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Concordância verbal

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Concordância do verbo com sujeito simples
Regra geral
O verbo concorda com o núcleo do sujeito simples em pessoa (1ª, 2ª, 3ª) e número (singular/plural).
Ex.: Nós, com certeza, precisamos de ajuda.
Verbo + pronome “se”
O pronome “se”, por exercer funções diferentes, precisa ser levado em consideração para se estabelecer a concordância. 
1. Verbo + se (pronome apassivador): se como pronome apassivador, o verbo concorda com o sujeito (que está explicito na frase). 
Ex.:
Publicou-se, nos jornais, essa notícia. 
“Publicou” é verbo no singular. Como “se” é pronome apassivador, “essa notícia”, sujeito, também fica no singular.
2. Verbo + se (índice de indeterminação do sujeito): palavra se como índice e indeterminação do sujeito, o verbo fica na 3ª pessoa do singular. 
Ex.:
Não se dispunha, na época, de informação atualizada.
Não se dispunha, na época de informações atualizadas.
O sujeito é indeterminado. “dispunha” fica na 3ª pessoa do singular, independentemente da mudança de número do objeto indireto “de informação(ões) atualizada(s)”.
Expressões partitivas: “a maior parte de”, “uma porção de” etc. + nome no plural
Se o sujeito é “grande parte de”, “uma porção de” + nome no plural, o verbo ficará no singular concordando com a expressão partitiva ou no plural, concordando com o nome no plural. Tanto faz. 
Ex.:
Um grande número de jovens participou da festa.
Um grande número de jovens participaram da festa.
Nota: incluem-se nesse regra os coletivos seguidos de especificativo no plural. 
Ex.: 
Um enxame de abelhas pousou na vela árvore
Um enxame de abelhas pousaram na velha árvore. 
Expressões “qual de nós/vós”, “quais de nós/vós”, “algum de nós/vós”
A concordância do verbo com expressões desse tipo depende da forma – singular ou plural – do pronome que as inicia.
1. Pronome inicial no singular (sujeito) + de nós/vós, verbo fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: 
Qual de nós enfrentou esse desafio?
Dificilmente algum de nós aceitaria esse convite.
2. Pronome inicial no plural (sujeito) + de nós/vós, verbo fica na 3ª pessoa do plural ou concorda com “nós” ou “vós”.
Ex.:
Quais de nós enfrentaram esse desafio? [verbo na 3ª pessoa do plural]
Quais de nós enfrentamos esse desafio? [verbo concordando com “nós”]
Expressões numéricas aproximativas
1. Sujeito representado pela expressão“mais de/menos de”, “cerca de/perto de” + numeral, o verbo concorda com o numeral.
Ex.:
Mais de um passageiro se irritou com o atraso do ônibus.
Cerca de vinte grupos folclóricos participaram da festa.
2. Quando a expressão “mais de um” exprime reciprocidade, o verbo concorda necessariamente no plural.
Ex.:
Mais de um diretor se acusaram pela falência do banco.
3. Sujeito representado pela expressão “cada um + nome no plural” exige o verbo no singular.
Ex.:
Cada um dos alunos responderá a apenas duas perguntas.
Expressões indicativas de porcentagem 
1. Porcentagem (sujeito) não seguida de outra palavra, o verbo concorda com o numeral da porcentagem. 
Ex.:
Do total de casas da cidade, apenas 53% dispõem de água encanada.
Dentro os moradores, apenas 5% não se preocupam com o problema. 
Dentre os moradores, apenas 1% não se preocupa com o problema.
2. Porcentagem (sujeito) seguida de outra palavra (no singular ou plural), o verbo concorda com a palavra (no singular ou plural).
Ex.:
É triste saber que 93% da Mata Atlântica já foi destruída. 
Apenas 1% dos moradores não se preocupam com o problema. 
Pronomes relativos “que” e “quem”
1. Sujeito representado pelo relativo “que”, o verbo concorda com o antecedente do relativo.
Ex.:
Não fomos nós que tomamos aquela decisão absurda.
São inúmeros os fatores que levam um jovem a abandonar a escola. 
2. Sujeito representado pelo relativo “quem”, o verbo fica na 3ª pessoa do singular. 
Ex.: 
Não fomos nós quem tomou aquela decisão absurda.
Foram os grafiteiros quem desenhou este belo painel.
Nome próprio no plural (com ou sem artigo)
Se o sujeito nome próprio no plural, o verbo concorda com o artigo que precede o nome próprio; se não há artigo, o verbo fica no singular. 
Ex.:
Os Lenções Maranhenses surpreendem o visitante com sua beleza indescritível. 
Na época das cheias, o Amazonas fica mais belo e misterioso. 
Concordância ideológica
1. Silepse de número: ocorre quando o emissor ao empregar um sujeito coletivo no singular, flexiona o verbo no plural, concordando com a ideia de plural expressa pelo coletivo.
Ex.: A plateia ficou encantada com a belíssima apresentação da orquestra sinfônica e, no final do concerto, aplaudiram de pé o maestro e os músicos. 
2. Silepse de pessoa: nesse tipo de silepse, o emissor se inclui mentalmente entre os componentes de um sujeito em terceira pessoa.
Ex.:
Todos os brasileiros falam a mesma língua.
Todos os brasileiros falamos a mesma língua. 
Concordância do verbo com o sujeito composto
Três fatores determinam a concordância:
· O tipo de palavra que liga os núcleos: e, ou, nem, com.
· O posicionamento do verbo: antes ou depois do sujeito composto.
· Os diferentes tipos de palavras que funcionam como núcleos do sujeito.
Núcleos do sujeito ligados por “e”
1. Verbo posicionado depois do sujeito composto fica no plural.
Ex.: Uma pequena casa e algumas árvores quebravam a monotonia da planície.
2. Verbo posicionado antes do sujeito composto, verbo no plural ou concorda com o primeiro núcleo.
Ex.: 
Quebravam a monotonia da planície uma pequena casa e algumas árvores.
Quebrava a monotonia da planície uma pequena casa e algumas árvores.
3. Sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes
· Um dos núcleos é a forma “eu” ou “nós”: verbo na terceira pessoa do plural
Ex.:
Nosso guia, você, eu e o motorista seguiremos pela estrada de terra.
· Sujeito apenas com 2ª pessoa e 3ª pessoa: verbo na 2ª pessoa do plural (vós) ou na 3ª pessoa do plural (vocês).
Ex.: 
O motorista, tu e as crianças ficareis na casa de meus tios
O motorista, tu e as crianças ficarão na casa de meus tios.
Núcleos do sujeito ligados por “ou” ou “nem”
1. Se a relação que ou/nem estabelece entre os núcleos for de exclusão: verbo no singular.
2. Se a relação que ou/nem estabelece entre os núcleos NÃO for de exclusão: verbo no plural.
Ex.:
O proprietário do carro ou um mecânico dirigirá o veículo até a oficina. [“ou” indica exclusão, verbo no singular]
Acusações sem provas ou falsas denúncias podem prejudicar um candidato. [“ou” NÃO indica exclusão, portanto o verbo fica no plural].
Nem um advogado nem um economista assumirá a presidência da empresa. [“nem” indica exclusão, verbo no singular]
Nem um advogado nem um economista saberiam tratar desse assunto. [“nem” NÃO indica exclusão, verbo no plural]
Nota: quando ou indica retificação/correção, o verbo concorda com o núcleo mais próximo.
Ex.: O recibo ou os cheques não me lembro bem, ficaram na gaveta. 
Ex.: Os cheques ou o recibo, não me lembrou bem, ficou na gaveta. 
Nota: quando o sujeito apresenta a expressão “um ou outro”, o verbo só pode ser empregado no singular.
Ex.: A proposta foi bem aceita; apenas um ou outro funcionário não concordou com ela.
Nota: Quando o sujeito é representado pela expressão “nem um nem outro”, o verbo pode ser flexionado tanto no singular como no plural.
Núcleos do sujeito por “com”
1. Se a intenção do emissor é atribuir o mesmo grau de importância a todos os núcleos, verbo no plural. 
Ex.: O lavrador com seu filho cuidavam das plantações do sítio.
2. Se a intenção do emissor é enfatizar/realçar o primeiro núcleo, verbo no singular. 
Ex.: O lavrador com seu filho cuidava das plantações do sítio.
Concordância do verbo ser
Verbo “ser” como verbo de ligação
O verbo ser, às vezes, concorda com o sujeito; às vezes, com o predicativo.
1. O verbo ser concorda, obrigatoriamente, com o núcleo do termo – sujeito ou predicativo – que designa humano(s). 
Ex.: 
Os professores de um país são a sua maior riqueza.
“Os professores de um país” é sujeito; “a sua maior riqueza” é predicado. O sujeito designa humanos, portanto o vero concordarão com ele. 
2. Quando o sujeito ou opredicativo é representado por pronome pessoal (eu, tu, ele, você, etc.), o verbo “ser” concorda, obrigatoriamente, com essa palavra.
Ex.: Vocês, os jovens solidários, são a esperança de um país mais justo. 
3. Quando tanto o sujeito quanto o predicativo designam seres não humanos (“coisas”), o verbo ser pode concordar, indiferentemente, com qualquer um deles.
Ex.: 
As cheias do rio são o tormento dos ribeirinhos.
As cheias do rio é o tormento dos ribeirinhos.
Verbo “ser” na indicação de horas, distâncias e datas
1. Vero “ser” na indicação de oras e distâncias: o verbo concorda com o numeral que funciona como núcleo da expressão numérica.
Ex.: Quando saí não era uma hora; talvez fossem duas e dez.
2. Verbo “ser” em expressões indicativas de datas: o verbo concorda com a palavra “dia/dias”, que pode estar explícita no enunciado ou subentendida (antes ou depois) do numeral.
Ex.: 
Acho que hoje é dia 6 de fevereiro.
Amanhã será [dia] 6 de fevereiro.
Amanhã serão 6 [dias] de fevereiro.
Verbo “ser” nas expressões de quantidades
Em expressões como “é pouco”, “seria muito”, “foi bastante”, “era demais”, indicativas de quantidade (preço, peso, medida, etc.), o verbo ser sempre no singular. 
Emprego dos verbos impessoais
Verbo impessoal é o tipo particular de verbo que, por não admitir sujeito, não estabelece concordância verbal; apresenta-se sempre na 3ª pessoa do singular.
Verbo “haver”
Esse verbo é impessoal nos seguintes casos 
1. Quando empregado como sinônimo de “existir” ou “acontecer”.
Ex.: No futuro, haverá cidades espaciais.
Nota: nas locuções verbais, o verbo haver transmite a impessoalidade para o verbo auxiliar. 
Ex.: Segundo especialistas, (poderá/precisará/vai/há de) haver novas profissões tecnológicas.
2. Na indicação de tempo decorrido.
Ex.: Nesta avenida, há apenas alguns meses, transitavam poucos veículos.
Nota: quando empregado em sentido diferente dos últimos dois itens, o verbo haver terá sujeito e concordará com ele.
Nota: Na língua coloquial-popular, é comum o emprego do verbo ter no luar de haver. Mas essa forma ainda não encontra receptividade na variedade padrão.
Ex.: Tem fumódromo no restaurante?
Verbo fazer
O verbo fazer é impessoal e, portanto, fica sempre no singular, quando empregado na indicação de tempo transcorrido ou a transcorrer. 
Ex.: 
Ontem, fez dezoito meses que trabalho nesta empresa.
Já deve fazer umas três semanas que lhe enviei os documentos. 
Observe, neste exemplo, que o verbo fazer transferiu a impessoalidade para o verbo auxiliar “deve”.
Referências:
PATROCÍNIO, Mauro Ferreira do. Aprender e praticar gramática: volume único. São Paulo: FTD, 2011.

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