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Resfriado Comum 
x 
Gripe (Influenza)
Pediatria
MEDICINA - UNIFIMES 
6º Período (B) - 2022/2
11/08/2022
Dr. Fábio de Carvalho
(Médico Pós-Graduado em Pediatria)
Resfriado Comum x Gripe - Influenza
Referência Bibliográfica Básica:
• Tratado de Pediatria - Nelson (18ª edição/2ª tiragem)
- Parte XVIII: Sistema Respiratório
- Seção 2: Distúrbios do Trato Respiratório
- Capítulo 376: Resfriado Comum (página 1.753)
- Parte XVI: Doenças Infecciosas
- Seção 13: Infecções Virais
- Capítulo 255: Vírus Influenza (página 1.388)
• Tratado de Pediatria - SBP (4ª edição/Volume 1)
- Seção 14: Infectologia
- Capítulo 12: Vírus Influenza (página 972) 
Resfriado Comum x Gripe - Influenza
Referência Bibliográfica Complementar:
• Influenza - Ministério da Saúde
• Consenso para o Tratamento e Profilaxia da Influenza (Gripe) no Brasil 
Resfriado Comum:
• O resfriado comum é uma doença viral em que os sintomas de 
rinorréia e obstrução nasal são proeminentes, os sinais e 
sintomas sistêmicos, como mialgia ou febre, estão ausentes ou 
são leves. 
• O resfriado comum geralmente é denominado rinite, mas 
inclui o envolvimento autolimitado da mucosa dos seios 
paranasais, sendo mais corretamente denominado rinossinusite
ou rinofaringite aguda.
Resfriado Comum:
• Etiologia:
Os patógenos mais comuns associados ao resfriado comum são 
os Rinovírus humano A, B e C (Rhinovirus), mas a síndrome 
pode ser causada por outros vírus diferentes, os principais são:
- Adenovírus
- Coronavírus
- Vírus sincicial respiratório (VSR) 
- Parainfluenza
- Coxsackie
Resfriado Comum:
• Epidemiologia:
- Início do Outono e Final da Primavera.
- Lactentes apresentam uma média de seis a oito resfriados por ano, mas 10% a 
15% das crianças tem pelo menos 12 infecções por ano.
- A incidência da doença diminui com a idade, com duas a três infecções por ano 
quando o indivíduo chega à vida adulta.
- As crianças que frequentam creches durante o primeiro ano de vida apresentam 
50% mais resfriados que as crianças que são criadas somente em casa.
- A diferença na incidência da doença entre esses grupos de crianças diminui 
conforme aumenta a quantidade de tempo que a criança fica na creche.
- A incidência da doença permanece mais alta no grupo que frequenta a creche 
durante pelo menos os 3 primeiros anos de vida.
Resfriado Comum:
• Manifestações Clínicas:
- O início dos sintomas do resfriado comum tipicamente ocorre 1 a 3 dias após uma 
infecção viral.
- O primeiro sintoma observado frequentemente é uma garganta irritada ou que 
está “arranhando”, acompanhado por obstrução nasal e rinorréia.
- A tosse está associada a aproximadamente 30% dos resfriados e em geral se inicia 
logo após o início dos sintomas nasais.
- O resfriado habitual dura aproximadamente 1 semana, apesar de 10% dos casos 
poderem durar 2 semanas.
- Os achados físicos do resfriado comum são limitados ao trato respiratório 
superior.
Resfriado Comum:
• Diagnóstico:
- A tarefa mais importante do médico que trata um paciente com resfriado é 
excluir outras condições que são potencialmente mais graves ou ameaçadoras.
- O diagnóstico diferencial dos resfriados comuns inclui distúrbios não infecciosos 
(como os alérgicos por exemplo), bem como outras infecções do trato respiratório 
superior.
• Febre: 
- A febre não é frequentemente associada a um resfriado comum não complicado, 
e o tratamento antipirético em geral não é indicado.
Resfriado Comum:
• Principais Sintomas:
- Obstrução Nasal
- Rinorréia
- Dor de Garganta
- Tosse
Resfriado Comum:
• Complicações:
- A complicação mais comum de um resfriado é a otite média, 5 a 30% das crianças 
evoluem com otite média.
- A sinusite é outra complicação do resfriado comum, 5 a 13% das crianças 
evoluem com sinusite bacteriana.
- A exacerbação da asma é uma complicação relativamente incomum, mas 
potencialmente grave, dos resfriados. A maioria das exacerbações da asma em 
crianças está associada ao resfriado comum.
- Apesar de não ser uma complicação, outra importante consequência do resfriado 
comum é o uso inapropriado de antibióticos para essas doenças e a contribuição 
associada ao problema de aumento do desenvolvimento de resistências das 
bactérias respiratórias patogênicas.
Resfriado Comum:
• Tratamento:
- O tratamento do resfriado comum consiste, primariamente, no 
tratamento sintomático. 
Gripe (Influenza)
•Histórico:
- A palavra “Influenza” é de origem italiana, utilizada primeiramente, em 1733, por 
Gagliarde, significando “Influência”, “Desastres do Céu”. 
- Hipócrates descreveu a primeira epidemia conhecida de influenza em 412 a.C., e 
numerosas epidemias ocorreram na Idade Média. 
- Epidemias de influenza foram descritas por Hirsch desde o ano de 1173.
- O vírus influenza “A” foi isolado em 1933 por Wilson Smith e colaboradores, o vírus 
influenza “B” foi isolado em 1939 por Francis, e o vírus influenza “C” por Taylor em 1950. 
- No século XX, foram registradas três grandes pandemias do vírus influenza: 1918 (Gripe 
Espanhola - Vírus: (H1N1???) sem etiologia definida, na época não havia possibilidade de 
isolamento viral), 1957- 58 (Gripe Asiática - Vírus: A/Singapura/1/57 (H2N2)) e 1967-68 
(Gripe de Hong Kong - Vírus: (H3N2)). 
Gripe (Influenza)
•Histórico:
- A pandemia de 1918 teve grande impacto em todo o mundo, com estimativa de 25 a 
50% da população mundial infectada e entre 30 a 50 milhões de óbitos (100 milhões?). 
- A pandemia ficou conhecida como “Gripe Espanhola”, termo atribuído mais à ampla 
divulgação na imprensa daquele país do que ao impacto de mortalidade (30 mil óbitos 
estimados), número inferior a vários outros países do mundo.
- No Brasil, a epidemia iniciou-se em setembro de 1918, após desembarque de 
marinheiros doentes em Recife, provenientes de Dakar. A partir da capital pernambucana 
disseminou-se para outros estados, seguindo a região litorânea do país, atingindo 
aproximadamente 65% da população, com 35.240 óbitos estimados . 
- A letalidade estimada na pandemia de 1918 foi maior do que 2,5%, superior à letalidade 
das epidemias sazonais (0,001% em média) ou das pandemias de 1957-58 e 1967-68 que 
ficaram entre 0,01 e 0,05% de letalidade.
Gripe Espanhola (Influenza) x Covid-19 (Sars-CoV-2)
• Gripe Espanhola (1918 a 1920):
- 1918: 1,8 bilhões habitantes (mundo):
- Mundo: 500 milhões de infectados (28%)*
- Mundo: 50 milhões de óbitos (2,8%)*
- EUA: 105 milhões habitantes (1918)*
- EUA: 30 milhões infectados (28,5%)*
- EUA: 675 mil óbitos (0,65%)* 
- Brasil: 30 milhões habitantes (1918)*
- Brasil: 19,5 milhões infectados (65%)*
- Brasil: 35 mil óbitos (0,12%)*
*Números oficiais sobre a Gripe Espanhola (1918 a 1920).
• Covid-19 (2020 a ????):
- 2020: 7,8 bilhões de pessoas (mundo):
- Mundo: 2,18 bilhões de infectados (28%)* 
- Mundo: 218,4 milhões de óbitos (2,8%)*
- EUA: 330 milhões habitantes (2020)*
- EUA: 94 milhões infectados (28,5%)* 
- EUA: 2,15 milhões de óbitos (0,65%)*
- Brasil: 210 milhões habitantes (2020)*
- Brasil: 136,5 milhões infectados (65%)* 
- Brasil: 252 mil óbitos (0,12%)*
*Números percentualmente proporcionais aos da Gripe Espanhola (1918 a 1920). 
Gripe Espanhola (Influenza) x Covid-19 (Sars-CoV-2)
• Gripe Espanhola (1918 a 1920):
- Espanha:
População: 21,3 milhões (1913) e 26,7 milhões (1939)
(Não havia senso populacional na Espanha em 1918 
devido à Segunda Guerra Mundial)
População em 1918: 22,75 milhões (estimativa média)* 
Habitantes contaminados: Não há estatística oficial*
Número de óbitos: 30.000 (0,13%)*
*Números oficiais sobre a Gripe Espanhola (1918 a 1920).
• Covid-19 (2020 a ????):
- Espanha:
População em 2020: 47, 4 milhões de habitantes*
Habitantes contaminados: 326.612 (0,69%)*
Número de óbitos: 28.581 (0,06%)*
*Números oficiais em 12/08/2020 (Fonte: Portal G1 - Consórcio de Veículos de Imprensa).
- Espanha:
Número de óbitos: 61.620 (0,13%)*
*Números percentualmente proporcionais aos da Gripe Espanhola (1918 a 1920).
Gripe (Influenza)•Etiologia:
- Vírus Influenza A, B e C.
- Os vírus Influenza pertencem à família Orthomyxoviridae, gênero Influenzavirus. 
- A subdivisão em tipos A, B e C baseia-se nas diferenças antigênicas da nucleoproteína 
(NP) e da proteína de matriz (M1). 
- Os principais determinantes antigênicos dos vírus influenza A e B são as glicoproteínas 
de superfície HA e NA.
- Os vírus influenza A são ainda classificados em subtipos de acordo com as proteínas de 
superfície, hemaglutinina (HA ou H) e neuraminidase (NA ou N).
- Os vírus influenza A são divididos em subtipos de acordo com as diferenças destas 
glicoproteínas. Existem 16 diferentes HA (H1 a H16) e 9 NA (N1 a N9) todas encontradas 
em aves aquáticas. 
Gripe (Influenza)
•Etiologia:
- Os vírus influenza adaptados ao homem, que circularam nos últimos 100 anos 
(até 2008), continham apenas três diferentes HA (H1, H2 e H3) e duas NA (N1 e N2)
- Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1)pdm09 e 
A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos. 
- Alguns vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos 
causando doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), 
A(H1N2v) e outros.
Gripe (Influenza)
• Quadro clínico:
- A influenza pode apresentar-se de várias formas clínicas, dependendo principalmente 
da idade do hospedeiro.
- Em crianças, a doença pode apresentar desde uma forma subclínica até uma doença 
complicada, afetando múltiplos órgãos.
- Nos primeiros meses de vida pode ocorrer quadro de bronquiolite, laringite e até 
quadro semelhante à sepse bacteriana.
- Após os primeiros meses de vida, uma pequena porcentagem de crianças pode ter 
infecção assintomática. 
- A maioria das crianças menores de 5 anos apresenta febre e sinais de infecção de vias 
aéreas superiores (IVAS), em 10 a 50% ocorre também envolvimento do trato respiratório 
inferior.
- Infecções por vírus influenza são mais graves em crianças menores de 2 anos de idade, 
em decorrência da falta de imunidade e, provavelmente, do pequeno calibre das vias 
aéreas.
Gripe (Influenza)
• Os sinais e sintomas da infecção por influenza em crianças são 
semelhantes aos de outras infecções virais, sendo difícil 
diferenciá-las clinicamente. 
• São pontos-chave para diagnóstico de influenza em crianças:
- Período de circulação viral (sazonalidade).
- Febre, tosse e rinorreia.
Gripe (Influenza)
• A grande maioria dos indivíduos recupera-se completamente 
em 3 a 7 dias, mas podem ocorrer complicações, mesmo em 
indivíduos saudáveis.
• A influenza predispõe a complicação bacteriana, sendo otite 
média aguda, sinusite e pneumonia as mais frequentes. 
• A otite média aguda ocorre em até 50% das crianças menores 
de 3 anos com influenza.
Diagnóstico Diferencial entre Influenza
e Resfriado Comum:
São pontos-chave para diagnóstico diferencial de influenza e 
resfriado comum:
• influenza: período de circulação viral (sazonalidade) e quadro de início 
súbito, com febre alta acompanhado de dor muscular e/ou tosse e/ou 
fadiga.
• resfriado comum: ocorre o ano todo, com quadro clínico de início 
lento, acompanhado de dor de garganta, espirros e coriza.
-Diagnostico diferencial entre influenza e resfriado comum:
Sintomas: Influenza: Resfriado comum:
Ocorrência: Sazonal: outono, inverno Ano todo
Inicio: Súbito Gradual
Febre: Geralmente alta, por 3 a 4 dias Incomum
Cefaleia: Intensa Incomum
Fadiga: Dura de 2 a 3 semanas Leve
Dores: Frequente e intensa Leve ou inexistente
Exaustão: Precoce e intensa Não
Obstrução nasal: As vezes Muito comum
Dor de garganta: As vezes Comum
Tosse: Sim Incomum
Dor no peito: Comum Leve
Complicações: Pneumonia Sinusite
FIM

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