EaD como um hiato, 
um fenômeno único, desligado do seu contexto, que é a realidade da 
educação. Ao se falar de EaD, é necessário “não centrar o foco na 
‘distância’, e sim nos processos formativos, na educação, fazendo 
recurso a abordagens contextualizadas, situadas, críticas e 
libertadoras da educação” (PRETI, 2002, p. 29). (LOPES, PEREIRA, 
2017, p. 16). 
 
Assim, na sociedade a educação aos poucos veio ganhando novos rumos 
até a contemporaneidade. Como olhamos anteriormente, a EAD é 
regulamentada e reconhecida pelo Ministério da Educação – MEC, como sendo 
uma modalidade educacional vigente, em âmbito do Ensino Superior, que aos 
poucos está migrando para outros espaços, como a Educação Básica e os 
ambientes corporativos. 
 
Reflita 
 
Como seria uma Educação a Distância em um ambiente corporativo? Como o 
que já estudamos até o momento, quais os elementos essenciais para o 
desenvolvimento da Educação a Distância? Por que é importante sermos 
criativos e utilizamos recursos e metodologias diferenciados ao pensar na 
Educação a Distância? Quais outros espaços onde conseguimos encontrar a 
EAD? 
 
4.1 Criatividade e autoria na elaboração de material didático para a EAD 
 
Para começar nosso estudo neste tópico convidamos você a fazer 
algumas reflexões, sendo: 
 
Reflita 
 
Por que necessitamos ser criativos ao pensarmos na EAD? O que precisamos 
pensar ao adotar e olhar as tecnologias para a EAD? 
 
Pois bem, somente com essas perguntas poderíamos ficar dialogando 
páginas e páginas e não chegaríamos a uma conclusão definitiva. A nossa 
 
 
40 
 
intenção não é esta. Para tentarmos começar a compreender alguns desses 
elementos, Kenski (2009, p.46) nos explica que: 
 
“Assim como na guerra, a tecnologia também é essencial para a 
educação. Ou melhor, educação e tecnologias são indissociáveis. 
Segundo o dicionário Aurélio, a educação diz respeito ao “processo de 
desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e 
do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e 
social”. Para que ocorra essa integração, é preciso que conhecimentos, 
valores, hábitos, atitudes e comportamentos do grupo sejam ensinados 
e aprendidos, ou seja, que se utilize a educação para ensinar sobre as 
tecnologias que estão na base da identidade e da ação do grupo e que 
se faça uso delas para ensinar as bases dessa educação.” 
 
Nesta passagem apresentada pela autora, ela nos traz uma excelente 
reflexão que precisamos ter, isto é, a tecnologia por si só não contribuirá para o 
desenvolvimento de uma educação integral do sujeitos, mas sim, proporcionará 
um meio de campo que será possível a partir de ações pensadas e planejadas 
que promovam no sujeito a curiosidade, a busca e deixe-o intrigado em querer 
conhecer sobre o que está sendo apresentado em determinado material, seja 
ele escrito ou falado (videoaulas, por exemplo). 
Vejam que um dos elementos que conduz é os recursos tecnológicos que 
são os artefatos, mas quem é o grande mentor deste processo é o professor que 
está o tempo todo por trás das câmeras, gravando, convidado você, por meio de 
atividades, a aprimorar-se no assunto e, realizando sistematizações escritas 
como um fio condutor para seus estudos e todo esse processo só será possível 
por intermédio dos recursos tecnológicos, como o Ambiente Virtual de 
Aprendizagem. 
 
“Não basta adquirir a máquina, é preciso aprender a utilizá-la, a 
descobrir as melhores maneiras de obter da máquina auxílio nas 
necessidades de seu usuário. É preciso buscar informações, realizar 
cursos, pedir ajuda aos mais experientes, enfim, utilizar os mais 
diferentes meios para aprender a se relacionar com a inovação e ir 
além, começar a criar novas formas de uso e, daí, gerar outras 
utilizações. Essas novas aprendizagens, quando colocadas em prática, 
reorientam todos os nossosprocessos de descobertas, relações, 
valores e comportamentos.” (KENSKI, 2009, p. 46-47). 
 
Ao pensar em uma aula, o professor, que neste momento passa a ser o 
autor do seu material, buscar apresentar-lhe curiosidades, sínteses históricas, 
bem como indicações de ampliações sobre o assunto. Talvez você esteja se 
 
 
41 
 
perguntando por que se sugere essas ampliações? Pois bem, basta 
compreendermos que 
 
“As descobertas feitas pelo homem no decorrer da história permitiram-
lhe continuar existindo e ir melhorando suas condições de existência. 
À diferença dos outros seres vivos, o ser Humano não apenas adapta-
se ao meio, mas conhecendo-o, é capaz de adaptá-lo e torná-lo mais 
apropriado às suas necessidades, melhorando suas condições de vida. 
Então, para o homem, conhecer é uma questão de sobrevivência [...]” 
(LOPES, PEREIRA, 2017, p. 10). 
 
Um aspecto importante que precisamos compreender quando se trata de 
autoria para a EAD, é que o material deve ser claro, dialogado, proporcionando 
ao seu receptor a curiosidade, clareza e o entendimento do seu conteúdo, pois 
imaginemos você lendo sobre o assunto com uma linguagem rebuscada que a 
cada momento faz-se necessário parar e buscar o significado para continuar a 
leitura, isso acaba desmotivando o sujeito aprendente. E quem já não passou 
por isso, não é mesmo? Pois bem, antes de finalizamos esse tópico, vamos 
realizar uma síntese das palavras-chave, conforme apresentado na sequência: 
 
 
Resumo dos conceitos estudados 
Fonte: Acervo pessoal do autor. 
 
 
 
 
42 
 
Antes de finalizamos gostaríamos de lhe convidar a realizar a leitura do 
capítulo 3 do livro abaixo: 
 
 Saiba mais 
 
Amplie seus estudos acerca das tecnologias e a educação com a obra de Vani 
Moreira Kenski, denominada “Educação e Tecnologias: O Novo Ritmo da 
Informação” publicada pela editora Papirus. 
 
 
4.2 Metodologias ativas e a educação a distância 
 
Para começarmos o dialogo sobre as Metodologias Ativas na EAD 
gostaríamos de lhe convidar para fazermos uma parada e compreendermos 
alguns conceitos, vamos lá? 
 
Vocabulário 
 
Segundo dicionário Michaelis online encontramos que: 
Metodologia: parte da lógica que trata dos métodos aplicados nas diferentes 
ciências; estudo dos métodos, especialmente dos métodos científicos; conjunto 
de regras e procedimentos para a realização de uma pesquisa. 
Ativo: que se caracteriza pela ação ou prática e não pela contemplação ou 
especulação; objetivo, prático, pragmático; que tem ou demonstra prontidão, 
diligência; diligente, expedito, rápido; que está sempre em atividade; atuante, 
participante, presente; que trabalha com energia e rapidez; atuante, ocupado, 
produtivo; diz-se de verbo que exprime ação. 
 
Podemos perceber que quando falamos em metodologias ativas (ativo – 
origem) estamos referindo-nos ao ato de realizar algo, fazer, ultrapassando a 
barreira de encontrar alunos receptores de informação. Quando pensamos na 
EAD, pensamos na aprendizagem dos sujeitos que questão em outro espaço, 
mas estudando, dialogando, interagindo e aprendendo com material, pesquisa e 
videoaulas. 
 
 
43 
 
 
Relação professor-estudante e as metodologias ativas 
Fonte: Acervo pessoal do autor. 
 
Na contemporaneidade emergiram novos caminhos que podemos adotar 
para pensar a EAD, como as metodologias ativas, que trazem consigo a 
motivação, engajamento e o ato de aprender fazendo, tirando o sujeito da 
situação de apenas receber o conhecimento, fazendo dele um cooperador na 
apropriação e aprimoramento dos conceitos que estão sendo estudados. 
Porém, é pertinente destacar que esse processo dinâmico necessita estar 
pautado em um fundamento norteador, pois, conforme explica Lopes e Pereira 
(2017, p. 12) que: 
 
[...] é necessário ressaltar a importância da teoria, uma vez, que de 
acordo com Pinto (2000, p. 59), “não há educação sem ideia de 
educação”. O processo educacional é dirigido por essa ideia de 
educação, seja ela implícita, seja explícita. Por essa razão, tal processo 
social, histórico-antropológico, tem um caráter marcadamente 
ideológico. Portanto, “não há educação sem teoria da educação” (op. 
cit.). 
 
Esse embasamento na educação é o fio condutor para emergirem novas 
formas de ensinar e aprender, por meio da utilização de tecnologias digitais, as 
quais, por ações panejadas, auxiliam a inversão dos papéis, em que o professor 
torna-se mediador do processo educativo. Para que esse caminho seja traçado 
ao pensar na EAD, podemos estabelecer a interseção de conjuntos entre o 
professor que está planejando sua aula e os recursos tecnológicos. 
Professor Professor e Estudante
Mediador
Instigador 
e 
condutor
Autônomo
Centro do 
processo 
Guiado 
pelo 
professor
Aprendizagem
Estudante
 
 
44 
 
 
Conhecimento Pedagógico e Tecnológico 
Fonte: Acervo pessoal do autor. 
 
Pois bem, você deve estar se perguntando quais são as metodologias que 
podemos adotar ao pensar na EAD, um exemplo é a Gamificação, que adotada 
como caminho a mecânica dos jogos, visando motivar, engajar e intigar o 
estudante a chegar a um determinado objetivo, e para que isso aconteça, este 
deverá passar por desafios cada vez mais complexos que lhe demandam 
conhecimento e estudo sobre o assunto. 
Existem diferentes concepções e compreensões acerca da gamificação, 
mas ela, como caminho metodológico, proporciona ao estudante níveis de 
dificuldades e este, no decorrer do caminho, vai conquistando prêmios e 
ganhando poderes (no contexto criado), por exemplo, para chegar ao término. 
 
“Gamificação tem como base a ação de se pensar como em um jogo, 
utilizando as sistemáticas e mecânicas do ato de jogar em um contexto 
fora de jogo. Vianna et al. (2013) consideram que gamificação abrange 
a utilização de mecanismos de jogos para a resolução de problemas e 
para a motivação e o engajamento de um determinado público. Para 
os autores isso não significa, necessariamente, a participação em um 
jogo, mas a utilização dos elementos mais eficientes – como mecâ-
nicas, dinâmicas e estética – para reproduzir os mesmos benefícios 
alcançados com o ato de jogar.” (BUSARELLO; ULBRICHT; FADEL, 
2014, p. 15) 
 
Para entendermos como pode-se utilizar a gamificação no âmbito da EAD, 
imaginemos uma aula de matemática. Nesta aula o professor almeja ensinar as 
ideias associadas à adição, isto é, juntar/reunir ou acrescentar. Para isso ele 
Conhecimento 
pedagógico + 
tecnológico.
Conhecimento 
tecnológico
Conhecimento 
Pedagógico
 
 
45 
 
utilizará o embasamento da EAD e os conhecimento matemáticos e 
tecnológicos. 
 
Fonte: https://img.freepik.com/free-vector/two-kids-calculating-classroom_1308-
28992.jpg?w=740&t=st=1654261203~exp=1654261803~hmac=033456d7c44039c7ac
a03307c20d8c0f3c4d63be857cd053c57ef024b92231a5 
 
Pensando na gamificação, esse professor organiza o espaço de 
aprendizagem inicialmente com uma videoaula, na qual ocorre a explicação dos 
conceitos com alguns exemplos. Na sequência é apresentado o conteúdo 
síntese na forma de um livro. 
O professor, pensando em motivar e engajar ainda mais seus alunos, 
organiza um quiz interativo, no qual o estudante necessita perpassar várias 
etapas para chegar ao final da sequência didática planejada. Portanto em cada 
etapa o estudante necessita passar pelos desafios, quando acerta este ganhará 
2 pontos e se errar terá um decréscimo de 1 ponto. Os estudantes neste quiz 
conseguem acompanhar seu progresso e também o dos seus colegas de turma. 
Neste exemplo, podemos observar que ocorrem ainda caminhos para 
engajar os discentes com a utilização de uma sequência de situações-problema, 
nas quais ocorre a premiação pela pontuação. 
Outro caminho que os fundamentos da EAD proporcionaram foi o 
desenvolvimento de novas estratégias metodológicas que hoje se tomaram tema 
de estudo e pesquisa em diferentes programas de Pós-graduação stricto-senso. 
Alguns exemplos que

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