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PROBLEMA 08 - EXERCICIO ILEGAL DA MEDICINA

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[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 –Medicina Unimontes 
 
PROBLEMA 08 – EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA 
 EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA 
- O princípio constitucional de livre exercício de uma profissão não é garantia para que qualquer um possa entregar-se sem restrição a uma 
atividade, mas o direito de exercê-la desde que legalmente habilitado e capaz de um determinado fim – a liberdade garantida na constituição 
garante que qualquer pessoa, rica ou pobre, nacional ou estrangeira, desde que tenha adquirido capacidade e habilitação legal possa se dedicar 
ao ofício; 
- A liberdade constitucional referente ao exercício pleno da profissão exige, de quem a exerce, autorização, idoneidade e competência; 
- A medicina é uma profissão intrinsecamente ligada à saúde pública, assim a lei que a ampara prevê o bem-estar da comunidade, a fim de que 
pessoas inescrupulosas e incompetentes não ponham em perigo a vida e a saúde pública; 
- O exercício da medicina está regulamentado em todos os países do mundo, através de normas e princípios; 
- A licença para o exercício da medicina é um ato exclusivo da autoridade do Estado, sendo que a profissão está regida por obrigações e deveres, 
disciplinados nas normas administrativas e universitárias; 
- O exercício ilegal da medicina está submetido às infrações do Código Penal; 
1. LEGISLAÇÃO VIGENTE 
a. LEI N° 3.268/1957 
- Art. 17. Os médicos só poderão exercer legalmente a medicina, em qualquer de seus ramos ou especialidades, após o prévio registro de seus 
títulos, diplomas, certificados ou cartas no Ministério da Educação e Cultura e de sua inscrição no Conselho Regional de Medicina, sob cuja 
jurisdição se achar o local de sua atividade. 
- Art. 18. Aos profissionais registrados de acordo com esta lei será entregue uma carteira profissional que os habitará ao exercício da medicina 
em todo o País 
1º No caso em que o profissional tiver de exercer temporariamente, à medicina em outra jurisdição, apresentará sua carteira para ser visada 
pelo Presidente do Conselho Regional desta jurisdição 
2º Se o médico inscrito no Conselho Regional de um Estado passar a exercer, de modo permanente, atividade em outra região, assim se 
entendendo o exercício da profissão por mais de 90 (noventa) dias, na nova jurisdição, ficará obrigado a requerer inscrição secundária no quadro 
respectivo, ou para ele se transferir, sujeito, em ambos os casos, à jurisdição do Conselho local pelos atos praticados em qualquer jurisdição 
3º Quando deixar, temporária ou definitivamente, de exercer atividade profissional, o profissional restituirá a carteira à secretaria do Conselho 
onde estiver inscrito 
4º No prontuário do médico serão feitas quaisquer anotações referentes ao mesmo, inclusive os elogios e penalidades 
Art . 19. A carteira profissional, de que trata o art. 18, valerá documento de identidade e terá fé pública 
Art . 20. Todo aquele que mediante anúncios, placas, cartões ou outros meios quaisquer, se propuser ao exercício da medicina, em qualquer dos 
ramos ou especialidades, fica sujeito às penalidades aplicáveis ao exercício ilegal da profissão, se não estiver devidamente registrado 
Art . 21. O poder de disciplinar e aplicar penalidades aos médicos compete exclusivamente ao Conselho Regional, em que estavam inscritos ao 
tempo do fato punível, ou em que ocorreu, nos termos do art. 18, § 1º; 
b. LEI N° 9.649/1998 
- Art. 58 - Os serviços de fiscalização de profissões regulamentadas serão exercidos em caráter privado, por delegação do poder público, 
mediante autorização legislativa – (1) A organização, a estrutura e o funcionamento dos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas 
serão disciplinados mediante decisão do plenário do conselho federal da respectiva profissão, garantindo-se que na composição deste estejam 
representados todos seus conselhos regionais; (2) Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, dotadas de personalidade jurídica 
de direito privado, não manterão com os órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico; (3) Os empregados dos 
conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas são regidos pela legislação trabalhista, sendo vedada qualquer forma de transposição, 
transferência ou deslocamento para o quadro da Administração Pública direta ou indireta; (4) Os conselhos de fiscalização de profissões 
regulamentadas ficam autorizados a fixar, cobrar e executar contribuições anuais devidas por pessoas físicas e jurídicas, bem como preços de 
serviços e multas, que constituirão receitas próprias, considerando-se título executivo extrajudicial a certidão relativa aos créditos decorrentes; 
(5) O controle das atividades financeiras e administrativas dos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas será realizado por seus 
órgãos internos, devendo os conselhos regionais prestar contas, anualmente, ao conselho federal das respectivas profissões, e estes aos 
conselhos regionais; (6) Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, por constituírem serviço público, gozam de imunidade 
tributária total em relação aos seus bens, rendas e serviços; (7) Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas promoverão, até 30 
de junho de 1998, a adaptação de seus estatutos e regimentos ao estabelecido neste artigo; (8) Compete à Justiça Federal a apreciação das 
controvérsias que envolvam os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, quando no exercício dos serviços a eles delegados, 
conforme disposto; 
c. LEI N° 12.842/2013 
- Art. 6º A denominação ‘médico’ é privativa do graduado em curso superior de Medicina reconhecido e deverá constar obrigatoriamente dos 
diplomas emitidos por instituições de educação superior credenciadas na forma do art. 46 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional), vedada a denominação ‘bacharel em Medicina’. (Redação dada pela Lei nº 13.270, de 2016) 
d. RESOLUÇÃO CFM N° 1.948/2010 
- Art. 1 - O médico que venha a exercer a medicina em outra jurisdição, temporariamente e por período inferior a 90 (noventa) dias, deverá 
requerer visto provisório ao presidente do Conselho Regional de Medicina daquela localidade, apresentando a carteira profissional de médico 
para o assentamento e assinatura da autorização na mesma – (1) O período de 90 dias referido no artigo fica limitado ao exercício financeiro 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art46
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art46
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13270.htm#art1
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 –Medicina Unimontes 
 
anual, com início em março e validade até o mesmo mês do ano seguinte; (1) A concessão do visto provisório será para o período de 90 
dias corridos, de forma contínua e em uma única vez, salvo nos casos estabelecidos no artigo 2º desta resolução; 
- Art. 2 - Aos médicos peritos, auditores, integrantes de equipes de transplante, equipes desportivas, ou aqueles que se deslocam 
temporariamente acompanhando eventos artísticos e sociais, e integrantes de equipes médicas de ajuda humanitária em caráter 
beneficente, pertencentes a entes públicos, empresas de âmbito nacional ou ainda aqueles contratados como assistentes 
técnicos em perícias cíveis e criminais, de modo temporário e excepcional, poderá ser concedido o visto provisório de forma fracionada, 
respeitado o período total de 90 dias em um mesmo ano – (1) No caso deste artigo a comunicação deverá ser feita por escrito (carta ou 
ofício), fax ou e-mail, pelo ente público ou privado, ao Conselho Regional de Medicina da base onde o médico trabalhe; (2)Quando a atividade 
for como assistente técnico o próprio médico fará a comunicação; (3) O Conselho Regional de Medicina da base comunicará ao Conselho 
destinatárioo deslocamento do médico; (4) O Conselho Regional de Medicina destinatário dará a autorização e informará ao Conselho 
de origem este feito; (5) O Conselho de origem informará ao ente interessado ou assistente pericial a confirmação da autorização; (6) Este 
trâmite será registrado no prontuário do médico em ambos os Conselhos; (7) Deverá haver rigorosa fiscalização do cumprimento do prazo 
requerido, sendo proibido ao médico executar qualquer outra atividade que não a constante no requerimento; 
- Art. 3 - O médico que exerça a medicina de forma habitual em mais de um estado da Federação deverá requerer inscrição secundária, ainda 
que o somatório anual descontínuo não ultrapasse o período de 90 dias; 
 Discussão Sobre os Conselhos de Medicina 
- Os Conselhos Regionais e Federal de Medicina são órgãos dotados de personalidade jurídica de direito público e forma federativa, por delegação 
do poder público; 
- Cada um dos conselhos apresenta autonomia administrativa e financeira e tem como finalidade disciplinar, fiscalizar e julgar a postura ética da 
atividade profissional médica em todo o território nacional; 
- É vedado o estabelecimento de vínculos com a Administração Pública ou com qualquer forma de intervenção por parte do poder estatal; 
- Os conselhos são regidos pela legislação trabalhista e gozam de imunidade tributária total em relação aos seus bens, rendas e serviços; 
- Não são propriamente instituições de defesa de classe, mas apresenta ação saneadora, responsável por manter o prestígio da profissão; 
- Cabe ao Conselho Federal de Medicina: organizar seu regimento interno, inclusive adaptando à sua nova condição de órgão dotado de 
personalidade de direito privado não integrado à Administração Pública; aprovar regimentos internos organizados pelos Conselhos Regionais; 
votar e alterar o Código de Ética Médica ouvindo os Regionais, expedir instruções necessárias ao bom desempenho da medicina; assessorar os 
Conselhos Regionais em questões administrativas, processuais e financeiras; atender em grau de recurso aos Regionais ou às partes sobre 
penalidades impostas em processos ético-disciplinares; promover diligências ou verificações relativas ao funcionamento dos Regionais; convocar 
eleições suplementares para os Conselhos Regionais nos casos de vacância ou de renúncia de pelo menos metade dos conselheiros e propor e 
aprovar seu orçamento ou os orçamentos dos Regionais; 
- Os Conselhos Regionais de Medicina encontram-se instalados em cada capital do Estado, apresentando como funções: inscrição de médicos 
legalmente habilitados; manter um registro de profissionais numa determinada região; fiscalizar o exercício profissional; impor as devidas 
penalidades; velar pela conservação da dignidade e da independência do Conselho; apreciar e decidir sobre ética profissional, impondo as penas 
cabíveis; proteger e contribuir para o perfeito desempenho técnico e moral da medicina; exercer atos para os quais a lei lhes confere 
competência; elaborar proposta de seu regimento interno; expedir carteira profissional com valor legal de carteira de identidade; fiscalizar o 
exercício profissional de pessoa física e de pessoa jurídica de direito público ou privado, em sua jurisdição, e expedir normas ou resoluções para 
o pleno cumprimento do Código de Ética Médica; 
- Para o médico inscrever-se no Conselho Regional de Medicina, faz-se necessário apresentar à Secretaria desse órgão os seguintes documentos: 
(1) requerimento dirigido ao Presidente; (2) cópia autêntica ou original do Diploma registrado no MEC ou na Universidade; (3) recibo de 
recolhimento da Contribuição Sindical; (4) prova de estar em dia com o serviço militar; (5) título de eleitor; (6) três fotografias 3 × 4; 
e. RESOLUÇÃO CFM N° 2.130 / 2015 
- Art. 1 - Os Conselhos Regionais de Medicina não poderão implementar exames de proficiência para avaliação de egressos dos cursos de 
medicina, em caráter obrigatório ou coercitivo, como exigência para registro ou inscrição do profissional médico; 
- Art. 2 - Torna sem efeito os atos normativos emanados dos Conselhos Regionais Medicina que sejam contrários às disposições desta Resolução; 
 Discussão Sobre o Direito de Exercer a Medicina 
- Para se exercer a medicina necessita-se de uma habilitação profissional, adquirida através dos currículos das escolas médicas autorizadas e 
reconhecidas, e da habilitação legal, pelo registro desse título no CRM; 
- O exame de ordem ou de qualificação, com suposta finalidade de estabelecer critérios de avaliação do médico egresso das escolas, não encontra 
respaldo como instrumento legal ou ético, e não se justifica como capaz de corrigir as possíveis distorções do aparelho formador; 
- Não cabe aos Conselhos julgar a competência profissional do médico, isso é tarefa do Ministério da Educação; 
- A lei n° 6.815/1980, no art. 21, permite que o estrangeiro exerça atividade remunerada em municípios de fronteira desde que apresente 
documento especial que o identifique e caracterize sua condição, porém no art. 99 restringe o exercício da atividade remunerada, 
impossibilitando a inscrição em entidade fiscalizadora do exercício profissional; 
- A lei n° 9.474/1997 define que o diploma estrangeiro devidamente revalidado por uma universidade pública brasileira poderá obter inscrição 
com validade obrigatoriamente igual da Cédula de Identidade de Estrangeiro, podendo exercer qualquer atividade médica remunerada; 
- O médicos formados por escolas ou universidades estrangeiras terão seus títulos revalidados ao se habilitarem perante as faculdades 
brasileiras, independentemente de nacionalização e prestação de serviço militar; 
- Documentos necessários: (1) Requerimento de inscrição (fornecido pelo CRM); (2) Diploma original (se expedido por universidade estrangeira, 
deverá estar devidamente revalidado por uma universidade pública brasileira, conforme estabelece a Lei n.º 9.394/1996); (3) Cópia autenticada 
do diploma; (4) Cópia autenticada da tradução oficializada do diploma; (5) Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros 
(CELPE-BRAS), expedido por instituição oficial de ensino; (6) Cópia autenticada da Cédula de Identidade de Estrangeiro – visto de 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 –Medicina Unimontes 
 
Refugiado/Asilado; (7) Cópia autenticada do CPF; (8) Três fotos 3x4 (recentes); (9) Pagamento de taxa de expedição da Cédula de Identidade de 
Médico Estrangeiro e pagamento proporcional da anuidade do exercício; 
f. LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS 
- Art. 47 - Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordina do o seu 
exercício: Pena – Prisão simples, de quinze dias até meses, ou multa; 
g. CÓDIGO PENAL 
- Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os 
limites: Pena – detenção, de seis meses a dois anos – Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa; 
- Art.283 – Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível – Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa; 
- Art.284 – Exercer o curandeirismo: (I) prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; (II) usando gestos, palavras 
ou qualquer outro meio; (III) fazendo diagnósticos – Pena: detenção, de seis meses a dois anos – Se o crime é praticado mediante qualquer 
remuneração, o agente fica também sujeito à multa; 
 Discussão Sobre o Exercício Ilegal da Medicina 
- Os não formados em medicina não podem exercer a profissão, porém podem e devem exercer o ato médico em situações inadiáveis e 
imprescindíveis, que o estado de necessidade consagrou como lícitas – ex.: não se configura crime quando um indivíduo com certa vivência em 
serviços médico-hospitalares tenta salvar um paciente em iminente perigo de vida, usando de meios médicos; 
- O acadêmico de medicina diante de um caso urgente e grave também deve assistiro paciente, impondo uma conduta ou uma terapêutica 
exigida, sem exercer ilegalmente a medicina; 
- Entende-se por exercício ilegal não apenas o tratamento por meios medicamentosos, mas todo ato que vise à prevenção ou à cura através de 
aparelhos médicos, elétricos ou por meio de manobras e condutas cuja atribuição seja da profissão médica; 
- Comete infração tanto o que não é possuído de um título que lhe permita exercer legalmente a profissão, como o que não registrou o título 
nos Conselhos de Medicina, havendo assim uma transgressão administrativa; 
- O médico quando excede os limites da profissão também comete delito, como ao assumir responsabilidade de tratamento dirigido por quem 
não for profissional, firmar atestado de óbito de pessoa que foi tratado por leigo, atestar graciosamente ou sem examinar o doente, manipular 
medicamentos mediante prévia licença; 
- Constitui agravamento o fato de ter o agente cometido o exercício ilegal da medicina com intuito de lucro, acrescentando-se à pena uma multa; 
- A sanção penal no exercício ilegal da medicina busca impedir que a saúde pública seja ameaçada por pessoas não qualificadas, assim para 
configurar-se crime basta o risco, a possibilidade de dano, não exigindo consumar-se qualquer lesão ou malefício; 
**o médico não especialista pode realizar procedimento da área de um especialista desde que não anuncie especialidade ou área de atuação, 
desde que se responsabilize pelos seu atos – exceção: medicina do trabalho, que exige especialização** 
 Charlatanismo 
- Crime de perigo abstrato, cujo bem jurídico protegido é a saúde e a vida das pessoas sujeitas à fraude e ao engodo de agentes mais ou menos 
hábeis, que se aproveitam de outros menos avisados; 
- Delito em torno da cura inculcada ou anunciada, através de meios infalíveis e secretos, de terapêutica simulada, diagnóstico e prognóstico 
falsos, bem como de curas sensacionais e extraordinárias; 
- O charlatão atribui a si próprio e aos seus meios poderes miraculosos; 
- Crime privativo médico, sendo que os leigos se enquadram no exercício ilegal da medicina e no curandeirismo; 
- O agente desse crime é o médico que se desvia dos caminhos da ciência e se envereda por processos de mistificação, fraudulentos e desonestos; 
- É a vontade consciente e livre de anunciar e inculcar meios de tratamento, curas infalíveis, de maneira secreta; 
- É o conhecimento da fraude e da inverdade que se proclama, mesmo sabendo que essa prática é falsa e nociva; 
- O crime apresenta como elementos fundamentais o segredo e a infalibilidade; 
- Dispensa o caráter de habitualidade, bastando um único ato para configurar infração criminosa, como se houve a possibilidade de enganar 
alguém ou não; 
- A punição independe do resultado ou efeitos da ação; 
- Charlatões Estacionários – médicos despreparados e ultrapassados, que não acompanham o progresso da ciência, se descuidam do 
aprimoramento e da leitura, permanecendo no que aprenderam, ou em situação mais precária do que quando iniciaram; 
- Charlatões Superficiais – médicos que mal olham para o paciente, preenchem seus formulários sem os exames necessários e se restringem 
apenas ao tratamento sintomático; 
- Charlatões Sistemáticos – médicos que conhecem 2 ou 3 drogas, previamente formulados, receitando-as para todos os males; 
 Curandeirismo 
- Crime não médico de perigo abstrato; 
- Situação de risco, independentemente de uma efetiva ameaça de dano a uma pessoa ou algo determinado; 
- Mesmo que nenhuma ameaça real de dano tenha existido, se considera como consumado o crime de perigo abstrato ou presumido; 
- O curandeiro não se confunde com o exercício ilegal da medicina, pois não usa meios médicos, nem se faz passar por médico, mas tenta a cura 
ou a fraude invocando o sobrenatural ou seus conhecimentos empíricos, através de meios intimidativos, coreográficos, místicos ou da prescrição 
ou administração de ervas ou de outras substâncias; 
- O curandeiro se tornou o centro das consultas e das decisões viabilizadas pela marginalização e pela pobreza, pelo abandono e pela doença, 
sendo a forma de ajuda mais prática e mais direta que os desassistidos conseguiram; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 –Medicina Unimontes 
 
- É delituoso prescrever, ministrar ou aplicar qualquer substância, dando a entender que mesmo as não nocivas constituem infração; 
- É delituoso o emprego de gestos, palavras ou qualquer outro meio, dando a entender que inclui postura, passes, atitudes, rezas ou benzeduras; 
- É delituoso a feitura de diagnóstico por não médico; 
- Para sua configuração como crime, exige-se habitualidade, não podendo ser caracterizado apenas como ato esporádico; 
- É agravante a prática do curandeirismo mediante remuneração, aplicando-se multa; 
 Estelionato 
- Requisitos obrigatórios para sua caracterização: (1) obtenção de vantagem ilícita; (2) causar prejuízo a outra pessoa; (3) uso de meio ardil ou 
artimanha; (4) enganar alguém ou levá-lo ao erro; 
- É um crime doloso, ou seja, apresenta real intenção de lesar; 
 Lei n° 2.848/1940 
- Ar. 171 – Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, 
ou qualquer outro meio fraudulento – pena: reclusão, de 1 a 5 anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de reís; 
 CÓDIGO DE ÉTICA DO ESTUDANTE DE MEDICINA 
- Os estudantes de medicina ainda não podem ser alcançados pelo Código de Ética Médica, portando o Conselho Federal de Medicina (CFM) e 
as entidades estudantis vinculadas ao ensino da medicina elaboraram uma carta de princípios universais, aplicáveis a todos os contextos, para 
estimular o desenvolvimento de uma consciência individual e coletiva propícia ao fortalecimento de uma postura responsável e ética; 
- Encontram-se sublinhados os artigos correlacionados ao exercício ilegal da medicina pelo estudante de medicina; 
1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
- I - O estudante de medicina deve estar a serviço da saúde do ser humano e da coletividade, exercendo suas atividades sem discriminação de 
nenhuma natureza; 
- II - O alvo de toda a atenção do estudante de medicina é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o 
melhor de sua capacidade intelectual; 
- III - A escolha pela medicina exige compromissos humanísticos e humanitários, com promoção e manutenção do bem-estar físico, mental e 
social dos indivíduos e da coletividade; 
- IV - Compete ao estudante aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico e de sua formação em 
benefício dos pacientes e da sociedade; 
- V - O estudante de medicina guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em benefício deste com prudência, apresentando-
se condignamente, cultivando hábitos e maneiras que façam ver ao paciente o interesse e o respeito de que ele é merecedor - Jamais utilizará 
seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua 
dignidade e integridade; 
- VI - Cabe ao estudante, dentro de sua formação e possibilidade, contribuir para o desenvolvimento social, participando de movimentos 
estudantis, organizações sociais, sistema de saúde ou entidades médico-acadêmicas; 
- VII - As atividades de graduação, baseadas em competências (conhecimentos, habilidades e atitude), têm por finalidade preparar integralmente 
o estudante de medicina para o futuro exercício da profissão médica - Essas atividades devem beneficiar o paciente, o estudante, a instituição 
de ensino e a sociedade, guardando respeito pelo ser humano; 
- VIII - As atividades acadêmicas do estudante não podem ser exploradas com objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa; 
- IX - O estudante guardará sigilo a respeito das informações obtidas a partir da relação com os pacientes e com os serviços de saúde; 
- X - Cabe ao estudante empenhar-se em promover açõesindividuais e coletivas que visem melhorar o sistema e os serviços de saúde; 
- XI - O estudante buscará ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional médica, seja por remuneração digna e justa, seja 
por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da medicina e seu aprimoramento técnico-científico; 
- XII - O estudante terá, para com os colegas, respeito, consideração e solidariedade, sem se eximir de apontar aos seus responsáveis (professores, 
tutores, preceptores, orientadores) atos que contrariem os postulados éticos previstos neste Código; 
- XIII - Quando envolvido na produção de conhecimento científico, o estudante de medicina agirá com isenção e independência, para um maior 
benefício aos pacientes e à sociedade; 
- XIV - Os estudantes de medicina envolvidos em pesquisas científicas devem respeitar os princípios éticos e as disposições encontradas nas 
diretrizes e normas brasileiras regulamentadoras de pesquisas envolvendo animais e seres humanos; 
- XV - Na aplicação dos novos conhecimentos, considerando-se suas repercussões tanto nas gerações presentes quanto nas futuras, o estudante 
deverá zelar para que as pessoas não sejam discriminadas por nenhuma razão vinculada a herança genética, condição social, raça, etnia, 
orientação sexual, identidade de gênero, deficiências ou outras singularidades; 
- XVI - O estudante de medicina deve, desde sua graduação, conhecer, discutir com seus docentes e compreender como será sua vida profissional 
de acordo com as normas, os direitos e as obrigações do Código de ética médica que regulam o exercício da sua futura profissão; 
- XVII - O estudante de medicina não deve aceitar ou contribuir com a mercantilização da medicina; 
- XVIII - O estudante de medicina deve conhecer e divulgar o seu Código a todos os demais estudantes, professores, profissionais de saúde e 
sociedade civil; 
2. RELAÇÃO DO ESTUDANTE COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO E DE SAÚDE 
- Art. 1 - É direito do estudante defender a existência de programas de avaliação e qualificação docente, participando desses espaços para buscar 
o aperfeiçoamento do ensino; 
- Art. 2 - Cabe ao acadêmico de medicina ter ciência e aplicar as condutas de biossegurança preconizadas no ambiente de prática; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 –Medicina Unimontes 
 
- Art. 3 - O acadêmico de medicina, quando em exercício das atividades no cenário de formação ou associando sua imagem à escola médica, 
deve adotar postura e vestimenta segundo as normas da instituição; 
- Art. 4 - Durante atendimentos e em locais de acesso restrito, o acadêmico de medicina deve manter identificação visível, de acordo com as 
regras das instituições de ensino e saúde; 
- Art. 5 - O estudante de medicina tem direito à liberdade de expressão, podendo questionar decisões que interfiram no cotidiano estudantil, 
sugerindo melhorias que julgar adequadas; 
- Art. 6 - Cabe ao estudante buscar em sua instituição de ensino o fomento a iniciativas de apoio psicossocial, com a finalidade de dar suporte 
aos acadêmicos em sofrimento psíquico; 
- Art. 7 - É direito do estudante apontar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições onde exerça sua prática quando as julgar indignas 
do ensino ou do exercício médico; 
- Art. 8 - É direito do estudante de medicina procurar ter representatividade na instituição, a fim de ter garantido o direito à voz e ao voto, bem 
como participar de projetos que visem a melhoria da educação médica em sua instituição; 
- Art. 9 - O estudante de medicina pode recorrer às instituições competentes a fim de garantir condições adequadas de aprendizagem em 
cenários de ensino teóricos e práticos; 
- Art. 10 - O estudante de medicina deve respeitar os funcionários da instituição de ensino e dos serviços de saúde; 
- Art. 11 - O aluno deve conhecer as funções técnico-administrativas dos funcionários das instituições nas quais está inserido; 
- Art. 12 - O estudante de medicina é, por definição, integrante do sistema de saúde e não deve se valer da facilidade do acesso a este para 
qualquer benefício próprio; 
3. RELAÇÃO DO ESTUDANTE COM O CADÁVER 
- Art. 13 - O estudante de medicina guardará respeito ao cadáver, no todo ou em parte, incluindo qualquer peça anatômica, assim como modelos 
anatômicos utilizados com finalidade de aprendizado; 
4. RELAÇÕES INTERPESSOAIS DO ESTUDANTE 
- Art. 14 - É direito do estudante participar da recepção dos ingressantes, objetivando um ambiente saudável, congregativo, humano e não 
violento, respeitando o presente Código e promovendo o seu conhecimento - É dever do estudante posicionar-se contra qualquer tipo de trote 
que pratique violência física, psíquica, sexual ou dano moral e patrimonial; 
- Art. 15 - Os estudantes têm o direito de se organizar em associações estudantis, atléticas, ligas, centros e diretórios acadêmicos e/ou 
agremiações correlatas dentro de sua instituição; 
- Art. 16 - É dever do estudante posicionar-se contra qualquer tipo de assédio moral e/ou relação abusiva de poder entre internos, residentes e 
preceptores dentro do ambiente médico/universitário; 
- Art. 17 - Cabe ao estudante denunciar à instância competente conduta antiética e preconceituosa de acadêmicos, preceptores, docentes e 
demais funcionários da instituição - O estudante deve reconhecer que o preconceito no ambiente universitário é fator causal para adoecimento 
e sofrimento; 
- Art. 18 - O estudante deve respeitar as diferenças entre faculdades e seus colegas, não estimulando discordâncias ou confrontos institucionais; 
- Art. 19 - É dever dos estudantes respeitar a pluralidade de representatividades estudantis; 
- Art. 20 - Em atividades de aprendizagem prática e/ou teórica, é dever do acadêmico de medicina respeitar os professores e pacientes envolvidos 
e dedicar sua atenção inteiramente ao atendimento e/ou conteúdo ministrado, evitando distrações com aparelhos eletrônicos e conversas 
alheias à atividade; 
- Art. 21 - É direito do acadêmico de medicina ter o devido reconhecimento em publicações científicas para as quais tenha contribuído - É vedado 
ao estudante de medicina declarar autoria ou coautoria de trabalhos que não possuam sua colaboração; 
- Art. 22 - O estudante de medicina deve preservar a imagem do professor, solicitando autorização prévia para gravações em áudio e/ou vídeo 
do conteúdo ministrado, não sendo permitida sua comercialização; 
- Art. 23 - Cabe ao estudante demonstrar empatia e respeito pelo paciente; 
- Art. 24 - É vedado ao acadêmico de medicina identificar-se como médico, podendo qualquer ato por ele praticado nessa situação ser 
caracterizado como exercício ilegal da medicina; 
- Art. 25 - É vedado ao estudante de medicina divulgar informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo 
inverídico; 
- Art. 26 - A realização de atendimento por acadêmico deverá obrigatoriamente ter supervisão médica - Os estudantes, ao realizar exames que 
envolvam o pudor do paciente, devem estar sob supervisão médica presencial; 
- Art. 27 - O acadêmico de medicina deve compreender as individualidades no processo de ensino e aprendizagem de seus pares e não os 
recriminar ou constrangê-los por eventuais dificuldades de aprendizado; 
- Art. 28 - O estudante de medicina deve respeitar a privacidade, que contempla, entre outros aspectos, a intimidade e o pudor dos pacientes; 
- Art. 29 - A quebra de sigilo médico é de responsabilidade do médico assistente, sendo esse ato vedado ao acadêmico de medicina; 
- Art. 30 - O estudante de medicina deve garantir que o paciente alcance o nível necessário de compreensão das informações comunicadas, 
mitigando dificuldades como regionalismo da língua, baixa acuidade auditiva, nível de escolaridade e doenças incapacitantes; 
- Art. 31 - O estudante de medicina deve escrever de forma correta, clara e legível no prontuário do paciente; 
- Art. 32 - O estudante de medicina deve manusear e mantersigilo sobre informações contidas em prontuários, papeletas, exames e demais 
folhas de observações médicas, assim como limitar o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas a sigilo profissional; 
5. RESPONSABILIDADE DO ESTUDANTE COM OS SEUS ESTUDOS/FORMAÇÃO 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 –Medicina Unimontes 
 
- Art. 33 - O estudante de medicina não pode receber honorários ou salário pelo exercício de sua atividade acadêmica institucional, com exceção 
de bolsas regulamentadas; 
- Art. 34 - É permitido o uso de plataformas de mensagens instantâneas para comunicação entre médicos e estudantes de medicina, em caráter 
privativo, para enviar dados ou tirar dúvidas sobre pacientes, com a ressalva de que todas as informações passadas tenham absoluto caráter 
confidencial e não possam extrapolar os limites do próprio grupo, tampouco circular em grupos recreativos, mesmo que compostos apenas por 
médicos e estudantes; 
- Art. 35 - É responsabilidade do estudante contribuir na construção de um currículo que valorize o processo de reflexão crítica e humanística no 
ensino; 
- Art. 36 -Ao estudante de medicina cabe valorizar a compreensão da determinação social do processo saúde-doença; 
- Art. 37 - Ao estudante de medicina cabe buscar uma formação que valorize o princípio de equidade na atenção à saúde, que garante o 
tratamento diferenciado, baseado nas necessidades específicas do paciente; 
6. RELAÇÃO DO ESTUDANTE COM A SOCIEDADE 
- Art. 38 - Cabe ao estudante defender o acesso universal à saúde, entendendo que este é um direito fundamental do cidadão; 
- Art. 39 - É dever do estudante de medicina agir de forma solidária e respeitosa com as pessoas, a instituição e as normas vigentes, valorizando 
atitudes e medidas que beneficiem o crescimento coletivo; 
- Art. 40 - O estudante de medicina é formador de opinião e deve fomentar o desenvolvimento das relações interpessoais entre discentes, 
docentes, funcionários, comunidade e pacientes, visando também o estímulo à prevenção de doenças e à melhoria da saúde coletiva; 
- Art. 41 - O estudante deve reportar-se ao médico supervisor em caso de recusa de atendimento pelo paciente e/ ou seu responsável; 
7. RELAÇÃO DO ESTUDANTE COM A EQUIPE MULTIPROFISISONAL 
- Art. 42 - O estudante de medicina deve relacionar-se de maneira respeitosa e integrada com estudantes de diferentes graduações, buscando 
fomentar, desde o início de sua formação, o trabalho em equipe; 
- Art. 43 - O estudante de medicina deve respeitar a atuação de cada profissional no atendimento multiprofissional ao paciente; 
- Art. 44 - O estudante de medicina deve alertar, de forma respeitosa, qualquer profissional de saúde quando identificada alguma situação que 
julgue oferecer risco potencial à segurança do paciente; 
- Art. 45 - O estudante de medicina deve entender a importância de participar de atividades multiprofissionais e reconhecer suas próprias 
limitações; 
 REFERÊNCIAS 
- FRANÇA. G. V. Direito Médico. 12ª Ed. 2014. Cap 2 (pg 57 - 82) 
- CFM. Código de Ética do Estudante de Medicina. 2018; 
- TJDFT. Estelionato. 2012. Link: https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-
semanal/estelionato; 
- Lei n° 3.268/1957; 
- Lei n° 9.649/1998; 
- Lei n° 12.842/2013; 
- CFM. Resolução n°1.948. 2010; 
- CFM. Resolução n° 2.130. 2015; 
 
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/estelionato
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/estelionato

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