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GESTÃODO SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL E O TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS

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Prévia do material em texto

PROFESSORAS
Me. Maria Cristina Araújo de Brito Cunha
Me. Michele Vanessa Werner
Esp. Andressa Bareta 
Esp. Priscila de Almeida Souza 
Esp. Silviane Del Conte Curi
Gestão do 
Sistema Único 
da Assistência 
Social e o 
Trabalho Social 
com Famílias
ACESSE AQUI O SEU 
LIVRO NA VERSÃO 
DIGITAL!
EXPEDIENTE
Coordenador(a) de Conteúdo 
Maria Cristina Araujo de Brito Cunha
Projeto Gráfico e Capa
André Morais, Arthur Cantareli e 
Matheus Silva
Editoração
Adrian Marçareli dos Santos
Design Educacional
Amanda Peçanha
Revisão Textual
Anna Clara Gobbi dos Santos
Ilustração
Andre Luis Azevedo da Silva
Fotos
Shutterstock
DIREÇÃO UNICESUMAR
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia 
Coelho Diretoria de Cursos Híbridos Fabricio Ricardo Lazilha Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Diretoria de 
Design Educacional Paula R. dos Santos Ferreira Head de Graduação Marcia de Souza Head de Metodologias Ativas 
Thuinie M.Vilela Daros Head de Recursos Digitais e Multimídia Fernanda S. de Oliveira Mello Gerência de 
Planejamento Jislaine C. da Silva Gerência de Design Educacional Guilherme G. Leal Clauman Gerência de Tecnologia 
Educacional Marcio A. Wecker Gerência de Produção Digital e Recursos Educacionais Digitais Diogo R. Garcia 
Supervisora de Produção Digital Daniele Correia Supervisora de Design Educacional e Curadoria Indiara Beltrame
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de 
Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino 
de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 
Impresso por: 
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. 
Núcleo de Educação a Distância. BARETA, Andressa; CUNHA, 
Maria Cristina Araújo de Brito; SOUZA, Priscila de Almeida; 
WERNER; Michele Vanessa 
Gestão do Sistema Único da Assistência Social e o 
Trabalho com Famílias. Andressa Bareta, Maria Cristina 
Araújo de Brito Cunha, Michele Vanessa Werner, Priscila de 
Almeida Souza. Maringá - PR: Unicesumar, 2022. 
188p.
ISBN 978-85-459-2131-8
“Graduação - EaD”. 
1. Social 2. Família 3. Sistema. I. Título. 
CDD - 22 ed. 362
FICHA CATALOGRÁFICA
Reitor 
Wilson de Matos Silva
A UniCesumar celebra os seus 30 anos de história 
avançando a cada dia. Agora, enquanto Universidade, 
ampliamos a nossa autonomia e trabalhamos diaria-
mente para que nossa educação à distância continue 
como uma das melhores do Brasil. Atuamos sobre 
quatro pilares que consolidam a visão abrangente 
do que é o conhecimento para nós: o intelectual, o 
profissional, o emocional e o espiritual.
A nossa missão é a de “Promover a educação de 
qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, for-
mando profissionais cidadãos que contribuam para o 
desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária”. 
Neste sentido, a UniCesumar tem um gênio impor-
tante para o cumprimento integral desta missão: o 
coletivo. São os nossos professores e equipe que 
produzem a cada dia uma inovação, uma transforma-
ção na forma de pensar e de aprender. É assim que 
fazemos juntos um novo conhecimento diariamente.
São mais de 800 títulos de livros didáticos como este 
produzidos anualmente, com a distribuição de mais 
de 2 milhões de exemplares gratuitamente para nos-
sos acadêmicos. Estamos presentes em mais de 700 
polos EAD e cinco campi: Maringá, Curitiba, Londrina, 
Ponta Grossa e Corumbá, o que nos posiciona entre 
os 10 maiores grupos educacionais do país.
Aprendemos e escrevemos juntos esta belíssima 
história da jornada do conhecimento. Mário Quin-
tana diz que “Livros não mudam o mundo, quem 
muda o mundo são as pessoas. Os livros só 
mudam as pessoas”. Seja bem-vindo à oportu-
nidade de fazer a sua mudança!
Tudo isso para honrarmos a 
nossa missão, que é promover 
a educação de qualidade nas 
diferentes áreas do conhecimento, 
formando profissionais 
cidadãos que contribuam para 
o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária.
Michele Vanessa Werner
Olá! Meu nome é Michele Vanessa Werner e vou contar 
um pouquinho da minha história e meu currículo. 
Venho de uma cidade no interior do Paraná que se 
chama Santa Helena. Por ser uma cidade pequena, para 
fazer faculdade tive que me deslocar por quatro anos 
para Foz do Iguaçu, onde cursei Relações Internacionais. 
Por ser um curso muito amplo, na graduação eu estudei 
desde política, economia, história e comércio exterior, ou 
seja, toda essa movimentação que existe na sociedade, 
desde o passado até os dias atuais. Mas, como em todo 
curso o estudante acaba se identificando mais com algu-
ma área específica, eu voltei para a área social. 
Neste período de graduação, o contato com ONGs e 
entidades do terceiro setor era muito grande, o que moti-
vou após um tempo a procura pelo Mestrado em Serviço 
Social em busca de conhecer um pouco mais sobre a pro-
fissão do Assistente Social. As coisas foram fluindo, iniciei 
a Graduação em Serviço Social e também o mestrado, 
onde consegui uma bolsa de pesquisa pela CAPES. 
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/11207
O mestrado foi realmente um desafio que acontecia 
em minha vida, tendo paralelamente a isso uma pande-
mia que assolava o mundo inteiro. Iniciei o estágio de 
docência no curso de graduação e foi possível ampliar 
meu desenvolvimento como professora, que foi muito 
gratificante!. Minha pesquisa final foi sobre a política de 
saneamento básico e a realidade de crianças e adolescen-
tes que vivem sem esse direito social. 
Atualmente sou funcionária pública e docente da Uni-
cesumar, e trago um pouco da minha história para que 
de certa forma possa te incentivar a seguir um caminho 
com muita dedicação e fé. 
Grande abraço e bons estudos!
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6146629580035719
Como garantir a proteção social de milhões de famílias brasileiras em meio a uma 
pandemia? Uma vez instalada a situação emergencial que o Covid-19 causou, ficou 
ainda mais notória a importância da Assistência Social para enfrentá-la. Com isso, o 
SUAS teve que se ampliar e lidar com questões muito maiores e que até então não 
faziam parte da rotina profissional. Desafios esses que envolviam desde a ausência de 
recursos, até a impossibilidade de se fazerem visitas domiciliares.
O Sistema único da Assistência Social foi criado em 2005, no intuito de proteger a 
população de riscos sociais. Essas ações se dividem entre a Proteção Social Básica e a 
Proteção Social Especial. Este trabalho social realizado em todos os municípios brasilei-
ros iniciam no CRAS - Centro de Referência de Assistência Social, é neste local que as fa-
mílias adquirem as primeiras informações sobre benefícios e outros encaminhamentos. 
Abordamos neste livro sobre a gestão do Sistema Único da Assistência Social e do 
Trabalho social com as famílias, um importante pilar na formação dos futuros assis-
tentes sociais e de como funcionará o seu trabalho. Porém, mais do que apresentar 
o conteúdo e teorias a respeito, é necessário dar ênfase que o Serviço Social segue a 
risca os conhecimentos teórico-práticos da Norma Operacional Básica (NOB/RH) no 
SUAS, e por isso é tão relevante compreender cada regra e cada objetivo proposto 
na legislação, enquanto processo de construção da cidadania e garantia de direitos 
sociais. Para uma imersão neste assunto tão importante, leia a Norma Operacional 
Básica do SUAS e anote os procedimentos mais importantes no trabalho profissional 
dos Assistentes Sociais.
GESTÃO DO SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA 
SOCIAL E O TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS
Acesse o QR CODE ao lado para ter acesso ao material indicado.https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/14174
Você já se perguntou como o SUAS consegue se organizar em meio a tantos municí-
pios brasileiros e a vasta imensidão do território nacional?. A gestão e o desenvolvimen-
to do SUAS envolvem muitos fatores, desde os seus eixos estruturantes até o funciona-
mento junto ao Ministério da Cidadania (antigo Ministério do Desenvolvimento Social e 
Combate à fome - MDS) - onde foram criadas diversas publicações, relatórios técnicos 
orientando o funcionamento deste sistema. Além de compreender esta transição de 
ministérios nos últimos anos, é preciso destacar a importância das Conferências Nacio-
nais de Assistência Social na construção, consolidação e aperfeiçoamento do sistema.
Dentro deste contexto, esta gestão não funcionaria sem os seus instrumentos, que 
oferecem suporte na Gestão da Informação, monitoramento e avaliação do SUAS, além 
dos planos e orçamentos da Assistência Social, que devem ser corretamente elabora-
dos. Devido ao amplo funcionamento da tecnologia nos últimos anos, o SUAS conta 
com uma ferramenta essencial neste processo, a Secretaria de Avaliação e Gestão da 
Informação - SAGI, que elabora anualmente um relatório com o intuito de apresentar 
informações e avaliar resultados. O êxito na gestão do SUAS se deve muito ao compi-
lado de dados fornecidos pelos municípios brasileiros à SAGI, proporcionando novos 
subsídios para a população beneficiária. 
Todos os instrumentos e as ferramentas utilizados no SUAS pautam as ações para 
garantir direitos socioassistenciais e proteção social a indivíduos e a famílias. As ações 
que são propostas como atividades, programas, planos e projetos são desenvolvidas e 
executadas por profissionais específicos a cada nível de proteção social. Assim, a base 
conceitual de Trabalho Social se manifesta contemplando a listagem dos profissionais 
necessários aos níveis de proteção básica e especial, a equipe de referência exigida 
pela legislação concernente, em equipamentos públicos e/ou privados, como também 
a origem de recursos para o financiamento dessas equipes de referência. 
Para tanto, os profissionais que venham a compor as equipes de atendimento e 
referência do SUAS nos equipamentos públicos e privados têm garantido pela Política 
Nacional de Capacitação do SUAS o nivelamento dos conhecimentos para que a pa-
dronização dos serviços atendam às demandas sociais com a mesma qualidade em 
todo território nacional. Assim, a capacitação dos profissionais do SUAS pauta-se nas 
atribuições específicas de cada função, que compõem os Serviços de Proteção Social Bá-
sica e Serviços de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade. Dessa forma, 
algumas legislações sociais são essenciais que o profissional conheça para desenvolver 
suas atribuições com sucesso no atendimento e encaminhamento da demanda.
Ao longo deste estudo, nossa discussão será norteada pelo trabalho social realiza-
do pela equipe de atendimento da rede socioassistencial, com as famílias brasileiras 
nos serviços de proteção social básica e nos serviços de proteção social especial de 
média e alta complexidade da Política Nacional de Assistência Social. Sob tal enfoque, 
o conceito de vulnerabilidade social e de família se apresentam, sendo essenciais ao 
exercício profissional do trabalho em rede com as famílias na perspectiva do SUAS. 
Nesse processo, trataremos do trabalho da equipe técnica no atendimento social com 
as famílias, bem como o atendimento em rede, como mecanismo de proteção social e 
garantia de acesso a direitos e serviços, e como a equipe de referência atua no acom-
panhamento às famílias em situação de vulnerabilidade. 
Sejam bem-vindos e vamos juntos conhecer sobre este sistema tão fundamental 
em nosso país e para a Assistência Social! 
IMERSÃO
RECURSOS DE
Ao longo do livro, você será convida-
do(a) a refletir, questionar e trans-
formar. Aproveite este momento.
PENSANDO JUNTOS
NOVAS DESCOBERTAS
Enquanto estuda, você pode aces-
sar conteúdos online que amplia-
ram a discussão sobre os assuntos 
de maneira interativa usando a tec-
nologia a seu favor.
Sempre que encontrar esse ícone, 
esteja conectado à internet e inicie 
o aplicativo Unicesumar Experien-
ce. Aproxime seu dispositivo móvel 
da página indicada e veja os recur-
sos em Realidade Aumentada. Ex-
plore as ferramentas do App para 
saber das possibilidades de intera-
ção de cada objeto.
REALIDADE AUMENTADA
Uma dose extra de conhecimento 
é sempre bem-vinda. Posicionando 
seu leitor de QRCode sobre o códi-
go, você terá acesso aos vídeos que 
complementam o assunto discutido.
PÍLULA DE APRENDIZAGEM
OLHAR CONCEITUAL
Neste elemento, você encontrará di-
versas informações que serão apre-
sentadas na forma de infográficos, 
esquemas e fluxogramas os quais te 
ajudarão no entendimento do con-
teúdo de forma rápida e clara
Professores especialistas e convi-
dados, ampliando as discussões 
sobre os temas.
RODA DE CONVERSA
EXPLORANDO IDEIAS
Com este elemento, você terá a 
oportunidade de explorar termos 
e palavras-chave do assunto discu-
tido, de forma mais objetiva.
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar 
Experience para ter acesso aos conteúdos on-line. O download do 
aplicativo está disponível nas plataformas: Google Play App Store
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3881
APRENDIZAGEM
CAMINHOS DE
1 2
3 4
5
GESTÃO E 
DESENVOLVIMENTO 
DO SUAS: EIXOS 
ESTRUTURANTES
11
GESTÃO E 
DESENVOLVIMENTO DO 
SUAS: INSTRUMENTOS 
DE GESTÃO
39
65
GESTÃO E 
DESENVOLVIMENTO DO 
SUAS: TRABALHADORES
DO SUAS.
107
TRABALHO SOCIAL COM 
FAMÍLIAS E A TIPIFICAÇÃO 
DOS SERVIÇOS NA PROTEÇÃO 
SOCIAL BÁSICA E ESPECIAL DE 
MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE.
143
O TRABALHO 
EM REDE COM 
FAMÍLIAS NA 
PERSPECTIVA 
DO SUAS
1Gestão e Desenvolvimento do SUAS: Eixos 
Estruturantes
Me. Michele Vanessa Werner
Nesta unidade você poderá compreender um pouco mais sobre o Sis-
tema Único da Assistência Social - SUAS, desde a estrutura atual como 
também as suas bases históricas. O contexto pandêmico do (Covid-19) 
apesar de ter dado notoriedade à importância do SUAS, também de-
monstrou as fragilidades desta política. Diante disso, você como futu-
ro(a) Assistente Social, poderá entender nesta unidade como se deu 
o processo de criação e funcionamento deste sistema, buscando ao 
decorrer desta e das outras unidades, identificar e relacionar quais 
aspectos que podem ser melhorados na política do SUAS.
UNIDADE 1
12
Se você tivesse no comando de uma política pública de Assistência Social, onde 
o compromisso fosse enfrentar uma situação de emergência no Brasil, sabendo 
que nesta política, haveria recursos limitados, alta demanda e dificuldade de im-
plantação desses comandos nos municípios, o que você faria?. 
Imagine que o Sistema Único da Assistência Social seja o principal meio para 
que famílias tenham acesso a serviços básicos de proteção social, em meio a di-
versos problemas que vivenciam, mas que agora essa demanda tenha triplicado e 
a sua margem de atuação enquanto dirigente desta política seja um tanto quanto 
limitada por diversos aspectos, qual seria a melhor saída?. 
Este é um questionamento que o Ministério da Cidadania e a Assistência 
Social vêm se perguntando desde a chegada da pandemia do Coronavírus 
em 2019. As medidas urgentes exigiram um dinamismo por parte do sistema 
público, necessitando de informações atualizadas, procedimentos técnicos e 
monitoramentos com precisão e agilidade. 
Já falamos sobre os novos desafios que passaram a fazer parte do SUAS, agora 
você estudante conhecerá um pouco mais sobre a estrutura deste sistema, mas ficando 
com a tarefa importante de acompanhar a atuação do SUAS em seu município, iden-
tificando possíveis estratégias para torná-lo cada vez mais acessível e universalizado.
A proteção social aos cidadãos se dá por meio da Assistência Social ofereci-
da pelo SUAS. Recentemente, com a pandemia do Covid-19 o governofederal 
buscou medidas para controlar os impasses econômicos e sociais provocados, 
proporcionando um suporte financeiro às pessoas de baixa renda e trabalhadores 
informais. Embora o SUAS tenha se organizado da melhor forma para atender 
às crescentes e novas demandas que surgiram desde 2019, o mesmo carece de 
adaptações frente aos desafios que surgem na sociedade.
13
Para um primeiro contato com o SUAS e estar por 
dentro dos desafios que o sistema enfrenta com a 
pandemia, indicaremos que você consulte o site 
oficial do Ministério da Cidadania e do SUAS para 
analisar as ações e deliberações acerca deste assunto. 
Você conhece algum Assistente Social que faz 
parte da equipe do SUAS de seu município? Se pos-
sível, converse com algum profissional e questione 
quais desafios tem feito parte do trabalho desta pessoa atuando neste sistema. 
Utilize o diário de bordo para responder a essas reflexões.
UNICESUMAR
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/13603
UNIDADE 1
14
GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DO SUAS: EIXOS 
ESTRUTURANTES
Para que possamos compreender o processo de gestão e desenvolvimento 
do SUAS, é necessário discutir sobre as suas bases, suas estruturas históricas, 
legais e sociais, que perpassam não somente esses componentes, mas toda a 
gama de ações que movimentam a sociedade brasileira, desde a gênese dos 
movimentos sociais que reivindicaram e reivindicam a garantia de direitos 
humanos, sociais e constitucionais até a construção de um sistema para ga-
rantir a proteção social de indivíduos e famílias.
Para tal estudo, iniciaremos a discussão pautando-nos na construção histórica 
e na formatação básica da estrutura organizacional do SUAS, sua composição 
e sua origem, mas não sem antes conhecer o órgão que coordena o sistema, o 
Ministério da Cidadania, e sua posição na estrutura de Estado.
Ministério Da Cidadania - Espaço Na Estrutura Ad-
ministrativa
Figura 01: Logo Do Ministério Da Cidadania (2021)
Fonte: BRASIL. Secretaria Especial do Desenvolvimento Social. Assinatura do Ministério da Cidada-
nia. 1 fotografia. 2021. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/cidadania/marca_gov/
horizontal/ASSINATURA_CIDADANIA_216X64px.png. Acesso em 26 abr. 2021. 
Descrição da Imagem: na imagem há a bandeira do Brasil nas cores azul, verde e amarelo, e ao lado 
direito a escrita pátria amada Brasil e governo federal abaixo, e ao lado esquerdo a escrita ministério da 
cidadania na cor cinza.
15
Antes de iniciarmos o conhecimento sobre o atual Ministério da Cidadania, pre-
cisamos resgatar sobre o antigo Ministério do Desenvolvimento Social – MDS 
e a sua importância para a Assistência Social no Brasil. O MDS foi criado, em 
janeiro do ano de 2004, com o objetivo de promover a inclusão social, a seguran-
ça alimentar, a assistência integral e uma renda mínima às famílias em situação 
de pobreza. Para compreendermos a posição ocupada pelo MDS na estrutura 
governamental, visualizamos suas bases, conhecendo a origem de um ministério.
Pautada na legislação brasileira, a pessoa que ocupar a função de Presidente 
da República, por meio de lei especial, tem o poder de criar, modificar a estrutu-
ra e extinguir ministérios, secretarias ou órgãos da administração pública. Essa 
atribuição é exercida quando são necessários arranjos e rearranjos institucionais 
na organização pública, visando o cumprimento de sua missão.
A ordem da estrutura da organização pública, no Poder Executivo Federal, 
projeta-se no intuito de fortalecer estratégias, de se ajustar aos sistemas de gestão, 
com vistas ao sucesso das ações do Estado, e atua com base nos princípios consti-
tucionais da Administração Pública, conforme o art. 37 da CF/88, de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Nessa estrutura, os minis-
térios integram a cúpula administrativa e hierárquicamente são subordinados 
diretamente à Presidência da República, tendo autonomia técnica, financeira 
e administrativa para planejar e executar ações nas suas áreas de competência. 
Incluindo, entre esses, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário – MDS, 
atual Ministério da Cidadania, que é responsável pela coordenação da Política 
Nacional da Assistência Social - PNAS, e um de nossos focos de estudo. No ano 
de 2018, outros ministérios foram agrupados com outros no intuito de enxugar 
a máquina pública. Diante disso, os Ministérios que no ano de 2021 constituem 
o governo federal são: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mi-
nistério da Cidadania, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Ministério 
das Comunicações, Ministério da Defesa, Ministério da Economia, Ministério da 
Educação, Ministério da Infraestrutura, Ministério da Justiça e Segurança Pública, 
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Ministério da Saúde, 
Ministério das Relações Exteriores, Ministério de Minas e Energia, Ministério do 
Desenvolvimento Regional, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Turis-
mo e o Ministério do Trabalho e Previdência (BRASIL, 2021).
 Cabe aos Ministérios criar normas, acompanhar e avaliar programas fede-
rais, estabelecer estratégias, diretrizes e prioridades na aplicação dos recursos 
UNICESUMAR
UNIDADE 1
16
públicos. O Ministro de cada pasta é responsável pela coordenação e supervi-
são dos órgãos e entidades da administração federal na sua área, e é escolhido 
pelo(a) Presidente da República. Cada ministério tem, atrelado a si, secretarias, 
que são responsáveis por estimular o compartilhamento das responsabilidades 
entre Estado e sociedade, e sua atuação está fundamentada na garantia do prin-
cípio constitucional da participação social, enquanto afirmação da democracia. 
Constroem os espaços de participação da sociedade na elaboração das políticas 
públicas, conhecidos como conselhos de gestão pública.
Com base nas informações publicadas por órgão governamental, atualmente, 
as secretarias diretamente atreladas à Presidência da República são a Secretaria 
Especial de Assuntos Federativos; Secretaria Especial de Relações Institucionais; 
Secretaria Especial de Articulação Social e Secretaria Especial de Assuntos Par-
lamentares. Cada secretaria possui sua atribuição específica a sua área de com-
petência e atuação. Quanto aos conselhos de gestão pública, cabe-lhes propor 
diretrizes, tomar decisões concernentes às políticas ou cuidar da gestão dos pro-
gramas. Alguns têm, em sua composição, a participação de diversos segmentos 
vinculados à sua área, assim como dos integrantes da administração pública de 
diferentes esferas de governo. Dentre esse total de Conselhos de gestão pública, a 
área de trabalho do profissional de serviço social utiliza mais frequentemente as 
matérias do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana; do Conselho de 
Recursos da Previdência Social; do Conselho Nacional da Juventude; do Conselho 
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; do Conselho Nacional dos Direi-
tos da Criança e do Adolescente; e do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso.
O Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS não está vinculado à 
gestão pública, mas ao Ministério da Cidadania. Foi instituído pela Lei Orgânica 
da Assistência Social, a LOAS (Lei 8.742, de 07 de dezembro de 1993), e trata-se 
de um órgão de deliberação colegiada, cujos membros são nomeados pela Pre-
sidência da República. Sua composição é paritária, com 18 (dezoito) membros e 
respectivos suplentes, sendo 9 (nove) representantes governamentais e 9 (nove) 
representantes da sociedade civil, escolhidos em foro próprio, sob fiscalização 
do Ministério Público Federal. Seu presidente é eleito entre seus membros, com 
mandato de 1 (um) ano, e conta com uma Secretária Executiva, subordinada ao 
Poder Executivo, por meio do Ministério da Cidadania.
Esse conselho tem a atribuição de aprovar a Política Nacional de Assistência 
Social, assim como a de normatizar as ações e regular a prestação de serviços de 
17
natureza pública e privada no campo da assistência social.Também lhe é pertinente 
zelar pela correta efetivação do SUAS, convocar ordinariamente a Conferência Na-
cional de Assistência Social, bem como apreciar e aprovar a proposta orçamentária 
da Assistência Social a ser encaminhada ao Ministério da Cidadania. Todas as suas 
decisões, as contas e as prestações de contas do Fundo Nacional de Assistência So-
cial - FNAS devem obrigatoriamente ser publicadas em órgão oficial de imprensa.
Antes de passarmos para o próximo assunto, apresento-lhe a Resolução CNAS nº 
207, de 16 de dezembro de 1998, que aprovou a primeira versão da Política Nacional de 
Assistência Social - PNAS e a Norma Operacional Básica da Assistência Social - NOB2.
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
RESOLUÇÃO Nº 207, 16 DE DEZEMBRO DE 1998.
Aprova a Política Nacional de Assistência Social - PNAS e a Norma Opera-
cional Básica da Assistência Social -NOB2
O Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, em Reunião Plenária, 
realizada nos dias 15 e 16 de dezembro de 1998, dentro das competên-
cias e das atribuições conferidas pelo artigo 18, inciso I, II e V, da Lei n o 
8.742, de 7 de dezembro de 1993, Resolve: Artigo 1º – Aprovar por una-
nimidade a Política Nacional de Assistência Social – PNAS e a Norma 
Operacional Básica da Assistência Social – NOB2;
Artigo 2º – apresentar as seguintes recomendações referentes à PNAS e 
à NOB2: I – que sejam encaminhadas ao Senhor Ministro da Previdência 
e Assistência Social para, através de Portaria, legitimar e divulgar a 
PNAS e a NOB2, recomendando o envio à Câmara de Política social da 
Presidência da República para conhecimento e providências cabíveis;
II – que sejam amplamente divulgadas na imprensa nacional;
III – que os órgãos Gestores e Conselhos de Assistência publicizem as 
informações contidas nos referidos documentos;
IV – que o Plano Nacional de Capacitação de Conselheiros e Gestores 
da Assistência Social priorize em sua qualificação o conteúdo dos docu-
mentos; Que seja atualizado o marco situacional da Política Nacional de 
Assistência Social, com os dados da Pesquisa Nacional de Amostra por 
Domicílio – PNAD/97 e com o novo Plano Plurianual de 1999, tão logo 
estejam disponíveis.
Artigo 3º – Os textos da Política Nacional de Assistência Social e Norma 
Operacional Básica da Assistência Social serão impressos e distribuídos.
Artigo 4º – Esta Resolução entre em vigor na data de sua publicação.
*Republica do Original do D.O de 18 de dezembro de 1998, seção I 
página 368.
GILSON ASSIS DAYREL
Presidente do CNAS . BRASIL (1998, online). 
UNICESUMAR
UNIDADE 1
18
Para a assistência social, com base nas lutas e conquistas da Constituição Fe-
deral de 1988, pudemos confirmar que as garantias sociais previstas na Carta 
Magna iniciaram sua construção, ainda em 1988, com a promulgação da Po-
lítica Nacional de Assistência Social, pelo Ministério de Previdência e Assis-
tência e Conselho Nacional de Assistência Social. Atualmente, tais legislações 
são construídas a partir dos Conselhos, como já vimos, mas são estruturadas 
e implementadas pelo Ministério da Cidadania.
MINISTÉRIO DA CIDADANIA: ATRIBUIÇÕES
Uma das principais mudanças do antigo Ministério do Desenvolvimento Social 
- MDS para o atual Ministério da Cidadania tem sido em sua estrutura orga-
nizacional. Através dos decretos n° 9.674/2019 e nº 10.357/2020 o Ministério 
da Cidadania surgiu da união do Ministério do Esporte com o Ministério do 
Desenvolvimento Social. Diante disso, 3 (três) secretarias foram reorganizadas e 
assumindo novas funções, sendo elas: a Secretaria Executiva; a Secretaria Especial 
do Desenvolvimento Social e a Secretaria do Esporte (BRASIL, 2020). 
Dada a importância de cada departamento do Ministério, daremos ênfase 
neste momento para as secretarias que são vinculadas à Secretaria Especial do 
Desenvolvimento Social. A Secretaria Nacional de Renda e Cidadania - SENARC 
que conta com 3 (três) departamentos, é responsável pela implementação da 
Política Nacional de Renda e Cidadania, promovendo a transferência direta de 
renda a famílias em situação de vulnerabilidade econômica, condições de pobre-
za e extrema pobreza no âmbito do território nacional. São os Departamentos 
desta secretaria, o Departamento de Operação; o Departamento de Benefícios; 
o Departamento de Cadastro Único; o Departamento de Condicionalidades.
Dentro da Secretaria Especial de Desenvolvimento Social, além da SENARC 
encontramos a Secretaria Nacional de Atenção à Primeira Infância, a Secretaria 
Nacional de cuidados e Prevenção às Drogas, Secretaria Nacional de Inclusão 
Social e Produtiva, e por fim a Secretaria Nacional de Assistência Social. É pre-
ciso destacar que esta última secretaria possui 5 (cinco) departamentos que são 
extremamente importantes para o funcionamento da Assistência Social, isto é, o 
Departamento de Gestão do SUAS; o Departamento de Benefícios Assistenciais; 
19
Departamento de Proteção Social Básica; Departamento de Proteção Social Es-
pecial e Departamento da Rede Socioassistencial Privada do SUAS. 
A Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS é o órgão do Ministério da 
Cidadania responsável pela gestão da Política Nacional de Assistência Social, com 
a meta prioritária de consolidar o direito à assistência social em todo o território 
brasileiro e de melhor execução de suas tarefas. As atribuições da SNAS foram 
estabelecidas pelo art. 19, da LOAS, e, algumas dessas atribuições, ela desenvolve 
em parceria com uma outra secretaria do MDS, a Secretaria de Avaliação da Ges-
tão da Informação – SAGI. Juntas, executam as funções de regular, cofinanciar, 
acompanhar as ações implementadas pelos entes federados, avaliar, monitorar e 
promover a capacitação dos recursos humanos dos estados e municípios, além 
de prestar assessoramento técnico a estados e municípios. Entretanto, se faz ne-
cessário registrar que as ações da SNAS são desenvolvidas associadas às outras 
secretarias do Ministério da Cidadania, e que os beneficiários dos Programas 
Bolsa Família e Segurança Alimentar e Nutricional, comumente, são públicos 
prioritários dos serviços de proteção da assistência social brasileira.
Devemos destacar também a Secretaria Nacional de Avaliação e Gestão da 
Informação (SAGI) - trata-se de um órgão técnico-administrativo, responsável 
pelas ações de gestão da informação, monitoramento, avaliação e capacitação 
das políticas e programas do Ministério. Desenvolve atividades para que o MDS 
possa conhecer o público-alvo de suas políticas e programas, e busca, por meio 
do monitoramento e da avaliação dos programas, indicar melhores caminhos 
para o desenvolvimento e implementação de ações. Tem a missão de minimizar 
os esforços e ampliar a possibilidade de resultados positivos do esforço governa-
mental, na área deste Ministério, para que as equipes técnicas e gestores das três 
esferas de governo envolvidos em políticas de desenvolvimento social tenham 
condições de aprimorar os programas e as ações. 
Essa secretaria desenvolve e utiliza instrumentos de informação por meio de 
sistemas e dados organizados, disponibilizados em painéis de monitoramento, 
em pesquisas de avaliação de impacto e resultados e em estudos técnicos espe-
cíficos, muitos, ainda, são distribuídos em publicações eletrônicas e impressas. 
Realiza, também, capacitações e cursos de formação profissional. É composta 
por equipe multidisciplinar, formada por sociólogos, antropólogos, economistas, 
estatísticos, educadores, cientistas políticos, profissionais de informática, enge-
nheiros, profissionais de saúde, educação e psicologia. Os técnicos trabalham nos 
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quatro departamentos da SAGI, em conteúdos e missões distintas, mas inter-rela-
cionados. Para que todas as suas atividades já listadas sejam desempenhadas com 
qualidade, essa Secretaria conta com 4 (quatro) departamentos, conforme segue: 
o Departamento de Gestão da informação; o Departamento de Monitoramento; 
o Departamento deAvaliação; o Departamento de Formação e Disseminação. 
Conversaremos, ainda mais adiante, a respeito dessa Secretaria.
A seguir, uma parte do organograma do Ministério da Cidadania, com suas 
Secretarias, está apresentado abaixo, para que você possa visualizar a estrutura 
que lhe apresentamos em texto.
MINISTÉRIO DA CIDADANIA - ESTRUTURA
MINISTÉRIO
DA
CIDADANIASECRETARIAEXECUTIVA
SECRETARIA
ESPECIAL DO
ESPORTE
Diretoria de Assuntos Internacionais
Secretaria Nacional do Cadastro 
Único
Secretaria de Gestão de Fundos
e Transferências
Secretaria de Avaliação e Gestão
da Informação - SAGI
Ouvidorias
Corregedorias
Assuntos Administrativos
Secretaria Nacional de Esporte, 
Educação, Lazer e Inclusão 
Social.
Secretaria de Incentivo e 
Fomento ao Esporte.
Secretaria Nacional do 
Paradesporto.
SECRETARIA ESPECIAL
DE DESENVOLVIMENTO
SOCIAL
SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Departamento de Gestão do SUAS
Departamento de Benefícios Assistenciais
Departamento de Proteção Social Básica
Departamento de Proteção Social Especial
Departamento da Rede Socioassistencial Privada 
do SUAS
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania
Secretaria Nacional de Atenção à Primeira Infância
Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às 
Drogas
Secretaria Nacional de Inclusão Social e Produtiva
ÓRGÃOS COLEGIADOS: 
Conselho Nacional de Assistência Social CNAS
Conselho Consultivo e de Acompanhamento do 
Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza
Conselho Gestor Interministerial do
Programa Bolsa Família
Conselho Nacional do Esporte CNE
Conselho Nacional de Economia Solidária 
Figura 02: Ministério da Cidadania (estrutura).
Fonte: BRASIL (2021, online). 
Descrição da Imagem: na imagem, há um esquema mostrando a estrutura do Ministério da Cidadania 
e os órgãos que são vinculados a cada uma das três secretarias, do desenvolvimento social, do esporte 
e a secretaria executiva.
21
Com base na figura do organograma, podemos perceber que o Conselho Nacio-
nal de Assistência Social está diretamente vinculado ao Ministério da Cidadania 
e praticamente equiparado na hierarquia de gestão deste ministério.
Agora que já estamos familiarizados com a organização funcional do MDS, 
da SNAS e sabemos quem coordena a gestão da PNAS, podemos avançar nossa 
discussão sobre o SUAS, no próximo item.
Construção Histórica E Organização Básica Do Sis-
tema Único Da Assistência Social.
Figura 03: Logo oficial do Sistema 
Único de Assi stência Social (SUAS). 
Fonte: BRASIL. Ministério da Cidada-
nia. Logo do Sistema Único de Assi 
stência Social (SUAS). 1 fotografia. 
2021. Disponível em http://www.
mds.gov.br/webarquivos/sala_de_
imprensa/marcas_selos/assisten-
cia_social/logo_suas_grande.jpg. 
Acesso em 26 abr. 2022.
Descrição da Imagem: na ima-
gem há o desenho de duas pes-
soas na cor amarela e abaixo 
um círculo verde escrito SUAS 
- Sistema único de Assistência 
Social. 
Daremos sequência aos nossos estudos sobre o SUAS.
Com base na Constituição Federal Brasileira de 1988, marco legal sem pre-
cedentes na direção da consolidação dos direitos de cidadania, são pautadas as 
origens do SUAS, que traz em seu Art. 195 a discussão sobre o financiamento da 
seguridade social - saúde, assistência social e previdência.
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 “ Na constituição de 1988, colocou-se, pela primeira vez na nossa história, a consagração de um projeto de sociedade democrática, reconhecendo-se a vinculação necessária entre regime democrático 
e direitos sociais (NETTO, Anais da II Conferência Nacional de 
Assistência Social, 1997, p. 22).
No que tange à saúde e à assistência social, os critérios de transferência de 
recursos, para organizações públicas e privadas, estão dispostos no § 10 do 
mesmo artigo, que menciona um Sistema Único de Saúde e “ações” de assis-
tência social, todavia a Carta Magna não faz menção a um sistema para a 
assistência social, uma vez que a organização de sistema específico para a área 
social somente foi criado alguns anos depois, por meio da Lei n° 8742/1993, 
a Lei Orgânica da Assistência Social- LOAS.
Para compreendermos as origens do Sistema Único da Assistência Social - 
SUAS, estudaremos um pouco mais de perto a LOAS, discutindo, a seguir, alguns 
artigos da referida legislação. Essa Lei organiza todas as ações da assistência social 
e, com base em seus princípios e diretrizes, em seu Capítulo III, sob o título “Da 
organização e da gestão”, cria, legalmente, o Sistema Único da Assistência Social 
- SUAS, sob o seguinte enunciado:
 “ Art. 6º A gestão das ações na área de assistência social fica or-ganizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os 
seguintes objetivos:
I - consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a coo-
peração técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, 
operam a proteção social não contributiva;
II - integrar a rede pública e privada de serviços, programas, proje-
tos e benefícios de assistência social, na forma do art. 
6º-C;III - estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na 
organização, regulação, manutenção e expansão das ações de as-
sistência social;
IV - definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais 
e municipais;
23
V - implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na 
assistência social;
VI - estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e
VII - afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de di-
reitos (BRASIL, 1993).
As principais diretrizes de organização desse sistema estão alinhadas aos Artigos 
203 e 204 da Constituição Federal de 1988, no primeiro, garantindo acesso à 
assistência social “a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à 
seguridade social” e, no seguinte, quando estabelece, em seus incisos, seu dire-
cionamento quanto às questões da descentralização político-administrativa e da 
“participação popular, por meio de organizações representativas, na formulação 
das políticas e no controle das ações em todos os níveis”. A LOAS, ainda, acres-
centa a essas determinações constituintes “a responsabilidade do Estado na con-
dução da política de assistência social em cada esfera de governo”. Os princípios, 
as diretrizes e os objetivos da LOAS, em consonância com a legislação federal, 
buscam a garantia dos direitos assegurados e a melhor forma de execução das 
ações para efetivá-los.
Para a consolidação da assistência social, pretendeu-se, por meio de normas 
e leis, construir todo o arcabouço para a organização e gestão de ações em prol 
da superação das demandas sociais. Nesse aspecto, o texto do art. 6º da LOAS 
remete à criação do Sistema Único da Assistência Social, quando afirma que:
 “ A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (SUAS), [...] (Redação dada pela 
Lei nº 12.435, de 2011) (BRASIL, 2011).
As sementes do Sistema Único da Assistência Social - SUAS foram lançadas em 
solo fértil e passaram a ser regadas pelos saberes profissionais, técnicos e da so-
ciedade civil, orientadas pelas legislações e normativas. Visa proteger “à família, à 
maternidade, à adolescência e à velhice e como base de organização, o território” 
(LOAS - Art. 6º, § 1 ), tendo suas medidas organizadas em tipos de proteção social, 
a proteção social básica e a proteção social especial (de média e alta complexidade), 
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conforme o nível de vulnerabilidade e risco social a que está submetido o indivíduo 
e/ou a família, será preventiva ou reconstrutiva. Essas proteções com base na lei,
 “ [...] serão ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organiza-ções de assistência social vinculadas ao Suas, respeitadas as especi-
ficidades de cada ação (BRASIL, 1993).
Esse vínculo dos entes públicos e das organizações de assistência social ocorre por 
meiode cadastros, que devem atender critérios documentais e, essencialmente, 
às exigências quanto aos serviços que são ofertados a cada parcela da população. 
Porém, para a manutenção desses cadastros, a avaliação se dá no controle, no 
acompanhamento e na avaliação das propostas e execução delas. A criação do 
sistema organiza o serviço no intuito de tornar o atendimento e a prestação de 
serviços ágil, efetivo, eficaz e eficiente.
Não se trata de, apenas, um sistema de informação e controle informatizado, 
mas de um sistema integrado de ações, planos e projetos para atendimento às 
demandas sociais. As informações que são coletadas por ele são utilizadas para 
monitoramento, controle da avaliação dos programas, projetos e serviços da área 
da assistência social, gerando relatórios e dados suficientes para alteração ou in-
tensificação de ações, quando e se necessário. Os órgãos de controle e a população 
têm acesso a tais informações para conhecer onde e como os recursos estão sendo 
aplicados, e se a aplicação desses recursos está conforme o planejado. 
Para que as entidades de assistência social prestem os serviços pertinentes à 
assistência social e façam jus à celebração de convênios com órgãos públicos, ne-
cessitam terem sua vinculação ao SUAS reconhecidas pelo Ministério da Cidada-
nia, atendendo a requisitos da tipificação dos serviços socioassistenciais e demais 
legislação pertinentes a organização da sociedade civil. Entre eles, ter inscrição 
no Conselho Municipal de Assistência Social ou do Distrito Federal. A inscrição 
de projetos ou da entidade nos respectivos conselhos locais garante que a exe-
cução de ações, projetos e serviços estejam em consonância com as diretrizes 
da Política Nacional de Assistência Social e legislações posteriores pertinentes.
A LOAS determina que seja garantido o acesso à celebração de convênios, 
contratos, acordos ou ajustes com o poder público, para a execução de servi-
ços, programas, projetos e ações de assistência social, somente àquelas vincu-
25
ladas ao SUAS. (Art. 6º-B, § 3º ) O Art. 10 delimita que a União, os Estados, 
os Municípios e o Distrito Federal podem celebrar convênios com entidades 
e organizações, desde que as propostas estejam alinhadas aos Planos de As-
sistência Social aprovados pelos Conselhos de cada esfera, respectivamente. 
Tais celebrações, do ente público com a esfera privada, proporcionam, à 
sociedade, a execução de ações preventivas, protetivas e paliativas no âmbito 
da assistência social, na direção da garantia de direitos. Asseguram à esfera 
privada, na figura das organizações não governamentais, a elaboração e a 
execução de projetos e atividades em complementaridade ao Estado.
Para compreendermos o funcionamento do SUAS, no que concerne ao finan-
ciamento, faz - se necessário conhecer a sua composição e atribuições, conforme 
veremos no próximo item. Sugerimos a leitura sobre os Fundos de Assistência 
Social, que agregará o conhecimento necessário para compreensão das origens 
de financiamento por esfera de governo, das ações, dos programas, projetos, 
atividades e das equipes de trabalhadores que compõem o SUAS.
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA 
SOCIAL
A composição do SUAS é formada pelos entes federativos nas três esferas de 
governo, seus respectivos Conselhos de Assistência Social e por entidades e orga-
nizações de assistência social enquadradas na legislação vigente. A coordenação 
da Política Nacional de Assistência Social é delegada ao Ministério da Cidadania, 
e fixar as respectivas Políticas de Assistência Social cabe, respectivamente, a cada 
esfera de governo, executando as ações de forma articulada.
Os artigos 12º ao 15º da LOAS estabelecem as competências de cada esfera de 
governo e do Distrito Federal, o cofinanciamento, a gestão descentralizada dos 
serviços, programas, projetos e benefícios e, ainda, o monitoramento e a avaliação 
da política de assistência social. O art. 16 define que as instâncias deliberativas 
do SUAS são de caráter permanente, devem funcionar regularmente, visando 
acompanhar, controlar e avaliar a política de assistência social. Para ser parti-
cipativo, conforme art. 6º determina, ainda, que sua composição seja paritária 
entre governo e sociedade civil. Essas instâncias deliberativas são compostas por:
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1. o Conselho Nacional de Assistência Social;
2. os Conselhos Estaduais de Assistência Social;
3. o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal;
4. os Conselhos Municipais de Assistência Social (BRASIL, 1993).
O Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS é composto por 18 membros 
e respectivos suplentes, cujo mandato é de 2 (dois) anos, sendo permitida uma 
recondução pelo mesmo período. O presidente será eleito entre seus membros, 
para mandato de 1 (um) ano, tendo uma recondução permitida por igual período. 
Os Conselhos, em cada esfera de governo, estão vinculados ao órgão gestor de 
assistência social, cabendo a ele a responsabilidade de garantir as condições para 
seu funcionamento, tais como infraestrutura, recursos humanos e financeiros, 
esses últimos, inclusive, nas despesas com passagens e diárias dos conselheiros, 
se estiverem no exercício das suas atribuições. Cabendo aos
 “ [...] Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competência para acompanhar a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta orçamentária, em consonância 
com as diretrizes das conferências nacionais, estaduais, distrital e 
municipais, de acordo com seu âmbito de atuação. [...] e “deverão 
ser instituídos, respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
e pelos Municípios, mediante lei específica "(BRASIL, 1993).
A lei determinou um total de 14 atribuições a esse Conselho, entre elas, a de 
normatizar, regular, acompanhar e fiscalizar a prestação dos serviços públicos 
e privados no âmbito da assistência social, bem como aprovar os critérios de 
transferência dos recursos para os Estados, Municípios e Distrito Federal, acom-
panhando e avaliando a gestão dos recursos. Tornou-o responsável, também, pela 
convocação ordinária das Conferências Nacionais, periodicamente.
Conhecemos, neste tópico, as bases do Conselho de Assistência Social e como 
ele se faz representar nas respectivas esferas de governo. Tivemos a oportunidade 
de conhecer sobre o espaço que ocupa e como se organiza financeira e estrutu-
ralmente, pautado nas responsabilidades do órgão gestor. Também listamos suas 
atribuições essenciais, conhecimento básico necessário à discussão do próximo 
tópico, que trata das Conferências de Assistência Social e como estão articuladas 
27
com esse Conselho. O espaço democrático de discussão, articulação e avaliação 
se concretiza nas Conferências de Assistência Social, que acontecem bianual-
mente, em cada esfera de governo, com base na representatividade do governo 
e sociedade civil. É amplo e se fortalece a partir das estratégias de organização e 
reorganização das propostas e diretrizes estabelecidas para a Política de Assis-
tência Social, repensando as ações, com vistas a sua estruturação e consolidação, 
enquanto garantia de acesso e direitos sociais.
Conheceremos, a seguir, os caminhos percorridos pela assistência social nos 
espaços democráticos de discussão, até culminar na IV Conferência Nacional 
de Assistência Social, quando foi criado o Sistema Único da Assistência Social 
- SUAS, que é o tema central da nossa discussão nesta disciplina. Apresentar as 
discussões e temas das Conferências Nacionais de Assistência Social é de extrema 
relevância para que acompanhemos o processo de consolidação da assistência 
social, enquanto sistema, conforme estudaremos.
CONFERÊNCIAS NACIONAIS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
O espaço de participação social democrática no âmbito da assistência social se 
consolida a partir da I Conferência Nacional, que aconteceu de 20 a 23 de no-
vembro de 1995, na cidade de Brasília, e teve por objetivo avaliar a situação da 
AssistênciaSocial, visando propostas de concretização e aperfeiçoamento do 
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Sistema Único da Assistência Social, de forma participativa e descentralizada, 
tendo por tema a assistência social como direito do cidadão e dever do Estado.
A Portaria nº 4.251 de 24 de novembro de 1997, convocou a II Conferência, 
tendo sido realizada no período de 9 a 12 de dezembro de 1997, em Brasília. Essa 
Conferência teve como tema geral “O Sistema Descentralizado e participativo 
da Assistência Social - Construindo a Inclusão - Universalizando Direitos” e, de 
acordo com o Conferencista José Paulo Netto, em seu discurso de abertura, cons-
truir a inclusão e universalizar direitos está “diretamente vinculado ao projeto de 
construir uma sociedade democrática em nosso País.” Com base nos anais do re-
ferido evento, o conferencista, ainda, complementa a discussão sobre a construção 
dessa sociedade democrática, desvinculando-a do regime político democrático:
 “ Não devemos e não podemos identificar a vigência de um regime político democrático com a existência de uma sociedade democrá-tica. [...] Mas a democracia política, ainda quando por sua inteira 
efetividade, o que não é o nosso caso, não é um valor para ser apre-
ciado em si mesmo, é um instrumento estratégico para viabilizar a 
democratização da sociedade e do Estado. Uma sociedade demo-
crática é mais, muito mais que o Estado de direito democrático, 
uma sociedade democrática é aquela em que, contando-se com o 
indispensável suporte da democracia política, todos e cada um de 
seus membros dispõem de condições reais de construir sua auto-
nomia pessoal sem os agravantes da exclusão social (NETTO, 1997, 
p. 20 “Anais II Conferência”).
Pautados nessa discussão, percebemos que a democracia deve ser exercida, in-
clusive, no âmbito da autonomia individual, com base na criação de condições 
concretas para efetivação dos direitos sociais, de forma participativa.
Em 30 de março de 2001, o CNAS, por meio da Portaria nº 909, convoca a 
III Conferência Nacional de Assistência Social, para ser realizada entre os dias 
4 e 7 de dezembro de 2001, e define como tema central de discussão a “Política 
de Assistência Social: Uma trajetória de Avanços e Desafios”. Essa conferência 
teve discussão pautada em 3 painéis. O grupo do primeiro painel refletiu sobre a 
“Avaliação do Controle Social nos Oito anos da LOAS”, sendo traduzido em deli-
berações acerca do papel político dos conselhos, da participação dos conselhos na 
elaboração dos planos de assistência social e no controle dos recursos, bem como 
29
na garantia de acesso à participação dos usuários nas conferências realizadas nos 
três níveis de governo. Deliberou sobre a necessidade de investimento na criação 
e fortalecimento de instituições de usuários das políticas sociais que fortalecesse 
a articulação entre os Conselhos de Assistência e outros Conselhos de Direitos.
Em 12 de agosto de 2003, a Portaria nº 262 do Ministério de Estado da As-
sistência Social, publicada no Diário Oficial da União - DOU, entre outras pro-
vidências, convocou, extraordinariamente, a IV Conferência Nacional de Assis-
tência Social que ocorreu entre 7 e 10 de dezembro do mesmo ano, na cidade de 
Brasília. Essa portaria determinou, além da convocação, a data, o local, instituiu 
comissão organizadora e definiu, como tema geral, a “Assistência Social como 
Política de Inclusão: uma Nova Agenda para a cidadania - LOAS 10 anos”, tendo 
por finalidade avaliar a situação da assistência social, visando encontrar novas 
diretrizes para o seu aperfeiçoamento (BRASIL, 2003).
A comissão organizadora, com base na determinação do art. 4º da referida 
Portaria, teve os seguintes representantes:
I - Presidente do CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social;
II - Vice- Presidente do CNAS; e
III - Representantes Governamentais:
 ■ Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
 ■ Ministério da Saúde;
 ■ Ministério do Trabalho e Emprego; e
 ■ FONSEAS - Fórum Nacional de Secretários(as) de Estado da Assistência 
Social.
IV - Representantes da sociedade Civil:
 ■ Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua - MNMM;
 ■ Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente - AMENCAR;
 ■ Conselho Federal de Serviço Social - CFESS; e,
 ■ Central Única dos Trabalhadores.
V - Secretário Executivo do CNAS (Portaria nº 262, 2003).
Como sistematização do trabalho realizado durante a IV Conferência, foi elabo-
rado um relatório, visando socializar para a sociedade, integralmente, os conteú-
dos produzidos pelos 1.053 participantes ali presentes, visto que se tratou de um 
passo importante na “sedimentação dos novos termos da Política Nacional de 
UNICESUMAR
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Assistência Social no Brasil” e “tradução concreta da Lei Orgânica da Assistência 
Social - LOAS” (BRASIL, 2003, p. 7).
Teve, por subtemas, a Assistência Social: conceber a política para realizar o 
direito; Gestão e organização - planejar localmente para descentralizar e demo-
cratizar o direito; Financiamento - assegurar recursos para garantir a política; 
Mobilização e Participação como estratégia para fortalecer o controle social.
Com base na discussão de descentralização e democratização do direito, essa 
Conferência traz como contribuição essencial, para nossa discussão, a criação do 
SUAS, sistema público, não contributivo, que organiza, entre os seus participantes, 
a gestão dos serviços socioassistenciais no Brasil. Utiliza recursos e esforços dos 
três níveis de governo para execução e financiamento da PNAS, com base nas 
legislações previstas vigentes nessas esferas, que conheceremos mais detalhada-
mente discutido em item posteriormente.
A realização da V Conferência Nacional de Assistência Social, em dezem-
bro do ano de 2005, foi pautada na proposta de consolidação de um plano 
com metas e estratégias que visassem à implementação da Política Nacional 
de Assistência Social nos 10 anos seguintes. Nesse evento, foi firmado o pacto 
em favor de um mutirão nacional para a construção do recém-criado Siste-
ma Único da Assistência Social, além de deliberar sobre as metas de gestão 
de recursos humanos da assistência social; metas de gestão do SUAS; metas 
de financiamento; sobre as metas de controle social.
O tema geral da VI Conferência Nacional de Assistência Social, realizada no 
mês de dezembro do ano de 2007, foi Compromissos e responsabilidades para 
assegurar a Proteção Social pelo SUAS.
No mês de dezembro de 2009, com o tema geral: Participação e Controle 
Social no SUAS, ocorreu a VII Conferência Nacional de Assistência Social, 
objetivando uma discussão norteadora da democratização do SUAS, propor-
cionando o acesso de indivíduos e famílias aos serviços, projetos, programas 
e benefícios socioassistenciais no Brasil. As suas deliberações contribuíram 
para a discussão sobre cofinanciamento dos governos estaduais e federal aos 
municípios que possuíssem CRAS.
A VIII Conferência Nacional de Assistência Social aconteceu em dezembro 
do ano de 2011, tendo como tema: Avançando na Consolidação do Sistema Único 
da Assistência Social com a valorização dos trabalhadores e a qualificação da 
gestão dos serviços, programas, projetos e benefícios, discutindo estratégias para 
31
a estruturação da gestão do trabalho no SUAS, assim como o reordenamento e a 
qualificação dos serviços socioassistenciais, entre outros subtemas.
Quanto à IX Conferência Nacional de Assistência Social, que aconte-
ceu em dezembro de 2013, teve como tema A Gestão e o Financiamento na 
efetivação do SUAS, utilizando e criando, durante as discussões, instrumen-
tais para a avaliação local do SUAS e para o Registro e Sistematização das 
Conferências Municipais de Assistência Social. Os informes oriundos dessa 
Conferência, orientam a questão da participação popular e da organização 
das Conferências Estaduais e Municipais de assistência social.
Já para o ano de 2015, em 09 de fevereiro, a Ministra de Estado do Desenvolvi-
mento Social e Combate à Fome - MDS, em conjuntocom o Presidente, convocou 
a X Conferência Nacional de Assistência Social realizado na data pre- visto no 
período de 07 a 10 de dezembro do corrente ano, tendo como tema: Consolidar 
o SUAS de vez rumo a 2026. Todo o material sobre as Conferências, você pode 
acessar no site do MDS, na aba CNAS.
No ano de 2017 a conferência tratou de discutir sobre o tema “Garantia dos 
Direitos no Fortalecimento do SUAS” e foi realizada nos dias de 5 a 8 de de-
zembro de 2017 em Brasília/DF. Posteriormente, no ano de 2021 em meio a 
um contexto pandêmico devido ao vírus Covid-19, a Conferência Nacional da 
Assistência Social tratou de dialogar sobre um contexto desafiador. Primeiramen-
te, porque o cenário brasileiro antes da pandemia já enfrentava desigualdades 
intensas devido às instabilidades políticas, econômicas e territoriais. 
Conforme o caderno de deliberações da 12ª Conferência Nacional de Assis-
tência Social, cujo tema “Assistência Social: Direito do Povo e Dever do Estado, 
com financiamento público, para enfrentar as desigualdades e garantir proteção 
social”, diversas questões foram levantadas como o aumento do desemprego, fome 
e insegurança alimentar, violência doméstica, assassinatos de mulheres, discrimi-
nação de gênero, racismo, intolerância religiosa e outras questões em nosso país.
 “ O tema da Conferência Nacional de Assistência Social, “Assistên-cia Social: Direito do Povo e Dever do Estado, com financia-mento público, para enfrentar as desigualdades e garantir 
proteção social”, além de oportuno, representa a afirmação da 
assistência social como uma política pública indispensável e es-
tratégica em meio a uma condição social perversa que assola o 
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país. É um tema que afirma e requisita o compromisso do Estado 
Brasileiro com a preservação da vida, com a proteção social dos 
mais vulneráveis, e com o desenvolvimento de ações públicas para 
fortalecer a autonomia e a independência social e econômica de 
cada brasileiro atingido pela chaga da desigualdade social que 
agride e avilta o nosso povo (BRASIL, 2021).
Uma das principais preocupações da 12ª conferência foi a questão do SUAS estar 
preparado para eventuais situações de emergências ou calamidades públicas. De 
certo modo, embora já existam regulamentações sobre esse assunto, garantir que 
ações eficazes sejam tomadas na velocidade necessária e que as políticas de Assis-
tência Social sejam devidamente reconhecidas é um desafio político básico nas 
situações de desastres e emergências públicas. É notória a necessidade de elevar os 
padrões, garantir orçamentos e financiar regularmente o trabalho antes, durante 
e depois de realizado. Os eventos de emergência possibilitam aos profissionais 
do SUAS proteger e preparar, fornecer treinamento, suporte técnico, estrutura 
adequada e condições de trabalho, e garantir a renda de famílias e indivíduos 
afetados em caso de desastre e emergência (BRASIL, 2021).
Conversamos, superficialmente, sobre as conferências nacionais para que 
tivesse condições de visualizar o contexto de mobilização dos profissionais da 
rede socioassistencial e, principalmente, para que percebesse o quanto SUAS 
está presente em, praticamente, todas as discussões desses eventos, haja vista 
que se trata do instrumento que busca auxiliar no processo de monitoramento, 
avaliação e controle dos programas, projetos e serviços de assistência social, com 
o foco de que as análises pautem novas propostas, que promovam a garantia e a 
defesa dos direitos socioassistenciais à população em situação de vulnerabilidade 
social e econômica, em regime de prevenção de situação de pobreza ou mesmo 
de extinção dessa condição de vida.
O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Como já vimos, o SUAS foi criado em um contexto de mobilização democráti-
ca com base na Constituição Federal de 1988, teve contribuição legal na LOAS 
e se solidificou a partir de deliberação da IV Conferência Nacional de Assistên-
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cia Social. Concretizou sua operacionalização, em 2005, com a Norma Opera-
cional Básica da Assistência Social - NOB/SUAS na tentativa de constituir um 
modelo de gestão que integrasse os entes federativos e consolidasse o sistema 
de forma descentralizada e participativa. Visa regular e organizar as ações de 
assistência social, assim como o Sistema Único de Saúde - SUS, realiza com as 
ações da área de saúde. Para a concretização dessa tarefa, o planejamento deve 
acontecer de forma articulada nos níveis de governo, com base em princípios e 
diretrizes comuns, mesmo quando respeitando a diversidade em todas as suas 
representações, tais como territorial, cultural, entre outras.
Trata-se de um sistema coordenado pelo Ministério da Cidadania, em que o 
poder público, nos três níveis, e a sociedade civil participam, diretamente, do pro-
cesso de gestão compartilhada. Esse sistema, que foi definido por meio da PNAS, 
organiza e apresenta as ações da assistência social, articulando e promovendo as 
ações em níveis de proteção, conforme o quadro ao lado, que foi elaborado pelo 
Ministério para apresentação do Sistema, sobre algumas de suas características.
A Proteção Social Básica atua no âmbito da prevenção de riscos sociais e 
pessoais, garantindo programas, projetos, serviços e benefícios a pessoas expostas 
à situação de vulnerabilidade social. Já a Proteção Social Especial visa o atendi-
mento de pessoas já em situação de risco, muitas vezes, com direitos violados. A 
Proteção Social Especial, para garantir amplitude no atendimento, subdivide-se 
em proteção social especial de média e alta complexidade, conforme o nível de 
risco da situação vivenciada pela pessoa ou família.
O SUAS, para contribuir na superação das situações de risco e vulnerabili-
dade, organiza e articula a oferta de serviços, programas, projetos e benefícios 
assistenciais. A criação do sistema, além de pretender organizar os serviços so-
cioassistenciais, também se deu na intenção de superar alguns impasses na im-
plementação da política pública de assistência social, na garantia dos direitos 
sociais e, entre seus problemas, destacamos os fatos de que não possuía regulação 
suficiente dos serviços, de não haver definição das atribuições e competências dos 
três níveis de governo quanto à gestão e ao financiamento,e ausência de proces-
sos continuados de capacitação e de política de recursos humanos. Na busca por 
superar os entraves iniciais de implantação da política nacional de assistência 
social, foram estabelecidas as bases de organização do SUAS, conforme dispostas, 
na Norma Operacional Básica - NOB/RH/SUAS:
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Conceitos Base para a Organização do SUAS
 ■ Matricialidade sócio-familiar 
 ■ Descentralização político administrativa e Territorialização 
 ■ Financiamento pelas três esferas de governo, com divisão de responsa-
bilidades 
 ■ Controle Social 
 ■ Política de Recursos Humanos 
 ■ Informação, Monitoramento e Avaliação. (BRASIL, 2005).
 
Os conceitos e as bases de organização do SUAS são pautados nas legislações 
sociais e pretendem garantir o atendimento das famílias e indivíduos em situação 
de risco ou vulnerabilidade, proteger e prevenir contra tais situações.
Durante a discussão, pudemos conhecer o que é o SUAS e quais seus 
objetivos. Entretanto, precisamos saber um pouco mais a respeito deste siste-
ma, para que, com condições técnicas termos uma noção gradual sobre seus 
instrumentos de gestão, informação, monitoramento e avaliação, conforme 
veremos a partir da próxima unidade.
Que tal aprender um pouco mais sobre a estrutura e con-
solidação do SUAS? Ouça o podcast e saiba mais sobre a 
importância deste sistema!
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/11202
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A gestão da informação do SUAS tem como ferramenta a Secretaria de Avaliação e Ges-
tão da Informação (SAGI). De acordo com o Decreto nº 10.357 de 20 de maio de 2020, a 
SAGI é dividida em quatro departamentos, cada um com suas características, trabalhando 
de forma integrada, para que com isso,possa fiscalizar e avaliar as políticas públicas de 
cidadania.
• Avaliação
• Monitoramento
• Gestão da Informação
• Formação e Disseminação 
É muito importante que você, futuro (a) Assistente Social, dê muita atenção à gestão 
de dados do SUAS, pois isso é a chave para o levantamento de recursos nas esferas 
estaduais e municipais.
Fonte: Ministério da Cidadania (online). 
PENSANDO JUNTOS
De acordo com a LOAS/ lei 8742/93
Art. 6o-A. A assistência social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: 
I - proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da as-
sistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do 
desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familia-
res e comunitários; 
II - proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por 
objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa 
de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e 
indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos. 
Parágrafo único. A vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da 
assistência social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e 
seus agravos no território. 
Art. 6o-B. As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela rede socioassistencial, 
de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações 
de assistência social vinculadas ao Suas, respeitadas as especificidades de cada ação. 
EXPLORANDO IDEIAS
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Todos os questionamentos e situações apresentadas sobre a atuação do SUAS e a 
sua capacidade de lidar com estados emergenciais foram necessários para termos 
uma noção breve de algumas dificuldades que os profissionais enfrentam no dia 
a dia. Sejam elas por demandas novas, dificuldades de implantação e organização 
do SUAS nos municípios, baixa gestão da informação, entre outros. 
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Sistema Único de Assistência Social no Brasil - uma realidade 
em movimento.
Autor: Berenice Rojas Couto, Maria Carmelita Yazbek, Maria Ozanira 
da Silva e Silva, Raquel Raichelis.
Editora: Cortez Editora.
Sinopse: Se até pouco tempo o tema da política da assistência social mobilizava, sobretudo, 
o interesse dos profissionais e pesquisadores da área de Serviço Social, hoje a interlocução é 
outra. Milhares de novos trabalhadores de distintas áreas, milhares de gestores públicos de 
entidades privadas e os milhões de novos sujeitos de direitos compõem um multifacetado e 
ávido segmento social, que no cotidiano são desafiados a construir a nova matriz do Sistema 
Único da Assistência Social o SUAS, com suas virtudes e vicissitudes, diriam as autoras. Para 
este vasto público, a leitura deste livro é preciosa. Trata-se de uma obra que reúne de ma-
neira instigante um belo e amplo observatório da políticas pública de assistência social hoje. 
Ao examinar tema tão relevante, expondo a difícil dialética de sua da sua realidade em movi-
mento, a equipe de autoras nos presenteia com uma feliz oportunidade de preparar melhor 
o estudo e intervenção profissional nesta complexa, fundamental, e não poucas vezes mal 
compreendida, política social.
WEB :
Para obter maiores informações e contribuir no aprendizado, 
você pode visitar o portal Capacitação Cidadania, uma platafor-
ma EaD do Ministério da Cidadania, com cursos livres e auto 
instrucionais sobre o SUAS e outros assuntos pertinentes.
Fonte: Ministério da Cidadania (online).
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/13604
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1. A proteção social no âmbito da Assistência Social organiza-se por dois tipos, isto é, 
a proteção social básica e a proteção social especial. Descreva detalhadamente as 
funções e evidencie as áreas em que cada uma se dedica. 
2. De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS - Lei nº 8.742/1993, o SUAS 
possui instâncias deliberativas de caráter permanente e composição paritária entre 
governo e sociedade civil. Com relação a essas instâncias deliberativas, responda 
quais são e a sua importância dentro do SUAS. 
3. O Conselho Nacional de Assistência Social é o órgão responsável por aprovar e de-
liberar sobre a Política Nacional da Assistência Social. Deste modo, pontue algumas 
características sobre o conselho e também como é a composição de seus membros.
2Gestão e Desenvolvimento do SUAS: 
Instrumentos 
de Gestão
Me. Michele Vanessa Werner
Nesta unidade você entenderá como funcionam os instrumentos de 
gestão do SUAS, suas origens e também as bases legais, como tam-
bém aprender o papel do Plano de Assistência Social. Nesta parte 
você também verá sobre os aspectos relevantes que o financiamento 
ocupa na concretização de uma política pública. Além disso, refletir 
sobre a contribuição das ferramentas de informação, monitoramento 
e avaliação do SUAS à Política Pública de Assistência Social. 
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Imagine que você, Assistente Social de um município, tenha que fazer vários 
atendimentos no mês de fevereiro, e devido à alta demanda, deixe de lançar os 
dados daquele período ao sistema de informação do SUAS. No mês seguinte, 
os atendimentos seguem altos, a equipe da Assistência Social do município 
é suficiente mas, ao mesmo tempo reduzida, e os dados no sistema do SUAS 
seguem acumulando para serem lançados. 
Naquela semana, a equipe de monitoramento de avaliação do SUAS con-
voca você e seus colegas de trabalho para uma importante reunião, onde serão 
destinados novos recursos para programas e projetos que tenham prioridade 
no momento. Assim, a equipe solicita um levantamento de dados, mas infeliz-
mente eles não foram lançados no sistema, inviabilizando uma análise comple-
ta da situação. Devido à demora e falta de organização para o recebimento do 
recurso, o mesmo é repassado primeiro ao município vizinho pela celeridade 
das informações prestadas ao órgão gestor.
Você enquanto Assistente Social, se preocupa e tenta adequar todas as bases 
de dados e considerações, mas apesar da organização nos dias seguintes, ainda 
precisa aguardar uma nova avaliação dos gestores para que os recursos sejam 
concedidos ao município. 
Você conseguiu ter uma dimensão da importância que é a gestão da infor-
mação para o SUAS?. Exemplos como esse acontecem em vários municípios 
brasileiros diariamente, e o êxito da Política Nacional da Assistência Social 
depende que o SUAS esteja trabalhando em Rede, no qual todos os pontos 
alimentem informações para que este sistema funcione em sinergia. Agora, 
vamos aprender um pouco mais sobre isso!
O objetivo da gestão da informação é criar condições estruturais para as ope-
rações de gestão, monitoramento e avaliação do SUAS, de acordo com a NOB/
SUAS-2005. E, para isso, a avaliação torna-se um desafio com base em obrigações 
morais, e avança em questões estratégicas. Esta ferramenta é fundamental para a 
manutenção de políticas públicas, planos, projetos, serviços e interesses que são, 
portanto, vitais para a aquisição, sequenciamento e aplicação de recursos. Poden-
do com isso, detectar problemas ou desvios na execução de uma ação, projeto 
ou plano, e permitir que ações corretivas sejam tomadas durante a sua execução.
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Para que você, estudante, tenha uma experiência inicial sobre o tema, que tal 
entrar no site do Ministério da Cidadania e ver alguns Manuais do Censo SUAS 
2021?. Com isso você poderá ter um breve conhecimento de como funciona a 
coleta de informações dos municípios. Acesse o site abaixo e confira: 
A partir do exemplo exposto, quais reflexões você 
pode observar na coleta de informações do censo SUAS?. 
Procure pensar sobre as dificuldades que um município 
com uma localização mais longe dos grandes centros 
possui na hora de levantar esses dados e anote abaixo 
possíveis adaptações para isso. 
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INSTRUMENTOS DE GESTÃO DO SUAS
Para tratarmos de instrumentos de gestão, vamos dar início a uma apresentação 
sobre os papéis desenvolvidos pelos entes federados no que diz respeito à assis-
tência social. Alicerçados nas publicações do Ministério da Cidadania (antigo 
MDS), consideramos para o SUAS quatro tipos de gestão, que ocorrem no âmbito 
da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios.
A gestão no âmbito da assistência social tem por objetivo contribuir na 
consolidação dos direitos sociais, trata-se da administração das demandas 
advindas da sociedade que expressam as necessidades da população. A for-
mulação das políticas públicas, a implementação da política social, dos pro-
gramas e dos projetos de cunho sócio assistencial são considerados os canais, 
os meios, de resposta às demandas sociais (KAUCHAKJE, 2012, p. 22- 25). 
Nesse sentido, Kauchakje (2012, p. 26) conclui que:
 “ Há uma íntima articulação entre as ações que visam assegurar direi-tos sociais, tais como políticas públicas, programas, projetos e servi-ços sociais destinados à população como um todo (universalidade) 
e a grupos sociais específicos (priorização social).
Essa articulação acontece já na distribuição das atribuições das esferas de go-
verno, situação em que cada uma assume seu papel na elaboração, coordenação, 
execução, monitoramento, avaliação dos planos, programas, projetos e serviços 
na área da assistência social.
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Nesse sentido, compete a cada esfera realizar as atividades concernentes às 
suas responsabilidades pactuadas. A cargo da União, cabe a formulação, apoio, 
articulação e coordenação das ações, enquanto que os estados estão incumbidos 
da gestão da assistência social em seu âmbito, com base na NOB/SUAS.
Já para a gestão municipal, a habilitação ao SUAS pode acontecer por 
meio de um dos três níveis, gestão inicial, básica e plena, cada nível define a 
amplitude das ações de assistência que o município irá assumir e cada nível 
amplia o alcance da ação. Por exemplo, a gestão inicial é para os municípios 
que tenham conselho em funcionamento, seus fundos e planos municipais 
de assistência social criados e executem as ações da Proteção Social básica, 
com recursos próprios, já no nível de gestão plena, gere totalmente as ações 
socioassistenciais. Quando um município não se habilita, os recursos federais 
ficam à disposição da gestão estadual (MDS, 2015).
O SUAS conta, na sua metodologia de gestão, com instâncias de pactuação, 
que recebem o nome de Comissão Intergestores Tripartite - CIT e Comissão In-
tergestora Bipartite - CIB. Tais comissões articulam nos três níveis de governo as 
suas demandas, negociando questões operacionais e intercambiando informações 
para efetivação da descentralização prevista no modelo de gestão do SUAS. As 
CITs articulam a organização e a gestão do sistema entre as três esferas, e as CIBs 
entre estados e municípios sempre considerando as deliberações dos Conselhos de 
Assistência Social na respectiva esfera. As pactuações definidas são encaminhadas 
ao Conselho Estadual/Municipal e para CNAS para registro e cientificação.
Com base nisso, trataremos dos assuntos que envolvem os instrumen-
tos de gestão do SUAS, retomando a discussão sobre a participação, pois o 
“modelo de organização institucional e distribuição de responsabilidades, 
e ao conjunto de mecanismos jurídicos e políticos, instrumentos técnicos, 
ferramentas informacionais e processos administrativos”, (MDS, 2015) está 
atrelado à questão essencial de responsabilidades dos envolvidos, na execu-
ção, eficiência, eficácia e efetividade do conjunto de ações qualificadas nos 
serviços, programas, projetos, benefícios e transferências de renda.
A execução da tarefa de controle social deve refletir a participação e a co-
gestão do sistema, definida a partilha do poder e a democratização de decisões, 
estas necessitam ter suas determinações em esfera populacional, possibilitando 
fiscalização e controle pela população nas decisões e ações nos três níveis de go-
verno. A aplicação dos princípios constitucionais, da legalidade, impessoalidade, 
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publicidade e eficiência, de gestão pública direta e indireta, também pauta a gestão 
do SUAS no cumprimento do art. 6º da Lei Orgânica da Assistência Social, de 
nº 8.742 de 07 de dezembro de 1993, que define os objetivos do SUAS, seguem:
 “ I - consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a coopera-ção técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva; 
II - integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos 
e benefícios de assistência social, na forma do art. 6º-C; 
III - estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na orga-
nização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência 
social;IV - definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades re-
gionais e municipais; 
V - implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na 
assistência social; 
VI - estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e 
VII - afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos 
(BRASIL, 1993)
Tais objetivos são alcançáveis, desde que sejam utilizados instrumentos de gestão, 
enquanto ferramentas de planejamento, de ordem técnica e financeira da PNAS e 
do SUAS, nos três níveis de governo. Embora haja previsão constitucional para a 
integração do planejamento e do orçamento público, na esfera da PNAS, a NOB/
SUAS - 2005 inclui outros instrumentos de gestão ao SUAS, identificando-os 
como o Plano de Assistência Social, o Orçamento da Assistência Social, a Ges-
tão da Informação, Monitoramento e Avaliação, e o Relatório Anual de Gestão, 
tendo como parâmetro o diagnóstico social e os eixos de proteção social, básica 
e especial (NOB/SUAS, 2005). Nesse sentido:
 “ A gestão do SUAS, portanto, está relacionada a. processo técnico e político por meio do qual as ações acima refe-ridas são formuladas e implementadas;
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b. modelo de organização institucional e distribuição de responsa-
bilidades entre atores, instituições e unidades da federação quanto 
ao processo de planejamento, financiamento, execução, monitora-
mento e avaliação da política pública;
c. Conjunto de mecanismos jurídicos e políticos, instrumentos 
técnicos, ferramentas informacionais e processos administrativos, 
mobilizados pelos diversos atores que atuam na área – gestores, téc-
nicos, conselheiros etc. – visando garantir a efetividade das ações e 
o seu controle pela sociedade (BRASIL, 2005).
Os mecanismos, instrumentos e ferramentas listados embasam a formulação, a 
implementação, o controle, o monitoramento e a avaliação das ações e das deci-
sões no processo de gestão compartilhada.
Com base no art. 6º da LOAS, texto incluído pela Lei 12.435, de 2011, no “§ 
2º O Suas é composto pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de 
assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social abrangi-
das por esta Lei”. Uma equipe que transcende a base técnica e une, em desafio, 
gestores, representações governamentais e da sociedade civil (nos espaços de 
controle social - os conselhos), cada qual com sua parcela de responsabilidade 
na garantia da efetividade da ação e no controle da aplicação dos recursos para 
a sua implementação.
Considerando isso, iremos saber um pouco mais a respeito dos Instrumen-
tos de Gestão do SUAS, a saber: o Plano de Assistência Social, o Orçamento da 
Assistência Social, a Gestão da Informação, Monitoramento e Avaliação e o 
Relatório Anual de Gestão.
O PLANO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Como vimos, com base na NOB/SUAS, o Plano de Assistência Social é uma 
das ferramentas de planejamento técnico e financeiro da PNAS e do SUAS, 
é um instrumento de gestão que organiza, regula e norteia a execução física 
e financeira da PNAS. 
Pautado no princípio democrático e participativo, deve ser submetido à 
aprovação do respectivo Conselho de Assistência Social

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