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ECONOMIA 
COLABORATIVA
Autor
Julio Cesar Nascimento
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora do EAD
Prof.ª Francieli Stano Torres
Edição Gráfica e Revisão
UNIASSELVI
ECONOMIA 
COLABORATIVA
1 INTRODUÇÃO
Já paramos para pensar acerca das mudanças que vêm ocorrendo 
nos últimos anos na economia em âmbito internacional? E de como as 
organizações econômicos e a população vêm se conectando? Será que o 
sistema atual está transformando a população mais individualista ou mais 
coletiva? Essas inquietações são importantes para o tema denominado de 
Economia Colaborativa ou Economia Compartilhada.
Na atualidade, diversos países estão diante do desafio da economia 
colaborativa, tentando entender o que ela é, quais são as suas vantagens e 
desvantagens, como desenvolver este nicho de mercado na economia e quais os 
impactos econômicos e sociais do aprofundamento da economia colaborativa. 
O ponto é que a economia colaborativa está aí e precisamos entender o que 
ela significa, entender os seus pilares e os temas que a envolvem.
 
No Tópico 2, estudaremos o conceito de economia colaborativa e os 
principais pilares desta economia. No Tópico 3, aprofundaremos um ponto 
muito importante do âmbito econômico: as inovações e a aprendizagem. 
No Tópico 4, estudaremos outros temas ligados à economia colaborativa, 
destacando a sociedade em rede, a evolução da economia colaborativa e 
um estudo de caso de economia colaborativa.
No curso, estudaremos também uma visão crítica acerca do fenômeno 
da economia colaborativa, assim como suas principais vantagens e riscos 
com diversidade de exemplos. Em síntese, os tópicos e subtópicos que 
estudaremos neste curso estão descritos a seguir:
2 O MUNDO DA ECONOMIA COLABORATIVA E SEUS PILARES
O mundo está cada vez mais conectado, seja pelas redes sociais ou pelos 
negócios no cenário que acontecem as diversas inovações econômicas na 
sociedade. É neste cenário que surge intensamente a economia colaborativa, 
que virou uma forma de negócio em diversos países.
2.1 O MUNDO DA ECONOMIA COLABORATIVA
Segundo Ferreira et al. (2016), a economia colaborativa ou economia 
compartilhada foi citada pela primeira vez em 2008 pelo professor da 
Universidade de Havard, Lawrence Lessig, cujo termo se concentrou na 
ideia do consumo colaborativo nas atividades de compartilhamento – por 
exemplo, as trocas ou aluguéis, dentre outros. Essa economia, denominada 
de colaborativa, tornou-se uma tendência na atualidade.
Em termos gerais, o conceito de economia colaborativa:
São iniciativas com foco na atividade de partilha, troca, compra ou venda de qualquer 
produto ou serviço para atender às necessidades das pessoas, nem sempre em 
troca de dinheiro, mas procurando sempre algum tipo de benefício para todos 
os atores. Esses negócios conectam compradores e vendedores, gerando uma 
transformação social que reforça o poder de coesão, promove a capacidade de 
compra dos consumidores e dá a eles um maior acesso aos produtos e serviços 
(SEBRAE, 2017, p. 6).
Cabe destacar que este sistema, denominado de economia colaborativa, 
não é recente, visto que o sistema baseado em trocas entre as pessoas não 
é novo, portanto, essas trocas já eram realizadas naturalmente antigamente. 
Todavia, com o processo de industrialização e o consumismo intensificado 
da população, acabou por culminar em uma maior deteriorização ao meio 
ambiente. É neste ambiente que surge a economia colaborativa como 
alternativa às intensas explorações do sistema econômico, como destacado:
Considerando os limites de reposição de recursos naturais de nosso planeta, torna-se 
cada vez mais evidente a necessidade de buscar formas mais sustentáveis de fazer 
negócios. Isso significa não apenas reduzir o consumo que leva à exploração desses 
recursos, como também repensar nossa forma de produzir e descartar. Uma alternativa 
que tem ganhado muita força se encontra nos negócios de compartilhamento, que 
visam a otimização do uso de bens já produzidos, aproveitando seu tempo ocioso 
para que mais pessoas possam desfrutar destes, sem ter que comprar um novo 
produto. Essa modalidade, que também funciona para serviços, gera economia para 
quem usa, e renda para quem fornece (SEBRAE, 2017, p. 5).
 
Para compreender melhor o assunto, discutiremos os dois exemplos 
de economia colaborativa a seguir:
Com o conceito de economia colaborativa e com os dois exemplos, fica 
claro o que é a economia colaborativa, mais à frente nos aprofundaremos melhor 
nesse tema, apontando casos reais de economia colaborativa na atualidade.
2.2 PILARES DA ECONOMIA COLABORATIVA 
De acordo com Lima (2020), a economia colaborativa é formada por três 
pilares, estas dão sustentação e viabilidade para esta economia. O Diagrama 
1 apresenta os três pilares base para a economia colaborativa.
DIAGRAMA 1 – PILARES DA ECONOMIA COLABORATIVA
FONTE: Adaptado de Lima (2020)
Vamos compreender cada um desses pilares:
• Confiança: este é o pilar basilar da economia compartilhada, visto que é 
necessário ter confiança dos dois lados do processo, seja por quem vai 
ofertar um serviço ou por quem vai utilizar o serviço, ou seja, quem oferta 
confia que o produto ou serviço será devolvido em boas condições e quem 
utiliza o produto ou serviço também precisa confiar que este vai funcionar 
e vai ser uma boa experiência.
• Consumo Consciente: além de pilar, este é um objetivo primordial da 
economia compartilhada, visto que parte do princípio que o consumo 
intensificado impacta é o meio ambiente, assim, desgastando-o. Nesse 
sentido, a economia compartilhada sai em defesa do compartilhamento 
dos produtos e recursos de reaproveitamento deles.
• Experiências Únicas: esta é uma característica importante, dado que a 
economia colaborativa pode proporcionar, além de economia para ser 
aplicadas em outras experiências, também um significado de experiência, 
dado que as experiências em compartilhar podem resultar em uma maior 
confiança entre as pessoas – por exemplo, a carona supracitada.
Além desses três pilares mencionados, o Sebrae (2017) avança discutindo 
que há três pilares baseados na sustentabilidade, a saber: sustentabilidade 
econômica, ambiental e social. Como destaque:
Os negócios de compartilhamento seguem a linha dos três pilares da sustentabilidade: 
econômico, ambiental e social. Além de economizar dinheiro, reduzem o uso de 
recursos naturais que já são escassos, aproveitando melhor os produtos e serviços 
existentes que agora são compartilhados, e diminuem também as emissões de gases 
de efeito estufa. Dessa maneira, são gerados benefícios ambientais que são repartidos 
entre toda a sociedade. Por outro lado, aproveitar o tempo ocioso de nossos bens 
significa otimizar processos, que na administração de empresas já é uma prática 
implementada há muito tempo. Isso sem falar no vínculo que esses negócios geram 
entre as pessoas envolvidas (SEBRAE, 2017, p. 7).
Por fim, cabe destacar que estes pilares que são bases da economia 
colaborativa têm por fim os objetivos desta economia, que é melhorar a 
qualidade de vida e desenvolver a economia local através de novas formas 
de economia. Dessa forma, o objetivo fundamental é impactar positivamente 
a sociedade de todo o mundo. Cabe ressaltar que na economia colaborativa 
o lucro e custo não é o fundamento, portanto, estes conceitos passam para 
o segundo plano (SEBRAE, 2017).
2.3 SÍNTESE E RECAPITULANDO 
O Quadro 1 apresenta uma síntese do que estudamos neste tópico para 
recapitularmos as ideias principais de economia colaborativa:
QUADRO 1 – SÍNTESE DO TÓPICO O MUNDO DA ECONOMIA COLABORATIVA E SEUS PILARES
Economia 
Colaborativa
Mesmo que economia do compartilhamento, onde as pessoas 
ofertam e demanda produtos e serviços sem necessariamente 
passar por um novo processo de produção.
Objetivos
Reduzir o consumo acelerado e reduzir os impactos no meio 
ambiente.
Pilares
Confiança, Consumo Consciente e Experiências Únicas
Sustentabilidade Econômica, Social e Ambiental.Exemplos
Carona e Aluguel de Quartos.
FONTE: O autor
3 A INOVAÇÃO E O APRENDIZADO
Neste tópico, estudaremos dois componentes muito importantes da 
economia colaborativa, ou seja, sobre a teoria das inovações a partir de 
grandes teóricos da economia e abordaremos a curva de aprendizado. É 
relevante analisar este tema porque a própria economia colaborativa surge de 
uma inovação, portanto, além ser uma inovação, ela passa constantemente 
por mudanças.
3.1 A INOVAÇÃO ACELERADA
Na atualidade, vivemos a era de intensas transformações. As inovações 
são responsáveis pelas mudanças que ocorrem na sociedade, sobretudo, nos 
negócios. Dada a existência da tecnologia, assim como da sua magnitude, 
diversos autores buscaram compreender essas inovações, a exemplo de 
Schumpeter (1982).
Schumpeter parte da perspectiva de que no sistema capitalista há a fi-
gura do empreendedor, que realiza inovações, e que estas são de produtos 
ou processos. Para o autor, estas inovações dão origem a uma explosão 
econômica e crises econômicas, visto que, para o autor, crise é o processo 
de adaptação do sistema às inovações, o qual poderá culminar em uma nova 
explosão advinda de outras inovações.
Para Schumpeter, as inovações são fundamentais para a vida do sistema 
econômico capitalista, visto que estas produzem desenvolvimento, progresso 
e evolução econômica. Para o autor, o desenvolvimento econômico revo-
luciona a estrutura econômico, destruindo, a partir das inovações, o antigo 
e criando novos elementos. Esse fenômeno é denominado por Schumpeter 
de destruição criadora.
Schumpeter parte do princípio que as inovações precisam de financia-
mento, como o crédito obtido por meio de empréstimos ao setor bancário, 
a qual cria recursos para destinar a tais inovações. Desta forma, para o au-
tor, o crédito é fundamental para as inovações, posto que estas financiam 
as inovações.
Essa é a teoria fundamental para analisar as inovações na contempora-
neidade, como aquelas geradas pela economia colaborativa, com os diver-
sos aplicativos que conectam as pessoas que fornecem bens e serviços e 
os usuários destes. Estas inovações ocorrem e continuarão ocorrendo nos 
próprios setores fomentados dentro da economia colaborativa.
3.2 OS NEGÓCIOS JÁ NÃO SÃO COMO ANTES
Por causa das inovações, como as estudadas anteriormente, os negócios 
se alteram estruturalmente, intensamente e busca-se mais inovações. Portanto, 
além das alterações profundas ocorridos até a atualidade, as inovações nos 
negócios ocorrerão. Uma das inovações que alterou profundamente os 
negócios em âmbito internacional são as denominadas novas tecnologias de 
comunicação, como destacado “o desenvolvimento de novas tecnologias de 
comunicação foi responsável por dar um impulso a essa forma de consumo 
baseada na confiança entre os usuários, que está conquistando espaço ante 
a economia tradicional” (SEBRAE, 2017, p. 7).
Analisaremos, agora, como estas inovações alteram os negócios a partir 
do Diagrama 2:
DIAGRAMA 2 – CICLO DE INOVAÇÕES
FONTE: O autor
3.3 ENSINE MENOS E APRENDA MAIS
Um fenômeno econômico que ocorre com as inovações são as curvas de 
aprendizagem. Diversos economistas buscaram entender como este fator pode 
impactar nos negócios, especialmente sobre a produtividade dos trabalhadores. 
Esta é uma das técnicas que podem também ser utilizada na economia 
colaborativa, com objetivo de otimizar o compartilhamento dos bens e/ou 
serviços, dado que a economia colaborativa também é uma forma de negócio.
Entenderemos, agora, como funciona a curva de aprendizagem. Parte-
se do princípio que as experiências podem impactar na produtividade do 
trabalho e otimizar os negócios nos mais diversos setores, visto que a partir 
da experiência os envolvidos naquela atividade econômica já estão adaptados 
às ferramentas, além de criar estratégias alternativas naquela atividade.
A partir desta análise, baseado na curva de aprendizagem junto a um 
ambiente de inovações, é possível otimizar tempo e produção nos negócios, 
gerando mais qualidade para os trabalhadores e melhorias no próprio negócio, 
dado que o tempo gasto pelos trabalhadores reduzem e as empresas otimizam 
a produção.
Esta técnica é utilizada em diversos setores da economia e esta também 
pode ser aplicada aos setores da economia colaborativa, a exemplo de 
aplicação deste no encontro entre fornecedores de bens e serviços com os 
usuários através de aplicativos.
3.4 SÍNTESE E RECAPITULANDO
O Quadro 2 apresenta uma síntese do que estudamos neste tópico para 
recapitularmos as ideias principais de economia colaborativa baseada nas 
inovações e no aprendizado.
QUADRO 2 – SÍNTESE DO TÓPICO A INOVAÇÃO E O APRENDIZADO
Inovações
São alterações que ocorrem em diversos âmbitos da sociedade, 
como nos negócios que se dissemina e pode gerar produtividade e 
melhoria na vida da população.
Aprendizado Técnica utilizada nos negócios para otimizar sua produção e que 
pode ser aplicada a economia colaborativa.
FONTE: O autor
4 SOCIEDADE EM REDE, A EVOLUÇÃO E OS CASOS DE 
ECONOMIA COLABORATIVA 
Neste tópico, aprofundaremos nossos estudos sobre a economia 
colaborativa, aprendendo sobre um importante fenômeno para a economia 
colaborativa: a denominada sociedade em rede. Além disso, estudaremos a 
evolução da economia colaborativa e analisaremos um caso desta, apontando 
o funcionamento, as vantagens e as críticas.
4.1 SOCIEDADE EM REDE
O mundo está cada vez mais conectado, principalmente no século XX, 
com as novas tecnologias de informações que foram surgindo e que foram 
desenvolvidas e disseminadas em massa. De acordo com Pavanelli (2013), as 
redes tiveram grande força no século XX, inicialmente estas foram voltadas 
sobretudo às questões de comunicação. Na década de 1930, as definições 
de rede eram correlacionadas às redes de pesca, nesse sentido, os homens 
também estariam interlaçados como redes de pesca. Nesse caso, eram as 
informações e recursos que ligam as pessoas, cabe destacar que o objetivo 
específico desta rede era conectar os interesses das pessoas (MITCHEL, 1969 
apud PAVANELLI, 2013).
Na atualidade, as estruturas de redes estão relacionadas ao mundo que 
está interdependentemente conectado (BALESTRIN; VERSCHOORE, 2016 
apud PAVANELLI, 2013). Para Castells (1999 apud PAVANELLI, 2013), rede 
significa um conjunto de nós interconectados que tem como característica 
a dinamicidade. Como destacado:
Castells (1999), que descrevera a emergência da sociedade em rede, expandiu a 
utilização do termo rede a fim de englobar diferentes conceitos. Partindo da definição 
de rede como um conjunto de nós interconectados, o autor caracteriza a estrutura 
social em rede como um sistema aberto, altamente dinâmico, suscetível a invar sem 
afetar seu equilíbrio (PAVANELLI, 2013, p. 50).
Portanto, percebemos que o conceito de rede não é atual, é do século 
passado e há inúmeros conceitos desde a década de 1960 até a atualidade. 
Dessa forma, rede é um conceito aberto que vai sendo modificado a partir 
das novas interações que surgem na sociedade.
Cabe destacar que a economia colaborativa surge diante da ascensão da 
sociedade em rede e esta também está conectada nessa sociedade de redes. 
Uma das formas que estas estão conectadas é através das novas tecnologias 
que vem surgindo. Analisar um caso que envolve três autores, destacados 
no Diagrama 3:
DIAGRAMA 3 – ATORES DA ECONOMIA COLABORATIVA
FONTE: Adaptado de Pavanelli (2013)
Vamos analisar cada um desses atores e como estes se conectam:
• Prestadores de Serviços: são aqueles que compartilham bens ou serviços, 
sejam profissionalmente ou não.
• Intermediários: são aqueles que conectam os prestadores de serviços 
com os usuários; esta intermediação, geralmente, ocorre por meio de 
plataformas digitais.
• Usuários: são os que usufruem dos serviços que foram disponibilizados.
Esses processos ocorrem dentro da sociedade de rede, a qual, é um 
importante aliado na economia colaborativa. Para tanto, há elementos que 
são essenciaisserem estabelecidos – destacados no Diagrama 4, de acordo 
com Balestrin e Verschoore (2016 apud PAVANELLI, 2013):
DIAGRAMA 4 – ELEMENTOS PARA ESTABELECIMENTO DAS REDES
FONTE: Adaptado de Balestrin e Verschoore (2016)
Vamos entender cada um desses elementos:
• Interação: algumas características da interação para a economia colabo-
rativa são baseadas na conectividade, proximidade, laços fortes, cliques, 
dentre outras.
• Ganhos Competitivos: nesse caso, as características são baseadas no poder de 
mercado, redução de riscos e custos, inovação, aprendizagem dentre outros.
• Objetivos Comuns: em relação aos objetivos comuns, os destaques são as 
buscas pela reciprocidade, flexibilidade, estabilidade, recursos, dentre outros.
• Gestão: no caso da gestão, são necessários instrumentos, quais sejam: ins-
trumentos de integração, estratégica, contratuais e de tomada de decisão.
 
4.2 DA GERAÇÃO EU À GERAÇÃO NÓS 
O século XXI apresenta uma nova forma de organização social 
baseado na coletividade em diversos âmbitos, seja familiar, no trabalho e 
nos negócios. A economia colaborativa entra nesse cenário como sendo 
um novo representante desta geração nós. Um destaque para esta geração 
são redes – estudadas anteriormente – e estas se mostram relevante com 
impactos positivos na sociedade e na vida economia.
A economia colaborativa é justamente o que surge no ceio da geração 
nós, na qual, é caracterizada por compartilhamento de bens e serviços nos 
mais diversos âmbitos, como nos setores destacados no Diagrama 5:
DIAGRAMA 5 – SETORES DA ECONOMIA COLABORATIVA NA GERAÇÃO NÓS
FONTE: Adaptado de Sebrae (2017)
4.3 A EVOLUÇÃO DO CONSUMO COLABORATIVO
O consumo colaborativo é um marco do século XXI e avança cada 
vez em âmbito mundial. Um estudo realizado aponta que o Brasil é um dos 
países da América Latina e no Caribe com maior número de iniciativas – o 
Brasil se destaca com 32% das iniciativas. A pesquisa também concluiu que 
os setores que tiveram as maiores iniciativas de economia colaborativa foram, 
respectivamente, de serviços, transportes e espaços físicos (SEBRAE, 2017).
Além do Brasil, outros países também se destacam na área da economia 
colaborativa, em destaque os Estados Unidos, no qual, os dados apresentam 
que 45 milhões de pessoas já trabalharam com economia colaborativa e 
já houve 86 milhões de usuários dos bens e serviços ofertados na área da 
economia colaborativa nos Estados Unidos (SEBRAE, 2017).
Dessa forma, o consumo colaborativo se intensifica e evolui em 
diversos países em âmbito internacional e é promissor. O entendimento do 
fornecimento e uso de bens e serviços da economia colaborativa é destacado 
pelos seus benefícios, destacadas no Diagrama 6:
DIAGRAMA 6 – BENEFÍCIOS DA ECONOMIA COLABORATIVA
FONTE: Adaptado de Sebrae (2017)
Aprofundaremos nosso entendimento em cada um desses benefícios:
• Economia de dinheiro: geralmente, o custo do produto e/ou serviço 
disponibilizado é menor.
• Sistema mais humano: as pessoas envolvidas nas trocas como fornecedores 
dos bens e serviços e os usurários são as partes ativa no processo.
• Benefícios ambientais: nesse caso, é um dos pi lares da economia 
colaborativa, visto que há o reaproveitamento do uso de recursos, portanto, 
reduzindo as emissões de gases de efeito estuda.
• Menos barreira de entrada no mercado: no mercado convencional há 
barreiras para outras pessoas entrarem no negócio, visto que geralmente 
necessita de financiamento elevado, no caso da economia colaborativa 
há a possibilidade de acesso de todos os bens e serviços.
4.4 CASES DE PRÁTICA DE ECONOMIA COLABORATIVA
Na atualidade, há diversos casos que surgiram na atualidade em formato 
de aplicativo que podem se encaixar no que denominamos de economia 
colaborativa, a exemplo dos destacados no Diagrama 7.
DIAGRAMA 7 – CASOS DE ECONOMIA COLABORATIVA
FONTE: O autor
O caso mais emblemático dos citados no Diagrama 7 é a Uber. A Uber 
é um aplicativo de transporte que funciona em diversos países em âmbito 
internacional. A Uber é uma empresa multinacional dos Estados Unidos que 
oferece serviços eletrônicos de transporte através do aplicativo que conecta 
fornecedores de serviços de transportes com os usuários desses serviços. 
Diante do estudado neste curso, tem-se que o aplicativo Uber se encaixa 
nas diversas dimensões da economia colaborativa, ou seja: 
• Economia compartilhada: a Uber encaixa na base da economia colaborativa, 
visto que oferece um aplicativo que ao mesmo tempo cadastra ofertadores 
e usuários dos serviços de transporte.
• Inovações: a Uber inovou no seguimento de transporte através do uso de 
aplicativo com base na economia colaborativo.
• Sociedade em rede: uti l izou a ferramenta tecnológica baseada em 
aplicativos nos celulares para conecta os fornecedores e usuários.
• Efeitos ambientais: reduz a potencialidade da população demandar a 
compra de mais carros individuais.
• Redução de custos: geralmente, os preços dos serviços são menores do 
que dos serviços tradicionais de transporte privado.
• Confiança: para oferecer ou usar os serviços é necessário fazer cadastro.
• Experiências Únicas: as pessoas que estão fornecendo e usando os serviços 
estão se conectando através de histórias, dentre outras experiências.
Entretanto, a Uber é um caso emblemático, dado que há diversas 
críticas a forma de como funciona o aplicativo. Uma das críticas é quanto 
a precarização das relações de trabalho. Diversos críticos apontam que a 
empresa Uber tem benefício de empresa enquanto os fornecedores não têm 
os benefícios de trabalhadores, visto que a Uber fica com um percentual 
do valor da viagem, mas todos os meios para oferecer os serviços são dos 
trabalhadores, tais como o transporte e a força do trabalho. É importante 
destacar que os transportes com o uso vão se desgastando e os custos ficam 
em maior grau para os que fornecem os transportes, fora a própria perda do 
valor do veículo com a depreciação do uso. Além disso, no caso brasileiro, 
os trabalhadores da Uber não têm as mesmas garantias trabalhistas que os 
trabalhadores com Carteira de Trabalho.
4.5 SÍNTESE E RECAPITULANDO
O Quadro 3 apresenta uma síntese do que estudamos neste tópico para 
recapitularmos a denominada sociedade de rede, os casos e os benefícios 
de economia colaborativa:
QUADRO 3 – SÍNTESE DO TÓPICO SOCIEDADE EM REDES, EVOLUÇÃO E OS CASOS DE ECONOMIA 
COLABORATIVA
Sociedade em Rede Conjunto de Nós interconectado
Setores da Economia Colaborativa Transporte, Turismo, Bens e Espaços
Exemplos de Casos atuais de economia 
colaborativa
Uber, AirBNB, Wikipedia, FreeCycle
FONTE: O autor
5 CONSIDERAÇÕES
Como discutido no Tópico 2, a economia colaborativa ou economia 
compartilhada é uma expressão do século XXI e tem como um dos objetivos 
reduzir os problemas ambientais, conectar as pessoas, reduzir o consumo 
desenfreado e gerar renda. Portanto, essa economia tem como pilares a 
sustentabilidade, sobretudo a econômica, social e ambiental.
A economia colaborativa é envolvida por diversos temas, que perpassam 
as questões econômicas, sociais e ambientais, mas tem questões que 
envolvem diretamente a economia colaborativa, a exemplo das inovações 
que é uma expressão desta economia – como discutido no Tópico 3. A 
economia colaborativa nasce como uma inovação e dentro dela perpassa 
diversas inovações nos mais diversos setores.
No Tópico 4, discutimos como a economia colaborativa surge na 
denominada sociedade de rede, assim como evolui e alguns exemplos mais 
conhecidos de economia colaborativa, a exemplo do estudo de caso da 
Uber. A Uber se encaixa no que denominamos de economia colaborativa, 
a partir de todos os pontos estudados aqui sobre o que se caracteriza uma 
economia colaborativa, porém, esta é passível de críticas como, por exemplo, 
as relacionadas a qualidade de vida dos fornecedores de serviços para a Uber.
REFERÊNCIAS
BALESTRIN, A.; VERSCHOORE, J. Redes de Cooperação Empresarial: Estratégias 
de Gestão na Nova Economia.Porto Alegre: Bookman editora, 2016.
FERREIRA, K. M. et al. Economia Compartilhada e Consumo Colaborativo: 
uma revisão da literatura. Congresso Nacional de Excelência em Gestão. 
Remessa On-line, 2016. Disponível em: https://www.inovarse.org/sites/
default/files/T16_369.pdf. Acesso em: 30 jul. 2021.
LIMA, F. Economia Colaborativa: para além do conceito bonito. 2020. 
Disponível em: https://uniasselvi.me/3CkCl43. Acesso em: 30 jul. 2021.
SCHUMPETER, J. A. The theory of economic development: An inquiry 
into profits, capital, credit, interest, and the business cycle (1912/1934). 
Transaction Publishers, v. 1, p. 244, jan. 1982.
SEBRAE. Economia Compartilhada: Oportunidade para os Pequenos Negócios. 
2017. Disponível em: https://uniasselvi.me/2XnOaHu. Acesso em: 30 jul. 2021.
PAVANELLI, R. Modelos de Redes e Inovação: Estudo de Modelos de 
Negócios relacionados à Economia Colaborativa. 2013. Disponível em: 
https://uniasselvi.me/3lw2sho. Acesso em: 30 jul. 2021.

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