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Introdução à Parasitologia

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1 Dielison Rodrigues | P3 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA 
 
ESTUDO INDIVIDUAL 
 
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA 
 
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS RELAÇÕES ECOLOGICAS NECESSÁRIAS PARA ENTENDIMENTO DA 
PARASITOLOGIA? EXPLIQUE. 
Para entender 
melhor a relação do 
parasitismo e a dinâmica 
das doenças parasitárias a 
compreensão das 
diferentes maneiras de 
interação e associação 
entre os seres vivos devem 
ser compreendidas e 
relacionadas, de maneira 
didática estudamos isso 
como Relações Ecológicas 
ou Dinâmica Ecológica, que 
visam compreender a 
interação de dois seres de 
mesma espécie ou não se 
relacionando dentro do 
meio ambiente, visualizando 
os ganhos e perdas dos 
atores envolvidos visando o 
controle de tal comunhão entre os organismos. Na parasitologia trabalhamos como relação 
interespecíficas (entre espécies diferentes), que podem ser harmônicas ou positivas – isso nos quer dizer 
que ambos são beneficiados ou somente um deles não causando danos ao outro, ou ainda desarmônicas 
ou negativas – isso quer dizer que um dos seres se beneficia em relação ao outro. 
 As principais relações que tendem a ser harmônicas ou positivas, que são interespecíficas: 
• COMENSALISMO (+/0): Apenas um dos participantes na relação se beneficia, sem causar 
prejuízo ao outro, onde em grande maioria das vezes a associação ocorre em busca de 
alimento; 
• MULTUALISMO (+/+): Relações que beneficiam ambas as partes, sendo obrigatória para os 
atores envolvidos, onde podemos ter o mutualismo trófico, onde cada parceiro é 
especializado para proporcionar um nutriente limitante diferentes, mutualismo defensivo, 
que envolve espécies que recebem alimento ou abrigo de seus parceiros em troca de 
defende-los contra predadores ou parasitas e por último o mutualismo dispersivo, que 
geralmente envolve animais que transportam o pólen entre flores em troca de recompensas; 
Simbiose É um termo usado para significar as relações interespecíficas dos três tipos: parasitismos, 
comensalismo e mutualismo, expressando diferentes situação de maior ou menos dependência em relação 
ao hospedeiro. O conceito que engloba simbiose, mutualismo e comensalismo foram criados tentando 
expressar diferentes aspectos de associação biológicas, mas parasitismo, embora com certa conotação 
biológica, tornou-se a expressão da doença como centro das atenções. 
As principais relações que tendem a ser desarmônicas ou negativas, que são interespecíficas: 
´ 
 2 Dielison Rodrigues | P3 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA 
 
• COMPETIÇÃO (+/-): Ocorre quando duas populações de espécies diferentes de uma mesma 
comunidade, apresentam nichos ecológicos semelhantes, fazendo um mecanismo de disputa 
pelo recurso quando este não é suficiente para as duas populações; 
• PREDATISMO (+/-): Um predados pode ser definido como um organismo que consome todo 
ou parte de um organismo (sua presa), beneficiando, dessa forma, a si mesmo, porém, 
afetando negativamente a sua presa, reduzindo seus crescimento, sua fecundidade e em 
muitos casos sua sobrevivência; 
Um relação intraespecífica que merece um detalhamento aqui é o Canibalismo que ocorre quando 
seres da mesma espécie em um relação se alimenta do seu semelhante por garantia de alimento ou 
sobrevivência. 
DEFINA PARASITOLOGIA E PARASITISMO? 
O parasitismo (para = próximo; sitos = alimento), trata-se de um fenômeno ecológico, e como tal, 
será discutido em perspectiva evolutiva. Chama-se biocenose o conjunto de espécies de organismo que 
vivem em um determinado biótipo e que se mantêm entre si relações de interpendência em graus variáveis 
(Rohde, 1994). O parasitismo é um fenômeno de interdependência de espécies, se enquadrando no estudo 
das biocenoses. Consequentemente conceitua-se parasito qualquer forma de vida – ou elemento orgânico 
capaz de se multiplicar-se – que encontra seu nicho ecológico em outros, seja um organismo, seja outro 
elemento orgânico. A relação é essencialmente unilateral, o hospedeiro é indispensável ao parasito, que 
se separando dele morrerá por falta de nutrição. 
Enquanto, a parasitologia (para = próximo; logos = estudo) é a ciência biológica que se dedica a 
estudar organismos que vivem por meio da relação biológica de parasitismo. Tendo como objetivo 
identificar os processos de desenvolvimento de epidemias parasitárias, criar métodos de profilaxias de 
doenças causadas pelos parasitas, desenvolver tratamento, sendo necessário para tais evoluções 
conhecer afundo o ciclo de vida, as formas de infestações e os fatores que influenciam na distribuição e 
densidade dos parasitas. Tendo especializações nas áreas médicas, veterinária, estrutural e taxonomia. 
QUAIS OS TIPOS DE PARASISTIMOS POSSÍVEIS? 
• ECTOPARASITOS: Podem obter o oxigênio 
diretamente do meio exterior, como faz a 
Tunga penetrans (bicho-de-pé), que 
parasita a pele do porco ou do homem e o 
“berne” que também é parasito da pele, e 
mantém seus orifícios espiraculares 
voltados para fora, a fim de respirar; 
• ENDOPARASITOS: São parasitos das 
cavidades naturais ou tecidos e dependem 
totalmente de seus hospedeiros como 
fonte nutritiva; 
• PARASITOS FACULTATIVOS: Parasitismo 
ocasional ou acidental, como por exemplo 
o caso da Neagleria fowleri, ameba de vida 
livre encontrada em algumas coleções de 
águas naturais, que eventualmente 
contaminam a mucosa nasal de banhistas, 
invadindo o sistema nervoso através dos 
nervos oftálmicos; 
• PARASITOS MONOXENOS: Quando o único 
hospedeiro é necessário para que se 
complete o ciclo; 
• PARASITOS HETEROXENOS: Quando o desenvolvimento de uma espécie exige uma 
passagem obrigatória através de dois ou mais hospedeiros, sempre na mesma sequência e 
 3 Dielison Rodrigues | P3 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA 
 
nas mesmas fases. Em casa um desses hospedeiros completa-se uma parte do ciclo vital 
do parasito. 
QUAIS OS POSSÍVEIS MECANISMO DE AÇÃO DE UM PARASITA? CITE EXEMPLOS. 
Os parasitos exercem várias ações sobre seus 
hospedeiros, que muitas vezes se associam, tornando 
muito complexa a patogenia das doenças parasitárias. 
• AÇÃO MECANICA: Os parasitos podem sem lesar 
diretamente os tecidos, perturbar as funções mecânicas 
dos órgãos. Assim, é possível ao Ascaris lumbricoides 
comprimir e obstruir o intestino. Outro exemplo é o cisto 
hidático no fígado, que se desenvolvendo em um órgão 
parenquimatoso, comprime os tecidos vizinhos, os vasos 
sanguíneos e linfáticos, causando perturbações 
funcionais e anatômicas, às vezes muito graves; 
• AÇÃO ESPOLIADORA: Aqui os parasitos subtraem suas substâncias nutritivas do organismo 
hospedeiro. Os Ancilostomídeos, hematófagos, exercem essa ação de forma bem nítida; 
• AÇÃO IRRITATIVA E INFLAMATÓRIA: Essa ação é causada por quase todos os parasitos. Uma 
considerável irritação intestinal é causada pelo Strongyloides stercoralis; a penetração das 
cercarias do Schistosoma mansoni e das larvas de menatóides na pele do homem, 
ocasionam casos de dermatites pruriginosas; 
• AÇÃO TÓXICA: Quando os produtos do metabolismo do parasito são tóxicos para o 
hospedeiro. A toxicidade resulta da inoculação ou da introdução de secreções no organismo. 
A ameba Entamoeba histolítica, por exemplo, libera secreções que destroem os tecidos do 
hospedeiro que estão ao seu redor, quer seja no intestino, fígado ou cérebro; 
• AÇÃO TRAUMÁTICA: O parasito é capaz de produzir lesões nos tecidos dos hospedeiro, onde 
larvas de Helmintos, embora alguns vermes adultos e protozoários são capazes de executar 
tão feito; 
• ANÓXIA: Podem consumir o oxigênio presente das hemoglobinas e causar anemia. 
FATORES DO HOSPEDEIRO QUE DIFICULTAM OU IMPEDEM A IMPLANTAÇÃO DE UM PARASITO? 
A instabilidade para a ocorrência de uma infecção e possível doença parasitária depende em 
diversos fatores do ambiente que existe para aquele parasita em seu hospedeiro, que possui mecanismo 
de se proteger e agir antes do estabelecimento da parasitose. No organismo humano são defesas (1) Sucodigestivo, com potencial de destruir os ovos ou as larvas dos helmintos; (2) Pele, representando uma 
barreira mecânica à penetração de muitos agentes infecciosos; (3) Fagocitose, os protozoários parasitas 
podem ser fagocitados pelas células de defesa; (4) Fatores humorais, os anticorpos, substâncias séricas 
dotadas de ação antiparasitárias, são provavelmente geradas em consequência de estímulos antigênicos 
do parasito; (5) Resistência etária, o aumento da resistência com a idade é frequentemente assimilado nas 
parasitoses, provavelmente uma consequência do amadurecimento do sistema imune; (6) Dieta, é 
conhecido que os indivíduos mal nutridos apresentam deficiência no sistema imune, além do fator quando 
o hospedeiro vai debelando a capacidade de suprir as deficiências do parasito alterando a relação 
parasito-hospedeiro; e (7) Constituição genética do hospedeiro, entre indivíduos da mesma espécie, alguns 
se mostram às vezes mais resistentes do que outros a um determinado parasito. 
Tudo isso são mecanismos que o parasita possui de patogenicidade, que são: espécice de parasito, 
localização, resposta imune do hospedeiro, virulência, estado nutricional, grau de infecção e carga 
parasitária. 
REFERÊNCIAS: 
COURA. José Rodrigues. Dinâmica das Doenças Infecciosas e Parasitárias. 2 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2013. 
 4 Dielison Rodrigues | P3 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA 
 
MACEDO, Heloisa Werneck De. Apostila de Parasitologia Humana – Parte I: Introdução PARTE I. Disponível em: 
https://www.professores.uff.br/yaraadami/wp-content/uploads/sites/155/2017/10/ApostHWM_Parasito_-
_Capas_Introduo_Bibliografia_R1.pdf. Acesso em: 12 de Fevereiro de 2023 às 12h33min. 
 
Ecologia 1. Iniciando a conversa. Disponível em: 
https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/Ecologia_2011_2012/Ecologia_v2_03.pdf. Acesso em: 12 de Fevereiro 
de 2023 às 10h50min. 
 
https://www.professores.uff.br/yaraadami/wp-content/uploads/sites/155/2017/10/ApostHWM_Parasito_-_Capas_Introduo_Bibliografia_R1.pdf
https://www.professores.uff.br/yaraadami/wp-content/uploads/sites/155/2017/10/ApostHWM_Parasito_-_Capas_Introduo_Bibliografia_R1.pdf
https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/Ecologia_2011_2012/Ecologia_v2_03.pdf

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